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Classe socioeconômica de Uberlândia

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Academic year: 2021

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Classe socioeconômica de Uberlândia

A estratificação da sociedade brasileira em classes socioeconômicas é utilizada para o desenvolvimento de estratégias de marketing e também para elaboração de políticas públicas direcionadas para determinadas camadas da população.

O presente estudo mostra a evolução das classes socioeconômicas da população de Uberlândia-MG desde os anos 1990 até a atualidade. A fonte desse levantamento são dezenas de pesquisas de opinião realizadas pelo Instituto PS Marketing. Todas as pesquisas selecionadas coincidem em metodologia e universo pesquisado (vide seção Ficha Técnica). O resultado desse estudo foi dividido em diversos gráficos por causa das atualizações dos critérios de classificação socioeconômica ao longo dos anos uma vez que comparar dados de critérios diferentes não é possível.

Período 1991-1997

No início da década de 1990, as classes D e E somavam 56% da população de Uberlândia. São duas classes com poder de consumo muito baixo. Os integrantes da classe D são pessoas que vivem em situação de pobreza. Já a classe E é composta de pessoas que vivem em situação de pobreza extrema, cuja renda familiar não atinge sequer um salário mínimo.

Ainda no período de 1991 a 1997, inicia-se uma melhoria nos índices socioeconômicos em decorrência do programa de estabilização e reformas econômicas do Plano Real,

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O aumento da renda, consequência do controle da inflação, aumentou o poder de consumo da população e fez diminuir o percentual de integrantes das classes D e E.

Outra consequência das medidas implantadas pelo Plano Real foi o início do crescimento das classes C e B.

Período 1998 – 2002

Nova atualização do Critério Aba/Abipeme se deu em 1998. Entre outras modificações, a classes A foi dividida em A1 e A2 e a classe B foi dividida em B1 e B2.

Em Uberlândia, no fim da década de 1990 e começo de 2000, ocorre a estabilidade entre as classes sociais, de modo que não houve grandes variações na migração de uma classe para outra nesse período. Destaque apenas para a classe E, que praticamente desapareceu.

Nesse período, nota-se quão expressiva é a parcela da população que pertence à classe D, cuja renda média familiar é pouco mais que um salário mínimo.

Período 2003 – 2008

Período onde iniciou-se uma grande migração de integrantes de uma classe econômica para outra, colocando fim ao período anterior de estabilidade.

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O aumento do poder aquisitivo, resultado do aumento da oferta de crédito e melhoria da renda, deslocou grande parte dos integrantes da classe D para a classe C e também da classe C para a classe B1.

Nesse período, a classe D apresentou uma redução de 45,5%, saindo de 33% para 18% do contingênte social.

A classe C, por sua vez, apresentou crescimento de 23,25% no mesmo período, saindo de 43% para 53%.

Já a classe B1 apresentou crescimento de 75%, saindo de 12% para 21% em Uberlândia. Ainda que exista, o percentual da população pertencente à classe E é ínfimo, muito abaixo da margem de erro da pesquisa.

Período 2009 – 2013

O grande crescimento da classe C acarretou em nova atualização no critério de classificação socioeconômica em 2009. Além de alteração na pontuação de alguns bens de consumo, foi necessário dividir a classe C em C1 e C2.

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Enquanto as demais classes permaneceram estáveis nesse período, a classe B2 apresentou crescimento de 4% e chegou 27%, enquanto a classe C1 cresceu 3%, atingindo 30%.

Observe que as classes C1 e C2 agregam metade da população uberlandense.

O percentual da população pertencente à classe E continua inexpressivo, com percentual muito abaixo da margem de erro da pesquisa.

Ficha técnica

Público composto por eleitores residentes em Uberlândia, com idade acima de 16 anos. Foram realizadas com 400 amostras, por meio de abordagem presencial no domicílio do eleitor, caracterizando uma margem de erro padrão de 5% para mais ou para menos, com

nível de confiança* estabelecido de 95,5%. *Significa que se fossem feitas 100 pesquisas,

resguardando-se as mesmas técnicas empregadas nesse projeto, em 95 delas os resultados deverão permanecer dentro da margem de erro estabelecida.

Sobre os métodos de classificação social

Os critérios de classificação social representam tentativas de medir a capacidade de

consumo de uma população, avaliando alguns bens de consumo e o grau de escolaridade do chefe da família. Apenas a renda não é suficiente para classificação econômica porque muitos distorcem os dados sobre quanto ganham. Além disso, apenas ter uma renda não é indicativo de que aquela pessoa é um consumidor.

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Até 1970 não havia um critério único de classificação social. Cada empresa utilizava seu sistema próprio de classificação, o que dificultava a comunicação entre empresas de comunicação, agências de pesquisa e veículos de comunicação. A Associação Brasileira de Anunciantes (ABA) foi encarregada de desenvolver uma metodologia padrão cujo objetivo era avaliar o poder de consumo de grupos homogêneos para identificar públicos-alvo de diferentes mercados de produtos e determinar preços de anúncios em veículos de mídia. O primeiro modelo, apresentado e aprovado no início dos anos 1970.

Em 1982, a Associação Brasileira dos Institutos de Pesquisa de Mercado (ABIPEME)

apresentou um novo critério de classificação, aprovado pela ABA, que ficou conhecido como critério ABA/Abipeme.

Em 1991, a nova proposta elaborada por Pergentino M. Almeida e Hilda Wickerhauser, não foi aceita por parte dos associados da ABIPEME, que deixaram essa associação para criar a Associação Nacional das Empresas de Pesquisa (ANEP). A proposta de Pergentino e

Wickerhauser, de 1991, foi adotada pelos associados da ABIPEME e ficou conhecida como Critério ABIPEME. Os associados da ANEP passaram a seguir o Critério ABA-ABIPEME, que foi também o critério seguido pelo Instituto PS Marketing na ocasião.

A partir dos anos 2000, ganhou evidência o Critério de Classificação Econômica Brasil, desenvolvido e atualizado anualmente pela Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (Abep). Esse critério pode ser considerado uma espécie de sucessor dos anteriores.

Sobre o Instituto PS Marketing

O Instituto PS Marketing® foi criado em 1991 para atuar como um instrumento a serviço do marketing e da inteligência de mercado, tendo como foco específico o desenvolvimento de projetos de pesquisas de mercado, de opinião pública e de clima organizacional bem como o desenvolvimento de projetos de consultoria em gestão e marketing.

Desde então, vem aprimorando seus processos e técnicas de leitura e análise da dinâmica social e das tendências de mercado, como comprovam os diagnósticos precisos dos mais diversos cenários e eventos estudados ao longo de mais de duas décadas.

Nossa missão é orientar o cliente para que suas decisões sejam tomadas de modo seguro por meio de serviços de inteligência de mercado onde a informação é tratada de modo isento, sempre lastreada por técnicas e metodologias consagradas.

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