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A ALTERAÇÃO DAS ESTAÇÕES DO ANO PÕE EM RISCO A NOSSA SAÚDE

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A ALTERAÇÃO DAS ESTAÇÕES DO ANO

PÕE EM RISCO

(2)

A ALTERAÇÃO DAS ESTAÇÕES

DO ANO EXPÕE OS GATOS

E OS CÃES A AMEAÇAS

SEM PRECEDENTES.

A alteração das estações do ano

e o aumento global da temperatura

está a fazer com que alguns parasitas,

tais como mosquitos, se estejam

a tornar mais frequentes e a transportar

doenças consigo. Estas alterações

também afetam o habitat dos nossos

animais de companhia. Há um aumento

do risco para as doenças relacionadas

com o aumento da temperatura,

e parasitas vetores, tais como carraças

e mosquitos, que sobrevivem mesmo

nos meses de inverno.

Este guia irá mostrar-lhe como ajudar

os seus clientes, e os seus animais

de companhia, a adaptarem-se a esta

nova realidade.

(3)

4 A INICIATIVA

A ameaça da alteração das

estações do ano varia e cada

comunidade tem a sua própria

exposição a este fenómeno.

Para obter uma visão mais

abrangente, recrutámos uma

equipa de 21 especialistas,

provenientes de toda a Europa,

e recolhemos os seus

pensamentos sobre este assunto.

A nossa equipa inclui alguns nomes mundialmente reconhecidos na área da saúde animal, especializados em quatro áreas fundamentais: parasitas, doenças, comportamento e Uma Só Saúde (a interligação entre pessoas, animais, plantas e o nosso ambiente partilhado).

CONHEÇA OS ESPECIALISTAS

PROF.ª LAURA HELEN KRAMER ITÁLIA / PARASITAS Professora de parasitologia e doenças parasitárias na Universidade de Parma.

PARASITAS

Fornecendo conselhos claros e detalhados sobre todas as carraças, pulgas, mosquitos e flebótomos que podem afetar os nossos animais de companhia.

PROF. DR. DAVID MODRÝ REPÚBLICA CHECA / PARASITAS

Professor Sénior de Patologia e Diretor dos Veterinários sem Fronteiras da República Checa.

PROF.ª DR.ª UTE MACKENSTEDT ALEMANHA / PARASITAS

Chefe do departamento de parasitologia na Faculdade de Ciências Naturais de Hoffenheim.

PROF. JAVIER LUCIENTES ESPANHA / PARASITAS

Médico Veterinário perito em parasitas, tais como pulgas, flebótomos e mosquitos.

PROF. PATRICK BOURDEAU FRANÇA / PARASITAS Chefe da Unidade de parasitologia/ dermatologia do Hospital Escolar de Nantes. RENÉ BØDKER DINAMARCA / PARASITAS Membro da equipa de doenças transmitidas por vetores da Universidade de Copenhaga e respeitado comentador.

1

PROF. EZIO FERROGLIO ITÁLIA / PARASITAS

Professor de parasitologia e doenças parasitárias na Universidade de Turim.

PROF. AGUSTÍN ESTRADA PEÑA ESPANHA / PARASITAS

Professor na Universidade de Zaragoza, com especial interesse em doenças transmitidas por carraças e alterações das estações do ano.

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4

A INICIATIVA 5 DR. MICHAEL LESCHNIK ÁUSTRIA / DOENÇAS Professor na Universidade de Medicina Veterinária de Viena. DR.ª MURIEL MARION FRANÇA / COMPORTAMENTO Médica Veterinária que trabalha em vários Centros de Atendimento Médico Veterinário em França.

PROF.ª CLARA PALESTRINI ITÁLIA / COMPORTAMENTO Médica Veterinária e Professora na Universidade de Milão, especialista em problemas de comportamento. DR. SERGEY KONYAEV RÚSSIA / DOENÇAS Especialista em parasitologia no Instituto de Sistemática e Ecologia dos Animais em Novosibirsk. DR. PAUL OVERGAAUW HOLANDA / PARASITAS Presidente do Conselho Científico Europeu de Parasitas de Animais de Companhia (ESCCAP). DR. ERIC MORGAN REINO UNIDO / DOENÇAS

Professor de parasitologia veterinária na Universidade de Queen’s, Belfast. DR. FERNANDO FARIÑAS GUERRERO ESPANHA / DOENÇAS Diretor do Instituto de Imunologia Clínica e Doenças Infecciosas em Málaga.

PROF. DR. RALF MÜLLER ALEMANHA / UMA SÓ SAÚDE

Chefe no serviço de dermatologia veterinária da Universidade de Munique, Alemanha.

DOENÇAS

Informações atualizadas sobre todas as doenças potencialmente crescentes devido à alteração das estações do ano, da doença de Lyme à Febre do Nilo Ocidental.

2

PROF. ŁUKASZ ADASZEK POLÓNIA / DOENÇAS

Membro da Faculdade de Medicina Veterinária em Lublin.

PROF. RICHARD WALL REINO UNIDO / PARASITAS

Professor de Zoologia na Universidade de Bristol.

PROF.ª DR.ª CHRISTINA STRUBE ALEMANHA / PARASITAS

Médica Veterinária Sénior na Universidade de Medicina Veterinária de Hanover.

PROF. XAVIER MANTECA VILANOVA ESPANHA / COMPORTAMENTO Membro do Departamento de Ciência Animal e Alimentar da Universidade Autónoma de Barcelona.

PROF. JACQUES GUILLOT FRANÇA / UMA SÓ SAÚDE

Professor na Universidade de Alfort e Investigador na Faculdade de Medicina de Créteil.

COMPORTAMENTO

Conselhos sobre potenciais problemas comportamentais, desde o stress induzido pelo calor até às alterações nos padrões de reprodução dos animais.

3

UMA SÓ SAÚDE

Pessoas e animais enfrentam as mesmas doenças. Estamos nisto juntos e precisamos de encontrar formas de proteger a nossa saúde.

4

PARA MAIS INFORMAÇÕES SOBRE ESTA EQUIPA, VISITE:

PROTECT

OURFUTURE

TOO.COM

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6 PARASITAS

PARASITAS

UMA AMEAÇA

EM MOVIMENTO

Como diz o Prof. Patrick Bourdeau, a alteração das estações do ano caracteriza-se por um aumento da temperatura, reduzindo o número de dias de temperaturas baixas ao longo do ano e favorecendo os parasitas. Isto permitirá, portanto, que os parasitas sobrevivam e os vetores,

como mosquitos e carraças, mantenham a sua atividade durante todo o inverno. “ESPERO VER NOVAS ESPÉCIES DE CARRAÇAS A MIGRAR DAQUI PARA A EUROPA CENTRAL, E QUANDO O FIZEREM, TAMBÉM TRANSPORTARÃO OS SEUS AGENTES PATOGÉNICOS. POR ISSO, ESPERO VER MUDANÇAS NA COMPOSIÇÃO DA POPULAÇÃO DE CARRAÇAS. JÁ ESTÁ PROVADO QUE AS CARRAÇAS ESTÃO A SURGIR EM ALTITUDES MAIS ELEVADAS, POR ISSO PODEMOS ENCONTRAR CARRAÇAS MESMO QUANDO FAZEMOS CAMINHADAS NAS MONTANHAS”.

A população de ectoparasitas existentes está a aumentar, a expandir-se para novas áreas, e a permanecer ativa durante períodos de tempo maiores ao longo do ano. Por exemplo, nos últimos anos, a babesiose canina tem sido observada no Norte e Centro da Europa. Emergindo de regiões endémicas, na região da bacia mediterrânica e dos países da Europa Oriental, para zonas mais a norte.1

A alteração das estações do ano está a permitir que os parasitas se expandam para novos locais. Tanto parasitas internos como parasitas externos são capazes de se estabelecer em países consideramos mais “frios” e aí ameaçar os animais de companhia.

Os números são claros: mais de 50% dos gatos

Europeus estão infestados por parasitas2,

e o problema é igualmente grave junto da população canina. As zoonoses transmitidas por carraças são um fenómeno crescente na Europa e especula-se que isso se deva, em parte, à alteração das estações do ano que afetam a biologia dos vetores e a transmissão da doença.3

Para termos uma ideia do perigo real que os parasitas representam, temos de nos concentrar em três aspetos: distribuição, sobrevivência e atividade.

DISTRIBUIÇÃO

Os ectoparasitas estão sempre à procura de comida, podendo viajar na pelagem dos animais selvagens, em transportes internacionais, ou nos animais de companhia que regressem de férias. Anteriormente, porém, estes parasitas não sobreviviam aos rigorosos meses

de inverno das regiões mais frias.

O tempo mais ameno está a permitir-lhes sobreviver em regiões mais frias e mesmo nas zonas mais elevadas de algumas montanhas. Por exemplo, de acordo com R. Bodker, no sul da Escandinávia observam-se carraças desde o início de Abril até ao final de Novembro.

Esta tendência também permite que alguns endoparasitas migrem, sendo transportados por hospedeiros intermediários. Um exemplo é o parasita do olho (Thelazia) que é transmitido por moscas e é hoje um parasita comum em todo o norte da Europa.

OS FLEBÓTOMOS SURGEM EM DIFERENTES ÁREAS DO SUL DA ALEMANHA, ONDE ANTERIORMENTE NÃO TINHAM SIDO OBSERVADOS.4

SOBREVIVÊNCIA

Os parasitas podem viver por períodos

consideráveis. As carraças, por exemplo, podem sobreviver até cinco anos. No entanto, a maioria

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6

O QUE DIZEM

OS ESPECIALISTAS

“Uma questão que devemos colocar a nós próprios é sobre o potencial impacto da alteração das estações do ano, ou da alteração da temperatura, no risco de parasitas para os nossos animais. Sabemos que hoje em dia estas alterações já tiveram consequências, e continuam a ter, e podemos citar um exemplo muito simples, que é a redução do número de dias com temperaturas abaixo de 0ºC ao longo do ano, ou seja, uma forma de encurtar a verdadeira temporada de inverno, que tem duas consequências. Por um lado, os ovos dos parasitas, que podem ser muito sensíveis à temperatura de congelação, não são destruídos. Assim, os ovos sobreviverão ao inverno e poderão infestar um animal diferente no ano seguinte. Depois, há um segundo exemplo; o dos insetos, que naturalmente sobrevivem mais facilmente se o inverno for suave. E isso acumulado de ano para ano aumenta o risco de parasitas nos nossos animais.”

PROF. PATRICK BOURDEAU

FRANÇA / PARASITAS

PROF.ª DR.ª UTE MACKENSTEDT

ALEMANHA / PARASITAS

“Espero ver novas espécies de carraças a migrar aqui para a Europa Central e, quando o fizerem, vão trazer com elas os seus agentes patogénicos. Assim, espero observar alterações na população de carraças, haverá novas espécies. Também espero verificar alterações no perfil de agentes patogénicos que aqui ocorrem. Já está comprovado que as carraças surgem em altitudes mais elevadas, por isso é expectável encontrar carraças mesmo quando vamos caminhar para as montanhas. Nos últimos anos, décadas também verificamos que a distribuição das espécies de carraças está a mudar. Por exemplo, as nossas carraças vão aparecer na Escandinávia. Tudo isto estará relacionado com as alterações no clima, assim como as mudanças no tempo.”

7

PARASITAS 7

das espécies torna-se inativa a temperatura mais baixas-as carraças tendem a ficar inativas abaixo dos 7º C e os mosquitos dos 10º C. Agora, os parasitas podem viver e procriar muito além dos seus períodos ‘core’.

Atualmente, devido às temperaturas amenas e à humidade relativa mais ou menos alta, os artrópodes do sul da Europa permanecem ativos por um período de tempo mais longo. De acordo com A. Estrada, as carraças aumentaram muito a sua população. Ao mesmo tempo, as espécies tropicais invasoras permanecem ativas no inverno.

OS CIENTISTAS CONFIRMARAM O

PRIMEIRO CASO CONHECIDO DE ATIVIDADE REPRODUTIVA DO MOSQUITO-TIGRE ASIÁTICO NA EUROPA, DURANTE O INVERNO.5

ATIVIDADE

À medida que o tempo aquece, os ectoparasitas tornam-se mais ativos. O aumento da temperatura permite que os parasitas vivam mais tempo e se reproduzam mais rapidamente. Por exemplo, os cientistas descobriram que nas carraças o processo de procura por um novo hospedeiro está diretamente relacionado com a temperatura. Os mosquitos tendem a ser mais ativos quando a temperatura se aproxima dos 30º C. A atividade alimentar dos parasitas aumenta, o ciclo de transmissão das doenças que transportam torna-se mais rápido, e leva menos tempo para um agente patogénico passar da sua fonte original para um gato ou um cão. Além disso, os parasitas podem adquirir vários agentes patogénicos diferentes à medida que completam o seu ciclo de vida.

NA DINAMARCA CERCA DE 52,2% DAS CARRAÇAS TRANSPORTAM PELO MENOS UM AGENTE PATOGÉNICO COM POTENCIAL ZOONÓTICO.6

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CONSELHOS PARA TUTORES

8 PARASITAS

Alguns conselhos úteis.

PROMOVA A ESCOVAGEM REGULAR

Quanto maior a frequência da escovagem dos cães e gatos, melhor. Limpe o pente adequadamente para remover os parasitas apanhados e aplique um desinfetante entre escovagens.

FALE SOBRE MEDIDAS PREVENTIVAS

Os tutores de animais de companhia podem proteger o seu animal através da utilização de tratamentos desparasitantes adequados. Também é importante lembrar os tutores de cães e gatos que é importante pesquisar neles próprios a presença de carraças após cada caminhada.

IDENTIFIQUE HABITATS CHAVE

As áreas de floresta e vegetação são particularmente atrativas para as carraças que aqui permanecem a aguardar que os animais passem. Os mosquitos apreciam locais quentes com poças de água para se reproduzirem.

REFORCE A IMPORTÂNCIA DA HIGIENE E LIMPEZA

Os tutores podem reduzir a reprodução

de parasitas em torno de sua casa, removendo detritos que podem fornecer abrigo aos parasitas e drenando pequenas poças.

ESTIMULE A VIGILÂNCIA ATIVA

Carraças, pulgas, mosquitos e flebótomos podem estar ativos ao longo de todo o ano – desencoraje os tutores a pensar que só têm de se preocupar com estes parasitas durante as estações mais quentes. Além disso, recorde-os que alguns parasitas começam agora a ser encontrados em novos territórios.

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8

ENCONTRAMOS

UM GRANDE NÚMERO

DE CARRAÇAS NAS

NOSSAS FLORESTAS,

MAS PODEMOS

ENCONTRÁ-LAS EM TODO

O LADO. PODEMOS

IR A UM PARQUE OU AO

ADRO DE UMA IGREJA

EM CIDADES DOS PAÍSES

NÓRDICOS E ENCONTRAR

CARRAÇAS.

INVESTIGADOR SÉNIOR, UNIVERSIDADE DE COPENHAGA

RENÉ BØDKER

PARASITAS 9

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DOENÇAS

DIFÍCEIS DE

DETETAR,

AINDA MAIS

DIFÍCEIS

DE TRATAR

A doença de Lyme é uma importante doença transmitida por vetores. De acordo com um estudo efetuado no Reino Unido7, a prevalência

global de carraças fixas foi de 30% e está

a aumentar. Na Alemanha, 10 a 40% das carraças adultas transportam a bactéria Borrelia.8

Existem ainda outras doenças a ter em consideração. À medida que os parasitas se movem para norte, ajudados pelo aumento da temperatura, levam consigo agentes

patogénicos exóticos. Estes incluem a Babesia, a chamada “Malária do Cão”, e a Leishmania, um protozoário transmitido por flebótomos que já chegaram tão longe como aos Pirinéus. Estas doenças podem dar origem a febre e letargia nos animais afetados, podendo provocar sintomas mais graves se não forem

ACONSELHO OS MÉDICOS VETERINÁRIOS

A ESTAREM MAIS ATENTOS À EDUCAÇÃO

DOS TUTORES SOBRE A FREQUÊNCIA DOS

TRATAMENTOS PARA PULGAS E CARRAÇAS.

10 DOENÇAS

DR. SERGEY KONYAEV

detetadas atempadamente, como indicado na tabela abaixo.

SITUAÇÃO ENDÉMICA

Algumas doenças surgiram recentemente nos países do Norte da Europa e já atingiram o estatuto endémico em regiões mais quentes do continente. A Leishmaniose, por exemplo, afeta mais de 5 milhões de cães no Sul da Europa, apresentando um vasto problema para os Médicos Veterinários, de acordo com o Prof. J. Lucientes.

As empresas de saúde animal fizeram progressos consideráveis, desenvolvendo vacinas para algumas doenças e tratamentos para outras. No entanto, algumas doenças, como a

Erliquiose ou a Anaplasmose, ainda aguardam o desenvolvimento de vacinas.

Há doenças que podem não apresentar nenhum sinal de alerta até uma fase mais avançada. A Dirofilariose pode ser assintomática até atingir uma fase mais grave, particularmente em gatos. DOENÇA DOENÇA DE LYME BABESIOSE DIROFILARIOSE LEISHMANIOSE ANAPLASMOSE CARRAÇAS CARRAÇAS MOSQUITOS Linfadenopatia generalizada, artrite aguda, alterações cardíacas, complicações do sistema nervoso, depressão. Icterícia, linfadenopatia generalizada, esplenomegália e alterações abdominais. Fraqueza, dificuldades respiratórias, perda de peso, alterações cardiorrespiratórias e prostração.

VETOR SINAIS CLÍNICOS POSSÍVEIS

BARTOLENOSE ERLIQUIOSE FEBRE MACULAR FLEBÓTOMOS CARRAÇAS PULGAS CARRAÇAS CARRAÇAS Alopécia, dificuldade de cicatrização, crescimento anómalo das unhas, cegueira, úlceras e doença renal. Vómito, diarreia, convulsões ocasionais e dor no pescoço.

Inflamação do sistema nervoso, dor crónica, edema articular. Anemia, hemorragia, linfadenopatia e claudicação. Dor muscular, edema da face, hemorragia.

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10

DOENÇAS 11 “Na Rússia, quando fizemos testes de genética molecular, a principal descoberta foi que aproximadamente 1 em cada 4 carraças transportava uma infeção. Além de Babesia, também descobrimos Borrelia um pouco por todo o país. A maioria das pessoas não pensa no perigo que as carraças podem representar.”

DR. SERGEY KONYAEV

RÚSSIA / DOENÇAS

DR. MICHAEL LESCHNIK

ÁUSTRIA / DOENÇAS

“As mudanças no clima envolvem dois fenómenos importantes na Europa; o primeiro é o aumento da temperatura, em particular nos meses de inverno. Isto significa que os animais estão mais expostos ao risco de ficar parasitados e desenvolver uma infeção, mesmo em alturas do ano menos prováveis. O segundo fenómeno podem ser condições climatéricas extremas, tais como inundações. Isto pode originar uma aumento massivo dos mosquitos e, assim de doença por filarídeos.”

DR. FERNANDO FARIÑAS GUERRERO

ESPANHA / DOENÇAS

“As mudanças no ambiente (globalização, desflorestação, aumento da temperatura, precipitação e humidade) também estão claramente a contribuir para alterações no sistema imunitário. Na verdade, sabemos que a exposição do Homem e dos animais a estas mudanças pode produzir ou levar a alterações profundas no sistema imunitário que provocam uma predisposição para surgirem mais doenças infecciosas e doenças não infecciosas, como alergias e doenças autoimunes.”

O QUE DIZEM

OS ESPECIALISTAS

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CONSELHOS PARA OS TUTORES

Ajudar os clientes a reduzir o risco destas doenças através da recomendação de algumas medidas básicas.

ACONSELHE OS CLIENTES SOBRE OS PROCESSOS

DE TRANSMISSÃO

Fornecendo informações básicas sobre as doenças que são transmitidas aos animais de companhia por animais selvagens, pode ajudar os tutores a compreender as ameaças.

ENCORAJE A IDA AO MÉDICO VETERINÁRIO

Os tutores podem ser alertados para sinais comuns como cansaço, perda de apetite e relutância ao exercício. Devem contactar o Médico Veterinário se tiverem alguma preocupação com o seu animal – mesmo uma alteração do comportamento, que pode parecer pouco relevante, pode ser um primeiro indicador de que algo não está bem.

PROMOVA A ESCOVAGEM REGULAR

Geralmente as carraças necessitam de se alimentar durante algumas horas para conseguir transmitir agentes patogénicos ao hospedeiro (o tempo exato depende do agente patogénico), por isso quanto mais cedo forem removidas menor será a probabilidade de transmitir doença.

DESTAQUE OS TRATAMENTOS DISPONÍVEIS

A medicina preventiva é uma das áreas de intervenção da medicina veterinária. Fale sobre os programas de tratamento individualizados, disponíveis para a prevenção dos parasitas.

RECORDE AS ÁREAS DE RISCO

Assegure-se que os tutores estão conscientes dos riscos de parasitas em áreas como florestas e zonas húmidas. No entanto, também devem estar alerta para o facto de poderem existir carraças, pulgas e mosquitos em quase todo o lado, até no jardim.

ACONSELHE-OS EM CASO DE VIAGEM COM OS ANIMAIS

Se os tutores viajarem para países com risco diferente de parasitas e doenças, é importante aconselhá-los sobre a melhor forma de proteger o seu animal de companhia. Desta forma, também irá contribuir para reduzir o risco de trazerem carraças e doenças para casa após a viagem.

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OS TUTORES DE ANIMAIS

DE COMPANHIA COM

QUEM FALEI DIZEM QUE

HÁ 15 OU 20 ANOS

QUASE NUNCA VIAM

UMA CARRAÇA DURANTE

TODO O ANO, ENQUANTO

ATUALMENTE, CADA VEZ

QUE SAEM E PASSEIAM

COM O CÃO, APANHAM

UMA CARRAÇA. O QUE

PODE OCORRER DURANTE

TODA A TEMPORADA.

PROFESSOR DE ZOOLOGIA, UNIVERSIDADE DE BRISTOL

PROF. RICHARD WALL

(13)

14 COMPORTAMENTO

COMPORTAMENTO

A NOVA

REALIDADE

À medida que a alteração das estações do ano se torna mais evidente, os habitats dos gatos e dos cães também mudam drasticamente. Ao mesmo tempo, novas condições climáticas estão a perturbar os seus padrões de

comportamento e a provocar alterações físicas e psicológicas.

O aumento do tempo extremamente quente pode representar maior risco de stress

associado ao calor e de insolação. Os animais de companhia podem ser vulneráveis a estas condições em temperaturas tão baixas como 20º C e o risco torna-se maior quando as temperaturas passam os 30º C. O risco aumenta em raças com pelagem longa, normalmente adaptadas a temperaturas mais baixas, e animais braquicéfalos que têm dificuldade em dissipar o calor através do estreito trato respiratório superior.

A TAXA DE MORTALIDADE POR GOLPE DE CALOR EM CÃES É DE 50%.9

ALTERAÇÕES DA ROTINA

Mesmo quando as temperaturas não são particularmente elevadas, a alteração das estações do ano obriga os nossos animais a desviarem-se das suas rotinas. Muitos gatos e cães, particularmente animais mais velhos, lutam para se adaptarem à mudança e isso pode representar um desconforto considerável.

Considere o exercício físico, por exemplo.

À medida que as temperaturas aumentam, os tutores podem ter menos probabilidades de passear os seus cães, aumentando o risco de obesidade. Ao mesmo tempo, os gatos com pelagem longa ou densa são mais propensos a sofrer de calor excessivo. Além disso, os animais muito jovens e os mais velhos são mais suscetíveis a estas ameaças. Outro desafio é colocado pelos eventos extremos, como trovoadas, que se estão a tornar mais frequentes devido às mudanças no clima. Estas trovoadas podem causar ansiedade entre os animais de companhia e agravar ou desencadear outras condições. As mudanças nos padrões do clima podem alterar significativamente o humor dos animais, como é visível pelo aumento dos casos

de perturbações afetivas sazonais (podendo originar ansiedade).

EM CÃES E GATOS, ALGUMAS DOENÇAS DO COMPORTAMENTO, TAIS COMO DISFUNÇÃO COGNITIVA, ANSIEDADE, MEDO E FOBIAS, PODEM ESTAR RELACIONADAS COM AS ALTERAÇÕES DO CLIMA.

ALTERAÇÕES REPRODUTIVAS

Para além de considerarmos a alteração no dia-a-dia dos animais de companhia, devemos pensar no efeito das mudanças da sazonalidade nos padrões de reprodução. Isto nota-se na população felina, que geralmente se reproduz durante os meses mais quentes. Atualmente, os gatos continuam a reproduzir-se no Inverno, o que pode significar mais gatinhos errantes. Este problema é corroborado por algumas evidências trágicas em toda a Europa.

EM 2016, A RSPCA (ROYAL SOCIETY FOR THE PREVENTION OF CRUELTY TO ANIMALS) EMITIU UM COMUNICADO PORQUE ESTAVA “COMPLETAMENTE SOBRECARREGADA” COM GATINHOS ABANDONADOS.10

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14

COMPORTAMENTO 15 “Tal como acontece com as pessoas, o medo nos animais de companhia não é um problema comportamental. Pode tornar-se assim, mas não é, uma vez que o medo é uma resposta adaptativa. É normal que o Homem tenha medo do fogo, que as presas tenham medo do seu predador: isto maximiza as hipóteses de sobrevivência. O medo é uma emoção sentida por animais que enfrentam um estímulo que consideram perigoso ou imprevisível. É diferente da ansiedade: a ansiedade é uma “expectativa apreensiva”, algo que o animal vê como perigoso ou imprevisível. Fobias são medos que se tornaram patológicos. As fobias são reações súbitas, respostas “tudo ou nada” em que o animal exibe todos os sinais de medo de uma forma exagerada, mas há mais: pode levar algum tempo a recuperar. Ao contrário do medo, as fobias são sempre patológicas. Mas quando é que o medo se torna um problema? Quando o meu medo me impede de me relacionar corretamente com o meu ambiente social e físico. O que é que isto significa? Se já não posso sair de casa porque tenho medo, e não vejo outros membros da minha espécie e não faço todos os comportamentos do meu etograma, comportamentos de brincadeira, comportamento social, comportamento de eliminação: o medo sobrepõe-se a todos os outros comportamentos e torna-se patológico.”

PROF.ª CLARA PALESTRINI

ITÁLIA / COMPORTAMENTO

“Os Médicos Veterinários podem fazer muito para minorar os efeitos negativos das mudanças do clima no bem-estar dos cães e dos gatos. E acredito que a sua principal tarefa é aconselhar e informar os tutores. Penso que há quatro áreas que devem ser realmente salientadas. Uma delas é a necessidade de prevenir a obesidade em animais de companhia. A outra é a necessidade de evitar expor os animais a temperaturas elevadas, mesmo que por pouco tempo. O terceiro são os benefícios do exercício, desde que o exercício seja ajustado às necessidades particulares de cada animal. E, finalmente, a importância da hidratação adequada para os animais de companhia, ou seja, terem sempre água disponível.”

PROF. XAVIER MANTECA VILANOVA

ESPANHA / COMPORTAMENTO

O QUE DIZEM

OS ESPECIALISTAS

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CONSELHOS PARA OS TUTORES

Cada caso de comportamento é diferente, mas os

próximos conselhos podem ajudar. Diga aos seus clientes:

PROCURE OS SINAIS

Desencoraje os tutores de diagnosticar qualquer alteração por si mesmos. Devem ser dissuadidos de procurar comportamentos como irritabilidade ou agressividade, e abordar o Médico Veterinário sempre que tiverem alguma preocupação.

FORNEÇA PROTEÇÃO CONTRA O CALOR

Todos os animais, em particular as raças braquicéfalas, devem ter acesso a um espaço com sombra dentro de casa, com muita água disponível. Os tutores podem até considerar dar ao seu animal de companhia um cubo de gelo para brincar, para os ajudar a arrefecer.

PROTEJA-OS DO FRIO

Inversamente, quando está frio, os tutores também podem ter de tomar medidas de proteção. Por exemplo, pode recomendar-lhes que aqueçam com uma toalha qualquer animal de companhia que tenha estado no exterior, um par de botas para os animais não contactarem com o chão gelado, e limpeza das patas para remover qualquer vestígio de sal deixado nas almofadas plantares.

O EXERCÍCIO É CRUCIAL

Seja qual for o tempo, o exercício regular é bastante benéfico para reduzir o stress, proporcionando estimulação essencial e evitando a obesidade. Mesmo em caso de calor extremo, os tutores ainda podem levar o seu cão a passear de manhã e à noite ou criar jogos para jogar dentro de casa.

PREPARE A VISITA

Os tutores precisam de estar sempre preparados para uma viagem ao Médico Veterinário. Antes de levar um gato ao Médico Veterinário é importante prepará-lo. A Prof.ª Clara Palestrini dá três sugestões principais para trabalhar: o uso de uma transportadora, o transporte de carro e a experiência no Centro de Atendimento Médico-Veterinário.

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16

O QUE JÁ

ESTAMOS A

OBSERVAR

É UMA

REVIRAVOLTA

NOS HÁBITOS

DOS ANIMAIS.

MÉDICA VETERINÁRIA ESPECIALISTA EM COMPORTAMENTO

DR.

A

MURIEL MARION

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UMA SÓ SAÚDE

A FAMÍLIA

IMPORTA

A saúde das pessoas, dos animais e do ambiente está interligada.

OS CIENTISTAS ESTIMAM QUE MAIS DE 6 EM CADA 10 DOENÇAS INFECCIOSAS QUE AFETAM O HOMEM PODEM SER DISSEMINADAS A PARTIR DOS ANIMAIS.11

Quando se trata de doenças, animais e humanos estão intrinsecamente ligados. A avaliação de rotina e os testes de diagnóstico para rastreio em cães de doenças transmitidas por vetores e infeções com potencial zoonótico, podem aumentar o reconhecimento do risco destas doenças no Homem.

Uma onda de casos importantes da doença de Lyme, que afeta celebridades como Justin Bieber, fez manchetes nos últimos meses, e esta é uma das muitas doenças a ter em consideração. Os tutores devem adotar uma abordagem holística dos cuidados de saúde, que abrace todos os membros da família - tanto humanos como animais.

O NÚMERO DE PESSOAS COM DOENÇA DE LYME NA EUROPA AUMENTOU DE FORMA CONSTANTE, TENDO SIDO REPORTADOS MAIS DE 360.000 CASOS NAS ÚLTIMAS DUAS DÉCADAS.12

MÉTODOS DE TRANSMISSÃO

Animais de companhia e pessoas podem partilhar os mesmos riscos parasitários. A doença de Lyme pode ser transmitida por carraças infetadas com Borrelia, a Dirofilaria

repens, que causa infeções cutâneas, pode ser

transmitidas por mosquitos, tanto aos tutores como aos seus animais de companhia.

As pessoas do norte da Europa que levam os seus animais de companhia de férias consigo para o Mediterrâneo podem enfrentar a ameaça de doenças zoonóticas como a Leishmaniose. A alteração das estações do ano ajudou as populações de parasitas a deslocarem-se por toda a Europa, e os tutores podem encontrar carraças e pulgas mesmo quando andam pelo parque ao lado de casa. Estes parasitas podem fixar-se diretamente ao tutor, ou o animal de companhia pode trazê-los de volta para casa. Esta ameaça é demonstrada pelo elevado número de parasitas que agora infestam os jardins

das nossas casa. De acordo como Dr. P. Overgaaw, na Holanda, os jardins são agora o segundo lugar mais provável para recolher carraças.

CERCA DE 20% DAS FAMÍLIAS QUE POSSUEM ANIMAIS DE COMPANHIA ENCONTRARAM CARRAÇAS NOS SEUS ANIMAIS. ENCONTRAR UMA CARRAÇA NUM ANIMAL DE COMPANHIA DUPLICA A PROBABILIDADE DE ENCONTRAR CARRAÇAS FIXAS OU A PASSEAR SOBRE UM DOS MEMBROS DO AGREGADO FAMILIAR.13

Tanto os animais como as pessoas podem sofrer alergias durante o tempo mais quente e isso tornou-se mais comum nos últimos anos. Condições como a dermatite atópica, que é desencadeada por pólen ou ácaros do pó, podem originar irritação grave aos animais de companhia da família. Para minimizar a exposição a tais alergénios, as famílias precisam de considerar todo o seu ambiente e garantir que mantêm rigorosos padrões de higiene em todas as áreas - e não apenas onde os seus animais dormem.

ATUALMENTE, CERCA DE 15% DOS CÃES SOFRE DE DERMATITE ATÓPICA.14

(18)

18

UMA SÓ SAÚDE 19 “Os parasitas de origem zoonótica são bastante diversos. Existem parasitas que são transmitidos diretamente por contacto, por exemplo, de um cão ou gato. Há também parasitas que são adquiridos por ingestão acidental de ovos presentes no ambiente. Estou a pensar em Toxocarose, por exemplo, com risco de infeção em humanos. Depois, há as zoonoses transportadas por vetores. Para estas zoonoses transmitidas por vetores, devemos pensar em primeiro lugar na Leishmaniose, podemos também pensar em Dirofilariose e em França, a dirofilaria zoonótica que coloca um sério problema é a Dirofilaria repens, muito menos do que a Dirofilaria immitis. Noutros países pode ser diferente. Assim, para este tipo de zoonose parasitária transmitida por vetores, podemos imaginar que as atuais mudanças no clima, que são inegáveis, estão a ter um impacto, favorecendo a sobrevivência do vetor no ambiente, favorecendo um aumento da área de distribuição do vetor ou, possivelmente, favorecendo o aumento da densidade vetorial numa determinada região.”

PROF. JACQUES GUILLOT

FRANÇA / UMA SÓ SAÚDE

O QUE DIZEM

OS ESPECIALISTAS

(19)

CONSELHOS PARA OS TUTORES

Ofereça aos tutores ferramentas para reduzir estes perigos e ajude os que possam desconhecer este conceito de Uma Só Saúde.

Uma Só Saúde pode ser definida como o esforço multidisciplinar - trabalhando local, nacional e globalmente - para alcançar a melhor saúde para as pessoas, animais e o nosso ambiente (American Veterinary Medical Association 2008). A medicina veterinária opera rotineiramente na interface destas três componentes de Uma Só Saúde.

INCENTIVE A VIGILÂNCIA

Além dos conselhos sobre prevenção de parasitas, os tutores devem criar uma estratégia de defesa holística para toda a sua família - tanto pessoas como animais de companhia. Por exemplo, o risco da doença de Lyme pode ser minimizado usando repelentes de insetos e verificando a roupa regularmente.

REALCE A IMPORTÂNCIA DA HIGIENE ADEQUADA

Os tutores podem minimizar ainda mais a sua

exposição aos parasitas, varrendo regularmente todas as áreas exteriores e ventilando bem a sua casa.

CLARIFIQUE OS LIMITES

Os tutores devem manter padrões de higiene junto dos seus animais de companhia, incluindo lavagem regular das mãos depois de brincar com eles.

ALERTE PARA OS RISCOS DAS VIAGENS

Quando os tutores desejam viajar, devem estar conscientes dos potenciais riscos. Algumas das doenças existentes em alguns Países podem ser desconhecidas para alguns tutores.

DESTAQUE AS PEQUENAS COISAS

Para uma boa saúde, mantenha um bom equilíbrio nutricional e assegure uma boa qualidade dos champôs e tratamentos desparasitantes aplicados.

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NAS PRÓXIMAS

DÉCADAS,

O AQUECIMENTO

GLOBAL IRÁ

CONTINUAR

A INFLUENCIAR

AS PESSOAS

E OS ANIMAIS

DE COMPANHIA.

ESPECIALISTA EM DERMATOLOGIA VETERINÁRIA, UNIVERSIDADE DE MUNIQUE.

PROF. DR. RALF MÜLLER

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Este guia faz parte da nossa

campanha para proteger os animais

de companhia - e os seus tutores –

da alteração das estações do ano.

Descubra mais em

PROTECTOURFUTURETOO.COM

www.imd-berlin.de/en/subject-information/ diagnostics-information/lyme-disease-clinical-symptoms-and-diagnostics.html

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PT

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