ASSISTENTES ESCOLARES
CADERNO 1: O papel do assistente escolar a partir
das normas municipais de educação
PREFEITO:
Carlos Magno de Moura Soares
VICE-PREFEITO:
João Guedes Vieira
www.contagem.mg.org.br
CONSULTORIA:
Instituto Cultiva
DIRETOR GERAL:
Rudá Ricci
SECRETÁRIA:
Juliana Velasco
www.institutocultiva.com.br
EQUIPE DE CONSULTORES
COORDENAÇÃO PROGRAMA DE FORMAÇÃO
CONTINUADA PARA EDUCAÇÃO E ÁREA SOCIAL:
Sames Assunção Madureira
Franciele Alves
ASSESSORIA PEDAGÓGICA:
Marcelo Assis
Michele Castro Caldeira
Sara Azevedo
EDIÇÃO DE TEXTO E APOIO
TÉCNICO:
Fabiana A. S. do Amaral
EDIÇÃO:
Vilarejo Comunicação
PROJETO GRÁFICO:
Marquélia Damaceno
CAPA: Marquélia Damaceno
FOTOS: Divulgação
www.vilarejocomunicacao.com.br
COLABORAÇÃO:
Educação Infantil
Ensino Fundamental
Educação de Jovens e Adultos
DECADI-Diversidade e ações afirmativas
Educação Inclusiva
Educação Integral
Programa Saúde na escola
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
SECRETÁRIO:
José Ramoniele R. Dos Santos
SECRETÁRIO ADJUNTO:
Ademilson Ferreira de Souza
DIRETORIA DE FORMAÇÃO CONTINUADA
COORDENAÇÃO:
Tereza Cristina de Oliveira
ASSESSORIA PEDAGÓGICA:
Aline de Oliveira França de Souza
Eliana Correia Fogaça Oiko
Ghisene Santos Alecrim Gonçalves
Madalena Gomes Barreto
Telma de Freitas
Heddy Estanil De Oliveira Marques
Leonardo Oliveira Barbosa
ASSISTENTES ESCOLARES
CADERNO 1: O papel do assistente escolar a partir
das normas municipais de educação
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O Papel do assistente escolar a partir das
normas municipais de educação
Este início de documento visa apresentar de forma sucinta as diretrizes da educação no município de Con-tagem M.G como forma de introduzir essas orientações como ferramenta para uma melhor compreensão acerca do currículo escolar proposto pela Seduc. O viés no qual partimos para uma leitura dessas diretrizes aponta para três eixos estruturantes: O Pedagógico o da Gestão e o da Territorialidade.
O pedagógico está estruturado por toda uma ideia de educação pública como bem inalienável do ser
huma-no que seja capaz de ser também, um instrumento de emancipação do estudante, para que assim, seja uma educação também mais humanizada. O eixo da gestão por sua vez, procura manter de forma clara e democrática uma política educacional que prime pela qualidade da formação dos educadores, bem como possibilidades para proporcionar uma carrei-ra mais digna, com valorização dos profissionais da educação e melhores condições para a execução do seu trabalho. No que tange ao eixo da territori-alidade, esse se faz necessário por se tratar de uma questão que procura mostrar que a unidade esco-lar não é dissociada do resto
da sociedade, e que a mesma, é constituída também, tendo como parâmetro de fundamentação a sua localidade e o seu entorno. A educação está permeada pela construção de identidades, sejam essas identidades locais ou globais; dessa forma, a sua localização também pode servir como base para a sua pro-dução. Consequentemente, essa questão da territorialidade também influencia na relação entre comunidade/escola e escola/ comunidade.
Nesse sentido, cabe uma reflexão obre como as relações família/escola e es-cola/ família não são espaços solitários, quer dizer, não se tratam de relações que estão separadas; pelo contrário, essas relações estão interligadas e por isso é importante saber e trabalhar a educação como uma continuidade e não como uma ruptura dessas instituições.
Pensando nessa melhor ligação entre essas unidades Escola/família e família/ escola, a Seduc procura fornecer um “elo” de ligação entre as mesmas. Esse trabalho é realizado pelo articulador comunitário, que são aqueles professores que estão participando do Programa Mais Educação e que tem como objetivo realizar um trabalho mais individualizado com aqueles alunos que dele necessitar. Esse trabalho é de suma importância para estabelecer uma rede de relações entre as escolas e as famílias e os demais aparelhos púbicos que contemplem o atendimento aos estudantes e suas famílias (CRAS, CREAS, Conselho Tutelar etc.).
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O Assistente escolar
O papel do/a Assistente Escolar que atua nas escolas da Rede Municipal de Educação de Contagem e nas unidades escolares da Fundação de Ensino de Contagem – FUNEC é regido por normas previstas no De-creto nº 1781, de 06 de fevereiro de 2012, que especifica as atribuições dos cargos de provimento efetivo pertencentes aos Quadros Setoriais da Educação e da Fundação de Ensino de Contagem – FUNEC. Outro documento que rege sobre a função do assistente escolar é o Documento de Referência para Elaboração do Regimento Escolar das Unidades Escolares da Rede Municipal de Ensino de Contagem (Contagem, Ano 2012). Com o advento do cargo de Articulador Comunitário o papel do/a Assistente Escolar se torna mais importante, pois ele possui mais um/a personagem, o/a Articulador/a Comunitário, que ajudará a identificar e apontar caminhos para os/as estudantes que necessitam de um atendimento de assistência social mais individualizado.
Toda a proposta dessa formação em rede a partir da Secretaria de Educação procura produzir uma melhor comunicação entre todos os setores possíveis que possam estar ligados ao atendimento do aluno, para que com isso, crie um diálogo entre esses aparelhos públicos e assim, uma melhora por completo em toda rede pública de educação em Contagem (M.G).
A partir disso, procuramos por meio de um debate fornecer aos assistentes escolares, um curso que pri-orize uma melhor compreensão sobre o seu papel nas escolas da rede pública do município, tendo como parâmetros sua formação a partir das normas municipais de educação de Contagem.
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O outro documento que diz sobre o papel do/a Assistente Escolar é o Regimento Escolar da unidade onde o/a servidor/a atua. Os regimentos das escolas municipais seguem uma orientação comum, pois foram elaborados a partir do Documento de Referência para Elaboração do Regimento Escolar das Unidades Escolares da Rede Municipal de Ensino de Contagem (Contagem, Ano 2012). Destaca-se desse documento comum o papel do Assistente Escolar nos seguintes artigos:
Art. 21 – As atividades de apoio pedagógico são executadas pelo Bibliotecônomo, pelo Auxiliar de Biblioteca e pelo Assistente Escolar.
Art. 26 – O/a Assistente Escolar têm por finalidade orientar, coordenar, controlar e executar tra-balhos de assistência ao/a educando/a, juntamente com a Equipe Pedagógica; desempenhar outras atividades compatíveis com a natureza do cargo, que lhe forem atribuídas pela Direção.
Art. 55 – A coordenação da disciplina do corpo discente é de responsabilidade do/a Assistente Es-colar juntamente com a Equipe Pedagógica e tem como finalidade garantir o bom andamento dos trabalhos escolares e manutenção do clima de boa convivência dos/as educandos/as no ambiente escolar.
• Orientar, coordenar, controlar e executar trabalhos de assistência ao/a educando/a, juntamente com a Equipe Pedagógica;
• Orientar a formulação de atitudes e hábitos de higiene pessoal, ambiental e alimentar;
• Prestar primeiros socorros e, junto à direção, cuidar do encaminhamento médico se necessário; • Controlar a disciplina e movimentação de estudantes no âmbito da escola.
• Contribuir para o desenvolvimento de atividades sociais, culturais e esportivas, comemorações, festas e outras solenidades promovidas pela escola;
• Zelar pela ordem e higiene em seu setor de trabalho;
• Participar da elaboração e execução do Projeto Político Pedagógico;
• Participar das atividades de formação proporcionadas pela escola e pela Administração Pública Municipal; • Executar outras atividades compatíveis com a natureza do cargo que lhe forem atribuídas pelos dirigentes da unidade escolar.
De acordo com o Decreto nº 1781, de 06 de fevereiro de 2012 as atribuições (objetivo geral e atribuições são iguais, a diferença é que as atribuições trazem as informações detalhadas, por isso manter apenas as atribuições) do cargo de Assistente Escolar são:
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O Assistente Escolar em diálogo com o
Articulador Comunitário
É exigido do/a Assistente Escolar a capacidade de identificar, mediar e avaliar, junto com a Equipe Pedagógica da escola, a necessidade de acompanhar ou não um/a estudante. No acompanhamento ao/a aluno/a surge o personagem do/a Articulador/a Comunitário que exerce um papel fundamental: ele/a é o/a servidor/a responsável por visitar a residência do/a estudante, conversar com os/as responsáveis e tentar coletar informações que possam contribuir para a assistência aquele/a educando/a. São informações que o Articulador/a Comunitário coleta na visita as famílias:
• Descrição da residência (segurança social, salubridade, situações de riscos internas e/ou externas à residência, situações de adoecimento grave);
• Traços de incivilidade (desrespeito entre os membros familiares);
• Rotina familiar (com destaque para o convívio familiar, e identificação de dias úteis e finais de semana/ feriado, acompanhamento das atividades escolares);
• Descrição dos principais hábitos sociais e culturais da família; • Descrição dos motivos do comportamento de risco do/a estudante; • Demandas e frustrações familiares;
• Expectativas com relação ao/a estudante;
• Encaminhamentos sugeridos pelo/a Articulador/a
De posse das informações que o/a Articulador/a Comunitário trouxe de sua visita à residência do/a estudante, das observações e atendimentos que o/a Assistente Escolar e a Equipe Pedagógica fizeram ao/a aluno/a e seus responsáveis na unidade escolar, os três segmentos (Articulador/a Comunitário, Assistente Escolar e Equipe Pedagógica) podem discutir e elaborar um plano de ação para o/a estudante visitado/a, traçando me-tas e ações que possam contribuir na formação integral do sujeito. Essa formação diz respeito não somente aos aspectos relativos à educação como uma corrente de transmissão de conhecimento, mas também, o de produzir uma educação cidadã juntamente com a possibilidade de uma emancipação humana.
Por tudo isso, o papel do/a Assistente Escolar é fundamental para o bom andamento das atividades da unidade escolar. Cumprindo suas atribuições previstas na legislação municipal e sendo parceiro/a do/a A r t i c u -l a d o r / a Comunitário da sua unidade esco-lar é possíve-l que os/as a-lunos/as que necessitam de assistência social possam ser mais rapidamente identificados/as e acompanhados/as pela unidade escolar e encaminha-dos/as, se for necessário, para os órgãos de assistência social.
Art. 70 – São responsabilidades da família e/ou responsáveis pelo/a estudante:
X- comparecer à escola sempre que solicitado pela Direção, Pedagogo/a, Assistente Escolar e equipe de
professores/as;
Art. 198 – A organização da avaliação contínua do desempenho do/a estudante é formadora no sentido de acompanhar o processo de aprendizagem, e nortear novas ações e metodologias ped-agógicas, portanto, é de responsabilidade direta dos/as professores/as, pedagogos/as, auxiliares de secretaria, secretários/as, assistentes escolares e dirigentes escolares.
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Referências
CONTAGEM. Decreto nº 1781, de 06 de fevereiro de 2012. Especifica as atribuições dos cargos de provimento efetivo pertencentes aos Quadros Setoriais da Educação e da Fundação de Ensino de Contagem – FUNEC. Diário Oficial Eletrônico de Contagem, Contagem, 07 fev. 2012.
DIRETRIZES, POLÍTICAS E BASE. Prefeitura Municipal de Contagem, Junho de 2014.
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CONTAGEM. Documento de Referência para Elaboração do