Cenário Internacional
Os EUA vivem uma crise política, na qual o presidente Donald Trump é
suspeito de tentativa de obstrução de justiça por tentar barrar uma
investigação sobre as ligações do ex-conselheiro de Segurança Nacional
com os russos, crime que pode leva-lo a sofrer um impeachment.
Paralelo a isso, há tentativa de aprovar vários projetos de reformas da
economia, dentre eles uma reforma tributária, que prevê uma enorme
redução de tributos como uma tentativa de fortalecer a economia interna.
Os indicadores norte-americanos demonstram uma expansão
econômica moderada, diminuindo gradativamente o otimismo dos
analistas. Em maio, o índice de confiança do consumidor apresentou
característica estável, tendo uma leve alta em comparação ao mês de
abril, de 97 para 97,1 pontos. Já no mercado de trabalho, de acordo com
o Departamento de Trabalho americano, foram criadas 181 mil vagas
formais. O número veio abaixo das expectativas dos analistas, que era
de 185 mil vagas. Com isso, as expectativas de novos aumentos nos
juros americanos ficam cada vez menores.
Enquanto isso, na China, alguns indicadores econômicos mostram uma
desaceleração no ritmo de crescimento. O índice de Gerente de
Compras (PMI) fechou o mês em 51,2 pontos, levemente acima das
expectativas de mercado, que era de 51 pontos. Já o índice de
manufatura avançou de 54 para 54,5 pontos em maio. Ainda assim,
agentes de mercado esperam que a economia chinesa consiga atingir a
meta de crescimento, que é de 6,5%.
Na União Europeia, dados divulgados pelo Escritório de Estatística da
União Europeia (Eurostat) apontam que houve desaceleração da
inflação, que fechou maio em 1,4%, frente aos 1,9% do mês anterior e
levemente abaixo da expectativa de mercado, que era de 1,5% para o
mês. A desaceleração foi reflexo, principalmente, do alívio verificado
nos preços da energia, que subiram 4,6%, frente aos 7,6% do mês
anterior. Esses resultados sugerem que a visão do Banco Central
Europeu (BCE) não deve mudar em relação à necessidade de continuar
com os estímulos monetários.
Cenário Nacional
Internamente, o país passa por um momento de forte indefinição
devido às tensões políticas. Parte dessa incerteza se reflete na
economia, uma vez que adiciona dúvidas quanto à continuidade do
governo e sua capacidade de articulação para obter o apoio necessário
no Congresso Nacional e dar continuidade na agenda de reformas. No
curto prazo, a economia mostra indicadores que apontam para uma
melhora nos níveis de atividade econômica. Contudo, em um cenário
pós-2018, ano de eleições, as expectativas ainda são incertas e tornam o
ambiente de negócios muito arriscado, o que não atrai investimentos.
De acordo com pesquisa divulgada pelo IBGE, a taxa de desemprego
chegou a 13,6% da população economicamente ativa no trimestre
encerrado em abril. Isso corresponde a cerca de 14 milhões de pessoas.
Apesar disso, números divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego
(MTE) mostram que, em maio, foram criadas 34.253 vagas formais de
trabalho. Este foi o segundo mês consecutivo de resultados positivos.
O Índice de Confiança de Indústria, divulgado pela FGV (Fundação Getúlio
Vargas), mostra alta de 1,1 ponto em maio, alcançando 92,3 pontos. Dessa
forma, apresenta o maior valor desde abril de 2014, superando as
expectativas de mercado. O IGP-M, outro indicador da mesma instituição,
registrou deflação de 0,93% em maio, ante variação de 1,10% em abril. O
resultado ficou dentro da previsão de analistas e do mercado financeiro. A
inflação oficial (IPCA), medida pelo IBGE, fechou o mês de maio em
0,31%. No ano, a inflação acumulada é de 1,42% e, em 12 meses, de 3,60%,
abaixo do centro da meta, que é de 4,5% a.a..
O Banco Central (BC) vem efetuando cortes na taxa básica de juros da
economia (SELIC). Na última reunião do COPOM, ocorrida em maio,
houve redução de 100bps, trazendo a taxa para 10,25% a.a.. Este
cenário, em conjunto com a desaceleração inflacionária, proporciona
ambiente para que as reduções continuem. De acordo com o relatório
FOCUS do BC, a expectativa de mercado é de que, ao final do ano, a
taxa chegue próxima de 8,5% a.a..
Cenários
As informações contidas neste documento baseiam-se na melhor informação disponível, recolhida a partir de fontes oficiais ou críveis. Não nos responsabilizamos por eventuais omissões ou erros. As opiniões expressas são as nossas no momento. A CBS Previdência reserva-se o direito de, a qualquer momento, comprar ou vender valores mobiliários mencionados.
Plano Milênio
Justificativa da Rentabilidade Mensal
Gráfico Comparativo de Rentabilidade por Segmento
Em maio, a rentabilidade bruta da cota do Plano Milênio ficou negativa em -0,88%. O segmento de Renda Fixa rendeu -0,16% a.m.. Os títulos públicos desta carteira, principalmente os que têm vencimentos mais longo, foram impactados negativamente pela alta nas taxas de juros futuros verificadas em todos os vencimentos da curva. Com isso, o segmento de Renda Fixa trouxe rendimento de -0,16%. Lembramos que os ativos de Renda Fixa deste plano são marcados a mercado, sofrendo, momentaneamente, influência do cenário macroeconômico. Todavia, os ativos carregados até o vencimento terão a rentabilidade pactuada no momento da sua compra. Nossa carteira de Títulos Públicos Federais marcados a mercado representa cerca de 48% do patrimônio da carteira de investimentos voltada aos participantes que têm seus recursos remunerados pela cota. Esses títulos públicos têm remuneração média pactuada de IPCA + 6,17% a.a., garantindo retorno real satisfatório para a cota do plano no longo prazo. Os demais títulos e os recursos em caixa têm rentabilidade atrelada à taxa CDI, que rendeu 0,93%, e contribuíram positivamente com a rentabilidade. Contudo, o segmento de Renda Variável, composto majoritariamente por ações CSN, mostrou rendimento de -10,61% no mês. As ações CSN renderam no mês -11,48%, penalizando o retorno total do plano. Alertamos que esta carteira possui cerca de 31% do seu patrimônio com liquidez imediata, sendo capaz de honrar um alto volume de pagamentos, caso ocorram resgates e aposentadorias em grande quantidade.
2013 2015 2016
Rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura.
2014
* Rentabilidade Bruta.
Não contempla despesas administrativas diversas.
Cota do Plano Milênio (Valor em R$)
Evolução Patrimonial dos Recursos Garantidores (Consolidado)
Evolução Patrimonial dos Recursos Garantidores (Parcela AC)** Alocação em Títulos do Governo* (Parcela AC)
Composição da carteira - Parcela AC (Data-Base: maio/2017)
Plano de Suplementação da Média Salarial
Justificativa da Rentabilidade Mensal
Em maio, a rentabilidade bruta do Plano Suplementação foi positiva em 0,80%. O
plano adota a marcação na curva e tem a maior parte de seus recursos aplicados no
segmento de Renda Fixa, sendo cerca de 75% dos recursos garantidores alocados em
títulos do governo federal atrelados ao IPCA. O retorno deste segmento foi de 0,83%
no mês. Já o segmento de Renda Variável, composto por ações da CSN, teve
desempenho negativo de -11,48%, penalizando a rentabilidade total do plano. A
inflação oficial (IPCA) de maio ficou em 0,31%, acima da registrada no mês anterior.
Gráfico Comparativo de Rentabilidade por Segmento
2012
* Rentabilidade Bruta.
Não contempla despesas administrativas diversas.
** O histórico da Meta Atuarial do Plano Suplementação informado em edições anteriores sofreu alteração visando refletir a Meta Atuarial de INPC+3,5% a.a., retroativa ao Exercício de 2012, conforme Premissa Atuarial aprovada pelo Conselho Deliberativo da entidade, registrada em Ata nº 284 de novembro/2013, com objetivo de atender ao Ofício 5020/CGAT/DITEC/PREVIC de 2013.
2013
*Os prazos de vencimento dos papéis são condizentes com a idade média e com a expectativa de vida dos participantes do plano.
Rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura.
2014 2015
2016 2017 Composição da carteira (Data-Base: maio/2017)
Evolução Patrimonial dos Recursos Garantidores (Últimos 5 anos) Alocação em Títulos do Governo*
Plano de 35% da Média Salarial
Justificativa da Rentabilidade Mensal
Em maio, a rentabilidade bruta do Plano 35% foi positiva em 0,74%. %. O plano
adota a marcação na curva e tem a maior parte de seus recursos aplicados no
segmento de Renda Fixa, sendo cerca de 65% dos recursos garantidores alocados
em títulos do governo federal atrelados ao IPCA. Este segmento apresentou
retorno de 0,81% no mês. Já o segmento de Renda Variável, composto por ações da
CSN, teve desempenho negativo de -11,48% no mês, penalizando a rentabilidade
total do plano. A inflação oficial (IPCA) de maio ficou em 0,31%, acima da
registrada no mês anterior.
* Rentabilidade Bruta.
Não contempla despesas administrativas diversas.
** O histórico da Meta Atuarial do Plano 35% informado em edições anteriores sofreu alteração visando refletir a Meta Atuarial de INPC+3,5% a.a., retroativa ao Exercício de 2012, conforme Premissa Atuarial aprovada pelo Conselho Deliberativo da entidade, registrada em Ata nº 284 de novembro/2013, com objetivo de atender ao Ofício 5020/CGAT/DITEC/PREVIC de 2013.
Composição da carteira (Data-Base: março/2014) Gráfico Comparativo de Rentabilidade por Segmento
2016
Rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura. 2015
2013 2014
Composição da carteira (Data-Base: maio/2017)
Evolução Patrimonial dos Recursos Garantidores (Últimos 5 anos) Alocação em Títulos do Governo*
À entidade é facultada a diversificação da alocação de ativos, buscando rentabilidade, desde que obedecidas as normas legais
Plano CBSPREV Namisa
Justificativa da Rentabilidade Mensal
Em maio, a rentabilidade bruta da cota do Plano CBSPREV
Namisa foi positiva em 0,92%, em linha com a variação do
CDI (taxa de juros de curto prazo). Por tratar-se de um plano
novo, seus recursos estão integralmente investidos em
ativos atrelados ao CDI. Ao passo que o plano vá ganhando
robustez financeira, estratégias de investimentos mais
arriscadas serão estudadas visando maior remuneração no
longo prazo. A inflação oficial (IPCA) de maio ficou em
0,31%, acima da registrada no mês anterior.
*O Plano CBSPREV Namisa iniciou em fev/2012. ** Rentabilidade Bruta.
Não contempla despesas administrativas diversas.
*A partir de 18/10/2014, o Plano CBSPREV Namisa passou a não ter mais recursos aplicados em Renda Variável.
Rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura.
Cota do Plano CBSPREV Namisa (Valor em R$)
Evolução Patrimonial dos Recursos Garantidores (Últimos 5 anos) Composição da carteira (Data-Base: maio/2017)
Plano CBSPREV
Justificativa da Rentabilidade Mensal
Em maio, o retorno total do Plano CBSPREV foi de
0,60%. O plano atingiu volume de recursos que
consideramos apropriado para que fosse adotada outras
estratégias de investimentos. Assim, baseados em
estudos técnicos, parte do patrimônio do plano foi
alocado em títulos públicos, visando assegurar
rendimento acima da inflação no longo prazo. Vale
lembrar que os títulos adquiridos estão marcados a
mercado e podem sofrer oscilação momentânea de
acordo com o cenário macroeconômico. Porém, se
levados até o vencimento, terão retorno de acordo com a
taxa pactuada no momento da compra.
* O Plano CBSPREV iniciou em out/2013. ** Rentabilidade Bruta.
Não contempla despesas administrativas diversas. Rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura.
Cota do Plano CBSPREV (Valor em R$)
Evolução Patrimonial dos Recursos Garantidores (Últimos 5 anos) Gráfico de Rentabilidade
Glossário
Agência Classificadora de Risco - empresa que tem a funcionalidade de avaliar e classificar determinados produtos financeiros ou ativos (tanto de empresas, como de
governos ou países), atribuindo notas sobre a capacidade de cumprimento das obrigações fixadas. Ou seja, é responsável por classificar o grau de risco de crédito envolvido nas operações com a parte envolvida. As principais agências classificadoras são: Standard & Poor's, Fitch e Moody's.
Bacen - Banco Central do Brasil.
Balança Comercial - nome da conta do balanço de pagamentos no qual se registra a relação entre as importações e exportações entre os países. BCE - Banco Central Europeu.
Commodity - é um bem fungível, ou seja, é equivalente e trocável por outro igual independentemente de quem produz. Em geral, são matérias-primas e
produtos agrícolas.
Copom - Comitê de Política Monetária do Banco Central responsável por determinar as diretrizes da política monetária do país e definir a meta da taxa
de juros primária (SELIC).
Default - incapacidade de honrar os compromissos, ou seja, suspensão de pagamentos.
Depósito Compulsório - é a reserva obrigatória recolhida das instituições financeiras para depósito junto ao Banco Central, com a finalidade de restringir ou
alimentar o processo de expansão dos meios de pagamento.
Downgrade - rebaixamento da nota de classificação (rating) de produtos financeiros ou ativos (tanto de empresas, como de governos ou países), dada por uma
agência classificadora.
Dow Jones - índice americano valorado pelas trinta grandes ações industriais, cujos negócios passam pela Bolsa de Nova York. FED - Banco Central Americano.
Focus - relatório constituído por meio de uma pesquisa feita semanalmente pelo Banco Central para acompanhar a expectativa dos agentes sobre o
comportamento dos principais indicadores da economia, tais como inflação, PIB e taxa de câmbio.
FOMC - comitê pertencente ao Banco Central Americano (FED), que tem como objetivo estabelecer as diretrizes da política monetária e definir a taxa básica de
juros da economia americana.
IBrX: índice da BOVESPA que avalia o retorno de uma carteira composta pelas cem ações mais negociadas na Bolsa.
Livro Bege - relatório sobre a situação e desempenho econômico dos Estados Unidos, que serve de base ao Banco Central Americano para a tomada de
decisões monetárias.
Marcação a mercado - registro e avaliação contábil de instrumentos financeiros pelo preço de mercado do dia. No caso de instrumentos associados a taxas de
juros, deve-se usar a curva de juros do dia.
Mercado Emergente - mercados financeiros, cambiais e de capitais em países com menor expressão econômica e financeira, que apresentem maior nível
elevado de risco de crédito comparativamente ao mercado.
Operação Compromissada - são aplicações em renda fixa que apresentam baixo risco, pois são garantidas pela contraparte por meio de operações reversas às
realizadas e acompanham as taxas de juros do mercado financeiro.
PCoB - Banco Central da República Popular da China.
Política Monetária - é a atuação de autoridades monetárias sobre a quantidade de moedas em circulação, de crédito e das taxas de juros controlando a liquidez
global do sistema econômico.
Política Monetária Contracionista - consiste em reduzir a oferta de moeda em circulação na economia por meio da elevação da taxa de juros. Essa modalidade é
aplicada quando a economia está sofrendo alta inflação, visando reduzir a demanda agregada e, consequentemente, o nível de preços.
Política Monetária Expansionista - consiste em aumentar a oferta de moeda em circulação por meio da redução da taxa de juros básica. Essa política é adotada
em épocas de recessão, visando aumentar a demanda agregada e a geração de novos empregos por meio do estímulo dos investimentos.
Produto Interno Bruto (PIB) - representa a soma de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região, durante um período determinado. Purchasing Managers Index (PMI) - índice composto e baseado nos cinco maiores indicadores, que incluem: novos pedidos, níveis de inventários, produção,
entregas de suprimento e desenvolvimento do emprego. Quando o índice PMI está acima de 50 pontos indica que a indústria de transformação está em expansão, enquanto que quando está abaixo, significa contração da economia.
Quantitative Easing (QE) - é o nome dado pelas autoridades americanas ao programa de política monetária não usual utilizado para estimular a economia. O
programa consiste em medidas monetárias que tragam liquidez à economia, como a recompra de títulos públicos detidos pelos bancos comerciais como forma de injetar recursos no sistema financeiro. O resultado é um aumento nas reservas dos bancos comerciais, que passam a poder emprestar mais. A liquidez maior, em teoria, impulsiona o crescimento da economia, aumenta as perspectivas de inflação e reduz as taxas de juros reais.
Rating - é uma nota classificatória sobre a capacidade dos produtos financeiros ou ativos (tanto de empresas, como de governos ou países) saldarem seus
compromissos financeiros. A avaliação é feita por empresas especializadas, as agências de classificação de risco.
Recessão Técnica - termo usado por economistas para definir um período de dois trimestres consecutivos de queda no PIB.
Risco de Crédito - perda potencial que o investidor pode sofrer se a contraparte devedora não liquidar sua obrigação financeira no prazo estipulado.
Trade off - expressão que define uma situação em que há conflito de decisão, ou seja, solucionar um problema implicará na ocorrência de outro,
obrigando a uma escolha.
Tróica - representantes formados pelos responsáveis da Comissão Europeia, do Banco Central Europeu e do Fundo Monetário Internacional, que negociam as
condições de resgate financeiro dos países da Zona do Euro.
Upgrade - elevação da nota de classificação (rating) de produtos financeiros ou ativos (tanto de empresas, como de governos ou países), dada por uma
agência classificadora.
Zona do Euro: países signatários da União Europeia que aderiram à moeda única (EURO). São eles: Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre, Eslováquia, Eslovênia,
Espanha, Estônia, Finlândia, França, Itália, Grécia, Irlanda, Luxemburgo, Malta, Países Baixos e Portugal.