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A GUERRA CONTRA A Verdade e a Justiça Por Nilonei Ramos, pr.

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Academic year: 2021

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AULA 2: SÉRIE “A ARMADURA DO CRISTÃO”

A GUERRA CONTRA A Verdade e a Justiça

Por Nilonei Ramos, pr.

“Assim, mantenham sua posição, colocando o cinto da verdade e a couraça da justiça” (Efésios 6.14).

Não demora muito e todo cristão percebe que sua vida com Cristo é um campo de bata-lha e não um parque de diversões, e que, se não contar com a ajuda do Senhor, o inimi-go que tem diante de si é muito mais forte do que ele. É apropriado Paulo usar uma imgem militar para ilustrar o conflito do cristão com Satanás. Ele próprio encontravse a-correntado a um soldado romano (Efésios 6.20), e, por certo, seus leitores estavam acos-tumados com os soldados e seus equipamentos de guerra (2 Coríntios 10.4; 1 Timóteo 6.12; 2 Timóteo 2.3; 4.7).

Como cristãos, enfrentamos três inimigos: o mundo, a carne e o diabo (Efésios 2.1-3). “O mundo” refere-se ao sistema ao nosso redor que se opõe a Deus e satisfaz “a concupis-cência da carne, a concupisconcupis-cência dos olhos e a soberba da vida” (1 João 2.15-17). “U-ma sociedade sem Deus” é u“U-ma definição simples, “U-mas precisa, do que vem a ser o mundo. “A carne” é a velha natureza que herdamos de Adão, uma natureza que se opõe a Deus e que não e capaz de fazer qualquer coisa espiritual para agradar a Deus. Mas, por meio de sua morte e ressurreição, Cristo venceu o mundo (João 16.33; Gálatas 6.14), a carne (Romanos 6.1-6; Gálatas 2.20) e o diabo (Efésios 1.19-23).

Em outras palavras, como cristãos, não estamos lutando para conquistar a vitória, mas sim lutando em vitória! O Espírito de Deus no capacita para que nos apropriemos, pela fé, da vitória de Cristo.

Na aula passada soubemos um pouco da funcionalidade do reino das trevas e como al-cançamos vitória por meio de Cristo. São realidades que não podem ser esquecidas. Ho-je falaremos sobre a guerra contra a verdade e a justiça e quais os instrumentos que podemos usar para vencer. Podemos começar?

A GUERRA CONTRA A VERDADE

Nos últimos versículos de sua carta, Paulo trata de quatro verdades que, ao serem com-preendidas e aplicadas, permitirão que vivam de modo vitorioso:

1) O inimigo (Efésios 6.10-12); 2) O equipamento (Efésios 6.13-17); 3) A energia (Efésios 6.18-20); 4) O encorajamento (Efésios 6.21-24)1.

1 WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo do Novo Testamento vol. 5, págs. 74-79. 1ª edição. Editora Geográfica. 2007.

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Sabendo dessa realidade de guerra, por que Paulo inicia sua descrição da armadura pelo cinturão da verdade? Não era a primeira peça que o soldado colocaria, mas talvez a úl-tima. O que o apóstolo tem em mente descrevendo tal peça em primeiro lugar?

Nos tempos bíblicos, o soldado prendia ou afivelava o cinto em sua cintura sobre a túni-ca que usava. O cinto suportava os “músculos” das costas, e servia como fundamento para grande parte do restante da armadura. Tanto a couraça quanto a espada estavam ligados a essa cinta. Quando os soldados “cingiam os lombos” significava dizer que esta-vam prontos para batalhar2.

A Mentira, o Inimigo da Verdade

Estamos vivendo tempos dominados pela mentira (calúnia, difamação, boatos, fofocas, fake news, etc.). Se eu perguntar: “Você já teve alguma experiência que envolvia menti-ra?” a lembrança sobre essa experiência é boa ou ruim? Tenho certeza que foi uma ex-periência ruim. A mentira tem caráter diabólico (João 8.44). Jesus disse: “que a palavra de vocês seja: sim, sim; não, não. O que passa disto vem do maligno” (Mateus 5.37). Há pelo menos quatro tipos de mentiras:

1) A mentira branca: faz parte do nosso convívio social. É o que nos impede de ferir emocionalmente ou insultar uns aos outros com a verdade fria, dura e dolorosa. 2) A mentira benéfica: usada por uma pessoa que tem a intenção de ajudar os

ou-tros. O exemplo disso é quando o médico dá o diagnóstico inesperado ou a mu-lher grávida que pede a opinião do marido sobre o seu corpo.

3) A mentira maliciosa: são as fofocas. Muitas vezes usadas como armas em uma si-tuação de concorrência. Essas mentiras começam a destruir o caráter e a reputa-ção de suas vítimas, geralmente com resultados duradouros e devastadores. 4) A mentira enganosa: essa mentira tem duas variáveis – ocultação e falsificação.

Na ocultação, o mentiroso realmente diz uma mentira, mas oculta a informação. Na falsificação, falsas informações são apresentadas como se fossem verdadei-ras, intencionalmente.

Há dois tipos de mentirosos:

1) O mentiroso natural: é alguém que tem consciência da mentira, mas está confian-te em sua capacidade de enganar e confian-tem feito isso sempre. Aprendeu a mentir pa-ra seus pais papa-ra evitar punições que poderiam acontecer se dissessem a verda-de. Muitos desses mentirosos naturais quando adultos tornam-se advogados, vendedores, negociadores, atores, políticos, pastores e espiões.

2) O mentiroso não-natural: é aquele que quando criança foi convencida por seus pais que era impossível mentir sem que eles pudessem detectar. Elas foram con-vencidas de que a mentira não compensa.

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Naqueles que tiveram um encontro com Cristo, há uma obra regeneradora, convencendo o homem de seu estado deplorável e capacitando-o a andar no Reino da Luz, onde não há mentira nem sombra de variação (Tiago 1.17).

Diante do exposto, é necessário dizer algumas verdades sobre a mentira: 1) Deus odeia a mentira (Provérbios 6.16-19);

2) A mentira destrói relacionamentos (Êxodo 20.16); 3) É o principal instrumento de Satanás (João 8.44); 4) É uma doença da alma (mitomania);

5) É uma escravidão. Uma mentira leva à outra.

6) Não fomos criados para a mentira. O cérebro processa primeiro a verdade, e só depois, uma mentira pode ser criada.

Como vencer esta guerra?

A Bíblia é o nosso padrão objetivo da verdade e nossa autoridade final para a doutrina e para a vida. Se queremos vencer Satanás, primeiro precisamos encher a nossa mente com a verdade (1 Pedro 1.13); não só temos de dominar a verdade, como também a verdade tem de nos dominar. Sem a verdade, seríamos “agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro” (Efésios 4.14).

Satanás é um mentiroso (João 8.44), mas o cristão cuja vida é controlada pela verdade o derrotará. O cinto mantinha unidas as outras partes da armadura, e a verdade é o ele-mento de integração na vida do cristão vitorioso. Um homem de integridade que tem a consciência limpa pode enfrentar o inimigo sem medo. O cinto também segurava a es-pada. A menos que pratiquemos a verdade, não podemos usar a Palavra da verdade. Uma vez que a mentira entra na vida do cristão, tudo começa a se desintegrar. Por mais de um ano, o rei Davi mentiu sobre seu pecado com Bate-Seba, e nada deu certo. Os Salmos 32 e 51 falam do preço caro que ele pagou.

Por que é tão difícil viver a verdade? Podemos enumerar algumas razões:

1) Por causa da maldade do coração do homem. Essência, razão, motivação e incli-nação são más à parte de Deus.

2) Por causa da relativização de tudo, especialmente da verdade. Nos nossos dias, há resistência quanto às verdades absolutas aplicadas a todos.

3) Por causa das influências. Você conhece mais pessoas verdadeiras ou mentiro-sas?

A verdade é a cura para toda mentira. A verdade está ligada intimamente a tudo o que é sincero, isento de mentira; é a afirmação do que é correto, que é seguramente o certo e que está dentro da realidade apresentada. Na filosofia, a verdade tem pelo menos qua-tro concepções:

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1) Verdade como correspondência: é verdadeiro se está em correspondência com os fatos.

2) Verdade como coerência: é verdadeiro se está em conformidade com outros e-nunciados já aceitos como verdadeiros.

3) Verdade como conformidade a uma regra: é verdadeiro se existe uma regra ou um conjunto de regras capaz de validá-lo como verdadeiro.

4) Verdade como eficiência prática: é verdadeiro se, tomando-o como referência em certa atividade, se alcançam os resultados mais satisfatórios possíveis.

Como é perniciosa a mentira, resumidamente podemos listas as bênçãos da verdade: 1) Credibilidade: sua palavra tem valor.

2) Testemunho: as pessoas recomendam você. 3) Paz de espírito: quietude e consciência tranquila. 4) Paciência: a verdade sempre prevalece.

O conselho de Paulo quanto a isso é simples: “Portanto, abandonem a mentira e digam a verdade a seu próximo, pois somos todos parte do mesmo corpo” (Efésios 4.25).

A GUERRA CONTRA A JUSTIÇA

Uma das fortes armas de Satanás contra o povo de Deus é a acusação. Um dos seus nomes tem exatamente esse intento. Contra algumas pessoas, até mesmo cristãos, o ataque é tão intenso, que não conseguem perdoar, se perdoar, nem acreditar na possibi-lidade do perdão por parte de Deus, a quem a Bíblia descreve como Deus perdoador (Ê-xodo 34.5-7; Neemias 9.17; Salmos 86.5; 130.4; Daniel 9.9; Mateus 26.26-28; Lucas 5.17-26; 5.29-32; 7.47-49; 15.1-7; Atos 5.31; 10.43; 13.28; Efésios 1.27; Hebreus 10.1-18; 1 João 1.9).

Como já dissemos na outra aula, caso o inimigo não consiga sucesso em suas acusa-ções, ele apelará para desqualificar, colocando em cheque nossa fidelidade a Deus por sua bondade, como fez com Jó. Quando viu que suas investidas não levaram o patriarca à blasfêmia, ele apelou para desqualificá-lo. Satanás insinua duas coisas:

1) Primeiro, que Deus precisa subornar as pessoas com bênçãos para receber deles adoração. Em outras palavras, ele está dizendo que Deus não é honesto e que precisa comprar o louvor dos homens oferecendo-lhes bênçãos especiais. É um infame contra o caráter de Deus e suas motivações;

2) Segundo, que Jó serve a Deus por interesse, que também não é honesto, que sua devoção a Deus não passa de uma barganha. Acusa Jó de ser um utilitarista que se aproxima de Deus não por quem Deus é, mas por aquilo que Deus dá. Na perspectiva diabólica, todo mundo ser a Deus motivado por algum interesse ego-ísta3.

3 LOPES, Hernandes Dias. As Teses de Satanás. Descubra como a história de Jó pode ajudar a enfrentar os desafios de hoje, pág. 37. 1ª edição. Editora United Press. 2014.

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Como pode uma arma ser tão eficaz contra os homens?

Uma das armas favoritas do diabo é a intimidação. Ele prepara esquemas, ameaça, a-medronta e acusa, com o fim de desencorajar-nos e inibir-nos4. A fim de nos proteger-nos

de modo eficaz, precisamos da couraça da justiça (Efésios 6.14b). Essa parte da arma-dura, feita de placas ou de cadeias de metal, cobria a parte posterior e anterior do corpo desde o pescoço até a cintura; protegia o guerreiro contra um golpe fatal ao coração ou a outros órgãos importantes.

A couraça da justiça simboliza a justificação do cristão em Cristo (2 Coríntios 5.21) e sua vida justa no Senhor (Efésios 4.24). Satanás é o acusador, mas não pode acusar o cris-tão que está vivendo corretamente no Espírito. O tipo de vida que levamos ou nos forta-lecera de modo a resistirmos aos ataques de Satanás ou dará espaço para que ele nos derrote (2 Coríntios 6.1-10).

Quando o adversário tenta nos comprometer moralmente, dependemos única e exclusi-vamente das armas que Deus nos deu. Quando nos sentimos emocionalmente fracos, podemos estar certos de que a armadura do Todo-poderoso resistirá aos ataques de Sa-tanás e seus demônios. Quando nos indagamos se temos força espiritual suficiente para a guerra, podemos descansar protegidos em Cristo. Nossas áreas espirituais mais vulne-ráveis são protegidas pela justiça de Cristo quando vivemos para ele e o servimos de todo o coração.

Como vencer esse poderoso ataque?

Recebemos o direito de viver corretamente na justiça por causa da obra feita por Cristo na cruz do Calvário. Paulo escreve: “Pois Deus fez de Cristo, aquele que nunca pecou, a oferta por nosso pecado, para que meio dele fôssemos declarados justos diante de Deus” (2 Coríntios 5.21). David Wilkerson é assertivo:

Se você não possui esta verdade, o diabo vai brincar com suas emoções, com o intuito de enganá-lo e jogá-lo de um lado para o outro. A menos que você tenha este fundamento e sustente tudo o que acredita, nada funcionará com sua dou-trina, teologia e crença. Você não consegue obedecer a Deus antes de conhecê-la5.

Como funciona a couraça da justiça? Sabemos que existem crentes confusos e cheios de culpas, por causa de determinadas transgressões. O diabo lançou sobre eles uma seta aguda cheia de veneno da culpa, da vergonha e da dúvida. Tudo o que precisam fazer é receber de Deus o perdão e a purificação dos pecados. Devem entender que Jesus pa-gou o preço de seus pecados e agora são considerados justos diante de Deus. Isso não significa dizer que não devemos nos preocupar com uma vida de santidade; pelo

4 TRASK, Thomas & GOODALL, Wayde. A Batalha. Como derrotar os inimigos de nossa alma, pág. 137. 1ª edição. Editora Vida. 1999.

5 WILKERSON, David. Justiça Perfeita. Série de mensagens da igreja de Times Square, 19 de agosto de 1996.

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rio, ao recebermos essa verdade, devemos aumentar o desejo de viver de modo santo e agradável diante dEle.

Diante da necessidade de proteção contra as investidas do inimigo, a couraça da justiça: 1) Protege-nos do falso orgulho. Livra-nos do erro. Não podemos aguentar essas coi-sas por nós mesmos. “Vocês também não poderão produzir frutos a menos que permaneçam em mim”, disse Jesus (João 15.4).

2) Protege-nos de toda insegurança. “Nada, em toda a criação, jamais poderá nos separar do amor de Deus revelado em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 8.39). Se for necessário pedir perdão a nossa família pela forma como a trata-mos, devemos fazê-lo; e da mesma maneira com os nossos empregados. Se é mais difícil realizar as coisas certas do que as erradas, façamos as certas, ainda que seja dolorido. É nessa jornada de fé que precisamos caminhar dia após dia. Uma vez que lutamos contra inimigos na esfera espiritual, precisamos de equipamentos ofensivos e defensivos. Deus nos supriu com “toda a armadura”, e não devemos deixar parte alguma de fora. Satanás sempre procura uma área desprotegida para usar como ponto de partida para seus ataques (Efésios 4.27). O dia e o inimigo são maus, mas “se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Romanos 8.31).

No próximo domingo, estudaremos sobre a guerra contra a evangelização e a fé. Posso contar com você? Todos os domingos, às 9h, eu espero você. Deus abençoe!

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

BEEKE, Joel R. Lutando contra Satanás. Conhecendo suas estratégias, fraquezas e derro-ta. 1ª edição. Editora Visão Cristã. 2018.

LOPES, Hernandes Dias. As Teses de Satanás. Descubra como a história de Jó pode aju-dar a enfrentar os desafios de hoje. 1ª edição. Editora United Press. 2014.

TRASK, Thomas & GOODALL, Wayde. A Batalha. Como derrotar os inimigos de nossa al-ma. 1ª edição. Editora Vida. 1999.

ESCOLA BÍBLICA Dinâmica, Divina, Digital

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