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Luz Do Oriente II

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Academic year: 2021

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Biog afia de Moki i Okada

r

t

LUZ DO ORIEN E \u2013

T

VOLUME

2

T\u00edtulo do Original:"Toho no Hikari - Guekan" E itora:Sekai Kyusei Kyo \u2013 Atami, Jap\u00e3o Copyright by Sekai Kyussei Kyo \u2013 Atamid

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PREFÁCIO

APRE E TAÇÃO À EDIÇÃO BR S LEIR

S N

A I

A

A publicação de Luz do Oriente, biografia do fundador de nossa Igreja, pela qual ansiei durante muitos anos, é para mim uma alegria insuperável. Ao relembrar, com todo respeito, o esforço de longa data empreendido por todas as pessoas relacionadas a esse trabalho até que ele chegasse à publicação, sinto-me profundamente agradecida.

O título Luz do Oriente foi tirado de uma das caligrafias feitas por Meishu-Sama (nome

religioso de Mokiti Okada), e eu acho que não existe nome mais adequado para enaltecer os feitos e a espiritualidade de nosso Mestre. Com a publicação deste livro, grande número de pessoas poderá conhecer tudo sobre Mokiti Okada — um grande praticante do amor e da justiça, o qual, tendo nascido como cidadão comum, depois de inúmeras provações, tornou-se o manifestante da Glória de Deus.

"Em breve será iniciada a pesquisa sobre Mokiti Okada", disse Meishu-Sama. Creio, pois, que também ele esteja se sentindo muitíssimo satisfeito ao ver concretizadas essas palavras, com a

publicação da presente biografia, por ensejo do seu Centenário.

Como filha de Meishu-Sama, vivi durante muitos anos perto dele. Diversas imagens suas vêm-me naturalvêm-mente ao pensavêm-mento: às vezes, a figura do pai carinhoso; outras vezes, a figura do dirigente que vivia unicamente para a Obra Divina e, ainda, a figura cheia de nobreza que se divertia com as

caminhadas ao lado de Nidai-Sama (Segunda Líder Espiritual), que fazia "ikebana" (vivificação floral) e se interessava pelas obras de arte. L ndo este livro, fiquei admirada de ver reproduzidas, fielmente,e sem nenhum exagero ou adaptação, essas imagens de Meishu-Sama com as quais tive contato como pessoa de sua família. Quanto mais lia, mais me sentia atraída, podendo novamente experimentar na pele a grandiosidade daquele que viveu para cumprir sua missão, e o muito que lhe devemos. Pude,

ainda, conhecer diversos aspectos seus que até então eu desconhecia. Cheguei mesmo a ter a impressão de que ele havia retornado a este mundo e de que eu ouvia bem perto a sua voz, o que me deixou ainda mais saudosa.

Aprender com Meishu-Sama e dele nos aproximar é, para nós, que seguimos o caminho traçado por ele em seus Ensinamentos, um grande desejo e também a meta de todo o nosso esforço. O livro Luz do Oriente é um bom orientador para isso. Desejo que, daqui para a frente, o tenham sempre em mãos e o utilizem como guia, para corresponderem ainda mais à Vontade de Meishu-Sama.

IT UKI OKADAS

Terceira Líder Espiritual da Igreja Messiânica Mundial

(8)

É imensa a minha alegria pela edição, em língua portuguesa, do livro "Luz do Oriente".

Em sua edição original, em japonês, o livro foi publicado em dezembro do ano passado, antecedendo o ano comemorativo do centenário de nosso Mestre; desde então, tem sido muito apreciado pêlos fiéis japoneses, que nele têm encontrado informações que lhes permitem conhecer, ainda mais

profundamente, o sentimento altruísta característico de Meishu-Sama. Através de sua leitura constante, nele podemos, ainda, encontrar diretrizes que nos permitem um melhor posicionamento, nesta época conturbada em que vivemos.

O fato de ele ter sido traduzido e editado em língua portuguesa e estar, agora, ao alcance de todos os brasileiros é, para mim, motivo da maior satisfação.

Meishu-Sama fundou a nossa Igreja com o objetivo de concretizar o Mundo Ideal de Verdade-B

B lo, um mundo de eterna paz. Paralelamente às atividades religiosas, entretanto, apresentou, divulgoue amplamente e, sobretudo, esforçou-se ele mesmo, desde a época inicial, na prática de teorias inovadoras nos campos da política, economia, educação, arte, medicina, agronomia e em todos os demais campos das ciências sociais e naturais. Hoje, por intermédio de seus seguidores em todo o mundo, o pensamento de Mei-shu-Sama frutificou de diversas formas, através de atividades como as do Museu de Arte

M.O.A., voltadas para a salvação através do B lo; a Academia Sanguetsu de Vivificação pela Ror, quee impulsiona a formação do Paraíso através das flores; a Agricultura Natural, que visa a promover a verdadeira saúde do homem; os trabalhos do Instituto de Pesquisas E ológicas, voltados para ac

proteção e preservação do meio ambiente etc.. Temos ainda a M.O.A. que, ultrapassando fronteiras e diferenças étnicas e religiosas, vem desenvolvendo, com espírito de compreensão e ajuda mútua, inúmeras atividades educacionais, assistenciais e culturais.

O pensamento e a filosofia de Meishu-Sama, que fundamentam essas atividades, são de uma amplitude e profundidade imensas. Nem é preciso dizer que, para nós, fiéis da Igreja Messiânica Mundial, Meishu-Sama é o modelo do qual procuramos nos aproximar mais e mais, estudando-O cons-tantemente. Nesse sentido, tenho a certeza de que a publicação deste livro, que registra fielmente sua vida e suas reali-zações — ao lado da publicação de obras como os Ensinamentos ("Alicerce do Paraíso") e as

"Reminiscências de Meishu-Sama" — representa mais uma Luz para seguirmos seus passos e assimilar-lhe o comportamento, manifestação concreta de seu espírito.

Hoje, com o desenvolvimento das diversas atividades messiânicas, pessoas de todo o mundo — e não apenas os membros de nossa Igreja — vêm despertando para o desejo de assimilar o pensamento e a filosofia de Meishu-Sama. Assim, é grande a minha expectativa de que este livro sirva para apresentar ao mundo a divina espiritualidade de nosso Mestre, servindo de ponte para guiar até ele toda a humani-dade.

Finalizando, expresso meus sinceros agradecimentos a todas as pessoas que, direta ou indiretamente, colaboraram para que esta obra viesse a ser editado em língua portuguesa.

T UTOMU NAKAMURAS

Presidente da Igreja Messiânica Mundial

(9)

A publicação do livro Luz do Oriente partiu do desejo da nossa Segunda Líder Espiritual em 1961. Foi formada a Comissão de Compilação da História do Fundador Mokiti Okada e teve início a coleta de dados para a sua execução.

Por ocasião da comemoração dos trinta anos da fundação da Igreja, em 1965, foi possível lançar, como preparação, o livro Reminiscências sobre Meishu-Sama.

Posteriormente, objetivando a publicação de uma biografia completa do Fundador, como parte das atividades comemorativas do seu Centenário, e graças ao desejo e apoio de inúmeras pessoas ligadas à Igreja Messiânica Mundial, em 23 de dezembro de 1981, lançamos o livro Luz do Oriente.

Os 72 anos de vida de Mokiti Okada, que desejou ardentemente concretizar a Verdade e

construir a verdadeira civilização, foram repletos de experiências que abrangiam os campos religioso, empresarial, educacional, artístico e filosófico.

Através de uma investigação o mais fiel possível à realidade, a presente publicação retrata a

ampla trajetória de Mokiti Okada. Embora ainda insuficiente, esta biografia engloba o cotidiano, o ideal e a filosofia de Mokiti Okada e acreditamos que seja capaz de apresentar uma visão geral da vida do Fundador.

Estamos convictos de que este livro oferecerá alimento espiritual e será um seguro norteador para todos nós que, espelhados nos ideais do Mestre, almejamos incessantemente nossa elevação como seres humanos e como participantes na construção do Mundo Ideal.

Atendendo ao desejo de um grande número de admiradores e adeptos de Mokiti Okada,

reeditamos o livro Luz do Oriente. Nesta segunda edição, corrigimos algumas datas e inserimos alguns trechos para maior clareza textual. Modificamos, igualmente, expressões que, sob o prisma do respeito aos direitos humanos, eram consideradas indevidas. Desejamos, sinceramente, que o presente livro faça parte da leitura diária daqueles que, de uma maneira ou de outra, possuem afinidade com a Obra de

nosso Fundador.

Igreja Messiânica Mundial - Maio de 1994

NOTAS DO TR DUTOR

A

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PREFÁCIO... APRESENTAÇÃO À EDIÇÃO BRASILEIRA... APRESENTAÇÃO DA REEDIÇÃO... NOTAS DO TRADUTOR... CAPÍTULO I...

A FUNDAÇÃO DA IGREJA... 1.A RELIGIÃO DA LUZ... a)INSTITUIÇÃO DA DAI NIPON KANNON KAI (Associação Kannon do Japão)...

b)PROPOSIÇÃO... c)KANZEON BOSSATSU 3) E A BOLA DE LUZ... d)AS PUBLICAÇÕES... 2.A EXPANSÃO...

ÍN ICE

D

1- Nos nomes em japonês, utilizamos as seguintes grafias: a) n - para os sons nasais, mesmos antes de p e b.

b) ss - para representar o som de c, mesmo no caso das palavras que têm sido comumente

usadas com um s só, como por exemplo Osaka, que, neste caso, será escrita Ossaka, pois, do primeiro modo, em português, seria normal pronunciar Ozaka.

c) z - para se representar esse som, mesmo quando não seja estritamente necessário. Por exemplo: Kizaemon, que, por estar entre vogais, poderia ser escrito com s.

d) r - no início de palavra deve ser pronunciado com o mesmo som do r de Maria, e não de Henrique ou rua.

e) sh - pronuncia-se como em inglês ( = ch em português.)

f) h - essa consoante, no início das sílabas, deve ser pronunciada com o som aspirado, como o r de rico, e não como o h de híbrido, por exemplo, que é mudo.

g) j - deve ser pronunciado com o som dj.

h) g - pronuncia-se sempre com o som que ele tem na palavra guerra.

2 - Devido à diferença entre as divisões políticas e territoriais do Japão e as do B asil, não foir

possível traduzir os endereços nos moldes brasileiros, dando a idéia exata dos termos. O endereço, por exemplo, da casa onde o Fundador nasceu é:

Tokyo-to, Daito-ku, Hashiba 2 tyo-me 2 ban

Distrito Federal / distrito / localidade ou bairro / conjunto de quadras / número Traduziríamos, então, para:

Hashiba, quadra 2, nº 2, Distrito de Daito, T quio D.F. , o que é apenas uma traduçãoó aproximada.

3 - No caso de trechos extraídos de obras que não são publicações da Igreja, foram citadas as fontes.

4 - Os nomes aqui empregados nem sempre são os de registro. No caso da pessoa ser conhecida por um nome que não é o de registro, utilizou-se esse nome.

(11)

a)MUDANÇA PARA O JIKAN-SO ("Casa de Jikan")6)... b) A PUB ICAÇÃO DA "APOSTILA DA TERAPIA JAPONESA"L ... c)A ELAB RAÇÃO DOS TALISMÃSO ... d)O CURSO KANNON... CAPÍTULO II... 26

DEZ ANOS DE CONTENÇÃO... 1.GYOKUSSEN-KYO, O VALE DO RIO PERFEITO 8)... a)INAUGURAÇÃO DA NOVA SEDE... b)A ATENÇÃO DA SOCIEDADE... 2.AS PRESSÕES... a)INSTITUIÇÃO DA DAI NIPON KENKO KYOKAI (Associação Japonesa de Saúde)... b)A DISSOLUÇÃO DA DAI NIPON KANNON KAI E A "ORDEM DE PROIBIÇÃO DA PRÁTICA DE TRATAMENTOS"...

c)O CASO "OMIYA"... d)"PRIMEIRO CASO TAMAGAWA"... 3.A OBRA DIVINA SOB PRESSÃO... a)A KANNON HYAPUKU KAI (Associação dos Cem Kannon) E O FUJIMI-TEI (Solar de Contemplação do Monte Fuji)...

b)O REINÍCIO DAS ATIVIDADES DE TRATAMENTO...

c)BUSCANDO A LUZ... 4.DE MÃOS ATADAS... a)"SEGUNDO CASO TAMAGAWA"... b)OS MILAGR SOS QUADROS DE CALIGRAFIAO ... c)SOB A FORMA DE "CONFRATERNIZAÇÃO"... 5.À ESPERA DO MOMENTO OPORTUNO... a)A VIDA NO LAR... b)AGRICULTURA NATURAL... c)MINERAÇÃO... d)VIAGENS A DIVERSAS REGIÕES... 6.DIAS DE RESIGNAÇÃO... a)PUBLICAÇÃO DA OBRA "MYONITI NO IJUTSU" ("Medicina do Futuro")... b)ATIVIDADES DE SALVAÇÃO EM FORMA PROVISÓRIA... 7.NOVENTA E NOVE POR CENTO... a)PROGNÓSTICO SOBRE A DERROTA NA GUERRA E CONSELHO PARA OS FIÉIS SE REFUGIAREM...

b)O PERÍODO FINAL DA GUERRA... CAPÍTULO III... 67

O JAPÃO RENASCIDO... 1. TAMAGAWA PARA HAKONE E ATAMI...

a)RUMO À TERRA SAGRADA... b)O SHINZAN-SO (Solar da Montanha Divina) E O TOZAN-SO (Solar da Montanha do Leste)... c)A VIGILÂNCIA... d)O FIM DA GUERRA... 2.A GRANDE EXPANSÃO... a)INSTITUIÇÃO DA NIPON KANNON KYODAN (Igreja Kannon do Japão)... b)O OLHAR DESCONFIADO DA SOCIEDADE... c)AS INVESTIGAÇ ES DA CRIMINAL INVESTIGATION DIVISION DAS TROPAS DE OCUPAÇÃOÕ ...

CAPÍTULO IV... 82

EVOLUÇÃO E APERFEIÇOAMENTO... 1.CONSTRUÇÃO E DESTRUIÇÃO... a)INSTITUIÇÃO DA IGREJA MESSIÂNICA MUNDIAL... b)O GRANDE INCÊNDIO DE ATAMI... 2.A PERSEGUIÇÃO RELIGIOSA... a)INÍCIO... b)INVESTIGAÇÕES RESIDENCIAIS... c)PRISÃO... d)AS TORTURAS MENTAIS... e)CONSCIENTIZAÇÃO DO ESTADO DE UNIÃO COM DEUS... f)SENTENÇA E REFORMA DA ORGANIZAÇÃO... CAPÍTULO V... 98

CONSTRUÇÃO DO SOLO SAGRADO... 1.SHINSEN-KYO (TERRA DIVINA) - SOLO SAGRADO DE HAKONE... a)O PROTÓTIPO DO PARAÍSO TERRESTRE... b)O KANZAN-TEI (Casa de Contemplação da Montanha)... c)O HAGUI-NO-YA (Casa do Trevo)... d)O NIKO-DEN (Palácio da Luz do Sol)... e)O SANGUETSU-AN (Casa de Cerimônia de Chá Monte e Lua)... 2.ZUIUN-KYO (TERRA CELESTIAL) - SOLO SAGRADO DE ATAMI... a)INÍCIO DA OBRA... b)O PLANO DE DEUS... c)O BAIEN (Jardim das Ameixeiras) e a TSUTSUJI-YAMA (Colina das Azaléias)...

d)O KYUSSEI KAIKAN (Templo Messiânico)... e)O SUISHO-DEN (Palácio de Cristal)...

3.AS DIVERSAS INSTALAÇ ES DA IGREJA EM ATAMIÕ ... a)O TOZAN-SO (Solar da Montanha do Leste)... b)A SEDE PROVISÓRIA DO B IRR DE SHIMIZUA O ... c)A SEDE PROVISÓRIA DO BAIRRO DE SAKIMI... d)O HEKIUN-SO (Solar da Nuvem Esmeralda)... 4.O SOM DA CONSTRUÇÃO... a)O GRUPO DE DEDICAÇÃO... b)A CONSTRUÇÃO DOS JARDINS E OS PROFISSIONAIS...

(12)

CAPÍTULO I

A FUN A ÃO DA

D Ç

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(14)

1. A RELIGIÃO DA LUZ

a) INST TUIÇÃO DA DAI NIPON KANNON KAI (Associação Kannon do Japão)

I

O Fundador, que havia começado a trilhar um novo caminho a partir do dia 15 de setembro de 1934, teve a intuição que, de acordo com a Providência Divina, havia chegado o momento de transmitir sem hesitação os Ensinamentos de Deus. Apoiado pela grande sinceridade dos fiéis, que, embora em número limitado, ofereciam uma dedicação fervorosa, ele passava o dia-a-dia compenetrado, tendo em mira a fundação da Igreja.

Sabedor, por meio da Revelação Divina de 1926, do advento do Mundo da Luz, o Mundo

Paradisíaco, e consciente de que, como representante de Deus na Terra, ele era a pessoa que deveria concretizar esse mundo, o Fundador realizou diversos estudos e pesquisas, preparando-se para a ocasião oportuna. Especialmente depois da Revelação da Transição da E a da Noite para a Er

— recebida no Monte Nokoguiri em 1931, através da qual ficou sabendo que a época presente não passa de uma fase transitória do Mundo da Noite para o Mundo do Dia — o propósito de fundar uma religião permanecia em seu íntimo como algo definitivo, sólido e inabalável.

A Transição da Noite para o Dia, esclarecida pela Revelação de 1931, significa uma ampla revolução na cultura, a qual inclui todas as atividades da humanidade. Nesse momento, será efetuada a grande

transição da civilização dirigida pela Cultura Material, que vigorava até agora, para a Nova Civilização, dirigida pela Cultura Espiritual.

Atualmente, a sociedade humana enfrenta inúmeros problemas. Embora se observe um grande progresso nos mais diversos campos, isso nem sempre se liga à felicidade do homem, o que,

evidentemente, é um paradoxo. E a causa desse paradoxo é que os homens contemporâneos, não reconhecendo a existência do espírito, vieram caminhando como bem entendiam, esquecendo-se dos Ensinamentos de Deus. Esse caminhar errado precisa ser corrigido a qualquer custo. A civilização

contemporânea entrou num beco sem saída e irá desmoronar por causa da contradição que encerra em si mesma; após isso, construir-se-á uma nova civilização fundamentada na Vontade Divina. A

transformação será iniciada exatamente nesse momento. Compenetrado na sua missão de executor dessa tarefa e repleto de orgulho e alegria por ser a pessoa encarregada de trazer ao mundo a Luz da

Salvação, o Fundador instituiu, no dia 1º de janeiro de 1935, no bairro de Koji, em T quio, a Dai Niponó Kannon Kai, apresentando-a à sociedade.

O Fundador nasceu no extremo leste do Japão, no dia seguinte ao solstício de inverno. Tendo vindo ao mundo nessa ocasião em que novamente os dias, radiantes da luz do sol, começam a ficar mais longos o Fundador marcou o primeiro passo da ação salvadora de Kannon num ponto de T quio indicado peloó Plano de Deus. Relembrando o mistério de seu destino desde que nasceu e a missão que lhe foi atribuída de ser a "Luz do Oriente", ele extravasou o seu sentimento nos poemas abaixo:

"Penso profundamente No meu destino

De escolhido

Como depositário de Deus, Para salvar o mundo. "

“Finalmente Chegou o momento

Em que todos os cantos do mundo Serão purificados

(15)

A expressão "Luz do Oriente" figura numa profecia sobre a vinda do Salvador divulgada, desde os tempos antigos, numa região do litoral do Mediterrâneo. Representa o nome pelo qual era chamado o "Soberano da Paz" que seria enviado do local da nascente do Sol e através de quem as pessoas seriam salvas. Considera-se que essa é a primeira vez que a expressão aparece registrada na História.

O Fundador conscientizou-se de que o termo "Oriente" referido pela profecia significa o extremo leste do Japão; "Luz" significa a Luz de Kannon, e a expressão "Senhor da Luz", ele próprio. Descobrindo, na sua caminhada até ingressar no mundo da Fé, coincidências misteriosas que

sustentavam suas próprias convicções, ele disse, anos mais tarde: "A expressão ‘Luz do Oriente’ diz respeito à minha pessoa. E istem diversas provas disso, mas a mais evidente é que o extremo leste dox mundo é o Japão, cujo leste é T quio. O nome ‘T quio’ significa ‘Cidade do L ste’, o que mostra que aó ó e cidade está de fato no leste. O leste de T quio é Assakussa; por sua vez, o leste deste distrito é Hashiba,ó local onde eu nasci. Nasci aí e depois vim me mudando gradativamente para o oeste .”Assim, a vida do(1)

Fundador, exatamente como o Sol, que nasce no leste e avança em direção do oeste, foi uma trajetória simbolizada, envolvida e guiada pela Luz. No dia 1º de janeiro de 1935, ele ergueu-se com a Luz da Verdade, ou seja, com a Luz de Kannon.

b) PROPOSIÇÃO

"Fala-se

Na Luz do Oriente, Mas trata-se

Da Luz Salvadora de Kannon. " A Luz do Oriente

Finalmente está se expandindo E, com o tempo, iluminará

O extremo oeste. " A verdadeira salvação

Do Supremo Deus É a Luz do Oriente

Que nascerá no Fim dos Tempos."

A instituição da Dai Nipon Kannon Kai — ponto de partida dos messiânicos — foi realizada às dezoito horas do dia 1º de janeiro de 1935, numa sede provisória situada no bairro de Koji, quadra 1, nº 7-1, a uma distância de apenas quinhentos metros do Ojin-Do.

Antes da cerimônia de instituição, foi realizada, à zero hora desse dia, a entronização da imagem de Hinode Kannon, pintada pelo Fundador. Contrastando com a iluminação da Rua Utibori, as matas do Palácio Imperial mostravam-se escuras, enquanto a chuva traçava linhas brancas. Na presença dos principais fiéis, em número de dezoito, o Fundador entoou a oração Amatsu-Norito. Em seguida,

liderados por ele, todos entoaram respeitosamente a oração Z nguen-Sanji, além de outras orações ee salmos. Com essa solene vibração, abriu-se o ano de 1935 — ano da fundação da Igreja. Terminada a cerimônia, cuja duração foi de uma hora mais ou menos, os fiéis tomaram rumo de casa. A chuva, que

caía até aquele momento, cessou, e todos chegaram a seus lares envolvidos por uma sensação misteriosa. Figura

Cerimônia de instituição da Dai Nipon Kannon Kai. No fundo, à direita, vê-se o Fundador, de lado O dia de Ano Novo foi muito tranqüilo. No pilar do portão da sede provisória da Igreja, foi colocada uma grande placa de "hinoki" (cipreste), árvore cujo nome significa "árvore de fogo", ou "árvore de sol", ou, ainda, "árvore de espírito" e que antigamente consideravam sagrada. Nessa placa, de um metro e setenta, havia um letreiro escrito pelo Fundador: "Dai Nipon Kannon Kai - Sede Provisória".

(1) - O Fundador morou em Assakussa, depois mudou-se para Kyo-bashi e, em seguida, para Omori. Mais tarde,

foi para Tamagawa e depois para Hakone, Atami e Quioto, sempre avançando na direção oeste.

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À tarde, a pequena sede ficou lotada com a presença de aproximadamente cento e cinqüenta fiéis, que chegavam uns após outros.

Às dezoito horas, com a nova música "Yamato Shimane" ("A Ilha Japão"), cantada entusiasticamente ao som do"yagumo koto" , teve início a cerimônia. Ryozo Takemura, presidente da Kannon Kai e(2)

chefe do cerimonial, entoou a oração "Amatsu-Norito" e, após a entrada do Fundador, outra oração. Depois do ofertório de gratidão, todos, liderados pelo Mestre, entoaram a oração "Z nguen-Sanji" ee um salmo, encerrando-se, assim, a cerimônia de instituição da Kannon Kai.

Em prosseguimento, perante os fiéis ali presentes, o Fundador pronunciou as primeiras palavras após a instituição da Igreja. Ele esperara por aquele momento durante longo tempo; assim, nessas palavras vigorosas, estavam contidas a sua grande ansiedade por aquele evento e uma alegria irrefreável. Nesse dia, em que foi dado o primeiro passo com base na Providência de Deus, cada palavra pronunciada pelo Fundador tinha um importante significado, servindo de diretriz para a Obra Divina. Por isso,

compartilhando de sua alegria, os fiéis mostravam-se muito interessados e atentos, para não deixarem escapar uma única palavra.

Figura

Aspecto do treino de "yagumo koto" na Sede Provisória, situada no bairro de Koji

A proposição apresentada na fundação da Igreja intitulava-se "A construção do Mundo da Grandiosa Luz" e tinha o seguinte conteúdo:

"Feliz Ano Novo.

Com a graça de Deus, pudemos instituir a Dai Nipon Kannon Kai, fato que me parece muito alvissareiro. Pretendia fazê-lo mais tarde, mas Kannon estava muito apressado. (...)

Hoje, gostaria de falar sobre a construção do Mundo da Grandiosa Luz, que é o objetivo da Kannon Kai.

Conforme o seu nome indica, trata-se de um mundo sem trevas, construído através da Luz de Kannon, e mundo sem trevas é um mundo sem sofrimento, um mundo sem pecados e males. Com o desejo de

verem surgir um mundo assim, há milhares de anos que santos, grandes religiosos e outros mentores vêm pregando muitos ensinamentos e desenvolvendo grandes atividades. Entretanto, ele não se

concretizou até hoje; não apareceu sequer nada de semelhante. Considerando-se que esse mundo não passava de um ideal da humanidade, até o presente duvidava-se de seu advento. Entretanto, eu afirmo que ele vai se concretizar. "

O Fundador descreveu, ainda, o caminho que ele percorrera até aquele dia. Disse que, no início,

duvidara, mas que, através dos inúmeros milagres que recebera, adquirira absoluta convicção sobre a possibilidade do Mundo Ideal e inabalável certeza de que Kannon o concretizaria por seu intermédio: "Qual a base disso? É o Poder de Kannon.

Até o momento, esse poder nunca havia se manifestado realmente. Sakyamuni pregou a piedade, Jesus Cristo, o amor, e diversos santos ensinaram ao homem o Caminho, mas nenhum deles tinha poder

suficiente para fazer com que seus ensinamentos fossem praticados. Ou melhor: conseguiram que muitas pessoas os praticassem, mas não toda a humanidade. Assim, tudo se limitou a simples profecias e ideais, e o mundo almejado não se concretizou até hoje. A sociedade humana se degradou, entrando num estado de extrema confusão, porque essas religiões ou morais tinham bastante poder, mas não o Poder

Absoluto. Isto é, elas perdiam para o Mal por faltar-Ihes poder.

Finalmente chegou a hora: daqui para a frente, o Poder Absoluto vai se manifestar na Terra. Surgirá um poder desconhecido pela humanidade durante milhares de anos e acontecerão fatos que ninguém sequer imagina. (...)

O mundo é formado por países, constituídos pelo conjunto de seres humanos; os países são constituídos de cidades, bairros e vilas; estes são compostos de famílias, e as famílias, de indivíduos. Por isso, se o indivíduo, que é a unidade, não for salvo, não há condições para que o mundo o seja.

Conseqüentemente, assim como a Fé Shojo, que visa às vantagens individuais, é errada, a Fé Daijo, que sacrifica o indivíduo, também o é. Torna-se, pois, imprescindível que ambas sejam corrigidas, para que o todo seja salvo. O indivíduo é salvo e se aperfeiçoa; ampliando-se isto, o mundo será salvo e se

(2) - Tipo de "koto" que mede cerca de um metro de comprimento, tendo 12,4 cm de largura na parte superior e

11,5 cm na parte inferior. Nesse corpo fino, comprido e reto, estão alinhadas duas cordas paralelas. Não se sabe se esse tipo de "koto" existia no antigo Japão, mas a origem do que é utilizado atualmente, remonta aos meados

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aperfeiçoará. Assim, em primeiro lugar, é preciso que o indivíduo seja salvo. Se o lar é o modelo do mundo, este estará salvo quando aquele se tornar um paraíso e se salvar. (...)

Doravante, com o Poder de Kannon, isso irá ser concretizado. E plicando melhor, surgirão lares isentosx de doenças, miséria e conflitos, e, conseqüentemente, despontará um mundo isento desses males.

Doença, miséria e conflito é o mesmo que doença, fome e guerra, ou seja, as três pequenas calamidades, mas acho mais adequadas aquelas denominações. Sem nenhuma sombra de dúvida, tudo isso será

totalmente eliminado. Até então, por melhor que fosse a Fé professada, não se conseguiam lares isentos dessas desgraças, mas agora, professando a fé em Kannon, eles se tornarão uma realidade. (...)

A construção do Grandioso Mundo da Luz parece ser muito difícil, mas não é tanto assim; basta que o mundo se encha de lares sem doença, miséria e conflito, pois, com isso, ficará banhado de verdadeira paz.

O Poder Kannon é a Luz do Oriente, da qual se fala desde os tempos antigos. Essa expressão, surgida a esmo, na antigüidade, encerra um grande mistério. A partir do dia 4 de fevereiro de 1928 — faz sete anos, portanto — adquiri diversos conhecimentos sobre o assunto, por Revelação de Kannon.

Pacientemente, esperei pela chegada do tempo certo. Ou melhor, fiquei fazendo os preparativos. (. . .) Mas vejamos por que a Luz do Oriente só se manifestou nos dias de hoje.

A cultura do Japão sempre foi importada do oeste, até a própria civilização vinda da China, pois este país localiza-se a oeste do Japão. Creio que puderam compreendê-lo pelo salmo lido há pouco: ‘Vou corrigir a civilização do oeste e construir o caminho do leste, que prosperará pela eternidade.’(...) Retrocedendo no tempo, também se observa claramente que a política, a economia, a educação, enfim, todos os setores da cultura japonesa entraram num beco sem saída, donde se conclui a falência do

espírito ocidental. Inicialmente, introduziu-se no Japão a cultura oriental, isto é, a civilização chinesa e o budismo da Índia; quando ela já havia sido assimilada o suficiente, penetrou a civilização ocidental. Isso é bastante significativo. (. . .)

As primeiras civilizações que surgiram no mundo foram a chinesa e a hindu. Como acontece atualmente com a civilização européia, elas prevaleceram durante longo tempo, em todo o mundo. Depois, a

civilização oriental transportou-se gradativamente para o oeste, dando origem às civilizações egípcia, grega, assíria etc. e, através da civilização romana, desenvolveu-se a civilização ocidental da atualidade. O fato da civilização oriental ter surgido primeiro que a ocidental, encerra um profundo significado e a Providência de Deus para governar o mundo. A civilização oriental é espiritual e vertical, e a civilização ocidental é material e horizontal. Assim, já estava pronto o modelo das duas grandes civilizações.

Também no que se refere à ordem de grandeza, a oriental é uma civilização de caráter restrito, e a

ocidental é de caráter amplo. Podemos compreender isso ao observarmos que o pensamento oriental é egoístico e isolacionista, ao passo que o pensamento ocidental é expansionista. Entretanto, ambas as civilizações, crescendo o suficiente e atingindo a fase de maturação, entram num beco sem saída. É exatamente essa a situação da civilização ocidental hodierna. Assim, tanto o caráter restrito de uma como o caráter amplo da outra são impotentes. A questão, portanto, é saber para onde vão essas duas grandes civilizações. E s a missão da Kannon Kai. A sua união, no final, é a Providência de Deus. Oi ponto de união é o Japão, e a hora da união é a partir deste momento. É como se formar um casal. O noivo, chamado Oriente, e a noiva, chamada Ocidente, se casam, e o padrinho de casamento é Kannon. A criança que nascerá dessa união é a ‘Verdadeira Civilização’, o ‘Mundo Ideal’, tão esperado pela

humanidade — o Paraíso Terrestre, o Mundo de Miroku. O poder, nunca visto antes, que executará a grande tarefa de promover esse casamento, fazendo nascer uma criança bela e perfeita, é, em suma, o Poder Kannon.

A época atual é o momento crítico do mundo para o nascimento dessa civilização. É o momento final e também o momento inicial. A cruz gamada que constitui o emblema da Kannon Kai e existe desde os tempos antigos, simboliza essa união do vertical e do horizontal. As pontas dobradas representam que, depois de feita a união, a cruz começa a girar. Girar significa gerir, movimentar-se para a esquerda. (. . . )

Quando a civilização que, até o presente, veio do oeste, atingiu os 99% de seu desenvolvimento, surgiu uma Luz no extremo leste do Japão (. . .): a Luz do Oriente. Com essa Luz, a civilização que vinha

avançando para o leste e que estava destinada a desmoronar, será reformulada e aperfeiçoada, nascendo a civilização ideal, caracterizada pela harmonia e pela fusão do vertical e do horizontal. Ela se tornará o caminho da Luz, o caminho da eterna prosperidade, e, ao contrário de antes, avançará cada vez mais para o oeste. (. . . )

O ponto de partida da atuação da Luz do Oriente é a instituição desta Igreja, que ora se realiza. Por isso, daqui em diante, ela irá se expandir com grande impulso. O Kannon de Mil B

(18)

conhecido pelo nome de Kannon de Mil Olhos; com os mil braços, ele dá vida a todas as coisas, fazendo-as renfazendo-ascer, e banha-fazendo-as e salva-fazendo-as com a Luz que irradia de seus mil olhos.

A partir deste momento, daqui da Kannon Kai, situada em Koji, no centro do Japão, tem início a

civilização que avança para o oeste. Será construído o Mundo Perfeito, isto é, o Mundo da Grandiosa Luz, objetivado por nós. Por isso, trata-se de um movimento absolutamente inédito. (...) Deus vinha preparando-o de forma latente há mais de dez mil anos, e finalmente esse momento chegou." Assim, mostrando o avanço da civilização ocidental em direção do leste e o avanço da civilização oriental em direção do oeste, o Fundador proclamou vigorosamente a chegada da civilização ideal,

resultante da fusão entre as duas. E essa observação histórica da civilização mundial não foi feita apenas através de uma análise objetiva dos fatos. Ele visualizou aguçadamente o destino da História, que iria se concretizar a partir daquele dia, quando a Luz do Oriente, irradiando-se de Koji onde estava situada a Dai Nipon Kannon Kai, começaria a avançar para o oeste. Plenamente convicto dessa verdade, ele a divulgou com palavras proféticas.

c)

KANZE N BOSSAT U

O

S

(3)

E A BOL DE L Z

A

U

Por trás do fato de o Fundador ter instituído a Igreja com o nome Dai Nipon Kannon Kai, havia uma dedicada trajetória em que ele fora despertando para a sua profunda afinidade com Kanzeon Bossatsu. Desde o ano de 1926, este o acompanhava, protegendo-o e, às vezes, manejando-o livremente. Nessa relação íntima e inseparável, atuavam em prol da salvação da humanidade.

O Fundador, que viera provando incontáveis milagres através da cura de um grande número de pessoas enfermas, foi esclarecendo pontos básicos teológicos, tais como a fonte do poder de salvação que ele próprio manifestava convictamente, a relação enhe Deus e Kanzeon e a sua relação com este. Mas que nível hierárquico de Kanzeon Bossatsu se manifestou ao Fundador?

Nas escrituras budistas, Kanzeon Bossatsu era considerado como materialização da ilimitada piedade que faz a salvação ansiada pelo povo. Não existe nenhuma outra divindade que tenha sido alvo tão

familiar de fé para os povos do Oriente, desde os tempos antigos, a começar pela Índia, China e Coréia. A Fé Kannon, no Japão, foi professada indistintamente por todas as classes sociais, servindo de tema para poemas e histórias, como divindade de grande poder.

Segundo os filólogos, o nome original de Kanzeon Bossatsu é Avalokitesvara, em sânscrito, antiga língua da Índia. Este nome foi traduzido para o chinês como "Kanzeon" e "Kozeon", pelo bonzo e escolástico Kumaraju, do período inicial da Dinastia Tang. "Kozeon" significa "possuidor do nome que concede Luz ao Mundo", e "Kanzeon","pessoa que atende aos pedidos do povo sofredor". Assim, são

considerados como nomes que englobam a grande piedade e virtude de Kannon.

Kannon aparece em muitas escrituras budistas Daijo como encarnação da salvação do mundo, recebendo nomes variados, de acordo com a sua atuação. E iste, por exemplo, o "Fukukensaku Kannonx ("Kannon que não despreza os desejos das pessoas"), o Nyoirin Kannon ("Kannon possuidor do poder de realizar todos os desejos") e outros, como Taissei, B to, B akue, Juitimen, Senjussengan etc. Dizema y que ele apresenta trinta e três faces, conforme o tipo, a hora e o local da salvação que realiza.

Como já mencionamos, antes de fundar a Dai Nipon Kannon Kai, o Fundador compôs a oração "Z nguen-Sanji ". Ele explicou que ela é uma súmula do sutra "Kanzeon Bossatsu - Fumonbon", oue simplesmente sutra "Kannon", o vigésimo quinto dos vinte e oito capítulos do sutra "Myo-horen-gue", chamado comumente de sutra "Hoke".

O sutra "Hoke" influenciou não só a fé e a filosofia, mas também a arte e a literatura budista.

Muitas seitas, considerando-o como uma compilação completa das últimas pregações sistematizadas de Sakyamuni, têm-no como centro máximo de todas as escrituras budistas. Quem lhe deu essa posição foi Tendai Daishi , na China, e, no Japão, o Príncipe Shotoku . O "Hoke Guisho", onde este último(4) (5)

interpretou o sutra "Hoke" e fez uma minuciosa pesquisa ideológica, colocando-lhe observações, está guardado, atualmente, no Palácio Imperial, como propriedade do Imperador. Nele está escrito: "Este não é um livro de alguém de além-mar que se reúne a mim, Príncipe Shotoku, no Japão". Com isso, o príncipe esclareceu que se trata de um livro de explicações elaboradas por ele próprio e não um livro de interpretações budistas transmitidas por adeptos do continente chinês. Segundo pesquisas atuais, há uma tendência a crer-se que essa frase inicial tenha sido acrescentada posteriormente. De qualquer

( (

3) - Kanzeon Bossatsu é o nome completo de Kannon, Kanzeon ou Bossatsu.

(19)

forma, fazendo-se uma análise minuciosa do "Hoke Guisho", percebe-se que o sentido da frase é bem preciso.

O sutra "Kannon" é considerado a parte mais importante do sutra "Hoke" e geralmente veio

sendo venerado como uma escritura independente. Tomando por base o sutra "Kannon" ao fazer, antes da fundação da Igreja, uma oração para ser rezada perante Deus, o Fundador assumiu a mesma posição que o Príncipe Shotoku: não é uma reprodução do pensamento budista; baseia-se na sua própria

subjetividade.

A visão de Kannon pregada por ele, ou seja, a visão de Deus segundo a nossa Igreja, está fundamentada numa interpretação feita através da Inteligência Divina.

No dia 11 de janeiro de 1935, logo após a instituição da Igreja, o Fundador dirigiu aos fiéis uma palestra sobre Kanzeon Bossatsu. Ensinou, então, que este é a encarnação de Deus, tendo ido do Japão para a Índia, onde realizou diversas providências. No sutra "Kegon", das escrituras budistas, conta-se que Z nzai Doji (considerado a encarnação anterior de Sakyamuni) foi procurar Kanjizai Bossatsu noe

Monte Hodaraka, em busca de seus ensinamentos. Esse Bossatsu, explicou ele, é a encarnação de Deus que foi do Japão para a Índia.

Na fase em que o budismo, introduzido no país, foi sendo assimilado pela sociedade japonesa, pregava-se ao povo a teoria sobre a identidade entre Buda e Deus; pregava-segundo essa teoria, ambos possuem a mesma raiz, sendo que Buda é a figura original, e Deus, a sua manifestação. Entretanto, baseado na Orientação Divina, o Fundador pregou o contrário, ou seja, que Deus é a figura original, e Buda, a sua

manifestação.

Foi a primeira palestra oficial que ele fez sobre Kanzeon Bossatsu, o qual atuava em sua pessoa e é o alvo da fé na Dai Nipon Kannon Kai. Desde então, sempre que tinha oportunidade, nas palavras

dirigidas aos fiéis ou nos artigos que publicava, o Fundador, com uma interpretação completamente diferente dos sutras "Daijo", posicionou o Kanzeon pregado por ele acima de Amida e não como

acompanhante deste.

Conforme está escrito na oração "Z nguen-Sanji", relembremos respeitosamente o fato:e

"Sesson Kanzeon Bossatsu desceu do Céu à Terra, manifestou-se como Komyo Nyorai e como Oshin Miroku; tornando-se Gusse no Mikami, ele extermina os três males e as cinco impurezas do mundo, realiza o seu grande desejo de salvar todas as criaturas, estabelece o Mundo de E erna Luz e Gozo. . ."t

Kanzeon é a encarnação de Deus, Criador do Universo, que, para salvar a humanidade, desceu até o nível de Bossatsu (divindade incumbida da conversão e salvação das pessoas e que se situa logo abaixo de Buda). Com o passar e a mudança dos tempos, transforma-se em Komyo Nyorai e depois em Miroku Omikami, estado original de Deus, através do qual passa a atuar. Portanto, Kanzeon Bossatsu, posteriormente Komyo Nyorai, é a própria figura do Criador do Universo, isto é, do Deus Supremo que se manifesta e atua de acordo com cada época.

O Kanzeon Bossatsu, que é alvo da fé na Dai Nipon Kannon Kai, não se limita à concepção budista. Ele não é outro senão o Ente Absoluto, fonte de todas as divindades, Deus Salvador que deseja vivificar todos os seres. O Fundador explicou, ainda, a forma como se manifesta a grande virtude de Kanzeon Bossatsu e como se desenvolve a Providência Divina de salvação, dizendo que, quando o poder de Kanzeon Bossatsu se irradia através dele, é que se manifesta como o "Poder Kannon", capaz de salvar as pessoas e o mundo.

Através de um grande número de misteriosas vivências religiosas, o Fundador conscientizou-se de que esse poder de salvação atuava intensamente na Bola de Luz localizada em seu ventre, a qual é a fonte do milagroso poder de salvação manifestado por ele. A esse respeito, ele escreveu: "Dessa Bola, irradiam-se ondas de Luz infinitamente. E onde se localiza sua fonte? Localiza-se no poder concretizador da vontade de Kanzeon Bossatsu, no Mundo Espiritual; dele me é fornecida uma Luz infinita. Esse poder nada mais é que o ‘Poder Kannon’, também referido como ‘Misterioso Poder da Inteligência Suprema’. Essa Bola de Luz é a que Nyoirin Kannon também possui. "

O Nyoirin Kannon mencionado pelo Fundador é uma das manifestações de Kanzeon Bossatsu, cuja forma varia de acordo com a atuação que vai ter. Consideram-no como o Kannon encarregado de

concretizar todos os desejos e dizem que ele é capaz de atendê-los, de acordo com a sua vontade, graças à misteriosa Bola de Luz que possui.

Na época, entre as pessoas que tiveram a oportunidade de contatar com o Fundador, havia algumas que, tendo a faculdade da visão espiritual, enxergavam a Bola de Luz que estava localizada em seu ventre. Através do poder manifestado por ela, a Obra Divina ia sendo desenvolvida conforme os desígnios de Deus.

(20)

"A Bola de Luz Que possuo,

A cada dia, a cada mês, Vai se expandindo,

E um dia envolverá o Mundo. "

d) AS PUBL CAÇÕE

I

S

O Fundador, que vivia dias atarefadíssimos desde a instituição da Dai Nipon Kannon Kai, em janeiro de 1935, começou a publicar um jornal e uma revista periódica. Devido à missão Divina que recebera de erguer-se, como Luz do Oriente, para a construção do Mundo de Luz, ele deu ao primeiro o nome "Luz do Oriente", e ao segundo, "Mundo de Luz".

O jornal, publicado pela E itora Toko, foi lançado no dia 23 de janeiro, e a revista, no dia 4 ded fevereiro. Neles, o Fundador esclareceu o objetivo, o significado e as atividades da Dai Nipon Kannon Kai, indicou os erros da civilização, lançou aguçadas críticas sociais etc., escrevendo ele mesmo sobre amplos assuntos. Os fiéis, tendo-os como ponto de apoio para a elevação de sua fé, empenharam-se bastante em estudá-los. No estatuto da Dai Nipon Kannon Kai, o Fundador orientou: "Os membros devem, na medida do possível, adquirir e ler os Ensinamentos, revistas e boletins publicados por esta associação, a fim de polirem a sua espiritualidade e estarem a par da situação geral das nossas

atividades." Ao mesmo tempo, distribuiu essas publicações de modo que fossem lidos pelo povo em geral. Na época, as atividades por meio das letras tinham a grande finalidade de abrir o caminho para a difusão.

Figura

Publicações da Dai Nipon Kannon Kai: "Mundo de Luz" e "Luz do Oriente"

As pessoas que estiveram presentes à cerimônia de instituição da Dai Nipon Kannon Kai somavam pouco mais de cento e cinqüenta. Mas, nessa época inicial, quando ela se apresentava como religião, presume-se que chegava a muitas dezenas o número de membros que professavam a fé com todo o entusiasmo, ao lado do Fundador. Com a fundação da Igreja, essas pessoas, servindo a ele de

instrumentos, esforçavam-se pela divulgação da Kannon Kai levando as sementes para a sua difusão através das publicações.

No dia 5 de fevereiro de 1935, o Fundador registrou em seu diário: "A partir de hoje,

Ficou decidido vender, nas casas, O jornal ‘Luz do Oriente’.

E eu saí com esse objetivo, Agora ao entardecer. " Figura

E itora Toko, onde funcionava a redação dos órgãos informativosd

Por aí se percebe que ele colocou grande empenho na publicação e distribuição desses informativos. Shintaro Shimizu, encarregado da redação das publicações, disse: "Acho que ‘Luz do Oriente’ tinha uma tiragem de aproximadamente três mil exemplares, e ‘Mundo de Luz’, duzentos."

O Fundador organizou grupos de propaganda da Dai Nipon Kannon Kai na Sede, na E itora Toko ed em cinco filiais, procurando fazer uma distribuição diligente. Cada grupo era formado principalmente por jovens, rapazes e moças, os quais, batendo de porta em porta, empenharam-se na distribuição das publicações e na difusão religiosa, centralizadas em T quio e nas cidades circunvizinhas, comoó

(21)

Yokohama e Omiya. Conforme já foi mencionado (Vide Luz do Oriente vol.1 p.365), Issai Nakajima, responsável pela Filial Assagaya, e Otomatsu Araya, responsável pela Filial Setagaya, disseram que o único meio de difusão da época era a distribuição de jornais e que a sua renda provinha de uma parte da quantia obtida através dela. Assim, os ministros dedicavam sua vida a essa atividade, trabalhando devotadamente na Obra Divina realizada pelo Fundador.

A E itora Toko, além de ser o local onde funcionava a redação dos órgãos informativos, era também od alojamento do grupo masculino no jornal e dos componentes do grupo de propaganda. Em maio de

1935, foram instalados, em diversos locais da cidade, novos pontos de distribuição, que se tornou diária. Juntamente com essas publicações, continuavam a ser desenvolvidas as atividades literárias. A

composição de "waka" e "kanku" humorístico, atividade realizada sob o nome de "Shofu-Kai" e "Showa-Kai", renovou-se com a fundação da Igreja e passou a ser efetuada sob o nome de "Shion-Kai".

Em seu diário, no dia 16 de janeiro de 1935, o Fundador escreveu: "Realizamos a primeira sessão

De ‘waka’ e ‘kanku’ da ‘Shion-Kai’, Da qual participaram

Cinqüenta e sete pessoas."

O caderno de "kanku" premiado na primeira reunião da "Shion-Kai" intitulava-se "O Esperado Messias", título muito adequado à Igreja que se iniciava trazendo a Luz do Oriente.

O primeiro número da revista literária "Shion" saiu no dia 11 de fevereiro; os números dois e três foram publicados respectivamente em abril e julho. Com o crescimento da difusão e o conseqüente aumento de trabalho, a publicação dessa revista teve de ser interrompida. Mas as atividades literárias continuaram. Os poemas passaram a ser publicados na seção literária do jornal "Luz do Oriente". Esse periódico, muito propagado como transmissor de Luz, foi editado até o número nove; a partir do

número dez, teve o seu nome mudado para "Luz de Kannon", mas, no dia 11 de abril de 1936, foi suspensa a sua publicação. Quanto à revista "Mundo de Luz", embora de forma não periódica, editaram-na até o número cinco.

Figura

Altar da E itora Toko, no andar superior. Vê-se o quadro onde está escrito "Luz do Oriente",d caligrafia reproduzida na capa deste livro

Essas publicações deixaram de ser editadas porque, a partir do final de 1935, a Polícia Especial

começou a fazer freqüentes visitas à E itora, dando início a uma intervenção direta das autoridades; emd 1936, intensificou-se o movimento para dissolver a Dai Nipon Kannon Kai, o que tornou difícil a

continuação das atividades religiosas, a começar pelas publicações.

2. A EXPAN ÃO

S

a)

MUDANÇA PARA O JIKAN-SO ("Casa de Jikan")

(6)

Após a fundação da Igreja, a atividade de difusão expandiu-se de forma espantosa. Como já

mencionamos, aproximadamente cento e cinqüenta pessoas estiveram presentes à cerimônia de

instituição. No dia 1º de maio, quatro meses depois, o Fundador realizou, pela primeira vez, o Culto da Primavera. Dele participaram mais de duzentas pessoas, que lotaram a Sede Provisória. No dia 1º de cada mês, era realizado o Culto Mensal. Naquele 1º de maio estava completando um ano que o

Fundador fora para o Ojin-Do, situado em Koji, bairro do centro de T quio, iniciando suas atividadesó sob o nome de "Tratamento Espiritual de Digitopuntura no Estilo Okada", para comprovar os

resultados da salvação por meio do Johrei. Nesse dia comemorativo, quando o nome do Fundador já se

(6) - Jikan: um dos pseudônimos do Fundador

(22)

propagava fora de Koji e seu poder de salvação passava a ser alvo das atenções de muita gente, ele deve ter sentido uma profunda emoção.

Após o ofício religioso, o Fundador fez uma palestra para os duzentos e poucos fiéis que estavam ali reunidos e nela mencionou a grande expansão alcançada pelas suas atividades desde que inaugurara o Ojin-Do. Ele disse que, assim como havia sido dado um novo passo no mês de maio de 1934, haveria um grande avanço na Obra Divina dali por diante.

No mesmo mês, o Fundador transferiu sua residência para o Jikan-So. A partir de então, como se falará mais adiante, o "talismã" usado pelos membros foi renovado. Em conseqüência, a ministração do

Johrei, que até ali só era permitida a um limitado número de pessoas, passou a ser permitida a qualquer um que freqüentasse as aulas e recebesse o "talismã" com o poder de salvação. Essa era uma abertura inédita.

Em abril, o Fundador pedira a Shimizu que lhe procurasse uma casa para morar, separado do Ojin-Do, o qual se tornara pequeno com o crescimento da Obra Divina. Dois ou três dias depois, Shimizu achou uma casa muito boa, no bairro de Koji, quadra 1. E a uma residência assobradada, em que se fundiamr os estilos japonês e ocidental. Tinha quase o mesmo tamanho da antiga sede provisória de Hanzo-Mon, e o segundo pavimento, onde ficaria o Altar, era bem amplo: 16,20 m2 divididos em dois

compartimentos. As janelas do andar superior estavam pintadas de preto, e as paredes, de vermelho, de acordo com a moda chinesa; o andar de baixo seguia o estilo ocidental. A casa era tão graciosa e o

Fundador gostou tanto dela, que logo resolveu alugá-la, pagando mensalmente 120 ienes. Mudou-se para lá no dia 5 de maio, um ano depois que entrara no Ojin-Do, e deu-lhe o nome "Jikan-So" talvez pelo desejo de torná-la o ponto focal para o amplo desenvolvimento da Obra Divina de Kannon a ser efetuado por ele.

Um ano atrás, quando se mudara para o Ojin-Do, o Fundador deixara a esposa e os filhos no Shofu-So, em Omori. Desta vez, chamou-os para o Jikan-So, onde passou a morar com a família. Na noite do dia da mudança, realizada sem nenhum problema, fez uma comemoração no andar superior da casa, com a participação dos quinze diretores, de Yoshi, sua esposa, e de Mitiko, sua filha mais velha.

b) A PUBL CAÇÃO DA "APOST L DA TE APIA JAPONE A"

I

I A

R

S

Além das atividades iniciais com a instituição da Dai Nipon Kannon Kai, o Fundador também se dedicava ao método de tratamento que viera aplicando desde sua ida para o Ojin-Do, isto é, o

"Tratamento Espiritual de Digitopuntura no Estilo Okada", desenvolvido ativamente como processo de cura por meio do Espírito Divino. Seus eficazes resultados iam aparecendo com o passar do tempo, e

tornavam-se cada vez mais numerosas as pessoas que buscavam a salvação. Paralelamente, aumentava o número daqueles que se interessavam pelo princípio da cura da doença através da Fé e pelos princípios de higiene. Então, depois de sua mudança para o Jikan-So, o Fundador planejou o estabelecimento e a sistematização do princípio da cura da doença, o qual ele descobrira por meio do método de tratamento praticado durante um ano. Mudando o nome desse método para "Terapia Japonesa", pensou em

derrubar, com ele, o extremismo da Ciência, que pendia exageradamente para o materialismo, e torná-lo a chave para dar início à Nova Civilização. Com esse propósito, empenhou-se na formação de pessoas habilitadas na terapia espiritual, fundamentando-se no que escreveu e elaborou de acordo a Orientação Divina.

Figura

"Apostila da Terapia Japonesa" mimeografada

A "Terapia Japonesa", baseada no Espírito Divino do Fundador, recebeu esse nome por ser um poder espiritual de salvação criado por ele, que é natural do Japão. Seu conteúdo foi reunido e publicado num livro intitulado "Apostila da Terapia Japonesa". Esse livro não era impresso. E a uma cópiar

mimeografada do texto manuscrito. No início, como proposição, ele escreveu sobre o princípio e o objetivo do “Tratamento de Digitopuntura no Estilo Okada":

"Esse método de tratamento foi criado por desígnio do Deus Supremo, que deseja eliminar por completo a doença, o maior dos sofrimentos da humanidade. Para concretizar esse objetivo, Ele passou

(23)

a manifestar um grande poder de perfeita união Deus-Homem através do corpo espiritual de Kannon, Sua representação, e do corpo material de Jinsai .(7)

Eu recebi Ordem Divina para executar essa grandiosa obra e, desde então, durante sete anos, em contato com todos os tipos de doentes, vim fazendo estudos e passando por aprimoramentos. Nesse período, graças à orientação espiritual de Kanzeon, consegui resultados surpreendentes, jamais

imaginados pela medicina tradicional. Portanto, sob o novo nome de ‘Terapia Japonesa’, resolvi, agora, iniciar a grandiosa e fundamental providência de salvação da humanidade.

Esse tratamento pode ser efetuado por qualquer pessoa; uma vez recebendo a minha permissão, ela conseguirá uma extraordinária capacidade de cura através do Poder Kannon, que se manifesta através do seu corpo espiritual. "

Depois de publicar esse trabalho, o Fundador iniciou, na sede provisória da Dai Nipon Kannon Kai, a 4 de junho de 1935, o Curso de Terapia Japonesa, com base na apostila. Até ali, investido do Poder

Kannon de Salvação, adquirido por orientação espiritual de Kanzeon Bossatsu, o próprio Fundador ocupara-se dos tratamentos, mas, com o desenvolvimento da Obra Divina, ele planejou a formação de pessoas que também os praticassem.

Na época inicial da Dai Nipon Kannon Kai, a aplicação do método de salvação só era permitida a treze diretores. Eles curavam as doenças colocando no local da enfermidade um papel ou leque chamado "miteshiro" com palavras escritas pelo Fundador. Assim, na época em que foi fundada a Dai Nipon Kannon Kai, apenas um limitado número de discípulos tinha permissão para ministrar Johrei. Figura

Certificado de qualificação de terapeuta outorgado aos que concluíam o curso

Entretanto, captando que, a partir do dia 5 de maio, a Obra Divina caminhara para uma nova fase, o Fundador resolveu permitir a ministração do poder de salvação a um grande número de fiéis. Foi para formar elementos humanos que ele abriu o Curso de Terapia Japonesa, o qual deu origem,

posteriormente, ao Curso Kannon, mencionado mais adiante; o espírito deste último foi herdado pelo atual Curso de Iniciação.

O Curso de Terapia Japonesa tinha a duração de uma semana, constando da observação de práticas de Johrei e da leitura completa da apostila. Àqueles que o concluíam, era atribuída a qualificação de

terapeuta. Fazendo-se esse curso e usando-se o talismã com as palavras "Poder Kannon de

Tratamento" escritas pelo punho do Fundador, era possível manifestar-se infinito poder de salvação. Assim, o poder do Johrei, até então manifestado através de leques, passou a sê-lo através de talismãs. Como resultado, o Johrei, que só o Mestre ministrava diretamente, com as palmas das mãos, foi

permitido aos seus discípulos e a um grande número de fiéis. "O misterioso Poder Kannon

Salva a humanidade Através das pessoas. " Figura

Diploma outorgado aos que concluíam o curso. Assinatura: Korin (pseudônimo do Fundador)

No boletim "Dai Nipon Kannon Kai", publicado no dia 11 de novembro de 1935, constam os nomes de cento e uma pessoas que concluíram o curso de terapeutas até aquela ocasião.

c) A E ABORAÇÃO DOS TAL SMÃS

L

I

"Até as letras escritas A tinta carvão, Em papel branco,

Emitem Luz

Pelo Poder Kannon. "

7) - Um dos pseudônimos do Fundador.

(24)

“No poder

De cada uma das letras, Está a misteriosa Obra Divina que salva

A vida das pessoas. " Figura

"Luz Intensa" e a imagem do Kannon de Mil B aços, o novo talismã protetor Figura

Talismã que permitia a ministração do Johrei:"Poder Kannon de Cura" r

figura Figura

Caixa de paulóvnia para guardar o talismã Figura

Talismã primitivo: "Luz"

Antes mesmo da fundação da Igreja, o Fundador criara um talismã que servia de protetor para a pessoa. Depois da mudança para o Jikan-So, ele criou mais dois tipos: um novo talismã protetor e aquele que permitia ministrar Johrei a outras pessoas e salvá-las.

O primeiro talismã protetor possuía a palavra "Luz" , escrita pelo Fundador; o novo continha as palavras "Luz Intensa" e a imagem do Kannon de Mil B aços, colocadas num mesmo invólucro, e ser usava pendurado ao pescoço. Com esse talismã não se podia ministrar Johrei, mas, pelo simples fato da pessoa enferma tê-lo no peito, ela ficava banhada pela Luz de Kannon e pela divina espiritualidade do Fundador; havia ocasiões em que esse talismã podia ser emprestado a doentes graves, por exemplo. O talismã que permitia a ministração de Johrei a terceiros continha as palavras "Poder Kannon de Tratamento" ou "Poder Kannon de curar doenças", escritas em sentido vertical. Normalmente, ficava guardado numa caixa feita de paulóvnia; na hora da ministração do Johrei, que se fazia através das palmas das mãos, ele era pendurado ao pescoço. Pode-se dizer que esse talismã correspondia ao atual "Ohikari”; que possibilita qualquer pessoa ministrar Johrei, quando ela se converte à Fé Messiânica. Entretanto, como já foi dito, ele era outorgado apenas àqueles que, tendo cursado as aulas para se habilitarem a praticar a cura das doenças por meio do Espírito Divino, recebiam do Fundador a qualificação de terapeuta.

d) O CURSO KANNON

Tendo instituído a Dai Nipon Kannon Kai, seguindo a determinação Divina, o Fundador lançou-se à obra de construção do Paraíso Terrestre. Ele estava convicto de que o poder de salvação atribuído por Deus e a Verdade ensinada por Este eram os dois pilares para a concretização desse ideal. A "Apostila da Terapia Japonesa" explicava da forma mais comprobatória possível o poder de salvação atribuído por Deus; relacionado com ela, o Curso Kannon esclarecia a Verdade baseada na Revelação Divina,

como, por exemplo, a Providência de Deus, a verdadeira natureza de Kanzeon Bossatsu, a realidade dos Mundos Divino, Espiritual e Material e a missão do homem.

O Curso Kannon teve início no dia 15 de julho de 1935. Quatro dias antes, o Fundador dissera, explicando o seu conteúdo:

(25)

"Os ensinamentos da Kannon Kai — embora a palavra "ensinamento" não seja adequada —

são de compreensão muito difícil, devido aos costumes urgentes. Por isso, vou sistematizá-los e abrir o Curso Kannon.

E planarei algo que não existe em nenhuma religião ou organização similar. Trata-se do verdadeirox aspecto da execução do Plano de Deus para o Céu e a Terra. Vou esclarecer, em todos os sentidos, que Deus construirá o Mundo de Luz por meio desta Igreja.“

O conteúdo do Curso Kannon, bem como a data e o número de alunos, era o que consta na tabela abaixo.

DATA CONTEÚDO Nº DE

AL NOSU

15/07/35 - 1ª aula - O objetivo de Deus Supremo e o verdadeiro aspecto da

execução do Seu Plano para o Céu e a Terra. 114

25/07/35 - 2ª aula - A origem da Religião e a vinda do Salvador. 127 05/08/35 - 3ª aula - A verdadeira natureza de Kanzeon Bossatsu.112

15/08/35 - 4ª aula - A realidade dos Mundos Divino, Espiritual e Material123 .

25/08/35 - 5ª aula - A essência do B m e do Mal e a construção do Mundo de Luz.e 05/09/35 - 6ª aula - A missão do Japão e dos outros países. 140

15/09/35 - 7a aula - A doença;princípios e métodos infalíveis para se obter a

saúde. 140

Assim, durante três meses, o Fundador ministrou, ele mesmo, o curso sobre a doutrina da Kannon Kai. Àqueles que assistiram às sete aulas, foi atribuída a qualificação de "Sendo-shi" (missionário).

Esse curso tornou-se a base da doutrina da Kannon Kai e a maioria daqueles que concluíram o Curso de Terapia Japonesa também participaram dele e se tornaram missionários.

No dia 5 de outubro de 1935, encontramos o seguinte poema registrado no diário do Fundador: "Na primeira aula

Do segundo curso Eu também palestrei

Durante cerca de uma hora. "

Após o término da sétima aula, no dia 15 de setembro, tivera início o segundo curso, a partir do qual o Fundador designou sete pessoas — Mitsuo Massaki, Shinjiro Okaniwa, Shintaro Shimizu, Issai

Nakajima, Shiguenori Matsuhissa, Yoshihiko Kihara e Tomozo Hida — para ministrarem o Curso Kannon como seus auxiliares. As apostilas acabaram não sendo editadas e por isso cada participante anotava em seu caderno as aulas do Fundador. O curso posterior foi ministrado com base nessas anotações.

(26)

CAPÍTULO II

DEZ AN S DE

O

(27)
(28)

1.

GYOKUSSEN KYO, O VALE DO RIO PERFEITO

-

(

8)

a) INAUGURAÇÃO DA NOVA SE E

D

A Dai Nipon Kannon Kai, instituída em janeiro de 1935 numa sede provisória situada no bairro de Koji, crescia dia a dia, e, poucos meses depois, o prédio já se tornara muito pequeno. Ficou, então, decidida a compra de um terreno e de um prédio adequados para lhe servirem de sede. Tamagawa, às margens do Rio Tama, no extremo sul de Setagaya, subúrbio ao sul de T quio, foi o lugar maisó

indicado, entre muitos outros. Havia muito tempo que o Fundador amava as límpidas águas desse rio e desde o início da E a Showa compunha poemas sobre ele:r

"Nas noites enluaradas, O límpido Rio Tama

Dos mudados campos de Mussashi Continua como nos tempos antigos."

“A bruma No extremo

Dos campos de Mussashi, O Monte Fuji e o Rio Tama. "

No dia 5 de junho de 1935, o Fundador saiu à procura de uma casa, pelas margens do Rio Tama: "Decidido a procurar um local

Onde a sede viria a ser instituída, Fui a Tamagawa,

L vando Shimizue Em minha companhia.”

Entretanto, naquele dia ele não achou um local adequado. Dizem que o poema abaixo talvez tenha sido composto nessa ocasião:

"Minha esposa disse: Vamos construir Uma casa na colina

Por onde corre o baixo Rio Tama E morar lá. "

Dez dias depois, o Fundador foi novamente a Tamagawa, desta vez acompanhado de Yoshi, Shimizu, Inoue e Ryozo Takemura, que era natural daquele lugar. Visitando o templo que abriga o jazigo da

família de Takemura, ficaram sabendo que a casa do conde Kenjiro Den estava à venda e imediatamente se dirigiram para lá. Aproximadamente três meses depois, no Culto Mensal de setembro, o Fundador relatou de forma minuciosa a impressão que teve por ocasião da ida a essa casa :

"Quando vi o local, minha surpresa foi enorme. E a tão magnífico, que fiquei paralisado. Er

então: ‘É esse! Já estava preparado por Deus!’ Situa-se no ponto mais alto da região, possuindo um jardim de formato esplêndido; sua área é de 25 mil metros quadrados. Mais da metade do terreno (cerca de 16 mil metros quadrados) é muito boa. Daí se avista, logo abaixo, um pomar de pêssegos, seguido de um arrozal. Mais adiante fica o Rio Tama, dando para se ver uma ponte a partir da qual se sucedem várias colinas dos campos de Mussashi. Posso afirmar que não há, na cidade de T

(29)

Completamente embevecido com o local que encontrara, o Fundador extravasou seu sentimento neste poema:

"O Gyokussen-Kyo Adequado para a lua,

Para a flor

E também para a neve, É a Flor do Paraíso. " Figura

Foto tirada no dia 25 de junho, dez dias depois da visita a Tamagawa, quando o Fundador foi pescar no Rio Tama com os fiéis

Para o Fundador, que, naquela época, passava dificuldades financeiras, a aquisição de uma propriedade tão grande como aquela era uma utopia. Entretanto, de forma rápida e inesperada, abriram-se as

portas para essa transação. Uma pessoa que costumava receber Johrei com Shinjiro Okaniwa, o qual fazia difusão em Omori, era muito íntima da família Den, e graças à sua ajuda o Fundador pôde

adquirir por um preço bem baixo os 16 mil metros quadrados que tinham a bela visão panorâmica mencionada linhas atrás. Nesse local, havia glicínias brancas e lilás, coisa muito rara em T

também o pinheiro plantado pelo Imperador Kinjo quando lá estivera. Tratava-se, portanto, de uma(9)

propriedade famosa.

O preço final ajustado era 98 mil ienes, e, na época, o Fundador só dispunha de 5 mil. Todavia, como o proprietário se propôs a entregar a casa mediante 10 mil ienes de sinal, ele fez um empréstimo de 5 mil e pagou a quantia estipulada, mudando-se para lá no dia 1º de outubro:

Figura

Parte da casa do Gyokussen-Kyo e a latada de Glicínias. À esquerda podia-se avistar, ao mesmo tempo, o Rio Tama, a cordilheira Tanzawa e o Monte Fuji

"Mudamo-nos Para o Gyokussen-Kyo Num dia tranqüilo, de sol,

E nem vento havia. "

O contrato de venda da propriedade de Tamagawa firmou-se em condições extremamente favoráveis; entretanto, depois que o Fundador para lá se mudou, as coisas não correram muito bem. No final de 1937, surgiu um desentendimento com a família Goto, que já havia adquirido metade da parte norte do terreno, em torno dos direitos de propriedade da área onde ele se estabeleceu. A disputa, iniciada nessa época, durou até 1955, pouco antes da ascensão do Fundador.

Figura

Portão principal do Gyokussen-Kyo

"Morando na tão desejada Vila de Tamagawa,

Aprecio o Monte Fuji De manhã e de tarde. "

No dia 10 de outubro de 1935, dez dias depois da mudança, foi realizada pomposamente, a partir das treze horas, a cerimônia de inauguração da Sede Geral da Dai Nipon Kannon Kai.

Foi um dia agradável, abençoado por um tempo maravilhoso. No palco ao ar livre, instalado para aquela cerimônia numa área de mais de 5 mil metros quadrados, foi construído um altar de

aproximadamente 1, 7 metro, e o som do"yagumo koto" ecoava solenemente.

(9) - Imperador na época, tendo assumido o poder em 1926.

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Após a palestra do Fundador, realizou-se uma festa. Todos os presentes passaram momentos alegres até o entardecer. Da colina a que o Mestre deu o nome de Colina B nsho, puderam apreciar a paisagema

outonal do límpido Rio Tama, as montanhas de Tanzawa, que se erguem além do rio, e o sagrado Monte Fuji, o qual podia ser avistado ao longe.

A cerimônia de inauguração da Sede Geral da Dai Nipon Kannon Kai ocorreu exatamente dez meses e dez dias depois da cerimônia de instituição dessa entidade, na sede provisória, em Koji, no dia 1º de

janeiro daquele ano. Misteriosamente, o nascimento da nova sede levou quase o mesmo tempo que o ser humano permanece no ventre materno. A partir de então, a Sede Provisória de Koji foi transformada na Sede de T quio. O número de fiéis elevava-se, agora, a aproximadamente seiscentas pessoas, e o númeroó de filiais, a onze.

Figura

Cerimônia de inauguração da Sede Geral da Dai Nipon Kannon Kai Figura

O Fundador pouco depois que se mudou para Tamagawa

Na primavera de 1936, o Fundador compôs um poema enaltecendo a beleza natural do Gyokussen-Kyo e mostrando a importância desse lugar, que ele disse ser o ponto básico da Obra Divina, o local de onde se expandiriam os Ensinamentos de Deus.

"Vigorosamente,

A Luz dos Ensinamentos da Verdade Começa a se irradiar,

Partindo do Gyokussen-Kyo. "

Imbuído desse sentimento, o Fundador desenvolvia a grande obra de salvação do mundo com um entusiasmo cada vez maior.

b) A ATE ÇÃO DA SOCIE ADE

N

D

No dia 17 de outubro de 1935, uma semana depois da cerimônia de inauguração da nova sede, o Fundador registrou em seu diário:

"Um indivíduo chamado Tizaki Veio à minha procura

Com o desejo de entronizar A Imagem da Luz Divina Em Jossankei, Hokaido. "

Tizaki, cujo primeiro nome era Ussaburo, exercia, na época, o cargo de diretor e gerente da Jossankei Otaru Estradas de Rodagem S/A, firma situada na cidade de Otaru, em Hokaido. Administrava,

também, uma empresa construtora chamada Grupo Tizaki, sua ocupação original, e lidava com os mais diversos tipos de empreendimentos. Após a Segunda Guerra Mundial, foi eleito deputado federal, vindo a falecer com cinqüenta e quatro anos, em 1951. Tizaki era um ardoroso fiel de Kannon, do qual

entronizou um total de trinta e três imagens: trinta e uma em Jossankei, estação de águas termais localizada nos arredores de Saporo, e duas na praia de Assari, próxima daquele local. A décima oitava imagem entronizada por ele, de Iwato Kannon, foi pintada pelo Fundador. No número cinco da revista "Mundo de Luz", órgão informativo da Dai Nipon Kannon Kai, saiu um artigo relatando essa

entronização, realizada em Jossankei no dia 26 de outubro de 1935. A imagem de Iwato Kannon continuou sendo cultuada naquele local e ainda hoje é visitada por muitos peregrinos.

Figura

(31)

Na nova sede, foram realizados, em seguida, os Cultos Mensais de novembro e dezembro e, no dia 11 de novembro, o Culto de Outono, passando-se a desenvolver entusiásticas atividades religiosas. Figura

Culto de Outono. O Fundador aparece no centro, de frente. Compareceu a esse Culto uma caravana da Filial Omiya

"O primeiro Culto de Outono Foi grandioso.

Participaram cerca De trezentos fiéis. "

Por esse poema, registrado no diário do Fundador, podemos constatar a grande atividade que então se desenvolvia. Justamente nessa época, foi publicado no Jornal Hibi, de T quio, datado de 17 deó

dezembro, o artigo de Soiti Oya (10) sobre a Dai Nipon Kannon Kai. Figura

O artigo sobre a Dai Nipon Kannon Kai publicado no Jornal Hibi. Esse artigo é o primeiro que aparece sobre a Igreja nos meios de comunicação (Propriedade da B blioteca do Congresso Nacional)i

Com estas manchetes:

"O surto de religiões parecidas"; "O astro de sucesso atualmente";

"O Mestre possuidor do Poder Kannon"; "Misteriosas graças materiais" ,

foi publicada a foto do Fundador e a foto espiritual do Dragão Dourado. O texto era o que se segue: "Hanzo-Mon, situado no bairro de Koji, em T quio, fica bem próximo do novo prédio do Congressoó

Nacional e da Polícia Metropolitana. Indo um pouco mais adiante do ponto de ônibus Hanzo-Mon, encontra-se um pilar quadrado onde está escrito ‘Dai Nipon Kannon Kai’. Como me disseram que

aquele era o local onde atuava o novo ‘deus’ de tanto sucesso ultimamente, experimentei ir até lá há uns dois ou três dias atrás."

A seguir, Soiti Oya nos diz que, no andar térreo, ouviu de um senhor de aproximadamente trinta anos o relato de vários casos milagrosos. E prossegue:

"Se ele é um ‘deus’ tão milagroso assim, quero vê-lo mesmo que seja apenas uns instantes", disse eu. “Conduziram-me, então, à sala do ‘Grande Mestre’, no andar superior. No centro, estava um homem parecido com o escritor Tosson Shimazaki, mas um pouco mais jovem, de cabelos bem brancos, e, ao seu lado, alguns homens e mulheres.”

O jornalista diz que perguntou ao Fundador o motivo pelo qual fundara uma nova religião, a relação entre ele e Kanzeon Bossatsu, entre a religião e a cura das doenças etc. E acrescenta:

"No alto, entre o teto e a porta, está afixado o preço do tratamento: na primeira vez, 2 ienes, e na segunda, 1 iene. Também está afixado o preço do tratamento a domicílio: 5 ienes na primeira vez, e 2 ienes na segunda. Parece que o ‘deus’ também dá consultas domiciliares e é bem mais careiro que os médicos da cidade. Apesar de ter iniciado esse trabalho no dia 1o. de janeiro do corrente ano, ele recebe de quarenta a cinqüenta doentes por dia, contando com mais de dez filiais, dentro e fora da cidade. (. . . ) "

É interessante, porém, que esse artigo de Soiti Oya chegou ao conhecimento de Keijiro Takeuti, médico que sofria de apoplexia e estava em tratamento. Takeuti foi procurar o Fundador no dia 6 de janeiro de 1936, menos de um mês após a leitura do artigo, e, através do Johrei, seu estado de saúde melhorou muito. Ele imediatamente se tornou membro e, utilizando-se da sua posição de médico, passou a colaborar com as atividades religiosas do Fundador.

(10) - Nasceu em 1900, na cidade de Ossaka, e faleceu em 1970. Desde pequeno demonstrou habilidade para as

letras e, ainda jovem, depois de abandonar a Universidade de T quio, entrou para o mundo do jornalismo.ó Através do "Jinbutsu Hyoron", revista fundada por ele em 1933, ficou conhecido pelas suas críticas mordazes.

Referências

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