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ATA DA I REUNIÃO COM A COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO DA OPERAÇÃO DOS VALES DO JAGUARIBE E BANABUIÚ

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ATA DA I REUNIÃO COM A COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO DA OPERAÇÃO 2016.2 DOS VALES DO JAGUARIBE E BANABUIÚ

Ao primeiro dia de setembro do ano de dois mil e dezesseis, das 9:30 às 13:00 horas, estiveram reunidos no auditório do Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia do Ceará – IFCE Campus de Limoeiro do Norte, localizado na Rua Estevão Remígio de Freitas, 1146 – Santa Luzia, município de Limoeiro do Norte – CE, os membros da comissão de acompanhamento da operação 2016.2 dos Vales do Jaguaribe e Banabuiú, composta por integrantes dos Comitês das Sub-Bacias do Baixo, Médio e Alto Jaguaribe, Banabuiú, Salgado e Comitê da Região Metropolitana de Fortaleza, representantes de instituições da Sociedade Civil, dos Usuários, do Poder Público Municipal, Estadual e Federal, cujas assinaturas encontram-se na lista de presença em anexo. A reunião teve como pauta: 1. Resumo das Reuniões de Alocação da Operação 2016.2 dos Vales do Jaguaribe e Banabuiú (Quixadá e Limoeiro do Norte); 2. Apresentação da Operação/Fiscalização 2016.2 dos açudes Banabuiú, Orós e Castanhão; 3. Informes/Encaminhamentos. Iniciando os trabalhos, o Sr. Leandro Nogueira, Coordenador do núcleo de gestão da Gerência das Bacias do Médio e Baixo Jaguaribe/COGERH, agradeceu a presença de todos, e informou que o objetivo da reunião é discutir a operação dos açudes Castanhão, Orós e Banabuiú. Registrando a seguir a presença das seguintes autoridades: Sra. Débora Rios, diretora de Operações da COGERH, Sr. Ubirajara Patrício, diretor de planejamento da COGERH, Sr. Carlos Campelo, Coordenador de Gestão de Recursos Hídricos da SRH – Secretaria dos Recursos Hídricos e o Sr. Alexandre Forte, procurador do Ministério Público Federal de Limoeiro do Norte. Em seguida apresentou um resumo das reuniões de alocação, destacando: O XXIII Seminário de Alocação 2016.2 dos Vales do Jaguaribe e Banabuiú, realizado em 02 de junho de 2016 no auditório da Faculdade Cisne em Quixadá/CE, que contou com cerca de 400 participantes, dentre os quais 84 membros presentes dos CBH’s Salgado, Banabuiú, Alto, Médio e Baixo Jaguaribe. Destacou que nessa primeira plenária foram tirados os seguintes encaminhamentos: 1. Ficou definido que será realizada uma nova reunião de alocação com indicativo de data para o dia 07/07/2016 em Limoeiro do Norte; 2. Até a nova reunião prevalece as regras de operação dos açudes Orós e Castanhão estabelecidas na reunião de Avaliação e operação emergencial do primeiro semestre, realizado no dia 03/02/2016; 3. Ficou acertado ainda que antes da reunião, haverá uma reunião com as diretorias dos CSBH's para apresentar os cenários que serão votados; 4. Os cenários serão referentes somente aos reservatórios Castanhão e Orós, pois a alocação do açude Banabuiú será realizada pelo seu Comitê de Bacia em Reunião a ser marcada pela sua diretoria, uma vez que, este açude não está contribuindo para a perenização do Vale. A 2a Plenária do XXIII Seminário de Alocação 2016.2 dos Vales do Jaguaribe

e Banabuiú, foi realizada em 20 de julho de 2016, no auditório da Faculdade de Filosofia Dom Aureliano Matos – FAFIDAM – Limoeiro do Norte/CE, contando com cerca de 410 participantes, dos quais 78 membros presentes dos CBH’s Salgado, Banabuiú, Alto, Médio e Baixo Jaguaribe, além de 22 membros do CBH RMF. Em que foi aprovada por 57 votos dos membros dos CSBH’s a vazão média para o açude Orós de 11,5 m3/s, sendo 4,0 m3/s até setembro e 16,0 m3/s a partir de

setembro. Já para o açude Castanhão foi aprovada a vazão média de 15,0 m3/s, sendo 5,5 m3/s para

perenização do rio Jaguaribe e 9,5 m3/s para o Eixão das Águas, com transferência para a RMF de

6,5 m3/s. Destacou ainda a realização da reunião conjunta: 18a Reunião Extraordinária do CSBH

Médio Jaguaribe e 20a Reunião Extraordinária do CSBH Baixo Jaguaribe, realizada no dia 03 de

agosto de 2016, no IFCE – Limoeiro do Norte/CE, que contou com 101 participantes, entre os quais 35 membros dos CSBH’s Baixo e Médio Jaguaribe, onde foi deliberado por votação entre os membros, as seguintes premissas para Operação da vazão média de 5,5 m3/s para a perenização do rio Jaguaribe pelo açude Castanhão: 1. NÃO TERÃO OFERTA DE ÁGUA AS SEGUINTES ATIVIDADES: a) Empreendimento com métodos de irrigação de baixa eficiência (superficiais, tais como inundações, sulcos, marastas, etc.), independente da cultura ser permanente ou temporária; b) Novos usuários (empreendimentos instalados após alocação de 2015); c) Carcinicultura 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50

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(Aquicultura em tanques/viveiros escavados que captam do rio); d) Irrigação para culturas temporárias de áreas acima de 3 ha, independente do sistema de irrigação. 2. OFERTA DE ÁGUA PARA ATIVIDADES JÁ EXISTENTES (IDENTIFICADOS NO CADASTRO EMERGENCIAL – VAZÃO DE REFERÊNCIA 2o SEMESTRE DE 2014): a) Sem restrições: abastecimento humano e

dessedentação animal; Pequenos irrigantes com áreas de até 5 ha de cultura permanente e áreas de até 3 ha de cultura temporária; b) Restrição de 50% para áreas com culturas permanentes acima de 5 ha, FAPIJA e Demais Perímetros Públicos. 3. Poços localizados acima de 100 metros da margem do rio não sofrerá restrições; 4. Todos os usuários que tem oferta atendida, devem solicitar regularização, quando não possuir outorga; 5. O Trecho a ser perenizado deve assegurar a perenização no mínimo até Jaguaruana; 6. Intensificação da Fiscalização por parte da SRH/COGERH para coibir usos irregulares. Por fim destacou a realização da 51a Reunião Ordinária

do CSBH Banabuiú, realizada no dia 03 de agosto de 2016 no IFCE – Quixadá/CE, que contou com 38 participantes, entre os quais 33 membros do CSBH. Em que foi aprovada pela maioria simples, a realização de uma descarga emergencial de 2 m3/s do açude Banabuiú, no período de 10 dias, após o

período, foi solicitado a realização de uma Reunião Extraordinária do Comitê do Banabuiú, para avaliar a operação. Sendo que na 11a Reunião Extraordinária do CSBH Banabuiú, foi apresentado o

resultado da operação que iniciou-se no dia 04 de agosto/16, com uma descarga emergencial de 1,645 m3/s do açude Banabuiú, após 13 dias, foi liberado um volume de 1.847.000 m3 que percorreu

em torno de 24 km. Tendo em vista que a continuação da operação, enfrentaria um trecho muito crítico, e prejudicaria o abastecimento da sede municipal de Banabuiú, a plenária do Comitê do Banabuiú, aprovou o fechamento da válvula. Dando continuidade a pauta da reunião, o Sr. Leandro convidou o Sr. Luís César, Gerente da Bacia do Banabuiú/COGERH, para apresentar a operação do açude Banabuiú. O Mesmo iniciou sua apresentação com a ficha técnica do açude que possui capacidade total de 1,601 bilhão de m3, tendo a cota de sangria de 142,5 m e um volume morto de

12 milhões de m3. Destacou que em 31/08/2016 o açude encontrava-se na cota 102,19 m com um

volume de 9,757 milhões de m3, que representa 0,61% de sua capacidade. Prosseguindo apresentou

o histórico volumétrico da bacia nos últimos 20 anos, destacando que o máximo de acumulação foi em 2009, onde a bacia encontrava-se com mais de 90% de sua capacidade. Já em 2011, situava-se com pouco mais de 80%, sendo que a partir daí vem reduzindo constantemente sua acumulação de água. Em seguida apresentou o detalhamento da descarga emergencial aprovada pelo CSBH Banabuiú, que conforme já apresentado foi realizado no período de 13 dias e consumiu 1,847 milhão de m3, destacou que o rebaixamento do açude nesse período foi de 43 cm, sendo que a

média de rebaixamento do açude após a descarga é de 0,71 cm/dia. Destacou ainda que a onda percorreu pouco mais de 24 km no leito do rio, chegando até o abastecimento da comunidade de Caraúba. Apresentou também o comparativo entre a simulação da descarga emergencial e o realizado, pois a simulação previa uma descarga de 2,0 m3/s por 10 dias, sendo que ao final da

operação o açude deveria está com um volume de 9,39 milhões de m3. Porém verificou-se ao final

da operação que o açude encontrava-se com um volume de 10,09 milhões de m3, o que representa

um saldo positivo em relação a simulação de 0,71 milhão de m3, o que representa uma lâmina de

0,21 m na cota do açude, o que pode ser explicado por redução da carga hidráulica do açude e a evaporação simulada não configurada. Prosseguindo apresentou o comparativo entre a simulação apresentada no dia da I plenária do Seminário dos Vales, que previa uma vazão média de 45 L/s, e o realizado após a descarga, sendo que a simulação apontava que o reservatório deveria está em 31/08/2016 com um volume de 11,22 milhões de m3. Porém verificou-se o açude encontrava-se

nesta data com um volume de 9,76 milhões de m3, o que representa um saldo negativo de 1,46

milhão de m3 em relação a simulação, o que representa uma lâmina de 0,44 m na cota do açude,

devido a descarga não prevista na simulação inicial. Finalizado apresentou a nova simulação de esvaziamento do reservatório após a descarga, com uma vazão média de 35 L/s, sendo 25 L/s para abastecimento da cidade de Banabuiú, e 10 L/s, pela redução de perdas na válvula após intervenções realizadas pela COGERH/DNOCS, que prevê que o reservatório deve chegar em 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100

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01/02/2017 na cota 100,78 m, com um volume de 6,035 milhões de m3, que representa 0,38% de

sua capacidade. Destacou ainda que considerando aporte zero em 2017, o açude deve atingir 100 mil m3 (limite mínimo operacional da CAGECE) em dezembro de 2018, porém considerando o

aporte médio do período 2012 a 2015, o açude deve chegar a dezembro de 2018 com 15 milhões de m3. Concluída a apresentação foi aberto espaço para discussão em plenária. Não havendo perguntas,

o Sr. Leandro convidou o Sr. Lauro filho, gerente regional da Sub-bacia do Alto Jaguaribe para apresentar os dados do açude Orós. O mesmo iniciou apresentando a ficha técnica do açude que possui capacidade total de 1,94 bilhão de m3, tendo a cota de sangria de 199,5 m e cota do volume

morto em 169 m. Destacou que em 31/08/2016 o açude encontrava-se na cota 189,19 m, sendo que pela batimetria realizada no reservatório o mesmo encontra-se com 431,959 milhões de m³, equivalente a 22,22% de sua capacidade. Continuando apresentou o histórico volumétrico do açude Orós, destacando que o elevado rebaixamento na conta entre os anos de 2015 e 2016 deve-se a correção do volume real do açude de acordo com os dados da batimetria. Em seguida apresentou o mapa com os sistemas hídricos integrados ao Orós, destacando o Sistema Orós/Feiticeiro, o Túnel Orós/Lima Campos e a perenização pelo rio Jaguaribe até o açude Castanhão, já interligado a RMF. Continuando relembrou que a vazão média aprovada para o segundo semestre de 2016, foi de 11,5 m3/s, sendo 4,0 m3/s liberados entre 20 de julho e setembro/2016 e vazão de 16,0 m3/s entre

setembro/2016 e Janeiro/2017. Detalhou a seguir a vazão por segmento: 10,7 m³/s para perenização rio Jaguaribe, destinado ao abastecimento humano e irrigação com restrições; 0,300 m3/s no sistema

Orós-Feiticeiro para a abastecimento humano do Distrito de Nova Floresta; 0,400 m³/s para adutora do Sistema Orós/Lima Campos (abastecimento humano e salvamento de culturas permanentes) e 0,10 m³/s na Bacia Hidráulica para abastecimento humano. Em seguida destacou que o consumo médio no período de 20/07 a 31/08/2016 é 2.800 L/s, sendo 0 L/s para o Lima Campos, 208 L/s para o Sistema Orós-Feiticeiro e 2.490 L/s para o rio Jaguaribe. Prosseguindo apresentou o comparativo simulado x realizado, sendo que pela simulação o reservatório estaria em 01/09/2016, na conta 189,07 com 424,42 milhões de m3, porém o mesmo chegou em 01/09/2015 na cota 189,18

com um volume de 431,349 milhões de m3, o que representa um saldo de 6,929 milhões de m³, que

equivale a uma lâmina de 11 cm na bacia do açude, o que é explicado pela redução do consumo. Finalizando apresentou ações que estão sendo realizadas para operação do açude orós: 1. Cadastro no Trecho Orós/Castanhão (em fase de conclusão); 2. Adequação da tomada d’água do açude Orós (retirada das turbinas); 3. Instalação do motor bomba para garantir abastecimento humano do trecho do Feiticeiro; 4. Instalação do motor bomba para garantia abastecimento humano e irrigação de salvação de culturas permanentes do trecho do Lima Campos; 5. Perfuração de poços em Orós e Quixelô; 6. Campanha de fiscalização. Apresentou ainda as ações a serem realizadas: 1. Readequação de possíveis interferências hídricas no trecho (passagem molhada, etc); 2. Reuniões informativas no trecho. Ao final da apresentação ficou definido que as perguntas/questionamentos se dariam após a apresentação do Castanhão, uma vez que os sistemas são interligados. Em seguida o Sr. Leandro convidou o Sr. Hermilson Barros – Coordenador do Núcleo Técnico da gerência de Limoeiro do Norte, para apresentação da operação do açude Castanhão, o mesmo apresentou a ficha técnica do açude Castanhão que possui capacidade total de 6,7 bilhões de m3, tendo a cota de

sangria: 106 m, cota do Eixão das águas: 71 m, e cota da tomada d’água: 57 m. Sendo que em 31/08/2016 o açude encontrava-se na cota 75,25 m com 466,185 milhões de m3, equivalente a

6,95% de sua capacidade. Destacou que a vazão operada no período entre 20/07 a 30/08/2015, encontra-se em 15,93 m3/s, sendo 6,33 m3/s pela válvula e 9,6 m3/s pela EB do Eixão das Águas,

superior aos 15,0 m3/s acordados, pois foi necessário aumentar a vazão liberada para rio para que o

município de Russas e do distrito de Lagoinha em Quixeré, não ficassem desabastecidos. Em seguida apresentou o comparativo entre o simulado e o realizado para o açude Castanhão no período de 20/07 a 31/08/2016, sendo que pela simulação o reservatório estaria na conta 75,19 m com 463,58 milhões de m3, porém o mesmo chegou em 31/08 na cota 75,25 m, com um volume de

466,18 milhões de m3, o que representa um saldo de 2,6 milhões de m³, que equivale a uma lâmina

101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120 121 122 123 124 125 126 127 128 129 130 131 132 133 134 135 136 137 138 139 140 141 142 143 144 145 146 147 148 149 150

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de 6 cm na bacia do açude. Disse ainda que apesar do consumo está acima do previsto na simulação, o saldo deve-se a diferença na evaporação simulada. A seguir mostrou o acompanhamento da operação no mês de agosto, destacando os pontos de monitoramento com maior consumo, sendo que no trecho entre o Castanhão e Recanto em Alto Santo, o consumo medido foi de 1,33 m3/s; Já no trecho entre Peixe Gordo e Córrego de Areia em Tabuleiro, teve

consumo de 1,34 m3/s. O trecho entre Córrego de Areia e Cabeça Preta em Limoeiro, teve consumo

de 2,99 m3/s. Detalhou ainda o consumo em outros trechos, sendo que dos 7,34 m3/s, que estava

sendo liberado pela válvula, somente 148 L/s chagavam na passagem de Sucuruju em Quixeré. Finalizando mostrou fotos de intervenções realizadas ao longo do rio, bem como do monitoramento ao longo do trecho do rio perenizado, destacando que a água em 01/09/2016 estava chegando na localidade de Botica, localizada cerca de 7,5 km a jusante da passagem de Sucurujuba. Em seguida convidou o Sr. Charles Teles, para apresentação dos processos de fiscalização. O mesmo destacou que no período entre 20 de julho e 31 de agosto de 2016, a equipe de fiscalização da COGERH/SRH, com apoio da polícia ambiental, realizaram campanhas de fiscalização para cumprimento das premissas aprovadas, sendo que foram realizadas 23 visitas a usuários ao longo do rio, com lacre de 34 motobombas e retirada de 08 motores, que foram entregues aos proprietários porém os mesmos foram lacrados. A seguir mostrou fotos de vários motores lacrados e recolhidos e ainda de motores que foram substituídos por outros de menor potência para adequar os usuários as premissas estabelecidas e que a ideia e passar periodicamente nos usuários fiscalizados, para verificar se os mesmos não violaram lacres e/ou estão com o uso de acordo com as premissas. Por fim apresentou o trabalho que está em curso para fiscalização que consiste na identificação fluvial das captações instaladas no leito do rio Jaguaribe, frisando o grande desafio que é realizar este trabalho com o baixo nível do rio, pois em muitos pontos não é possível navegar. Destacou que o trabalho está em fase inicial, o primeiro passo é identificar e georreferenciar os motores no leito do rio, para em outro momento, realizar a visita no imóvel e verificar se o usuário está dentro das premissas aprovadas. Destacou que já foram percorridos 44,56 Km de leito do rio. Só no primeiro trecho (Castanhão – Caraúbas) que tem 8,89 km, foram identificados 28 motores, muitos de pequeno porte. Já foram percorridos também os trechos: Caraúbas – Bom Jesus com 8,99 Km; Peixe Gordo – Córrego de Areia com 9,50 Km; Córrego de Areia – Pedrinhas, com 8,18 Km; e Pedrinhas – Saquinho com 9,00 Km. Estando pendente o trecho Bom Jesus – Peixe Gordo que tem 36 Km de extensão. Finalizada a apresentação foi aberto espaço para discussão em plenária. O Sr. Expedito, representante da Coopar – Russas, disse que essa vazão de 148 L/s que está passando em Sucurujuba não chegará a Jaguaruana conforme foi definido pelos comitês, e solicitou uma descarga emergencial para salvamento das culturas permanentes existentes abaixo de Sucurujuba. Questionou ainda para onde foi os 0,5 m3/s que foi diminuído da transferência para a RMF, por que

não foi usado para perenização do rio. E por fim pediu empenho das autoridades para conclusão das obras da Transposição do São Francisco. O Sr. Paulo Landim (CSBH Alto Jaguaribe), propôs uma nota de repúdio a forma de condução da reunião de alocação dos Vales realizada no dia 20 de julho, afirmando que após a liberação de água do Orós não há o que o comitês discutir, perguntou como ficará as comunidades da bacia do Orós que ficarão desabastecidas. Disse ainda que a cidade de Orós ficará desabastecida, pois a CAGECE não terá condições de tratar a água, sem falara nas 700 famílias de piscicultores e do turismo do município que ficará parado. Questionou também sobre as adutoras previstas para Guassunssê e Santarém, que não se sabe o valor e qual a vazão. Em relação à Transposição do São Francisco, disse que segundo informações veiculadas na imprensa, com a falência da Empresa Mendes Júnior que era encarregada pelo trecho que chegará ao Ceará, a obra não tem previsão de conclusão para 2017. O Sr. Tancredo, representante da CAGECE UNBBJ, informou que amanhã iniciará o funcionamento da adutora que captará água de dois poços cedidos por um carcinicultor que fornecem uma vazão de 100 m3/h para abastecer a sede de Jaguaruana.

Informou ainda que foram perfurados mais três poços na comunidade de Bento Pereira em Russas, que complementará o abastecimento da sede daquele município, e que quando os poços estiverem 151 152 153 154 155 156 157 158 159 160 161 162 163 164 165 166 167 168 169 170 171 172 173 174 175 176 177 178 179 180 181 182 183 184 185 186 187 188 189 190 191 192 193 194 195 196 197 198 199 200

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instalados, diminuirá a dependência do bombeamento em Sucurujuba. O Sr. Erivan (DNOCS Icó), parabenizou a COGERH pela desobstrução do canal do túnel e pela construção da adutora Orós/Lima Campos, porém disse que essa vazão de 400 L/s não dará sequer para o abastecimento humano, quanto mais para salvar as culturas permanentes do perímetro Lima Campos, e que corre o risco dos produtores do perímetro acionarem judicialmente a COGERH/SRH pelos prejuízos causados. O Sr. Karlos Welby (CSBH Baixo Jaguaribe), elogiou o trabalho da fiscalização, mais disse que é preciso que a equipe de fiscalização da SRH e polícia ambiental fiquem permanentemente na região durante todo o segundo semestre e que o trabalho seja feito também no trecho entre o Orós e o Castanhão. Disse que o trabalho com a identificação de motores por barco é importante, mais há captações que não dá para identificar pelo rio, é preciso o uso de outras ferramentas. Disse também que o consumo do DIJA hoje está abaixo do acordado devido não haver água no rio, e que é preciso identificar em todos os trechos os usuários regularizados, pois a área plantada em alguns trechos não corresponde ao consumo desses trechos, como por exemplo o consumo de 1,34 m3/s entre o Peixe Gordo e o Córrego de Areia, portanto é preciso explicitar

melhor qual o consumo nestes trechos, por fim disse que o acordo para perenizar o braço seco do rio Jaguaribe, firmado pela diretoria da COGERH não foi aprovado pelos comitês. O Sr. Amauri de Jaguaruana, disse que a população das cidades após Sucurujuba estão sofrendo por falta de água para abastecimento humano e culturas, propôs o desligamento do Eixão por 15 dias e liberar essa vazão para perenização do rio Jaguaribe até a passagem molhada de Itaiçaba. O Sr. Wilde da empresa Agropaulo (Jaguaruana), elogiou o trabalho de fiscalização, disse que a sua empresa já perdeu 60% da sua produção agrícola e 66% da produção industrial, a mesma emprega 500 famílias, e se ela perder todo o seu canavial inviabilizará a produção, mesmo que 2017 seja de chuvas normais, portanto é necessário socorrer a região para evitar que as empresas se desloquem para outros estados, é preciso ter a colaboração e compreensão de todos que estão acima de Sucurujuba para que a água chegue até Jaguaruana, conforme ficou aprovado na reunião com os comitês. O Sr. Ubirajara, diretor de Planejamento da COGERH respondeu que a condução da reunião de alocação foi adequada e o encaminhamento para discussão nas reuniões dos comitês, foi uma votação soberana entre os membros de CSBH’s presentes na II Plenária, que já se alongava por quase seis horas de reunião. E que não se pode questionar o resultado da votação só porque discorda da decisão. Em relação a fiscalização disse que é de competência da SRH com apoio da COGERH e da polícia ambiental, para garantir a segurança dos fiscais. Informou que foi apresentada uma proposta para ter o apoio permanente da polícia na região, mais diante das outras demandas para a polícia, ficou acordado a realização de ações quinzenais, porém isso não significa que a fiscalização para, pois a equipe da COGERH permanece em campo realizando os relatórios de vistoria. Em relação ao consumo de alguns trechos levantados pelo Karlos, realmente merece o aprofundamento do estudo para verificar o que pode está influenciando neste consumo. Em relação ao braço seco teve de ser revisto, pois o fechamento também não passou por aprovação dos Comitês, porém o acordo fechado permite o controle da vazão de 100 L/s que flui pelo rio, sendo que está sendo feito o mapeamento dos consumidores. Por fim em relação a infraestrutura no Alto Jaguaribe, disse Débora deve dar mais detalhes, mais já foram perfurados poços em Orós, em Quixelô e no próprio perímetro Lima Campos, para abastecimento humano. Complementando a informação, a Sra. Débora Rios diretora de operações, disse que a adutora que transferirá uma vazão de 400 L/s do Orós para o Lima Campos, estava prevista para iniciar o funcionamento ontem, estando aguardando somente a eletrificação por parte da COELCE, destacando que só de tubos a COGERH gastou cerca de um milhão de reais, e terá ainda o custo com a energia elétrica para bombeamento. Destacou ainda que no acordo firmado com o perímetro Lima Campos, foi explicado que essa seria a vazão possível de ser fornecida, diante do prazo e das condições emergenciais necessárias. Informou também que o Ministério da Integração tirou do Estado do Ceará, a execução de todos os projetos de adutoras elaborados no Estado, o que preocupa devido à urgência dessas adutoras diante da crise hídrica. Em relação ao Sistema Orós/Feiticeiro, informou que está em fase de instalação do motor 201 202 203 204 205 206 207 208 209 210 211 212 213 214 215 216 217 218 219 220 221 222 223 224 225 226 227 228 229 230 231 232 233 234 235 236 237 238 239 240 241 242 243 244 245 246 247 248 249 250

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elétrico de 300 cv em substituição as turbobombas que foram desmontadas, e que a Cogerh bancará os custos com a energia para bombeamento, a fim de garantir o abastecimento do distrito de Nova Floresta em Jaguaribe, que capta na barragem de Pedra Branca. Disse ainda que a companhia está fazendo várias intervenções ao longo do rio para facilitar o fluxo de água, e parabenizou a equipe de fiscalização pelo bom desempenho do árduo trabalho que vem sendo desenvolvido. Concluindo disse que o que ficou acertado na reunião com os comitês do Baixo e Médio Jaguaribe, seria que as restrições aprovadas seria uma ferramenta para tentar viabilizar que a água do Castanhão chega-se o máximo possível após Sucurujuba, mais todos sabem que com uma vazão média de 5,5 m3/s, é

impossível assegurar uma perenização até Jaguaruana. Apesar do trabalho de fiscalização e da vazão está acima da média, a água não chega, a operação de descarga com ondas, com a experiência do ano passado, também observou-se que não chega, pois quando passa a onda, muitos usuários captam. “Não se pode fazer milagre, não podemos ser irresponsáveis, pois a FUNCEME já está cautelosa com a possível neutralização do La Niña, durante a quadra chuvosa do próximo ano”. Disse ainda que não se pode fazer previsão de como será a quadra chuvosa, em que os açudes Orós e Castanhão estarão com um volume muito baixo. O Sr. Amauri, falou que reportagem veiculada pela imprensa afirma que o Pecém consome metade da água que sai do Castanhão. O Sr. Paulo Landim, afirmou que muitos poços perfurados em Orós deram secos. Questionou a nota enviada pela assessoria de imprensa da COGERH para rádios da região, afirmando que a adutora de Santarém está com 20% de execução em seguida leu a nota. Continuando disse que perguntou ao Dr. João Lúcio sobre essa adutora, e o mesmo disse desconhecer. A Sr. Débora Rios, respondeu que em relação a notícia, a própria nota da assessoria de impressa registra que a adutora é executada pela SDA – Secretaria do Desenvolvimento Agrário. Em relação ao Pecém, ela afirmou que a informação é inverídica, pois o consumo das Indústrias do Complexo Pecém são em torno de 1,0 m3/s, e o abastecimento urbano da RMF é de 8,7 m3/s, destacou ainda que em outras reuniões,

mostrou que 60% das águas do Castanhão ficaram na região do Vale do Jaguaribe. Em relação a Transposição do São Francisco, após a veiculação da fala do Secretário Teixeira, preocupado com o atraso na conclusão da obra, o Ministério da Integração divulgou uma nota, afirmando que as obras ficarão prontas em dezembro/2016. O Sr. Carlos Campelo, complementou que a obra é de responsabilidade do Governo Federal, porém a informação que chegou a SRH é que a empresa Mendes Júnior, não tem condições de concluir a obra, e que está se tentando junto ao TCU, a permissão para que outra empresa que já está executando obras da Transposição possa assumir o trecho abandonado pela Mendes Júnior, essa foi a informação divulgada pelo Secretário Francisco Teixeira. No dia seguinte o Ministério divulgou a nota, afirmando que a obra será concluída em dezembro. O Sr. Karlos Welby, disse que na reunião com os comitês o prefeito de Quixeré, tinha dito que tinha um poço que podia ser utilizado para abastecer Lagoinha, diminuindo a demanda do rio, perguntou como está questão. O Sr. Ubirajara respondeu que foi elaborado o estudo do poço, que fica na localidade de Bom Sucesso, sendo que o mesmo não tem vazão para atender totalmente o distrito, e seria necessário uma adutora de 15 km, além de eletrificação, que custaria em torno de um milhão de reais, o projeto foi entregue para a prefeitura tentar viabilizar recursos. O Sr. Expedito, disse que o que ficou aprovado pelo comitê é que a água chegaria no mínimo até Jaguaruana, para tanto a única opção é reduzir a oferta para RMF e aumentar a vazão para o rio. Disse ainda que embora a CAGECE tenha informado algumas ações para as sedes de Jaguaruana e Russas, esses municípios não tem água na zona rural ao longo do rio Jaguaribe, e a margem direita a opção de perfuração de poços não funciona, tem de ser via perenização do rio. O Sr. Celedônio de Jaguaruana, perguntou como está a questão do poço jorrante perfurado em Messejana. A Sra. Débora respondeu que para abastecer a RMF, será necessário acionar a EB auxiliar do açude Pacoti, perfuração de uma bateria de 46 poços profundos verticais no aquífero dunas, sendo que já foram perfurados 40 poços. Outro projeto é a perfuração de poço horizontal no aquífero, que tem um custo muito elevado, já prevenindo-se para o próximo ano. Em relação ao poço jorrante, o mesmo foi construído sem uma técnica adequada para se aferir a real vazão do mesmo, porém a 251 252 253 254 255 256 257 258 259 260 261 262 263 264 265 266 267 268 269 270 271 272 273 274 275 276 277 278 279 280 281 282 283 284 285 286 287 288 289 290 291 292 293 294 295 296 297 298 299 300

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CAGECE/SOHIDRA irão perfurar um novo poço para se realizar testes de vazão. Disse ainda que a elevação do nível de economia de 10 para 20% para aplicação da tarifa de contingenciamento na RMF deve ser implantada em outubro. E que está trabalhando para aumentar ao máximo o trecho perenizado pelo Castanhão, através da redução do consumo, com a retirada de captações irregulares pela fiscalização, com o controle no fluxo de água do braço seco, entre outras ações. O Sr. Tancredo, afirmou que a perfuração de poços é uma opção viável para abastecimento das sedes municipais. Disse ainda que para a zona rural, o SISAR também tem trabalhado com a perfuração de poços para as comunidades que eles gerenciam o abastecimento humano. E que a SOHIDRA está preparando uma licitação para perfuração de poços inclusive para a zona rural, por fim disse que respeita todos os pontos de vista, mais temos de trabalhar em parceria para podermos superar as dificuldades. Foi questionado qual o papel do SISAR. O Sr. Herlândio, coordenador técnico do SISAR respondeu que o SISAR é uma ONG que gerencia sistemas de abastecimento humano de água em comunidades rurais, e que passa por sérias dificuldades para manter os abastecimentos das comunidades atendidas, ressaltando que isso só é possível graças as parcerias com a COGERH/SOHIDRA/CAGECE. Outra dificuldade é em relação a estrutura dos sistemas, pois várias comunidades não possuem instalação de rede padrão, nem hidrômetros, sendo que sistemas sem cobrança pelo consumo real, eleva muito o consumo de água, e alguns poços com vazão menor, permitiriam o atendimento da demanda de determinados sistemas, se fosse adotado a cobrança pelo consumo real. Em relação às comunidades de Jaguaruana, foi feito um levantamento do custo para adequação dos sistemas para que o SISAR assumisse o gerenciamento, a pedido da prefeitura, sendo que o orçamento ficou em torno de dois milhões de reais. Finalizando informou que em Tabuleiro do Norte, o SISAR está assumindo um sistema do Água para Todos na comunidade de Limoeiro Verde, porém os moradores não querem passar para o SISAR pois existe uma pessoa que fornece água sem controle cobrando vinte reais mensais. Solicitou que a COGERH realize uma fiscalização neste usuário, e instale um macromedidor para cobrança do consumo. Ao final da reunião ficou agendada a próxima reunião de acompanhamento para o dia 06 de outubro, no mesmo local. Não havendo nada mais havendo a ser discutido, o Sr. Leandro Nogueira, declarou encerrado a reunião, e eu Cleilson Pinto de Almeida, analista em gestão de recursos hídricos da Gerência das Bacias do Baixo e Médio Jaguaribe/Limoeiro do Norte, lavrei a presente ata.

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Referências

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