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PPTS_UFCD_7212_Os sistemas do corpo humano_os sistemas urinário e gastrointestinal, os órgãos dos sentidos e a pele

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Sistema Urinário

O sistema urinário é composto por dois rins, dois ureteres, uma bexiga urinária e uma uretra. Além de eliminar substâncias desnecessárias e prejudiciais (como resíduos metabólicos das células, toxinas, etc), este sistema realiza também outras funções muito importantes para o nosso organismo.

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De entre estas importantes funções estão o controle do volume e composição do sangue, auxílio na regulação da pressão e pH sanguíneos, transporte da urina dos rins à bexiga urinária, armazenamento e eliminação da urina, etc.

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Dentro do sistema urinário, cabe aos rins a execução do principal trabalho. É através deles que ocorrerá a regulação dos níveis iónicos no sangue, controlo tanto do volume quanto da pressão sanguínea, controlo do pH do sangue, produção de hormónios e a excreção de resíduos.

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O Rim é cada um dos dois órgãos excretores, em forma de feijão. É o principal órgão do sistema excretor e osmorregulador dos vertebrados.

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A bexiga é o órgão humano no qual é armazenada a urina, que é produzida pelos rins. É uma víscera oca caracterizada pela sua distensibilidade. À bexiga segue-se a uretra, o ducto que exterioriza a urina produzida pelo organismo .

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As vias urinárias encarregam-se de eliminar para o exterior do organismo a urina produzida pelos rins.

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A eliminação da urina é efetuada por uma série de estruturas ocas ligadas entre si, as vias urinárias, que recolhem continuamente a secreção urinária, armazenam-na temporariamente e emitem-armazenam-na, várias vezes por dia, para o exterior do corpo através da micção.

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As vias urinárias iniciam-se nos próprios rins, onde emergem os bacinetes, estruturas com a forma de um funil ligadas diretamente aos uréteres, dois longos canais tubulares que descem através da cavidade abdominal para a região pélvica e desaguam na bexiga.

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Produção e excreção de urina

Designa-se como sistema excretor qualquer conjunto de órgãos que eliminem o que o corpo não necessita, num organismo, é responsável pela filtragem do sangue, regulação do teor de água e sais minerais e eliminação de resíduos nitrogenados formados durante o metabolismo celular.

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O sistema urinário humano é de extrema importância para o funcionamento do nosso corpo.

É composto por:

Rins

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Ureteres

Uretra

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Funções do sistema urinário

Produzir, armazenar e eliminar a urina;

Regular o volume a composição química do sangue e seu volume;

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Eliminar o excesso de água e resíduos do corpo humano, através da urina;

Garantir a manutenção do equilíbrio dos minerais no corpo humano;

Auxílio na regulação de produção das hemácias (células vermelhas sanguíneas)

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Incontinência urinária- conceito

A incontinência urinária é a perda involuntária do controlo da bexiga ou do intestino, sendo por isso um sintoma e não uma condição de saúde em si.

Existe uma diversidade de condições e distúrbios que a podem causar, incluindo defeitos de nascença, efeitos de uma cirurgia, lesões nervosas, infecção e alterações associadas ao envelhecimento.

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Para compreender as causas da incontinência é importante que conheça a «mecânica» do seu organismo:

Bexiga: É um pequeno reservatório com 6 a 8 cm de diâmetro que pode conter entre 400 a 500 ml de urina. Contrai-se para se esvaziar.

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Esfíncteres: Os músculos dos esfíncteres fecham-se para reter a urina e abrem-se para a deixar sair.

Períneo: É uma sobreposição de músculos esticados como uma cama de rede que contém a uretra, o ânus e a vagina. Habitualmente, exerce uma força suficiente para apertar os orifícios respectivos para desempenhar o papel de fecho.

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Existe uma diversidade de fatores que podem estar na origem de incontinência, incluindo:

Gravidez ou parto

Infecção

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Defeitos de nascença

Cirurgia

Lesões nervosas

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TIPOS DE INCONTINÊNCIA

Sob a definição geral de incontinência escondem-se situações muito diversas, desde perdas muito ligeiras e ocasionais de urina a perdas moderadas e perdas regulares e mais graves. Estas situações agrupam-se em quatro grandes grupos, de acordo a causa das perdas de urina:

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Incontinência urinária de esforço

O que se sente?

Caracteriza-se pela perda involuntária de urina durante um esforço, como por exemplo, ao tossir, espirrar, rir, saltar ou pegar em cargas pesadas.

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Como se explica?

Ao serem mobilizados, os músculos abdominais exercem pressão sobre o períneo que, se estiver um pouco fraco, não consegue impedir que os esfíncteres abram ligeiramente, deixando passar algumas gotas de urina.

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Qual a origem?

Este é o tipo mais frequente de incontinência urinária, atingindo particularmente mulheres que passaram por situações de gravidez ou se encontram na menopausa.

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Incontinência urinária de urgência

O que se sente?

Também conhecida por bexiga hiperativa, caracteriza-se por uma vontade súbita e irreprimível para urinar, muitas vezes acompanhada de perda de urina (por vezes com grande volume).

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Como se explica?

Trata-se de uma disfunção que resulta da contracção precoce e sem motivo do músculo detrusor da bexiga, conhecida como hiperactividade vesical.

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Incontinência urinária mista

Neste tipo de incontinência, os sintomas da incontinência urinária de esforço coexistem com os da incontinência de urgência.

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Incontinência urinária por regurgitação

Tipo de incontinência que afeta essencialmente os homens. Deve-se, muitas vezes, a uma perturbação da função de evacuação da bexiga devido ao volume da próstata.

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Infeção urinária: conceito;

prevenção

A Infecção do Trato Urinário (ITU), conhecida popularmente como infeção urinária, é um quadro infeccioso que pode ocorrer em qualquer parte do sistema urinário, como rins, bexiga, uretra e ureteres. Esse tipo de infeção é mais comum na parte inferior do trato urinário, do qual fazem parte a bexiga e a uretra.

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As infeções do trato urinário (ITU) são frequentes em homens e mulheres, apresentando sintomas diversos, com morbidade variável, podendo até mesmo ser a causa de mortalidade em situações extremas.

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A principal causa de ITU são as infeções bacterianas, normalmente bactérias que encontramos em nosso trato digestivo. A bactéria Escherichia coli é a principal responsável pela ITU, causando 85% das infecções não-hospitalares e 50% das infecções não-hospitalares.

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As infecções do trato urinário (ITU) são resultado da interação entre o hospedeiro e o agente causador. A gravidade da infecção é determinada pela agressividade da bactéria causadora, volume de contaminação e inadequação dos mecanismos de defesa do hospedeiro.

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Tipos

Os tipos, causas e sintomas das infeções urinárias variam de acordo com o local onde há infecção. Existem quatro tipos de infeção urinária:

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Uretrite (infeção na uretra)

Pielonefrite (infeção nos rins)

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Causas

A infeção urinária ocorre quando uma bactéria entra no sistema urinário por meio da uretra e começa a se multiplicar na bexiga. O trato urinário costuma expelir esses organismos estranhos do corpo, mas algumas vezes essas defesas falham e a bactéria em questão passa a crescer dentro do trato urinário, dando início a uma infeção.

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Fatores de risco

As infeções urinárias são mais comuns em pessoas cuja uretra é menor, como no caso do sistema reprodutor feminino, ou seja, o caminho que a bactéria precisa percorrer para chegar até a bexiga é

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menor-Ter vida sexualmente ativa facilita a infeção urinária, especialmente as vaginais.

O uso de alguns tipos de contraceptivos, como espermicidas, também pode ser considerado um fator de risco

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Após a menopausa, as infeções urinárias podem acontecer com mais frequência do que antes, uma vez que a baixa quantidade de estrogênio causa mudanças no trato urinário de modo a deixá-lo mais vulnerável à ação de bactérias

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Sintomas de Infeção urinária

Nem sempre uma pessoa com infecção urinária apresenta sintomas, mas quando surgem, os mais comuns são:

Ardência forte ao urinar

Forte necessidade de urinar, mesmo tendo acabado de voltar do banheiro

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Urina escura

Urina acompanhada de sangue

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Dor pélvica

Dor no reto

Aumento da frequência de micções.

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Prevenção

Algumas medidas podem prevenir infeções urinárias, sejam elas de que tipo forem.

Beba muitos líquidos, especialmente água

Limpe-se após urinar para evitar que bactérias se acumulem no local e entrem no trato urinário

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Urine após relações sexuais para esvaziar a bexiga. Beba muita água para ajudar a diluir a urina também

Use absorventes externos em vez de internos, pois alguns médicos acreditam que isso aumente a probabilidade de infeções.Troque de absorvente cada vez que for ao wc.

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Urine após relações sexuais para esvaziar a bexiga. Beba muita água para ajudar a diluir a urina também

Use absorventes externos em vez de internos, pois alguns médicos acreditam que isso aumente a probabilidade de infeções.Troque de absorvente cada vez que for ao wc.

Realize exercícios de fortalecimento pélvico (períneo) e abdominal.

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Sinais e sintomas de alerta relacionado com alterações do sistema urinário_ Suas implicações

para os cuidados de higiene, conforto e eliminação

A infeção urinária ou ainda infeção do trato urinário, ou ITU, pode acontecer em qualquer parte do trato urinário. As infeções do trato urinário têm nomes diferentes de acordo com a parte do trato urinário infetada.

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Ureteres: os tubos que levam a urina de cada um dos rins até a bexiga raramente são um lugar de infeção

Uretra: uma infeção do tubo que drena a urina da bexiga para fora do corpo é chamada de uretrite.

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Pielonefrites

A pielonefrite é uma infeção do trato urinário superior, que envolve o rim, geralmente causada por bactérias vindas da bexiga, que alcança a pelve renal por via ascendente.

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Existem fatores que podem agravar o quadro de pielonefrite, como:

Sexo feminino: as mulheres são mais propensas às cistites (infeções de bexiga) do que os homens. Isto dá-se em consequência da distância ser pequena e direta, entre a bexiga e a pele (onde as bactérias vivem normalmente);

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Gravidez: durante a gravidez as possibilidades de desenvolvimento desta infeção aumentam.

Obstrução: como tumores, cálculos, estenoses, aumento da próstata, entre outros, podem levar ao aumento da parte interna do rim (hidronefrose) e à infeção renal.

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Diabetes Melittus;

Bexiga neurogénica: quando há problemas nervosos que impeçam a contração da bexiga;

Refluxo vesico uretral: pode ocorrer em crianças, devido a uma anormalidade existente na bexiga que permite que a urina volte em direção ao ureter;

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Desenvolvimento anormal das vias urinárias;

Idade e baixa imunidade: em pessoas mais idosas e com o sistema imunitário comprometido, a pielonefrite pode levar a óbito.

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Os sinais clínicos apresentados podem surgir de forma repentina (aguda) ou progressivamente (crónica), sendo que o paciente apresenta dor intermitente (cólica renal); dor no rim afetado devido ao aumento deste órgão; disúria (dificuldade para urinar); dificuldade ou sensação de urgência para urinar; urina fétida e concentrada; hematúria; sensação de mal-estar com arrepios; náuseas e vômito; febre alta.

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Litíase e cólica renal;

A litíase renal é uma doença causada pela formação de depósitos de minerais (vulgarmente conhecidos como “pedras” ou “areias”) no interior dos rins.

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Em algumas situações, por exemplo quando a urina se torna cronicamente muito concentrada, pequenos minerais (normalmente de cálcio ou de ácido úrico), que são normalmente filtrados pelo rim, vão-se acumulando neste, podendo cristalizar e formar, assim, conglomerados chamados cálculos.

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Estes cálculos que se formam nos rins podem começar a deslocar-se através das vias urinárias, descendo pelos ureteres (canais que ligam os rins à bexiga) até à bexiga.

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Dependendo do tamanho dos cálculos, estes podem conseguir passar através das vias urinárias mais ou menos facilmente. Alguns cálculos de pequenas dimensões (pequenas “areias”) podem eventualmente ser expulsos na urina de forma espontânea.

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Quais os sintomas?

Geralmente, as manifestações da litíase renal surgem devido à deslocação dos cálculos através das vias urinárias. O sintoma mais típico da litíase renal é a dor, chamada cólica renal, que surge precisamente devido à descida e passagem do cálculo através das vias urinárias.

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A cólica renal é uma dor muito intensa que aparece de repente na metade inferior das costas, na cintura ou nas costelas, podendo também ir até à região genital. É uma dor do tipo cólica – isto significa que a dor aumenta e diminui de intensidade, alternadamente, ao longo do tempo.

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A dor não alivia em nenhuma posição, sendo que normalmente não se consegue estar parado (as pessoas que sofrem de cólica renal estão geralmente muito agitadas e irritadas). Habitualmente, a cólica piora ao beber água, pelo que este gesto deve ser evitado.

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Para além da cólica renal, poderão surgir também outros sintomas e sinais, designadamente:

Náuseas e vómitos;

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Dificuldade ou dor ao urinar;

Necessidade urgente de urinar;

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Sangue na urina;

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Incontinência urinária

A incontinência urinária (I.U.) é uma situação patológica que resulta da incapacidade em armazenar e controlar a saída da urina. Em Portugal estima-se que 15 por cento da população masculina e 40 por cento da população feminina seja afetada por este problema.

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A incontinência urinária acarreta custos e despesas enormes e é um aspeto económico que se vai agravar nos próximos anos, já que se assiste a uma tendência de maior longevidade populacional.

O tratamento da incontinência em geral é mais caro para a sociedade que por exemplo o tratamento de cancro da mama ou que o programa de transplantação renal.

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As mulheres em idade ativa são mais afetadas

A incontinência urinária pode ser descrita como uma condição patológica. No entanto, a International Continence Society (ICS) vai mais longe na sua definição, afirmando que, para além de ser um problema de saúde e de higiene, a perda de urina é uma situação com repercussões a nível social e pessoal.

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Muito embora a incontinência urinária seja transversal a ambos os sexos e a todas as idades, o grupo de mulheres em fase ativa – entre os 45 e os 65 anos – é aquele onde o problema assume um caráter mais marcante.

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A incontinência urinária pode ser dividida em dois grupos:

Incontinência de esforço e

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Conhecer o tipo de incontinência

O diagnóstico da incontinência urinária tem início no historial clínico do doente, que descreve em que condições sofre perdas de urina.

Para que se possa optar pelo tratamento mais adequado tem de se fazer um diagnóstico assertivo dos mecanismos e circunstâncias que promovem a incontinência urinária.

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Após a caracterização dos sintomas, um exame físico dirigido com pequenas manobras que tentam mimetizar a perda de urina, dá uma orientação de diagnóstico já bastante preciso.

Os exames complementares passam por uma ecografia, análises gerais e uma citologia urinária

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Sistema Gastrointestinal

Pertencem ao sistema digestivo o tubo digestivo e os órgãos anexos ou glândulas anexas.

O tubo digestivo é constituído por uma série de órgãos que formam um “tubo” por onde passam os alimentos, durante a sua transformação.

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As glândulas anexas, embora não fazendo parte do tubo digestivo, produzem e lançam no seu interior substâncias que têm um papel importante na digestão dos alimentos.

Boca – a boca constitui a primeira parte do aparelho digestivo. É na boca que se inicia a transformação dos alimentos, através da ação da saliva, da língua e dos dentes.

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Glândulas salivares – glândulas anexas produtoras de saliva. Localizam-se perto da boca. São em número de três pares e, em função da sua localização, denominam-se parótidas, sublinguais e submaxilares.

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Esófago – tubo que estabelece a ligação da faringe com o estômago.

Estômago – órgão do tubo digestivo, com paredes musculosas, que desempenha um papel fundamental na digestão.

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Fígado – glândula anexa responsável pela produção de bílis – suco que faz a emulsão dos lípidos – que armazena na vesícula biliar.

Vesícula biliar – órgão em forma de saco onde a bílis fica depositada.

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Pâncreas – glândula anexa ao sistema digestivo que desempenha uma dupla função secretora. Como glândula exócrina, liberta para o duodeno o suco pancreático. Como glândula endócrina, produz e armazena as hormonas insulina e glucagon, que liberta para a corrente sanguínea.

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Intestino delgado – Neste órgão os alimentos são sujeitos a movimentos intestinais, que facilitam a mistura dos alimentos com o suco pancreático, a bílis e o suco intestinal, assim como a sua deslocação ao longo deste órgão.

Intestino grosso – as partes dos alimentos que não são absorvidas passam para o intestino grosso e, após várias transformações, são expulsas pelo ânus sob a forma de fezes.

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Reto – parte terminal do tubo intestinal.

Anus – orifício que termina o tubo intestinal e pelo qual as fezes são expelidas.

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Processo de digestão_Sua importância para a absorção de nutrientes e funcionamento do

organismo

A digestão é um processo químico e mecânico onde ocorre a quebra das moléculas dos nutrientes. Estes nutrientes são os lípidos, as proteínas, os carboidratos e os ácidos nucleicos.

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O caminho do alimento é o seguinte: boca, faringe, esôfago, estômago, duodeno, intestino delgado (jejuno), intestino grosso, reto e ânus, por onde saem as fezes.

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A bílis, produzida pelo fígado, emulsifica gorduras, facilitando a ação das lípases. Os hormónios envolvidos na digestão são: gastrina, secretina, colecistocinina e enterogastrona. Todos secretados por células epiteliais do trato digestivo.

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As enzimas gástricas (do estômago) não quebram carboidratos, mas apenas proteínas, pela ação da pepsina, que é ativada pelo HCl do suco gástrico. A tripsina e a quimiotripsina estão inicialmente na forma de tripsinogénio e quimiotripsinogénio, que são ativados pela enteroquinase no duodeno, quando o suco pancreático ali é lançado.

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O alimento é utilizado como fonte de energia ou construção da matéria viva. O que estiver em excesso será armazenado na forma de lipídios, nos adipócitos (células do tecido gorduroso ou adiposo). Quando há carência de nutrientes, as gorduras começam a ser mobilizadas como fonte de energia e a pessoa emagrece.

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Sucos digestivos e suas funções

São substâncias segregadas por glândulas de vários órgãos do sistema digestivo que permitem a transformação das complexas moléculas alimentares em moléculas mais simples.

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Os sucos digestivos são elaborados pelas glândulas digestivas, como as glândulas salivares, que produzem saliva, as glândulas estomacais, que produzem suco gástrico, o pâncreas, que produz suco pancreático, as glândulas intestinais, que produzem o suco intestinal ou entérico, e o fígado, que produz a bílis.

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O suco gástrico, produzido no estômago, é um líquido claro que atua sobre as proteínas, transformando-as em polipeptídios, para que depois, no intestino delgado, esses polipeptídios sejam transformados em aminoácidos e sejam absorvidos.

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O suco gástrico contém água, enzimas (tais como o pepsinogénio que, em contato com o ácido clorídrico, é ativado como pepsina e tripsina), sais inorgânicos, ácido clorídrico e uma quantidade mínima de ácido láctico.

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O pâncreas secreta o suco pancreático. Quando o alimento chega ao estômago, as enzimas deste suco são estimuladas e excretadas.

O suco pancreático possui enzimas que digerem as proteínas, os carboidratos e as gorduras.

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A bilis é excretada pelo fígado e não possui enzimas digestivas. A sua importância na digestão consiste na presença dos sais biliares, que emulsionam as gorduras para serem digeridas pelas lipases, e ajudam a solubilizar os produtos desta digestão, facilitando a absorção pela mucosa.

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A absorção é o processo pelo qual os nutrientes, resultantes da simplificação molecular dos alimentos durante a digestão, passam para o meio interno, através das paredes do sistema digestivo.

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O processo de absorção ocorre ao nível do intestino delgado, principalmente na zona do jejuno, exceção feita a algumas pequenas moléculas, como o álcool e a cafeína, cuja absorção ocorre logo na boca e estômago.

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No intestino grosso, ao nível do cólon, ocorre também absorção de determinadas substâncias, como alguns aminoácidos e vitaminas resultantes da ação das bactérias da flora intestinal. No entanto, nesta zona do intestino, os nutrientes absorvidos em maior quantidade são a água e os sais minerais.

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A superfície interna do intestino delgado está altamente especializada nos processos absortivos, apresentando uma grande superfície de contacto, em virtude do seu aspeto ondulado, resultante de inúmeras pregas que a recobrem interiormente: as válvulas coniventes.

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A simplificação molecular da digestão permite a formação de moléculas capazes de atravessar o epitélio intestinal, atingindo os vasos sanguíneos e o quilífero, que os transportam depois para diversos pontos no organismo.

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Para os vasos sanguíneos vão ser absorvidos os aminoácidos, glicose, sais minerais, alguns ácidos gordos e vitaminas hidrossolúveis, que vão ser conduzidos até ao fígado pela veia porta hepática.

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Os nutrientes podem ser absorvidos de forma direta ou indireta. Um nutriente é absorvido de modo indireto quando precisa de ajuda de outras substâncias para ser absorvido, como por exemplo, o cálcio, que necessita da presença de vitamina D, ou o ferro, cuja passagem para o meio interno está dependente da presença de vitamina B12

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Eliminação intestinal

Podemos definir eliminação como o processo corporal com as características específicas: movimento e evacuação de resíduos sob a forma de excreção.

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Eliminação Intestinal: movimento e evacuação das fezes pela defecação, habitualmente uma vez por dia e em fezes moles e moldadas. Pode ser influenciada por fatores físicos e/ou psicológicos.

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Atividade gastrointestinal:

Reflexo gastrocólico: quando o bolo alimentar entra no estômago. (é mais forte quando a pessoa come após um período de jejum).

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Peristaltismo: movimenta o que sobrou dos nutrientes através do cólon e sigmoide na direção do ânus.

Reflexo da defecação: tem início quando a massa fecal ou os gases se movem da sigmóidea para o reto. Os esfíncteres anais relaxam.

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Obstipação: conceito; prevenção

A obstipação, também chamada de prisão de ventre ou constipação intestinal, é caracterizada pela dificuldade constante ou eventual da evacuação das fezes, que se tornam ressecadas.

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Esta, não deve ser considerada como uma doença, mas como um sintoma ou efeito de alimentação deficiente, stresse e outros problemas que fazem com que o organismo responda retendo as fezes por um período maior do que o normal.

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Há que mudar o estilo de vida para controlar e prevenir a obstipação:

Prefira alimentos ricos em fibras como a fruta, legumes e cereais, que aumentam o volume das fezes e amaciam-nas, o que facilita a sua progressão pelo intestino; evite alimentos que endurecem as fezes como o queijo, chocolate e o arroz.

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Beba muitos líquidos a água, os sumos de fruta e as sopas previnem a desidratação e ajudam a tornar as fezes mais macias e mais fáceis de movimentar.

Pratique exercício físico caminhar, nadar ou pedalar estimula os músculos do intestino.

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Diarreia: conceito

A diarreia consiste na evacuação de fezes líquidas de forma frequente e sem controlo. É considerada de longo prazo (diarreia crónica) quando o indivíduo evacua fezes líquidas e frequentes por mais de 4 semanas.

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O sintoma mais preocupante da diarreia é a desidratação. Uma diarreia também pode ser acompanhada de dor abdominal, cólicas, náusea e perda do controle do intestino. Algumas infeções que causam diarreia podem também ocasionar febre, calafrios ou fezes com sangue.

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Vómito: conceito; risco de aspiração de vómito

O vómito é a expulsão violenta do conteúdo do estômago através da boca. As náuseas e os vómitos são provocados pela ativação do centro do vómito no cérebro. O vómito é uma das formas mais espetaculares de eliminar do organismo as substâncias nocivas.

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Sintomas

Além da sensação de náusea em si, costuma-se sentir um mal-estar generalizado, falta de vontade de comer, vontade de ficar parado e, em alguns casos, o paciente prefere ficar em uma posição específica, deitado ou sentado para se sentir melhor.

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Geralmente, há outros sintomas associados à náusea que variam conforme a causa. Nas infeções gastrointestinais causadas por vírus ou bactérias, podem ocorrer simultaneamente ou em sequência, dor e distensão abdominal e diarreia.

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Cada uma das outras causas de enjoo é acompanhada de sintomas próprios da doença e é importante que sejam descritos para o médico para que a causa possa ser descoberta e tratada.

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Engasgamento: conceito

O engasgo ocorre quando a traqueia é bloqueada por líquidos, alimentos ou qualquer tipo de objeto. A epiglote, uma espécie de porta da laringe, movimenta-se de acordo com a necessidade. A epiglote fica aberta para a passagem do ar até os pulmões, porém quando engolimos algo a epiglote fecha para impedir a entrada de alimentos pelo canal errado.

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Por apresentar riscos de vida, por provocar asfixia e sufocamento, o engasgo deve ser evitado. Se por acaso houver um engasgo é importante não estimular a pessoa engasgada a empurrar o objeto, é necessário tossir e induzir o vómito.

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Se por acaso a pessoa apresentar pele roxa é sinal de que o engasgo está a impedir a passagem do ar, o que pode fazer com que essa tenha uma paragem respiratória, um desmaio ou situações mais graves.

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É importante também colocar a pessoa engasgada de pé e posicionar-se por trás dessa, a fim de pressionar as mãos na altura entre o umbigo e as costelas, comprimindo a parte superior do abdómen contra os pulmões.

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Sinais e sintomas de alerta relacionado com alterações do sistema gastrointestinal_ Implicações para os cuidados de

higiene, conforto e eliminação

Disfagia

A deglutição é um mecanismo neuro motor complexo que resulta no transporte efetivo do alimento da boca até o estômago, não permitindo a entrada de alimentos na via respiratória (pulmão).

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Sintomas

Os pacientes podem apresentar uma regurgitação nasal e tosse durante a deglutição, como resultado de uma anormalidade na transferência do bolo alimentar da cavidade oral para o esófago.

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A presença de dor sugere a coexistência de um outro sintoma: a odinofagia. A disfagia pode afetar crianças, adultos e idosos, sendo mais comum nesta última faixa etária devido a maior prevalência das doenças causais.

(119)

Dispepsia

A dispepsia é uma dor ou um mal-estar na parte alta do abdómen ou no peito que muitas vezes é descrita como ter gases, sensação de estar cheio ou como uma dor corrosiva ou urgente (ardor).

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A dispepsia tem muitas causas. Algumas são perturbações importantes, como úlceras do estômago, úlceras duodenais, inflamação do estômago (gastrite) e cancro gástrico. A ansiedade pode provocar dispepsia (possivelmente porque uma pessoa ansiosa tende a suspirar ou a inspirar e engolir ar, o que pode provocar distensão gástrica ou intestinal, bem como flatulência e meteorismo).

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Sintomas

Os sinais e sintomas gastrointestinais são diversificados, porém comumente encontramos: epigastralgia, desconforto abdominal, saciedade precoce, náuseas, ânsia e sensação de distensão abdominal superior.

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Esses sintomas podem representar um problema orgânico, quando existe alguma alteração morfológica caracterizada, ou pode ser chamado de funcional, na ausência de lesões estruturais. Dentre as causas orgânicas mais comuns, podemos citar a doença do refluxo gastresofágico, gastrites, úlcera duodenal, úlcera gástrica.

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Úlcera Gástrica e Duodenal

Uma úlcera gástrica é uma escavação que se forma na mucosa do estômago, no piloro (abertura entre o estômago e o duodeno), no duodeno (a primeira parte do intestino delgado) ou no esôfago.

(124)

As Úlceras Gástricas e Duodenais ocorrem principalmente na mucosa gastroduodenal porque esse tecido não consegue suportar a ação digestiva do ácido gástrico (HCl) e da pepsina.

(125)

Pancreatite

Pancreatite é o termo usado para descrever a inflamação do pâncreas. Quando a inflamação do pâncreas ocorre de modo súbito, ou seja, agudamente, estamos diante de uma pancreatite aguda.

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Quando a inflamação é recorrente e há sinais de lesão persistente do pâncreas, chamamos de pancreatite crónica.

Sintomas

Dor abdominal súbita e intensa na zona superior do abdómen, que irradia para as costas e piora com a tosse, movimentos vigorosos ou com a respiração profunda

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Aumento de volume na região abdominal superior

Enjoo, que algumas vezes gera vômito sem eliminação de qualquer conteúdo

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Taquicardia

Desmaio quando o indivíduo fica em pé, devido à queda da pressão arterial nesta posição

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Hepatites

Hepatite é toda e qualquer inflamação do fígado e que pode resultar desde uma simples alteração laboratorial (portador crónico que descobre por acaso a sorologia positiva), até doença fulminante e fatal (mais frequente nas formas agudas).

(130)

Hepatites mais severas podem levar a sintomas mais específicos, sendo o sinal mais chamativo a icterícia, que caracteriza-se pela coloração amarelo-dourada da pele e conjuntivas. Associado pode ocorrer urina cor de coca-cola (colúria) e fezes claras, tipo massa de vidraceiro (acolia fecal).

(131)

Hepatites mais graves podem cursar com insuficiência hepática e culminar com a encefalopatia hepática e óbito. Hepatites crônicas (com duração superior a 6 meses), geralmente são assintomáticas e podem progredir para cirrose.

(132)

Tumores do sistema digestivo

Ao longo de todo o trato gastrointestinal, desde o esófago até ao reto, pode-se desenvolver uma ampla variedade de tumores. Alguns destes tumores são cancerosos (malignos) e outros não o são (benignos).

(133)

Esófago

O tumor benigno mais frequente do esófago é o leiomioma, um tumor do músculo liso. O prognóstico é excelente na maioria das pessoas com leiomioma.

(134)

O cancro do esófago mais frequente é o carcinoma, quer de células escamosas (também chamado carcinoma epidermoide), quer o adenocarcinoma.

(135)

O cancro pode ocorrer em qualquer ponto do esófago. Pode surgir como um estreitamento, uma saliência

ou uma área plana anormal (placa). O cancro esofágico é mais frequente em pessoas cujo esófago se estreitou por terem

ingerido uma substância alcalina, como a lixívia, usada para a limpeza.

(136)

Sintomas e diagnóstico

Dado que o cancro do esófago tem tendência para obstruir a passagem dos alimentos, o primeiro sintoma é a dificuldade em ingerir sólidos. Ao longo de várias semanas este problema progride e a pessoa tem dificuldade em engolir sólidos moles e, depois, até os líquidos. O resultado é uma acentuada perda de peso.

(137)

O cancro do esófago é diagnosticado mediante um procedimento radiológico denominado trânsito de bário. A pessoa bebe uma solução de bário (que é radiopaco), o que permite evidenciar a obstrução nas radiografias do esófago.

(138)

Estômago

Os tumores não cancerosos do estômago não costumam causar sintomas ou problemas médicos. Por vezes, no entanto, alguns sangram ou tornam-se malignos.

(139)

O cancro gástrico é mais frequente em adultos. Menos de 25 % dos referidos cancros ocorre em pessoas com menos de 50 anos. O cancro do estômago é extremamente frequente no Japão, na China, no Chile e na Islândia, enquanto nos Estados Unidos, onde este cancro afeta 8 em cada 100 000 pessoas, a sua incidência está a diminuir por razões desconhecidas.

(140)

Causas

O cancro do estômago começa muitas vezes num sítio onde existe uma inflamação da mucosa. No entanto, muitos especialistas creem que tal inflamação é mais uma consequência do que a causa do cancro.

(141)

Os pólipos do estômago são uns tumores pouco frequentes, arredondados e não cancerosos que crescem para o interior da cavidade gástrica. Considera-se que são precursores do cancro e, portanto, devem ser extirpados. O cancro é particularmente frequente se existirem determinados tipos de pólipos, se estes tiverem mais de 2 cm ou quando há vários deles.

(142)

Pensa-se que certos fatores dietéticos podem participar no desenvolvimento do cancro do estômago. Estes fatores consistem numa elevada ingestão de sal e de hidratos de carbono, na ingestão abundante dum tipo de conservantes chamados nitratos e numa reduzida ingestão de vegetais de folha verde e de fruta

(143)

Intestino delgado

Em geral, os tumores do intestino delgado não são malignos. Os tumores malignos mais frequentes são os carcinomas, os linfomas e os tumores carcinóides.

(144)

Tumores não cancerosos

Os tumores não cancerosos do intestino delgado incluem os tumores anormais das células gordas (lipomas), das células nervosas (neurofibromas), das células do tecido conjuntivo (fibromas) e das células musculares (leiomiomas).

(145)

Intestino grosso e reto

Os pólipos no cólon e no reto são tumores geralmente benignos. No entanto, uma vez que alguns são pré-cancerosos, os médicos recomendam extirpar todos os pólipos desta porção de intestino.

(146)

O cancro do intestino grosso e do reto é frequente nos países ocidentais.

(147)

Os pólipos podem crescer com ou sem pedículo e o seu tamanho varia consideravelmente. O mais habitual é que os pólipos se desenvolvam no reto e no segmento inferior do intestino grosso. É raro que o façam mais acima.

(148)

Sintomas e diagnóstico

A maioria dos pólipos não provoca sintomas, mas o sintoma mais comum é a hemorragia pelo reto.

(149)

Um pólipo grande pode provocar cólicas, dor abdominal ou obstrução intestinal. Em situações raras, um pólipo com uma haste comprida pode crescer através do ânus. Os pólipos grandes com prolongamentos em forma de dedos (adenomas vilosos) podem excretar água e sais, provocando uma diarreia aquosa intensa que pode resultar em valores baixos de potássio no sangue (hipopotassemia)

(150)

O médico pode palpar os pólipos no reto com o dedo, mas normalmente são descobertos durante uma sigmoidoscopia de rotina (exame do reto e da parte inferior do intestino grosso mediante um tubo flexível de visualização).

Referências

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