RELATÓRIO DE INTELIGÊNCIA MULTISSETORIAL

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RELATÓRIO DE INTELIGÊNCIA

ANO 2020

MULTISSETORIAL

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL, BIG DATA, INTERNET DAS COISAS E BLOCKCHAIN:

COMO VÃO AFETAR OS NEGÓCIOS PARA AS MPE?

Segundo a Lei de Moore, a capacidade de processamento dos computadores dobra a cada 18 meses, o que permite computadores cada vez mais potentes, aplicações cada vez mais complexas e dispositivos cada vez menores. Um celular básico, pesando 150 gramas, tem mais capacidade de processamento que alguns mainframes da década de 1990. Esse detalhe é fundamental para a revolução digital que o mundo experimenta nas últimas décadas.

Naqueles tempos, uma rede de computadores era assunto para especialistas; não existiam, tal como conhecemos hoje, a internet, o e-mail, o wi-fi e nem serviço de dados em telefonia celular. Hoje, são necessidades básicas como

eletricidade e água. Processadores cada vez menores

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL Capacidade de os computadores fazerem BIG DATA Possibilidade de armazenar e processar INTERNET DAS COISAS Conecta dispositivos como geladeiras BLOCKCHAIN Novo conceito de que permitiu a criação das

Entre as novidades recentes, com aplicações diretas na rotina empresarial, inclusive dos pequenos negócios, estão:

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Inteligência Artificial

As tecnologias 4.0, quando aplicadas ao universo da indústria, são geralmente divididas em grupos interconectados:

n infraestrutura n equipamentos

n suporte ao chão de fábrica

n digitalização de produtos e do ambiente de produção n dados, inteligência e predição

Evidentemente, as aplicações das tecnologias 4.0 vão muito além do ambiente industrial das empresas, e estão invadindo os setores de comércio, serviços, construção civil e também o setor público e governos (“e-gov”). Ainda distante dos conceitos do filme “Inteligência Artificial”, de Steven Spielberg, as aplicações da IA de hoje são bem mais pragmáticas, e nem por isso menos surpreendentes. O desenvolvimento de novas soluções para as “empresas clientes” depende da capacidade de conciliação entre ambas.

Fontes: GAEA – Tendências da tecnologia; Trans. Digital – Novos modelos de negócio; Sales Force – Conceitos de IA; SEBRAE – Big Data; SEBRAE – IA; SEBRAE – IoT (artigo); SIS – IoT (relatório

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL, BIG DATA, IOT E BLOKCHAIN

IMPACTO DAS MUDANÇAS PARA AS EMPRESAS

Do mesmo modo que hotéis e restaurantes precisaram criar infraestrutura para oferecer boa conexão wi-fi a seus clientes, grandes empresas passaram a utilizar as redes sociais como ferramenta de recrutamento e seleção. E até mesmo a emissão de uma nota fiscal, hoje, depende de uma conexão à internet.

Em uma década, possivelmente, essas mesmas empresas irão depender de tecnologias como Inteligência Artificial e Big Data tanto quanto hoje já dependem dos computadores, da internet, assim como indústrias dependem de sistemas CAD/CAM. A grande questão já não é sobre a necessidade da mudança, mas quais tecnologias são de fato relevantes para o próprio negócio, o que priorizar e como.

Neste conteúdo serão abordadas as principais novidades no universo das tecnologias 4.0, seus conceitos técnicos, exemplos de aplicação prática em negócios, tendências de mercado e oportunidades para as micro e pequenas empresas.

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WATSON

Um exemplo é o produto da gigante multinacional IBM. O Watson é um sistema de Inteligência Artificial, não um simples software, de modo que um colaborador de uma empresa pode ensinar para ele como atuar em um determinado contexto ou segmento de negócio.

CHATBOTS (SOLUÇÕES AUTOMATIZADAS)

Cognitive, empresa do grupo argentino Apex

America, lançou o Lago, um assistente virtual (solução da família dos chatbots), especializado em experiência do consumidor, que funciona com uma combinação algorítmica de classificadores e redes neuronais que conseguem analisar a expressão do usuário de diferentes pontos de vista e com técnicas diferentes. A qualidade dos dados supera o volume de informação, e o Lago obtém 70% de assertividade, bem acima da média das soluções similares.

Importante: Os chatbots não deverão substituir o calor humano e a capacidade persuasiva de um

contato real com o cliente, mas são ferramentas que já têm transformado setores que utilizam muito os chamados call centers ou centrais de telemarketing.

BIG DATA

Em resumo, pode-se pensar que se trata do processamento e análise de um volume massivo de dados complexos, organizados (estruturados) ou não, provenientes de várias fontes simultâneas (dispositivos eletrônicos individuais como celulares e computadores, mas não limitado a eles).

O Big Data tem forte ligação com a Inteligência Artificial: quanto mais dados à disposição, maior a probabilidade de um computador obter informações necessárias para completar análises e tomar decisões. Cada vez mais informações e dados são

armazenados em dispositivos digitais ou nuvens. São deixados rastros digitais o tempo todo, os quais são úteis para melhorar a eficiência das empresas por revelarem tendências e padrões.

Exemplos:

n O cruzamento de dados geográficos e comportamento do cliente podem ser utilizados para melhorar os investimentos em propaganda do negócio.

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Conceito de Big Data

O conceito de Big Data são divididos em 5 aspectos, os chamados 5Vs: volume, variedade, velocidade, veracidade e valor.

VALOR

Benefício que justifica o uso da tecnologia Big Data

para que a combinação dos 4Vs anteriores tenha

utilidade para o usuário.

VERACIDADE

Confiabilidade desses dados, que necessita

de um processo computacional para tratar

sua consistência.

RECEBIMENTO DE DADOS DIGITAIS VINDOS DE SENSORES E/OU INDO

CONEXÃO COM UMA REDE FORA DO OBJETO.

CAPACIDADE DE PROCESSAR VOLUME

Quantidade de dados.

VELOCIDADE

Rapidez com que os dados precisam ser identificados (obter, salvar, atualizar)

em tempo hábil.

BIG

DATA

VARIEDADE As múltiplas fontes não estruturadas de informação (imagens, áudios, textos, localização).

Embora o volume de dados gerado digitalmente dobre a cada 2 anos, menos de 22% desse universo contém informação realmente útil, uma vez que existem dados estruturados (organizados) ou não estruturados. Uma vez estruturada, a informação pode ser encontrada, interpretada e utilizada de forma prática e assertiva.

A IoT, ou Internet das Coisas (internet of things, em inglês) é uma infraestrutura global que habilita serviços avançados por meio da interconexão entre coisas ou objetos (físicos e virtuais), com base nas tecnologias de comunicação e informação.

Essas conexões podem envolver objetos, como veículos e eletrodomésticos, os quais recebem poder para processar dados. Por isso, são considerados objetos ou coisas (things) inteligentes. Esta é a definição da Cartilha de Cidades, no estudo “Internet das Coisas: Um Plano de Ação para o Brasil”, financiado pelo BNDES. A cartilha sugere três pré-requisitos para a caracterização da IoT:

PARA ATUADORES

(por exemplo, sensor de temperatura na concretagem de lages).

DADOS DE FORMA AUTOMÁTICAS

(sem intervenção humana).

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Tendências importantes no âmbito da IoT, que devem ser acompanhadas por empresas brasileiras interessadas em inovar ou, no mínimo, manter seus mercados:

BLOCKCHAIN

O blockchain é uma rede que funciona com blocos encadeados que carregam um conteúdo junto a uma impressão digital. No caso do Bitcoin, esse conteúdo é uma transação financeira. A inovação (que muda tudo) é que o bloco posterior vai conter a impressão digital do anterior mais seu próprio conteúdo e, com essas duas informações, gerar uma impressão digital única.

Em suma, é uma rede de negócios segura, na qual os participantes transferem itens de valor (ativos), por meio de um ledger (livro-razão) comum, do qual cada participante

Inteligência Artificial Integrada

Aplicada a uma ampla gama de informações IoT, incluindo vídeo, imagens estáticas, fala, atividade

de tráfego de rede e dados de sensores.

Questões sociais, legais e éticas

Visto que à medida que a IoT amadurece e se torna amplamente adotada, uma enorme gama

de questões cresce em importância.

Monetização de dados

Coloca as informações como um ativo comercial estratégico a ser registrado nas contas da empresa. Até 2023, a compra e venda de dados

de IoT se tornarão parte essencial de muitos sistemas inteligentes e conectados.

Hardware e Sistema operacional mais confiáveis

Para que as empresas tenham mais controle sobre a origem e a natureza dos programas e equipamentos que estão sendo utilizados nas

iniciativas IoT.

Governança de IoT

Com a contínua expansão da Internet das Coisas, há necessidade de uma estrutura de governança.

Inovação dos Sensores de forma disruptiva até 2023

Novos sensores permitirão que uma gama ainda mais abrangente de situações e eventos sejam

detectados.

Nova experiência de usuário para IoT

(impulsionada por quatro fatores)

Novos sensores, novos algoritmos, novas

arquiteturas de experiência e contexto e novas experiências sociais detectáveis.

Inovação do chip de silício

Até 2023 é esperado que novas gerações de chips possam reduzir o consumo de energia necessário para executar uma DNN (rede neural

profunda), o que suportará a inclusão de novos recursos, como reconhecimento de fala em dispositivos de baixo custo e movidos a bateria.

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O NOVO DEPENDE DAS PESSOAS E DA CAPACIDADE DE ENCONTRAR MELHORES SOLUÇÕES

INOVAR

PRESSUPÕE:

þ

experimentar;

þ

assumir riscos;

þ

geralmente errar mais que acertar;

þ

arcar com os custos das tentativas;

þ

transformar cada fracasso em aprendizado e feedback.

COMENTÁRIOS E ENTREVISTAS COM ESPECIALISTAS

Visando melhorar a assertividade das suas operações, empresas consolidadas estão adotando soluções com foco em Big Data e Inteligência Artificial para otimizar as operações de cobranças aos clientes.

Gabriel Camargo, sócio fundador da Deep Center

A UTILIZAÇÃO DA TECNOLOGIA BIG DATA É FUNDAMENTAL PARA O GANHO DE PRODUTIVIDADE

Desenvolvida pela Deep Center, empresa especializada em soluções Big Data, Inteligência Artificial e Machine learning, a plataforma permite que as empresas aumentem a eficiência dos seus departamentos de cobrança, reduzindo custos e aumentando os ganhos.

O software da Deep Center, chamado Discovery, coleta os dados de diversas naturezas, de forma que as empresas possam se conectar com as fontes de cobranças e acessar informações da operação em tempo real. Com a plataforma

Discovery, da Deep Center, as empresas têm acesso a uma

análise de dados preditiva.

Permite aos gestores tomar decisões que auxiliem na correção de rumos.

A solução permite coletar, limpar, normalizar e integrar dados estruturados ou não estruturados em uma fábrica de Big Data, independentemente de sua diversidade e da quantidade de fontes e assessorias conectadas. Empresas como os bancos Pan, Votorantim e Omni, a Via Varejo, DXC e a CSU adotaram recentemente a tecnologia.

Urbano Vitalino Advogados

e o software Watson da IBM

APOSTOU NA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL PARA GANHAR EFICIÊNCIA O escritório adquiriu o sistema

Watson para buscar processos

judiciais, ler, interpretá-los, e oferecer soluções jurídicas que auxiliem os advogados principalmente no contencioso de massa.

Embora o sistema possa atuar em qualquer área do escritório, Urbano decidiu usá-lo nas áreas de maior volume e repetição, como a trabalhista.

Segundo o sócio, a adoção do

Watson propiciou nível de acertos

de 95%, contra os 80% de um ser humano.

A empresa espera ter um ganho de produtividade entre 30% e 40% reduzindo o custo com pessoal. Em meio a tantas novidades e em ritmo acelerado, o empreendedor

deve ter cuidados. Um deles é entender que inovação é diferente de invenção. Enquanto invenção é a descoberta de algo novo, inovação está mais ligada ao ato de fazer algo diferente e está diretamente relacionada à sua aplicação comercial e impacto na sociedade. Um grande desafio para empreendedores de pequenos negócios é identificar, em sua área de atuação, como causar impacto no mercado utilizando as novas ferramentas existentes. Para isso, é preciso que os pequenos negócios ofereçam um ambiente interno propício à inovação.

A equipe interna precisa ter coragem de propor soluções e os sócios, no comando, devem liderar esse movimento, que deve estar alinhado à visão estratégica do negócio.

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Gerência de Conhecimento e Competitividade Gerente: Cezar Kirszenblatt

Gestora do Programa Sebrae Inteligência Setorial: Mara Godoy Analista de Inteligência Setorial e Temática: Mara Godoy Articulação e Disseminação Empresarial: Mara Godoy Conteudista: Bernardo Medina

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