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ORIENTAÇÃO PARA ELABORAÇÃO DO PLANO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO PARA EDIFICAÇÕES ESCOLARES NO ESTADO DO PARANÁ

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BEATRIZ SOUZA CARRATO

ORIENTAÇÃO PARA ELABORAÇÃO DO PLANO DE SEGURANÇA

CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO PARA EDIFICAÇÕES ESCOLARES

NO ESTADO DO PARANÁ

CAMPO MOURÃO 2018

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BEATRIZ SOUZA CARRATO

ORIENTAÇÃO PARA ELABORAÇÃO DO PLANO DE SEGURANÇA

CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO PARA EDIFICAÇÕES ESCOLARES

NO ESTADO DO PARANÁ

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso 2, do Curso Superior em Engenharia Civil do Departamento Acadêmico de Construção Civil – DACOC - da Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR, para obtenção do título de bacharel em engenharia civil.

Orientador: Prof. Dr. Helton Rogério Mazzer

CAMPO MOURÃO 2018

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TERMO DE APROVAÇÃO

Trabalho de Conclusão de Curso

ORIENTAÇÃO PARA ELABORAÇÃO DO PLANO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO PARA EDIFICAÇÕES ESCOLARES DO ESTADO DO PARANÁ

por Beatriz Souza Carrato

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi apresentado às 10:15h do dia 17 de Agosto de 2018 como requisito parcial para a obtenção do título de ENGENHEIRO CIVIL, pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Após deliberação, a Banca Examinadora considerou o trabalho aprovado.

Prof. Me. Luiz Becher Prof. Me. Roberto Widerski

(( UTFPR ) ( UTFPR )

Prof. Dr. Helton R. Mazzer

(UTFPR) Orientador

Responsável pelo TCC: Prof. Me. Valdomiro Lubachevski Kurta

Coordenador do Curso de Engenharia Civil:

Prof. Dr. Ronaldo Rigobello

A Folha de Aprovação assinada encontra-se na Coordenação do Curso.

Ministério da Educação

Universidade Tecnológica Federal do Paraná Câmpus Campo Mourão

Diretoria de Graduação e Educação Profissional Departamento Acadêmico de Construção Civil

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AGRADECIMENTOS

Por essa e todas as conquistas já vividas, agradeço aos meus pais que, com muito amor e paciência, me apoiaram e me guiaram até aqui. À minha tia Joslei, minhas irmãs e ao Pedro, sou grata pelo companheirismo, apoio e conselhos imprescindíveis. Vocês são todo meu orgulho e os mais preciosos da minha vida.

Não seria possível concluir este curso sem aqueles que sempre estiveram por perto. Portanto, agradeço a cada um dos meus amigos do Grupo, que me proporcionaram os melhores momentos, sem vocês essa história não seria tão feliz. À Mayara, Mariane e Heloá, obrigada por serem meu refúgio e melhores ouvidos. Por dividir um defeito sincero e me entender, agradeço ao Matheus. Por transformarem uma república em um lar, agradeço aos amigos Karol, Iolanda, Felipe e, especialmente, à Júlia e Francielle, que estiveram comigo do início ao fim dessa trajetória e sei que continuarão sempre. Aos meus amigos Giorgie e Fabrício, agradeço pela lealdade, zelo e por me encorajarem sempre. Todos vocês são admiráveis e meu porto seguro.

Pela idealização e realização deste trabalho agradeço primeiramente ao Comandante do Corpo de Bombeiros de Campo Mourão e ao Soldado Waleski por toda dedicação e colaboração, às engenheiras Giovanna Eler pelo incentivo e Ana Cláudia Soares pelo apoio indispensável. Ao meu orientador professor Dr. Helton Mazzer e à Universidade Tecnológica Federal do Paraná, agradeço por me proporcionaram esta oportunidade. Por fim, a todos aqueles que contribuíram de alguma forma para a minha formação, muito obrigada.

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RESUMO

CARRATO, Beatriz Souza. Orientação para elaboração do Plano de Segurança Contra Incêndio e Pânico para Edificações Escolares no Estado do Paraná. 2018. 64p. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharel em Engenharia Civil) – Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campo Mourão, 2017.

Como o Plano de Segurança Contra Incêndio e Pânico (PSCIP) deve ser realizado por engenheiro ou arquiteto, e sendo um processo extenso, detalhista e que pode interferir na liberação do início de uma obra, é essencial que o profissional tenha um bom domínio do assunto para que o mesmo seja realizado de maneira eficiente. Este trabalho segue como um guia didático para que o profissional possa realizar o PSCIP de forma mais rápida e organizada, explicando e exemplificando cada etapa da execução da Planta de Medidas de Segurança, da Planta de Risco e dos memoriais de cálculos necessários à elaboração do PSCIP em edificações classificadas como escolares. Para a melhor interpretação do Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico e suas respectivas Normas de Procedimento Técnico (NPT), foi realizada uma consultoria com o Corpo de Bombeiros do Município de Campo Mourão, assim como a revisão das NBR’s indicadas nas mesmas. Além dos apontamentos descritos, também foi realizado um projeto genérico fictício de um colégio, o qual engloba características comuns neste tipo de edificação, para que o mesmo seja utilizado como um exemplo prático, ou seja, as medidas de segurança foram classificadas e dimensionadas conforme este projeto. Também foram mantidos os exemplos que se encontram no CSCIP/2017 e nas NPT’s. Após a realização das etapas descritas, obteve-se um guia com ordem cronológica de análise, independente do tipo de edificação, com exemplos de dimensionamento e desenhos gráficos de quase todas as medidas de segurança, sendo elas explicadas separadamente, fazendo com que este trabalho possa servir de referência tanto para edificações escolares quanto para edificações que possuam ocupações, dimensões e situações de projeto similares. Entretanto, este trabalho não exime a consulta e leitura das normas, códigos e leis que definem como construir visando à prevenção e o combate a incêndio.

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ABSTRACT

CARRATO, Beatriz Souza. Guidance for elaboration of the Fire and Panic Safety Plan for School Buildings in the State of Paraná. 2018. 64p. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharel em Engenharia Civil) – Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campo Mourão, 2017.

Since Fire Safety and Panic Plan must be performed by an engineer or architect, and this being an extensive, detailed process that can interfere with the liberate of the start of a construction, it is essential that the professional has a good command of the subject so that it can be performed efficiently. Thus, this work follows as a didactic guide so that the professional can carry out the FSPP in a faster and more organized way, explaining and exemplifying each stage of the execution of Safety Measure Plan, Risk Plant and the calculation memorials necessary for the elaboration of FSPP in buildings classified as school building. For a better interpretation of the Fire and Panic Safety Code and their respective Standart of Technical Procedure, a consultation was conducted with the Campo Mourão Fire Department, as well as a review of the NBR's indicated therein. In addition to the written pointing, a fictitious generic design of a college was also carried out, which encompasses common characteristics in this type of building, so that it can be used as a practical example, in other words, safety measures were classified and dimensioned according to this project. However, the examples found in the FPSC and the STP were also kept. After the steps described, a guide with chronological order of analysis was obtained, independent of the type of construction, with examples of sizing and graphic designs of almost all safety measures, being explained separately, making this work useful as a reference both for school buildings and for buildings with occupations, dimensions and similar project situations. However, this work does not exempt the consultation and reading of the norms, codes and laws that define how to build for fire prevention and firefighting.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Distância de segurança entre edificações de mesma altura ... 24

Figura 2 - Exposição adjacentes ... 25

Figura 3 - Distância de segurança entre cobertura e fachada ... 25

Figura 4 - Parede corta-fogo ... 25

Figura 5 - Porcentagem de abertura na fachada ... 27

Figura 6 - Largura mínima da viatura de acesso ... 33

Figura 7 - Largura e altura mínima do portão de acesso ... 33

Figura 8 - Modelo de retorno... 33

Figura 9 – Distanciamentos, aberturas e possíveis percursos. ... 34

Figura 10 - Dimensionamento dos corredores de descarga ... 36

Figura 11 - Lanço mínimo e comprimento de patamar ... 37

Figura 12 - Altura e largura dos degraus ... 38

Figura 13 - Dimensionamento de rampas ... 39

Figura 14 - Pormenores construtivos da instalação de guardas e as cargas a que elas devem resistir ... 40

Figura 15 - Dimensões de guardas e corrimão ... 40

Figura 16 - Pormenores de corrimãos ... 40

Figura 17 - Medida da largura em corredores e passagens ... 41

Figura 18 - Abertura das portas no sentido do trânsito ... 41

Figura 19- Simbologia – ... 42

Figura 20 - Simbologia – ... 43

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Severidade da carga de incêndio para o isolamento de risco ... 26

Tabela 2 - Mínima distância de separação entre a cobertura da edificação menor em relação à outra edificação adjacente de maior altura ... 27

Tabela 3 – Distância de separação em metros conforme 5.3.2.2 ... 28

Tabela 4 - Classificação das edificações quanto à altura ... 31

Tabela 5 - Dados para o dimensionamento das saidas de emergência ... 35

Tabela 7 - Tipos de sistemas de proteção por hidrantes ou mangotinhos ... 45

Tabela 8 - Aplicabilidade dos tipos de sistemas em função da ocupação/uso ... 46

Tabela 9 - Componentes para cada hidrante ou mangotinho ... 46

Tabela 10 - Distância máxima de caminhamento ... 48

Tabela 11 - Classe dos materiais a serem utilizados considerando o grupo/divisão da ocupação/uso em função da finalidade do material ... 50

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LISTA DE SIGLAS

CSCIP – CÓDIGO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO

NPT – NORMA DE PROCEDIMENTO TÉCNICO

NBR – NORMA BRASILEIRA REGULAMENTADORA

PSCIP – PLANO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO

ART – ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA

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GLOSSÁRIO

Altura da Edificação: para fins de exigências das medidas de segurança contra incêndio, é a medida em metros do piso mais baixo ocupado ao piso do último pavimento; para fins de saída de emergência, é a medida em metros entre o ponto que caracteriza a saída do nível de descarga ao piso do último pavimento, podendo ser ascendente ou descendente.

Ampliação: é o aumento da área construída da edificação.

Andar: é o volume compreendido entre dois pavimentos consecutivos, ou entre o pavimento e o nível superior a sua cobertura.

Área da Edificação: é o somatório da área a construir e da área construída de uma edificação.

Área de Risco: é o ambiente externo à edificação que contém armazenamento de produtos inflamáveis ou combustíveis, instalações elétricas ou de gás, e similares.

Ático: parte superior de uma edificação onde podem alojar caixa d’agua, máquinas, piso técnico de elevador e circulação vertical.

Carga de incêndio: é a soma das energias caloríficas possíveis de serem liberadas pela combustão completa de todos os materiais combustíveis contidos em um espaço, inclusive o revestimento das paredes, divisórias, pisos e tetos.

Compartimentação de áreas (vertical e horizontal): medidas de proteção passiva, constituídas de elementos de construção corta-fogo, destinadas a evitar ou minimizar a propagação do fogo, calor e gases, interna ou externamente ao edifício, no mesmo pavimento ou para pavimentos elevados consecutivos dentro de uma área máxima de compartimentação pré-estabelecida.

Edificação antiga: comprovadamente construída até o ano de 1976, sendo suas áreas e suas ocupações as mesmas de quando foi construída.

Edificação existente: comprovadamente construída até 08 de janeiro de 2012, sendo suas áreas e suas ocupações as mesmas de quando foi construída.

Edificação expositora: Construção na qual o incêndio está ocorrendo, responsável pela radiação de calor, convecção de gases quentes ou transmissão direta de chamas. É a que exige

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a maior distância de afastamento, considerando-se duas edificações em um mesmo lote ou propriedade.

Edificação em exposição: Construção que recebe a radiação do calor, convecção de gases quentes ou a transmissão direta de chamas.

Emergência: é a situação crítica e fortuita que representa perigo à vida, ao meio ambiente e ao patrimônio, decorrente de atividade humana ou fenômeno da natureza que obriga a uma rápida intervenção operacional.

Isolamento de Risco: a distância ou proteção, de tal forma que, para fins das exigências de medidas de segurança contra incêndio, uma edificação seja considerada independente em relação à adijacente.

Mezanino: pavimento que possuir área menor ou igual a um terço (1/3) do andar subdividido.

Nível de descarga: é o nível no qual uma porta externa conduz a um local seguro no exterior.

Medidas de Segurança contra Incêndio: é o conjunto de dispositivos ou sistemas a serem instalados nas edificações e áreas de risco, necessário para evitar o surgimento de um incêndio, limitar sua propagação, possibilitar sua extinção e ainda propiciar a proteção à vida, ao meio ambiente e ao patrimônio.

Nível de Descarga: é o nível no qual uma porta externa conduz a um local seguro no exterior.

Ocupação Principal: é a principal ocupação para a qual a edificação utilizada foi projetada, devendo incluir as ocupações subsidiárias.

Ocupação Mista: área de ocupação secundária com mais de 10% da área total da edificação ou ocupações secundárias, em qualquer pavimento, com área maior que 90%.

Ocupação Predominante: é a atividade ou uso principal exercido na edificação.

Ocupação Subsidiária: atividade ou dependência vinculada a uma ocupação principal, correlata e fundamental para sua concretização. Caso a dependência seja depósito, esta não poderá exceder 10% da área total (limitada a 1000m²) para que seja caracterizada subsidiária.

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Ocupação Secundária: atividade ou uso exercido na edificação não subsidiária ou correlata com a ocupação principal.

Prevenção de incêndio: é o conjunto de medidas que visam evitar o incêndio, permitir o abandono seguro, dificultar a propagação do incêndio, proporcionar meios de controle e extinção do incêndio e permitir o acesso para as operações do Corpo de Bombeiros.

Risco Específico: situação que proporciona uma probabilidade aumentada de perigo à edificação, tais como: caldeira, casa de máquinas, incineradores, centrais de gás combustível, transformadores, fontes de ignição e outros.

Risco de Incêndio: é o risco (leve, moderado ou elevado) determinado pela carga de incêndio definida em virtude da ocupação e/ou uso da edificação.

Risco Predominante: é o risco determinado pela proporcionalidade (cálculo) da carga de incêndio dentre as ocupações e áreas de risco.

Segurança Contra Incêndio: é o conjunto de ações e recursos internos e externos à edificação e áreas de risco que permite controlar a situação de incêndio.

Subsolo: é o pavimento situado abaixo do perfil do terreno. Não será considerado subsolo o pavimento que possuir ventilação natural para o exterior, com área total superior a 0,006 m² para cada metro cúbico de ar do compartimento, e tiver sua laje de cobertura acima de 1,20 m do perfil do terreno.

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1. INTRODUÇÃO ... 14

2. OBJETIVOS ... 16

2.1. Objetivo Geral ... 16

2.2. Objetivo Específico ... 17

3. REFERENCIAL TEÓRICO ... 17

3.1. Das disposições Legais e Regulamentações ... 17

3.2. Elementos Construtivos Convencionais ... 18

3.3. Edificação Escolar ... 19

4. MATERIAL E MÉTODOS ... 20

5. RESULTADO E DISCUSSÕES ... 21

5.1 Elaboração do PSCIP ... 22

5.1.1 Considerações iniciais ... 23

5.2 Determinação das Medidas de Segurança Contra Incêndio e Pânico. ... 23

5.2.1 Separação das Edificações – NPT-007/2012 ... 23

5.2.2 Classificação quanto à ocupação ... 29

5.2.3 Classificação quanto à altura ... 30

5.2.4 Medidas de Segurança Contra Incêndio e Pânico ... 31

5.3 Dimensionamento das Medidas de Segurança. ... 32

5.3.1 Acesso de viatura na edificação – NPT-006/2014 ... 32

5.3.2 Saídas de Emergência – NPT-011/2016 ... 34 5.3.3. Iluminação de Emergência – NPT-018/2014 ... 42 5.3.4. Alarme de Incêndio – NPT-019/2012 ... 44 5.3.5. Hidrantes e Mangotinhos – NPT-022 ... 45 5.3.6. Extintores de incêndio – NPT-021/2014 ... 48 5.3.7. Brigada de Incêndio – NPT-017/2017 ... 49

5.3.8. Controle de Materiais de Acabamento e revestimento (CMAR) – NPT-010/2014 ... 49

5.3.9. Sinalização de Emergência – NPT-020/2014 ... 50

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5.5. Elaboração da Planta de Risco e do Quadro de Estatística. ... 53

5.6. Elaboração dos Memoriais de Cálculo. ... 54

5.6.1. Memorial de cálculo de isolamento de risco ... 54

5.6.2. Memorial de cálculo de dimensionamento de lotação e saídas de emergência em centros esportivos e de exibição ... 54

5.6.3. Memorial de Cálculo da Carga de Incêndio ... 54

6. CONCLUSÃO ... 56

7. REFERÊNCIAS ... 58

8. ANEXOS ... 61

9. APÊNDICES ... 85

(15)

A devida importância à segurança contra incêndio no Brasil começou a surgir a partir da ocorrência de grandes desastres, como os incêndios dos edifícios Andraus, em que houve dezesseis mortes e mais de trezentos feridos, e Joelma, com mais de cem mortos e trezentos feridos, ambos localizados na cidade de São Paulo durante a década de 70. Desde então foram criadas normas, decretos e leis federais, estaduais e municipais, para a correta regularização e futuras construções de edificações, as quais ainda seguem sendo atualizadas para que o risco de sinistros seja o mínimo possível e, assim, aumentando a segurança da população. (SEITO, 2008).

Em 2011 foi criado o Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Paraná que engloba desde a construção até a utilização das edificações, com o objetivo de oferecer segurança aos usuários, dificultando e controlando a propagação do incêndio e facilitando a atuação do Corpo de Bombeiros no local. (CSCIP, 2017).

No dia 30 de março de 2017 foi sancionada a Lei 13.425/17 sobre “medidas de prevenção e combate a incêndio e a desastres em estabelecimentos, edificações e áreas de reunião de público”. Ela altera as Leis nºs 8.078/90 e 10.406/02 do Código Civil e dá outras

providências. Além destas, há outras que complementam e especificam cada caso particular, sendo próprias de cada estado e município.

As constantes mudanças, a grande variedade de edificações e suas utilizações relacionadas nas leis existentes, tornam a execução de um projeto de prevenção e combate a incêndio extenso e complexo. Também, com as atuais ocorrências de sinistros, a fiscalização das construções civis tem aumentado, sendo atualmente obrigatória a execução do projeto por arquitetos e engenheiros e passar pela validação dos agentes responsáveis do Corpo de Bombeiros local. Sendo este último considerado uma das partes mais críticas do processo, enquanto se está na fase burocrática prévia ao funcionamento da obra, em que buscam alvarás e autorizações para a liberação do início da construção e utilização da edificação, já que a dificuldade da correta realização do mesmo acarreta em um retrabalho para o responsável técnico pelo projeto e, consequentemente, causando atrasos na homologação.

Havendo alguma forma de facilitar e acelerar o processo de concepção de um projeto de prevenção e combate a incêndio, dentro de uma gama de empecilhos que a execução de uma obra possui e numa área de atuação em que a redução do tempo reflete a economia financeira, a opção de um guia para a execução do projeto seria uma saída vantajosa para a efetivação do

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mesmo. Diante disto, a orientação para elaboração de um projeto teria como função guiar o usuário para que sejam cumpridos todos os passos necessários para a obtenção do resultado esperado com maior rapidez e menor número de erros possíveis, tornando o processo mais eficiente, acelerando a burocracia necessária e, assim, o início da construção como também o funcionamento posterior.

Em conformidade com o CSCIP/2017, edificações com destinação escolar devem passar por todo esse processo, pois se trata de uma edificação não residencial, de larga escala, geralmente maior que 200 m², onde abrigará uma quantidade significativa de pessoas de faixa etária variada, inclusive crianças, durante um longo período. Além de que esses locais possuem materiais inflamáveis, ou seja, que conduzem e propagam com facilidade as chamas e, então, devem ter a devida atenção para que sejam dispostos da forma mais segura possível. Essa classe de edificação também possui subcategorias que diferem entre si a forma como devem ser dispostas as medidas de prevenção e combate a incêndio. Este trabalho tem a finalidade de diferenciar e especificar cada caso possível de uma edificação deste tipo, atingindo uma forma genérica em que possa ser usado para todo tipo de edifício de utilização escolar.

2. OBJETIVOS

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O objetivo deste trabalho consiste em guiar o profissional e tornar mais eficiente a execução de um projeto de prevenção e combate a incêndio e pânico em edificações destinadas ao uso escolar no estado do Paraná. Podendo-se obter diretrizes para o dimensionamento, execução, entre outros meios obrigatórios por norma e lei necessários para que o projeto seja aprovado pelo Corpo de Bombeiros local.

2.2. Objetivo Específico

Tornar mais claros e acessíveis as partes necessárias do Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Estado do Paraná, das Normas de Procedimento Técnico e das leis federais e estaduais, para a realização do Plano de Segurança Contra Incêndio e Pânico que é exigido pelo Corpo de Bombeiros para a construção de uma edificação escolar.

3. REFERENCIAL TEÓRICO

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As regulamentações previstas no código de segurança contra incêndio e pânico devem ser seguidas por serem disposições definidas pela polícia militar do estado do Paraná, que, de acordo com a Lei 16.575/2010 e com o artigo 144 § 5º da Constituição Federal, tem como função a preservação da ordem pública, a polícia ostensiva, a execução de atividades de defesa civil e outras atribuições às quais lhe dão o direito e dever de exigir que o CSCIP/2017 seja seguido pela população.

Para a realização de um projeto de prevenção e combate a incêndio no Paraná, devem ser seguidas as Normas de Procedimento Técnico, que são documentos que regulamentam os procedimentos técnicos referentes à segurança contra incêndio e pânico das edificações e áreas de risco, elaborado pelo Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado do Paraná (CSCIP, 2017). Analogamente, nelas estão dispostos os parâmetros, as definições, as exigências e classificações específicas para cada caso particular da construção ou adaptação de uma edificação.

3.2. Elementos Construtivos Convencionais

Para o melhor dimensionamento e construção de uma edificação, deve ser dada a devida importância para os componentes que irão ser utilizados para a construção. Saber como os principais materiais construtivos de uma edificação convencional agem quando submetidas ao incêndio deve ser levado em conta, principalmente em locais que irão abrigar grande quantidade de pessoas.

3.2.1. Estrutura de concreto

Os tipos de estruturas, como vigas, pilares e lajes, mais utilizados no Brasil, são os feitos de concreto armado e, sendo a parte da edificação mais crítica em relação à estabilidade, é de suma importância a compatibilização da mesma para situações críticas, como o incêndio.

A resistência dos materiais e seu módulo de elasticidade são reduzidos ou até perdidos completamente quando submetidos ao calor intenso, podendo chegar ao colapso parcial ou total da edificação (PIGNATTA, 2012). A NBR 14432/2001 e a NBR 15200/2004 mostram os parâmetros para a resistência do material ao fogo e como dimensionar nesta situação, respectivamente.

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Como o concreto perde suas resistências físicas e mecânicas, na decorrência de temperaturas elevadas, porém o concreto já endurecido é tido como um material incombustível e de baixa condutividade térmica. De acordo com Pignatta, a questão dos limites a ser estabelecido para estrutura de concreto depende da execução da obra e do local do incêndio, se é interno ou externo à edificação, além de alguns fatores que variam o processo, como a intensidade do fogo.

O que foi concluído é que estruturas ao ar livre como pontes e passarelas de concreto, por exemplo, tem baixíssima probabilidade de incêndio e, quando ocorro, os danos são muito menores, então não é obrigatório por lei o dimensionamento dessas estruturas para a situação de incêndio (PIGNATTA, 2012) . Além disso, fica claro que se a estrutura foi projetada e executada corretamente para esta situação, seguindo a NBR 15200/2012, então não haverá o colapso da estrutura.

3.2.2. Elementos estruturais de cobertura Segundo a NBR 14432/2001,

Entende-se por elementos estruturais de cobertura exclusivamente aquelas peças estruturais que têm por função básica suportá-la, tais como tesouras, vigas de cobertura, terças, etc., além das lajes e contraventamentos no plano da cobertura, não incluindo outros elementos tais como pilares e contraventamentos verticais.

Se o colapso da estrutura da cobertura não comprometer a estabilidade estrutural principal, o projeto não é exigido a seguir os requisitos de resistência ao fogo, sendo tal decisão a critério do responsável técnico. Sendo assim, tal critério não se aplica quando a cobertura tem função de piso e de rota de fuga.

3.3. Edificação Escolar

Para um correto plano de prevenção e combate ao incêndio devem-se considerar os aspectos físicos construtivos e a predominância de ocupantes, assim como o tempo de permanência no local e os materiais que serão armazenados e dispostos quando a edificação estiver em funcionamento.

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Para este trabalho serão utilizados os respectivos parâmetros e características de edificações escolares conforme as classificações descritas no CSCIP/2017. As que se adequam de acordo com a classificação quanto à ocupação:

 Educacional  Cultura física

 Local de reunião de público  Depósito

 Serviço profissional

3.3.1. Incêndio em escolas

Quando o projeto e a execução da edificação são realizados de acordo com a sua utilização e respeitando as exigências legais, a principal razão para a ocorrência de incêndio é a forma como os usuários lidam com suas instalações, principalmente em escolas, já que há grande quantidade de pessoas e que pode aumentar em algumas situações, como gincanas, eventos e cursos (CTP, 2013). Portanto a conscientização dos funcionários e dos alunos é de suma importância.

Além da quantidade de pessoas, os móveis e materiais que existem numa escola podem aumentar a carga de incêndio de cada ocupação, situação que exige maior cuidado com possíveis ignições de incêndio, que podem ser causados por acidente ou de forma criminosa. Os setores mais comuns que dividem uma escola são as áreas comuns de circulação, salas de aula e áreas de serviço administrativo, sendo que em cada uma possui seus principais riscos de incêndio (CTP, 2013).

Ainda segundo CTP/2013, as principais causas de incêndio nas áreas comuns, nos ambientes didáticos e nas áreas de serviço são o mal uso de equipamentos elétricos e eletrônicos, tanto na manutenção quanto em atividades, armazenar grande quantidade de materiais de alta carga de incêndio e o manuseio de materiais de fácil combustão.

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Para a concepção do manual de elaboração do Plano de Segurança Contra Incêndio e Pânico para edificações escolares no estado do Paraná foi utilizado o Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado do Paraná, assim como as suas respectivas Normas de Procedimento Técnico (NPT) 001 à 022, e também manteve-se de acordo com as leis, decretos, normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas e as Normas Brasileiras Regulamentadoras que englobam as exigências construtivas e de dimensionamento para edifícios escolares.

Foi realizado um projeto arquitetônico genérico fictício de uma escola que supostamente seria construída do início, assim não foram consideradas medidas de adaptação às normas para edificações existentes e antigas (NPT-002/2014). Foram realizados a planta de risco, o quadro de estatística da obra e a planta das medidas de segurança com cortes e alguns detalhes das sinalizações. Sendo estes projetos os essenciais e críticos para a aprovação completa de todo PSCIP, este trabalho foi construído seguindo a ordem e o cronograma que facilitassem mais a concepção dos mesmos.

A escola teria capacidade de até 1000 pessoas, considerando alunos do fundamental ao médio, professores e funcionários em geral, possuindo ocupações usuais de edifícios escolares, como salas de aula, biblioteca, refeitório, quadra poliesportiva, teatro e depósito, para então exemplificar alguns cálculos deixando-os mais entendíveis. Além de este projeto servir como exemplo prático de execução, também foi através da execução do PSCIP dele que o cronograma e a estrutura do manual foram elaborados.

Para a melhor interpretação do CSCIP/2017 e suas NPT’s, contou-se com a colaboração do Corpo de Bombeiros do município de Campo Mourão, o qual é responsável pela aprovação e liberação dos PSCIP das edificações construídas no município.

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5.1 Elaboração do PSCIP

Edificações semelhantes ao projeto fictício utilizado na realização deste trabalho, ou seja, nova, de área maior que 1000 m², não residencial, com altura maior ou igual a 6m, exigem Plano de Segurança Contra Incêndio e Pânico (PSCIP), de acordo com a NPT-001 – Parte 2/2015. Esta NPT classifica a edificação de acordo com esses e outros requisitos, definindo a necessidade do PSCIP e, também, mostra quais as composições para a aprovação do PSCIP, que são:

a. Pasta do PSCIP;

b. Ofício de apresentação do PSCIP;

c. Procuração do proprietário quando este transferir seu poder de signatário; d. ART ou RRT do responsável técnico pelo PSCIP;

e. Documentos complementares, quando necessário; f. Planta de risco e quadro de estatística da obra;

g. Planta das medidas de segurança contra incêndio e pânico;

h. Memorial de cálculo dos componentes hidráulicos (hidrantes e mangotinhos);

i. Memorial de cálculo de lotação e de saídas de emergência em recintos esportivos, de exibição e de reunião de público;

j. Memorial de cálculo de carga de incêndio.

O item “a” é composto por pasta vermelha plástica ofício com elástico e dimensões de 240x330mm, que acondiciona todos os documentos do PSCIP, organizados na sequência estipulada à cima e, se houver a necessidade de mais de uma pasta, deve-se numerá-las conforme a sequência de documentos. Também se encontram na NPT-001 – parte 2/2015 exemplos dos itens b, f e g (Anexos A ao H).

Recomenda-se que a NPT-001 – parte 2/2015 seja analisada com atenção para maiores esclarecimentos quanto aos procedimentos administrativos. No mais, as exigências e requisitos

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que deverão constar na planta de risco, no quadro de estatística e na planta de medidas de segurança contra incêndio e pânico estarão dispostos neste guia e no projeto genérico.

5.1.1 Considerações iniciais

É importante que, antes de iniciar a realização do PSCIP, o usuário tenha em mãos os dados e detalhes tanto construtivo quanto em relação às utilizações da edificação. O ideal seria o projeto arquitetônico sendo feito simultaneamente à elaboração das medidas de segurança para que sejam compatibilizadas as exigências e as necessidades da edificação.

Para dar início ao processo de elaboração do PSCIP são definidos os principais parâmetros para a correta escolha do leiaute, dos equipamentos de segurança, da logística e dos materiais construtivos, que são as classificações quanto à ocupação, altura, área e carga de incêndio das edificações.

Assim, a ordem estabelecida para este manual é, primeiramente, a análise quanto à obra como um todo e a influência das medidas de segurança na arquitetura da edificação, relacionando a área total e as edificações entre si, para depois serem feitas análises internas e locais dos blocos e os dimensionamentos das medidas de segurança que não interfiram no projeto arquitetônico.

5.2 Determinação das Medidas de Segurança Contra Incêndio e Pânico.

Determinam-se as medidas de segurança de acordo com a classificação quanto à ocupação, altura e área da edificação utilizando as tabelas do CSCIP/2017, verificando primeiramente a separação das edificações para determinar se são de risco isolado ou não.

5.2.1 Separação das Edificações – NPT-007/2012

Quando duas ou mais edificações de um mesmo lote não atendem às exigências de isolamento de risco, estas serão consideradas como áreas de risco incorporadas, ou seja, as características a serem consideradas para a classificação da edificação será a somatória de

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ambas e as medidas de segurança serão as mesmas para ambas, tomando a ocupação mais crítica como referência.

O isolamento de risco é feito em relação ao arranjo físico, à proximidade, à diferença de altura e às características construtivas das edificações. Por exemplo, como o bloco 1 é uma ocupação mista, com depósito, foi feita a separação adequada dos outros blocos para que não seja considerado de risco incorporado e para que as medidas de segurança sejam mais simples para as demais edificações próximas a ele. Também será realizado a compartimentação da mesma com parede corta-fogo, para que não interfira nas outras ocupações do bloco 1.

Os isolamentos possíveis de serem realizados são por distância entre as fachadas das edificações (Figura 1 e 2), distância entre a cobertura de uma edificação e a fachada de uma edificação adjacente (Figura 3) e parede corta-fogo sem aberturas entre edificações ligadas (Figura 4).

Figura 1 - Distância de segurança entre edificações de mesma altura Fonte: NPT-007/2012, p. 5

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Figura 2 - Exposição adjacentes Fonte: NPT-007/2012, p. 6

Figura 3 - Distância de segurança entre cobertura e fachada Fonte: NPT-007/2012, p. 5

Figura 4 - Parede corta-fogo Fonte: NPT-007/2012, p. 5

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Além das características físicas e o arranjo das edificações, para o dimensionamento das distâncias de segurança deve ser verificada a carga de incêndio da edificação e então definir sua classificação de severidade conforme a tabela 1:

Tabela 1 - Severidade da carga de incêndio para o isolamento de risco Classificação da Severidade Carga de Incêndio (MJ/m²)

I 0 – 680

II 681 – 1460

III Acima de 1460

Fonte: NPT-007/2012, p. 7

Esses valores são encontrados fazendo o cálculo conforme a NPT-014/2014, que está explicado no tópico 5.6 deste trabalho.

5.2.1.1 Dimensionamento das distâncias de segurança

Utiliza-se a equação geral a seguir para o dimensionamento da distância de separação: D = α × + β (1)

Onde D representa a distância em metros, é o coeficiente retirado do Anexo I, o coeficiente de segurança e a menor dimensão da fachada. Como os valores obtidos não serão sempre iguais aos do Anexo I, sempre considerar o valor imediatamente superior.

Calcula-se o valor de x da tabela fazendo a relação largura/altura ou vice-versa, sempre com o menor valor dividido pelo maior. Já o valor de y é a porcentagem de abertura da fachada, ou seja, somam-se todas as áreas das aberturas da fachada e divide-se esta somatória pela área total da mesma. Relacionam-se os valores de x e y e a classificação de severidade para encontrar o valor do coeficiente no Anexo I.

Caso a edificação tenha classificação de severidade I, o valor de pode ser reduzido em 50%. E nos casos em que a mesma possua chuveiros automáticos, a classificação de severidade é reduzida em um nível.

Seguindo o exemplo da NPT-007/2012 utilizando a Figura 5 como parâmetro, o cálculo da porcentagem de abertura da fachada se dá como:

Área da fachada = 12,0 x 9,0 = 108,0 m² Área de aberturas = 6 (2,0x2,15) = 25,8 m²

(27)

Porcentagem de abertura = 23,88%

Figura 5 - Porcentagem de abertura na fachada Fonte: NPT-007/2012, p. 8

O coeficiente equivale a 1,5 m para os municípios que possuem Corpo de Bombeiros e 3,0 m para os municípios que não possuem.

Quando a cobertura e a fachada das edificações são de alturas diferentes e a cobertura da edificação mais baixa não atende ao tempo requerido de resistência ao fogo (TRRF) estabelecido na NPT-008/2012, devem ser adotados os valores mínimos das distâncias da Tabela 2, caso o valor da equação (1) seja menor.

Tabela 2 - Mínima distância de separação entre a cobertura da edificação menor em relação à outra edificação adjacente de maior altura

Número de pisos que contribuem para a

propagação pela cobertura Distância de separação horizontal em metros

1 4

2 6

3 ou mais 8

Fonte: NPT-007/2012, p. 10

5.2.1.2 Fatores redutores de distância de separação

A distância de separação pode ser definida conforme a Tabela 3 para os casos de edificações de risco leve com altura menor que 9,0 m e área menor que 1.500 m² e quando for de risco moderado ou elevado com dimensões de altura inferior a 6,0 m e área inferior a 1.000 m².

(28)

Sendo que em municípios que não possuem Corpo de Bombeiros, devem ser acrescidos 30% a mais da distância.

Tabela 3 – Distância de separação em metros conforme 5.3.2.2

Porcentagem de abertura “y”

Distância em metros 1 Pavimento

térreo 2 Pavimentos Pavimentos 3 ou mais

Até 10 4 6 8 De 11 a 20 5 7 9 De 21 a 30 6 8 10 De 31 a 40 7 9 11 De 41 a 50 8 10 12 De 51 a 70 9 11 13 Acima de 70 10 12 14 Fonte: NPT-007/2012, página 9

Exemplo de cálculo do distanciamento entre os blocos 2 e 3:

Como estes blocos possuem mesmas dimensões e características, o cálculo será o mesmo para ambos, assim como o valor da distância mínima. A classificação da ocupação é do Grupo E com a carga de incêndio sendo 300 MJ/m², o que o classifica como de Risco Leve (Tabela 12) e classe de severidade tipo I.

As dimensões bloco 2 e 3 são16 metros de largura da fachada em análise, 5,60 metros de altura e área total de 900 m². Estas características colocam o bloco na Tabela 3, a qual foi mostrada anteriormente. Fazendo:

= 89,60 ²

= 4,20 + 3,60 = 13,86 ² = 7,80 ÷ 89,60 = 0,0,087 = 8,70%

Com a porcentagem de abertura menor que 10% e a edificação possuindo 2 pavimentos, a distância de separação mínima para que ambas sejam consideras de risco isolado é de 6 metros. Porém a distância no projeto entre elas é de 3 metros, fazendo com que o risco de incêndio seja incorporado, ou seja, a determinação das medidas de segurança deve ser dimensionada considerando a somatória das áreas e outras características de ambas as edificações.

(29)

O bloco 1 e a quadra foram colocadas no projeto de forma que, realizando este cálculo, as distâncias sejam suficientes para seus riscos serem isolados. Os exemplos que a NPT-007/2012 proporciona estão descritos no Anexo J.

5.2.2 Classificação quanto à ocupação

Para classificar uma edificação quanto a sua ocupação é utilizada uma tabela do CSCIP/2017, porém a parte relevante desta tabela para a realização deste trabalho se encontra no Anexo K. As possíveis ocupações para edificações escolares, que é o foco deste trabalho e que serão utilizadas neste manual baseando-se no projeto fictício, são:

 Serviço profissional: D-1 (Escritórios administrativos ou técnicos)

o Compatível com secretaria, recepção, sala do diretor, sala dos professores, almoxarifado e arquivo.

 Educacional e cultura física: E-1 (Escolas em geral) e E-6 (Escolas para pessoas com deficiência);

o Relacionado com as salas de aula, a qual se trata da função geral da edificação.  Local de reunião de público: F-1 (Local onde há objetos de valor inestimável –

biblioteca), F-3 (Centro esportivo e de exibição), F-5 (Arte cênica e auditório), F-8 (Local para refeição)

o F-3 é a classificação utilizada para a quadra poliesportiva, será utilizada apenas pela escola, entrando na classificação de ocupação subsidiária.

o F-5 será para classificar o espaço reservado para teatro, onde também poderão ser realizadas cerimônias e palestras.

 Depósito: J-2 (Todo tipo de depósito ate 300MJ/m²)

De acordo com a definição de ocupação principal pelo CSCIP/2017, a classificação que a edificação toda pertence é do grupo E, sendo as demais consideradas subsidiárias. Fazendo a análise de cada bloco do colégio, tem-se que os blocos 2 e 3 são ainda considerados como grupo E e de risco incorporado e a quadra poliesportiva como grupo F-3, mas de risco isolado, já bloco 1 caracteriza-se como ocupação mista dos grupos D e J.

(30)

De acordo com o CSCIP/2017, tem-se uma ocupação mista quando a área da ocupação secundária é maior ou igual a 10% da área total da edificação. Sendo que, a ocupação secundária deve ter seu funcionamento completamente independente da ocupação principal ou ser um depósito.

Não se considera ocupação mista o local onde predomine uma atividade principal juntamente com atividades subsidiárias, fundamentais para sua concretização.

Por exemplo:

O bloco 1 possui 830,35 m² de área total, e possui uma ocupação de depósito de aproximadamente 85 m². Assim, como o tamanho do depósito é de mais de 10% da área total do bloco 1, esta será considerada uma ocupação mista.

Apesar de o teatro ter mais de 10% de toda a edificação também, ele não entra no caso de ocupação mista porque as atividades que serão realizadas nele são dependentes da ocupação principal, ou seja, o teatro só funcionará quando o colégio todo estiver funcionando e para uso dos funcionários do mesmo.

Para estabelecer as medidas de segurança que devem ser empregadas na ocupação mista, deve-se adotar o somatório das exigências de cada ocupação observando também, de acordo com o CSCIP/2017:

 O dimensionamento nas áreas isoladas em separado e peculiar de cada agrupamento de áreas.

 Nas edificações térreas e com mais de um pavimento, quando houver parede de compartimentação entre as ocupações mistas, as exigências de chuveiros, de controle de fumaça e de compartimentação horizontal (de áreas) podem ser determinadas em função de cada ocupação.

5.2.3 Classificação quanto à altura

A determinação da altura da edificação de acordo com o CSCIP/2017 é feita do piso mais baixo ao piso do pavimento mais alto, sendo que não são considerados os subsolos para estacionamento, vestiários, instalações sanitárias e áreas técnicas que não haja permanência humana e tenham sistema de exaustão de fumaça, no caso dos estacionamentos. Também não

(31)

são considerados os pavimentos superiores que funcionam unicamente como áticos, casas de máquina, barriletes, reservatórios de água e assemelhados.

Os edifícios escolares em geral não costumam apresentar construções verticais, assim, utilizando a Tabela 4 e o projeto fictício como referência, iremos considerar o bloco 1 e a quadra como edificação térrea e os blocos 2 e 3 como Baixa-Média Altura, obtendo-se a classificação Tipo I e III. Lembrando que é utilizada sempre a opção de maior risco ou mais crítica.

Tabela 4 - Classificação das edificações quanto à altura

Tipo Denominação Altura

I II III IV V VI Edificação térrea Edificação baixa

Edificação de Baixa-Média Altura Edificação de Média Altura Edificação Mediamente Alta Edificação Alta Um pavimento H<6,00 m 6,00 m < H < 12,00 m 12,00 m < H < 23,00 m 23,00 m < H < 30,00 m Acima de 30,00 m H: altura Fonte: CSCIP/2017, p. 18

5.2.4 Medidas de Segurança Contra Incêndio e Pânico

Utilizando os resultados das análises quanto à ocupação, a altura e considerando a área das edificações, as medidas de segurança exigidas para edificações escolares de acordo com os Anexos L e M, retirado do CSCIP/2017, são:

1. Acesso de viatura na edificação (NPT-006) 2. Saídas de emergência (NPT-011)

3. Brigada de Incêndio (NPT-017)

4. Controle de materiais de acabamento (NPT-010) 5. Iluminação de emergência (NPT-018)

6. Alarme de incêndio (NPT-019) 7. Sinalização de emergência (NPT-020) 8. Extintores (NPT-021)

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10. Segurança Estrutural Contra Incêndio (NPT-010)

Os itens 1, 4, 6 e 9 são exclusivos para os blocos 2 e 3, pois sendo estes de risco compartilhado, a área total passa a ser a somatória dos mesmos, fazendo com que se encaixem no Anexo M. Já os demais blocos estão com seu risco isolado pela separação das edificações, devendo ser dimensionados separadamente, utilizando apenas os requisitos do Anexo L.

5.3 Dimensionamento das Medidas de Segurança.

Primeiramente serão explicadas e exemplificadas as medidas que podem alterar a arquitetura do projeto, para que seja evitado o retrabalho do responsável técnico pelo projeto. Essa análise inicial será da edificação como um todo, para em seguida analisar cada ocupação e então elaborar as medidas de segurança que não interfiram no projeto arquitetônico.

A finalização será com a organização e implantação em planta de todos os dados obtidos nas classificações das medidas de segurança, como também na planta de risco, no quadro de estatística e nos memoriais de cálculo.

5.3.1 Acesso de viatura na edificação – NPT-006/2014

As vias devem ter largura e altura livre mínima de 6,0 m (Figura 6) e 4,5 m (Figura 7) respectivamente, suportar 25 toneladas distribuídas em dois eixos das viaturas e os portões de acesso devem ter dimensões mínimas de 4,0 m de largura e 4,5 m de altura, devendo ser indicadas no projeto as respectivas informações e, também, se a via é de mão dupla ou única. Quando possuírem extensão maior que 45m devem ser previstos retornos, que a norma recomenda serem em formatos “Y”, “T” ou circular, desde que permita a entrada e saída das viaturas (Figura 8 e 9).

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Figura 6 - Largura mínima da viatura de acesso Fonte: NPT-006, p. 3

Figura 7 - Largura e altura mínima do portão de acesso Fonte: NPT-006, p. 3

Figura 8 - Modelo de retorno Fonte: NPT-006, p. 4

(34)

Figura 9 – Distanciamentos, aberturas e possíveis percursos. Fonte: autoria própria

5.3.2 Saídas de Emergência – NPT-011/2016

O que compõem as saídas de emergência são acessos, rotas de saídas, escadas, rampas e descargas, cujas definições estão dispostas no Glossário. Assim, primeiramente estipula-se a população de cada pavimento, a partir da classificação quanto à ocupação e da área que irá servir a saída, sendo que as áreas de sanitários, corredores e elevadores das ocupações D, E, C e F são excluídas da somatória das áreas.

A tabela 5 apresenta os valores retirados do Anexo N das respectivas ocupações existentes no projeto fictício, que serão utilizados para o cálculo das saídas de emergência.

(35)

Tabela 5 - Dados para o dimensionamento das saidas de emergência

Ocupação

População

Capacidade da U. de passagem

Grupo Divisão Acessos e

descargas

Escadas e

Rampas Portas

D - Uma pessoa por 7m² de área 100 75 100

E

E-1 a E-4 Uma pessoa por 1,5m² de área de sala de aula 100 75 100 E-5 a E-6 Uma pessoa por 1,5m² de área de sala de aula 30 22 30

F

2, 5 e

F-8 Uma pessoa por 1 m² de área 3, 6,

F-7, F-9 e F-11 2 pessoas por 1 m² de área 100 75 100

J - Uma pessoa por 30 m² de área 100 60 100

Fonte: NPT-011/2016, p. 31

5.3.2.1 Dimensionamentos

A largura dos acessos deve ser dimensionada em função da população que irá transitar por ela e dos pavimentos que a servirem, e também considerando o sentido de saída. Utiliza-se a fórmula a seguir para encontrar o número de unidades de passagens arredondado, não considerando o valor efetivo do cálculo (Figura 10).

O dimensionamento da largura da saída de emergência é:

N = P ÷ C (2)

Onde N é o número de unidades de passagem, P é a população e C a capacidade da unidade de passagem, ambos com valores segundo o Anexo N.

Com o valor de uma unidade de passagem sendo igual a 0,55 metros, encontra-se a largura da saída de emergência multiplicando este valor pelo resultado arredondado da equação (2).

(36)

Figura 10 - Dimensionamento dos corredores de descarga Fonte: NPT-011, p. 29

De acordo com a NPT-001 – Parte 2/2015, no projeto deve constar os seguintes itens em relação às saídas de emergência:

 Detalhes de degraus, corrimãos e guarda-corpos;  Largura das escadas e portas das saídas de emergência;  Indicar barras antipânico, quando houver;

 Indicar a lotação do ambiente quando se tratar de local de reunião de público, individualizando a lotação por ambiente.

Exemplo de cálculo para as saídas dos blocos 2 e 3:

Para o piso superior a rota de saída se da pela escada, assim será realizado o cálculo da largura da mesma.

Sendo 6 o número de salas de aula e 50,25m² a medida da área de cada uma, encontra-se a área do pavimento:

6 × 50,25m = 301,5m

O cálculo da população do pavimento, conforme coeficiente da Tabela 5 é: 301,5 ÷ 1,5 = 201 pessoas

E fazendo o cálculo do número de unidades de passagem usando a equação (2), temos: N = 201 ÷ 75 = 2,68 unidades de passagem

(37)

3 × 0,55 = 1,65

Para o cálculo da saída do bloco no piso inferior, deve-se considerar a população de todo o bloco que irá transitar por ele, tem-se:

Área do bloco: 12 × 50,25 = 603 m

População do bloco: 603 ÷ 1,5 = 402 pessoas

Número de unidades de passagem: N = 402 ÷ 100 = 4,02 Largura mínima: 5 × 0,55 = 2,75 m

Uma saída com largura de 2,75 m seria o suficiente para a saída do bloco. Contudo, foram colocadas duas saídas de 2,00 m de largura.

As distâncias máximas a serem percorridas até as saídas e acessos devem seguir o disposto no Anexo O, sendo consideradas a partir da porta de acesso da unidade autônoma mais distante até a saída da edificação, desde que o caminhamento interno da unidade autônoma não ultrapasse 10m. Resumindo, as dimensões das saídas da edificação devem seguir a equação para o dimensionamento e a separação conforme o Anexo O.

5.3.2.2.Rampas e Escadas

Além do mencionado no dimensionamento da largura das saídas de emergência, quando houver mais de uma escada no trajeto, seus distanciamentos não podem superar 10 metros. No mais, segue-se o mesmo roteiro que foi descrito anteriormente.

O cálculo para o comprimento dos patamares das escadas deve ser (Figura 11): p = (2h + b)n + b (2)

Figura 11 - Lanço mínimo e comprimento de patamar Fonte: NPT-011/2016, p. 13

(38)

Onde b e h são a largura e altura do degrau, respectivamente, devendo a largura ser de, no mínimo, igual à largura da escada.

No dimensionamento dos degraus e patamares, os degraus devem ter altura de 16 a 18 cm, com tolerância de 0,5 cm (Figura 12), e largura conforme a fórmula de Blondel (NPT-011/2016):

63cm ≤ (2h + b) ≤ 64cm

Figura 12 - Altura e largura dos degraus Fonte: NPT-011/2016, p. 12

A NPT-011/2016 classifica as escadas em relação ao tipo de acesso, sua localização, seu desenho, dimensões e outras características. As escadas do projeto fictício são classificadas como escadas não enclausuradas (NE), devendo seguir o que já foi descrito até aqui e, também:  Não devem ter aberturas para tubulações de lixo, passagem para rede ou centro de

distribuição elétrica, armários para medidores de gás e assemelhados;  Ter paredes resistentes a, no mínimo, 120 minutos de fogo;

 Ser dotadas de guardas em seus lados abertos e de corrimãos em ambos os lados;  Se houver duas ou mais escadas na mesma caixa, as mesmas não devem ter

comunicação entre si, ou seja, deve haver compartimentação, de acordo com a NPT-009.

Já para o dimensionamento da declividade das rampas, devem ser seguidos os cálculos e considerações dispostos na ABNT NBR-9050/2015 (Figura 14). Assim, a inclinação da rampa deve ser calculada utilizando a seguinte equação:

(39)

Onde, i é a inclinação em %, h a altura em desnível e c o comprimento da projeção horizontal.

Figura 13 - Dimensionamento de rampas Fonte: ABNT NBR 9050:2004, p. 58

Os casos em que a implantação de rampa é obrigatória neste cenário de edificação escolar, de acordo com a NPT-011/2016, são:

 Para unir o nível externo ao nível do saguão térreo das edificações em que houver usuários de cadeiras de rodas (ver ABNT NBR-9050:2004);

 Quando a altura a ser vencida não permitir o dimensionamento equilibrado dos degraus de uma escada.

5.3.2.3.Guardas (guarda-corpos) e corrimãos

Sempre que houver desnível maior que 19 cm em toda e qualquer saída de emergência, a mesma deve ser protegida por paredes ou guarda-corpos contínuos em ambos os lados. Sendo que os guarda-corpos vazados devem ter proteção de modo que não passe uma esfera de 15 cm de diâmetro e ser isentas de quaisquer elementos que possam enganchar em roupas (Figura 14). Os corrimãos devem ser adotados em ambos os lados das escadas ou rampas, seguindo as medidas descritas na Figura 15 e 16.

Para auxílio de pessoas com deficiência visual, os corrimãos das escadas devem ser contínuos e os patamares prolongando-se, sempre que for possível, por pelo menos 0,3 m do

(40)

início e término da escada com suas extremidades voltadas para a parede ou com solução alternativa.

Figura 14 - Pormenores construtivos da instalação de guardas e as cargas a que elas devem resistir

Fonte: NPT-011/2016, p. 25

Figura 15 - Dimensões de guardas e corrimão Fonte: NPT-011/2016, p. 23

Figura 16 - Pormenores de corrimãos Fonte: NPT-011/2016, p. 24

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 A largura mínima a ser adotada é de 1,20m para as ocupações em geral, sendo medidas da sua parte mais estreita caso haja saliências significantes (Figura 17).

Figura 17 - Medida da largura em corredores e passagens Fonte: NPT-011/2016, p. 4

 As portas que abrem para dentro de rotas de saída com ângulos de 180º e 90º devem obedecer às medidas de aberturas que não interfiram a saída de emergência (Figura 18).

Figura 18 - Abertura das portas no sentido do trânsito Fonte: NPT-011/2016, p. 5

 As edificações pertencentes aos grupos E-6, F-3, F-5, F-6, F-7, F-11 e H-3, com capacidade superior a 200 pessoas, deverão ter pelo menos duas saídas, com distância entre si de no mínimo 10m.

 Os acessos devem ter pé-direito mínimo de 2,50m ou 2,10m, caso haja obstáculos como vigas e vergas, devidamente sinalizados e livres de qualquer obstáculo.  Nas distâncias aonde não se conhece o leiaute, as distâncias devem ser reduzidas em

30% do estipulado.

 Portas de saída de emergência de salas com capacidade acima de 50 pessoas devem abrir no sentido do trânsito de saída.

 Portas com dimensão maior que 1,20m devem ter duas folhas, e maior que 2,20m devem ter coluna central.

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 Portas que dividem corredores devem ser corta-fogo e à prova de fumaça, providas de visor transparente com dimensões mínimas de 0,07 m² de área e 0,25 m de altura, com a mesma resistência da porta.

 As rampas não podem terminar em degraus ou soleiras, devendo ser precedidas e sucedidas sempre por patamares planos;

 Os patamares das rampas devem ser sempre em nível, tendo comprimento mínimo de 1,20 m, sendo obrigatórios sempre que houver mudança de direção ou quando a altura a ser vencida ultrapassar 3,7 m.

 As rampas podem suceder um lanço de escada, mas não podem precedê-lo;  Não colocar porta em rampas, mas sim em patamares planos;

 Rampas e escadas devem ser dotadas de guardas em seus lados abertos e de corrimãos em ambos os lados;

 A largura das escadas deve ser medida do ponto mais estreito, excluindo os corrimãos que podem ser projetados até 10 cm de cada lado;

 As escadas que desenvolver lanços paralelos devem ter espaço mínimo de 10 cm entre lanços.

5.3.3. Iluminação de Emergência – NPT-018/2014

Para a realização da iluminação de emergência, devem ser seguidas, além da NPT-018/2014, as exigências da NPT-011/2016 e da NBR 10898:1999, sendo que a simbologia a ser usada no projeto, deve ser de acordo com o disposto na NPT-004/2014 (Figura 19 e 20). Seguem neste trabalho as principais informações sobre o que deve ser feito para a realização da iluminação de emergência no PSCIP.

(a) (b) (c) Figura 19- Simbologia –

(a) ponto de iluminação de emergência,

(b) ponto de iluminação de emergência tipo balizamento e (c) ponto de iluminação de emergência tipo farolete.

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(a) (b) (c) Figura 20 - Simbologia –

(a) baterias de acumuladores para o sistema de iluminação de emergência, (b) grupo moto-gerador e

(c) central do sistema de iluminação de emergência.

Fonte: NPT-004/2014, p. 10

A NPT sugere três opções de sistemas de iluminação: Grupo moto-gerador (gmg); Sistema Centralizado com Baterias e Conjunto de Blocos Autônomos. Sendo a critério do usuário a escolha do sistema, no mais devem ser seguidos os requisitos da norma NBR 10898:1999, desde que não contrarie o que está disposto na NPT.

Além da escolha do sistema, algumas exigências devem ser seguidas, como a autonomia do sistema de iluminação, que deve ser de no mínimo 1 hora de funcionamento, e também a intensidade de iluminação mínima, de 3 lux em locais planos e de 5 lux em locais de desnível. Em relação às instalações, quando aparente, devem ser metálicas ou de PVC rígido antichama. Além dos memoriais e outros documentos, devem ser apresentados no projeto as plantas do leiaute, preferencialmente com escala de 1:50 a 1:100, com as definições das exigências e as seguintes especificações, de acordo com a NBR 10898:1999:

 o posicionamento da central do sistema e sua fonte alternativa de energia, com as especificações de acordo com o descrito anteriormente;

 as indicações dos pontos de instalação dos dispositivos de iluminação;  detalhes técnicos necessários de montagem;

 nota referenciando a bitola mínima dos condutores, a queda máxima de tensão na última luminária, tipo de fonte de energia e proteção dos condutores contra riscos de incêndio.

(44)

As distâncias entre os pontos de luz não devem ultrapassar 15m, sendo que entre a parede e o ponto de luz a distância deve ser menor que 7,5m. Todos os acessos, rampas e escadas devem ser sinalizados e iluminados indicando o sentido de saída.

As portas de saída de ambientes fechados com lotação superior a 100 pessoas para a ocupação F (3, 5, 6, 7, 10 e 11) devem ter luminárias de emergência do tipo balizamento e permanecer acesas quando o ambiente estiver sendo utilizado. A iluminação natural e/ou artificial para as rotas de saídas de emergência devem ser em nível suficiente, tanto para o dia quanto a noite.

5.3.4. Alarme de Incêndio – NPT-019/2012

Os itens que devem constar na planta de medidas de segurança, de acordo com a NPT-001 – Parte 2/2015, são:

 acionadores manuais de alarme de incêndio;  sinalizadores sonoros e visuais;

 central do sistema;

 painel repetidor, quando houver;  fonte alternativa de energia do sistema.

Os quais devem atender os detalhamentos dos símbolos como indicado na NPT-004/2014 (Figura 21). Sendo que para o projeto genérico, foram usados os seguintes:

(45)

Figura 21 - Simbologia de

(a) avisador sonoro tipo sirene (b) avisador sonoro e visual (c) acionador manual

(d) central de detecção de alarme

(e) bateria do sistema de detecção de alarme.

Fonte: NPT-004/2014, p. 11

Todo o sistema deve possuir como sua principal fonte de alimentação o sistema elétrico da edificação e, de forma auxiliar, uma rede constituída por baterias ou gerador. A localização da central e do repetidor, quando houver, deve ser visível e com vigilância humana, deixando uma área livre de 1,00 m² em frente para operação e manutenção.

O posicionamento dos acionadores deve ser a uma altura entre 0,90 e 1,35 metros do piso acabado e não devem distar 30 metros do alcance do usuário na área a ser protegida. Em edificações com mais de um pavimento exige-se pelo menos um por pavimento.

Os avisadores sonoros e/ou visuais devem ser posicionados de 2,20 a 3,50 metros do piso acabado, sendo sugerida a utilização de ambos para o caso de portadores de necessidades especiais.

A fiação e condutores devem atender o disposto na NBR 17240:2010.

5.3.5. Hidrantes e Mangotinhos – NPT-022

Os sistemas de hidrantes e mangotinhos são caracterizados em tipo 1, 2, 3, 4 e 5, sendo o tipo 1 para mangotinhos e os demais para hidrantes, os quais estão especificados na Tabela 7.

Tabela 6 - Tipos de sistemas de proteção por hidrantes ou mangotinhos

Tipo Regulável Esguicho (DN) Mangueiras de incêndio Número de expedições Vazão mínima (l/min) Pressão mínima (mca) DN Comprimento Interno Externo 1 25 25 30 60 simples 100 10 2 40 40 30 60 simples 150 10 3 40 40 30 60 simples 200 10 4 5 40 40 30 60 simples 300 10 65 65 30 60 simples 300 10

(46)

65 65 30 60 duplo 600 10 Fonte: NPT-022/2015, p. 4

Para a determinação da quantidade, tipo e distâncias dos hidrantes e mangotinhos deve-se realizar a classificação dos tipos de sistemas em função da ocupação/uso utilizando a Tabela 8.

Tabela 7 - Aplicabilidade dos tipos de sistemas em função da ocupação/uso Classificação das Edificações e Áreas de Risco conforme Tabela 1 do

CSCIP/2017-CB/PMPR

Sistema Tipo 1 e Tipo 2 Tipo 3

O cu pa çõ es D D-1, D-2. D-3 e D-4 (Até 300 MJ/m²) D-1, D-2. D-3 e D-4 (acima 300 MJ/m²) E E-1, E-2, E-3, E-4, E-5 e E-6 -

F F-1(até 300 MJ/m²), F-2, F-3, F-4 e F-8 F-1(acima de 300 MJ/m²), F-5, F-6, F-7, F-9, F-10 e F-11

J J-1 e J-2 J-3 (até 800 MJ/m²)

Fonte: NPT-022/2015, p. 5

Para o projeto fictício, cujas edificações que exigem esta medida são os blocos 2 e 3 (grupo E), teremos a classificação de sistema Tipo 1 (Mangotinhos) e Tipo 2 (hidrantes). Em seguida usa-se a Tabela 9 para definir os componentes para os sistemas.

Tabela 8 - Componentes para cada hidrante ou mangotinho

Materiais Tipos de sistema

1 2 3

Abrigos Opcional Sim Sim

(47)

Chaves para hidrantes,

engate rápido Não Sim Sim

Esguichos Sim Sim Sim

Mangueira semirrígida Sim Não Não

Fonte: NPT-022/2015, p. 6

Analisando, tem-se que para os mangotinhos são exigidos esguichos e mangueira semirrígida, e para os hidrantes, abrigo, mangueiras de incêndio, chaves para hidrantes, engate rápido e esguichos.

A distribuição dos hidrantes e mangotinhos devem ser em locais próximos às saídas e acessos principais a serem protegidos, com distância máxima de 5,0m, ou nas regiões centrais, seguindo o que foi dito antes. Sua instalação deve ser a uma altura entre 1,0 e 1,5 metros do piso. Este desenho deve ser feito em planta e em perspectiva isométrica, e seus cálculos todos devem estar indicados no memorial.

Para o cálculo dos hidrantes e mangotinhos, faz-se primeiramente o desenho do caminhamento da tubulação desde o reservatório de incêndio até os pontos de saída, para em seguida realizar o dimensionamento através do método de cálculo do Máximo Possível, seguindo o disposto na NPT-022/2015.

Deve-se fazer o cálculo do alcance das tubulações a partir da saída mais desfavorável (menor pressão final dinâmica), a qual deve ter um alcance mínimo de 10 metros ou 2x(pé-direito), ou pressão máxima de 10 mca.

Os detalhes que devem constar nas plantas são:  Indicação dos hidrantes e mangotinhos;

 Indicação das botoeiras de acionamento da bomba de incêndio;

 Indicação do dispositivo de acionamento do barriletes, quando o sistema for automatizado, ou a localização do acionador manual alternativo da bomba de incêndio em local de supervisão predial e permanência humana constante;  Indicação do registro de recalque e o detalhe que mostre suas condições de

implantação e qual edificação ele pertence, caso haja mais de um;

(48)

 Indicação as medidas dos comprimentos e requintes ao lado do símbolo do hidrante das mangueiras de incêndio e esguichos;

 Deve constar a perspectiva isométrica completa (sem escala e com cotas);  Juntar o memorial de cálculo do sistema de hidrantes.

5.3.6. Extintores de incêndio – NPT-021/2014

Os extintores podem ser portáteis ou sobrerrodas (carretas), os quais devem atingir uma capacidade extintora mínima e serem distanciados em função do risco a ser protegido. Porém os extintores sobrerrodas somente podem ser instalados em áreas que permitam o livre acesso. As distâncias de caminhamento para os extintores são definidas em função da classificação de risco da ocupação utilizando a Tabela 10 como referência, sendo que para os extintores sobrerrodas deve-se acrescentar às distâncias máximas a metade dos valores e, caso o layout não seja conhecido, aumentar em 30% mais as mesmas.

A classificação do risco para a distância máxima de caminhamento é de acordo com a ocupação local, ou seja, apesar de a edificação toda ser considerada risco moderado, os blocos separadamente são considerados de risco leve. Assim, a distribuição dos extintores deve ser de modo que o operador percorra até a distância máxima definida.

Tabela 9 - Distância máxima de caminhamento

Risco Distancia

(m)

Risco Leve 25

Risco Moderado 20

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