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FASCÍCULO 6 NOV. DEZ Sexual Medicine. Review. Educação Continuada em Medicina Sexual

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(1)

Sexual Medicine

Review

Educação Continuada

em Medicina Sexual

FASCÍCULO 6

NOV . DEZ | 2018

(2)

NOV . DEZ 2018

Sexual Medicine

Review

PRESIDENTE Sebastião Westphal VICE-PRESIDENTE

Antonio Carlos Lima Pompeo SECRETÁRIO GERAL

Alfredo Félix Canalini 1º SECRETÁRIO Luiz Otávio Torres 2º SECRETÁRIO Antonio de Moraes Jr. 3º SECRETÁRIO

Rômulo Augusto da Silveira 1º TESOUREIRO

Luciano Alves Favorito 2º TESOUREIRO

Geraldo Eduardo de Faria 3º TESOUREIRO

Ubirajara de Oliveira Barroso Jr. DIRETOR DE PESQUISA

Gustavo Franco Carvalhal DIRETOR DE COMUNICAÇÃO Geraldo Eduardo de Faria PRESIDENTE ELEITO Antonio Carlos Lima Pompeo

EDITOR CHEFE Giuliano Aita MD, Msc

Coordenador da Sexualidade Humana/ Departamento de Andrologia SBU EDITORES AUXILIARES

Eduardo de Paula Miranda, MD, PhD Memorial Sloan Kettering Cancer Center, NY, EUA

Jose Bessa Junior, MD, PhD

Universidade Estadual de Feira de Santana BA, Brasil

EXPEDIENTE

Patrícia Gomes / Secretária Bruno Nogueira / Designer gráfico

DIRETORIA EXECUTIVA

CONSELHO EDITORIAL

(3)

SUMÁRIO

Vol. 2 Edição 6 | NOV . DEZ 2018

Sexual Medicine

Review

Conteúdo

1

FARMACOCINÉTICA, SEGURANÇA E TOLERABILIDADE DE DOSES ORAIS ÚNICAS DE UM NOVO

ANTAGONISTA DE RECEPTOR DE OXITOCINA - CLIGOSIBAN - EM DESENVOLVIMENTO PARA

EJACULAÇÃO PRECOCE: TRÊS ENSAIOS CLÍNICOS RANDOMIZADOS EM INDIVÍDUOS SADIOS

Ian H. Osterloh; Gary J. Muirhead, BSc, FIMLS 1; Stefan Sultana; Steven Whaley; Frans van den Berg and

George Atiee

COMENTÁRIO FINAL: DIMAS ANTUNES

3

EFICÁCIA CLÍNICA DE INJEÇÃO E TERAPIA MECÂNICA PARA DOENÇA DE PEYRONIE: UMA REVISÃO

SISTEMÁTICA DA LITERATURA

Giorgio Ivan Russo; Uros Milenkovic; Wayne Hellstrom; Laurence A. Levine; David Ralph; Maarten Albersen

COMENTÁRIO FINAL: DIMAS ANTUNES

4

O RISCO DE DISFUNÇÃO SEXUAL E A EFICIÊNCIA DO TRATAMENTO DE LUTS SEVERO EM PACIENTES

COM HPB TRATADOS COM TERAPIA COMBINADA DE DUTASTERIDA + SOLIFENACINA

Kirill Kosilov; Irina Kuzina; Vladimir Kuznetsov; Yuliya Gainullina; Liliya Kosilova; Elena Karashchuk; Alexandra Prokofyeva and Sergay Loparev

COMENTÁRIO FINAL: LUCIANO COUTO

5

ESTAMOS MELHORANDO A RECUPERAÇÃO DA FUNÇÃO ERÉTIL APÓS A PROSTATECTOMIA RADICAL?

ANÁLISE DOS PACIENTES TRATADOS NA ÚLTIMA DÉCADA

Paolo Capogrosso; Emily A. Vertosick; Nicole E. Benfante; James A. Eastham; Peter J. Scardino; Andrew J. Vickers; John P. Mulhall

COMENTÁRIO FINAL: LUCIANO COUTO

6

AVALIAÇÃO DO FLUXO SANGUÍNEO E CIRCUNFERÊNCIA DO PÊNIS COMO INDICADORES DA EXCITAÇÃO

SEXUAL MASCULINA

Jennifer A. Bossio; Manya Singh and Caroline F. Pukall

COMENTÁRIO FINAL: FERNANDO NESTOR FACIO JR.

7

REVISÃO DAS OPÇÕES DE TRATAMENTO PARA A DOENÇA DE PEYRONIE NA FASE ATIVA

Scott C. Brimley; Faysal A. Yafi; Jacob Greenberg; Wayne J. G. Hellstrom; Hoang Minh Ter Nguyen and Georgios Hatzichristodoulou

COMENTÁRIO FINAL: FERNANDO NESTOR FACIO JR.

8

A IMPORTÂNCIA DA EJACULAÇÃO MASCULINA PARA SATISFAÇÃO E FUNÇÃO SEXUAL FEMININA

Andrea Burri; Joceline Buchmeier and Harmut Porst

(4)

9

TESTANDO UM MODELO CONCEITUAL DE DESEJO SEXUAL MASCULINO REFERENTE A PENSAMENTOS

AUTOMÁTICOS, EMOÇÕES, FUNÇÃO SEXUAL E SEXISMO

Filippo Maria Nimbi; Francesca Tripodi; Roberta Rossi e Chiara Simonelli

(5)

1

FARMACOCINÉTICA, SEGURANÇA E TOLERABILIDADE

DE DOSES ORAIS ÚNICAS DE UM NOVO ANTAGONISTA

DE RECEPTOR DE OXITOCINA - CLIGOSIBAN - EM

DESENVOLVIMENTO PARA EJACULAÇÃO PRECOCE:

TRÊS ENSAIOS CLÍNICOS RANDOMIZADOS EM

INDIVÍDUOS SADIOS

Pharmacokinetics, Safety, and Tolerability of Single Oral Doses of a Novel Oxytocin Receptor Antagonist—Cligosiban—in Development for Premature Ejaculation: Three Randomized Clinical Trials in Healthy Subjects . J Sex Med. 2018 Nov;15(11):1547-1557.

https://doi.org/10.1016/j.jsxm.2018.09.006

Ian H. Osterloh

1

; Gary J. Muirhead

1

; Stefan Sultana

2,5

; Steven Whaley

3

; Frans van

den Berg; MBChB

3

and George Atiee

4

1 Ixchelsis Ltd, Sandwich, United Kingdom; 2 Pfizer Global Research and Development, Sandwich, United Kingdom; 3 Hammersmith Medicines Research Ltd, London, United Kingdom; 4 Worldwide Clinical Trials, Early Phase Services

LLC, San Antonio, Texas, USA; 5 AstraZeneca, Cambridge, United Kingdom

O artigo versa sobre 3 estudos clínicos objetivando coletar dados sobre farmacocinética, segurança e tolerabilidade de doses orais únicas em indivíduos sadios do Cligosiban, um novo antagonista do receptor de ocitocina em desenvolvimento para tratamento de ejaculação precoce.

O estudo 1 foi um ensaio clinico duplo-cego, placebo-controlado, cruzado em 3 coortes de 10 pacientes cada, que receberam doses únicas de 0,3-2400mg de Cligosiban administrada em solução aquosa ou dispersão em condições de jejum ou alimentação. Os estudos 2 e 3 foram ensaios abertos, randomizados, cruzados com 12 indivíduos cada. No estudo 2, 800mg da droga foi administrada como cápsula e dispersão aquosa em jejum e cápsula em alimentados. No 3, administrou-se 1.600mg em dispersão aquosa e comprimidos em jejum e comprimidos em regime de alimentação.

Níveis séricos de Cligosiban e avaliações de segurança foram realizadas em todos os estudos. No estudo 2, coletou-se liquido cefalo-raquidiano para medir níveis da droga.

Em jejum, o Cligosiban foi rapidamente absorvido, com concentrações máximas atingidas dentro de 1-2 horas, independente da formulação. As concentrações plasmáticas aumentaram com incremento da dose proporcionalmente de 0,3-10mg e subproporcionalmente de 30-2.400mg. Com 800mg a exposição da droga foi igual entre cápsula e dispersão, mas com 1600mg, foi 87% maior em comprimido em comparação com dispersão.

A alimentação diminuiu a taxa de absorção do Cigosiban em todas as formulações, mas aumentou sua extensão de absorção. Cligosiban foi detectado no liquor em concentrações de 40% da forma livre no plasma e foi bem tolerado em todas as doses.

Sexual Medicine

Review

(6)

2

DIMAS ANTUNES, MD

Recife-PE

Uma vez observada boa tolerabilidade e segurança do Cligosiban e entendido que a droga atinge níveis adequados no LCR e apresenta perfil farmacocinético para uso sob demanda nestes estudos fase I, aguardamos os resultados de estudos fase II para avaliar a eficácia deste novo antagonista de receptor de ocitocina para aumentarmos nosso restrito arsenal terapêutico no tratamento de ejaculação precoce.

(7)

3

EFICÁCIA CLÍNICA DE INJEÇÃO E TERAPIA MECÂNICA

PARA DOENÇA DE PEYRONIE: UMA REVISÃO

SISTEMÁTICA DA LITERATURA

Russo GI, et al. Clinical Efficacy of Injection and Mechanical Therapy for Peyronie’s Disease: A Systematic Review of the Literature. Eur Urol (2018), https://doi.org/10.1016/j.eururo.2018.07.005

Giorgio Ivan Russo

1,

*; Uros Milenkovic

2

; Wayne Hellstrom

3

; Laurence A. Levine

4

;

David Ralph

5

; Maarten Albersen

2

1 Urology Section, Department of Surgery, University of Catania, Catania, Italy; 2 Department of Urology, University

Hospitals Leuven, Leuven, Belgium; 3 Department of Urology, Tulane University School of Medicine, New Orleans,

LA, USA; 4 Department of Urology, Rush University Medical Center, Chicago, IL, USA; 5 St Peters Andrology Centre

and The Institute of Urology, University College London Hospital, London, UK

Nesta revisão sistemática buscou-se por artigos publicados em inglês em revistas indexadas a bancos de dados do Embase, Medline e Scopus até 15 de maio de 2018. Os critérios de inclusão foram de artigos que tratassem de adultos com doença de Peyronie (PD) em estágio inicial ou crônico sendo tratados com injeção intralesional, tração peniana ou dispositivo a vácuo.

Cinquenta e dois artigos foram selecionados: 17 estudos comparativos e 35 estudos de coorte. Tais artigos versaram sobre os efeitos de injeção de inibidores de canal de cálcio (verapamil, nicardipina), colagenase de Clostridium histolyticum (CCH), interferon a-2b (IFNa-2b), ácido hialurônico (HA), toxina onabotulinica tipo A, tiocolchicina, dispositivos de extensão peniana e dispositivos a vácuo. Analise qualitativa dos dados destes estudos sugerem efeito clinicamente significante de injeção intralesional de CCH e IFNa-2b em diminuir a curvatura e conservar comprimento peniano. Verapamil e HA tiveram boa perfomance em estudos de braço único ou caso-controle. Artigos envolvendo dispositivos de tração peniana e a vácuo demonstraram algum beneficio na curvatura e comprimento peniano em pacientes com PD apenas em estudos pequenos, não randomizados e de baixo poder estatístico. Injeção de toxina onabotulinica tipo A e tiocolchicina mostraram melhoras significaicativas apenas em curvatura peniana, mas, também somente em estudos de caso controle e ou de braço único. Observou-se, portanto, que injeção de CCH e IFNa-2b em placas estáveis na PD podem diminuir curvatura peniana e CCH pode, inclusive, melhorar comprimento peniano. Contudo, as mesmas fortes conclusões não podem ser tiradas para outros tratamentos ou terapias mecânicas.

Sexual Medicine

Review

RESUMO

DIMAS ANTUNES, MD

Recife-PE

A priori, a literatura medica vigente só chancela de forma mais robusta a terapia intralesional com injeções de colagenase de Clostridium histolyticum e interferon a-2b para diminuir curvatura e melhorar comprimento peniano na doença de Peyronie. Infelizmente, tratam-se de duas opções indisponíveis para uso no Brasil.

(8)

4

O RISCO DE DISFUNÇÃO SEXUAL E A EFICIÊNCIA

DO TRATAMENTO DE LUTS SEVERO EM PACIENTES

COM HPB TRATADOS COM TERAPIA COMBINADA DE

DUTASTERIDA + SOLIFENACINA

The Risk of Sexual Dysfunction and Effectiveness of Treatment of Benign Prostatic Hyperplasia With Severe Lower Urinary Tract Dysfunction With Combination of Dutasteride and Solifenacin. J Sex Med 2018;15:1579e1590

Kirill Kosilov

1,2,3

; Irina Kuzina

1

; Vladimir Kuznetsov

3

; Yuliya Gainullina

1

; Liliya

Kosilova

4

; Elena Karashchuk

3

;

Alexandra Prokofyeva

1

and Sergay Loparev

5

1 Department of Social Sciences, School of Humanities, Far Eastern Federal University, Vladivostok, Russia; 2 Department of Fundamental Medicine, School of Biomedicine, Far Eastern Federal University, Vladivostok, Russia; 3 Department Public Health, Pacific Ocean State Medical University, Vladivostok, Russia; 4 Department of Functional

Diagnostics, Medical Association No. 2 of Vladivostok City, Vladivostok, Russia; 5 Polyclinic 3, Department of

Urology, Vladivostok, Russia

RESUMO

Trabalho randomizado, duplo cego. Foram 317 pacientes, maiores de 50 anos, LUTS severo (IPSS>20) e HPB, ivididos em três grupos. Grupo A recebeu dutasterida 0,5mg isolada, B recebeu dutasterida 0,5mg + solifenacina 10mg e o C recebeu dutasterida 0,5mg + solifenacina 20mg. A duração foi de 6 meses e os pacientes foram avaliados na função sexual pelo IIEF e MSHQ-EjD, os LUTS pelo IPSS e pelo OAB-V8, diário miccional e urofluxometria.

A função sexual não se alterou em nenhum grupo (IIEF), a função ejaculatória piorou em todos (MSHQ-EjD). Houve redução da próstata em todos os grupos, o IPSS diminuiu em todos, mas apenas no grupo C houve redução dos domínios de hiperatividade do OAB-V8.

O grupo C apresentou maior satisfação geral e dos domínios da sexualidade.

O fluxo urinário aumentou nos três grupos e o resíduo pós-miccional diminuiu nos três grupos, principalmente grupos B e C.

Os efeitos colaterais foram maiores no grupo C 18,7% versus 11,1% no B. Apenas 4% suspenderam os medicamentos em ambos.

Sexual Medicine

Review

Apesar dos inúmeros estudos recentes, ainda há muita dúvida quanto à melhor associação de medicamentos para HBP + LUTS. O tratamento precisa reduzir a próstata, melhorar a hiperatividade e controlar a obstrução, evitando alterar a sexualidade.

A associação de dutasterida + solifenacina mostrou-se eficiente no tratamento da HBP + LUTS e também benéfica na função sexual, exceto pela disfunção ejaculatória.

COMENTÁRIO FINAL

LUCIANO COUTO, MD

(9)

5

ESTAMOS MELHORANDO A RECUPERAÇÃO DA FUNÇÃO

ERÉTIL APÓS A PROSTATECTOMIA RADICAL? ANÁLISE

DOS PACIENTES TRATADOS NA ÚLTIMA DÉCADA

Are We Improving Erectile Function Recovery After Radical Prostatectomy? Analysis of Patients Treated over the Last Decade. Eur Urol. 2019 Feb;75(2):221-228

Paolo Capogrosso

1,2,

*; Emily A. Vertosick

1

; Nicole E. Benfante

1

; James A. Eastham

1

;

Peter J. Scardino

1

; Andrew J. Vickers

1

; John P. Mulhall

1

1 Memorial Sloan Kettering Cancer Center, New York, NY, USA; 2 Division of Experimental Oncology/Unit of

Urology, URI, IRCCS Ospedale San Raffaele, Milan, Italy

RESUMO

A disfunção erétil é um endpoint fundamental para pacientes tratados por Ca de próstata, a taxa de recuperação funcional após 2 anos é cerca de 35%. A introdução da técnica de preservação de nervos por Walsh provocou uma revolução nessa taxa e depois dela várias inovações foram criadas com esse objetivo. Melhor conhecimento anatômico, cirurgia robótica, mudanças técnicas, uso de iPDE-5, protocolos de reabilitação peniana foram as principais, mas não sabemos qual o impacto delas.

O objetivo deste levantamento foi estudar o impacto dessas medidas sobre a taxa de recuperação da função erétil após PR num centro de grande volume cirúrgico nos últimos dez anos.

Foram 3665 pacientes operados entre 2008 e 2015, após exclusões metodológicas restaram 2948 pacientes. Foram avaliados apenas pacientes com preservação de nervos grau 4 e o percentual de recuperação foi de 24% aos 12 meses e 35% aos 24 meses. O critério usado foi um índice >24 pelo IIEF-6.

Achados na análise multivariada: O ano de realização da cirurgia não teve influência sobre o resultado, a idade média dos pacientes aumentou 0,5 ano a cada ano, os tumores operados foram mais graves a cada ano, O índice de comorbidades aumentou e o IIEF prévio à cirurgia diminuiu. O percentual de cirurgias robóticas aumentou muito e as abertas e laparoscópicas diminuíram.

Houve piora do índice de recuperação funcional no período, mas este foi relacionado à piora clínica do paciente e não tiveram relação com a técnica ou o ano em que o paciente foi operado.

Sexual Medicine

Review

Nos últimos anos houve grande investimento no refinamento técnico da cirurgia radical da próstata e em estratégias clínicas e medicamentos para a recuperação da ereção, no entanto embora alguns trabalhos demonstrem resultados positivos dessas medidas, a maioria delas não é reprodutível em outros serviços. Há necessidade de desenvolvimento de estratégias efetivas para essa finalidade.

COMENTÁRIO FINAL

LUCIANO COUTO, MD

(10)

6

O LDI é um estudo do fluxo sanguíneo, como medida da excitação sexual genital. Os resultados indicam que o LDI é capaz de diferenciar entre estados de excitação sexual e não sexual. Já foi validado como medida da sexualidade genital e excitação em mulheres. Assim, o LDI é uma ferramenta de imagem válida e pode ser usado para avaliar a excitação sexual genital em homens e mulheres, e promissor como comparações entre gêneros na excitação sexual.

AVALIAÇÃO DO FLUXO SANGUÍNEO E CIRCUNFERÊNCIA

DO PÊNIS COMO INDICADORES DA EXCITAÇÃO SEXUAL

MASCULINA

Concurrent Assessment of Penile Blood Flow and Circumference as Indicators of Male Sexual Arousal. J Sex Med 2018

Jennifer A. Bossio

1

; Manya Singh

1

and Caroline F. Pukall

1

1 Queen’s University, Department of Psychology, Kingston, Ontario, Canada

O objetivo foi validar uma nova ferramenta de imagem para avaliar a resposta sexual masculina. A imagem por laser Doppler (LDI), mede diretamente o fluxo sanguíneo genital subcutâneo. Avaliaram simultaneamente a excitação sexual genital em homens que usaram LDI e o padrão ouro de psicofisiologia sexual masculina, o strain gauge peniano (PSG).

Participaram 25 homens com idade média de 24,2 anos (18-37); que assistiram a 4 filmes:

(1º. Conteúdo provocador de ansiedade,2º. Humorístico, 3º. Erótico, 4º. Neutro) e a excitação sexual dos genitais foi avaliada usando o LDI (perfusão sanguínea) e PSG (tumescência peniana) simultaneamente. A excitação sexual subjetiva foi confirmada por meio de relatos pessoais. Os resultados demonstram a validade do LDI como uma medida baseada em imagem de excitação genital comparável ao PSG.

Observaram aumentos significativos no fluxo sanguíneo genital, avaliado através do LDI, somente para efeitos eróticos. Nesta amostra, o LDI e PSG produziram fortes estimativas de concordância (r ¼, 51 e r ¼, 46, respectivamente). Na prática clínica será uma nova ferramenta de imagem para a excitação psicofisiológica sexual, o LDI é promissor para melhorar nossa compreensão de questões relacionadas à saúde sexual masculina. Artefatos de movimento produzidos por ingurgitamento peniano foram uma limitação para o LDI como técnica de imagem. Como uma medida válida de excitação sexual genital em homens, o LDI é promissor como uma ferramenta que pode ser usada para avaliar questões sutis sobre a sexualidade humana, incluindo comparações entre gêneros e em tempo real exploração de padrões de excitação genital

COMENTÁRIO FINAL RESUMO

FERNANDO NESTOR FACIO JR. , PhD

São José Rio Preto, SP - FAMERP

Sexual Medicine

(11)

7

De acordo com a história natural da DP; em relação à curvatura peniana, 12% experimentarão uma redução, 40% permanecerão inalterados e 48% dos pacientes terão progressão da curvatura. Evidências para terapia oral são inconclusivas, embora a terapia combinada forneça melhores resultados do que drogas isoladas; a cirurgia continua a opção de tratamento padrão-ouro para DP estabilizada, mas não é recomendada na forma ativa da DP. A terapia por ondas de choque pode ser usada como opção do controle da dor em pacientes selecionados, mas não melhora a curvatura. A terapia intralesional com CCh é o único tratamento aprovado pela FDA.

REVISÃO DAS OPÇÕES DE TRATAMENTO PARA A

DOENÇA DE PEYRONIE NA FASE ATIVA

Review of Management Options for Active-Phase Peyronie’s Disease - Sex Med Rev 2018

Scott C. Brimley

1

; Faysal A. Yafi

2

; Jacob Greenberg

1

; Wayne J. G. Hellstrom

1

;

Hoang Minh Ter Nguyen

1

e Georgios Hatzichristodoulou

3

1 Department of Urology, Tulane University, New Orleans, LA, USA; 2 Department of Urology, University of California,

Irvine, CA, USA; 3 Department of Urology and Pediatric Urology, Julius-Maximilians-University of Würzburg,

Würzburg, Germany.

A doença de Peyronie (DP) é um distúrbio fibrótico que leva à formação de placa em aproximadamente 3-9% dos homens. O acúmulo de tecido conjuntivo resulta na formação de placas com curvatura, encurtamento e dor. Na fase ativa da DP, a dor peniana é um sintoma comum, acompanhado de progressão da curvatura. As opções de tratamento para DP incluem medicamentos orais, creme tópico, injeções intralesionais, tração e terapia de ondas de choque.

Pesquisa realizada através da PubMed, com ensaios clínicos e a prática clínica atual para a terapia conservadora na fase ativa. Vários ensaios resultaram em benefícios significativos no tratamento da DP. As terapias estudadas melhoraram os resultados dos pacientes, mas os dados são insuficientes. Não há terapias orais para DP que atendam a padrões rigorosos de sucesso (Inibidores fosfodiesterase-5, Vitamina E, Pentoxifilina, Coenzima Q, Ômega-3, Colchicina, Carnitina, Potaba e Anti-inflamatório não esteroidal). As melhores opções foram: injeções intralesionais de colagenase Clostridium histolyticum (CCh) e interferon-a2b. A terapia por ondas de choque não é recomendada para o tratamento da curvatura, mas foi demonstrado melhora da dor. A terapia de tração pode ter um papel na melhoria da curva PD e do comprimento do pênis. DP continua sendo um desafio para os urologistas. Evidências sugerem que, para terapia oral, a combinação de drogas produz melhores resultados. A terapia por ondas de choque ainda não foi comprovada. A terapia intralesional oferece a melhor evidência de melhora na fase ativa e a tração peniana pode melhorar os resultados. O CCh é a única opção de tratamento aprovada pelo FDA disponível.

COMENTÁRIO FINAL RESUMO

FERNANDO NESTOR FACIO JR. , PhD

São José Rio Preto, SP - FAMERP

Sexual Medicine

(12)

8

A IMPORTÂNCIA DA EJACULAÇÃO MASCULINA PARA

SATISFAÇÃO E FUNÇÃO SEXUAL FEMININA

The Importance of Male Ejaculation for Female Sexual Satisfaction. J Sex Med. 2018 Nov;15(11):1600-1608

Andrea Burri

1,2

; Joceline Buchmeier

3

and Harmut Porst

1

1 European Institute for Sexual Health, Hamburg, Germany; Health and Rehabilitation Research Institute, Auckland

University of Technology, Auckland, New Zealand; 2 Department of Psychology, University of Zurich, Zurich,

Switzerland; 3 European Institute for Sexual Health, Hamburg, Germany

RESUMO

Ejaculação masculina tem sido estudada através de critérios relativos a tempo, inclusive de latência ejaculatória intravaginal, porém, volume e intensidade ejaculatória nunca haviam sido estudados em relação à sexualidade feminina. A novidade do estudo foi avaliar como estas características foram percebidas subjetivamente pelas mulheres e impactaram sua satisfação e função sexual. Numa pesquisa transversal, 240 mulheres heterossexuais ativas sexualmente, com idade média de 24,7 anos, responderam a questionários validados sobre aspectos como desejo, lubrificação, excitação, orgasmo, dor sexual, práticas sexuais, intercurso vaginal, ejaculação intravaginal, freqüência ideal de relações sexuais e satisfação sexual. Para 59.1% das mulheres, sexo foi importante ou muito importante e 69.6% gostariam de fazer sexo várias vezes por semana. 46.9% preferem atividade sexual com intercurso vaginal, 50.43% consideram muito importante que o parceiro ejacule durante o intercurso. Apesar da variabilidade em relação às características ejaculatórias houve correlação de dependência entre orgasmo mais intenso feminino volume e intensidade da ejaculação do parceiro.

Sexual Medicine

Review

COMENTÁRIO FINAL

KATHYA MUTTI

Psicóloga, Especialista em Sexualidade Humana São Paulo – FMUSP

Embora a pesquisa tenha se baseado na percepção subjetiva relacionada ao intercurso sexual, os achados indicam o quão importante o parceiro ejacular durante esse intercurso impacta a funcionalidade sexual feminina. Homens com mais experiências assertivas em relação ao sexo e que ejaculam intensamente durante o intercurso intravaginal podem produzir efeito maior em relação à atratividade sexual e intensidade orgásmica feminina. Por outro lado, homens com disfunções ejaculatórias relatam dificuldades em manter as parcerias sexuais em relação ao interesse sexual ou mesmo pelo desenvolvimento de disfunções sexuais nas parceiras, como diminuição do desejo sexual, lubrificação e dificuldade em atingir o orgasmo durante a relação sexual. Novas pesquisas serão de grande importância ao contemplarem o estudo das disfunções ejaculatórias levando em consideração aspectos mais amplos do que aqueles que correlacionam somente o tempo de controle ejaculatório.

(13)

9

TESTANDO UM MODELO CONCEITUAL DE DESEJO

SEXUAL MASCULINO REFERENTE A PENSAMENTOS

AUTOMÁTICOS, EMOÇÕES, FUNÇÃO SEXUAL E

SEXISMO

Testing a Conceptual Model for Men’s Sexual Desire Referring to Automatic Thoughts, Emotions, Sexual Function, and Sexism. J Sex Med. 2018 Nov;15(11):1518-1526

Filippo Maria Nimbi

1,2

; Francesca Tripodi

2

; Roberta Rossi

2

e Chiara Simonelli

1,2

1 Department of Dynamic and Clinical Psychology, Sapienza University of Rome, Rome, Italy; 2 Institute of Clinical

Sexology, Rome, Italy

RESUMO

A literatura carece de modelos biopsicossociais da sexualidade masculina. Em relação ao desejo sexual, Carvalho e Nobre (J Sex Med 2011; 8: 754-763.) Apresentou um modelo cognitivo-afetivo incluindo idade, fatores médicos, diádicos adaptação, psicopatologia, atitudes restritivas em relação à atividade sexual, problemas de ereção, falta de pensamentos (LET), tristeza e vergonha como preditores. Em particular, os pensamentos automáticos foram destacados como os principais preditores do desejo sexual em homens. O modelo selecionado poderia sugerir a necessidade de operar sob uma abordagem biopsicossocial, considerando aspectos cognitivos, emocionais e sexuais todos juntos para provocar um surto efetivo do nível de desejo sexual.

O estudo pode reivindicar uma boa metodologia e a proposta de um modelo interessante, mesmo que os resultados devam ser cuidadosamente interpretados devido ao uso de nenhuma amostra representativa, medidas de auto-relato, e o número limitado de variáveis envolvidas.

Nossos achados sugerem que a interação cognitiva, emocional, sexual e variáveis culturais afetando o interesse sexual dos homens.

Sexual Medicine

Review

COMENTÁRIO FINAL

O objetivo do estudo foi testar um modelo conceitual cognitivo-afetivo considerando a possível relação entre pensamentos automáticos, fatores emocionais, função sexual, sexismo e sua influência nos níveis de desejo sexual masculino.

A amostra foi composta de 450 homens heterossexuais com idade variando entre 18 e 76 anos, solteiros em sua maioria, em um relacionamento afetivo, em proporções iguais coabitando com a parceira ou morando separados e sem filhos. Os sujeitos responderam questionários via internet, para avaliação de aspectos psicológicos e sociais relativos ao seu funcionamento sexual. Dos questionários IIEF, Positive and Negative Affect Schedule, Ambivalent Sexism Inventory, and Sexual Modes Questionnair foram selecionadas algumas variáveis destacadas como preditores do desejo sexual dos homens, tais como, pensamentos de preocupação com a ereção, perda de pensamentos eróticos, pensamentos negativos em relação ao sexo e

(14)

10

KATHYA MUTTI

Psicóloga, Especialista em Sexualidade Humana São Paulo – FMUSP

antecipatórios de falha, sexismo (atitudes hostis ou benevolentes em relação à mulher), afetos positivos e negativos durante a atividade sexual e função orgásmica.

A ativação de pensamentos automáticos como preocupação com ereção, perda de pensamentos eróticos em contextos sexuais, estereótipos culturais do gênero masculino e roteiros sexuais podem ser estimulados por experiências negativas do passado sobre sexualidade o que corrobora achados na literatura. Tais pensamentos destacam a importância de mecanismos de distração cognitiva durante relações sexuais, especificamente relacionados ao mau desempenho sexual, como um processo responsável pelo declínio da resposta sexual. O modelo adotado se mostrou eficaz para predizer aspectos cognitivos, emocionais e sexuais em relação ao desejo sexual masculino que auxiliam processos psicoterapêuticos com foco na sexualidade incluindo a desconstrução de tais aspectos ligados a ansiedade de desempenho e scripts sexuais ressignificando aspectos positivos ligados a experiências afetivas em relação às vivências sexuais passadas.

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