Instituto de Artes - IARTE
COLEGIADO DO CURSO DE ARTES VISUAIS PLANO DE ENSINO
1. IDENTIFICAÇÃO
COMPONENTE CURRICULAR: Exposição em Contexto - Práticas no MUnA UNIDADE OFERTANTE: Instituto de Artes/IARTE
CÓDIGO: IARTE32301 PERÍODO/SÉRIE: 3º e 4º TURMAS: I_W e I_Z
CARGA HORÁRIA NATUREZA
TEÓRICA: 30 PRÁTICA: 30 TOTAL: 60 OBRIGATÓRIA: ( X ) OPTATIVA: ( )
PROFESSOR(A): Douglas de Paula ANO/SEMESTRE:
período letivo especial 2020/1
OBSERVAÇÕES:
Disciplina ofertada no período letivo especial 2020/1.
2. EMENTA
Estudos das tendências recentes no campo da expografia e da curadoria, tendo como referência os eventos internacionais de arte contemporânea (Bienal de São Paulo, Bienal de Veneza, Bienal de Lyon, Documenta, Bienal de Sidney) e os estudos teóricos das práticas curatoriais. Concepção de projetos expográficos. Participação na realização de projetos de exposição realizados no MUnA.
3. JUSTIFICATIVA
A mostra de trabalhos artísticos envolve dimensões sociais, institucionais, conceituais, estético-perceptuais e processo-instrumentais de cujo entendimento mínimo depende a atuação profissional qualificada com respeito às diversas dimensões ou interfaces da arte: a curadoria, a prática, a projetação, a produção, a apresentação, a divulgação e o diálogo com a sociedade. Nesse sentido, o Museu Universitário de Arte/MUnA representa raro e precioso ativo ao curso, pelo qual se pode ver de perto e experimentar o fluxo funcional característico de cada uma das mencionadas dimensões.
4. OBJETIVO Objetivo Geral:
Levantar problemas em torno da concepção conceitual e da realização das exposições artísticas.
Objetivos Específicos:
Sistematizar questões e problemas relacionados às técnicas de montagem de exposição e à instalação de diversos trabalhos artísticos. Introduzir o discente na prática expográfica, fornecendo-lhe exemplos de montagem de exposições, cujos locais ou formas de realização destacam-se pela sua originalidade. Problematizar as relações entre as práticas curatoriais e expográficas. Envolver o discente na realização de exposições no Museu Universitário de Arte (MUnA).
5. PROGRAMA
A expografia na arte contemporânea: um diálogo entre arte e arquitetura. As práticas curatoriais na atualidade. Projetos expográficos. Técnicas de montagem.
6. METODOLOGIA
Proposição de estudos dirigidos voltados à compreensão de temas específicos e/ou à realização de pesquisas e/ou atividades determinadas, que podem incluir: produção textual, elaboração e realização de apresentação sobre tópicos relacionados ao programa da disciplina; participação em dinâmica; realização e apresentação de exploração com técnicas e/ou instrumentos curatoriais, perceptuais, expográficos ou de montagem; elaboração e/ou concreção de proposta curatorial etc.
A necessidade da interposição de interface tecnológica entre aluno e professor faz emergir categorias como: atividades síncronas, atividades assíncronas, atividades preparatórias e atividades de fixação. A assimilação de estudos dirigidos compreenderá atividades preparatórias para atividades síncronas, “equitemporais” entre professor e aluno. As atividades síncronas cumprirão dois propósitos: discussão sobre tópicos incluídos nos estudos dirigidos, esclarecimento de dúvidas e especificação de atividades de fixação. As atividades assíncronas corresponderão ao atendimento ou comunicação extemporânea entre professor e aluno. Estima-se a utilização da plataforma informática para ensino Moodle, para a comunicação assíncrona, a disponibilização de materiais, de especificações de atividades preparatórias e fixadoras, bem como para o depósito das últimas e do retorno ao aluno sobre elas.
Estima-se ocupar semanalmente o aluno da seguinte forma: 1h50m para encontros síncronos; 3h50m para o seguimento de estudos dirigidos e/ou para realização de atividades de fixação; 1h para atividades assíncronas.
Para o “noturno”, os encontros síncronos ocorrerão às quartas, entre 19 e 21h. Para o “integral”, às terças, entre 8 e 10h.
Caberá ao aluno a providência de seu e-mail institucional, a partir do qual poderá ter acesso às referidas plataformas, e de adequado ambiente de estudo, contando com acesso à internet estável e de boa velocidade ou suficiente largura de banda – mínimo estimado de 16Mbps por usuário no local – e computador desktop ou notebook - com configuração mínima de: 4 núcleos e 2,6Ghz para o processador; 4Mb de memória RAM ddr3 ou superior; e placa gráfica integrada com clock mínimo de 350 Mhz.
Na concepção dos estudos dirigidos e atividades fixadoras, estima-se maior flexibilidade, privilegiando a indicação de bibliografias on-line e softwares livres, mais acessíveis.
7. AVALIAÇÃO
Os 100 pontos da disciplina serão distribuídos da seguinte maneira: 10 pontos para atividades comprobatórias de estudos requeridos;
20 pontos para a escrita e apresentação de projeto curatorial correspondente à compilação artística telematicamente instalada ou transmitida.
30 pontos para a escrita e apresentação pertinente a projeto expográfico da referida compilação ou a documento ilustrativo da forma de apresentação pretendida para ela. 40 para apresentação sobre participação na consolidação prática dos referidos projetos. As atividades comprobatórias de estudos corresponderão à execução de roteiros. Nos documentos resultantes dessa execução, serão observados: a correção de dados, informações e conceitos relativamente às referências indicadas.
Cada apresentação terá 25% de seu valor destinado às dimensões qualitativas da comunicação com a audiência: hierarquização eficiente de conteúdo; fala clara e organizada; e utilização pertinente de recursos adicionais, como exibição de documentos, gráficos, imagens, vídeos etc.
O projeto curatorial deverá especificar:
1) A problematização que lhe deu origem, isto é, dizer por que a compilação artística que lhe corresponderá deve chegar a público ou ir à mostra. Essa problematização pode ter caráter temático, social, estético, formal, processual etc. ou até mesmo misto.
2) O memorial conceitual-descritivo de cada trabalho artístico a integrar a compilação; bem como as características que permitem sua agregação, ou seja, declarar o que eles possuem em comum e de significativo no sentido de sua contribuição à mencionada problematização. 3) As relações norteadoras das disposições espaciais dos trabalhos artísticos ou a tradução de conceitos em espaço e luz, isto é, colocar e justificar: as relações de espaço entre os trabalhos; entre eles e o sítio de exposição; e entre eles e o público; as posições desses trabalhos no(s) ordenamento(s) ou percurso(s) expositivo(s) e a(s) forma(s) desses percursos; por fim, o modo iluminativo para cada trabalho.
Serão avaliados nesse projeto: utilização de referências qualificadas; precisão na colocação de dados, informações e conceitos, segundo essas referências; qualidade lógico-argumentativa na
articulação de conceitos, tessitura de relações e formulação de hipóteses; apropriação cognitiva.
O projeto expositivo da mostra deve trazer suas representações visodescritivas, ou seja, as diversas traduções visuais, em escala, das posições dos trabalhos, suas entredistâncias, orientações, alturas e também de seus modos iluminativos; tudo isso em relação com o sítio de exibição.
Devem constar no projeto:
1) As representações plantares ou “vistas de cima”, que mostram os arranjos em trechos da planta gráfica do sítio ou, geometricamente falando, indicam e legendam medidas em “x” e “z”. 2) As representações planares ou vistas ortográficas de cada superfície expositiva, que permitem visualizar, sem distorção perspéctica, medidas em “x” e “y”, destacando sobretudo os marcos de altitude.
3) As representações perspécticas ou simulatórias, que abarcam a visão tridimensional da mostra e deixam vislumbrar a vista do corpo inserido no espaço correspondente.
4) O memorial técnico-descritivo de cada trabalho, isto é, a descrição dos recursos e processos necessários à prontidão e mostra de cada um.
Serão avaliados nesse projeto: clareza e qualidade informativa dos memoriais e das imagens, para as quais aliás será também observada a qualidade gráfica.
Na parte escrita de ambos os projetos, serão também avaliados: clareza, objetividade, coerência e coesão textuais, correção gramatical, adequação às normas da ABNT. Esses itens corresponderão a 25% do total reservado a cada projeto.
A participação prática na consolidação dos mencionados projetos será avaliada sobretudo pela demonstração de conhecimento e domínio dos recursos e processos mencionados no memorial técnico-descritivo do projeto expográfico apresentado e pela qualidade estética do resultado e/ou pela adequação dele ao projeto curatorial.
A aprovação do aluno estará condicionada ao alcance de 60% dos 100 pontos distribuídos e de frequência de 75%. A presença será apurada proporcionalmente à aparição nos encontros síncronos, à participação nas atividades assíncronas e sobretudo à realização das atividades propostas.
8. BIBLIOGRAFIA Básica
COSTA, Robson Xavier da. Expografia moderna e contemporânea: diálogo entre arte e arquitetura. Conceitos, João Pessoa-PB, UFPB, ano IX, n. 16, jul. 2011, p. 144-151. Disponível em: <http://www.adufpb.org.br/site/wp-content/uploads/2011/11/REVISTA-CONCEITOS-16.pdf>. Acesso em: 15 set. 2016.
O'DOHERTY, Brian. No interior do cubo branco: a ideologia do espaço da arte. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
RUPP, Betina. Curadorias na arte contemporânea: precursores, conceitos e relações com o campo artístico. 2010. 225 f. (Dissertação) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2010. Disponível em: <https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/24761/
000748989.pdf?sequence=1>. Acesso em: 15 set. 2016.
SALLES, Cecília Almeida. Arquivos de criação: arte e curadoria. Vinhedo: Horizonte, 2010. ULRICH, Hans. Uma breve história da curadoria. São Paulo: BEI, 2010.
Complementar
BARROS, Anna. A arte da percepção: um namoro entre a luz e o espaço. São Paulo: Annablume, FAPESP, 1999.
DEWEY, John. Arte como experiência. São Paulo: Martins Fontes, 2010.
REIS, Paulo; MELIM, Regina. Conversa sobre práticas curatoriais. Revista Palindromo 2. Disponível em: <http://desarquivo.org/sites/default/files/reis_melim_entrevista.pdf>. Acesso em: 15 set. 2016.
RUPP, Betina. O curador como autor de exposições. Revista Valise, Porto Alegre, v. 1, n. 1, p. 131-143, jul. 2011. Disponível em: <http://www.seer.ufrgs.br/RevistaValise/article/viewFile/ 19857/12801>. Acesso em: 11 abr. 2018.
9. APROVAÇÃO
Aprovado em reunião do Colegiado realizada em: ____/______/______