31. Na Unidade de Pronto Atendimento de Nova Esperança, um médico atendeu um paciente que apresentava uma fratura no antebraço do tipo injúria, na metade proximal da ulna, juntamente com o método no deslocamento da cabeça radial. A descrição desse quadro clínico está relacionada à fratura de
A) Monteggia. C) Pott.
B) Benneti. D) Smith.
GABARITO :A
32. Na Unidade de Pronto Atendimento de Pajuçara, uma criança deu entrada no setor de pediatria com dificuldade respiratória. O pneumologista solicitou uma radiografia com incidência AP de toráx, em decúbito dorsal. O critério correto para realizar o exame do tórax desse paciente é
A) incidir o raio central paralelo ao filme, centrado no plano sagital. B) fazer a exposição dos raios X um segundo após uma inspiração. C) posicionar o paciente com os ombros 10 cm acima do topo do chassi. D) verificar se o tórax está rodado levemente pela condição.
GABARITO :B (DEVE SER ANULADA)
A exposição deve ser feita imediatamente e não um segundo após como está a alternativa. Posicionamento radiográfico (tórax e sistema esquelético)
Incidência do tórax AP e PA: tórax Respiração
Fazer a exposição na segunda respiração funda. Se a criança estiver chorando, vigiar a respiração e fazer a exposição imediatamente após a inspiração profunda da criança.
BONTRAGER; LAMPIGNANO, 2015, p. 574
33. Um paciente recebeu contraste iodado não iônico para realizar uma tomografia de tórax. Cinco minutos após a realização desse exame, ele apresentou uma reação leve ao contraste. O tipo de reação apresentada pelo paciente é
A) resposta vasovagal. C) urticaria excessiva.
B) convulsão. D) taquicardia.
GABARITO :A (DEVE SER ANULADA)
Nenhumas das alternativas corresponde à reação leve.
*Reações por meio de contraste tipo Moderada: Este tipo de reação é uma reação alérgica verdadeira (choque anafilático) que resulta da introdução de meio de contraste iodado. Os sintomas de uma reação moderada incluem o seguinte:
• Urticária (urticária moderada a grave) • Possível inchaço da laringe
• Broncoespasmo • Angioedema • Hipotensão
• Taquicardia (> 100 batimentos/min) ou bradicardia (<60 batimentos/min)
*Reações por meio de contraste tipo Grave: Este tipo de reação, também conhecido como uma reação vasovagal, é uma condição com risco à vida. A introdução de agentes de contraste iodados estimula o nervo vago, que pode fazer com que a frequência cardíaca caia e a pressão arterial diminua perigosamente. É necessária uma resposta rápida e imediata da equipe médica Os sintomas de uma reação vasovagal incluem o seguinte:
• Hipotensão (pressão arterial sistólica < 80 mm Hg) • Bradicardia (< 50 batimentos/min) • Arritmias cardíacas • Edema da laringe • Possíveis convulsões • Perda de consciência • Parada cardíaca • Parada respiratória
• Ausência de pulso detectável
(BONTRAGER; LAMPIGNANO, 2015, p. 541).
BONTRAGER, Kenneth L.; LAMPIGNANO, John P. Tratado de posicionamento radiográfico e anatomia associada. Elsevier Brasil, 2015.
34. O exame de SEED (seriografia: esôfago, estômago e duodeno) tem como objetivo investigar o tubo gástrico alto e avaliar suas condições anatômicas. Para a realização desse exame, utiliza-se como rotina a incidência básica do SEED, e o paciente deve estar posicionado em decúbito
A) anteroposterior em ortostáse. C) oblíquo posterior direito. B) lateral direito. D) oblíquo anterior esquerdo. GABARITO :B
Pode ser cancelada
Exame radiográfico do esôfago, estômago e duodeno é chamado de seriografia do trato GI superior ou SGIS (BONTRAGER; LAMPIGNANO, 2015, p. 471).
Como rotina básica desta seriografia, segundo BONTRAGER; LAMPIGNANO, 2015, p. 477. • OAD (reclinada), página 482
• PA (reclinada), página 483 • Perfil direita, página 484 • OPE (reclinada), página 485 • AP (reclinada), página 486
Porém, segundo BIASOLI JR, 2015, p. 421,422, o estudo radiológico da SEED tem como incidências utilizadas para a rotina do estudo: anteroposteior (AP) ( ou posteroanterior [PA], dependendo do tipo de equipamento), em decúbito dorsal, obliquas anteroposteriores direita e esquerda (ou obliquas posteroanteriores direita e esquerda, dependendo do tipo de equipamento) e perfil direito.
Então usando como referência: BIASOLI JR, Antônio. Técnicas Radiográficas: Princípios Físicos, Anatomia Básica, Posicionamento, Radiologia Digital, Tomografia Computadorizada. Editora Rubio, 2015. A questão tem como alternativas corretas B, C e D. Devendo assim ser cancelada.
35. No método de Schüller, utiliza-se a incidência axial lateral (ATM) da articulação mandibular, que resulta em maior alongamento do côndilo em relação ao raio central. A angulação correta que deve ser utilizada para realizar esse método é
A) 25° a 35° caudal. C) 20° a 25° caudal. B) 30° a 35° caudal. D) 25° a 30°caudal.
GABARITO :D
Incidência axiolateral: ATMs Método de Schuller
• Angular o RC em 25° a 30° caudais, centrado a cerca de 1,3 cm anterior e 5 cm, acima do MAE. (BONTRAGER; LAMPIGNANO, 2015, p. 435)
36. O posicionamento correto do paciente para a realização do exame radiográfico é de fundamental importância. Por isso, utiliza-se o marco de referência para a localização de estruturas específicas. A correlação correta entre o marco topográfico e a localização da estrutura anatômica é
A) a sínfise púbica - 2,5 acima do cóccix. C) o processo xifoide - T10-T11. B) a crista ilíaca - L3-L4. D) a incisura jugular - T2-T3. GABARITO :D
Pontos de Referência da Coluna Torácica e do Esterno A incisura jugular está no nível de T2 e T3.
(BONTRAGER; LAMPIGNANO, 2015, p. 302)
37. Nos fatores de exposição, o KV (pico de quilovoltagem) significa o poder de penetração do feixe de raios X. O fator KV se caracteriza por ser
A) a menor energia na uniformidade do feixe. B) a corrente elétrica do tubo de raios X.
C) o fator secundário de controle da densidade.
D) o baixo contraste que fornece dados diagnósticos insuficientes GABARITO :C
Em todas as exposições, o feixe de raios x é composto por fótons de diferentes níveis de energia, com poder de penetração não homogêneo. Como exemplo, a aplicação de um potencial de 30 kV apenas indica o pico de energia (kVp), já que os fótons contidos no feixe têm energia na faixa de 0 a 30kev (BIASOLI JR, 2015, p. 436). A questão pede o fator KV, mas não especifica se é KV alto ou KV baixo, e levando em considerarão o KV baixo a alternativa "A" também estaria correta, pois, assim como o alto KV se caracteriza pela maior energia na uniformidade do feixe, o baixo KV se caracteriza pela menor energia na uniformidade do feixe. Então nestas condições a alternativa “A” está correta,
além da alternativa “C”:
O principal fator controlador da densidade do filme é a mAs.
Outros fatores que influenciam a densidade em uma imagem de filme incluem kV (BONTRAGER; LAMPIGNANO, 2015, p. 37).
Outro argumento é que não foi citado o tipo do método de aquisição, se é raios x ou tomografia. Levando em consideração que a questão se refere à tomografia a alternativa “C"está errada pois o principal fator controlador do contraste em tomografia baseada em filme é a
quilovoltagem (kV) (BONTRAGER; LAMPIGNANO, 2015, p. 40), e não o fator secundário como está na alternativa “C".
38. O técnico de radiologia deve ter conhecimento dos tipos de incidências adicionais que são utilizados para a realização de diversos tipos de exames, uma vez que eles fazem parte da rotina desse profissional. A correlação correta entre o tipo de incidência e o tipo de exame é
A) incidência parietoacantial - osso da mandíbula. B) incidência superoinferior - osso nasal.
C) incidência tangencial - osso quadril. D) incidência plantodorsal - osso do pé GABARITO :B
Superoinferior tangencial (axial): ossos nasais. Indicado para fraturas do osso nasal (deslocamento mediolateral). (BONTRAGER; LAMPIGNANO, 2015, p. 423). Considerando assim a alternativa “B”correta.
O estudo radiográfico do pé tem como incidência geral a incidência plantodorsal também denominada de incidência de Lisfranc
(BOISSON, 2007, p.111) (
BOISSON, Luiz Fernando.
Técnica radiológica médica. São Paulo: Atheneu Rio, 2007.). Considerando assim a alternativa
“D”correta.
Por ter duas alternativas corretas a questão 38 precisa ser cancelada.
39. Para a realização dos exames radiográficos, o técnico em radiologia deve ter conhecimento acerca das variações na forma do corpo (biotipo). O paciente que exibe “tórax estreito em largura e raso de frente para trás, porém muito longo na vertical” caracteriza -se por apresentar um biotipo
A) estênico. C) hiperestênico. B) hipoestênico. D) astênico. GABARITO :B
A questão 39 deve ser anulada por ter duas alternativas corretas (“B” e “D”). O paciente Hipoestênico (B) tem as mesmas características do paciente astênico:
Hipostênico/Astênico: Este biotipo corporal é essencialmente o oposto do hiperestênico. Indivíduos hipostênicos/astênicos são mais esguios e possuem, tipicamente, pulmões longos e estreitos com diafragma baixo. (BONTRAGER; LAMPIGNANO, 2015, p. 458)
Paciente magro, hipoestênico longilíneo: Neste tipo físico, o tórax é estreito em largura e anteroposteriormente, mas é muito longo em sua dimensão vertical (BONTRAGER; LAMPIGNANO, 2015, p. 78)
40. Um pneumologista solicitou um exame radiográfico de tórax cuja incidência deve ser ápicolordótica, e o raio central deve incidir na média do esterno. Nesse sentido, o raio central deve incidir abaixo da incisura jugular, a uma distância de
A) 09 cm. C) 10 cm. B) 08 cm. D) 07 cm. GABARITO :A
Apicolordótica: RC perpendicular ao RI, incidindo no meio do esterno (9 cm [3 a 4 polegadas] abaixo da incisura jugular). (BONTRAGER; LAMPIGNANO, 2015, p. 96)
41. A incidência anteroposterior (AP) de abdome em ortostática é utilizada no exame de obstrução intestinal. O parâmetro técnico correto para realizar essa incidência de abdome é A) expor o paciente ao raio X no final da inspiração.
B) incidir o raio central perpendicular no centro do filme. C) posicionar o paciente em ortostática durante 5 minutos . D) posicionar o centro do filme ao nível das cristas ilíacas. GABARITO :C
Na incidência anteroposterior (AP) de abdome em ortostática usa-se o raio central perpendicular e direcionado ao centro do filme (BONTRAGER; LAMPIGNANO, 2015, p. 116). Estando a alternativa “B”correta.
Na incidência anteroposterior (AP) de abdome em ortostática usa-se como posição do centro do filme, centrar o filme no nível da crista ilíaca (BONTRAGER; LAMPIGNANO, 2015, p. 116). Estando a alternativa “D”correta.
Por ter duas alternativas corretas a questão 41 precisa ser cancelada.
42. Um paciente apresentando fratura no punho deu entrada no Hospital Municipal de Natal. O ortopedista de plantão, ao analisar a lesão, solicitou o exame de raios X, posteroanterior (PA) em escafoide do punho. O critério correto que deve ser utilizado para a realização desse exame é
A) raio central perpendicular ao filme direcionado ao escafoide. B) flexão ulnar com 25° de ângulo do raio central.
C) ângulo do raio central paralelo ao eixo maior do escafoide. D) raio central descentralizado em relação ao exame.
GABARITO :B
BONTRAGER; LAMPIGNANO, 2015, p. 157 descrevem que precisa angular o RC 10° a 15° proximalmente, ao longo do eixo longitudinal do antebraço e na direção do cotovelo (o RC deve ficar perpendicular ao eixo longitudinal do escafoide). Algumas fraturas do escafoide podem ser de difícil visualização, exigindo a realização de várias incidências com diferentes angulações do RC. Rafert e Long descreveram uma série de quatro incidências com o RC proximalmente angulado em 0°, 10°, 20° e 30°. Nesta mesma página (157), a figura 4-100 demonstra o raio central com angulação de 25º. Sendo assim, a alternativa “B” está correta.
Na incidência posteroanterior (PA) do escafoide o raio central incide perpendicular ao anteparo (chassi ou detector digital) (BIASOLI JR, 2015, p. 266). Assim a alternativa “A"está correta . Por ter duas alternativas corretas a questão 42 precisa ser cancelada.
43. Um técnico em radiologia, ao realizar um exame radiográfico de ombro, utiliza critérios de incidência para evidenciar a estrutura da face anteroinferior da borda glenoide. O método utilizado que deve destacar essa estrutura anatômica é denominado de
A) West Point. C) Fisk.
B) Grashey. D) Laurence.
GABARITO :A
Nos critérios radiográficos, na incidência de West Point a face ântero-inferior da borda glenóide é bem evidenciada. BONTRAGER, K. L. Tratado de técnica radiológica e base anatômica. 5ª edição. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2003. Tradução de: Textbook of radiographic positioning and related anatomy. Fifth edition. Copyright by Mosby, Inc., 2001.
44. Na incidência médio lateral do calcâneo, podem ser observadas várias lesões ósseas. Para a realização dessa incidência, o ponto de localização do raio central deve ser
A) 2,5 cm superior ao maléolo lateral. B) 1,5 cm superior ao maléolo medial. C) 2,5 cm inferior ao maléolo medial. D) 1,5 cm superior ao maléolo lateral. GABARITO :C
Na Incidência em perfil – mediolateral: membro inferior – Calcâneo orienta-se o RC perpendicular ao RI, direcionado para um ponto, 2,5 cm (1 polegada), inferior ao maléolo medial.
(BONTRAGER; LAMPIGNANO, 2015, p. 236)
45. De acordo com o código de ética do técnico em radiologia, o profissional deve ser responsável pelo controle da radiação em todos os pacientes. Segundo esse código, uma conduta que está EM DESACORDO com as regras de proteção radiológica do paciente é A) utilizar filtração mínima.
B) fazer repetição mínima de radiografias. C) utilizar colimação desacurada.
D) fazer magnificação de cone pumblífero. GABARITO :C
Nenhuma das alternativas referem-se ao código de ética. O código de Ética Profissional enuncia os fundamentos éticos e as condutas necessárias a boa e honesta praticas das profissões do Tecnólogo, Técnico e Auxiliar de Radiologia e relaciona direitos e deveres correlatos de seus profissionais inscritos no sistema CONTER/CRTRs e das pessoas jurídicas correlatas. A
alternativa proposta para resposta está associada à Portaria SVS/MS n° 453, de 1 de junho de 1998 que é o Regulamento Técnico que estabelece as diretrizes básicas de proteção radiológica em radiodiagnóstico médico e odontológico, dispõe sobre o uso dos raios-x diagnósticos em todo território nacional e dá outras providências.
Por não existir nenhuma alternativa relacionada ao código de ética, a questão 45 deve ser anulada.
46. Para avaliação do anel pélvico, a incidência de entrada AP Axial da Pelve permite que o ortopedista possa observar a luxação posterior ou rotações de um paciente que apresenta traumatismo nessa região. Nesse sentido, a angulação do raio central a ser utilizada nessa incidência é
A) 45° caudal. C) 35° caudal. B) 30° caudal. D) 40° caudal. GABARITO :D
A incidência de entrada AP Axial da Pelve está descrito em BONTRAGER; LAMPIGNANO, 2015, p. 280, que é uma incidência axial que demonstra abertura superior em sua totalidade e que a angulação do raio central a ser utilizada necessita de um ângulo RC caudal a 40°. Justificando como verdadeira a alternativa “D”
A incidência de entrada AP Axial da Pelve está descrito em BIASOLI JR, 2015, p 383,384, que corresponde à imagem da bacia vista por cima (abertura superior) e que a angulação do raio central a ser utilizada necessita de um ângulo RC caudal a 30°. Justificando como verdadeira a alternativa “B”.
Por ter duas alternativas corretas a questão 46 precisa ser cancelada.
47. Os exames de coluna lombar estão entre os mais solicitados numa emergência de pronto atendimento. Na incidência oblíqua 45° da coluna lombar, projetam-se várias estruturas que se assemelham a uma imagem de um cachorro “Fox Terrier”. A correta correlação entre a aparência do cachorro e a estrutura anatômica da região lombar é
A) nariz - pedículo.
B) pescoço - processo transverso. C) olho - parte interarticular.
D) orelha - processos articulares superiores. GABARITO :D
Aparência de “cachorro terrier”: O pescoço é um pars interarticularis (parte da lâmina que forma primariamente a região do ombro do cachorro). A orelha do cachorro é um processo articular superior, enquanto o olho é formado por um pedículo. Um processo transverso forma o focinho. As pernas dianteiras são formadas por um processo articular inferior. (BONTRAGER;
48. Um indivíduo que se acidentou devido a uma colisão automobilística foi conduzido pelo SAMU até um hospital de referência. O médico da urgência, após examinar o paciente, solicitou uma radiografia da coluna cervical, para avaliar o processo odontoide e outras estruturas de C1 e C2 dentro do forame magno. O método radiográfico utilizado para avaliar a coluna cervical desse paciente e que apresenta a menor dose de radiação para tireoide é o método de
A) Ottonello. B) Fuch. C) Judd. D) Stecher.
GABARITO :C
A Incidência AP ou posteroanterior (PA) para C1-C2 (dente ), coluna cervical, está descrita em (BONTRAGER; LAMPIGNANO, 2015, p. 315) como Método fuchs (AP ) ou método judd (PA). Ou seja as alternativas “B"e “C” estariam corretas. Porém a penas “Judd”(alternativa C) apresenta a menor dose, mas esta incidência de Judd deve ser realizada com paciente em decúbito ventral como descrito em (BONTRAGER; LAMPIGNANO, 2015, p. 315): PA (Método Judd) - Esta é uma posição reversa à posição supina. O queixo está repousando no topo da mesa e está estendido para trazer a LMM quase perpendicular à mesa (pode ajustar o RC como for necessário para ficar paralelo à LMM). Então nestas condições devemos levar em consideração o BIASOLI JR, 2015, p. 126, no quesito "Exame radiográfico no paciente politraumatizado”, está descrito:
Deve ser dada atenção especial ao paciente politraumatizado, que na maioria das vezes chega à sala de exames radiográficos imobilizado em uma prancha longa com imobilizador lateral de cabeça (head blocks). Esse paciente deve ser minimamente manipulado e não pode ser retirado da prancha sem autorização médica. Nesse caso, o paciente é colocado junto com a prancha, feita de material radiotransparente, em cima da mesa bucky e as incidências devem ser feitas sem sua manipulação.
Ou seja, a incidência de Judd, não pode ser realizada em pacientes politraumatizados conforme BIASOLI JR, 2015, p.126 por necessitar de manipular o paciente.
Sendo assim, a questão 48 deve ser anulada.
49. Para realizar o exame da coluna cóccix, o paciente deve ser previamente orientado quanto ao preparo intestinal, pois a parte inferior do cólon deve estar livre de gases e de material fecal. Além disso, o técnico em radiologia deve ter conhecimento dos parâmetros radiográficos a serem adotados para realizar esse exame. Nesse sentido, o procedimento técnico correto a ser utilizado para executar o exame do cóccix é
A) manter o plano médio-coronal do paciente alinhado à mesa. B) posicionar o tubo com angulação de 15° caudal.
C) solicitar ao paciente que ele faça a inspiração.
D) posicionar o raio central a 0,5 cm acima da sínfise púbica. GABARITO :D
Para realizar o exame da coluna cóccix, deve por a angulação caudal de 10° do raio central e direcionar o raio central 5 cm superiormente à sínfise pubiana. (BONTRAGER; LAMPIGNANO, 2015, p. 346).
A questão 49 deve ser anulada por não haver alternativa correta, já que a alternativa “D" descreve 0,5cm ao invés de 5 cm.
50. A visualização do osso esterno no exame radiográfico é muito difícil . Isso ocorre devido à composição óssea e a sua posição dentro do tórax, e também pelo fato de a região do arcabouço costal ser muito densa. Para realizar uma radiografia do osso esterno de um indivíduo que possui tórax grande em barril, o grau de obliquidade do paciente rotacionado a ser utilizado é de, aproximadamente,
A) 10°. B) 15°. C) 18°. D) 20°.
GABARITO :B
O grau de obliquidade necessário é dependente do tamanho da cavidade torácica:
A fim de se afastar o esterno da coluna torácica, um paciente com um tórax pouco espesso requer mais rotação que um paciente com um tórax mais volumoso. Por exemplo, um paciente com um tórax largo e redondo, e com um diâmetro AP maior requer rotação menor (≈15°), ao passo que um paciente com um tórax fino exige rotação maior (≈20°). (BONTRAGER; LAMPIGNANO, 2015, p. 357)
51. A calota craniana possui várias articulações, e a união delas denomina-se suturas, que são classificadas como fibrosas. O ponto de encontro da sutura escamosa com a lambdoide é denominada.
A) ptério. B) astério. C) lambda. D) bregma.
GABARITO :B
Os astérios direito e esquerdo são pontos posteriores à orelha, onde as suturas escamosa e lambdóidea se encontram.(BONTRAGER; LAMPIGNANO, 2015, p. 381).
52. De acordo com o código de ética, o técnico em radiodiagnóstico tem a responsabilidade de reduzir a exposição do paciente à radiação. Para proteger o paciente contra os efeitos dessa exposição, o técnico em radiologia deve utilizar
A) colimação aberta para aumentar a área de interesse. B) técnicas com baixo KV e alto miliamperagem por segundo.
C) filtração de aproximadamente de 0,5 mm de alumínio, nos tubos de raios X. D) grandes escudos cobertos com 0,35 mm de chumbo.
A questão 52 deve ser anulada por não haver alternativa correta, pois na portaria Portaria SVS/MS n° 453, de 1 de junho de 1998, que estabelece as diretrizes básicas de proteção radiológica em radiodiagnóstico médico e odontológico, quando relacionada com filtração tem os seguintes tópicos:
4.13, c) Filtração total permanente do feixe útil de radiação de, no mínimo o equivalente a: 2,5 mm de alumínio, ou 0,03 mm de molibdênio para equipamentos de mamografia. 4.16 A absorção produzida pela mesa ou pelo porta-chassis vertical deve ser, no máximo, o equivalente a 1,2 mm de alumínio, a 100 kVp.
4.49 g) A camada semi-redutora para mamografia (filme/tela) deve estar entre os valores medidos de kVp/100 e kVp/100 + 0,1 mm equivalentes de alumínio. A camada semiredutora deve incluir a contribuição da filtração produzida pelo dispositivo de compressão.
5.7 I
(i) equipamentos com tensão de tubo inferior ou igual a 70 kVp devem possuir uma filtração total permanente não inferior ao equivalente a 1,5 mm de alumínio
(ii) equipamentos com tensão de tubo superior a 70 kVp devem possuir uma filtração total permanente não inferior ao equivalente a 2,5 mm de alumínio
Ou seja: em nenhum momento é citado 0,5 mm de alumínio como descrito na alternativa C.
Outro motivo que a questão 52 deve ser anulada é que nenhuma das alternativas referem-se ao código de ética. O código de Ética Profissional enuncia os fundamentos éticos e as condutas necessárias a boa e honesta praticas das profissões do Tecnólogo, Técnico e Auxiliar de Radiologia e relaciona direitos e deveres correlatos de seus profissionais inscritos no sistema CONTER/CRTRs e das pessoas jurídicas correlatas. A alternativa proposta para resposta está associada à Portaria SVS/MS n° 453, de 1 de junho de 1998 que é o Regulamento Técnico que estabelece as diretrizes básicas de proteção radiológica em radiodiagnóstico médico e odontológico, dispõe sobre o uso dos raios-x diagnósticos em todo território nacional e dá outras providências.
Por não existir nenhuma alternativa relacionada ao código de ética, a questão 52 deve ser anulada.
53. No exame radiológico da patela, vários métodos são utilizados para as incidências tangenciais (axial ou nascente). O método que utiliza o raio central de 30° caudal em relação ao fêmur denomina-se
A) Homblad. C) Settegast.
B) Hughton. D) Merchant.
GABARITO :D
Incidências tangenciais (axial ou sunrise/skyline): patela
Método bilateral de merchant: Angule caudalmente o RC, 30° do plano horizontal (RC 30° para os fêmures). Ajuste o ângulo do RC, se necessário, para uma incidência tangencial verdadeira dos espaços articulares femoropatelares. (BONTRAGER; LAMPIGNANO, 2015, p. 256)
54. A mandíbula é o maior osso facial móvel do crânio adulto. No exame radiográfico desse osso, o técnico utilizou a angulação do raio central de 20° a 25° sentido caudal, centralizado no acântio. A angulação do raio usada para realizar esse exame corresponde à incidência
A) submentovértice axial. C) lateral axial.
B) AP axial. D) PA axial opcional.
GABARITO :D
A incidência para mandíbula opcional PA axial exige os seguintes parâmetros: Angular ao raio central de 20° a 25° cefálicos, centrado para sair no acanto. (BONTRAGER; LAMPIGNANO, 2015, p. 429). Como o enunciado cita 20° a 25° sentido caudal, não existe alternativa correta. Por não existir existir nenhuma alternativa correta a questão 54 deve ser cancelada.
55. O exame de clister opaco é utilizado para avaliar o intestino grosso e seus componentes. O procedimento requer que a sonda no clister seja inserida na região anal do paciente. Para a introdução dessa sonda, o paciente deve estar acomodado na posição de A) Sim. B) Fowler. C) Litotomia. D) Trendelenburg.
GABARITO :A
A questão 55 não apresenta opção de resposta correta. O termo utilizado na alternativa “A”, não corresponde ao enunciado pois a nomenclatura correta é posição Sims e não posição de Sim. Posição de Sims (semiprona)
Uma posição recumbente oblíqua, em que o paciente deita com o lado anterior esquerdo do corpo, o joelho direito flexionado e o braço esquerdo estendido para trás das costas. Uma posição de Sims modificada, utilizada para se realizar a inserção do tubo retal em um enema de bário. (BONTRAGER; LAMPIGNANO, 2015, p. 19)
Assim sendo, a questão 55 deve ser anulada por não apresentar opção de resposta correta.
56. O técnico em radiologia recebe uma solicitação para realizar uma tomografia computadorizada. A Portaria nº 453 da ANVISA dispõe sobre os equipamentos a serem utilizados na realização desse exame. De acordo com essa portaria,
A) os tomógrafos devem ter dispositivo que permita o operador interromper, a qualquer instante, a varredura maior que 0,5 segundo.
B) os técnicos ficam desobrigados de operacionalizar os fantomas para calibração do equipamento.
C) os técnicos devem utilizar os tomógrafos computadorizados de primeira e segunda geração.
D) os tomógrafos devem apresentar meios que permitam a determinação visual ou de qualquer plano de referência.
A alternativa “A” está correta de acordo com: Portaria SVS/MS n° 453, de 1 de junho de 1998
4.21 Todo equipamento de tomografia computadorizada, CT, deve possuir, além dos requisitos aplicáveis do item 4.13:
b) Dispositivo que permita ao operador interromper, a qualquer instante, qualquer varredura de duração maior que 0,5 s.
A alternativa “D” está correta de acordo com: Portaria SVS/MS n° 453, de 1 de junho de 1998
4.21 Todo equipamento de tomografia computadorizada, CT, deve possuir, além dos requisitos aplicáveis do item 4.13:
Meios que permitam a determinação visual do plano de referência.
Nestas condições a questão 56 deve ser anulada por apresentar 2 alternativas corretas.
57. De acordo com Portaria nº 453 da ANVISA, o técnico em radiologia deve ajustar o equipamento, a fim de produzir uma dose mínima de radiação para o paciente. Tendo como base o que determina essa portaria, em relação aos procedimentos de trabalho, o critério correto a ser utilizado pelo técnico é
A) realizar exames contrastados do aparelho digestivo com qualquer equipamento de raios X . B) realizar radiografia de tórax Df°fi menor 100 cm, exceto no leito.
C) limitar o feixe útil à maior área possível, em relação aos objetivos radiológicos. D) realizar apenas exposições que tenham sido autorizadas por um médico, no serviço. GABARITO :D
Portaria SVS/MS n° 453, de 1 de junho de 1998
4.28 O técnico deve realizar apenas exposições que tenham sido autorizadas por um médico do serviço.
58. Várias incidências são utilizadas no exame da mamografia, que é um dos métodos de diagnóstico do câncer de mama em homens e mulheres. A incidência que possui o raio central entrando na mama medialmente perpendicular ao músculo peitoral e com angulação do raio central de 45° é
A) crânio caudal. C) médio lateral. B) oblíqua média lateral. D) eklund. GABARITO :B
A incidência mediolateral oblíqua não se restringe ao ângulo de 45º, como descrito no enunciado. Esse ângulo pode ser corretamente determinado pelo tecnólogo usando a palma estendida ao longo da face lateral da mama e levantando um pouco do corpo e igualando o ângulo da palma. descrito em BONTRAGER; LAMPIGNANO, 2015, p. 762. Onde essa angulação pode variar de 40º - 70º conforme BONTRAGER; LAMPIGNANO, 2015, p. 762, figura 20-64.
59. Para realizar o exame radiográfico de rotina dos seios da face, o paciente deve ser preferencialmente acomodado nas posições de
A) semi-ortóstase e decúbito ventral. B) decúbito dorsal e ortostáse. C) ortóstase e semi-ortóstase. D) decúbito ventral e ortóstase. GABARITO :C
Conforme BOISSON, Luiz Fernando. Técnica radiológica médica. São Paulo: Atheneu Rio, 2007,
p. 333,334. Para o estudo radiográfico dos seios da face, a incidência fronto-naso exige que o
paciente em posição ortostática, sentado ou em decúbito ventral, com o seu plano mediano sagital
coincidindo com a linha central da mesa. Assim podem estar corretas as alternativas “A”, “C"e
“D”.
Não foi excluída, no enunciado, a possibilidade do exame radiográfico se tratar de um paciente com
limitações, e o BONTRAGER, Kenneth L.; LAMPIGNANO, John P. Tratado de posicionamento
radiográfico e anatomia associada. Elsevier Brasil, 2015, p. 436. Afirma que se o paciente for
incapaz de ser colocado na posição vertical, a imagem pode ser obtida com a utilização de um raio
horizontal, semelhante ao do traumatismo nos ossos faciais laterais, como descrito na página 594 o
posicionamento com o paciente em decúbito dorsal e um feixe horizontal (essencial para a
visualização de níveis hidroaéreos intracranianos) é direcionado perpendicularmente ao RI. Assim
podem estar corretas as alternativas “B” e “C”.
Foi descrito por LEAL, Robson. Posicionamentos e Imaginologia. São Paulo: Corpus, 2007. nas
páginas 202 e 204 que as incidências de seios da face devem ser realizadas com o paciente em
decúbito ventral. Assim podem estar corretas as alternativas “A” e “D”.
O edital não determinou qual seria a literatura de referência e devido às possibilidades de várias
alternativas estarem corretas a questão 59 deverá ser anulada.
60. A cintura escapular, que possui várias estruturas anatômicas, tem a função de conectar os membros superiores ao esqueleto axial. No exame radiográfico da escápula, quando se utiliza a incidência lateral Y, a estrutura anatômica que está sendo avaliada é
A) o corpo da escápula. B) a fossa da escápula.
C) o ângulo superior da escápula.
D) a fossa supra-espinhosa da escápula. GABARITO :A
Incidência Lateral
Esta incidência em “Y” da escápula é realizada com o paciente em uma posição oblíqua anterior e com o tronco superior rodado até que a escápula se dissocie dos arcos costais em uma incidência lateral verdadeira. Nesta vista lateral, a escápula apresenta o formato de um “Y”, em que o
acrômio e o processo coracoide formam as pernas superiores do “Y”, e o corpo, a perna inferior. A posição do “Y” escapular recebe este nome por causa de seu formato.
As partes identificadas observadas são:
Acrômio, Processo coracoide, Ângulo inferior, Espinha da escápula e o Corpo da escápula (BONTRAGER; LAMPIGNANO, 2015, p. 177)
REFERÊNCIAS COMPLETAS
BONTRAGER, Kenneth L.; LAMPIGNANO, John P. Tratado de posicionamento radiográfico e anatomia associada. Elsevier Brasil, 2015.
BIASOLI JR, Antônio. Técnicas Radiográficas: Princípios Físicos, Anatomia Básica, Posicionamento, Radiologia Digital, Tomografia Computadorizada. Editora Rubio, 2015. BOISSON, Luiz Fernando. Técnica radiológica médica. São Paulo: Atheneu Rio, 2007.
