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CARACTERISTICAS FÍSICAS DE FRUTOS E QUALIDADE FISIOLOGICA DE SEMENTES DE MAXIXE (CUCUMIS ANGURIA L.) SUBMETIDAS AO ARMAZENAMENTO PÓS- COLHEITA

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Academic year: 2021

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pós-colheita. Horticultura Brasileira 27: S685-S690.

CARACTERISTICAS FÍSICAS DE FRUTOS E QUALIDADE

FISIOLOGICA DE SEMENTES DE MAXIXE (CUCUMIS

ANGURIA L.) SUBMETIDAS AO ARMAZENAMENTO

PÓS-COLHEITA

Maria Aparecida de Medeiros1; Sílvia Regina Silva de Oliveira Bento1; Leilson Costa Grangeiro2; Jailma Suerda Silva de Lima2; Ana Valeria Lacerda Freitas1; José Antônio da Silva Madalena1; Isaías Porfírio Guimarães1

1

Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA) – Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia. BR 110, Km 47, Costa e Silva, CEP: 59625-900, Mossoró – RN. 2Professor(a) do Departamento de Ciências Vegetais (UFERSA). E-mail: aparecidacn@gmail.com, silviaoliveira@hotmail.com, leilson@ufersa.edu.br; jailmamima@ufersa.edu.br; anavalerialf@yahoo.com.br; jasmufal@gmail.com, isaiasporfirio@hotmail.com.

RESUMO

O objetivo do trabalho foi verificar as modificações morfológicas ocorridas no fruto e a influência sobre a qualidade fisiológica das sementes de maxixe durante o armazenamento pós-colheita. O experimento foi desenvolvido na Horta Didática da Universidade Federal rural do Semi-Árido e no Laboratório de Análise de Sementes do Departamento de Ciências Vegetais da UFERSA. Os frutos de maxixe cultivar Do Norte foram colhidos em intervalos fixos de dias após a floração. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, em esquema fatorial de 6x4, constituídos pela combinação de seis idades de frutos (15, 20, 25, 30, 35 e 40 dias após antese) e quatro períodos de armazenamento pós-colheita (0, 7, 14 e 21 dias), com quatro repetições. As avaliações foram feitas através do dimensionamento e peso dos frutos, diâmetro longitudinal e transversal dos frutos, número de sementes por frutos, peso úmido de 100 sementes e condutividade elétrica das sementes. Frutos de maxixe diminuem o tamanho em

todas as suas dimensões avaliadas e seu armazenamento prejudica a qualidade fisiológica das sementes.

PALAVRA CHAVE: Cucumis anguria,

morfologia, conservação, vigor.

ABSTRACT

Physical characteristics of fruit and seed physiological quality of gherkin (Cucumis anguria L.) subject to

post-harvest storage

The objective was to determine the morphological changes occurring in the fruit and the response of the physiological quality of seeds during storage maxixe postharvest. The experiment was carried out at the Experiment Garden Facility and the analyses performed at the Seed Analysis Laboratory, Plant Science Department, Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA). The fruits of the gherkin cultivar ‘Do Norte’ were collected at intervals of fixed day after anthesis. It was utilized a completely randomized experiment 6x4, made by the combination of six ages of fruits (15, 20, 25, 30, 35 and 40 days after anthesis) and four storage periods post-harvest (0, 7 , 14 and 21

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INTRODUÇÃO

O maxixe (Cucumis anguria L), apresenta frutos carnosos que são utilizados como alimento, sendo consumido em várias regiões do mundo, principalmente onde é grande o número de imigrantes latinos, asiáticos e africanos. Espécie de crescimento indeterminado, cujos frutos têm, em média, massa em torno de 30 g, sabor amargo (MELO e TRANI, 1998). No nordeste brasileiro, o cultivo ocorre principalmente de maneira subespontânea e em consórcio com culturas de subsistência (FILGUEIRA, 2000). Esta é uma cultura que não necessita de muitos cuidados com relação aos tratos culturais, tornando-se ótima opção para o cultivo em grande escala (PAIVA, 1998).

Para espécies de frutos carnosos, como são as cucurbitáceas, o processo de maturação das sementes continuam após a colheita dos frutos, tornando-se um aspecto vantajoso, pois permite aos frutos serem colhidos antes das sementes atingirem seu ponto maximo de maturação, e em seguida submetidos ao armazenamento pós-colheita, por tempo suficiente para que as sementes atinjam sua qualidade máxima. Segundo Barbedo et. al., (1994), este procedimento irá proprocionar as sementes sensível redução do tempo de permanência dos frutos na planta-mãe e no campo, minimizando o desgaste das plantas e os riscos oferecidos pelas adversidades climáticas no campo de produção. Barbedo et al., (1994) e Costa et. al., (2002), trabalharam com abóbora e comprovaram o efeito positivo do armazenamento pós-colheita dos frutos na melhoria da qualidade das sementes. Dessa forma, objetivou-se avaliar as modificações fisicas ocorridas nos frutos, assim como estudar o efeito do repouso após a colheita em função da qualidade das sementes de maxixe.

MATERIAL E MÉTODOS

O campo de produção das sementes foi instalado na Horta Didática do Departamento de Ciências Vegetais da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, em Mossoró/RN, no primeiro semestre de 2008. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, em esquema fatorial de 6x4 com 4 repetições, os tratamentos foram constituídos pela combinação de seis idades de frutos (15, 20, 25, 30, 35 e 40 DAA) e quatro períodos de armazenamento pós-colheita (0, 7, 14 e 21 dias). Utilizou-se a cultivar maxixe do Norte, que foi semeada no espaçamento de 1,0 x 0,3m, colocando três sementes por cova e aos dez dias após o plantio foi realizado o desbaste ficando uma planta por cova. As práticas culturais obedeceram às necessidades da cultura. Durante o ciclo da cultura, as flores foram etiquetadas no dia de sua antese, pela manhã, e as colheitas dos frutos foram realizadas aos 15, 20, 25, 30, 35 e 40 dias após a antese.

days) with four replications. The assessments were made through the design and weight of fruit, longitudinal and transverse diameter of fruits, number of seeds per fruit, wet weight of 100 seeds and electrical conductivity of the seed. Fruits of

maxixe reduce the size in all dimensions assessed and their storage affect the physiological quality of seeds.

KEYWORDS: Cucumis anguria, morphology,

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Após as colheitas os frutos foram armazenados por 0, 7, 14 e 21 dias, em condições de 28ºC em recipientes abertos no Laboratório de Análise de sementes da UFERSA. Completado cada período de armazenamento 10 frutos de cada repetição, foram pesados em gramas utilizando-se balança digital com duas casas decimais (0.01), e mensurados em centímetros com paquímetro digital com 0.05mm de segurança, para determinar as medidas longitudinais e transversais de cada fruto. Em seguida, as sementes foram imediatamente extraídas dos frutos e submetidas a contagem e determinação do peso úmido de 100 sementes, através de balança digital com duas casas decimais (0.01) e postas para secar em papel toalha, até ficarem com a superfície completamente seca, quando então foram submetidas ao teste de condutividade elétrica, realizado através de quatro repetições de 25 sementes (com massas conhecidas), previamente colocadas para embebição em copos plásticos contendo 25 mL de água destilada e mantidas em incubadora BOD a 30°C por 4 horas (TORRES et al., 1998), procedendo-se então às leituras em condutivímetro DIGIMED DM-31, sendo os resultados

expressos em μS-1cm-1g-1 de sementes. Todas as características avaliadas foram submetidas

à análise de regressão e ajustes de curvas em função da idade dos frutos com auxílio do software Table Curve (JANDEL..., 1991).

RESULTADO E DISCUSSÃO

De acordo com a (figura 1), o peso do fruto decresceu durante o período avaliado, inicialmente observou uma média de 22,2g por fruto diminuindo para 8.1g por fruto aos 21 dias de armazenamento. Ou seja, o maxixe é um fruto carnoso, e quando submetido ao armazenamento perde água diminuído seu peso médio. Analisando a variação com relação ao diâmetro longitudinal (Figura 2), percebe-se um declínio durante todo o período observado, inicialmente os frutos tinham em média 4,42cm de diâmetro decrescendo para 3,22cm aos 21 dias de armazenamento.

Assim como o diâmetro longitudinal o diâmetro transversal (Figura 3) também diminui, no período zero do armazenamento onde os frutos apresentavam 2,9cm de diâmetro atingindo 2.0cm aos 21 dias de armazenamento. Na análise realizada na (Figura 4), percebe-se que no período zero de armazenamento os frutos apresentavam uma média de 183 sementes, com o decorrer do armazenamento está média aumentou, mais não houve muita diferença entre o período de 7 a 21 dias de armazenamento, ou seja, aos 21 dias de armazenamento verificou-se 239 verificou-sementes por frutos. Isso deve ter ocorrido porque no momento zero os frutos estavam com uma parte das sementes imaturas, ainda não tinham atingido o estádio de maturação completo, com o passar do tempo de armazenamento as sementes completaram seu estágio de maturação aumentado o número de sementes por frutos. Analisando a (Figura 5) observa-se um decréscimo no peso úmido de 100 observa-sementes, os quais variam no período zero de 2,35% de água a 1,69% aos 21 dias de armazenamento.

Este resultado mostra a perda de água ocorrida durante todo o processo de armazenamento das sementes sem acumulo de massa pelas sementes. De acordo com Carvalho e Nakagawa (2000), mesmo as sementes armazenadas dentro do fruto tendem a respirar mais, devido sua alta umidade; com isso, o consumo de reservas aumenta, diminuindo a massa seca. Segundo Costa et. al., (2006), trabalhando com sementes de abóbora híbrida, relataram ganho de massa nas sementes durante o armazenamento pós-colheita dos frutos.

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Os resultados observados pela condutividade elétrica nas sementes (Figura 6), indicam que inicialmente houve uma lixiviação reduzida, aumentando à medida que aumentou o período

de armazenamento dos frutos, isto é, a condutividade elétrica variou de 2366 μS-1cm-1g-1 em

sementes no período zero de armazenamento a 3692 μS-1cm-1g-1 aos 21 dias de

armazenamento, o que significa haver, no início do armazenamento uma organização das membranas celulares, neste momento as sementes encontravam-se satisfatoriamente organizadas por ocasião da colheita dos frutos, apresentando-se íntegras, indicando que o armazenamento dos frutos não foi necessário, pois não favoreceu a qualidade das sementes. Resultados semelhantes foram observados por Vidigal et al. (2006) e Dias et al. (2006) em sementes de tomate obtidas de frutos em diferentes estádios de maturação e também submetidos ao armazenamento pós-colheita. Contrariamente CASTRO, et al., (2008) trabalhando com quiabo, observou que a condutividade elétrica foi menor para frutos com repouso pós colheita, demonstrando que o repouso melhorou a qualidade fisiológica das sementes.

REFERÊNCIAS

ASSOCIATION OF OFFICIAL SEED ANALYSTS. Seed Vigor Test Committee. Seed vigor testing handbook. Lincoln, 1983. 88 p. (Contribution, 32).

CARVALHO, N. M.; NAKAGAWA, J. Sementes: ciência, tecnologia e produção. 4 ed. Jaboticabal: Funep, 2000. 588 p.

CASTRO, M. M.; GODOY, A. R.; CARDOSO, A. I. I. Qualidade de Sementes de Quiabeiro em Função da Idade e do Repouso Pós-Colheita dos Frutos. Ciência Agrotecnica, Lavras, v. 32, n. 5, p. 1491-1495, set./out., 2008.

COSTA, C. J.; CARMONA, R.; NASCIMENTO, W. M. Idade e tempo de armazenamento de frutos e qualidade fisiológica de sementes de abóbora híbrida. Revista Brasileira de Sementes, Pelotas, v. 28, n. 1, p. 127-132, abril 2006.

DIAS, D.C.F.S.; RIBEIRO, F.P.; DIAS, L.A.S.; SILVA, D.J.H.; VIDIGAL, D.S. Maturação de sementes de tomate em função da ordem de frutificação na planta. Revista Ceres, Viçosa, v.53, n.308, p.446-456, 2006.

FILGUEIRA, F. A. R. Novo manual de olericultura: agrotecnologia moderna na produção e comercialização de hortaliças. Viçosa: UFV, 2000. 402p.

HARRINGTON, J. Drying, storage and packaging: present status and future needs. In: SHORT COURSE FOR SEEDSMEN, 1971 Mississippi State. Proceedings... Mississippi State, n.14, p.133-139, 1971.

JANDEL SCIENTIFIC. Table curve: curve fitting software. Corte Madera, 1991. 280 p.

MELO, A. M. T.; TRANI, P. S. Maxixe. In: FAHL, J. I.; CAMARGO, M. B. P.; PIZZINATTO, M. A.; BETTI, J. A.; MELO, A. M. T.; MARIA, I. C.; FURLANI, A. M. C. (Eds). Instruções agrícolas para as principais culturas econômicas. Campinas: Instituto Agronômico, 1998. 393 p. (IAC. Boletim Técnico, 200).

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TORRES, S. B., MARCOS FILHO, J. Teste de Envelhecimento Acelerado em Sementes de Maxixe (Cucumis anguria L.). Revista Brasileira de Sementes, vol. 23, nº 2, p.108-112, outubro 2001.

VIDIGAL, D.S.; DIAS, D.C.F.S.; NAVEIRA, D.S.P.; ROCHA, F.B.; BHERING, M.C. Qualidade fisiológica de sementes de tomate em função da idade e do armazenamento pós-colheita dos frutos. Revista Brasileira de Sementes, Pelotas, v.28, n.3, p.87-93, 2006.

Figura 1. Peso de fruto de maxixe, cv Do Norte,

em função do armazenamento pós-colheita. Mossoró-RN, 2008.

Figura 3. Diâmetro transversal de frutos de maxixe,

cv Do Norte, em função do armazenamento pós-colheita. Mossoró-RN, 2008.

Figura 4. Número de sementes de maxixe, cv Do

Norte, por fruto, em função do armazenamento pós-colheita dos frutos. Mossoró-RN, 2008.

Figura 2. Diâmetro longitudinal de frutos de maxixe,

cv Do Norte, em função do armazenamento pós-colheita. Mossoró-RN, 2008.

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Figura 5. Peso úmido de 100 sementes de maxixe,

cv Do Norte, em função do armazenamento pós-colheita dos frutos. Mossoró-RN, 2008.

Figura 6. Condutividade Elétrica sementes de

maxixe, cv Do Norte, em função do armazenamento pós-colheita dos frutos. Mossoró-RN, 2008.

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