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Disciplina: Virologia III Curso: Medicina Veterinária. Flaviviridae

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Academic year: 2021

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Flaviviridae

Disciplina: Virologia III

Curso: Medicina Veterinária

Profa. Rita de Cássia Nasser Cubel Garcia

(2)

Flaviviridae

Flavivirus

(flavus = amarelo)

Pestivirus

(pestis = peste)

Hepacivirus

(heptos = fígado)

Febre amarela (YFV)

Encefalite Japonesa (JEV)

Nilo Ocidental (WNV)

Peste suína clássica

Doença de fronteira de ovinos

Diarreia viral bovina-1 (BVDV-1)

Diarreia viral bovina-2 (BVDV-2)

HoBi-like Pestivirus (HoBiPev)

Hepatite C (HCV)

Pegivirus

(3)

Árvore filogenética

(gene RdRp)

https://www.researchgate.net/figure/The-family-Flaviviridae-Phylogenetic-tree-based-on-the-analysis-neighbour-joining-of_fig1_264115069

Estrutura e organização genômica

Flores, E.F. Virologia Veterinária, 2007

Família: Flaviviridae

(4)

ADSORÇÃO Vírus – Célula hospedeira via receptor celular CITOPLASMA MONTAGEM do nucleocapsídeo Diminuição do pH Fusão da membrana do vírus Ptn E sofre mudança conformacional Nucleocapsídeo é liberado no citoplasma DESNUDAMENTO ssRNA(+) genômico ssRNA(+) TRADUÇÃO

CITOPLASMA

poliproteína Proteínas Não-estruturais Proteínas Estruturais Proteases virais e celulares RNA polimerase RNA-dependente Progênies de ssRNA (+) Síntese de molde de ssRNA (-) ENDOCITOSE MORFOGÊNESE VIRAL Ocorre no RER LIBERAÇÃO Via secretora do Complexo de Golgi

Replicação

Cedido por Flavia Barreto dos Santos, Lab. de Flavivirus, Fiocruz

(5)

Família:

Flaviviridae

Partículas virais esféricas (40-60nm de diâmetro)

https://viralzone.expasy.org/39?outline=all_by_species

M protein

Envelope com 2 ou 3 glicoproteínas:

Flavivirus: gp E

Pestivirus: gp Erns /E1/E2

Capsídeo: simetria icosaédrica

(6)

Família: Flaviviridae

Gênero: Flavivirus

Vírus do Nilo Ocidental (West Nile virus, WNV)

Arbovírus: Arthropod-borne viruses

Termo epidemiológico: grupo de vírus, genoma RNA,

zoonóticos, transmitidos por artrópodes (mosquitos e

carrapatos)

Mais de 545 vírus isolados.

Cerca de 150 causam doença no homem: Febres indiferenciadas

Encefalites

(7)

1931

Fundação Rockfeller iniciou uma investigação internacional para distribuição

geográfica do Vírus da Febre Amarela (YFV)

Esse estudo indicava uma grande área de

transmissão de YFV que se estendia da costa oeste até Uganda

1937

um vírus desconhecido foi isolado em uma mulher em Omugo, no distrito

de West Nile localizado noroeste de Uganda

Vírus do Nilo Ocidental (West Nile virus, WNV)

Linha do tempo....

(8)

1950

WNV foi isolado ocasionalmente a partir de três crianças assintomáticas

no Egito durante pesquisa para o vírus da poliomielite

1953

Isolamento do WNV em mosquitos do gênero Culex

Estudos com aves silvestres de vida livre nativas do delta do Rio Nilo sugerem

duas espécies como potenciais hospedeiros amplificadores do WNV no Egito

Corvus Cornix (gralha cinzenta) e Passer domesticus (pardal)

Na década de 50

epidemia dengue-like em Israel – isolado o WNV de pacientes

com sinais neurológicos

1959

equino com encefalite e evidências de infecção em equinos pelo vale e

delta do Rio Nilo

Vírus do Nilo Ocidental (West Nile virus, WNV)

(9)

Ciclo de transmissão do WNV

Jacaré americano

Culex spp passeriformes (pardais)

corvídeos

chadriiformes (gaivotas, perdizes) corujas

(10)

21 pessoas e várias aves de vida livre e de zoológicos morreram

2010

1.021 casos de WNV em humanos

629 doença neuroinvasiva

(11)
(12)

Circulação do WNV em animais na América do Sul:

Venezuela

cavalos em 2004 e aves silvestres em 2006

Colombia

cavalos em 2005

Argentina

cavalos com encefalite fatal em 2006

Três casos de encefalite em equinos

Sinais clínicos: andando em círculos, ataxia,

hipersensibilidade e hiperexcitabilidade

Óbito em 48 a 72h em dois animais

Negativo para raiva e herpesvírus

WNV isolado de material encefálico

Sequenciamento: dois isolados agrupados aos isolados americanos

Evidências sorológicas em aves

Em 2006-2007 infecção humana clínica é relatada na Argentina

(13)

950 equinos amostrados

250 ovelhas amostradas

90 jacarés do Pantanal de vida livre amostrados

4500 mosquitos amostrados

Alex Pauvolid-Correa et al, 2011

(14)
(15)
(16)

Evidência de WNV no Brasil:

(17)

Em 2014, um trabalhador de área rural do Estado do Piauí apresentou sinais

clínicos de encefalite aguda.

Em seguida, amostras de material biológico (sangue, líquido

cefalorraquidiano e fezes) foram colhidas e enviadas ao Instituto Evandro

Chagas.

Após análises, confirmou-se o primeiro caso de WNV em humanos no Brasil.

(18)

Sequência: linhagem 1, clado 1a – com outras sequências americanas

(19)

Vírus da Diarreia Viral Bovina

(BVDV)

Responsável por perdas econômicas importantes em rebanhos de corte e leite

redução da produção de leite

queda da performance reprodutiva

retardo do crescimento dos bezerros

(20)

Família:

Flaviviridae

Gênero:

Pestivirus

Vírus da Diarreia Viral Bovina (BVDV)

Árvore filogenética da sequência 5´NCR de isolados brasileiros de BVDV (Weber et al 2014. Virus Res 191:117-124)

1a 2b 1b

sub-genótipos

Diarreia

viral

bovina 1

BVDV-1

21

Pestivirus A

bovino, ovino,

outros

ruminantes,

suíno

Diarreia

viral

bovina 2

BVDV-2

4

Pestivirus B

HoBi-like

HoBi-like

BVDV-3

4

Pestivirus H bovino, búfalo

(21)
(22)

5’

N

pro C E0 E1 E2

NS2-3

NS4A NS4B NS5A NS5B

3’

Vírus citopático (cp):

proteína é clivada

p125

p54/NS2 p80/NS3

Vírus não citopático (ncp):

proteína não é clivada

p80 é associada à citopatologia

Proteínas não estruturais (NS):

A maioria das amostras de

BVDV isoladas a partir dos

casos clínicos são

ncp

.

(23)

Infecção aguda de animais não-prenhes:

infecção inaparente

enfermidade gastroentérica

enfermidade

respiratória

síndrome hemorrágica (Nova Iorque)

Infecção aguda de fêmeas prenhes

Infecção persistente

Bovinos são os hospedeiros naturais

Transmissão por:

contato direto:

focinho-focinho, coito, mucosa-mucosa

contato indireto:

placenta/feto abortado, secreções/excreções

iatrogênica:

agulhas ou material cirúrgico contaminado, luvas de palpação, tatuadores

transplacentária, sêmen (inseminação artificial)

Vírus da Diarreia Viral Bovina (BVDV)

https://www.slideshare.net/trufflemedia/dr-julia-ridpath-whats-new-in-bovine-viral-diarrhoea-bvd-research

(24)

Manifestações

clínicas

diarreia Secreção mucopulurenta salivação intensa animal PI hemorragia aborto

(25)

Amostra NCP

Imunotolerância

0

40

120

Dias de gestação

280

Animal persistentemente infectado (PI)

soronegativo para a variante que o infectou

Consequências da infecção de fêmeas

bovinas prenhes pelo BVDV

Reabsorção fetal Retorno ao cio

Bezerros saudáveis e

soropositivos

Fêmea prenhe soronegativa

(26)
(27)

Adivinhem quem é o PI?

Bovinos da mesma idade

(Lee et al., CVJ 38:29)

(28)

Etiopatogenia da Doenças das Mucosas (DM)

6 meses a 2 anos

Flores, E.F. Virologia Veterinária, 2007

As cepas

cp

são originadas a partir de mutações da cepa

ncp

Amostras

ncp

+

cp

em animais acometidas da

DM

.

(29)

Isolamento em Cultura de Células MBDK

detecção do antígeno viral na cultura

de células (com ou sem CPE) por

Imunofluorescência

BVDV : Diagnóstico laboratorial

Para confirmar DM: amostras cp e ncp isoladas do mesmo animal

Amostras clínicas:

Fezes

, exsudatos nasais, leite,

sangue

e

tecidos coletados durante a

necropsia

e

fetos abortados.

(30)

Detecção do genoma viral:

-

RT-PCR convencional

BVDV-1

BVDV-2

diagnóstico do animal

detecção do vírus nas amostras de (bulk tank milk)

www.scielo.br

BVDV : Diagnóstico laboratorial

Elisa

para detecção de Ag:

triagem do rebanho

Imunohistoquímica:

detecção do vírus em tecidos

(identificar animais PI)

(31)

Detecção de anticorpo: ELISA indireto

Amostra clínica: soro Sensibilização da placa: Ag conjugado: anti-Ig marcada com enzima

BVDV : Diagnóstico laboratorial

(32)
(33)

Prevenção e Controle - BVDV

Prevenção da entrada de animais PI

Identificação e remoção de animais PI

Controle com Vacina (

Inativada

e

Atenuada

:

BVDV-1

e BVDV-2)

rebanhos com:

- alta rotatividade de animais

- sorologia positiva

- história de doença clínica ou reprodutiva

- confirmação laboratorial da infecção por BVDV

Controle sem Vacina:

rebanhos: -

fechados, sem ingresso frequente de animais

- com sorologia negativa e cujo ingresso de animais seja raro ou

eventual

(34)

VÍRUS DA PESTE SUÍNA CLÁSSSICA

Família:

Flaviviridae

Gênero:

Pestivirus

Enfermidade do sistema linfático e circulatório de suídeos, com altas morbidade e

letalidade, manifestando-se sob a forma de hemorragias e problemas reprodutivos

Replicação inicial

nas tonsilas

Entrada via

oronasal

Medula óssea, baço, células endoteliais, fígado, pulmões linfonodos sangue

(35)

Ministério fará trabalho integrado com estados do Nordeste para

erradicar doenças como a peste suína clássica (MAPA)

https://canalrural.uol.com.br/noticias/pecuaria/suino/ministerio-fara-trabalho-integrado-com-estados-contra-peste-suina/

10/2018 a 12/2018:

41 focos de PSC em 18 municípios do Ceará, levando ao

abate de 2.600 suínos.

16/04/2019:

Dois focos de peste suína clássica foram detectados em

criações familiares no município de Lagoa do Piauí, a 42 quilômetros de

Teresina. De acordo com o governador, cerca de 800 porcos tiveram que ser

abatidos.

PORTARIA Nº 40, DE 19 DE MARÇO DE 2019 DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA

Art. 1º Constituir Grupo de Trabalho (GT) com objetivo de elaborar proposta

de plano estratégico para a erradicação da peste suína clássica dos estados

de

Alagoas, Amapá, Amazonas, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco,

Piauí, Rio Grande do Norte e Roraima.

(36)

1992: Programa

Nacional de Controle e

Erradicação da Peste

Suína Clássica (PSC)

As ações de vigilância nas propriedades situadas no raio de 10 km em torno do foco foram

intensificadas conforme previsto no Plano de Contingência para PSC, bem como nos vínculos do foco.

A IN 25/2016, publicada pelo MAPA em 19/07/2016, proibe o trânsito de suínos, produtos e

subprodutos entre a zona livre e a zona não livre. Já estão sendo adotadas todas as medidas para

investigação e controle da enfermidade. Dentre estas medidas estão o controle de movimento dentro

do país, a vigilância externa de contenção e/ou zona de proteção, vigilância dentro da zona de

contenção e/ou proteção, rastreabilidade, destruição oficial de produtos de origem animal,

eliminação oficial de carcaças, subprodutos e resíduos, zoneamento e desinfecção. A vacinação está proibida

Referências

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