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Carlos Alberto Pastore Livre-docente pela Faculdade de Medicina da USP. Diretor de Serviços Médicos do Incor-HC-FMUSP.

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Academic year: 2021

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Nelson Samesima

Eletrofisiologista. Doutor em Cardiologia pela Faculdade de Medicina

da USP. Médico Supervisor do Serviço de Eletrocardiologia do

Incor-HC--FMUSP.

Carlos Alberto Pastore

Livre-docente pela Faculdade de Medicina da USP. Diretor de Serviços

Médicos do Incor-HC-FMUSP.

Rafael Munerato

Cardiologista. Arritmologista. Ex-Médico-Assistente do Serviço de

Ele-trocardiologia do Incor-HC-FMUSP.

AGRADECIMENTOS

Gostaríamos de agradecer a todos aqueles que contribuíram na busca

ativa diária de Eletrocardiogramas e também em suas “coleções” de

traçados eletrocardiográficos, em especial ao Prof. Dr. Eduardo Sosa, ao

Dr. Raul Sartini e ao Dr. Cesar Grupi, os quais nos forneceram os exemplos

mais difíceis que precisávamos para tornar nosso livro ABC do ECG mais

completo. Não podemos nos esquecer dos pacientes, pois sem eles e

seus Eletrocardiogramas esta obra não seria tão ilustrativa.

(3)

1. Vetorcardiograma (VCG)

13

Carlos Alberto Pastore

2. O ECG normal

21

Rafael Munerato

3. Sobrecarga das câmaras cardíacas

43

Rafael Munerato

4. Bloqueios de ramo e divisionais

73

Rafael Munerato

5. Síndromes isquêmicas

101

Rafael Munerato

6. Arritmias cardíacas

139

Nelson Samesima

Casos clínicos

257

Referências bibliográficas

278

Índice remissivo

279

ÍNDICE

(4)

1. Introdução

A vetorcardiografia é um método de registro das forças eletromotrizes do coração no tempo e no espaço, de forma que a magnitude e a direção das referidas forças possam ser representadas por uma sucessão de vetores instantâneos. A sua representação é de ordem didática, pois, sendo as curvas vetorcardiográficas bidimensionais, apresentam elementos adicionais para o entendimento e memo-rização inteligente do eletrocardiograma (ECG). O vetocardiograma tem a sua expressão em planos, uma vez que o fenômeno elétrico relacionado à atividade elétrica cardíaca se desenvolve de um modo tridimensional.

A aplicação prática da vetorcardiografia tem grande importância, porque pode explicar e facilitar o entendimento do ECG. O vetocardiograma pode suplementar informações, não facilmente detectá-veis por meio da análise eletrocardiográfica convencional.

2. Derivações do VCG

No VCG, o coração funciona como um gerador elétrico representado por um dipolo único com mag-nitude e direção. Ele pode ser desdobrado em tantos vetores instantâneos quantos se queira, com magnitudes e orientações específicas. O método mais conhecido, de maior aceitação na literatura, foi introduzido por Frank em 1956. É relativamente simples, pois utiliza apenas 7 eletrodos para deter-minar os componentes, horizontal (X), vertical (Y) e anteroposterior (Z). A Figura 1 demonstra as 3 derivações, perpendiculares entre si, com a direção da positividade de cada uma delas.

Figura 1 - Eixos ortogonais do corpo, cruzando-se perpendicularmente no ponto E (centro do tórax). Os eixos (ou componentes) seguem a seguinte orientação: X, da direita para a esquerda; Y, da cabeça aos pés; Z, da parte anterior para a posterior

Vetorcardiograma (VCG)

Carlos Alberto Pastore

(5)

ABC do ECG

14

Os eletrodos do sistema de Frank são colocados em posi-ções padronizadas, ao longo do 5º espaço intercostal, com o paciente em decúbito supino. Na Figura 2, o ele-trodo A foi colocado na linha medioaxilar esquerda, o E na linha medioesternal e o C à meia distância entre os 2 primeiros; o eletrodo I posicionado na linha médio-axilar direita e o M na linha medioespinal. Os H e F, colocados, respectivamente, na face posterior do pescoço, junto à linha espinal, e na perna esquerda. O eletrodo da perna direita – usado como terra – e todos os demais são apli-cados com pasta apropriada à pele, previamente atritada com álcool.

Figura 2 - Posição dos eletrodos no sistema de derivações ortogonais cor-rigidas, proposto por Ernst Frank

O método de Frank é denominado sistema de derivações ortogonais corrigidas. Esse sistema procura corrigir a posição excêntrica do gerador cardíaco e a não homogeneidade do meio condutor, além de eventuais variações da superfície corpórea. A intercomunicação adequada dos eletrodos por intermé-dio de resistências de valores bem calculados, além de uma rede de compensadores, determina os eixos dos componentes ortogonais X, Y e Z.

Desta forma, temos os seguintes eixos: X, transversal ou componente esquerda-direita, derivado dos eletrodos A, C e I; Y, vertical ou componente craniocaudal, resultante dos eletrodos H, M e F e Z, ante-roposterior ou componente frente-trás, procedente de todos os eletrodos precordiais, situados no 5º espaço intercostal (A, C, E, I e M).

Esses componentes, combinados 2 a 2, dão origem aos 3 planos ortogonais, em que se projetarão as curvas espaciais representativas dos fenômenos elétricos do coração (Figura 3). Assim, dos componentes X e Z decorre o plano horizontal, dos Z e Y, o plano sagital (visto pela direita) e dos X e Y, o plano frontal.

Figura 3 - Forma de representação dos Planos Horizontal (PH), Sagital (PS) e Frontal (PF) conforme são vistos nos traçados vetorcardiográficos. São indicadas, também, as notações angulares e as direções de positividade de cada componente (ou eixo), estas representadas pelas setas. Prefere-se o plano sagital visto pela direita para a uniformidade das medidas angulares

- Registros do VCG

O registro de cada plano depende sempre de 2 derivações perpendiculares: transversal e vertical para o Plano Frontal (PF), transversal e anteroposterior para Plano Horizontal (PH) e vertical e anteroposte-rior para o Plano Sagital (PS). O VCG é constituído por 3 alças fechadas, isto é, que se iniciam e terminam

(6)

1. Introdução

Conforme já descrito no capítulo 2, o nódulo AV é a única via de condução normal entre os átrios e os ventrículos. Após a onda de despolarização sofrer o atraso (responsável pela inscrição do PR), esta alcança o feixe de His, localizado posteriormente no início do septo interventricular. O feixe de His se bifurca, então, originando 2 ramos, direito e esquerdo, que se dirigem, respectivamente, para os ven-trículos direito e esquerdo.

O ramo direito é mais fino do que o esquerdo, e se estende para baixo do septo interventricular, no lado voltado para o ventrículo direito. O ramo esquerdo constitui um conjunto maior e mais resistente de fibras condutoras, localizado no septo voltado para o ventrículo esquerdo.

Observação: devido ao fato de o ramo direito ser mais fino, algumas vezes é visto ECG com bloqueio

do ramo direito em indivíduos sem qualquer doença cardíaca estrutural. Entretanto, isso não ocorre no ramo esquerdo. Quase sempre em que há bloqueio do ramo esquerdo, existe uma doença cardí-aca estrutural estabelecida.

Antigamente, havia a classificação de bloqueio de ramos direito e esquerdo, como sendo do 1º, 2º e 3º graus, ou completo. Atualmente, esta descrição não existe mais. Chama-se de bloqueio do ramo direito ou bloqueio do ramo esquerdo quando há a manifestação eletrocardiográfica do bloqueio completo. Ainda é reconhecido que atrasos de condução podem ocorrer, os quais não serão tratados neste livro. O critério mais importante para o diagnóstico de bloqueio do ramo direito ou esquerdo é o alarga-mento do QRS. Se qualquer um dos bloqueios estiver presente, o QRS deve ter duração ≥0,12s ou 120ms em todas as derivações.

2. Bloqueio de ramo direito

Em condições normais de condução, a 1ª porção dos ventrículos a se despolarizar é a região do septo médio, devido ao fascículo septal do ramo esquerdo. Logo após, despolariza-se a região do septo baixo, tanto pela ação do ramo direito quanto do ramo esquerdo. A partir deste ponto de ativação dos ven-trículos deve ocorrer a despolarização das paredes livres dos venven-trículos direito e esquerdo. A ativação de ambas as paredes livres acontece ao mesmo tempo e, com isso, há oposição entre os vetores for-mados e a resultante se dirige à esquerda e para trás, devido ao predomínio da massa do ventrículo esquerdo sobre a do ventrículo direito (Figuras 1, 2, 3 e 4 – detalhes no capítulo 1).

Bloqueios de ramo e

divisionais

Rafael Munerato

(7)

ABC do ECG

74

Figura 1 - Vetores formados na despolarização ventricular normal

(8)

257

6

CASOS

CLÍNICOS

(9)

ABC do ECG

258

Caso 1

(10)

CASOS CLÍNICOS 259

Identificação:

- J.A.N., de 23 anos, do sexo masculino;

- Assintomático;

- Realizou ECG para exame médico admissional.

O ECG mostrou:

- Ritmo sinusal;

- FC = 70bpm;

- Condução atrioventricular e interventricular normais;

- Eixo do complexo QRS indeterminado (presença de onda S em D1, D2, D3 e aVF).

O vetorcardiograma (VCG) apresentou:

- Atraso final de condução com orientações superior, direita e posterior.

Discussão:

O achado de atraso final de condução em indivíduos normais é explicado da seguinte forma:

- Variação da distribuição do ramo direito;

- Pobreza de fibras de Purkinje na área de distribuição do ramo direito;

- Existência de maior massa muscular para ser ativada, levando a um aumento do tempo de

despolarização dessa área.

Conclusão:

- Atraso final de condução;

Referências

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