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CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

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Academic year: 2021

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FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS DE CAMPOS GERAIS

CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

LUCIANA CIDILAURA CARVALHO

VALQUÍRIA PEREIRA

Anatomia bucofaringiana de Galeocharax kinerii (peixe cigarra) proveniente da represa de Furnas.

Campos Gerais

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LUCIANA CIDILAURA CARVALHO

VALQUÍRIA PEREIRA

Anatomia bucofaringiana de Galeocharax kinerii (peixe cigarra) proveniente da represa de Furnas.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Ciências Biológicas da Faculdade de Ciências e Tecnologia de Campos Gerais para obtenção do título de BACHAREL em Ciências Biológicas.

Orientadora: Profa. Ms. Andrea Silva Oliveira Camargo

Co-orientador: Prof. Dr. Gabriel Silva Pinto

Campos Gerais

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FOLHA DE APROVAÇÃO

Título: “Anatomia bucofaringiana de Galeocharax kinerii (peixe cigarra) proveniente da represa de Furnas”.

Autoras: Luciana Cidilaura Carvalho Valquíria Pereira

Orientadora: Profa Ms. Andrea Silva Oliveira Camargo Co-orientador: Dr. Gabriel Silva Pinto

Aprovado como parte das exigências para obtenção do Título de BACHAREL em CIÊNCIAS BIOLÓGICAS pela Comissão Examinadora.

____________________________________ Profa. Ms. Andrea Silva Oliveira Camargo

Orientador – FACICA

___________________________________ Prof. Dr. Gabriel Silva Pinto

Co-orientador-FACICA

____________________________________ Profa. Ms. Poliana de Oliveira Coelho

Campos Gerais, 05 de dezembro de 2011.

___________________________________ Profa. Ms. Andrea Silva Oliveira Camargo

Presidente da Comissão Examinadora Orientador

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DEDICATÓRIA

Dedico primeiramente a Deus, fonte de minha sabedoria e esforço, que me deu forças, sempre me iluminando para a conclusão desse trabalho.

A minha Professora orientadora e amiga querida Andrea Silva Oliveira Camargo, que sempre me ajudou e me deu a oportunidade de auxiliá-la no Laboratório de Pesquisas Anatômicas de Peixes da FACICA, pela alegria que ela sempre teve no olhar ao esclarecer minhas dúvidas, pois sem ela este trabalho não seria concluído.

Ao co-orientador o Professor Gabriel S. Pinto, pela dedicação e alegria em ajudar nas correções do trabalho, para que o mesmo fosse concluído.

A minha Mãe e minha Avó em memória, que de certa forma me ajudaram nessa fase tão especial da minha vida.

A minha família adotiva, meus tios Ricardo José de Abreu e Maria Dulcia de Abreu, pela força, dedicação e amor, que sempre me incentivaram nos estudos, a minha tia Valda, pela ajuda nos momentos difíceis.

A minha amiga e companheira de pesquisa Valquíria Pereira, pelas horas boas de trabalho e pelo esforço, que tivemos para conseguir concluir nosso trabalho.

Ao meu namorado Ueigras Lima, por sempre me ajudar nas horas mais difíceis da vida onde achamos que tudo esta perdido mais ele sempre me ajuda a encontrar o caminho.

Ao meu pai, Marildo Ramos de Carvalho pescador profissional, pela ajuda com a pesca dos exemplares utilizados nesse trabalho.

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DEDICATÓRIA

A Deus, pela idealização deste sonho e presença em todos os momentos de minha vida.

A meus pais, José Francisco Pereira, Zélia Lourenço de Sousa Pereira, imensamente por mais este sonho realizado.

Aos meus irmãos, Marcílei Pereira, Margarete Aparecida Pereira, Heloisa Pereira, Paulo Henrique Pereira e ao meu noivo Edimilsom Batista dos Santos, pelo amor compreensão nos momentos em que precisei de ajuda.

Aos meus amigos e familiares por sempre estar ao meu lado, com um sorriso e uma palavra de otimismo.

Aos colegas de sala muito obrigada pelo companheirismo e amizade nestes quatro anos tão maravilhosos.

Aos professores por ministrar suas aulas com o devido respeito e empenho ajudando nos a buscar o conhecimento cientifico.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço á Faculdade de Ciências e Tecnologias de Campos Gerais - FACICA, pela oportunidade de cursar Ciências Biológicas, por toda a oportunidade que nos foi concedida em suas instalações.

Agradeço a Professora Andrea S. O. Camargo, pela ajuda e dedicação nas pesquisas no Laboratório de peixes, pela disponibilidade de seu tempo nas horas de dúvidas, pela sua alegria em me ajudar para que este trabalho pudesse ter fundamentos te iniciação científica, pelo nível que foi trabalhado, por toda orientação necessária de seu conhecimento como Mestra em Ciência Animal.

Agradeço ao Professor e Dr. Gabriel S. Pinto por toda orientação e ajuda que foi de grande importância para com esse trabalho, pela sua disposição em ajudar na conclusão do mesmo, pela alegria que sempre me recebeu nas horas de dúvidas e correção desse trabalho.

A todos meus professores desses quatro anos de luta, pelos ensinamentos que foram de extrema grandeza durante todo o curso, para que eu seja uma grande profissional na área como bióloga.

Aos meus tios, Ricardo Jose de Abreu e Maria Dulcia de Abreu, que me acolheram e me deram amor e carinho e me ajudaram a conseguir um diploma digno e ser alguém na vida.

Ao meu namorado Ueigras Lima, que esta comigo em tudo que faço, me apoiando sempre.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por esta oportunidade;

Agradeço Faculdade de Ciências e Tecnologias de Campos Gerais - FACICA, oportunidade de realizar o curso;

A minha orientadora, Professora Andrea Silva Oliveira Camargo, por toda confiança, apoio, auxílio e incentivo;

Ao Prof. Gabriel S. Pinto, pela sua colaboração e contribuição como co-orientador deste trabalho;

A minha amiga e companheira, Luciana Cidilaura Carvalho, pelo apoio, paciência e companheirismo e com quem compartilhei momentos de aprendizado e conhecimento;

Aos meus pais, José Francisco Pereira, Zélia Lourenço de Sousa Pereira e irmãos pelo apoio e incentivo infinitos ao meu noivo Edimilson Batista Santos que sempre estava ao meu lado me apoiando;

A todos os professores da Faculdade de Ciências e Tecnologias de Campos Gerais – FACICA, pelos seus ensinamentos;aos meus amigos e colegas de classe, pelos bons momentos de amizade durante todo este período;

Aos funcionários da FACICA por todo suporte oferecido.

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RESUMO

CARVALHO, Luciana Cindilaura; PEREIRA, Valquíria. Anatomia bucofaringiana de

Galeocharax kinerii (peixe cigarra) proveniente da represa de Furnas. 2011. 39 f.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Curso de Biologia, FACICA, Campos Gerais, 2011.

Este trabalho apresenta as características anatômicas e bucofaringiana de

Galeocharax kinerii (peixe cigarra). O peixe cigarra é encontrado nas margens da

represa de FURNAS que banha a cidade de Campos Gerais, MG. Com o estudo realizado, foi possível caracterizar esse peixe carnívoro, de cabeça triangular. A boca é terminal, com ampla fenda oral, participando de sua abertura pré maxilar, maxilar e o dentário. Os lábios são finos e pigmentados até a altura da narina com maxila mais proeminente que a mandíbula. Quando a boca está cerrada, a rima oral é encurvada e a cavidade oral apresenta uma área aberta, entre a base da língua e inicio do esôfago, onde coexiste o crustáceo filostomela cigarra. A língua é livre no ápice possuindo relativa mobilidade. O dorso da língua é lisa, sem dentes ou placas e despigmentada. Os dentes são cônicos, em 2 tamanhos diferenciados. Na região faríngea, há duas placas da porção superior em formato oval com presença de dentes cônicos voltados para a face aboral. Entre elas há uma mucosa pregueada ligada ao inicio do esôfago. No assoalho, também na região faríngea, há duas placas triangulares com dentículos cônicos inclinados pela face aboral, unidos e para o plano mediano. Quando o animal esta de boca fechada as placas inferiores se encaixam mais centralmente com as superiores. Possuem 4 arcos branquiais e rastros com dentículos cônicos. Estas descrições permitem compreender a anatomia funcional bucal do peixe cadela.

Palavra-chave: Descrição bucal, peixe, Galeocharax.

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ABSTRACT

CARVALHO, Luciana Cindilaura; PEREIRA, Valquíria. Galeocharax kinerii (peixe cigarra) buccofaringeal anatomy found FURNAS´s dam. 2011. 39 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Curso de Biologia, FACICA, Campos Gerais, 2011.

This study described work presents the anatomic and buccopharingeal characteristics of Galeocharax kinerii (“peixe cigarra”). The “peixe cigarra ou peixe cadela” is found in the margins of the Campos Gerais FURNAS´s dam, Minas Gerais. From this study, it was possible to analyze this carnivorous fish, which has a triangular head. Your mouth is terminal, with a wide oral cleft, participating in its opening pre-jaw, jaw and the dental. The lips are thin and pigmented until the height of the nostril and jaw is more prominent than the mouth. When the mouth is closed, oral rhyme is curved and oral cavity presents an open area, in the middle of the tongue and the beginning of the esophagus, that filostomela “cigarra” crustacean coexists. The tongue is fixed, free apex with relative mobility. The dorsum of the tongue is flat, without teeth or plates and depigmented. The teeth are conical, different size. In the region of the pharynx, there are two plaques of the upper portion into an oval shape with presence of conical teeth toward the aboral side. In the middle of them, there is a folded mucosa linked to the beginning of the esophagus. In the floor, also in the region of the pharynx, there are two triangular plaques having conical denticles inclined by aboral face, united and to the median plane. When the animal is closed-mouth, the bottom plaques fit more centrally with the superior ones. They have 4 gill arches and traces and conical denticles. These descriptions allow understanding the functional anatomy of “peixe cadela”.

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ... 10 2 OBJETIVOS... 12 2.1 Objetivo Geral ... 11 2.2 Objetivo Especifico ... 11 3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA... 3.1 Hidrografia e Lago de FURNAS ... 3.2 Aspectos da Ictiofauna ... 3.3 Ordem Characiformes e caracterização da espécie estudada ... 3.4 Anatomia bucofaringiana de peixes ... 12 12 12 14 16 4 MATERIAIS E MÉTODOS ... 21 4.1 Caracterização do estudo ... 21 4.2 Cenário e local ... 22 4.3 Práticas de coleta... 23 4.4 Análise de dados... 23 5 RESULTADOS E DISCUSSAO... 25 CONCLUSÃO... CONSIDERAÇOES FINAIS ... 37 39 BIBLIOGRAFIA... 40

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1 INTRODUÇÃO

A represa de Furnas conhecida, como o “Mar de Minas” abrange 34 municípios mineiros. Sua área é de 1.473 km², e sua extensão é de 3,7 mil km. É o maior corpo d’ água do Estado de Minas Gerais e um dos maiores lagos artificial do mundo, por isto a terminologia Mar de Minas. Alimentado por nascentes e rios de águas cristalinas, cobre uma superfície de 1.457,48 km², tendo modificado a paisagem dos trinta e quatro municípios atingidos pela sua inundação, com a criação de praias e desfiladeiros.

Os municípios atingidos, a fim de explorar turisticamente as transformações advindas da criação da represa, e buscando a sustentabilidade econômica e a preservação ambiental dos municípios lindeiros banhados pelo lago, formaram a Associação dos Municípios do Lago de Furnas (ALAGO), da qual fazem parte vários municípios, dentre eles Campos Gerais.

O represamento das águas dos rios Grande e Sapucaí criaram uma paisagem nova e surpreendente. Os balneários se espalham pelas margens da represa, oferecendo uma excelente infra-estrutura. A região é a “Meca” da pesca. O pescador profissional e amador vão encontrar no local, várias espécies de peixes, dentre as quais merecem destaque o tucunaré, piau, traíra, mandi, tilápia e a cigarra (ou peixe cadela). A pesca pode ser praticada do barranco ou trapiches das pousadas, ou através do aluguel de barcos e guias da região.

Dentre todas essas variedades de peixes será dado enfoque para o peixe cadela conhecido popularmente por peixe cigarra. Tal peixe não é muito procurado pelos pescadores pela má apreciação da carne. Mas é um predador importante na cadeia alimentar com uma característica muito peculiar: É comum a presença em sua língua do crustáceo isópode parasita Philostomella cigarra. Conhecer a anatomia bucal e como se relaciona com a presença desse parasita é o enfoque desse trabalho, com enfoque na anatomia bucofaringiana.

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2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

O trabalho objetivou a realização de uma análise descritiva da cavidade bucofaringiana do peixe cadela (Galeocharax knerii), proveniente das águas da represa de FURNAS, na região do Córrego do Ouro no Município de Campos Gerais, Minas Gerais.

2.2 Objetivos específicos

Realizar coletas de peixes da espécie Galeocharax kinerii (peixe cigarra), identificando seus dados morfométricos;

Descrever a anatomia bucal e faringiana através da visualização de cortes anatômicos feitos na espécie;

Comparar dados analisados desta espécie com os de outras espécies de peixes que possuem estilo de vida semelhante, analisando comparativamente os aspectos morfológicos da região bucofaringiana;

Realizar um estudo morfofuncional das estruturas observadas, como dentes, língua e outras possíveis especializações das peças do aparelho bucal;

Desenvolver o proposto estudo dentro das normas metodológicas da instituição e da ABNT.

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3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

3.1 Hidrografia e Lago de FURNAS

A hidrografia de uma região nem sempre permanece a mesma ao longo do tempo. Mudanças naturais ou artificiais, como a construção de barragens, podem modificar seu curso. Tal fato ocorreu com o Rio Grande, que a partir de 1962 a hidrografia sofreu uma série de modificações. O Rio Grande e seus afluentes inundaram onze mil alqueires de terras agricultáveis, formando o reservatório de Furnas (HORVÁTH, 2007 apud AZEVEDO-SANTOS; COSTA-NETO; LIMA-STRIPARI, 2010).

O Lago de Furnas cobre ao todo uma superfície inundada de aproximada de 1.406,26 km², sendo considerado por muitos como o “Mar de Minas”. Esta região representa a maior extensão de água da região sudeste do país e, acredita-se, que também seja um dos maiores lagos artificiais do mundo (LANDA et al., 2002, apud AZEVEDO-SANTOS; COSTA-NETO; LIMA-STRIPARI, 2010). O reservatório de FURNAS é formado pelos rios Grande e Sapucaí, medindo cada um deles 250 Km de extensão, onde o barramento ocorre próximo a jusante da junção dos braços desses rios, entre os municípios de São José da Barra e São João Batista (COELHO, 2002).

Os principais afluentes do Sapucaí são os Rios Cervo, Dourado, Lourenço Velho, Mandu, Sapucaí Mirim, Turvo, Vargem Grande, Verde, Machado, Peixe e Cabo Verde. Com sua nascente em Campos do Jordão, serra da mantiqueira, percorre terras de São Paulo e Minas Gerais. O rio, após fluir no território de Minas Gerais por mais de 400 km, deságua no Rio Grande. A área drenada pela bacia do Sapucaí abrange 40 municípios do Sul de Minas, dentre os quais podemos localizar a cidade de Campos Gerais (MAGALHÃES JUNIOR; DINIZ, 1997 apud MARTINS, 2010).

3.2 Aspectos da Ictiofauna

A América do Sul é privilegiada por apresentar a maior ictiofauna, do planeta. Um número que chega até 8.000 espécies muitas das quais ainda não possuem

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estudos que relatam sua biologia (SCHAEFER, 1988 apud LUDWIG; GOMES; ARTONI, 2005).

A ictiofauna nos reservatórios é muito abundante desde a composição, riqueza, e grande diversidade de peixes.

Comparando com outros reservatórios, Furnas, possuem muitas pesquisas, sobre a compreensão das características e os padrões de distribuição de peixes. Nos últimos anos vem crescendo o número de publicações sobre ictiofauna no rio Grande, incluindo o reservatório de Furnas .

A ictiofauna hoje esta sofrendo grandes impactos ambientais, tais como construções de hidrelétricas, poluição em geral, que impacta negativamente com a vegetação aquática que é fonte rica de nutrientes e com a vegetação de margem, que proporciona sombreamento para os peixes. Todos esses fatores provocam a diminuição do número de espécies nos habitats (SANTOS; FORMAGIO, 2007).

O sucesso reprodutivo de um peixe se dá pela forma com que ele procura um lugar seguro e ótimo e quando ele vai reproduzir. A reprodução vai ocorrer no período do ano que a produção de descendentes seja otimizada. Para que isso aconteça as larvas devem eclodir em locais e períodos com condições ambientais adequadas à sobrevivência e proteção contra predadores (WOOTTON, 1984 apud RÊGO 2008).

Para garantir a ocorrência e a abundância de espécies de peixes é preciso que ocorra a reprodução das mesmas, e para ter um sucesso na reprodução é fundamental que tenham no local populações viáveis. Mas mudanças ocorridas no habitat podem levar a falhas na reprodução, podendo ocorrer por anos consecutivos e levando a diminuição e até extinção das espécies (WELCOMME, 1979; BARTHEM

et al.,1991; BAILEY, 1996 apud RÊGO 2008).

Cada espécie possui características próprias que diferenciam das demais. Na reprodução muitas exibem cuidado parental como o Cichla ocellaris, uma espécie de tucunaré, que constrói seu ninho em reservatórios e cuida da prole durante a fase de desenvolvimento inicial (SANTOS et al., 1994 apud RÊGO 2008). Já as espécies como Galeocharax knerii e Leporinus friderici possuem ovos pequenos de eclosão rápida.

Com o avanço da piscicultura foram realizados vários estudos sobre reprodutibilidade, sendo que a maioria das espécies de peixes precisa retornar às margens dos rios para se reproduzirem, ou seja, a época da piracema que se da

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entre os meses novembro à fevereiro (CASTAGNOLLI; CYRINO, 1986 apud BOCK; PADOVANI, 2000).

Com o avanço da tecnologia de reprodução e larvicultura, a exploração comercial de peixes tem se desenvolvido muito, em relação as espécies exóticas e nativas. Tal exploração em cativeiro tem levado a uma modificação da fauna aquática, pois muitos dos peixes explorados em tanques acabam introduzidos em ambientes naturais. Quando estas introduções ocorrem com peixes exóticos, a cadeia alimentar é afetada em diferentes níveis, influenciando a diversidade das espécies na local afetado.

Segundo Castro (2010), a ictiofauna de água doce brasileira é considerada a mais rica em espécies do planeta, contendo 71 famílias, várias centenas de gêneros e, aproximadamente, 6.000 espécies, 4.475 das quais efetivamente descritas. É uma ictiofauna muito rica, tanto em termos de diversidade taxonômica quanto em biomassa. São principalmente peixes da superordem Ostariophysi, série Otophysi, que alcançam aproximadamente 73% das espécies descritas, divididas primariamente entre as ordens Siluriformes (15 famílias e aproximadamente 37% das espécies) e Characiformes (14 famílias e aproximadamente 33% das espécies). A família Characidae, com 12 subfamílias, 167 gêneros e 980 espécies reconhecidas é a maior da ordem Characiformes, contendo 65% das 1.460 espécies válidas da ordem e aproximadamente 21 % das espécies de peixes descritas da ictiofauna neotropical.

3.3 Ordem Characiformes e caracterização da espécie estudada

No Brasil os caracídeos são conhecidos apresenta grandes variedades de espécies tais como: dourados, lambaris, piabas, peixes-cachorro, sardinhas, matrinchãs, piraputangas, pacus, tambaquis, piranhas, entre outros; e seu porte varia desde pequeno (até 15 cm de comprimento) até de médio a grande (20 a 100 cm de comprimento) (MATTOX, 2010).

Um estudo de Souza-Hojo (2008) caracterizou a ictiofauna da região da hidrelétrica do funil, que capta água do Rio Grande, na região do sul de Minas. O grupo mais representativo em numero de espécies foi os Characiformes, representado por diversas famílias: Anostomidae (piaus), Characidae (lambaris, dourados, cigarra, saricangas), Curimatidae (sardinhas), Erythrinidae (traíras e

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trairóes), Parodontidae (canicetes) e Prochilodontidae (curimbas). Muitas outras ordens foram encontradas, representando importante trabalho de identificação de espécies realizado na região.

Os peixes pertencentes a essa família, possuem hábitos carnívoros, alimentando-se basicamente de insetos e outros peixes. São peixes de pequeno a médio porte, podendo chegar a 240 mm de comprimento padrão no gênero

Galeocharax (LUCENA; MENEZES, 2003 apud MATTOX, 2010). Sua dentição é

definida como cônicos ou caninos podendo ser desiguais onde possui uma ou duas fileiras de dentes na cavidade pré-maxilar e mandibular. Com isso as membranas branquiais estão livres ao intimo. Grupo diversificado tendo como uma de suas espécies Galeocharax knerii, sendo encontrado no estado de São Paulo na bacia do Paraná, tendo seu nome vulgar conhecido por peixe cadela (BRITSKI, 1972 apud MOTA et al., 1983). No sul de Minas é comum os pescadores identificarem essa espécie como peixe cigarra (Nota dos Autores).

O Galeocharax kinerii, possui dentes cônicos ou caninos desiguais, em uma ou duas séries no pré maxilar e na sua mandíbula. Possuem maior ocorrência na América do Sul e Central. (STEINDACHNER, 1879; BRITSKI, 1970 apud ANEXO, 2010)

Outra espécie também conhecida como peixe cadela é o Galeocharax

humeralis que pode ser encontrado no Alto Amazonas, Bolívia, São Paulo e rio

Paraguai, que também possui dentes caninos salientes e apresenta também cor prateada comparada com o Galeocharax kinerii. Ambos possuem desovas nos meses de novembro a janeiro, e se alimentam de zooplancton na sua fase larval, larvas de insetos na fase de alevinos e na fase adulta se alimentam de peixes de portes menores. A espécie Galeocharax humeralis possui uma variação no tamanho com machos adultos medindo aproximadamente 19 cm e fêmeas medindo até 27,5 cm (FOWLER, 1948; NOMURA, 1984 apud ANEXO, 2010).

O peixe cigarra possui uma diferença das outras espécies. É comum em sua língua possuir um parasito Philostomella cigarra, isópoda crustáceo da família Cymothoidae. Devido a presença deste parasito, sua comercialização não possui um valor pois sua carne deteriora muito depressa perdendo a qualidade como pescado. (GODOY, 1975 apud MOTA et al., 1983).

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3.4 Anatomia bucofaringiana de peixes

Vários estudos podem ser desenvolvidos utilizando os peixes. Desde características anatômica e morfológicas até reprodutivas, ecológicas e comportamentais. Uma espécie sempre é referenciada pelos seus hábitos alimentares, ocupando um local na cadeia trófica. Estudos anatômicos tem sua justificativa como podemos ver em Khanna (1962), Prejs (1981) citado por Rodrigues e Menin (2006a):

“O estudo da anatomia funcional do aparelho digestório dos peixes, em particular da cavidade bucofaringiana, tem grande importância por permitir inferências a respeito do hábito alimentar, mecanismos de captura, seleção e processamento do alimento realizados por diferentes espécies“.

Nos peixes, a cavidade bucal muitas vezes é denominada como cavidade bucofaringiana, por não se poder subdividir anatomicamente a cavidade bucal e faringe, visto que o limite entre os dois órgãos é pouco evidente, havendo continuidade anatômica entre eles (ROTTA, 2003).

.A cavidade bucofaringiana é compartilhada pelo aparelho respiratório e digestivo e sua função digestiva se limita a selecionar, apreender e conduzir o alimento até o esôfago. É composta pelos lábios, boca, dentes, língua e arcos branquiais e é recoberta por um epitélio mucoso estratificado sobre uma grossa membrana basal unida aos ossos ou aos músculos por uma derme extremamente condensada (ROTTA, 2003). Os lábios dos carnívoros são geralmente finos e com poucas modificações.

De acordo com Nikolsky (1963), citado por Rodrigues e Menin (2006b) é possível classificar os peixes conforme os aspectos estruturais e funcionais de sua boca. Peixes que tem boca do tipo predadora apresentam-na ampla, com dentes pontiagudos, tanto na maxila quanto na mandíbula, e, freqüentemente, no vômer e nos palatinos. Ainda, esse autor propôs que, em conexão com o modo de alimentação, a estrutura da boca e sua posição variam.

A boca dos predadores carnívoros possui uma grande abertura a qual se estende até os lados da cabeça, permitindo a eles agarrar e ingerir grandes presas inteiras (p. ex.: peixe cigarra, dourado), citado por Rota (2003).

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Estudos anatômicos da cavidade oral dos peixes tem intrínseca relação com os hábitos alimentares, onde se faz relações com a seleção, captura, direcionamento e preparo do alimento a ser deglutido. É na boca que o alimento é capturado e preparado para as fases subseqüentes do processo alimentar. Mas, nesse contexto, a forma e a posição da boca, as dentições oral e faringiana e a presença ou não de rastros branquiais mostram estreita relação com a forma de alimentação e o tipo de alimento (PREJS, 1981 apud MACIEL, 2009).

A língua dos peixes possui uma estrutura que pode ser considerada rudimentar, sendo usualmente rígida ou até mesmo óssea (p. ex.: pirarucu, pertencente à família dos Osteoglossídeos). Há uma estreita relação entre o padrão de distribuição dos corpúsculos gustativos e a forma pela qual o peixe localiza e seleciona o alimento, sendo, nos carnívoros, mais presentes na região anterior da cavidade bucofaringiana e pouco presentes no esôfago (p. ex.: pintado). (ROTA, 2003).

Os peixes possuem uma ampla variedade de dentes e estruturas associadas. Acredita-se que os dentes dos peixes são originados de escamas que recobriam os lábios. Na cavidade bucal, os dentes, quando existentes, são presos aos ossos do maxilar e da cabeça. Eles são solidamente fixados (em alguns casos são articulados) e identificados de acordo com o osso ao qual estão ligados. Quanto maior os dentes, maior será a abertura da boca. A maioria dos carnívoros possui dentes pequenos, pois servem para segurar a presa. Esses peixes geralmente engolem as suas presas inteiras, com exceção das piranhas, que tem a habilidade de dilacerar o seu alimento antes de ingerí-lo (ROTTA, 2003).

Segundo Segundo Prejs (1981), citado por Rodrigues e Menin (2006a), a estrutura da cavidade bucofaringiana de peixes tem sido estudada por vários autores (MENIN, 1988; RODRIGUES; RODRIGUES et al., 2004; RODRIGUES; MENIN,

2005; RODRIGUES; MENIN, 2006a; RODRIGUES; MENIN, 2006b;

RODRIGUES;NAVARRO; MENIN, 2006; MACIEL et al. 2009), uma vez que este segmento do aparelho digestório está intrinsecamente relacionado com a seleção, captura, direcionamento e preparo do alimento a ser deglutido. Segundo Khann e Mehrotra (1970), citado por Rodrigues e Menin (2006a), os Teleostei mostram uma grande variação nos hábitos alimentares e, conseqüentemente, a estrutura do aparelho digestório entre eles apresenta adaptações, tais como a posição da boca, a estrutura dos lábios, a presença de barbilhões, o tipo das dentições oral e faringiana,

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a estrutura do filtro branquial, o padrão da mucosa que reveste a cavidade bucofaringiana e o tubo digestivo, a forma do estômago, o comprimento do intestino e a presença de cecos pilóricos.

Os estudos da anatomia bucal e faringiana, quando analisados comparativamente com outras espécies, podem oferecer informações do padrão da adaptação alimentar e características peculiares a cada espécie. Por isso, ao se fazer estudos descritivos de determinado peixe, é relevante o estudo de outras espécies para analises de semelhança. Maciel et al. (2009), em estudo de 20 exemplares da espécie Hoplias lacerdae (trairão), de hábito carnívoro e nativa, descreveu o aparelho bucofaringiano tendo as seguintes características anatômicas: lábios delgados e aderidos a maxilas, dentes cônicos e caninos implantados em seu pré maxilar, maxilar e dentário, possuindo também dentes cônicos nos ectopterigóides nos acessórios. Sua língua é lisa, com ápice livre; placas dentígeras, com dentes cônicos revestindo as faces externas e internas dos arcos branquiais; rastros branquiais pouco numerosos no arco branquial I, com dentículos; aparelho dentário faringiano bem desenvolvido; dentes cônicos implantados nos II, III e IV faringobranquiais e no V, cetobranquial e mucosa sem relevos expressivos. Possui boca ampla terminal e o pré-maxilar não é protrátil, o que lhe garante maior firmeza na mordedura. Em vista frontal, com a boca fechada, a fenda bucal é sinuosa e quando aberta é ampla e oval em seu eixo sagital mediano. Em vista lateral apresenta-se oblíqua e sinuosa.

Estudos com 20 espécimes de Leporinus macrocephalus para descrição bucofaringiana, Rodrigues, Navarro e Menin (2006) descrevem a boca terminal e a fenda bucal pequena como adaptações ao hábito alimentar onívoro da espécie. Lábios inferiores espessos, flexíveis e com papilas, auxiliando a captura e preensão das presas; mucosa oral praticamente lisa, permitindo uma rápida desobstrução da cavidade oral; presença de papilas na mucosa faringiana, facilitando a condução de partículas alimentares até o esôfago; cavidade bucofaringiana relativamente grande, permitindo a passagem de presas inteiras; dentes orais incisiviformes que, com o auxílio da papila oval adjacente, realizam a preensão das presas e a preparação pré-digestiva do alimento vegetal; dentes faringianos unciformes, responsáveis pela preensão e maceração das presas de corpo mole; rastros branquiais numerosos e curtos, presentes em todas as faces dos arcos branquiais, encaixados entre si,

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formando um filtro, que evita a perda de partículas alimentares pelas fendas branquiais e protege os filamentos branquiais de possíveis lesões.

Pesquisas sobre a captura dos alimentos de diversos autores estabeleceram a importância adaptativa das diferenças intra e interespecífica no espectro alimentar dos peixes. A língua dos peixes é constituída de um simples espessamento do assoalho da boca, em contato com a extremidade rostral do arco hióideo. É do tipo mais primitivo entre os vertebrados, não sendo protrátil. Os dentes caninos pontiagudos estão comumente presentes nas espécies carnívoras, predadoras.

Com o estudo da anatomia da cavidade bucofaringiana de peixes é possível determinar os diferentes hábitos alimentares existentes e também as estruturas modificadas em cada espécie, sendo que, para cada espécie existe um tipo especializado de estrutura bucofaringiana (LIEM, 1978E 1980; BÉRTIN, 1958, AL-HUSSAINI, 1947, apud RODRIGUES; MENIN, 2006a).

Lolis e Adrian (1996), descrevendo as características bucofaringianas do mandi (Pimelodus maculatus), caracterizou-o como um peixe de hábito onívoro-carnívoro e possui as brânquias, em especial os rastros esparsos, pouco numerosos e relativamente curtos. Estes rastros, além de reter o alimento, serviriam para a remoção do lodo do alimento tomado no fundo. A posição da boca é subterminal, relacionado com o hábito de buscar alimento no fundo, de tamanho relativamente pequeno mas com ampla abertura, devido a uma membrana flexível que liga os maxilares e mandíbula. Há inúmeros dentículos pontiagudos presentes nos pré-maxilares e pré-maxilares, dispostos em várias séries que ajudam a prender e direcionar as presas para a região da faringe. Faringe com dentículos cônicos e dispostos em placas, de formato distinto nas partes superior e inferior da maxila. Os dentes faríngeos auxiliam no direcionamento e impulsão da presa para o tubo digestivo, servindo também para quebrar e dilacerar alimentos duros como moluscos e insetos.

Estudo da anatomia da cavidade bucofaringiana da espécie Conorhynchos

conirostris (pirá-siluriformes), desenvolvido por Rodrigues e Menin (2005), descreveu

as seguintes características anatômicas: possui barbilhões curtos, lábios superior e inferior espessos e protráteis pregueados; valva oral superior proeminente; pregas espessas e oblíquas no teto da cavidade bucofaringiana; inúmeras papilas da mucosa; muitos rastros branquiais e bem distribuídos, flexíveis e encaixados entre si em forma de filtro; áreas dentígeras superiores proeminentes. As características

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descritas possuem relação ao habito alimentar bentófago, com ingestão de substrato.

Rodrigues e Menin (2006)b, relataram que a espécie Pseudoplatystoma

coruscans (surubim), é um peixe com características estruturais intrinsecamente

relacionadas com o hábito alimentar dos peixes. Apresenta cavidade bucofaringiana com adaptações anatômicas ao hábito alimentar onívoro, sendo preferencialmente carnívoro, ictiófago. Com barbilhões de comprimento mediano; lábios delgados e lisos; fenda bucal ampla; pregas comissurais desenvolvidas; cavidade bucal com mucosa lisa; cavidade bucofaringiana extensa; dentículos viliformes dispostos em áreas dentígeras orais e faringianas; rastros branquiais pouco numerosos, rígidos, pontiagudos e curvados para a cavidade bucofaringiana; e áreas dentígeras faringianas pouco projetadas na cavidade faringiana.

Estudos do epitélio da cavidade bucofaringiana do trairão, Hoplias lacerdae, utilizando larvas da espécie para ver sua relação com a alimentação, indicou a presença e a distribuição dos corpúsculos gustativos no epitélio da cavidade bucofaringiana indicam que assim pode-se selecionar o alimento exógeno, preferencialmente nos lábios e nas áreas dentígeras orais e faringianas, que auxiliam na exposição a estes corpúsculos, e as células mucosas vão surgir a fim de proteger a mucosa de abrasões físicas, e auxiliar na deglutição do alimento , nessa fase de desenvolvimento (JUNIOR et al. 2010).

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4 MATERIAIS E MÉTODOS

4.1 Caracterizações do estudo

O local de estudo onde foi realizado o trabalho de campo está situado no distrito de Córrego do Ouro, pertencente ao município de Campos Gerais, que está localizada na região sul de Minas Gerais. Esta área, banhada pela represa de FURNAS foi o local de coletas das espécimes de peixes estudadas.

Figura 1 – mapa da região de Campos Gerais e demais cidades do sul de minas, com hidrografia de rios e represa de FURNAS.

Fonte: Alago.org.br. http://mapalagofurnas.gif

Para o trabalho de campo foi valiosa a contribuição de um pescador profissional com mais de 30 anos de experiência no ramo, o Sr. Marildo Ramos de

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Carvalho, que nos acompanhou desde o início das pescas, na área de estudo, que é o rio Sapucaí.

Os exemplares foram despescados com auxílio de rede de espera, de malhas permitidas aos pescadores, nos meses de abril a setembro de 2011. Como os exemplares são inadequados ao consumo, parte daqueles que ficaram retidos na rede foram utilizados na pesquisa, parte foram devolvidos ao ambiente.

4.2 Cenário e local

O local esta situado aproximadamente 3 km do distrito de Córrego do Ouro, Campos Gerais, sul de Minas, as margens do rio Sapucaí na represa de Furnas, lugar conhecido como “Barra”, cenário deste estudo. Um cenário perfeito não só pela grande diversidade de peixes encontrados, mas também pela presença de várias aves raras como, marrecos selvagens, garças, paturis, patos pretos do brejo, dentre outras espécies. ( Figura 2).

Figura 2 – foto das margens do rio Sapucaí, represa de FURNAS, onde foram coletados os peixes para estudo.

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4.3 Práticas de coleta

O campo de coleta foi estudado antes, através de entrevistas com pescadores, para saber se era uma área boa para pesca de peixe cigarra. Sendo um peixe nativo daquela região, foi fácil encontrá-lo e para captura das primeiras espécies tivemos que deixar redes de espera de um dia para o outro para obter sucesso na coleta.

Para captura de exemplares maiores, foi utilizada, uma canoa motorizada disponibilizada pelo próprio pescador, possibilitando alcançar maiores distancias.

O pescador que colaborou com as pesquisas possui registro profissional, identificado com carteira, experiente, possuindo equipamentos regulamentados de acordo com a lei. As redes de espera são identificadas com uma placa de alumínio de tamanho pequeno triangular, que tinha as iniciais de seu nome, o número do registro da carteira profissional de pesca, a cidade e um código único do pescador, isso é usado para identificação do pescador, as redes sem identificação são apreendidas pelos guardas florestais.

A canoa possui 6 m de comprimento, as redes utilizadas foram de 50 m de comprimento e malha 2 cm, alem de outras redes de malhas diferentes.

4.4 Análises de dados

Após a coleta, os animais forão sacrificados de acordo com as normas de ética da UNIFENAS por meio de secção transversal da medula espinhal. A medição do comprimento padrão foi feita com auxílio de ictiômetro, expresso em centímetros.

Para estudos, foi realizado em cada exemplar corte transversal na região cefálica posterior ao opérculo, separando esta região das demais partes do corpo. Somente a cabeça foi utilizada para estudo (RODRIGUES; MENIN, 2006a).

Na conservação da região cefálica, foi utilizada solução fixadora de formol 4% por 48 horas, transferido posteriormente para uma solução de álcool 70%.

A identificação da espécie foi determinada por auxilio da FISHBASE sendo descrito na região a espécie Galeocharax knerii conhecida na região como peixe cadela ou peixe cigarra.

Secções foram realizadas em diferentes exemplares: horizontal, sagital e secções dos arcos branquiais para estudo mais detalhado. Para descrição e análise da anatomia e do padrão da mucosa que reveste a cavidade bucofaringiana, foi

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utilizado um microscópio estereoscópico OPTON e as figuras das estruturas foram obtidas com o auxílio de uma câmara digital SAMSUNG ES73 de 12,2 Megapixels com aumento 5X, acoplada ao referido equipamento.

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5 RESULTADOS E DISCUSSAO

Ao colocar as redes, o pescador utilizava um equipamento chamado tufão, feito de um cabo de madeira com a metade de uma garrafa pet amarrada na sua ponta, que ao bater na água emite um som, atraindo peixes em direção as redes.

Os peixes foram coletados no período de abril a setembro201, período não favorável á pesca devido a baixa temperatura nessa época do ano, sendo bem sucedido devido a experiência do pescador e a períodos esporádicos de calor fora de época. O trabalho foi desenvolvido com 13 espécimes, classificando o gênero

Galeocharax, espécie Galeocharax kinerii.(Figura 3).

Figura 3 – Peixe Cigarra identificado como Galeocharax kinerii, proveniente na represa de FURNAS, no município de Campos Gerais – MG.

As espécies coletadas apresentaram comprimento padrão (CP) médio de 15,7 cm e peso médio de 75,6 g, não alcançando grandes proporções de tamanho. O comprimento médio encontrado neste trabalho confirma os dados de Lucena e Meneses (2003) citado por Matox (2010), onde neste trabalho o CP não exedeu 24 cm de comprimento. A espécie possui coloração prateada tipica, com distinta coloração mais clara ao longo da linha lateral. Em vista lateral, a cabeça apresenta formato triangular, tendo olhos bem pronunciados (Figura 3).

A boca é terminal, com ampla fenda oral, participando de sua abertura pré maxilar, maxilar e o dentário; os lábios são finos e pigmentados até altura da narina e acolados . A rima oral em vista lateral (Figura 3) quando a boca está cerrada é encurvada ligeiramente para parte inferior e quando vista de frente apresenta um

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formato em “U” com ramos abertos voltados ventralmente. Tal característica se assemelha ao carnívoro Salminus brasiliensis (RODRIGUES; MENIN, 2006a).

A fenda oral é ampla, e em secção mediana da região cefálica, é possível observar a presença de uma área mais ampla entre a língua e inicio do esôfago, mesmo com a boca fechada. Nesta área coexiste o crustáceo filostomela cigarra, justificando tal área. Há um estreitamento dessa abertura na cavidade faringeana, terminando no esôfago.

Os dentes estão dispostos sobre os ossos pré-maxilares, maxilares e dentário, sendo que a maxila é mais proeminente que a mandíbula (inferior).

A língua é fixada no assoalho da parte inferior, de formato triangular, tendo um funilamento da base para o ápice, presa ao arco hióideo. É livre no ápice e nas bordas possuindo relativa mobilidade. A ponta da língua é abaulada, ocupa espaço praticamente total do assoalho da mandíbula com a musculatura fortemente inserida na base do opérculo. O dorso da língua é lisa, sem dentes ou placas e despigmentada.

O formato da região oral e faríngea permite ao animal possuir uma grande área quando aberta, importante para captura de presas inteiras. Existe também um afunilamento da área alimentar da entrada em sentido caudal possivelmente favorável a permanência das presas.

Entre a língua e as placas faríngeas encontra-se 4 arcos branquiais que serão descritos posteriormente.

As características descritas acima (Figura 4) se assemelham as da espécie

Salminus brasiliensis descritas por Rodrigues e Menin (2005). Segundo Nikolsky

(1963) citados por Rodrigues e Menin (2005), os peixes podem ser classificados conforme os aspectos estruturais e funcionais de sua boca. Peixes com boca tipo predadores apresentam ampla cavidade, com dentes pontiagudos tanto na maxila quanto na mandíbula, sendo freqüente no vômer e palato. A porção rostral da cavidade oral está relacionada com a mecânica respiratória e, segundo as autoras, provavelmente com a prevenção ao escape da presa dessa cavidade, em virtude de sua forma deprimida e da ação da língua. A amplitude da cavidade permite a captura de presas que são compatíveis, em tamanho, com a área em questão. Assim a boca mais ampla em sua porção caudal favorece a ingestão de presas de maior porte, se comparadas com áreas mais deprimidas.

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A língua como visualizada no trabalho não foi somente verificada em S.

brasiliensis, mas também em Hoplias lacerdae (trairão) e H. malabaricus, típica de

animais carnívoros.

Figura 4 – Secção mediana da região cefálica de Galeocharax kinerii. Legendas: ls – lábio superior, li – lábio inferior, l – língua, de – dentes, co – cavidade oral, cfs- cavidade faringeana superior, cfi – cavidade faringeana inferior, e – esôfago.

Observando o texto da cavidade superior, varias observações podem ser feitas. Os dentes localizados no pré maxilar e maxilar tem tamanhos diversificados e sua descrição merecem uma caracterização a parte. Logo após a inserção dos dentes são observadas cavidades ou pequenas fendas onde se encaixam perfeitamente as dentes caninos do dentário (fendas dentígeras – fd). Sendo assim é demonstrado que o maxilar inferior se encaixa sob a superior, em continuidade. A valva oral está presente em ambas as maxilas, sendo a superior mais ampla que a inferior. Ambas são mais amplas na porção mediana em relação à porção lateral, e a valva inferior apresenta discreta pigmentação de melanóforos, (Figura 5).

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Figura 5 – Secção horizontal do teto da cavidade bucal de Galeocharax kinerii.. Legenda: dos – dentículos orais superiores, ls – lábio superior, cos – cavidade oral superior, fd – fenda dentígera, pfs – placa faringeana superior, ab – arcos branquiais, e – esôfago.

A cavidade oral superior é bem profunda, afunilada em forma de “U” invertido, tendo no seu assoalho uma pequena fenda que se inicia da metade desta cavidade até o inicio da área faringiana. Os quatro arcos branquiais estão bem inclinados e muitos juntos entre si estando dispostos entre eles duas placas faríngeas ovaladas, iniciando na inserção do segundo para o terceiro arco branquial até a área de inserção do quarto branquial. A placa faríngea possui dentículos cônicos unicuspidados voltados para trás, em ambas as placas, no sentido do esôfago. Entre as duas placas, o epitélio dessa mucosa é bem pregueado dando continuidade ao esôfago. Tal pregeamento é importante pois indica uma maior superfície e aderência para ingestão de presas.

A grande área oral justifica-se pois esse peixe alimenta-se de presas inteiras, evidenciado pelo conteúdo estomacal coletado de algumas espécies. Ao mesmo tempo permite a presença do crustáceo parasita (Figura 6).

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Na mandíbula existem oito grandes dentes no dentário e outras dezenas de dentes menores. Os lábios inferiores são bem pigmentados especialmente na área de inserção dos grandes dentes cônicos, tendo uma diminuição dessa pigmentação nos bordos laterais, e são completamente despigmentados no terço final. O assoalho dessa cavidade possui reentrância nos bordos laterais, permitindo que este peixe, ao abrir a boca possa ampliar sua área de captura.

A língua é bem desenvolvida, triangular com ápices e bordas livres, esta possui sua inserção em continuidade com o arco hióide (Figura 7).

Figura 7 – Secção horizontal do assoalho da cavidade bucal de Gleocharax kinerii. Legenda: li – lábio inferior, doi – dentículos orais inferiores, l – língua, ab – arcos branquiais, fb – fendas branquiais, rb – rastros branquiais, coi – cavidade oral inferior, pfi – placa faringeana inferior, e – esôfago.

A duas placas faríngeas de forma triangular que coincidem seus ápices voltados para a face oral e distanciam suas bases para o esôfago. Há inúmeros dentículos cônicos direcionados para a parte central e parte aboral e entre essas duas placas há uma depressão constituída de uma membrana pregueada e despigmentada, seguindo esse pregueamento até o esôfago. A presença de pregueamento nas mucosas em ambas as maxilas é uma evidencia da capacidade de aumento da cavidade bucal, necessitando assim de um aumento do tecido sob essa cavidade.

(31)

Os dentes e dentículos merecem um destaque a parte. No pré-maxilar (maxila superior) há dentes maiores que variam de acordo com o tamanho do animal. As características observadas quanto ao tamanho dos dentes confirma as observações de Rotta (2003), na qual peixes que possuem dentes grandes têm maior abertura na boca em relação a outros com dentes menores. Tais dentes presentes em ambas as mandíbulas tem como função a captura da presa. Alem desses dentes maiores e distintos, existem dentes menores e cônicos tanto no dentário quanto no pré maxilar, formam uma fileira única de dentes em formato cônico tendo como função reter o alimento. Alem dos dentes descritos acima, na mandíbula (inferior), logo após e entre dois grandes dentes cônicos, é observado também uma fileira na inserção dos desses dentes, um a direita e outro a esquerda, na região do vomeriana, mais internamente na porção da abertura da boca, e com inclinação para a face interna da boca, supostamente dificultando a saída da presa, (Figura 8).

Figura 8 – Imagem ampliada de parte da maxila, dentes e língua (porção inferior). Nessa porção, os dentes estão inseridos no dentário. Legenda: l – língua, li – lábio inferior, doi – dentículos orais inferiores, dv – dentículos vomerianos.

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Figura 8 – Imagem ampliada de parte da maxila, dentes e língua (porção inferior). Nessa porção, os dentes estão inseridos no dentário. Legenda: l – língua, li – lábio inferior, doi – dentículos orais inferiores, dv – dentículos vomerianos.

Essa diversificação na dentição é favorável ao hábito carnívoro desse animal. A grande abertura da boca, os dentes pontiagudos presentes na maxila, mandíbula e no palato confirma as informações Nikolsky (1963) citado por Rodrigues e Menin (2006).

Lábios e as estruturas relacionadas a ele apresentam adaptações à natureza do alimento e aos hábitos alimentares. Os dentes orais têm sua funcionalidade na apreensão do alimento, sendo que nos carnívoros são mais desenvolvidos que nos onívoros e herbívoros, conforme em Salminus brasiliensis, Hoplias malabaricus,

Hoplias lacerdae (MACIEL et al., 2009; RODRIGUES; MENIN, 2006a; MORAES,

2005). Os peixes descritos acima apresentam dentes cônicos semelhantes ao peixe-cigarra mas com o diferencial de apresentarem outras formas dentárias mais proeminentes, ausentes no peixe da pesquisa.

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Os arcos branquiais I, II, III e IV podem ser visualizados na figura 9. Pela sua face externa cada arco possuem rastros de tamanhos diferenciados entre os arcos, e em ambas as faces ( Figura 9A, B, C, D e E).

As arcos branquiais tem sua inserção no assoalho (Figura 7) em uma superfície mais ampla do que ocorre no teto (Figura 5), mas toda a área superficial não se restringe a suas inserções pois deve-se contar a curvatura que une essas duas áreas. Por isso, na Figura 9, mesmo havendo a impressão contrária de inserção comentada anteriormente, a região epibranquial é de maior tamanho que a porção ceratobranquial. Nestes estão inserido rastros de tamanhos e formas diferentes, alongados ou discoides. Inserido nestes rastros é visualizado inúmeros dentículos. Os dentículos estão direcionados para a face aboral nos rastros do 1° arco branquial, que são mais longos e facilmente evidenciados mesmo a olho nu (Figura 10).

No arco branquial I, na face externa observa-se rastros maiores que os demais (Figura 8), na porção superior (epibranquial) observa-se 7 rastros de tamanhos crescentes da esquerda para direita, existindo sobre eles dentículos cônicos diminutos não porção posterior existem 6 rastros (ceratobranquial), alongados e que aumentam de tamanho ate a porção final deste (Figura 9).

(34)

B

Figura 9 – Detalhe dos arcos branquiais esquerdo (A) e direito (B, C, D, E), evidenciando os rastros do arco I e II. Legenda: ab – arcos branquiais, rb – rastros branquiais, fib – filamentos branquiais, ep – região epibranquial do arco, ct – região ceratobranquial do arco. B – aço branquial IV, C – arco branquial III, D – arco branquial II, E – arco branquial I. A sequencia da figura é um indicativo na sequencia da posição no animal, pois o arco I é o mais exteriorizado.

B C D

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Figura 10 – Posição e disposição dos rastros branquiais da face externa e interna dos arcos de C.

kelberi. Legenda. FE – face externa, FI – face interna, ab – arcos branquiais, fb – fendas branquiais, rb – rastros branquiais.

Também possuem dentículos cônicos como os demais, na face interna do arco branquial I os rastros são menores de formato semi-circular com rastros dispostos na linha mediana da superfície. Em numero tem-se 4 nas porções interior e 15 na porção posterior, de tamanho homogêneo somente os iniciais e os 3 finais com menor tamanho. Quanto à posição, comparando a face interna com a externa, os rastros se posicionam de forma alterada, de tal forma que os da face interna do arco I se posicionam no espaço entre os rastros da face externa do arco II, e assim respectivamente.

Os rastros dos arcos II, III e IV (Figura 9) são semelhantes em ambas as faces (interna e externa) com os rastros da face interna do arco I, sendo observado uma diminuição gradativa de tamanho e de número de rastros entre os arcos II, III e IV conforme pode ser verificado na Figura 9, onde os dentículos bem diminutos estão sempre presentes mas com importante função redutora do atrito (Figura 11)

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Figura 11 – Imagem do arco branquial I da lado direito (A) e lado (B) apresentando esquerdo os longos rastros branquiais com dentículos inseridos. Diferentes rastros com dentículos encontrados em diversos arcos (II – C e E, IV – D).

E D C A B 1 mm 1 mm

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Os rastros branquiais do arco I em tamanho diferenciado e aumentado ocorrem também em L. macrocephalus, sendo relacionado por este à proteção aos filamentos branquiais de possíveis lesões. Tal inferência também pode ser feita para o L. friderici pois é bem característico o tamanho diferencial dos rastros do arco I (Figura 9, 10 e 11). É comum o arco branquial V apresentar adaptações, como foi observado em L. macrocephalus, apresentando modificações em placas faringianas, cuja função é triturar as conchas dos moluscos e carapaças de crustáceos, alimentos desses peixes (RODRIGUES; NAVARRO; MENIN, 2006). Tais observações poderiam ser confirmadas também em Galeocharax kinerii, mas é necessário realização de estudos osteológicos para mais profundas conclusões.

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CONCLUSÁO

Descrever a anatomia bucofaringiana foi o principal objetivo deste trabalho, mas nesse processo foi possível conhecer mais sobre o habitat desse peixe, assim como seus hábitos alimentares. O peixe cigarra Galeocharax kinerii é encontrado nas margens da represa de FURNAS que banha a cidade de Campos Gerais, MG. Com o estudo realizado, foi possível caracterizar esse peixe carnívoro, de cabeça triangular.

A boca é terminal, com ampla fenda oral, participando de sua abertura pré maxilar, maxilar e o dentário. Os lábios são finos e pigmentados até a altura da narina com maxila mais proeminente que a mandíbula. Quando a boca está cerrada, a rima oral é encurvada e a cavidade oral apresenta uma área aberta, entre a base da língua e inicio do esôfago, onde coexiste o crustáceo filostomela cigarra.

A língua é livre no ápice possuindo relativa mobilidade. O dorso da língua é lisa, sem dentes ou placas e despigmentada. Os dentes são cônicos, em 2 tamanhos diferenciados.

Na região faríngea, há duas placas da porção superior em formato oval com presença de dentes cônicos voltados para a face aboral. Entre elas há uma mucosa pregueada ligada ao inicio do esôfago. No assoalho, também na região faríngea, há duas placas triangulares com dentículos cônicos inclinados pela face aboral, unidos e para o plano mediano. Quando o animal esta de boca fechada as placas inferiores se encaixam mais centralmente com as superiores. Possuem 4 arcos branquiais e rastros com dentículos cônicos.

Estas descrições permitem compreender a anatomia funcional bucal do peixe cadela.

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CONSIDERAÇOES FINAIS

O peixe cigarra (Galeocharax kinerii) é uma espécie nativa, encontrada nos rios das águas da represa de FURNAS, águas que fazem margem com diversos municípios do Sul de Minas, dentre estes Campos Gerais. Animal carnívoro, ictiófago, possui estruturas morfológicas que caracteriza seus hábitos alimentares.

O aspecto anatômico bucofaringiano está relacionado com a entrada do alimento e dessa forma é possível classificar os peixes conforme os aspectos estruturais e funcionais de sua boca. Peixes que tem boca do tipo predadora apresentam-na ampla, com dentes pontiagudos, tanto na maxila quanto na mandíbula, e, freqüentemente, no vômer e nos palatinos evidenciado nessa espécie e confirmado no trabalho e comparando com a bibliografia consultada

Descrições como essa nos auxiliam não somente na compreensão maior do animal, sua adaptação ao ambiente em que vive, mas correlacionar modificações em nível de espécie que possam ocorrer devido a especiação. É importante considerar que estudos mais aprofundados são necessários para resultados mais conclusivos.

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