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Odores em ETAR. Problema e Soluções implementadas

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Odores em ETAR.

Problema e Soluções implementadas

Odores: medições, controlo e gestão Aveiro, 29 de Março de 2011

Nuno Brôco

Direcção de Engenharia Águas de Portugal Serviços Ambientais, S.A

.

(2)

RESUMO

1. O GRUPO ADP

2. ODORES EM ETAR: O PROBLEMA 3. A ORIGEM DOS ODORES

4. PRODUÇÃO DE ODORES 4. PRODUÇÃO DE ODORES

5. TIPOS DE CONTROLO/TRATAMENTO DE ODORES 6. BOAS PRÁTICAS

7. EXIGÊNCIAS

8. NOVAS APLICAÇÕES 9. CONSIDERAÇÕES FINAIS

(3)

GRUPO AdP

EM

N

ÚMEROS

Água

Nº de empresas 19

Água produzida 336,2 (milhões de m3/ano)

Águas residuais tratadas 392,8 (milhões de m3/ano) (milhões de m3/ano) 5.02 5.22 5.85 7.05 7.28 8.35 2007 2008 2009 Abastecimento Saneamento População Abrangida (milhões de habitantes)

(4)

ODORES EM ETAR:

A FACE VISÍVEL DO PROBLEMA

(5)

ODORES EM ETAR:

AS OUTRAS FACES DO PROBLEMA

1- Saúde das equipas de operação e de uma forma mais

abrangente, a

Saúde Pública;

2-

Corrosão de órgãos e equipamentos

metalomecânicos

(produção de H

22

S);

3- Impactos no processo de tratamento

Produção de CH

4

e H

2

S por

fermentação de lamas

em órgãos de tratamento (decantadores

primários, espessadores gravíticos,…);

Acidificação e abaixamento do potencial redox do efluente;

Consumo adicional de oxigénio

para reposição de

potencial redox;

(6)

ORIGEM DOS ODORES:

A

GENTES

O

DORÍFICOS

Principais agentes responsáveis pela produção de odores

• amoníaco (NH3);

• sulfureto de hidrogénio (H2S);

• mercaptanos, nomeadamente, mercaptano de metilo (CH3 SH);

• aminas, nomeadamente, metilaminas, etilaminas, escatol e indol;

• ácidos gordos voláteis, como o ácido fórmico, acético e butírico.

• ácidos gordos voláteis, como o ácido fórmico, acético e butírico.

Parâmetros que condicionam a libertação de odores

• Oxigénio Dissolvido;

• Elevadas concentrações matéria orgânica;

• Compostos reduzidos;

• pH;

• Temperatura;

(7)

PRODUÇÃO DE ODORES:

CAUSAS

Concepção

• Sistemas de drenagem de águas residuais com elevadas extensões;

• Descargas de efluente bruto com elevada dissipação de energia;

• Ventilação inadequada de espaços confinados;

• Afluências sobrestimadas (elevados tempos de residência);

Operação

• Deficiente funcionamento de infra-estrutras de ventilação e/ou desodorização;

• Falta de confinamento de espaços contaminados;

• Elevados tempos de residência de efluentes, lamas e sub-produtos na instalação;

• Insuficiente capacidade de arejamento;

(8)

PRODUÇÃO DE ODORES

Diferentes locais numa ETAR têm diferentes potenciais odoríficos

FLUXO ODORÍFICO POTENCIAL ODORÍFICO (ouE/m3)

Água residual bruta - típica 200 – 5 000

Água residual séptica de estação elevatória 1 000 000

Efluente industrial 160 000

Alimentação da decantação primária 3 000

Descarregador da decantação primária 25 000

Lamas activadas 620

Diferenciação das soluções em função do local a desodorizar e do meio em que esse local se insere:

• Tipo de desodorização/ventilação

• Numero de renovações

• Consumos de reagentes

• Garantias de tratamento

Lamas activadas 620

Selector da vala de oxidação 2000

Efluente final 600

Lama bruta 100 000 2500 000 Lama após digestão, no digestor 300 000

Lama após digestão e após armazenamento 10 000

Sobrenadante do espessamento gravítico (máximo) 4000 000

Adaptado de DEFRA, 2003

(9)

TIPOS DE CONTROLO DE ODORES

1-Controlo/tratamento na origem

• Concepção de órgãos e redes – projecto;

• Minimização de turbulência nas chegadas de efluentes – projecto;

• Manutenção de condições aeróbias – operação;

• Minimização de tempos de residência (órgãos e colectores) – operação;

• Minimização de tempos de residência (órgãos e colectores) – operação;

• Adição de reagentes oxidantes;

• Adição de agentes “mascarantes”;

(10)

TIPOS DE TRATAMENTO DE ODORES

1-Desodorização por lavagem química

Sequencia de torres de lavagem com agentes ácidos e básicos que reagem com os poluentes com base nas suas propriedades químicas:

• Eficiência na eliminação de odores;

• Robustez (variações de carga, concentrações elevadas);

elevadas);

• Custos de exploração (reagentes, energia);

• Fluxos de ar e líquido (solução de reagente) em contracorrente;

• Meio de enchimento com elevada superfície específica  mistura eficaz;

• Torres com diferentes reagentes: ácido sulfúrico, soda cáustica, hipoclorito de sódio,

tio-sulfato de sódio;

• Controlo de pH, potencial redox, cloro livre;

(11)

TIPOS DE TRATAMENTO DE ODORES

1-Desodorização por Biofiltração

Leito filtrante em material inerte no qual se desenvolve uma colónia bacteriana

maioritariamente autotrófica

• Meio de enchimento: turfa, casca de pinheiro, leca…

• Mais barata em exploração (energia);

• Mais barata em exploração (energia);

• Necessidade de irrigação do meio ou torre

de pré-lavagem;

• Requer superfície elevada (100 Nm3/m2/h);

• Pouco tolerante a grandes concentrações e

variações de concentração;

(12)

TIPOS DE TRATAMENTO DE ODORES

1-Desodorização por Carvão activado

Meio poroso, de elevada superfície específica e elevada capacidade de adsorção:

• Geralmente Carvão Activado Granular (CAG);

• Custos de exploração elevados (saturação do meio)  substituição ou regeneração;

• Performances limitadas, sobretudo ao nível do NH3  a evitar quando há

• Performances limitadas, sobretudo ao nível do NH3  a evitar quando há estabilização química (com cal viva) das lamas;

• Zeólitos hidrófobos são também possibilidade (mas 10 x mais caros);

• Impregnação do CAG pode aumentar a capacidade de adsorção de determinado poluente, mas

piora a capacidade de adsorção dos restantes;

(13)

BOAS PRÁTICAS

Algumas das Boas Práticas que implementamos…

1 – Concepção

• Cobertura dos órgãos ao nível do plano de água;

• Confinamento dos equipamentos;

• Aspirações localizadas;

• Varrimento adequado das atmosferas dos edifícios;

• Minimização de volumes de edifícios;

2 – Operação

• Equilíbrio dos sistemas de ventilação;

• Renovação automática das soluções no fundo das torres químicas;

• Humidifição do meio filtrante (desodorização biológica);

(14)

EXIGÊNCIAS

Lavagem Química Desdorização Biológica Adsorção CAG Garantias normalmente exigidas H2S 0,025 – 0,05 0,05 – 0,1 0,05 – 0,1 0,1

As garantias expressas em mg/Nm

3

à saída das chaminés são suficientes

H2S 0,025 – 0,05 0,05 – 0,1 0,05 – 0,1 0,1

CH3SH 0,025 – 0,05 0,05 - 0,1 0,05 - 0,1 0,07

NH3 0,05 – 0,1 0,1 – 1,0 – 1,0

(15)

EXIGÊNCIAS

Garantias expressas em Unidades de Odor

Exemplo 1 1 Uo/Nm3 em percentil 98, com um máximo de 5 Uo/Nm3 à saída das

torres de desodorização (ETAR no meio urbano)

Exemplo 2 1 Uo/Nm3 em percentil 98, com um máximo de 5 Uo/Nm3 num raio de 1

km em redor da ETAR (ETAR no meio rural)

• Exemplo 3 …

• Comprovação requer “comissão de narizes calibrados”

• Verificação complicada (“contaminações” de órgãos não cobertos ou da vizinhança)

• Análise beneficio custo necessária sob risco de:

• Sobredimensionamento desnecessária dos sistemas

(16)

NOVAS APLICAÇÕES/TRATAMENTO

Oxidação térmica e termocatalítica

• Temperaturas elevadas (600 – 850 ºC)

• Tempos de retenção muito reduzidos (1-2 s)

• Caudais até 300.000 m3/h

• Subprodutos: Nox, Sox, poeiras, dioxinas (se compostos clorados)

Ultravioletas

• 185 a 200 nm

• Oxidação de compostos orgânicos

• Oxidação de compostos orgânicos

Fotocatálise

• Activação de um semicondutor (TiO2) por acção de raios UV (radiação específica ou

luz solar)

• Degradação dos compostos orgânicos a CO2

• Limitado a moléculas adsorvíveis e instáveis

• Caudais limitados (100 a 1000 m3/h)

Insuflação de ar contaminado no tanque de arejamento

Combinações de tecnologias “clássicas”

(17)

NOVAS APLICAÇÕES/DETECÇÃO E MODELAÇÃO

Quantificação de Concentrações on-line e modelação de plumas de odor P. Ex ETAR de Frielas

(18)

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Grupo AdP dispõe hoje de uma larga maioria das suas ETAR e EE

equipadas com

sistemas de desodorização

;

Mais de 95% das instalações do Grupo AdP sujeitas a desodorização estão

equipadas com

desodorizações clássicas

;

O tratamento de odores deve ser encarado como

um projecto específico

dentro do

O tratamento de odores deve ser encarado como

um projecto específico

dentro do

projecto da ETAR:

(Localização da ETAR, tipo de desodorização, reagentes a utilizar, tipo de confinamento, volumetria a desodorizar)

Um balanço rigoroso do beneficio/custo

deve ser realizado antes da fixação das exigências de tratamento;

(19)

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