PROCESSOS
QUÍMICOS
Processo Químico
Definição
É um conjunto de ações executadas em
etapas,
que
envolvem
modificações
da
composição química, que geralmente
são
acompanhadas de certas modificações físicas
ou de outra natureza, no material ou materiais
que é (são) ponto de partida (matérias primas)
para se obter o produto ou os produtos finais
(ou acabados).
Processo Químico
Etapas do Processo Químico
1 - Transformação dos reagentes em
produtos, no reator químico. Envolvem as
conversões químicas ou processos unitários
(POU).
2 – Preparação da matéria – prima.
3 – Separação e Purificação do
produto de interesse.
Envolvem as Operações Unitárias (OPU).Operações Unitárias (OPU)
Cada etapa dentro do processo que tem princípios
fundamentais independentes da substância (ou
substâncias), que está sendo operada e de outras características do sistema.
O engenheiro A. D. Little (1915) apresenta um conceito interessante para as operações unitárias: “Qualquer
processo químico, em qualquer escala, pode ser
decomposto numa série estruturada do que se podem
denominar, operações unitárias, como moagem,
homogeneização, aquecimento, calcinação, absorção, condensação, lixiviação, cristalização, filtração, dissolução, eletrólise, etc.”
São as etapas básicas de um processo.
Classificação
De acordo com o tipo de operação envolvida:
Operações Mecânicas
Operações com Transferência de Calor
Operações Mecânicas
1. – Operações envolvendo sólidos granulares A.– Fragmentação de sólidos; B.– Transporte de sólidos; C.– Mistura de sólidos; D.– Separação de Sólidos – Peneiramento 2. - Operações com sistemas sólido-fluido
A– Sólido de líquidos; - Decantação - Flotação (borbulhamento de ar) - Floculação (sulfato de alumínio – aglutinação – flocos) - Separação centrífuga - Filtração B– Sólidos de gases
- Centrifugação (para gases - ciclones) - Filtração (para gases - filtros manga) C– Líquidos de líquidos
- Decantação - Centrifugação
3. - Operações envolvendo sistemas fluidos
A.– Bombeamento de líquidos;
B.– Mistura e agitação de líquidos;
Operações de Transferência
de Calor
Aquecimento e Resfriamento de fluidos
Evaporação e Cristalização
Secagem
Operações de Transferência
de Massa
Destilação
Extração líquido-líquido
Absorção de Gases
Operações envolvendo
Sólidos Granulares
Operações Mecânicas
Fragmentação
Fragmentação de Sólidos Granulares
Operação
que
promove
a
redução
das
partículas de um sólido, utilizando, para isso,
meios adequados à natureza da substância
que se pretende dividir.
Finalidades:
Importância na área Farmacêutica
A maioria dos produtos farmacêuticos precisam ser moídos em algum estágio da produção de um medicamento.
Importância na área Farmacêutica
Só substâncias com uma dada granulometria podem ser usadas na fabricação de medicamentos, como por exemplo: antibióticos, talco, gesso, etc.
Tamanho das partículas usadas no aerossóis de inalação determina a posição e retenção das partículas no sistema bronco pulmonar.
Importância na área Farmacêutica
O aumento da área superficial afeta a eficiência terapêutica do medicamento devido ao aumento da área de contato entre o sólido e o líquido solvente.
Importância na área Farmacêutica
Obtenção misturas homogêneas
Fatores que influenciam a seleção de
Tipos de Moinhos
Micronização
Micronização
Transporte
Mistura
Mistura de Sólidos
Aspectos críticos - Mistura
Peneiramento ou
Tamisação
Peneiramento ou Tamisação
Porque medir o tamanho das partículas
Parâmetros que influenciam o Peneiramento
Tipos de Peneiras
Operações com
Sistemas Sólido - Fluido
Filtração
Retenção de partículas presentes em um fluido
pela passagem do mesmo através de um
material fibroso ou granular.
Objetivos:
Remoção de partículas sólidas indesejadas
presentes em líquidos ou gases.
Recuperação de um produto sólido (por
exemplo, após recristalização).
Filtração
Filtros
Aplicações na Indústria Farmacêutica
Membranas Filtrantes
Os fatores mais
importantes para
a seleção de um
filtro são:
a) resistência específica do meio poroso de filtração; b) a quantidade de suspensão a ser filtrada; c) a concentração de sólidos na suspensão; d) a facilidade de descarregar a torta formada no processo de filtração. 42Seleção do Filtro
Questões
pertinentes
à Seleção
do Filtro
Tipos de Filtros
Filtro de Leito Poroso
A alimentação é bombeada à prensa e flui pelas armações.
A filtração prossegue até o espaço interno da armação esteja completamente preenchida com sólidos.
Os sólidos acumulam-se como“torta” dentro da armação. O filtrado flui entre o filtro de tecido e a placa pelos canais de passagem e sai pela parte inferior de cada placa.
Nesse momento a armação e as placas são separadas e a torta retirada. Depois o filtro é remontado e o ciclo se repete.
Filtro de tecido Placa Marco Torta Alimentação Filtrado 46
Filtro Prensa
Aplicações
Filtro-Prensa
Filtro de “Folhas”
Filtros de Disco
Filtro de Tambor a Vácuo, Rotativo e
Contínuo Fluido
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Na
osmose,
coloca-se
uma
membrana
semipermeável e de um lado temos o solvente
(água) e de outro um soluto.
Ocorre
um
transporte
espontâneo
de
um
solvente para um soluto; onde o solvente flui
para o soluto sob a pressão exercida pelo soluto
conhecida como
pressão osmótica, na qual
ocorre o
equilíbrio quando o potencial
químico se iguala.
Osmose
Reverter o fluxo da solução para o solvente é chamado de OSMOSE REVERSA.
Neste processo a membrana impede a passagem de
partículas de soluto de baixo peso molecular, ou seja
aquele soluto que difundiu em um solvente por osmose. Na osmose reversa a pressão diferencial reversa é colocada de forma que causa o fluxo de solvente inverso, como em um processo de dessalinização da água do mar.
53
Aplicações da Filtração do Ar na
Indústria Farmacêutica
Filtros para Ar
Filtros
ULPA
Centrifugação
Operações envolvendo
Sistemas Fluidos
Operações Mecânicas
Bombeamento
Bombas
Mistura e Agitação
de Líquidos
Seleção do Tipo de Misturador:
Viscosidade: Medida da resistência ao escoamento
Miscibilidade: mistura de líquidos miscíveis ou imiscíveisemulsificação.
Relação entre asDensidades
Equipamentos:
Descontínuos (batelada) – usual na indústria farmacêutica.
Os equipamentos descontínuos são constituídos basicamente de: tanque e fonte de energia cinética(para a mistura ocorrer rapidamente)
Mistura
Misturadores Planetários
Operações envolvendo Sistemas Fluidos
Aquecimento de
Fluidos
Operações de Transferência de Calor
Sistemas de Aquecimento na
Indústria Farmacêutica
Tipos de Calor
Calor Seco: ar quente, chama (flambagem), radiação IV. Calor Úmido: Vapor, água quente (banho-maria).
Calor Úmido
Calor Seco
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Radiação
Infravermelha
IV
Tempo aquecimento em
Estufa convencional x Estufa por IV
Aquecimento por Calor Seco
Resfriamento
de Fluidos
Operações de Transferência de Calor
Refrigeração
É o abaixamento da temperatura de um produto visando manter a qualidade pela diminuição das velocidades de deterioração que possam ocorrer no mesmo. Não ocorre mudança de fase da água do produto.
Método de conservação de curto período, porque retarda: Crescimento de microrganismos
Atividades metabólicas de tecidos vegetais intactos e de tecidos animais.
Reações químicas deteriorativas, incluindo escurecimento oxidativo catalisado por enzimas, oxidação de lipídeos e alterações da cor, autólise de produtos animais e perda dos princípios ativos de medicamentos em geral. Perda de umidade.
Instalações
Frigoríficas
Fluido
Refrigerante
É a substância o que troca calor com o meio que vai ser refrigerado.Propriedades de alguns Refrigerantes
Congelamento
Para que um produto congele há formação de gelo e para isso são necessárias temperaturas muito baixas, normalmente abaixo de– 18C.
Quando o produto é congelado, além da temperatura muito baixa prejudicar os microrganismos, a formação do gelo diminui a quantidade de água do produto que poderia ser utilizada para o crescimento dos microrganismos, fazendo com que possa ser conservado por longos períodos de tempo, meses e até anos.
É um processo relativamente caro, porque depois de congelado o produto deve ser mantido a baixas temperaturas até o momento de seu consumo.
Enquanto a água pura congela a 0C, os pontos de congelamento das matérias-primas e medicamentos dependem das quantidades de solutos dissolvidas na sua água de constituição.
Tipos de Congelamento
Congelamento
Criogênico
Secagem
Operações de Transferência de Calor
Secagem
Aplicações
na Área
Farmacêutica
Métodos de Secagem
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Estufas de Secagem
Secadores
de Túnel
Secadores de Correia Transportadora
Secador de Esteira a Vácuo
Secador de
Cilindros,
Rolos ou de
Tambor
Aplicações na Indústria Farmacêutica
Secadores por Atomização, Pulverização
ou Aspersão (Spray Driers)
Etapas Secagem por Atomização
Secagem por Atomização
Et
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Li
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Funcionamento
do Liofilizador
Vantagens
Desvantagens
Aplicações
Secagem por Evaporadores
Interesse somente na fase sólida, sendo a fase liquida então desprezada. Para produzir cloreto de sódio (sal) a partir da água do mar.
Equipamentos industriais para evaporação nada mais são do que recipientes que concentram uma solução pela evaporação do solvente.
Destilação
Operações de
Transferência de
Massa
Destilação
Fracionamento do petróleo Fracionamento dos gases do ar (O2, CO2, H2,He,etc.)
Concentração do álcool
Purificação de compostos químicos
Extração Líquido - Líquido
Adsorção
É a adesão de moléculas de um fluido (o adsorvido) a uma superfície sólida (o adsorvente)
Depende:
Temperatura,
Pressão
Área superficial
Processos Unitários - POU
(Conversão Química)
Transformação de uma substância em outra por meio de uma reação química
Neutralização
Halogenação
Tipos de Processos
Processos em batelada: aalimentação é carregada no
sistema no começo do
processo, e os produtos são retirados todos juntos depois de
algum tempo. Não existe
transferência de massa através do sistema entre o momento da carga da alimentação e o
momento da retirada dos
produtos.
Processos contínuos: as
entradas e saídas fluem
continuamente ao longo do tempo total de duração do processo.
Processos em semibatelada (ou semicontínuo): qualquer processo que não é nem contínuo, nem em batelada.
Tipos de Processos
FLUXOGRAMAS
(FLOW-SHEET)
Sequência coordenada das conversões químicas e
das
operações
unitárias,
expondo
os
aspectos
básicos do processo químico.
Indica pontos de entrada de matérias-primas e de
utilidades e os pontos de retirada dos produtos e
subprodutos.
Podem ser simples, na forma de diagramas de
blocos ou detalhados.
a) Fluxogramas de blocos
(block flow diagrams – BFD)
São úteis na conceitualização de um processo ou de um número de processos em um
grande complexo. Pouca
informação sobre as
correntes é fornecida, mas uma clara visão geral do processo é apresentada.
Fluxograma de Blocos
Fluxograma do processo
(process flow diagram – PFD)
Contém toda informação necessária para os balanços material e energético completos no processo. Adicionalmente, informações importantes tais como a pressão das correntes, tamanhos de equipamentos e principais controles são incluídos.
Fluxograma do processo
(process flow diagram – PFD)
Um fluxograma de processo inclui:• tubulação do sistema
• símbolos dos principais equipamentos, nomes e números de identificação
• Controles e válvulas que afetam a operação do sistema • interconexões com outros sistemas
• principais rotas de by-pass e recirculação • taxas do sistemas e valores operacionais como
temperatura e pressão para fluxos mínimo, normal e máximo
• composição dos fluidos.
Fluxograma do processo
(process flow diagram – PFD)
c) Fluxogramas de tubulação e instrumentação
(pipping and instrumentation diagram – P&ID):
Contém toda informação do processo necessária para a construção da planta. Estes dados incluem tamanho dos tubos (dimensionamento da tubulação e localização de toda instrumentação para ambas as correntes de processo e de utilidades).
Um FTI deve incluir: • Instrumentação e designações
• Equipamentos mecânicos com nomes e números • Todas as válvulas e suas identificações • Processo de tubulação, tamanhos e identificação
• Micelânea: ventilação, drenagem, amostragem, redutores, aumentadores • Permanent start-up and flush lines
• Direção dos fluxos e referencias das interconexões • Controles de inputs, outputs e intertravamento • Nível de qualidade
• Sistemas de controle computadorizados
• Identificação dos componentes e subsistemas entregues por outros • Seqüencia física dos equipamentos