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LICENÇA AMBIENTAL. SOVENA Portugal Consumer Goods, S.A. SOVENA Portugal Consumer Goods, S.A.

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(1)

Nos termos da legislação relativa à Prevenção e Controlo Integrados da

Poluição (PCIP), é concedida a Licença Ambiental ao operador

SOVENA Portugal Consumer Goods, S.A.

com o Número de Identificação de Pessoa Colectiva (NIPC) 500 833 532 para

a instalação

SOVENA Portugal Consumer Goods, S.A.

sita no Parque Empresarial da Quimiparque, Rua do Industrial Alfredo da Silva,

freguesia do Lavradio e concelho do Barreiro, para o exercício da actividade de

refinação de óleos vegetais, incluída na categoria 6.4 bii do Anexo I do

Decreto-Lei n.º 194/2000, de 21 de Agosto, e classificada com a CAE (Rev. 3)

n.º 10414, de acordo com as condições fixadas no presente documento.

A presente licença é válida até 21 de Novembro de 2015.

Nos termos da alínea a) do n.º 2 do Art.º 128 do Código do Procedimento

Administrativo a eficácia desta Licença Ambiental retroage a 30 de Outubro de

2007.

Amadora, 21 de Novembro de 2008

O Director Geral

(2)

1. PREÂMBULO

Esta licença ambiental (LA) é emitida ao abrigo do Decreto-Lei n.º 194/2000, de 21 de Agosto, relativo à Prevenção e Controlo Integrados da Poluição, para a instalação Sovena Portugal Consumer Goods, S.A., onde são desenvolvidas as seguintes actividades:

- Embalamento e comércio por grosso de azeite, óleos e gorduras alimentares, com uma capacidade licenciada de 650 kl/dia (CAE principal Rev. 3 n.º 463321);

- Refinação de óleos vegetais com capacidade licenciada de 342 ton/dia de óleo de girassol refinado (no caso da refinação de óleo de soja a sua capacidade instalada é de 312 ton/dia de óleo refinado) (CAE secundária Rev. 3 n.º 104142);

- Produção de sabões com capacidade licenciada de 30 ton/dia (CAE secundária Rev. 3 n.º 204113).

As actividades PCIP realizadas na instalação referem-se a tratamento e transformação destinados ao fabrico de produtos para a alimentação humana a partir de matérias-primas vegetais, incluída na categoria 6.4bii do Anexo I do Decreto-Lei n.º 194/2000, de 21 de Agosto, com capacidade global de produção de produto acabado de 422 ton/dia e com as seguintes capacidades instaladas por tipo de produto:

- Óleo refinado 342 ton/dia no caso de óleo de girassol 312 ton/dia no caso de óleo de soja - Azeite filtrado 80 ton/dia

A presente licença é emitida na sequência do licenciamento de uma nova instalação, de acordo com o disposto no artigo 11.º do Decreto-Lei n.º 194/2000, de 21 de Agosto.

A actividade deve ser explorada e mantida de acordo com o projecto aprovado e com as condições estabelecidas nesta licença.

Os relatórios periódicos a elaborar pelo operador (ver Ponto 7), designados por Plano de Desempenho Ambiental (PDA) e Relatório Ambiental Anual (RAA), constituem mecanismos de acompanhamento da presente Licença Ambiental.

Esta LA será ajustada aos limites e condições sobre prevenção e controlo integrados da poluição sempre que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) entenda por necessário. É conveniente que o operador consulte regularmente a página www.apambiente.pt, da APA, para acompanhamento dos vários aspectos relacionados com este assunto.

Os procedimentos, valores limite de emissão e as frequências de amostragem e análises, âmbito dos registos, relatórios e monitorizações previstos nesta licença, podem ser alterados pela APA, ou aceites por esta entidade no seguimento de proposta do operador, após avaliação dos resultados apresentados.

Nenhuma alteração relacionada com a actividade, ou com parte dela, pode ser realizada ou iniciada sem a prévia notificação à entidade coordenadora, Direcção Regional de Economia de Lisboa e Vale do Tejo (EC), e análise por parte da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

A presente LA reúne as obrigações que o operador detém em matéria de ambiente e será integrada na licença da actividade a emitir pela EC e não substitui outras licenças emitidas pelas autoridades competentes, nomeadamente a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR) e a Administração de Região Hidrográfica do Tejo (ARH) competente em razão da área da instalação.

1

Actividade antes classificada com o CAE n.º 51332 (Rev. 2.1)

2 Actividade antes classificada com o CAE n.º 15420 (Rev. 2.1) 3

(3)

2. PERÍODO DE VALIDADE

Esta Licença Ambiental é válida por um período de 7 anos, excepto se ocorrer, durante o seu prazo de vigência, algum dos itens previstos no n.º 3 do Artigo 20.º do Decreto-Lei n.º 173/2008, de 26 de Agosto (novo Diploma PCIP que revoga o Decreto-Lei n.º 194/2000, de 21 de Agosto) que motivem a sua renovação.

O pedido de renovação da Licença Ambiental terá de incluir todas as alterações de exploração que não constem da actual LA, seguindo os procedimentos previstos no Artigo 20.º do Decreto-Lei n.º 173/2008, de 26 de Agosto.

3.

G

ESTÃO

A

MBIENTAL DA

A

CTIVIDADE

A instalação encontra-se ainda abrangida pela seguinte legislação específica:

Decreto-Lei n.º 71/2008, de 15 de Abril, relativo aos consumidores intensivos de energia. O Ponto 1 do Anexo I apresenta uma descrição sumária das actividades da instalação. Dentro da área da instalação encontra-se também a Sulpet – Fábrica de Plásticos, Lda. e a Companhia Térmica Lusol, Lda., que fornecem garrafas de plástico (PET) e vapor, respectivamente, à SOVENA. A água consumida naquelas empresas é fornecida pela SOVENA, bem como a energia eléctrica consumida na Sulpet. Os efluentes líquidos destas empresas são de origem doméstica, sendo descarregados nos colectores da Quimiparque e os resíduos sólidos que produzem são temporariamente armazenados nas respectivas instalações.

A SOVENA deverá garantir que a empresa responsável pelo fornecimento de vapor, utilizado no processo produtivo, cumpre os VLE estabelecidos na legislação nacional aplicável, associados às respectivas fontes fixas.

3.1 Fase de Operação

3.1.1 Utilização de melhores técnicas disponíveis

A actividade deve ser operada tendo em atenção as melhores técnicas actualmente disponíveis (MTD) que englobam medidas de carácter geral, medidas de implementação ao longo do processo produtivo e no tratamento de fim-de-linha, designadamente em termos da racionalização dos consumos de água, matérias-primas e energia, substituição de substâncias perigosas por outras de perigosidade inferior e minimização das emissões para os diferentes meios.

O funcionamento da actividade prevê, de acordo com o projecto apresentado pelo operador, a aplicação de algumas das MTD estabelecidas nos Documentos de Referência para aplicação sectorial – Reference Document on Best Available Techniques in Food, Drink and Milk Industry (BREF FDM), Comissão Europeia (JOC 257 de 16 de Agosto de 2006), disponível em http://eippcb.jrc.es/. No Ponto 2 do Anexo I são apresentadas as MTD referidas pelo operador como em uso na instalação.

No que se refere à utilização de MTD transversais deverão ser analisados os seguintes documentos, disponíveis em http://eippcb.jrc.es/ :

- Reference Document on the Application of Best Available Techniques to Industrial Cooling Systems (BREF CV), Comissão Europeia (JOC 12, de 16 de Janeiro de 2002); - Reference Document on the General Principles of Monitoring (BREF MON), Comissão

Europeia (JOC 170 de 19 de Julho de 2003);

- Reference Document on the Best Available Techniques on Emissions from Storage (BREF ESB), Comissão Europeia (JOC 253, de 19 de Outubro de 2006).

Adicionalmente, deverá também o operador criar mecanismos de acompanhamento dos processos de elaboração e revisão dos BREF aplicáveis à instalação, de forma a garantir a adopção pela instalação das MTD a estabelecer nesse âmbito. Nesta medida, para além dos documentos anteriormente referidos, deverá ser também considerado o BREF Reference

(4)

Document on Energy Efficiency Techniques, actualmente em versão final, datado de Março de 2008, e disponível em http://eippcb.jrc.es.

Ainda no âmbito da avaliação das MTD a adoptar deverá o operador equacionar também a implementação na instalação de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA), incluindo no PDA a análise a efectuar sobre esta matéria. Nesta análise deverão ser identificados, de entre o conjunto de aspectos característicos de um SGA, aqueles já implementados na instalação, devendo ser equacionada a implementação dos restantes aspectos inerentes a um SGA, nomeadamente:

- Definição de uma política ambiental para a instalação ao nível mais elevado da sua administração;

- Planificação e definição dos procedimentos necessários (objectivos e metas);

- Aplicação dos procedimentos definidos de forma a atingir os objectivos e as metas propostos;

- Avaliação do desempenho da instalação, após implementação das medidas de acção inicialmente propostas, e adopção de eventuais medidas correctivas necessárias;

- Revisão do SGA pelos mais altos responsáveis da instalação.

Complementarmente podem ser equacionados os três aspectos seguintes:

- Análise e validação do SGA por um organismo de certificação acreditado ou verificador externo;

- Preparação e publicação de uma declaração ambiental que descreva todos os aspectos ambientais significativos da instalação;

- Implementação e adesão a um SGA internacionalmente aceite, como o EMAS ou a EN ISO 14001:2004.

Para cada ano, o RAA respectivo deverá integrar um relatório síntese dos resultados da aplicação das diferentes medidas sistematizadas no PDA para esse ano.

3.1.2 Condições gerais de operação

A instalação deve ser operada de forma a serem aplicadas todas as regras de boas práticas e medidas de minimização das emissões durante as fases de arranque e de paragem, bem como no que se refere a emissões difusas e/ou fugitivas, durante o funcionamento normal da instalação.

Qualquer alteração do regime de funcionamento normal da instalação deverá ser comunicada à APA.

Em caso da ocorrência de acidente com origem na operação da instalação deverá ser efectuado o previsto no Ponto 5 da licença (Gestão de situações de emergência), salientando-se que a notificação deverá incluir os períodos de ocorrência e, sempre que aplicável, os caudais excepcionais descarregados.

A gestão dos equipamentos utilizados na actividade deve ser efectuada tendo em atenção a necessidade de controlar o ruído, particularmente através da utilização de equipamentos que, sempre que aplicável, se encontrem de acordo com o Regulamento das Emissões Sonoras para o Ambiente do Equipamento para Utilização no Exterior, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 221/2006, de 8 de Novembro.

3.1.3 Gestão de recursos

3.1.3.1 Matérias-primas, subsidiárias e subprodutos

A actividade gera os fluxos de materiais constantes no Quadro 1, cuja classificação em subproduto ou resíduo será aditada a esta LA.

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Quadro 1 – Fluxos de materiais obtidos no processo de produção (e que não constituem produto acabado) Substância Etapa do processo de produção em que é obtido

Processamento dentro da instalação / Forma final e destino

Processo de refinação de óleos vegetais Massas de neutralização (soapstock) (contêm 25-40 % de gordura) Neutralização do óleo cru

Armazenagem no Tanque de Soapstock.

Venda posterior a empresa externa que permite a sua utilização em indústria química e cosmética.

Ceras

Winterização do óleo neutralizado

Processamento na operação Desdobramento e Decantação das Ceras.

Armazenagem em tanque próprio.

Venda posterior a empresa externa que permite a sua utilização em indústria química e cosmética.

Destilados de

desodorização (contêm cerca de 45% de ácidos gordos e uma percentagem elevada de tocoferóis)

Desodorização do óleo

Armazenagem em tanque próprio.

Venda posterior a empresa externa que permite a sua utilização em indústria química e cosmética.

Bolos de filtração Polimento final do óleo

Existem dois destinos alternativos:

Vendidos a empresa de actividade a montante (extracção de óleo cru), que os incorporam no bagaço de girassol. Vendidos a empresa cerâmica, que os incorpora na mistura de matérias-primas.

Processo de preparação de lotes de azeite

Bolos de filtração Desbaste e Polimento

Vendidos a uma empresa que recupera a gordura existente e permite a sua utilização na indústria não alimentar (cosmética, sabões, farmacêutica) e encaminha o remanescente para deposição em aterro licenciado.

São, ainda, obtidos subprodutos valorizados internamente da forma indicada: 1. Na produção de sabões

a. Na Linha 1 – SUPER SAIX – os sabões rejeitados no corte são enviados e refundidos na operação de Adição de Carga;

b. Na Linha 2 – MAZZONI – as partículas finas de sabão retidas nos ciclones na Concentração por Secagem são incorporadas no processo, na operação de Saponificação; os sabões rejeitados na Prensagem e Corte e no Embalamento são reprocessados na operação unitária de Prensagem e Corte.

2. A camada superficial da fossa de decantação da Fábrica de Sabões (que recebe os efluentes das lavagens de pisos, equipamentos e filtros, e pelos condensados do vapor indirecto utilizado no aquecimento do processo) é removida e incorporada no processo de saponificação.

(6)

Qualquer alteração decorrente de modificação das matérias-primas ou subsidiárias utilizadas que possa apresentar eventual repercussão ao nível do tipo de poluentes a emitir para o ar ou para a água terá de ser comunicada à APA.

3.1.3.2 Água

São consumidos dois tipos de água na instalação, ambos fornecidos pela Quimiparque: água doce para usos produtivos e gerais; e água salgada, utilizada na refrigeração da produção de alto vácuo da Refinaria, para condensação do vapor.

A água doce é distribuída pelas diversas instalações, nomeadamente: refinaria de óleos, unidades de embalamento de óleos e azeites, fábrica de sabões, EPTARI, laboratório, instalações sanitárias, balneários, rede de incêndios, armazéns e parque de tanques de óleos. O consumo total de água doce estima-se em 106 862 m3/ano (dados de 2005), dos quais a SOVENA forneceu 4 043 m3 à Sulpet – Fábrica de Plásticos, Lda. e 51 960 m3

à Companhia Térmica Lusol, Lda.. Por sua vez, a Companhia Térmica Lusol, Lda. fornece água descalcificada para o processo de refinação de óleos da SOVENA, e cede ainda a recuperação de parte da água rejeitada na sua unidade de osmose inversa, para lavagens de pavimentos da Refinaria da SOVENA. Em 2005 a Companhia Térmica Lusol, Lda. forneceu à SOVENA 20 492 m3 de água descalcificada e 7 760 m3 de água rejeitada na sua unidade de osmose inversa.

A água salgada fornecida pela Quimiparque estima-se em cerca de 846 350 m3/ano (dados de 2005).

3.1.3.3 Energia

Os tipos, usos e consumos médios anuais de energia são os seguintes (dados de 2005): - Energia eléctrica adquirida à rede pública e utilizada para produzir força motriz, ar comprimido e iluminação: 7 019 934 kWh (2036 Tep1);

- Vapor adquirido à Companhia Térmica Lusol, Lda., utilizado no aquecimento do processo de refinação de óleos vegetais: 19 290 ton (1423 Tep);

- Gás natural, utilizado para dois fins distintos:

o Produção de vapor na caldeira da fábrica de sabões, a qual fornece energia térmica apenas a esta instalação de produção;

o Produção de vapor de alta pressão na Refinaria de óleos vegetais; o consumo de gás natural foi 740 102 m3 (670 Tep);

- Gás propano, utilizado nos veículos empilhadores que se destinam à movimentação interna de cargas: 28.369 ton (32 Tep/ano).

O consumo médio global de energia estima-se em cerca 3635 Tep/ano.

3.1.4 Sistemas de drenagem, tratamento e controlo de emissões

O operador deverá efectuar a exploração e manutenção adequadas dos sistemas de retenção, drenagem, tratamento e controlo existentes na instalação, de modo a reduzir ao mínimo os períodos de indisponibilidade e permitir manter um nível de eficiência elevado. Neste sentido, o plano de manutenção efectuado aos sistemas instalados deve estar documentado e deve ser disponibilizado sempre que solicitado. No RAA devem ser referidos os equipamentos intervencionados.

Adicionalmente no RAA deverá ser também dada indicação, relativamente ao ano civil anterior, do número de horas correspondente a situações de funcionamento deficiente ou avaria nos sistemas/equipamentos de retenção, drenagem, tratamento e controlo de emissões para os diferentes meios.

1 Tep – Toneladas equivalente de petróleo. Para as conversões de unidades de energia foram utilizados os factores de

conversão constantes do Despacho da DGEG (Direcção-Geral de Energia e Geologia) publicado no D.R. n.º 122, 2.ª Série, de 2008.06.26.

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3.1.4.1 Matérias-primas e produtos acabados

Os tanques de armazenagem de óleos crus, de óleos refinados, e de matérias-primas para a produção de sabões e os tanques de loteamento de óleos/azeites são providos de bacias de retenção que permitem assegurar que as substâncias derramadas em situações de acidente não entrem na rede de esgotos (Quadro 2).

Quadro 2 – Condições de armazenamento de matérias-primas e produtos acabados

Tanque Conteúdo Volume Útil Volume Bacia

Retenção TANQUES DE

ÓLEO CRU

TQ8 Óleo cru de soja/colza 540 m3

1.850 m3 TQ15 Óleo cru de girassol 1000 m3

TANQUES DE ÓLEO REFINADO E TANQUES DE LOTEAMENTO DE ÓLEOS / AZEITES TQ5 Óleo refinado 630 m3 TQ6 Óleo refinado 540 m3 TQ9 Óleos alimentares 540 m3 TQ10 Óleo refinado 260 m3 TQ11 Óleos alimentares 540 m3 TQ12 Óleos alimentares 540 m3 TQ13 Óleo refinado 260 m3 TQ14 Óleo refinado 260 m3 TQ16 Óleo refinado 260 m3 TQ17 Óleo refinado 260 m3 TQ18 Óleo refinado 180 m3 TQ19 Óleos alimentares 180 m3 TQ20 Óleo refinado 180 m3 TQ21 Óleos alimentares 180 m3 TQ22 Óleo refinado 80 m3 TQ23 Óleo refinado 150 m3 TQ24 Óleo refinado 85 m3 TQ25 Óleo refinado 85 m3 TQ26 Óleo refinado 130 m3 TQ27 Óleo refinado 130 m3 TQ28 Óleo refinado 140 m3

TQ1 (subt) Óleo refinado 350 m3 850 m3

TQ2 (subt) Óleo refinado 220 m3 650 m3

TQ3 (subt) Óleo refinado 220 m3 650 m3

TANQUES DE MAT-PRIMAS

(Fáb. Sabões)

Tanque 1 Sebo Fancy 250 m3

700 m3 Tanque 2 Oleínas láuricas 250 m3

Tanque 3 Oleínas de girassol 250 m3 Tanque 4 Fora de serviço 250 m3 Tanque 5 Sebo de mistura 500 m3 Tanque 6 Sebo de mistura 500 m3

Tanque 7 Desactivados 500 m3

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3.1.4.2 Águas de abastecimento

A água doce proveniente da rede da Quimiparque destinada à produção de vapor na Fábrica de Sabões é sujeita a um tratamento de descalcificação através de resinas de permuta iónica, para redução da sua dureza. A água descalcificada é armazenada num tanque e posteriormente transferida para o desgaseificador, onde é aquecida a cerca de 90 ºC através da injecção de vapor directo para pré-aquecimento e libertação de O2 e CO2. Antes de entrar no desgaseificador, a água de alimentação é pré-aquecida através da recuperação de energia do vapor de flash. A água descalcificada, desgaseificada e pré-aquecida é então utilizada na caldeira de produção de vapor.

3.1.4.3 Águas residuais e pluviais

As águas residuais produzidas na instalação têm origem doméstica e industrial.

As águas residuais domésticas, oriundas das instalações sociais de apoio aos processos produtivos e do edifício administrativo, são directamente descarregadas nos colectores de efluentes domésticos da Quimiparque.

As águas residuais industriais são constituídas essencialmente por: - Águas residuais produzidas na Refinaria:

o Águas residuais de lavagens periódicas de pisos e equipamentos;

o Águas residuais de processo oriundas da operação de desdobramento de ceras e lavagem do óleo;

- Águas residuais produzidas na Fábrica de Sabões: o Águas residuais produzidas na central de vapor:

 Águas utilizadas nas lavagens em contracorrente para regeneração das resinas na unidade de descalcificação;

 Purgas descontínuas da caldeira de vapor para remoção de sais acumulados no seu fundo;

o Águas residuais de lavagens periódicas de pisos, equipamentos e filtros, e pelos condensados do vapor indirecto utilizado no aquecimento do processo;

- As águas residuais originadas nas lavagens de pisos exteriores às instalações são descarregadas nos colectores de águas pluviais da Quimiparque

- Águas de lavagens gerais de pavimentos e equipamentos interiores das unidades de Embalamento e Armazéns.

As águas residuais de processo, da Refinaria, são retidas e neutralizadas num tanque, após o que são encaminhadas para a Estação de Pré-Tratamento de Águas Residuais Industriais (EPTARI) da instalação.

A EPTARI recebe ainda as águas residuais das lavagens de pisos e equipamentos da Refinaria e as águas residuais das lavagens de pisos, equipamentos e filtros, e ainda os condensados do vapor indirecto da Fábrica de Sabões.

Na EPTARI os efluentes começam por ser homogeneizados e sujeitos a arejamento no tanque de homogeneização. O tanque de homogeneização tem um by-pass para descarga no colector da Quimiparque, em caso de avaria na elevação ou na bombagem do efluente bruto para a fase seguinte. Em caso de anomalia ao funcionamento da EPTARI, o efluente bruto pode ser retido num tanque metálico com 60 m3 de capacidade existente junto ao tanque de homogeneização. A sua posterior descarga para o tanque de homogeneização será por bomba de elevação.

Do tanque de homogeneização o efluente é enviado para o tanque de flotação, sendo injectados em linha agentes de coagulação e floculação; as lamas formadas são separadas por flotação. Devido ao elevado teor em água das lamas, estas são sujeitas a desidratação por centrifugação. As purgas ou escorrências da centrifugação das lamas são enviadas para o tanque de homogeneização e as lamas desidratadas são armazenadas em big bags e

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enviadas a um operador de gestão de resíduos autorizado. Após o pré-tratamento o efluente é enviado para o colector de águas residuais da Quimiparque.

A EPTARI está dimensionada para um caudal máximo de 15 m3/h.

As águas de lavagem gerais de pavimentos e equipamentos interiores das unidades de Embalamento e Armazéns passam previamente por caixas que permitem separação de óleo-água e são posteriormente descarregadas na rede de colectores de óleo-águas residuais da Quimiparque.

É, ainda, utilizada água salgada no circuito de condensação do grupo de vazio da Refinaria, a qual é descarregada directamente nos colectores de água salgada da Quimiparque.

A SOVENA procede à reutilização das seguintes águas residuais industriais:

1. Parte dos condensados do vapor consumido na Refinaria (cerca de 10% do vapor total consumido na Refinaria), circula em circuito fechado; estes são recuperados e misturados à água descalcificada para alimentação às centrífugas nas operações de neutralização, winterização, e lavagem do óleo;

2. A água rejeitada no tratamento por osmose inversa da Companhia Térmica Lusol, Lda. é, na medida das necessidades, recuperada para lavagens de mangas de polimento final e de pisos da refinaria;

3. A água utilizada nos circuitos de refrigeração é recirculada, passando por duas torres de arrefecimento (uma da Refinaria, excepto no grupo de vazio, e outra da Fábrica de Sabões), pelo que apenas é necessário repor a água evaporada;

4. Cerca de 40% do efluente da centrífuga de lavagem do óleo é recuperado e utilizado na centrífuga de winterização.

As lavagens dos pavimentos externos vão para os colectores de pluviais da Quimiparque. 3.1.4.4 Emissões para o ar

A instalação dispõe de um sistema de retenção de partículas na linha MAZZONI (operação de concentração /arrefecimento) da Fábrica de Sabões, em que os pós de sabão são captados e recuperados na operação de saponificação.

3.1.4.5 Resíduos

O armazenamento temporário dos resíduos produzidos na instalação e que aguardam encaminhamento para destino final deverá ser sempre efectuado em locais destinados a esse efeito (parques de armazenamento de resíduos), operados de forma a impedir a ocorrência de qualquer derrame ou fuga, evitando situações de potencial contaminação do solo e/ou água. Assim, estas áreas deverão apresentar piso impermeabilizado bem como, em função do mais adequado em cada caso específico, serem cobertas, equipadas com bacia de retenção e/ou com rede de drenagem com encaminhamento adequado. Neste armazenamento temporário devem igualmente ser respeitadas as condições de segurança relativas às características que conferem perigosidade ao(s) resíduo(s), de forma a não provocar qualquer dano para o ambiente nem para a saúde humana, designadamente por meio de incêndio ou explosão. No acondicionamento dos resíduos produzidos deverão ser utilizados contentores, outras embalagens de elevada resistência, ou, nos casos em que a taxa de produção de resíduos o não permita, big-bags. Deverá também ser dada especial atenção à resistência, estado de conservação e capacidade de contenção das embalagens, bem como atender aos eventuais problemas associados ao empilhamento inadequado dessas embalagens.

Os equipamentos metálicos desactivados e destinados a recuperação, devem ser mantidos em local coberto e/ou impermeabilizado com drenagem, de maneira a evitar a contaminação do solo e/ou água.

Relativamente ao armazenamento de sucatas o operador deverá apresentar no primeiro RAA a memória descritiva das acções efectuadas para melhorar o seu armazenamento, nomeadamente impermeabilização com drenagem e/ou cobertura do local de armazenamento temporário desses resíduos, de maneira a evitar a contaminação do solo e/ou água.

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Adicionalmente, os resíduos produzidos deverão ser armazenados de forma a serem facilmente identificados, devendo nomeadamente a sua embalagem estar rotulada com o processo que lhe deu origem e respectivo código da Lista Europeia de Resíduos – LER (Portaria n.º 209/2004, de 3 de Março).

Estão identificados oito parques, PA1 a PA8, de armazenamento temporário de resíduos perigosos e não perigosos, nomeadamente:

– PA1 designa o local coberto totalmente impermeabilizado, com bacia de retenção de 0.4 m3, onde são armazenados solventes e mistura de solventes (LER 14 06 03*), lamas de tintas de impressão contendo substâncias perigosas (LER 08 03 14*) e embalagens contaminadas por substâncias perigosas (LER 15 01 10*), em tambores de aço devidamente identificados junto ao Laboratório;

– PA2 designa o local no armazém de óleos lubrificantes novos destinado ao armazenamento temporário de óleos sintéticos usados de lubrificação de motores (LER 13 02 06*), em tambores de aço, com bacia de retenção de 0.4 m3, provenientes das operações de manutenção industrial;

– PA3 designa o local na EPTARI, coberto e impermeabilizado, onde são armazenadas as lamas do tratamento local de efluentes (LER 02 03 05) em big bags;

– PA4 designa o local na Refinaria, parcialmente coberto e impermeabilizado, onde são armazenados os bolos de filtração do Polimento Final (LER 02 03 99) em big bags;

– PA5 designa o local na Refinaria, totalmente impermeabilizado, com sistema de drenagem, onde são armazenados os bolos de filtração do branqueamento (LER 07 06 99) em contentores de aço estanques;

– PA6 designa a área onde está instalado o Ecoponto. É uma área impermeabilizada onde estão colocados contentores de aço para armazenamento temporário de diversas fracções recolhidas separadamente:

o Embalagens de madeira (LER 15 01 03) provenientes do embalamento e armazéns;

o Embalagens de metal (LER 15 01 04) provenientes do embalamento e armazéns;

o Embalagens de papel, cartão e filme PE (LER 15 01 06) provenientes do embalamento e armazéns, que inclui também fracções de papel e cartão recolhidas selectivamente nos escritórios;

o Embalagens de vidro (LER 15 01 07) provenientes do embalamento e armazéns;

o Absorventes, materiais filtrantes, panos de limpeza, vestuário de protecçaõ e outros resíduos não recicláveis (LER 15 02 03), provenientes do embalamento e armazéns.

– PA7 designa uma área impermeabilizada, localizada na zona norte da Fábrica de Sabões, onde são armazenados em contentores de aço os absorventes, materiais filtrantes, panos de limpeza, vestuário de protecção e outros resíduos não recicláveis (LER 15 02 03) provenientes da Fábrica de Sabões.

– PA8 designa uma área impermeabilizada, localizada na zona sul da Fábrica de Sabões, onde são armazenadas em contentor de aço:

o Embalagens de papel e cartão (LER 15 01 01), provenientes da Fábrica de Sabões;

o Mistura de embalagens (LER 15 01 06), constituída por papel, cartão e filme PE, provenientes da Fábrica de Sabões.

As lamas gordurosas resultantes da limpeza pontual do tanque de homogeneização da EPTARI, por necessidade de efectuar acções de manutenção, são recolhidas directamente por um operador de gestão de resíduos licenciado.

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As lamas gordurosas (LER 19 08 09) produzidas nas fossas de retenção e decantação da Refinaria são também recolhidas directamente das mesmas por um operador de gestão de resíduos licenciado.

São ainda produzidos resíduos de solventes nas máquinas pequenas de lava-peças (LER 14 06 03*) na Oficina Mecânica dos Sabões, na Oficina Mecânica do Embalamento, na Oficina Mecânica Geral, na Oficina Eléctrica e na Central de Vapor, e líquidos de lavagem aquosos na máquina grande (LER 12 03 01*) na Oficina Mecânica Geral. Estes resíduos são recolhidos directamente nas respectivas tinas por um operador de gestão de resíduos licenciado.

Podem ainda ser pontualmente produzidos resíduos provenientes de obras de construção e demolição, os quais são depositados em contentores de aço, colocados perto do local da obra.

São ainda produzidos e encaminhados os seguintes fluxos:

1. A instalação procede à devolução imediata das embalagens deformadas ou não conformes que não foram contaminadas com produtos ao seu fornecedor (Sulpet).

2. A instalação também devolve ao seu fornecedor de caixas de cartão (ZARRINHA) as embalagens deformadas ou não conformes que não foram contaminadas com produtos. Este circuito é independente do que se utiliza para o resíduo de papel.

3. Relativamente às matérias subsidiárias consumidas em alguns processos, na sua maioria a empresa tem acordos com os fornecedores para a retirada das suas embalagens em simultâneo com novos fornecimentos. É o caso dos unicubos de produtos químicos utilizados na EPTARI e Refinaria. As embalagens vazias são temporariamente armazenadas nos locais de consumo do produto até recolha pelo fornecedor.

A armazenagem de resíduos no próprio local de produção por período superior a um ano, carece de licença a emitir pela entidade competente, nos termos do previsto na alínea b) do n.º 1 do Artigo 32.º do Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro. Nesta situação, deverão ser apresentados os documentos comprovativos, no RAA respectivo.

3.1.5 Pontos de emissão

3.1.5.1 Emissões para o ar

As emissões atmosféricas estão associadas a duas fontes pontuais de emissão, com as características indicadas no Quadro 3.

Quadro 3 – Identificação das fontes pontuais para o ar

Código da Fonte Unidades / actividades contribuintes Tipo de emissão Potência nominal (MWt) Altura total* (m) FF1 Caldeira da Fábrica de sabões CVP1 Combustão de gás natural 8.14 17

FF2 Caldeira da Refinaria CVP2 Combustão

de gás natural 0.72 30

*Altura da chaminé, correspondente à distância, medida na vertical, entre o topo da chaminé e o solo.

Existem, ainda, duas zonas na instalação com a possibilidade de gerar algum odor incómodo: 1. Refinaria

Os possíveis odores resultantes do processo de refinação de óleos ocorrem na operação de desodorização. No entanto, o sistema de vácuo possui um condensador que funciona como lavador de gases.

(12)

A EPTARI trata unicamente os efluentes da Refinaria e da Fábrica de sabões, e os efluentes passam primeiro por uma fossa de decantação.

No que se refere à altura das chaminés associadas às fontes pontuais FF1 e FF2, atendendo à natureza qualitativa e quantitativa dos efluentes emitidos e respectivos caudais mássicos associados, tendo em consideração os processos afectos a cada fonte, e atendendo também aos obstáculos existentes na sua envolvente, considera-se que as chaminés destas fontes apresentam alturas adequadas à correcta dispersão dos poluentes.

A altura da chaminé da hotte do laboratório deve ser mantida pelo menos 1 metro acima da cota máxima do respectivo edifício onde está implantada.

3.1.5.2 Águas residuais e pluviais

As águas residuais, industriais e domésticas, e as águas pluviais são descarregadas nos colectores da Quimiparque, nos pontos designados por ED1 a ED23, com a localização indicada no Quadro 4.

Quadro 4 – Pontos de descarga de efluentes líquidos

Código do ponto de descarga

Natureza dos efluentes descarregados e águas pluviais Coordenadas (carta militar n.º 442, escala 1:25000) M (m) P (m) ED1 Domésticas 118 546 189 456 ED2 Domésticas 114 522 189 456

ED3 Domésticas + Pluviais 118 499 189 549

ED4 Domésticas + Industriais (da Companhia

Térmica Lusol, Lda.) + Pluviais 118 425 189 426

ED5 Domésticas 118 305 189 489

ED6 Domésticas + Pluviais 118 255 189 366

ED7 Industriais (Fábrica de Sabões) 118 235 189 767

ED8 Domésticas 118 308 189 829

ED9 Domésticas 118 332 189 797

ED10 Industriais (da EPTARI) + Domésticas 118 572 189 671

ED11 Pluviais 118 572 189 671 ED12 Pluviais 118 353 189 488 ED13 Pluviais 118 377 189 519 ED14 Domésticas 118 378 189 550 ED15 Pluviais 118 378 189 581 ED16 Pluviais 118 499 189 549

ED17 Industriais (do Embalamento 1 + Sulpet –

Fábrica de Plásticos, Lda.) 118 474 189 518

ED18 Industriais (Embalamento 2) 118 475 189 487

ED19 Industriais (Embalamento de Azeites) 118 425 189 488

ED20 Industrias (água salgada usada no circuito de

condensação do grupo de vazio da Refinaria) 118 618 189 424

ED21 Pluvial 118 307 189 766

ED22 Pluvial 118 328 189 458

ED23 Pluvial 118 328 189 427

3.1.5.3 Resíduos

Em conformidade com o disposto no Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro, que estabelece o regime geral de gestão de resíduos, deverá ser assegurado que os resíduos resultantes da laboração da instalação, incluindo os resíduos das áreas administrativas, equiparados a resíduos urbanos, sejam encaminhados para operadores devidamente legalizados para o efeito, devendo ser privilegiadas as opções de reciclagem e outras formas de valorização e o princípio da proximidade e auto-suficiência a nível nacional.

(13)

O transporte de resíduos apenas pode ser realizado pelas entidades definidas no n.º 2 da Portaria n.º 335/97, de 16 de Maio, e de acordo com as condições aí estabelecidas. A este propósito salienta-se a necessidade de utilização da guia de acompanhamento dos resíduos em geral, aprovada na referida Portaria, que consiste no modelo exclusivo da Imprensa Nacional - Casa da Moeda (INCM) n.º 1428.

Dado que a instalação coloca produtos embalados no mercado, encontra-se abrangida pelo disposto nos pontos 4 a 6 do Artigo 4.º e Artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 366-A/97, de 20 de Dezembro, com as alterações dadas pelo Decreto-Lei n.º 162/2000, de 27 de Julho, relativo à gestão de embalagens e resíduos de embalagem, cujas normas de funcionamento e regulamentação são as constantes do referido Decreto-Lei e da Portaria n.º 29-B/98, de 15 de Janeiro, tendo aderido ao Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagens (SIGRE) através do contrato EMB/0000001, estabelecido com a Sociedade Ponto Verde. No RAA deve ser incluída cópia do Certificado Ponto Verde de Embalador/Importador relativo ao ano em reporte.

3.2 Fase de Desactivação

Deverá ser elaborado um Plano de Desactivação da instalação, a apresentar à APA, para aprovação, nos 12 meses anteriores à data de cessação da exploração parcial ou total da instalação (encerramento definitivo), devendo conter no mínimo o seguinte:

1. O âmbito do plano (de acordo com o contrato existente de cedência em direito de superfície);

2. Os critérios que definem o sucesso da desactivação da actividade ou parte dela, de modo a assegurarem um impacte mínimo no ambiente;

3. Um programa para alcançar aqueles critérios, que inclua os testes de verificação.

Após o encerramento definitivo o operador deve entregar à APA um relatório de conclusão do plano para aprovação.

4. MONITORIZAÇÃO E VALORES LIMITE DE EMISSÃO

O operador deverá realizar as amostragens, medições e análises de acordo com o mencionado nesta licença e especificações constantes nos pontos seguintes.

A frequência, âmbito e método de monitorização, amostragem, medições e análises, para os parâmetros especificados no Anexo II desta licença, ficam estabelecidos para as condições normais de funcionamento da instalação durante a fase de operação. Em situação de emergência, o plano de monitorização será alterado de acordo com o previsto no Ponto 5 desta licença (Gestão de situações de emergência).

O operador deve assegurar o acesso permanente e em segurança aos pontos de amostragem e de monitorização.

O equipamento de monitorização e de análise deve ser operado de modo a que a monitorização reflicta com precisão as emissões e as descargas, respeitando os respectivos programas de calibração e de manutenção.

Todas as colheitas de amostras e as análises referentes ao controlo das emissões devem ser preferencialmente efectuadas por laboratórios acreditados.

4.1 Monitorização dos Subprodutos, Produtos Acabados e Utilidades

4.1.1 Controlo dos subprodutos e dos produtos acabados

No RAA devem ser incluídos dados sobre a produção mensal de produtos acabados, bem como informação sobre a quantidade de subprodutos que sejam reincorporados no processo produtivo. Devem também ser mantidos registos das quantidades dos materiais do Quadro 1 que venham a ser considerados subprodutos e que sejam expedidos para fora da instalação. Um relatório síntese contendo as respectivas quantidades mensais consumidas e as quantidades dos vários produtos produzidos deve ser incluído no RAA.

(14)

4.1.2 Controlo das águas de abastecimento

No RAA deve ser incluído relatório síntese do consumo mensal de água e do consumo específico mensal de água no processo industrial (em m3 de água consumida/ton de produto acabado), por tipo de produto produzido, explicitando a forma de determinação dos valores apresentados.

4.1.3 Controlo do consumo de energia

Devem ser incluídos no RAA:

- Relatório síntese do consumo energético mensal e anual da instalação (em Tep 1) para as principais formas de energia utilizadas na instalação e consumo específico mensal de energia (energia consumida por ton ou por hl, conforme aplicável, de produto acabado), discriminados, sempre que possível, pelos tipos de energia e os seus diferentes usos. Deverá ainda ser indicada a forma de determinação dos valores apresentados.

- Cópia do Plano de Racionalização do Consumo de Energia (PREn) aprovado nos termos do Decreto-Lei n.º 71/2008, de 15 de Abril (no primeiro RAA após a aprovação do PREn) e dos relatórios de execução e progresso nos anos subsequentes. Caso seja aprovado um novo PREn durante o período de vigência desta LA, deverá ser incluída cópia do mesmo no RAA correspondente.

4.2 Monitorização das Emissões da Instalação e Valores Limite de

Emissão

4.2.1 Controlo das emissões para o ar

O controlo da emissão de gases deverá ser efectuado de acordo com o especificado no

Quadro II.1 do Anexo II desta licença, não devendo nenhum parâmetro de emissão exceder

os valores limite de emissão (VLE) aí mencionados. Os VLE consideram-se cumpridos se nenhum dos resultados das medições efectuadas ultrapassar o VLE respectivo, conforme o disposto no n.º 2 do Artigo 24.º do Decreto-Lei n.º 78/2004, de 3 de Abril.

Em termos gerais, todos os equipamentos de monitorização, de medição ou amostragem, deverão ser operados, calibrados e mantidos, de acordo com as recomendações expressas pelos respectivos fabricantes nos respectivos manuais de operação.

No que se refere aos equipamentos de monitorização pontual das emissões para atmosfera os mesmos deverão ser submetidos a um controlo metrológico, com uma periodicidade anual, de acordo com o disposto no Artigo 28.º do Decreto-Lei n.º 78/2004, de 3 de Abril. Uma cópia das fichas técnicas actualizadas da realização das operações de verificação/calibração com a indicação dos procedimentos utilizados para assegurar a rastreabilidade e exactidão dos resultados das medições, deverá ser integrado no RAA.

Sempre que tecnicamente viável, a velocidade de saída dos gases em regime de funcionamento normal da instalação, deve ser, pelo menos, 6 m/s, se o caudal ultrapassar 5000 m3/h, ou 4 m/s, se o caudal for inferior ou igual a 5000 m3/h.

Em cada chaminé a secção de amostragem deverá manter os pontos de amostragem com orifício normalizado, de acordo com o estabelecido na Norma Portuguesa NP 2167 (2007), ou versão actualizada correspondente, relativa às condições a cumprir na “Secção de amostragem e plataforma para chaminés ou condutas circulares de eixo vertical”.

Para todas as fontes pontuais e de acordo com o n.º 4 do Artigo 23.º do Decreto-Lei n.º 78/2004, de 3 de Abril, uma vez de três em três anos, deverá o operador efectuar uma medição pontual recorrendo a uma entidade externa acreditada.

Se for verificada alguma situação de incumprimento em qualquer das medições efectuadas, devem ser adoptadas de imediato medidas correctivas adequadas após as quais deverá ser

1 Tep – Toneladas equivalente de petróleo. Para as conversões de unidades de energia foram utilizados os factores de

conversão constantes do Despacho da DGEG (Direcção-Geral de Energia e Geologia) publicado no D.R. n.º 122, 2.ª Série, de 2008.06.26.

(15)

efectuada uma nova avaliação da conformidade da fonte pontual. Deve ainda ser cumprido o estipulado no Ponto 5 desta licença (Gestão de situações de emergência).

De acordo com o previsto no Artigo 23.º do Decreto-Lei n.º 78/2004, de 3 de Abril, a comunicação dos resultados da monitorização deverá ser efectuada à CCDR, até um máximo de 60 dias após a sua realização e deverá conter toda a informação constante do Ponto 2 do

Anexo II desta LA e um relatório síntese deve ser integrado como parte do RAA a enviar à

APA. Este relatório deve ainda conter a seguinte informação:

- Indicação do número de horas de funcionamento anual de cada fonte fixa de emissão para o ar, bem como do respectivo consumo de combustível;

- Para cada parâmetro monitorizado este relatório deverá ainda apresentar:

o Os valores de concentração medidos, os caudais mássicos e a respectiva carga poluente (expressa em ton ou kg/ano);

o Indicação das emissões específicas expressas em massa por unidade de produção (por exemplo kg poluente/ton ou kl de produto acabado);

o Metodologia de cálculo seguida para obtenção dos valores apresentados.

4.2.2 Controlo da descarga das águas residuais

O autocontrolo da descarga de águas residuais industriais no ponto ED10 é efectuado de acordo com as condições de descarga impostas pela Câmara Municipal do Barreiro através do protocolo entre esta e a instalação, em vigor até à conclusão da construção da ETAR Regional do Concelho do Barreiro e Moita, ou através de autorização de descarga por outra entidade que a venha a substituir, sem prejuízo do cumprimento das especificações do

Quadro II.2 do Anexo II desta licença.

Em caso de alteração das condições de ligação à rede de colectores da Quimiparque – Parque Empresarial, S.A., e/ou das condições de descarga deverá o operador incluir, no RAA correspondente, cópia das respectivas declarações actualizadas.

Ainda no que se refere às emissões de águas residuais industriais, o operador deverá assegurar que a carga poluente final proveniente da instalação, após tratamento na ETAR Regional do Concelho do Barreiro e Moita, e descarregada no meio, se encontra em consonância com as metas estabelecidas no âmbito PCIP, nomeadamente através da verificação dos valores de emissão associados (VEA) às MTD preconizados no BREF FDM (indicados no Quadro II.2 do Anexo II), garantindo assim que, independentemente da descarga da instalação no meio ser do tipo indirecto, se mantém um nível elevado de desempenho ambiental relativamente a este descritor. Esta avaliação deverá ser explicitada e apresentada em cada RAA, com base nos dados de projecto da ETAR e nas eficiências de remoção de poluentes obtidas no ano em análise.

Desta forma, o operador deverá assegurar que o contrato firmado com a entidade terceira, gestora do sistema de recolha, drenagem e tratamento, que recebe os efluentes industriais da instalação, prevê a disponibilização da informação necessária em sede de demonstração do cumprimento das condições de licenciamento estabelecidas, sempre que tal seja solicitado pelo operador a essa entidade.

Relativamente às águas residuais industriais deverá ser incluído no RAA:

- Os volumes mensais de efluente industrial tratado na EPTARI da instalação e descarregado na ETAR Regional do Concelho do Barreiro e Moita e das leituras do medidor de caudal associado à descarga;

- Indicação do número de horas anual correspondente à descarga de águas residuais industriais;

- Estimativa devidamente justificada dos volumes específicos mensais e anuais de descarga de águas residuais industriais (m3 de água descarregada/ton ou kl de produto acabado);

- Para os parâmetros CBO5, CQO, SST, P Total, N Total e Óleos e Gorduras, este relatório deverá apresentar:

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o Os resultados das análises de controlo à saída da instalação;

o Indicação das emissões específicas, expressas em massa por unidade de produção (kg poluente/ton ou kl de produto acabado);

o Cálculo da qualidade do efluente da instalação após tratamento na ETAR Regional do Concelho do Barreiro e Moita, atendendo nomeadamente aos valores monitorizados em ED10, à eficiência da ETAR e a outras condições eventualmente relevantes associadas ao funcionamento destes sistemas de tratamento;

o Comparação dos valores obtidos no ponto anterior com a gama de VEA estabelecidos no BREF FDM; caso aqueles excedam os valores da gama de VEA, o operador deverá apresentar um plano com proposta de acções e respectiva calendarização, com vista a aproximação aos VEA do BREF;

o Metodologia seguida para o cálculo de todos os valores apresentados;

- Atendendo a eventuais requisitos de monitorização adicionais impostos pela entidade gestora do sistema de drenagem colectivo e/ou do sistema de tratamento a jusante, no RAA deverá ser também incluído um relatório síntese referente à monitorização de águas residuais em função desses requisitos. Sempre que se verificarem alterações nas condições de descarga impostas à instalação pela(s) entidade(s) gestora(s) deverá ser incluída cópia dos documentos relevantes no RAA respectivo.

4.2.3 Controlo dos resíduos produzidos

Deverá o operador encontrar-se registado no Sistema Integrado de Registo Electrónico de Resíduos (SIRER), conforme disposto no n.º 1 do Artigo 1.º da Portaria n.º 1408/2006, de 18 de Dezembro e efectuar o preenchimento dos mapas de registo referente aos resíduos geridos e produzidos na unidade até 31 de Março do ano seguinte a que se reportam os dados.

Um relatório síntese dos registos com a seguinte informação deve ser integrado como parte do RAA:

- A quantidade e o tipo de resíduos produzidos na instalação, segundo a classificação da Lista Europeia de Resíduos – LER (Anexo I da Portaria n.º 209/2004, de 3 de Março), bem como o período de armazenamento a que o mesmo é sujeito na instalação;

- Destino dos resíduos, incluindo informação sobre o operador e respectiva operação de valorização / eliminação a que os mesmos irão ser sujeitos.

4.3 Monitorização Ambiental

4.3.1 Controlo do ruído

Atendendo a que a presente instalação se localiza dentro de um parque empresarial, não estando prevista a construção de edifícios de habitação, escolas, hospitais ou zonas de lazer, e enquanto tal situação não se alterar, não existe lugar à obrigatoriedade da verificação do cumprimento dos critérios de exposição máxima e de incomodidade previstos no Artigo 13 º do Regulamento Geral do Ruído (RGR), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 9/2007, de 17 de Janeiro.

5. GESTÃO DE SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA

O operador deve declarar uma situação de (potencial) emergência sempre que ocorra:

- Qualquer falha técnica detectada no equipamento de produção, passível de se traduzir numa potencial emergência;

- Qualquer disfunção ou avaria dos equipamentos de controlo ou de monitorização, passíveis de conduzir a perdas de controlo dos sistemas de redução da poluição;

- Qualquer outra libertação não programada para a atmosfera, água ou solo por outras causas, nomeadamente falha humana e/ou causas externas à instalação (de origem natural ou humana);

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- Qualquer registo de emissão que não cumpra com os requisitos desta licença.

Em caso de ocorrência de qualquer situação de (potencial) emergência, o operador deve notificar a APA, e a Inspecção Geral do Ambiente e Ordenamento do Território (IGAOT) e a EC desse facto, por fax, tão rapidamente quanto possível e no prazo máximo de 24 horas após a ocorrência. A notificação deve incluir a data e a hora da ocorrência, a identificação da sua origem, detalhes das circunstâncias que a ocasionaram (causas iniciadoras e mecanismos de afectação) e as medidas adoptadas para minimizar as emissões e evitar a sua repetição. Neste caso, se considerado necessário, a APA notificará o operador via fax do plano de monitorização e/ou outras medidas a cumprir durante o período em que a situação se mantiver.

O operador enviará à APA, num prazo de 15 dias após a ocorrência, um relatório onde conste:

- Os factos que determinaram as razões da ocorrência da emergência (causas iniciadoras e mecanismos de afectação);

- A caracterização (qualitativa e quantitativa) do risco associado à situação de emergência; - O plano de acções para corrigir a não conformidade com requisito específico;

- As acções preventivas implementadas de imediato e outras acções previstas a implementar, correspondentes à situação / nível de risco encontrado.

No caso de se verificar que o procedimento de resposta a emergências não é adequado, este deverá ser revisto e submetido a aprovação da APA, num prazo de 3 meses, após notificação escrita.

Um relatório síntese dos acontecimentos, respectivas consequências e acções correctivas, deve ser integrado como parte do RAA.

6. REGISTOS, DOCUMENTAÇÃO E FORMAÇÃO

O operador deve:

- Registar todas as amostragens, análises, medições e exames, realizadas de acordo com os requisitos desta licença;

- Registar todas as ocorrências que afectem o normal funcionamento da exploração da actividade e que possam criar um risco ambiental;

- Elaborar por escrito todas as instruções relativas à exploração, para todo o pessoal cujas tarefas estejam relacionadas com esta licença, de forma a transmitir conhecimento da importância das tarefas e das responsabilidades de cada pessoa para dar cumprimento à licença ambiental e suas actualizações. O operador deve ainda manter procedimentos que concedam formação adequada a todo o pessoal cujas tarefas estejam relacionadas com esta licença;

- Registar todas as queixas de natureza ambiental que se relacionem com a exploração da actividade. Cada um destes registos deve especificar em detalhe a data, a hora e a natureza da queixa e o nome do queixoso. Também deve ser guardado o registo da resposta a cada queixa. O operador deve enviar um relatório à APA no mês seguinte à existência da queixa e informar com detalhe os motivos que deram origem às queixas. Uma síntese do número e da natureza das queixas recebidas deve ser incluída no RAA. Os relatórios de todos os registos, amostragens, análises, medições, exames, devem ser verificados e assinados pelo Técnico Responsável, e mantidos organizados em sistema de arquivo devidamente actualizado. Todos os relatórios devem ser conservados nas instalações por um período não inferior a 5 anos e devem ser disponibilizados para inspecção sempre que necessário.

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7. RELATÓRIOS PERIÓDICOS

7.1 Plano de Desempenho Ambiental

O operador deve estabelecer e manter um PDA que integre todas as exigências desta licença e as acções de melhoria ambiental a introduzir de acordo com estratégias nacionais de política do ambiente e as MTD aprovadas, para os BREF referentes aos sectores de actividade PCIP da instalação, bem como outros BREF relacionados, com o objectivo de minimizar ou, quando possível, eliminar os efeitos adversos no ambiente.

Assim, em matéria de MTD, deverá ser apresentada a explicitação, análise e calendário de implementação das várias medidas a tomar com vista à adopção de MTD ainda não contempladas no projecto apresentado, decorrentes designadamente dos processos de elaboração e revisão dos BREF aplicáveis à instalação. Adicionalmente, a eventual não implementação de técnicas consideradas MTD aplicáveis à instalação deverá ser acompanhada da respectiva justificação consagrando alternativas ambientalmente equivalentes. Em cada caso, o resultado desta análise compreenderá a identificação das técnicas previstas implementar ainda não constantes do projecto apresentado, bem como a respectiva calendarização. Para eventuais técnicas referidas nos BREF mas não aplicáveis à instalação, deverá o operador apresentar a fundamentação desse facto, tomando por base nomeadamente as especificidades técnicas dos processos desenvolvidos;

O PDA incluirá a calendarização das acções a que se propõe, para um período máximo de 5 anos, clarificando as etapas e todos os procedimentos que especifiquem como prevê o operador alcançar os objectivos e metas de desempenho ambiental para todos os níveis relevantes, nomeadamente os aspectos decorrentes dos Documentos de Referência sobre MTD, tanto o sectorial como os relacionados com a actividade. Por objectivo deve ainda incluir:

- Os meios para as alcançar; - O prazo para a sua execução;

- Métodos / critérios de verificação a utilizar / métodos de avaliação da implementação. O PDA deve ser apresentado à APA até 31 de Maio de 2009 para aprovação.

Um relatório síntese da execução das acções previstas no PDA deve ser integrado como parte do RAA correspondente.

No âmbito da revisão do BREF FDM (quando ocorrer) deverá o operador apresentar à APA, seis meses após a sua adopção pela Comissão Europeia, um Plano de Adaptação através da actualização do PDA, em dois exemplares. O objectivo de novo Plano será a adequação às MTD e, quando aplicável, aos VEA às MTD aprovados no BREF FDM revisto, no que respeita as emissões dos poluentes aí considerados.

7.2 PRTR – Registo Europeu de Emissões e Transferências de Poluentes

O operador deverá elaborar um relatório de emissões anual, segundo modelo e procedimentos definidos pela APA. Este relatório deverá incluir a quantidade de resíduos perigosos e não perigosos, transferida para fora da instalação e ainda, para cada poluente PRTR:

- Os valores de emissão de fontes pontuais e difusas, para o ar, a água e o solo, emitido pela instalação;

- Os valores de emissão das águas residuais destinadas a tratamento fora da instalação (quando aplicável).

7.3 Relatório Ambiental Anual

O operador deve enviar à APA, dois exemplares do RAA, que reuna os elementos demonstrativos do cumprimento desta licença, incluindo os sucessos alcançados e dificuldades encontradas para atingir as metas acordadas. O RAA deverá reportar-se ao ano civil anterior e dar entrada na APA até 15 de Abril do ano seguinte. O primeiro RAA será referente ao ano de 2009.

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O RAA deverá ser organizado da seguinte forma: 1. Âmbito;

2. Ponto de situação relativamente às condições gerais de operação (quando aplicável); 3. Ponto de situação relativamente à gestão de recursos (matérias primas, água e energia); 4. Ponto de situação relativamente aos sistemas de tratamento e controlo, e pontos de

emissão (quando aplicável);

5. Ponto de situação relativamente à monitorização das emissões da instalação e cumprimento dos Valores Limite de Emissão associados a esta licença, bem como da monitorização ambiental (quando aplicável) com apresentação da informação de forma sistematizada e ilustração gráfica da evolução dos resultados das monitorizações efectuadas;

6. Síntese das emergências verificadas no último ano, e subsequentes acções correctivas implementadas;

7. Síntese de reclamações apresentadas;

8. Ponto de situação relativamente à execução das metas do PDA, previstas para esse ano.

8. ENCARGOS FINANCEIROS

8.1 Taxas

O operador estará sujeito ao pagamento dos custos associados ao registo no Sistema Integrado de Registo Electrónico de Resíduos (SIRER), de acordo com o estabelecido no Artigo 15.º da Portaria n.º 1408/2006, de 18 de Dezembro.

8.2 Desactivação Definitiva

O operador é responsável por adoptar as medidas necessárias quando da desactivação definitiva da instalação, de modo a evitar qualquer risco de poluição e a repor o local em estado satisfatório.

(20)

ANEXO I – Gestão Ambiental da Actividade

1. Descrição das actividades da instalação

A Sovena Portugal Consumer Goods, S.A., situada no Parque Empresarial da Quimiparque, no Barreiro, funciona 24 h por dia, sete dias por semana, 365 dias por ano. O regime de funcionamento é de laboração contínua no sector de actividade da Refinaria (3 turnos/dia, 7 dias/semana) e com paragens semanais nos sectores do Embalamento, da Logística e da Fábrica de Sabões. A instalação tem 172 trabalhadores, distribuídos pelas áreas: industrial, manutenção e administrativa.

A produção da instalação consiste em óleos refinados (refinação e embalamento) e sabões. Na instalação efectua-se, ainda, o embalamento de azeites (que são previamente filtrados na instalação).

As matérias-primas utilizadas são: – Refinação de óleos:

Óleos crus de girassol e soja/colza. São também usados, como matérias subsidiárias, ácido fosfórico, hidróxido de sódio, ácido sulfúrico, o ácido cítrico, o carvão activado, terras de branqueamento, coadjuvante de filtração, azoto, celulose.

– Embalamento de azeites:

Azeite bruto (comum, virgem ou virgem extra). São também usados, como matérias subsidiárias, adjuvantes de filtração.

– Produção de sabões

Matérias gordas (sebo Fancy, sebo de mistura, oleínas láuricas, oleínas de girassol). São também usados, como matérias subsidiárias, hidróxido de sódio, bissilicato de sódio e trissilicato de sódio, persulfato de potássio.

Secção de Óleos e Azeites

1. Parque de tanques (óleos crus, óleos refinados e loteamento de óleos) Recepção e armazenagem de óleos crus

Os óleos crus para refinar são recebidos por cisternas e são armazenados em dois tanques de óleos crus (um para girassol e outro para soja) situados no parque de tanques, junto à Refinaria, os quais alimentam directamente esta unidade produtiva. A quantidade de óleo armazenado ou movimentado é controlado por leitura do medidor de nível existente em cada tanque, e pelos pesos das cargas recepcionadas.

Recepção, armazenagem e expedição de óleos refinados

Os óleos refinados pela instalação são armazenados em sete tanques de óleos refinados, existentes no parque de tanques. O loteamento de óleos para vendas a granel é feito a partir de quatro destes tanques.

A quantidade de óleo armazenado ou movimentado é controlado por leitura do medidor de nível existente em cada tanque, e pelo peso associado às cargas de óleos recepcionados. Loteamento de óleos

A preparação dos lotes de óleos que irão, posteriormente, abastecer as linhas de embalamento é feita de forma automática em nove tanques, também localizados no parque de tanques.

A quantidade de óleo contida e transferida é controlada por leitura do medidor de nível existente em cada tanque e, em alguns casos, por caudalímetros.

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2. Refinação de óleos vegetais Neutralização

Esta operação é composta por duas fases distintas: a desgomagem e a neutralização propriamente dita.

Inicialmente o óleo é transferido dos tanques de óleo cru para um tanque pulmão e passa por dois filtros que funcionam de forma alternada. De seguida é aquecido a 80-90 ºC, numa série de dois permutadores de calor: óleo / óleo e óleo / vapor. Posteriormente o óleo cru passa por três reactores em contínuo:

– Entra no Misturador 1, onde é adicionada uma solução de ácido fosfórico (80%), para ajudar na hidratação dos fosfatídeos não hidratáveis. A quantidade de ácido fosfórico adicionado varia consoante o teor em fósforo do óleo cru.

– Segue para o Tanque de Contacto, onde se mantém durante 20-25 minutos. – O hidróxido de sódio é então adicionado por uma bomba doseadora, em

quantidades que variam em função do caudal de óleo e da acidez do óleo cru, de modo a obter uma acidez inferior a 0.1%. A operação de neutralização é efectuada no Misturador 2.

Após a reacção química, o óleo neutro é separado das massas de neutralização por centrifugação (Centrifugação I), à temperatura de 80-90 ºC.

Estas massas (soapstock), contendo 25-40% de gordura, são armazenadas no Tanque de Soapstock, sendo posteriormente vendidas a uma empresa externa.

O óleo neutro segue para a operação de Winterização.

Os condensados de vapor são recolhidos num tanque e reutilizados como água de alimentação às centrífugas.

Winterização

A Winterização consiste em remover ceras e estearinas contidas no óleo de girassol, as quais podem solidificar quando expostas a baixas temperaturas, atribuindo turbidez ao óleo. Esta operação decorre através de um arrefecimento do óleo até temperaturas que podem atingir entre 6 a 10 ºC, durante um período de 8 horas.

Esta operação ocorre em três etapas:

– Inicialmente o óleo é arrefecido até 20 ºC através da passagem por dois permutadores óleo / óleo. Posteriormente o óleo atinge os 6-10 ºC através da passagem pelo permutador no qual circula água glicolada como fluído frigorífico. – A adição de uma solução de hidróxido de sódio e água quente ao óleo de girassol

permite a formação de núcleos de cristalização na forma de sabões, a partir dos quais se formam cristais de cera e estearinas, os quais crescem durante as cerca de 8 horas de maturação do óleo cristalizado, sob agitação, nos seis maturadores existentes.

– Finalmente o óleo é aquecido a 16-20 ºC e o efluente líquido com ceras é separado por centrifugação (Centrifugação II).

O óleo neutro winterizado segue para a operação de Lavagem.

As águas de desceragem, rejeitadas na Centrifugação II, são sujeitas a desdobramento e decantação de ceras, as quais são posteriormente vendidas a uma empresa externa. Desdobramento e Decantação de Ceras

As águas da winterização são transferidas para um tanque onde são aquecidas a 85-90 ºC e, logo de seguida, para um decantador.

A separação de ceras é conseguida através do uso de ácido. É realizada uma pré-acidificação com ácido clorídrico, e posteriormente é usado ácido sulfúrico para correcção final de pH. A utilização, em etapas sucessivas, destes dois ácidos, tem como objectivo evitar que os teores em sulfatos e cloretos aumentem de forma significativa. As ceras

Referências

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