CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
LUÍSA BECKER CONCEIÇÃO
ESTUDO DE INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS DA CASAN EM
RELAÇÃO AS EMPRESAS REGISTRADAS NA BM&F BOVESPA NO SUBSETOR
ÁGUA E SANEAMENTO DOS ANOS DE 2010 À 2016
Florianópolis
2017
LUÍSA BECKER CONCEIÇÃO
ESTUDO DE INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS DA CASAN EM
RELAÇÃO AS EMPRESAS REGISTRADAS NA BM&F BOVESPA NO SUBSETOR
ÁGUA E SANEAMENTO DOS ANOS DE 2010 À 2016
Monografia apresentada à Universidade
Federal de Santa Catarina como um dos
pré-requisitos para a obtenção do grau de
Bacharel em Ciências Contábeis.
Orientador: Prof. Dra. Fabricia Silva da
Rosa
Florianópolis
2017
LUÍSA BECKER CONCEIÇÃO
Esta monografia foi julgada adequada para a obtenção do grau de Bacharel em
Ciências Contábeis, e aprovada em sua forma final pelo Curso de Ciências
Contábeis da Universidade Federal de Santa Catarina.
Prof. Dr. Marcelo Haendchen Dutra
Coordenador de TCC do Departamento de Ciências Contábeis
Professor que compuseram a banca examinadora:
__________________________________________
Profa. Dra. Fabricia Silva da Rosa
Orientadora
__________________________________________
Prof. Dr. Roque Brinckmann
Membro
__________________________________________
Prof. Msc. Marcelo Machado de Freitas
Minha família, meus pais, pelo apoio e carinho durante todos os momentos, estando
sempre ao meu lado, me fazendo continuar e acreditar que tudo é possível se nós
nos dedicarmos e corrermos atrás.
Meus professores, principalmente a Profa. Dra. Fabricia Silva Da Rosa, pela
dedicação e acompanhamento durante todo o desenvolvimento do presente
trabalho; Ao Prof. Dr. Orion Augusto Platt Neto, pelos ensinamentos na disciplina de
Análise Das Demonstrações Contábeis e a disponibilidade em sugestões ao
presente trabalho.
Meus colegas, que estiveram ao meu lado durante tida a graduação e ajudaram a
torná-la inesquecível.
"Você pode sonhar, criar, desenhar e construir o lugar mais maravilhoso do mundo.
Mas é necessário ter pessoas para transformar seu sonho em realidade."
CONCEIÇÃO, Luísa Becker. Estudo De Indicadores Econômico-Financeiros Da
CASAN Em Relação As Demais Empresas Registradas na BM&F BOVESPA Do
Subsetor De Água E Saneamento Dos Anos De 2010 Á 2016. 2016. 125 f. TCC
(Graduação) - Curso de Ciências Contábeis, Centro Socioeconômico, Universidade
Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2016.
Orientadora: Fabricia Silva da Rosa
O presente trabalho tem como objetivo analisar a situação econômico-financeira do
setor de empresas do subsetor de água e saneamento. A referida pesquisa, tem
abordagem quantitativa e a classificação de seus objetivos como descritivos,
utilizando-se do estudo de caso como procedimento técnico para a realização da
mesma. A estruturação da pesquisa deu-se pelo estudo bibliográfico, juntamente
com a coleta de dados no sítio eletrônico da BM&F BOVESPA, possibilitando as
análises vertical e horizontal do balanço patrimonial e análise através do cálculo de
índices de desempenho econômico e financeiro. Os resultados revelam que a
companhia está em constante crescimento, mesmo registrando alguns valores
abaixo do esperado nos anos de 2013 e 2015 devido a empréstimos e
financiamentos captados e a crise que afetou o setor em 2015. Ao ser comparada as
demais apresenta-se dentro da média esperada do subsetor..
LISTA DE QUADROS
Quadro 1
Indicadores Utilizados
20
Quadro 2
Dados Coletados
22
Quadro 3
Fórmulas Para Cálculo Dos Índices
22
LISTA DE TABELAS
Tabela 1
Cálculo Do Indicador Rentabilidade Do Ativo
34
Tabela 2
Cálculo Do Indicador Rentabilidade Do Patrimônio Líquido
35
Tabela 3
Cálculo Do Indicador Giro Do Ativo
36
Tabela 4
Cálculo Do Indicador Composição Do Endividamento
38
Tabela 5
Cálculo Do Indicador Grau De Endividamento Global
40
Tabela 6
Cálculo Do Indicador Participação No Capital De Terceiros
41
Tabela 7
Cálculo Do Indicador Margem Líquida
42
Tabela 8
Cálculo Do Indicador Liquidez Corrente
44
Tabela 9
Cálculo Do Indicador Liquidez Seca
46
Tabela 10
Cálculo Do Indicador Liquidez Imediata
48
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1
Análise Da Rentabilidade Do Ativo
34
Gráfico 2
Análise Da Rentabilidade Do Patrimônio Líquido
35
Gráfico 3
Análise Do Giro Do Ativo
36
Gráfico 4
Análise Da Composição Do Endividamento
37
Gráfico 5
Análise Do Grau De Endividamento Global
39
Gráfico 6
Análise Da Participação No Capital De Terceiros
41
Gráfico 7
Análise Da Margem Líquida
43
Gráfico 8
Análise Da Liquidez Corrente
45
Gráfico 9
Análise Da Liquidez Seca
46
Gráfico 10
Análise Da Liquidez Imediata
49
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
BM&F BOVESPA Bolsa De Valores De São Paulo
BP
Balanço Patrimonial
CASAN
Cia. Catarinense De Água E Saneamento
CE
Composição Do Endividamento
CCN
Ciências Contábeis
CCL
Capital Circulante Líquido
CELESC
Centrais Elétricas De Santa Catarina
COPASA
Cia. De Saneamento De Minas Gerais - COPASA MG
CVM
Comissão de Valores Mobiliários
DCS
Demonstrações Contábeis
DLPA
Demonstração De Lucros E Prejuízos Acumulados
DMPL
Demonstração Das Mutações Do Patrimônio Líquido
DRE
Demonstração Dos Resultados Do Exercício
GEG
Grau De Endividamento Global
LC
Liquidez Corrente
LG
Liquidez Geral
LI
Liquidez Imediata
LS
Liquidez Seca
ML
Margem Líquida
PCT
Participação Do Capital De Terceiros
RA
Rentabilidade Do Ativo
ROI
Return Over Investment
RSI
Retorno Sobre Investimento
RPL
Rentabilidade Do Patrimônio Líquido
SABESP
Cia. De Saneamento Básico Do Estado De São Paulo
SANEPAR
Cia. De Saneamento Do Paraná
SANESALTO
SANESALTO - Saneamento S.A.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ... 14
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLEMA ... 15
1.2 OBJETIVOS ... 16
1.2.1 Objetivo Geral ... 16
1.2.2 Objetivo Específico ... 16
1.3 JUSTIFICATIVA ... 16
1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO ... 17
2 METODOLOGIA ... 18
2.1 Enquadramento Metodológico ... 18
2.2 Coleta De Dados ... 19
3 REFERENCIAL TEÓRICO ... 22
3.1 BALANÇO PATRIMONIAL ... 22
3.2 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO ... 24
3.3 ANÁLISE DE INDICADORES ... 25
3.3.1 Rentabilidade ... 26
3.3.1.1
Rentabilidade do Ativo...
...26
3.3.1.2
Rentabilidade do Patrimônio Líquido...
...27
3.3.1.3 Giro do ativo...27
3.3.2 Endividamento... 28
3.3.2.1.
Composição do Endividamento...
...28
3.3.2.2
Grau de Endividamento Global...
...29
3.3.2.3
Participação de Capital de Terceiros...
..29
3.3.3 Liquidez ... 29
3.3.3.1 Margem Líquida...30
3.3.3.2 Liquidez Corrente...30
3.3.3.3 Liquidez Seca...30
3.3.3.4 Liquidez Imediata...31
3.3.3.5 Liquidez Geral...31
3.4 ESTUDOS ANTERIORES ... 32
4 ANÁLISE DOS RESULTADOS ... 34
4.1 RENTABILIDADE DO ATIVO ... 35
4.2 RENTABILIDADE DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO ... 36
4.3 GIRO DO ATIVO ... 37
4.4 COMPOSIÇÃO DO ENDIVIDAMENTO ... 38
4.5 GRAU DE ENDIVIDAMENTO GLOBAL ... 39
4.6 PARTICIPAÇÃO NO CAPITAL DE TERCEIROS ... 39
4.7 MARGEM LÍQUIDA ... 40
4.9 LIQUIDEZ SECA ... 44
4.10 LIQUIDEZ IMEDIATA ... 46
4.11 LIQUIDEZ GERAL ... 48
5 CONCLUSÃO ... 52
REFERÊNCIAS ... 54
APENDICES ... 56
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho proporciona o estudo dos demonstrativos contábeis das
empresas de capital aberto, que operam na BM&F Bovespa, que estejam operando
no subsetor de água e saneamento, com enfoque para a companhia catarinense de
água e saneamento. Por meio da análise sistemática completa dos índices, do
Balanço Patrimonial (BP) e da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE).
Neste trabalho serão analisados os demonstrativos dos últimos sete anos
encerrados, 2010 á 2016, da companhia catarinense de água e saneamento -
CASAN, cuja atividade principal é atuar como instituição integrante do sistema de
saneamento básico e de saúde do estado de Santa Catarina, através dos serviços
de captação, tratamento e distribuição de água e tratamento de esgoto, com relação
as demais empresas que atuam em seu mesmo subsetor de água e saneamento e
estão registradas na BM&F Bovespa.
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLEMA
O estudo e análise de balanços das companhias citadas anteriormente, visa a
compreensão e entendimento do seguinte problema: Qual a situação
econômico-financeira da CASAN em relação as empresas registradas na BM&F BOVESPA no
subsetor água e saneamento?
Para responder esta pergunta, o objetivo desta pesquisa consiste em analisar
a situação econômico-financeira da CASAN juntamente a de empresas do subsetor
de água e saneamento.
Para que se possa chegar a conclusões obtidas através dos dados e
informações da Companhia Catarinense de Água e Saneamento em relação as
demais companhias que atuam em seu subsetor e estão registradas na BM&F
Bovespa, tendo como base a analise de indicadores e análise de balanços
patrimoniais e demonstrativos de resultados referentes aos anos compreendidos
entre 2010 e 2016. Com a análise financeira é possível evidenciar o grau de liquidez
e a capacidade de solvência, além de indicar o desempenho financeiro da empresa.
Em base, as demonstrações contábeis buscam o confronto dos elementos
patrimoniais e operações realizadas pela companhia. Tais demonstrações servem
como base para diversos investidores no mercado de capitais, principalmente para
os seguidores da escola fundamentalista. Os dados e informações contidas nas
demonstrações contábeis são peças fundamentais no estudo das empresas,
expressando o desempenho atual e possibilitando previsões futuras sobre as
mesmas. Com isso, analisar as demonstrações tornou-se parte fundamental do
dia-a-dia de gestores, sendo atualizadas periodicamente.
Os índices econômicos permitem a interpretação da riqueza gerada em um
determinado período, além das variações patrimoniais da companhia. Com tais
dados é possível a tomada de decisões para futuros investimentos e decisões
relevantes.
A Companhia Catarinense de Águas e Saneamento - CASAN, criada em
31/dezembro/1970, através da Lei Estadual no 4.547, e constituída pelo Decreto no
SSP- 30.04.71/58, de 02/julho/1971, é uma empresa de economia mista, atuando
como concessionária na prestação de serviços de abastecimento de água e
esgotamento sanitário.
Inserida em um cenário permeado de rápidas mudanças decorrentes da
regulamentação do setor, da escassez de recursos financeiros e ambientais, do
avanço tecnológico e das mudanças do mercado a CASAN vem adotando um
modelo de excelência de gestão mais adequado a essa realidade.
Para
atuar
nesse
ambiente
competitivo,
além
das
obras
de
implantação/ampliação e melhorias nos SAA - Sistemas de Abastecimento de Água
e SES – Sistemas de Esgotamento Sanitário, se fez necessário a implementação de
ações relevantes que assegurassem a sustentabilidade empresarial. A CASAN tem
como maior desafio manter-se moderna, ágil e proativa, para consolidar sua atuação
e continuar cumprindo sua missão, para com a sociedade, com o poder concedente
e com seus acionistas.
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 Objetivo Geral
Este trabalho tem por objetivo analisar a situação econômico-financeira da
Companhia Catarinense De Água E Saneamento - CASAN, em relação as empresas
do subsetor de água e saneamento.
1.2.2 Objetivos Específicos
Identificar os elementos de desempenho econômico e financeiro da CASAN
em relação as empresas do subsetor de água e saneamento;
Verificar um conjunto de indicadores econômico-financeiros de empresas do
subsetor de água e saneamento listadas na BM&F Bovespa;
Analisar a situação econômico-financeira da CASAN em relação as demais
empresas do subsetor de água e saneamento listadas na BM&F Bovespa.
1.3 JUSTIFICATIVA
O presente trabalho tem como premissa o estudo e a importância das
informações geradas pela análise das Demonstrações Contábeis com enfoque no
Balanço Patrimonial. Levando em conta a importância dos indicadores
econômico-financeiros das empresas no período pré-definido entre 2010 e 2016.
O trabalho em questão, justifica-se por demonstrar a importância da
elaboração e análise das medidas econômico-financeiros como ferramentas que
tomada de decisões. Além de expor os resultados
obtidos através de análises e estruturas estudadas no meio acadêmico,
apresentando assim.
1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO
A partir desta introdução, apresenta-se no segundo capítulo a metodologia
utilizada na pesquisa e elaboração deste estudo, juntamente a coleta dos dados
utilizados. Na sequência apresenta-se a revisão teórica, seguida pelos estudos
anteriores, após estes, a análise dos resultados e então, a conclusão.
2 METODOLOGIA
2.1 ENQUADRAMENTO METODOLÓGICO
pesquisa descritiva em que se objetiva, segundo SILVA (2010) a descrição das
características de uma população específica, estabelecendo relações entre as
variáveis. Essa
, pelo método
dedutivo com abordagem quantitativa, a cerca do tema proposto a fim de relacionar
a companhia catarinense de água e saneamento com as demais de seu subsetor
registradas na BM&F Bovespa.
Ainda segundo Silva (2010), os dados coletados nesse tipo de pesquisa
possuem técnicas padronizadas, como o questionário e a observação sistemática.
Em nosso caso, a técnica utilizada foi a de observação sistemática, por meio da
análise por meio de indicadores, balanço patrimonial e demonstração do resultado
do exercício, notas explicativas e relatório da administração.
O método dedutivo, segundo SILVA (2010), transforma enunciados universais
em particulares, onde o ponto de partida é a premissa antecedente, que tem valor
universal, e o ponto de chegada é o consequente (premissa particular), por parte das
demonstrações contábeis para avaliar a situação econômico-financeira a partir de
indicadores.
Quanto a abordagem qualitativa, SILVA (2010), define-a como o
entendimento de estratégias de investigação que partilham determinadas
características, tais como: as questões a investigar não se estabelecem mediante a
operacionalização de variáveis, porém se estudam os fenômenos em toda a sua
complexidade;
Nesse sentido, através de dados coletados nos anos estudados identificou-se
a situação econômico-financeira da Companhia Catarinense de Água e Saneamento
e realizou-se um comparativo com as demais registradas em seu subsetor na BM&F
Bovespa.
2.2 COLETA DE DADOS
Neste trabalho, analisou-se os demonstrativos dos últimos seis anos
encerrados, entre 2010 e 2016 das companhias: CASAN, COPASA, SABESP e
SANEPAR. O presente estudo, optou pelas companhias em questão, pelo fato de as
mesmas serem as únicas de seu subsetor a apresentarem seus demonstrativos no
sítio eletrônico da BM&F BOVESPA, possibilitando assim o acesso e coleta dos
dados. A coleta de dados foi realizada nas demonstrações contábeis disponíveis:
Balanço Patrimonial;
Demonstração Do Resultado Do Exercício;
Relatório Da Administração;
Notas Explicativas;
Histórico Da Companhia;
Campo De Atuação E Situação Econômica Do Mesmo;
Com base nas demonstrações contábeis e informações disponíveis das
empresas pesquisadas, calculou-se os índices econômico-financeiros das empresas
em questão; visando a comparação da companhia catarinense de água e
saneamento - CASAN, com as demais citadas na problematização deste trabalho.
De acordo com as demonstrações contábeis publicadas pelas companhias
estudadas (CASAN, COPASA, SABESP e SANEPAR), foram coletados os dados
referentes aos exercícios sociais compreendidos entre os anos de 2010 e 2016.
A seleção da amostra entre os anos de 2010 e 2016 deu-se pela alteração na
lei 6404/76, pela lei 11.638/07, a qual revogou dispostos sobre o ativo permanente,
ativo diferido e passivo exigível a longo prazo, alterando o cálculo dos indicadores.
A companhia ÁGUAS DO BRASIL, foi excluída no processo de coleta de
dados, visto que a mesma não apresentava dados de 2010 e 2016 impossibilitando
a comparação dos indicadores.
A companhia SANESALTO Saneamento S/A., foi eliminada no processo de
coleta de dados por apresentar em seu subsetor apenas no tratamento de esgoto,
excluindo o de água, o que compromete a análise de seus dados.
Conforme apresenta o quadro 1, nesta pesquisa são utilizados treze (11)
indicadores para analisar rentabilidade, estrutura e liquidez das empresas do
subsetor de água e saneamento.
Quadro 1 - Indicadores Utilizados
Sigla Indicador Conceito Classificação
RA Rentabilidade Do Ativo
Apresenta a relação entre lucros ou prejuízos gerados em um ano e os ativos totais disponíveis na empresa. Permite que se perceba se o lucro que os ativos a disposição da empresa geraram estavam adequados.
Rentabilidade
RPL
Rentabilidade Do Patrimônio
Líquido
Com a obtenção do índice de rentabilidade do patrimônio líquido é possível observar o valor de capital próprio investido para cada R$ 100,00. Evidencia a relação entre o Resultado Líquido do Exercício e o Patrimônio Líquido.
GA Giro Do Ativo
Informa quanto a empresa teve de vendas líquidas para cada R$ 100 do ativo disponível total, tão logo, enumera quantas vezes conseguiu girar o ativo com as vendas líquidas. Permite perceber a capacidade de gerar vendas líquidas perante o total dos ativos da empresa.
Rentabilidade + Produtividade
CE Composição Do Endividamento
Denota a relação existente entre o passivo de curto prazo da empresa e o passivo total, possibilita assim, observar quanto a empresa pagará a curto prazo para cada real de obrigações que ela possuir.
Endividamento GEG
Grau De Endividamento
Global
Permite perceber quanto dos ativos é proveniente de capitais de terceiros, ou seja, de passivos exigíveis; Indicando, o grau de comprometimento do ativo com as dívidas existentes na data do Balanço.
PCT
Participação Do Capital De
Terceiros
Relaciona o total de dívidas da empresa com terceiros e o seu patrimônio líquido; Informa o quanto a companhia tomou de capitais de terceiros para cada R$ 100,00 de capital próprio investido. Um valor próximo a 100 demonstra uma extrema dependência de terceiros.
ML Margem Líquida
Informa quanto a empresa teve de resultado líquido para cada R$ 100,00 de vendas líquidas. Em suma, observa-se a lucratividade, e permite perceber a eficiência de converter as receitas líquidas em lucro.
Liquidez + Lucratividade
Continuação...
LC Liquidez Corrente
Relaciona os valores disponíveis e conversíveis em moeda, com relação às dividas de curto prazo. O ideal é que as saídas e entradas sejam equivalentes.
Liquidez LS Liquidez Seca
Verifica a tendência financeira da empresa em cumprir com suas obrigações de curto prazo, desconsiderados seus estoques, pois estes podem ser obsoletos e não representarem a realidade dos saldos do Balanço Patrimonial. Semelhante a liquidez corrente.
LI Liquidez Imediata
Considera apenas as disponibilidades; Apura quanto a empresa dispõe, para cada R$1,00 de dividas de curto prazo, ou seja, quanto de disponibilidades a empresa possui para saldar suas dividas de curto prazo.
LG Liquidez Geral
Evidencia a perspectiva atual de sua capacidade de pagamento futura, de longo prazo, considerando tudo que ela converterá em dinheiro, relacionando-se com tudo que já assumiu de obrigações.
Fonte: Adaptado de Platt Neto (2016)
O quadro 2 apresenta os dados utilizados para o cálculo dos indicadores, bem
como sua sigla, grupo ao qual pertence, como o mesmo se apresenta nas
demonstrações das companhias estudadas e para quais indicadores tais dados são
necessários.
Quadro 2 - Dados Coletados
Sigla
Grupos E
Contas (Nome
Padrão)
Contas Como Constam
Na Demonstração Da
Empresa
Necessário Para O
Cálculo De
AC
Ativo Circulante
Ativo Circulante
Liquidez Corrente (LC),
Liquidez Seca (LS),
Liquidez Geral (LG)
C
Disponibilidades
Caixa E Equivalentes De
Caixa
Liquidez Imediata (LI)
E
Estoques
Estoques
Liquidez Seca (LS)
ARLP
Ativo Realizável
A Longo Prazo
Ativo Realizável A Longo
Prazo
Liquidez Geral (LG),
TA e
TP
Total Do Ativo E
Total Do
Passivo
Ativo Total E Passivo
Total
Giro Do Ativo (GA),
Rentabilidade Do Ativo
Sigla
Grupos E
Contas (Nome
Padrão)
Contas Como Constam
Na Demonstração Da
Empresa
Necessário Para O
Cálculo De
PC
Passivo
Circulante
Passivo Circulante
Liquidez Corrente (LC),
Liquidez Seca (LS),
Liquidez Imediata (LI),
Liquidez Geral (LG)
PNC
Passivo Não
Circulante
Passivo Não Circulante
Liquidez Geral (LG)
PL
Patrimônio
Líquido
Patrimônio Líquido
Participação De Capital De
Terceiros (PCT),
Rentabilidade Do
Patrimônio Líquido (RPL)
ROL
Receita
Operacional
Líquida
Receita De Venda De
Bens E/Ou Serviços
Giro Do Ativo (GA),
Margem Líquida (ML)
RLE
Resultado
Líquido Do
Exercício
Lucro/Prejuízo Do
Período
Margem Líquida (ML),
Rentabilidade Do Ativo
(RA)
Fonte: Adaptado de Platt Neto (2016)O quadro 3, apresenta as fórmulas utilizadas para o cálculo dos indicadores.
Quadro 3 - Fórmulas Utilizadas Para Cálculo Dos Indicadores
Sigla
Indicador
Fórmulas
RA
Rentabilidade do
Ativo
=
Resultado Líquido do Exercício
x100
Total do Ativo
RPL
Rentabilidade do
Patrimônio Líquido
=
Resultado Líquido do Exercício
x100
Patrimônio Líquido
GA
Giro do Ativo
=
Receita Operacional Líquida
Total do Ativo
CE
Composição do
Endividamento
=
Passivo Circulante
x100
(Passivo Circulante + Passivo Não
Circulante)
GEG
Grau de
Endividamento
Global
=
(Passivo Circulante + Passivo Não
Circulante)
x100
Sigla
Indicador
Fórmulas
PCT
Participação do
Capital de Terceiros
=
(Passivo Circulante + Passivo Não
Circulante)
x100
Patrimônio Líquido
ML
Margem Líquida
=
Resultado Líquido do Exercício
x100
Receita Operacional Líquida
LC
Liquidez Corrente
=
Ativo Circulante
Passivo Circulante
LS
Liquidez Seca
=
(Ativo Circulante - Estoques)
Passivo Circulante
LI
Liquidez Imediata
=
Disponível
Passivo Circulante
LG
Liquidez Geral
=
(Ativo Circulante + Ativo Realizável a
Longo Prazo)
(Passivo Circulante + Passivo Não
Circulante)
Fonte: Adaptado de Platt Neto (2016)3 REFERENCIAL TEÓRICO
Para realização da análise dos dados, foram utilizados diversos conceitos
contábeis, aqueles que foram julgados base para o trabalho são apresentados a
seguir:
3.1 BALANÇO PATRIMONIAL
O balanço apresenta a posição patrimonial e financeira de uma empresa, em
dado momento. A informação que esse demonstrativo fornece é totalmente estática
e, muito provavelmente, sua estrutura se apresentará relativamente diferente algum
tempo após seu encerramento. (ASSAF NETO, 2010, p.47).
É como se tirássemos uma foto da situação financeira e patrimonial da
empresa em determinado momento. (MARTINS, DINIZ e MIRANDA, 2014, p.25)
Segundo Ribeiro (2014, p.52) o Ativo compreende os recursos controlados
pela entidade, os bens e direitos da empresa, dos quais se esperam benefícios
econômicos futuros. As contas do Ativo são dispostas em ordem decrescente de
grau de liquidez, divididas em grupos: Ativo Circulante e Ativo Não Circulante.
O Passivo, é o grupo onde estão classificadas as obrigações presentes da
entidade, derivadas de eventos já ocorridos, cujas liquidações se espera que
resultem em saída de recursos capazes de gerar benefícios econômicos.
(MARTINS, DINIZ e MIRANDA, 2014, p.29).
Ativo Circulante menos Passivo Circulante evidencia o Capital Circulante
Líquido (CCL), ou seja, a parte do Ativo Circulante que não está comprometida com
o Passivo Circulante. (MARION, 2009, p.69).
O Patrimônio Líquido representa o valor líquido da empresa, ou seja, a
diferença entre seu Ativo e seu Passivo. O PL é dividido em Capital Social, Reservas
de Capital, Ajustes de Avaliação Patrimonial, Reservas de Lucros, Ações em
Tesouraria e Prejuízos Acumulados. (RIBEIRO, 2014, p.52).
Segundo disposto no artigo n° 178 da Lei n° 6.404/76, o Balanço Patrimonial
evidenciará:
Parágrafo 1º, no ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de
grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos: I
– ativo
circulante; e II
– ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo,
investimentos, imobilizado e intangível.
Parágrafo 2º, no passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos:
I – passivo circulante; II – passivo não circulante; III – patrimônio líquido, dividido em
capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de
lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados.
Parágrafo 3º Os saldos devedores e credores que a companhia não tiver
direito de compensar serão classificados separadamente.
3.2 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
A demonstração de resultados do exercício visa fornecer, de maneira
esquematizada, os resultados (lucro ou prejuízo) auferidos pela empresa em
determinado exercício social, os quais são transferidos para contas do patrimônio
líquido. O lucro (ou prejuízo) é resultante de receitas, custos e despesas incorridos
pela empresa no período e apropriados segundo o regime de competência, ou seja,
independentemente de que tenham sido esses valores pagos ou recebidos. (ASSAF
NETO, 2010, p.64).
Portanto, para a DRE, não é necessário que uma receita ou despesa
apresente reflexos em dinheiro, o que significa que ela é regida pelo regime de
competência e não de caixa. Retrata o fluxo econômico da empresa, não o
monetário. O resultado não deve ser considerado como caixa do período, sendo que
o lucro não representa necessariamente aumento de caixa e prejuízo não
representa redução de caixa.
Conforme estabelecido no artigo n° 187 da Lei n° 6.404/76, a Demonstração
do resultado do exercício evidenciará: I - a receita bruta das vendas e serviços, as
deduções das vendas, os abatimentos e os impostos; II - a receita líquida das
vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto; III -
as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as
despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais; V
– o lucro ou
prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas; V - o resultado do
exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto; VI
– as
participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias,
mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de
assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa;
VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital
social.
3.3 INDICADORES
Segundo Matarazzo (2003, p.148), assim como um médico usa certos
indicadores, como pressão arterial e temperatura, para elaborar o quadro clinico de
um paciente, os índices financeiros permitem construir um quadro de avaliação da
empresa.
Podemos concluir com as afirmações acima, que a análise e interpretação
dos índices é para as empresas o mesmo que o diagnóstico de um médico ao
avaliar os sintomas de seu paciente. Sendo assim, permitem-nos enxergar a
situação "saúde" econômico-financeira da empresa.
Conforme Martins, Diniz e Miranda (2014), os índices são mais bem
compreendidos quando estabelecemos parâmetros de comparação, como por
exemplo: a evolução de um mesmo índice no decorrer de um período
pré-determinado de tempo, ou em relação a uma outra empresa do mesmo ramo/setor
no mesmo período.
Lembrando sempre que não se devem cruzar índices de companhias de
ramos diferentes, empresas prestadoras de serviços e empresas comerciais tem
suas finanças, mercados e publico alvo diferenciados o que afeta diretamente o
cálculo dos índices ao partirmos do pressuposto que se tem um ativo diferenciado
para atender tais setores. Neste trabalho abordaremos três principais modalidades
de índices: Rentabilidade, Endividamento e Liquidez.
3.3.1 Rentabilidade
"A rentabilidade é a alma do negócio" (MARTINS, 2014).
Os índices de rentabilidade, via de regra, relacionam os resultados obtidos
pela empresa com algum valor que expresse a dimensão relativa do mesmo, ou
seja, valor de vendas, ativo total, patrimônio líquido ou ativo operacional.
(IUDICIBUS, 2009).
A rentabilidade mostra os percentuais de remuneração de seus diversos tipos
de capitais e ou outros fatores de remuneração da empresa. É ideal que avalie-se o
desempenho da entidade em relação as empresas que atuam no mesmo setor
econômico.
É uma avaliação econômica do desempenho da empresa, dimensionando o
retorno sobre os investimentos realizados e a lucratividade apresentada pelas
vendas. (ASSAF NETO, 2010, p.39).
Segundo Marion (2009, p.129),
, comparar o lucro em valores absolutos com valores que guardam alguma
relação com o mesmo.
3.3.1.1 Rentabilidade do Ativo
Também conhecido como Retorno Sobre Investimento (RSI ou ROI).
Conforme Martins, Diniz e Miranda (2014, p.190), evidencia o quanto a empresa
obteve de resultados em relação aos investimentos nela realizados, ou seja, a
rentabilidade do negócio é fortemente dependente do capital investido na atividade.
3.3.1.2 Rentabilidade do Patrimônio Líquido
Segundo Martins, Diniz e Miranda (2012, p.200), o retorno sobre o patrimônio
líquido é o mais importante dos indicadores. Porque demonstra a capacidade da
empresa remunerar o capital que foi investido pelos sócios. Verifica o retorno obtido
pelos acionistas considerando a estrutura de capital utilizada pela entidade em
determinado período.
3.3.1.3 Giro do Ativo
Segundo Martins, Diniz e Miranda (2014, p.196), esse indicador indica quanto
a empresa vendeu para cada real investido nela. Quanto mais a empresa conseguir
girar o seu ativo, melhores serão os resultados.
3.3.2 Endividamento
Segundo Martins, Diniz e Miranda (2014, p.139), os índices utilizados para
análise da estrutura patrimonial estabelecem relações entre as fontes de
financiamento próprio e de terceiros.
Avalia basicamente a proporção de recursos próprios e de terceiros mantidos
pela empresa, sua dependência financeira por dívidas de curto prazo, a natureza de
suas exigibilidades e seu risco financeiro. (ASSAF NETO, 2010, p.39).
Com esta afirmação, podemos concluir que ao calcularmos o endividamento
de uma companhia, pode-se visualizar a parcela do valor de suas dívidas, referentes
a terceiros em relação a cada real próprio.
Deve-se atentar para o fato de um índice de endividamento alto não ser
necessariamente ruim para a saúde da empresa. Contudo, endividamentos de alto
valor e com vencimento breve, podem deixar a empresa em uma situação
complicada. Uma boa maneira de se comparar indicadores de endividamento, é pela
média do setor em que a empresa atua.
3.3.2.1 Composição do Endividamento
Segundo Martins, Diniz e Miranda (2014, p.140), o indicador de composição
do endividamento revela quanto da dívida total (passivo circulante + passivo não
circulante) com terceiros é exigível no curto prazo (passivo circulante).
3.3.2.2 Grau de Endividamento Global
Segundo ASSAF NETO (2010), a Dependência Financeira (também
conhecida como grau de endividamento global), representa a dependência da
companhia com relação a suas dívidas totais, isto é, quanto de seus recursos totais,
tem origem da participação dos recursos de terceiros.
3.3.2.3 Participação de Capital de Terceiros
Os capitais de terceiros correspondem ao somatório do passivo circulante e
passivo não circulante, representando portanto, o endividamento da empresa.
(SILVA, 2014, p.147).
3.3.3 Liquidez
Conforme Martins, Diniz e Miranda (2014, p.126), os índices de liquidez
apresentam a situação financeira de uma empresa, frente aos compromissos
financeiros assumidos, ou seja, demonstram sua capacidade de arcar com as
dívidas assumidas, podendo assim apresentar, sua condição de continuidade.
É importante ressaltar que os índices de liquidez não são índices de
capacidade de pagamento. Eles são índices, que a partir do confronto dos Ativos
Circulantes com as dívidas, procuram medir quão sólida é a base financeira da
empresa. (MATARAZZO, 2003, p. 164).
Para Assaf Neto (2010, p.39), o estudo da liquidez visa conhecer a
capacidade de pagamento da empresa, isto é, suas condições financeiras de cobrir
no vencimento todos os seus compromissos passivos assumidos. Revela ainda, o
equilíbrio financeiro e sua necessidade de investimento em capital de giro.
3.3.3.1 Margem Líquida
Também conhecido com Retorno Sobre as Vendas, este indicador compara o
Lucro Líquido em relação às Vendas Líquidas do período, apresentado o percentual
de LUCRATIVIDADE gerado. (SILVA, 2014, p.151).
Há casos em que, estrategicamente, a empresa reduz o volume de vendas
como medida necessária para aumentar sua lucratividade. Isso é possível quando
um menor movimento de vendas resulta na redução de gastos. (RIBEIRO, 2009,
p.171). Ao adotar tal estratégia, deve-se atentar a relação das vendas com a
lucratividade, visando que as mesmas não provoquem o efeito contrário ao
desejado.
3.3.3.2 Liquidez Corrente
O indicador de liquidez corrente mostra o quanto a empresa possui de
recursos de curto prazo (ativo circulante) para cada real de dívidas de curto prazo
(passivo circulante). Portanto se o indicador de liquidez corrente for maior que 1,
significa que o capital circulante líquido (CCL) da empresa será positivo, portanto
haverá compatibilidade entre os recursos que se espera receber no curto prazo e
aqueles que se espera pagar no curto prazo. Em outras palavras, o indicador de
liquidez corrente mostra a capacidade de pagamento da empresa a curto prazo.
(MARTINS, DINIZ e MIRANDA, 2014, p.126-127).
3.3.3.3 Liquidez Seca
O quociente demonstra a porcentagem das dívidas a curto prazo em
condições de serem saldadas mediante a utilização de itens monetários de maior
liquidez do ativo circulante. Essencialmente a liquidez seca determina a capacidade
de curto prazo de pagamento da empresa mediante a utilização das contas do
disponível e contas a receber. (ASSAF NETO, 2010, p. 164).
O indicador de liquidez seca mostra a parcela das dívidas de curto prazo
(passivo circulante) que poderiam ser pagas pela utilização de itens de maior
liquidez no ativo circulante, basicamente disponível e contas a receber. Em outras
palavras mostra quanto a empresa possuí de ativos líquidos para cada real de dívida
de curto prazo. (MARTINS, DINIZ e MIRANDA, 2014, p.127-128).
3.3.3.4 Liquidez Imediata
Para Martins, Diniz e Miranda (2014, p.128), o indicador de liquidez imediata
mostra a parcela das dívidas de curto prazo (passivo circulante) que poderiam ser
pagas imediatamente por meio dos valores relativos a caixa e equivalentes de caixa
(disponível). Ou seja, representa quanto a empresa possui de disponível para cada
real de dívidas vencíveis no curto prazo.
Como as empresas geralmente mantêm poucos recursos alocados no grupo
disponível, pois eles poderiam estar sujeitos aos efeitos inflacionários, o indicador de
liquidez imediata, quase sempre, é baixo. (MARTINS, DINIZ e MIRANDA, 2014
p.129).
3.3.3.5 Liquidez Geral
Esse quociente evidencia-se os recursos aplicados no Ativo Circulante e no
Ativo Realizável a Longo Prazo são suficientes para cobrir as Obrigações totais, isto
é, quanto a empresa tem de Ativo Circulante mais Realizável a Longo Prazo para
cada 1 real de Obrigações totais. (RIBEIRO, 2008, p.161)
3.4 ESTUDOS ANTERIORES
Com base em (Coelho, 2015), selecionamos os que seriam compatíveis com
nosso estudo e atualizamos estes, visto que o trabalho em questão fora apresentado
em 2005, antes da atualização das demonstrações contábeis, contando assim, com
contas como Passivo Exigível A Longo Prazo e Ativo Permanente.
O estudo de Francine Bittelbrunn, do ano de 2016, relacionado ao tema
saneamento, porém o mesmo tem sua análise voltada para a eficiência dos gastos
com saneamento, como menciona no próprio título "Estudo Da Eficiência Dos
Gastos Com Saneamento Básico Dos Estados Brasileiros E DF Entre 2012 A 2014
Por Meio De Análise Envoltória De Dados".
Ao buscarmos por bases mais próximas de nosso estudo, chegamos ao artigo
"Uma Análise Financeira dos Hospitais Brasileiros Entre Os Anos De 2006 E 2011",
de Antônio Artur De Souza, que assim como nós, utiliza-se de dados classificados
como utilidade pública, e de indicadores financeiros de liquidez, lucratividade e
rentabilidade, tais fórmulas já mais próximas das utilizadas no desenvolvimento
deste estudo.
Tabela 4 - Apresentação De Estudos Anteriores
Autores
Estudos
ANASTÁCIO,
Adolfo
Caliston
(2004)
"Análise Das Demonstrações Contábeis E Sua Importância
Na Verificação Da Situação Econômico-Financeira Das
Empresas".
SOUZA,
Antônio
Artur De, (2014).
"Uma Análise Financeira dos Hospitais Brasileiros Entre Os
Anos De 2006 E 2011".
COELHO, Ediomar
César. (2005).
"
mico-Financeira
de
Empresas
de
Revestimento Cerâmico".
POVALOVA,
Elizandra. (2014).
"Análise Das Demonstrações Contábeis: Um Estudo Das
Empresas Do Setor Calçadista: Grendene S/A e Arezzo S/A."
BITTELBRUNN,
Francine, et all.
(2016).
"Estudo Da Eficiência Dos Gastos Com Saneamento
Básico Dos Estados Brasileiros E DF Entre 2012 A 2014
Por Meio De Análise Envoltória De Dados ".
Para ANASTÁCIO (2004, p.76) “Um dos objetivos do trabalho de Análise das
Demonstrações Contábeis é verificar a situação econômico-financeira de uma
entidade.” ç
indicadores e pela Análise das Demonstrações Contábeis, mostraram a empresa
Weg Indústrias S.A. como uma empresa lucrativa, está investindo em valores reais
mais do que a média do setor, vem aumentando suas vendas, principalmente no
Mercado Externo. (ANASTÁCIO, 2004)
Já COELHO (2005), relata em seu trabalho a importância da utilização da análise
econômico-financeira, na tomada de decisões. Observando a evolução dos
resultados obtidos, tem-se seguramente uma visão real das operações e do
patrimônio empresarial, podendo-se assim, tomar medidas corretivas do rumo dos
negócios, se as conclusões do acompanhamento assim o exigir. (COELHO, 2005).
S BITT LBRUN (2016) “Verificou-se que apenas um
estado, o Paraná, obteve 100% de eficiência em todos os anos, inclusive pelos dois
métodos utilizados. De modo geral observou-se que os estados mais eficientes
foram os estados do Paraná, Tocantins e Minas Gerais, enquanto os menos
eficientes foram o Amazonas, Rondônia, o Amapá e o Piauí
“. P
abordado o ponto de vista gerencial das companhias, apresentam-se resultados
divergentes aos nossos, citado Paraná e Minas Gerais (SANEPAR e COPASA),
como tendo apresentado maior eficiência; com relação ao nosso estudos,
concluímos apresentar uma melhor saúde financeira a companhia de São Paulo
(SABESP).
4 ANÁLISE DOS RESULTADOS
No relatório da administração do ano de 2016, a companhia catarinense é
apresentada da seguinte maneira:
A companhia tem como missão "fornecer água tratada, coletar e tratar esgotos
sanitários, promovendo saúde, conforto, qualidade de vida e desenvolvimento
sustentável".
Em 2016, a CASAN atendeu uma população de mais de 2,6 milhões de
pessoas em 196 municípios catarinenses, ou seja, a CASAN está presente em 66%
dos municípios no Estado de Santa Catarina, além de 1 município no Estado do
Paraná, colaborando para a melhoria dos indicadores de saúde pública e
sustentabilidade do meio ambiente.
Para atender a essa demanda são operados: 231 Sistemas de Abastecimento
de Água, que beneficiam 312 localidades (197 Sedes Municipais, 63 distritos e 52
vilas); 35 Sistemas de Esgotamento Sanitário, que atendem 21 localidades (15
Sedes Municipais e 6 distritos).
A operacionalização destes seus sistemas é realizada através de 04
Superintendências Regionais de Negócios, formada por: 143 agências e 53 distritos
operacionais, contando em 31/12/2015 com a colaboração de 2.581 empregados.
A CASAN é um agente ativo, um parceiro estratégico que atende os diversos
segmentos da sociedade catarinense e que contribui diretamente para o
desenvolvimento econômico e social, no território em que atua. Após coletar-se os
dados e realizar-se os cálculos dos indicadores tem-se os resultados apresentados a
seguir. (CASAN, 2016)
4.1 RENTABILIDADE DO ATIVO (RA)
Segundo a tabela 1, observa-se que a CASAN vem apresentando
crescimento desde 2010, com uma queda significativa em 2015 e voltando a subir
novamente em 2016.
Tabela 1 - Cálculo do Indicador: Rentabilidade do Ativo
Cia/Ano
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
CASAN
-0,48% 0,35%
0,95%
1,79%
3,10%
0,41%
0,98%
COPASA
9,20%
5,62%
5,30%
4,47%
3,13% -0,11% 3,97%
SABESP
6,98%
4,85%
7,17%
6,80%
2,97%
1,59%
8,02%
SANEPAR
2,87%
5,11%
5,44%
5,97%
5,58%
5,32%
6,63%
Fonte: Adaptado de Platt Neto (2016)No gráfico 1 observa-se um comportamento semelhante entre as companhias
no ano de 2015, ano em que todas registraram quedas, sendo as mais significativas
da COPASA em 3,24 pontos percentuais seguida pela SABESP em 1,38 pontos
percentuais, tendo a companhia SANEPAR apresentado a menor queda do setor
naquele ano em 0,26 pontos percentuais, evidenciando uma possível característica
do setor naquele ano.
Gráfico 1: Análise da Rentabilidade do Ativo Fonte: Dados da pesquisa
Ao analisarmos a DRE da CASAN, juntamente com seu BP referentes ao ano
de 2015, observa-se que a queda do indicador se justifica pela redução significativa
em seu resultado líquido do período, que apresentou-se aproximadamente 14,64%
-1,00% 1,00% 3,00% 5,00% 7,00% 9,00% 11,00% 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 CASAN COPASA SABESP SANEPAR
menor que o ano anterior, em comunhão com o aumento de seu ativo total em
10,80%.
4.2 RENTABILIDADE DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (RPL)
Segundo a tabela 2, observa-se que a CASAN, veio apresentando crescendo
entre os anos de 2010 e 2014, sofrendo uma significativa queda em 2015, voltando
a registrar crescimento em 2016.
Tabela 2 - Cálculo do Indicador: Rentabilidade do Patrimônio Líquido
Cia/Ano
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
CASAN
-0,76%
0,62%
1,73%
3,41%
5,85%
0,86%
2,12%
COPASA
15,86% 10,25%
9,76%
7,87%
5,75%
-0,21%
7,31%
SABESP
16,04% 11,43% 17,13%
15,55%
6,65%
3,30%
17,31%
SANEPAR 6,83% 12,30% 13,82%
11,30%
11,09%
10,49%
13,04%
Fonte: Adaptado de Platt Neto (2016)Conforme o gráfico 2, observa-se que a rentabilidade do patrimônio liquido da
companhia em questão apresentou um crescimento de 20,30% ao ano entre 2010 e
2014, seguido por uma queda significativa de 4,99 pontos percentuais em 2015
recuperando-se em 2016 com crescimento de 1,26 pontos percentuais.
Gráfico 2: Análise da Rentabilidade do Ativo -2,00% 0,00% 2,00% 4,00% 6,00% 8,00% 10,00% 12,00% 14,00% 16,00% 18,00% 20,00% 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 CASAN COPASA SABESP SANEPAR
Fonte: Dados da pesquisa
Em relação as demais companhias, observa-se que assim como no indicador
rentabilidade do ativo, todas as companhias apresentaram comportamento
semelhante no ano de 2015, registrando queda, sendo a maior da COPASA em 5,96
pontos percentuais, seguida pela SABESP em 3,35 pontos percentuais tendo
novamente a companhia SANEPAR registrado a menor queda em 0,60 pontos
percentuais.
Em 2015 a CASAN apresentou aumento de 7,2% nas suas receitas, em
contrapartida concomitantemente ocorreu aumento em seus custos dos serviços
prestados em aproximadamente 15,62% sobre o valor do ano anterior o que fez com
que seu lucro bruto passasse de R$ 409.865.000,00 em 2014, para R$
409.814.000,00 em 2015, sofrendo assim uma redução de R$ 51.000,00, afetando
diretamente seu resultado líquido do período.
4.3 GIRO DO ATIVO (GA)
Observa-se na tabela 3 que a CASAN vem apresentando aumentando seu
giro do ativo, tendo registrado uma pequena queda entre 2014 e 2015 e voltando a
crescer entre 2015 e 2016.
Tabela 3 - Cálculo do Indicador: Giro do Ativo
Cia/Ano
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
CASAN
0,20
0,24
0,27
0,28
0,31
0,30
0,32
COPASA
0,44
0,39
0,38
0,40
0,41
0,35
0,37
SABESP
0,40
0,39
0,40
0,40
0,37
0,35
0,38
SANEPAR
0,29
0,31
0,34
0,35
0,35
0,36
0,37
Fonte Adaptado De Platt Neto (2016)No gráfico 3, observa-se que nenhuma das companhias estudadas girou seu
ativo mais que meia vez por ano. A CASAN vem apresentando comportamento
semelhante a SANEPAR, sem uma tendência clara para o setor.
Gráfico 3: Giro Do Ativo Fonte: Dados da Pesquisa
Ao analisarmos os dados apresentados anteriormente junto ao BP e o seu
relatório da administração da CASAN do ano de 2015, entendemos que a suave
queda de 1 ponto percentual, deu-se pela redução de sua receita líquida em R$
51.000,00 juntamente com o aumento do total do ativo de aproximadamente 10,80%
ou R$ 260.000,00 em relação ao ano de 2014, sendo concentrado R$ 195.607,00
deste aumento em seu ativo imobilizado, referentes a investimentos realizados nos
anos anteriores em melhorias no sistema de tratamento de água e esgoto,
finalizados em 2015 tornando-se assim ativos imobilizados da companhia,
juntamente com a aquisição de um imóvel e a renovação de sua frota de veículos.
4.4 COMPOSIÇÃO DO ENDIVIDAMENTO (CE)
Segundo a tabela 4 percebe-se que a companhia catarinense de água e
saneamento CASAN registrou um aumento considerável entre os anos de 2010 e
2011, seguido por uma queda significativa entre 2013 e 2014, mantendo-se em
queda constante de 1 ponto percentual nos anos seguintes.
0,20 0,25 0,30 0,35 0,40 0,45 0,50 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 CASAN COPASA SABESP SANEPAR
Tabela 4 - Cálculo do Indicador: Composição Do Endividamento
Cia/Ano
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
CASAN
11,72% 21,74% 23,81% 23,35% 18,31% 16,58% 16,47%
COPASA
22,65% 26,01% 20,79% 22,98% 22,11% 20,57% 22,59%
SABESP
25,65% 27,05% 25,38% 19,37% 20,41% 18,71% 20,18%
SANEPAR
14,86% 17,57% 16,16% 17,10% 20,38% 18,24% 20,82%
Fonte: Adaptado de Platt Neto (2016).Conforme gráfico 4 apresenta a evolução do indicador entre as companhias
estudadas em valores percentuais, tendo a CASAN tem registrado aumento
significativo entre 2010 e 2011 de 10,02 pontos percentuais e em 2012, de 2,07
pontos percentuais, ano em que as demais companhias apresentaram redução em
seus indicadores, sendo a maior redução da COPASA em 5,22 pontos percentuais,
seguida pela SABESP em 1,67 pontos percentuais e a SANEPAR em 1,41 pontos
percentuais.
A CASAN registrou sua maior queda no ano de 2014 em 5,04 pontos
percentuais, juntamente com a COPASA que registrou uma queda de 0,87 pontos
percentuais, as demais companhias, SABESPE e SANEPAR, apresentaram
aumento em 1,41 pontos percentuais e 3,28 pontos percentuais respectivamente,
evidenciando que a companhia em questão apresenta comportamento divergente
das demais companhias estudadas.
Gráfico 4: Análise Da Composição Do Endividamento Fonte: Dados da Pesquisa
12,00% 14,00% 16,00% 18,00% 20,00% 22,00% 24,00% 26,00% 28,00% 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 CASAN COPASA SABESP SANEPAR
Em 2011 a companhia catarinense de água e saneamento registrou um
aumento de 112,95% ou R$ 116.513.000,00 em seu passivo circulante, referentes a
contração empréstimos em moeda nacional de R$ 11.588.000,00 junto a Caixa
Econômica Federal e R$ 87.500.000,00 junto ao Banco Prosper, totalizando R$
99.088.000,00 e em moeda estrangeira no valor de R$ 8.534,00 junto a
International Finance Corporation e R$ 859.000,00 junto ao Kreditanstalt
Wiederaufbau.
Entre 2011 e 2012, a companhia em questão manteve-se aumentando seu
indicador em 2,07 pontos percentuais, seu passivo circulante em R$ 20.966.000,00
ou aproximadamente 9,54% e apresentou redução em seu passivo não circulante de
aproximadamente 2,65% ou R$ 20.941.000,00.
Observa-se que em 2014 a CASAN apresentou a maior redução no seu
indicar dentro do período estudado, em 0,05 pontos percentuais, registrados como
redução de seu passivo circulante em R$ 52.022.000,00 ou 20,09% em relação ao
ano de 2013 e aumento em seu passivo não circulante de R$ 73.170.000,00 ou
8,61%.
4.5 GRAU DE ENDIVIDAMENTO GLOBAL (GEG)
Conforme tabela 5 percebe-se que a CASAN vem registrando crescimento em seu
indicador.
Tabela 5 - Cálculo do Indicador: Grau De Endividamento Global
Cia/Ano
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
CASAN
36,78%
44,16% 44,97% 47,60% 46,91% 52,07% 53,80%
COPASA
42,01%
45,19% 45,71% 43,15% 45,52% 48,34% 45,74%
SABESP
58,54%
58,18% 56,08% 54,27% 56,17% 59,31% 58,04%
SANEPAR
57,94%
58,48% 60,65% 47,14% 49,67% 49,30% 49,14%
Fonte: Adaptado de Platt Neto (2016).O gráfico 5 demonstra que a CASAN tem registrado constante crescimento de
seu grau de endividamento, com uma pequena queda, aparentemente atípica à
companhia no ano de 2014, observa-se também um possível padrão de
comportamento no subsetor estudado, visto que a SABESP e a COPASA
apresentaram comportamento semelhante durante os anos estudados.
Gráfico 5: Análise Do Grau De Endividamento Global Fonte: Dados da Pesquisa
Conforme gráfico 5 e tabela 5 a CASAN registrou comportamento oposto ao
das demais estudadas, tendo registrado aumento do indicador de endividamento
global em 2,63 pontos percentuais. Tal aumento deu-se, pois embora o total do
ativo da companhia tenha crescido em aproximadamente 3,63%, ou R$ 81.629.000,
que deu-se principalmente pelo aumento da conta títulos para negociação em
aproximadamente 357,14% ou R$ 79.599.000,00, tais títulos tem sua justificativa
em aplicações em fundos de renda fixa, remunerados com base no CDI –
Certificado de Depósitos Interbancário em instituições financeiras renomadas.
O passivo da companhia registrou crescimento de aproximadamente 9,69%,
ou R$ 97.994.000,00, deu-se pelo aumento de seu passivo não circulante, que entre
2012 e 2013 registrou um aumento de aproximadamente 10,36% ou R$
79.741.000,00, em função principalmente do aumento da conta empréstimos em
moeda estrangeira em 220,62%, com a contração de empréstimos junto a AFD -
Agência Francesa de Desenvolvimento, no valor de R$ 80.662.000,00,
representando 98,94% desse aumento.
35,00% 40,00% 45,00% 50,00% 55,00% 60,00% 65,00% 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 CASAN COPASA SABESP SANEPAR
4.6 PARTICIPAÇÃO DE CAPITAL DE TERCEIROS (PCT)
Observa-se na tabela 6 que o indicador mantem-se alto e em crescente
aumento nas companhias, tendo registrado queda no ano de 2013 em todas as
companhias estudadas excerto na CASAN que apresentou queda apenas em 2014,
tendo registrado aumento no ano de 2013. Como podemos observar, as companhias
mantem-se muito perto do valor de 100%, o que é preocupante para as companhias,
pois restringe sua tomada de decisões financeiras.
Tabela 6 - Cálculo do Indicador: Participação De Capital De Terceiros
Cia/Ano
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
CASAN
58,17% 79,08% 81,72% 90,85% 88,38% 108,65% 116,46%
COPASA
72,45% 82,45% 84,19% 75,90% 83,54% 93,57% 84,31%
SABESP
141,18% 139,10% 127,70% 118,66% 128,16% 145,74% 138,31%
SANEPAR
137,77% 140,83% 154,10% 89,19% 98,67% 97,23% 96,61%
Fonte: Adaptado de Platt Neto (2016).O gráfico 6 apresenta a evolução do indicador participação do capital de
terceiros, das companhias estudadas, anualmente e em valores percentuais.
Podemos observar o comportamento anormal da CASAN em relação as demais,
tendo registrado aumento de 9,13 pontos percentuais em 2013, quando as demais
companhias estudadas registraram queda.
Gráfico 6: Análise Da Participação De Capital De Terceiros Fonte: Dados da Pesquisa
60,00% 70,00% 80,00% 90,00% 100,00% 110,00% 120,00% 130,00% 140,00% 150,00% 160,00% 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 CASAN COPASA SABESP SANEPA R
Ao analisarmos o gráfico 6 e a tabela 6 constata-se que o aumento da
companhia em 2013, deu-se pelo aumento de seu passivo não circulante, que entre
2012 e 2013 registrou um aumento de aproximadamente 10,36% ou R$
79.741.000,00, em função principalmente do aumento da conta empréstimos em
moeda estrangeira em 220,62%, com a contração de empréstimos junto a AFD -
Agência Francesa de Desenvolvimento, no valor de R$ 80.662.000,00,
representando 98,94% desse aumento, e em moeda nacional no valor de R$
22.974.000,00, ou aproximadamente 24,48% em relação ao ano anterior,
apresentados em nota explicativa, além de reduções significativas em seu passivo
não circulante nas contas impostos e contribuições a recolher, imposto de renda e
contribuição social diferidos e provisões para benefícios a empregados.
Concomitante a essas alterações ocorreu também redução de aproximadamente
1,32% ou R$ 16.365.000,00.
4.7 MARGEM LÍQUIDA (ML)
Conforme a tabela 7 observa-se que dentre as companhias estudadas, a
companhia SANEPAR vem apresentando comportamento padrão, sem grandes
variações; já a companhia SABESP, vem registrando variações discrepantes em seu
indicador, sem um padrão claro de resultado. A companhia COPASA, apresentou-se
em queda progressiva entre os anos 2010 e 2015 chegando a -30% em 2015, vindo
a registrar aumento apenas em 2016.
Tabela 7 - Cálculo do Indicador: Margem Líquida
Cia/Ano
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
CASAN
-2,35%
1,47%
3,51%
6,30%
10,04%
1,37%
3,09%
COPASA
20,68% 14,40% 13,97%
11,24%
7,70%
-0,30%
10,77%
SABESP
17,66% 12,31% 17,78%
17,00%
8,05%
4,58%
20,90%
SANEPAR 10,06% 16,32% 15,81%
17,00%
16,11%
14,76%
18,03%
Fonte: Adaptado de Platt Neto (2016).Observa-se no gráfico 7, que a CASAN apresentou crescimento padrão entre
os anos de 2010 e 2014, registrando a redução de seu percentual do indicador
margem líquida em 2015, ano em que as demais companhias estudadas
apresentaram comportamento semelhante a CASAN, se recuperando em 2016.
Gráfico 7: Análise Da Margem Líquida Fonte: Dados da Pesquisa
Ao analisarmos a tabela 7 e o gráfico 7, verifica-se que a redução
apresentada pela companhia no ano, deu-se por conta do aumento da conta
despesas operacionais em aproximadamente 43,77% ou R$ 92.351.000,00 que
segundo as notas explicativas da companhia, ocorreu por conta da redução
significativa da conta outras despesas operacionais, conta analítica despesa com
causas cíveis em aproximadamente 104,43% em relação a 2014, passando de R$
84.189.000,00 para R$ 12.134.000,00 negativos.
4.8 LIQUIDEZ CORRENTE (LC)
Observa-se pela tabela 8 que a CASAN tem apresentado um equilíbrio entre
seus recursos e dívidas de curto prazo nos anos estudados.
Tabela 8 - Cálculo do Indicador: Liquidez Corrente
Cia/Ano
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
CASAN
1,73
1,23
1,07
1,34
1,75
1,72
1,58
COPASA
0,95
0,85
1,45
1,18
1,16
1,39
1,52
SABESP
1,02
0,94
0,88
1,09
0,92
0,92
0,89
SANEPAR
0,86
0,85
1,06
1,10
0,73
1,00
1,35
Fonte: Adaptado de Platt Neto (2016).-5,00% 0,00% 5,00% 10,00% 15,00% 20,00% 25,00% 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 CASAN COPASA SABESP SANEPAR