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Uma perspectiva sobre a Inserção do Brasil no Comércio Internacional: Cadeias Globais de Valor e Acordos Regionais

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Uma perspectiva sobre a Inserção do Brasil

no Comércio Internacional: Cadeias Globais

de Valor e Acordos Regionais

(IBÁ, Dezembro 2016)

Prof. Lucas Ferraz

Professor da Escola de Economia de São Paulo – EESP/FGV Centro de Estudos do Comércio Global e Investimento da FGV

Dezembro/2016

(2)

Dezembro/2016

Centre for Global Trade and Investment – EESP/FGV

SUMÁRIO

1. Sobre a evolução do comércio internacional nas últimas

décadas;

2. A inserção do Brasil no novo contexto do comércio

internacional;

3. Algumas alavancas para o comércio Internacional do Brasil e

sugestões de política;

(3)

Dezembro/2016

Centre for Global Trade and Investment – EESP/FGV

1. Após 8 rodadas de comércio no âmbito da OMC e a recente explosão de PTAs, as

tarifas de importação foram reduzidas de forma significativa, particularmente nos países desenvolvidos... (Kee et al, 2009)

(4)

2. Ao mesmo tempo que as tarifas de importação eram eliminadas, a evidência empírica sugere que novas barreiras regulatórias, como TBT’s e SPS’s, passaram a ser criadas, principalmente em países desenvolvidos…

4 Source: Kee et al (2009)

Dezembro/2016

(5)

3. Não surpreende, pois, que a “Transatlantic Trade and Investment Partnership (TTIP)”, em negociação entre os USA e a EU28, assim como o TPP, esteja muito mais concentrada na negociação de BNTs que Tarifas;

Dezembro/2016 São Paulo School of Economics – EESP/FGV

(6)

4. Atualmente, 50% do comércio mundial é realizado em 274 acordos regionais. Se considerado a TPP, esta fração pode subir para 60% do comércio mundial...

(foram cerca de 400 novas notificações nos últimos 25 anos...)

6

Dezembro/2016

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Dezembro/2016

Centre for Global Trade and Investment – EESP/FGV

5. Cerca de 2/3 das exportações globais corresponde a bens intermediários, refletindo a fragmentação da atividade produtiva e o surgimento das cadeias globais e regionais de valor...

Fonte: WIOD 62.1% 62.2% 62.7% 63.0% 64.4% 65.3% 66.1% 66.2% 67.1% 66.8% 1995 1996 1997 2000 2004 2005 2006 2007 2008 2011

(8)

6. “Na era das CGV, o que se vende não corresponde ao que se ganha…”

Source: WIOD-2011 (2011) 52,20% 59,10% 63,00% 77,90% 81,50% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% Taiwan Coréia do Sul

China India Japão

52,90% 53,80% 69,40% 70,0% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80%

Rep. Tcheca Hungria Alemanha França

51,60% 78,40% 79,0% 0% 20% 40% 60% 80% 100%

Mexico Canada EUA

No Brasil, para cada dólar exportado, 87 cents corresponde ao valor adicionado doméstico (pagamento de fatores de produção locais)....

Centre for Global Trade and Investment (CGTI) Dezembro/2016 8

(9)

7. O novo padrão de especialização do comércio internacional...

9

Parcela dos trabalhadores envolvidos direta e indiretamente com a produção Manufatureira

Distribuição setorial dos trabalhadores nas cadeias de manufaturados

Variação no número de trabalhadores envolvidos com a atividade manufatureira

1995-2008 (%) País/Região 1995 2010 Agricultura (% total) Manufaturas (% total) Serviços

(% total) Agricultura Manufaturas Serviços Total

Euro Oeste 24.40 20.40 5.60 49.90 44.50 -35.30 -12.90 21.40 -2.50 Euro Leste 31.20 28.20 17.30 53.80 28.90 -34.30 -3.50 18.70 -6.10 USA 16.04 11.12 6.77 52.38 40.85 -22.43 -26.24 -14.17 -21.47 Japan 22.6 19.4 10.64 53.18 36.19 -37.96 -25.53 3.47 -19.04 Canada 20.80 16.00 5.64 41.00 53.36 -39.52 -10.69 15.00 -1.60 South Korea 29.7 22.8 12.18 49.2 38.62 -41.67 -21.74 33.77 -11.20 Taiwan 30.90 29.90 3.73 62.48 33.79 -64.31 9.12 22.25 4.89 Mexico 30.3 24.4 23.18 50.43 26.38 -12.42 29.7 53.76 21.19 China 31.73 33.35 46.96 33.89 19.15 8.95 30.58 31.90 19.65 India 27.92 27.27 45.85 33.19 20.96 3.80 35.10 36.10 18.85 Brazil 29.6 28.7 30.18 34.31 35.51 -7.79 34.81 72.19 26.9

1. Importância dos empregos relacionados à manufatura vem perdendo importância no total da mão de obra empregada no mundo, à

exceção da China, e com maior velocidade nos países desenvolvidos... (col. 2 e 3)

2. Cerca de 50% dos empregos envolvidos com a atividade manufatureira, no mundo, estão fora da indústria. Para o Brasil, cerca de

65% dos empregos estão fora da indústria de transformação... (col. 4 e 6) (importância das políticas horizontais)

1. Empregos diretos, na indústria de transformação, vem perdendo importância relativa nas cadeias de manufaturados dos países

desenvolvidos...(col.8)

2. Evidência sugere que a produção de manufaturas está se tornando mais intensiva em serviços, particularmente nos países

desenvolvidos...(col. 6,7 e 8) ( também no Brasil)

Dezembro/2016 Centre for Global Trade and Investment – EESP/FGV

(10)

São Paulo School of Economics – EESP/FGV

Centre for Global Trade and Investment (CGTI-FGV) Dezembro/2016

8. Em que pese a recente explosão das CGV, o comércio tem crescido mais lentamente nos últimos anos. A elasticidade renda do comércio mundial, que já foi maior que 2, hoje está

próxima de 1. Contudo, não há qualquer evidência significativa de reversão da fragmentação

(11)

São Paulo School of Economics – EESP/FGV

Centre for Global Trade and Investment (CGTI-FGV) Dezembro/2016

(12)

12

Dezembro/2016 Centre for Global Trade and Investment – EESP/FGV

2. A inserção do Brasil no novo contexto

do comércio internacional

(13)

No Brasil, pouco ativismo comercial...

• Nos últimos 25 anos, o Mercosul foi o único APC significativo formalizado pelas autoridades Brasileiras;

• Na última década, o foco da política comercial brasileira foi claramente redirecionado para a formalização de poucos APCs com países pobres ou em desenvolvimento, tais como Egito, Marrocos, Peru e India…

• Recentemente, governo retomou tratativas concretas com México e UE…

13

Dezembro/2016 Centre for Global Trade and Investment – EESP/FGV

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9. A despeito do aumento do comércio Bilateral entre Brasil e Argentina, o Mercosul não serviu como alavanca para o aumentar a participação de ambos os países no comércio global…

Dezembro/2016

Centre for Global Trade and Investment – EESP/FGV

1,65% 0,51% 1,51% 0,50% Brazil Argentina 1991 2012

(15)

9. O dado mais atual mostra uma participação ainda menor para o Brasil….

Dezembro/2016

Centre for Global Trade and Investment – EESP/FGV

Ranking dos maiores exportadores e importadores de mercadorias no

mundo (OMC, 2015)

(16)

10. Enquanto a partipação de manufaturados nas exportações Brasileiras para Argentina aumentou, a mesma proporção caiu para destinos onde os mercados são mais competitivos…

Dezembro/2016

(17)

Dezembro/2016

Centre for Global Trade and Investment – EESP/FGV

11. Enquanto as exportações de manufaturados mundiais são crescentemente

“made in the world”, com alto conteúdo importado, ainda é predominante no país

a exportação de produtos “made in Brazil”...

Fonte: WIOD 42% 37% 37% 35% 35% 33% 32% 28% 27% 27% 26% 25% 24%24% 22% 19% 16% 11% 0% 10% 20% 30% 40% 50% Irlan da Hung ria Bélg ica Méx ico Repú blica Chec a Mal ta Chin a Hola nda Lituâ nia Taiw an Eslo váqu ia Coré ia Bulg aria Luxe mbu rgo Eslo veni a Suéc ia Chip re Áust ria Estô nia Dina mar ca Polô nia Espa nha Finl ândi a Gréc ia Port ugalRoW Letô nia Fran ça Índi a Cana Grã Bret anhaItália Alem anha Rom ênia Turq uia Aust rália EUA Indo nésiaJapã o Bras il Rúss ia

Valor adicionado Importado nas exportações de Manufaturados

(18)

Dezembro/2016

Centre for Global Trade and Investment – EESP/FGV

12. Em um mundo onde a participação de insumos importados na produção local é

fator fundamental para garantia da competitividade, predominam no Brasil a

produção e consumo de insumos domésticos...

Fonte: WIOD

Participação de insumos domésticos no total consumido pela indústria local (%)

(19)

13. Temos uma cadeia regional de valor no Mercosul?

Source: GTAP (2011) data base

Dezembro/2016

São Paulo School of Economics – EESP/FGV

Value Chain in Mercosur

Brazil exports to: Argentina

Argentina 77,2%

Brazil 5,5%

Uruguay 0,4%

Paraguay 0,3%

Value Chain in Mercosur (2007)

Argentina exports to: Brazil

Brazil 83,0%

Argentina 2,0%

Paraguay 0,2%

(20)

14. Outros exemplos de cadeias regionais e globais pelo mundo….

Dezembro/2016 São Paulo School of Economics – EESP/FGV

Value Chain Europe

Germany exports to: Czech Republic

Czech Republic 51,8%

Germany 11,5%

UK 3,4%

France 3,3%

Value Chain in NAFTA

USA exports to Mexico Mexico 75,1% USA 18,2% Canada 1,0% Germany 0,6%

Transpacific Value Chain

KOREA exports to: China

China 62,4%

USA 11,2%

Japan 3,3%

Germany 2,4%

(21)

Como consequência do relativo isolamento...

21

Dezembro/2016 Centre for Global Trade and Investment – EESP/FGV

(22)

Não é possível exportar mais, sem importar mais...

22

Dezembro/2016 Centre for Global Trade and Investment – EESP/FGV

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Dezembro/2016 Centre for Global Trade and Investment – EESP/FGV

3. As consequências para a indústria

Brasileira e o desafio da produtividade

(24)

Dezembro/2016

Centre for Global Trade and Investment – EESP/FGV

15. O isolamento comercial do Brasil parece haver cobrado seu preço já a partir do final dos anos 70, com o fim do ciclo de transformação estrutural da economia Brasileira e o início das reformas liberalizantes na China....

Fonte: WIOD 10% 11% 12% 13% 14% 15% 16% 17% 18% 19% 20% 21% 22% 19 4 7 19 4 9 19 5 1 19 5 3 19 5 5 19 5 7 19 5 9 19 6 1 19 6 3 19 6 5 19 6 7 19 6 9 19 7 1 19 7 3 19 7 5 19 7 7 19 7 9 19 8 1 19 8 3 19 8 5 19 8 7 19 8 9 19 9 1 19 9 3 19 9 5 19 9 7 19 9 9 20 0 1 20 0 3 20 0 5 20 0 7 20 0 9 20 1 1 20 1 3 VA IND/VA PIB pr de 2010 Início da abertura comercial na China Período de transformação estrutural com altas taxas de crescimento do

PIB e com ganhos de produ vidade

Período de perda de par cipação da indústria

e aumento do setor de serviços, com baixas taxas de crescimento e

declínio de produ vidade

(25)

Abril/2014

São Paulo School of Economics – EESP/FGV Dezembro/2016 Centre for Global Trade and investment – EESP/FGV

16. A partir da década de 80, perda de participação da indústria no PIB é fenômeno

mundial, a exceção da Ásia, resultante do novo padrão de comércio mundial

impulsionado pelas CGV…

• Entre 1980 e 2010, a participação da indústria no PIB:

– Decresce

de 21% para 15% na América Latina;

– Decresce

de 23% para 14% nos países da OCDE;

– Decresce

de 25% para 15% nos países da Europa Central;

– Decresce

de 14% para 10% na África;

– Cresce

de 23% para 28% na Ásia;

(26)

Abril/2014

São Paulo School of Economics – EESP/FGV Dezembro/2016 Centre for Global Trade and Investment – EESP-FGV

17. Com baixa inserção internacional, economia do Brasil sofre impactos

negativos decorrentes do novo padrão de comércio imposto pela crescente

fragmentação da produção mundial…

• Países integrados às cadeias globais e regionais passam a terceirizar sua

produção manufatureira para a Ásia, deslocando parcela significativa de

sua mão-de-obra local para serviços intermediários de alto valor

agregado, conectados à atividade manufatureira “offshore”;

• Isolada das cadeias globais de valor e de acordos comerciais com

outros países, a indústria brasileira perde competitividade internacional

e abre espaço para que economia também se especialize em serviços.

Estes, porém, voltados para o consumo final e de baixo valor

agregado....

(27)

Abril/2014

São Paulo School of Economics – EESP/FGV Dezembro/2016 Centre for Global Trade and Investment – EESP/FGV

18. Mesmo com uma maior especialização em Serviços, produtividade do trabalho

para as economias mais integradas às CGV continua a crescer, mas tem crescimento

negativo para o Brasil…

4,4% 3,7% 1,5% 1,3% 1,2% 1,0% -0,6% -1,0% 0,0% 1,0% 2,0% 3,0% 4,0% 5,0%

Coréia do Sul India EUA Japão Europa

Ocidental

Mundo Brasil

Crescimento médio anual da produtividade do trabalho (1980-2009)

(28)

19. Países mais produtivos em serviços também tendem a impor barreiras

regulatórias menos restritivas ao comércio internacional do setor….

Abril/2014

São Paulo School of Economics – EESP/FGV Dezembro/2016 Centre for Global Trade and Investment – EESP/FGV

Fonte: Peterson Institute, 2010

68.1 55.5 50.6 44.3 44.1 43.9 25.0 16.8 16.1 15.4 10.4 10.4 6.7 6.0 4.4 3.4 0.0 0 10 20 30 40 50 60 70 80 Paq uist ão Bra sil Per u Méx ico Tailâ ndia Turq uia Cor éia Japã o Aus trál ia Can adá Isra el Hon g K ong U. E urop éia EU A N. Z elân dia Sui ça Nor uega

(29)

29

Dezembro/2016 Centre for Global Trade and Investment – EESP/FGV

4. Construindo uma nova agenda para

integração da indústria às cadeias globais

(30)

30

Dezembro/2016 Centre for Global Trade and Investment – EESP/FGV

(31)

Abril/2014

São Paulo School of Economics – EESP/FGV Dezembro/2016 Centre for Global Trade and Investment – EESP-FGV

20.

A importância dos Serviços para a competitividade das exportações do Brasil

.

17.4 15.2 16.9 17.2 17.7 17.9 17.4 38.6 30.5 30.7 28.4 37.1 31.3 29.7 30.6 29.8 28.8 30.7 31.6 32.3 31.8 48.2 44.0 42.0 43.2 46.0 45.1 44.2 0 10 20 30 40 50 60 1995 2000 2005 2008 2009 2010 2011

Agricultura Ind. Extrativa Ind. Transformação Exportações totais

Fonte: OMC-TIVA (OCDE)

(32)

32

21. Sob a ótica do valor adicionado exportado, o Brasil é,

predominantemente, um país exportador de serviços...(US$ Bilhões)

17.6 19.0 38.3 53.7 44.5 51.7 58.8 27.8 29.4 60.1 102.9 85.8 110.7 136.3 0 20 40 60 80 100 120 140 160 1995 2000 2005 2008 2009 2010 2011

Agricultura Ind. Extrativa Ind. Transformação Serviços

Fonte: OMC-TIVA (OCDE), 2015

Dezembro/2016 Centre for Global Trade and Investment – EESP-FGV

(33)

0% 20% 40% 60% 80% 100% 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 BRASIL

SI OMA REST EXT

0% 20% 40% 60% 80% 100% 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 MEXICO

SI OMA REST EXT

0% 20% 40% 60% 80% 100% 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 REPÚBLICA TCHECA

SI OMA REST EXT

0% 20% 40% 60% 80% 100% 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 ALEMANHA

SI OMA REST EXT

0% 20% 40% 60% 80% 100% 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 KOREA

SI OMA REST EXT

Cadeia do setor Têxtil: 1. Parcela significativa da

renda doméstica é gerada fora da indústria de transformação (REST);

2. Parcela de remuneração de fatores no exterior é baixa na cadeia do Brasil (EXT);

(34)

34

22. O Brasil detém, apenas, 0.8% das exportações mundiais de serviços, ocupando a 31a posição....(2014)

14.1 6.8 5.5 5.4 4.6 3.3 3.2 3.2 2.8 2.7 2.7 2.4 2.3 2.3 2.2 2.2 2 1.7 1.5 1.5 1.4 1.3 1.2 1.1 1.1 1.1 1 1 0.9 0.9 0.8 0 2 4 6 8 10 12 14 16 EU A UK DEU FRA CH N JPN NLD IN D ES P IRL SGP BEL CH E ITA HKG KO R LU X CA N SW E DN K RU S AU T TW N TH A MA U AU S TU R NO R PO L GR C BR A Fonte: WTO (2015) Dezembro/2016 Centre for Global Trade and Investment – EESP-FGV

(35)

35

23. O Brasil detém 1.8% das importações mundiais de serviços, ocupando a 17ª posição....(2014) 9.6 8.1 6.9 5.1 4 4 3.5 3 2.7 2.6 2.5 2.4 2.4 2.3 2.2 2 1.8 1.6 1.5 1.4 1.4 1.3 1.3 1.3 1.1 1.1 1.1 1 0.9 0.8 0 2 4 6 8 10 12 EU A CH N DE U FR A JPN UK ND L IRL SGP IND RUS KO R ITA BEL CAN CHE BRA HK G ES P LU X SW E DN K AU S SA U TH A NO R AU T TW N MY S PO L

Fonte: Banco Central do Brasil (BPM6)

Dezembro/2016 Centre for Global Trade and Investment – EESP-FGV

(36)

24. O Brasil é relativamente fechado ao comércio

internacional de serviços...

36

O Comércio de serviços também é pequeno, quando considerado o tamanho da economia Brasileira....

Exportações /PIB

Ranking

1.50%

130/140

Importações/PIB

Ranking

2.98%

121/140

Fonte: Banco Central do Brasil (BPM6); GTAP9

Dezembro/2016 Centre for Global Trade and Investment – EESP-FGV

(37)

E se o Brasil optasse por aderir ao TISA?

37 0.61% 0.30% 0.80% 2.82% 3.45% 8.00% 0% 1% 2% 3% 4% 5% 6% 7% 8% 9%

PIB Exp. Agricultura Exp. Extra va Exp. Manufaturas

Exp. Totais Exp. Serviços

Fonte: CCGI-FGV, com base no GTAP 8

Acordo estimula exportações de outros setores da economia, que utilizam serviços como insumo...

Dezembro/2016 Centre for Global Trade and Investment – EESP-FGV

(38)

38

Dezembro/2016 Centre for Global Trade and Investment – EESP/FGV

(39)

São Paulo School of Economics – EESP/FGV

Centre for Global Trade and Investment (CGTI-FGV) Dezembro/2016

A IMPORTÂNCIA DO TEMPO NO COMÉRCIO

INTERNACIONAL

• Entre 1965 e 2004, o comércio global por via aérea cresceu 2,6 mais

rápido que por via marítima, corroborando a importância de entregas

“just in time” para as cadeias de suprimentos internacionais…

• Segundo Djankov (2006), o impacto de um dia de atraso pode significar

cerca de 1% a menos em exportações para um país...

• Literatura empírica aponta que uma cadeia de fornecimento pouco

eficiente é forte barreira para a integração às cadeias globais de valor

(Baldwin,

2013;

Hummels,

2013,

Timer,

2013);

(40)

São Paulo School of Economics – EESP/FGV

Centre for Global Trade and Investment (CGTI-FGV) Dezembro/2016

A IMPORTÂNCIA DO TEMPO NO COMÉRCIO

INTERNACIONAL

(41)

São Paulo School of Economics – EESP/FGV

Centre for Global Trade and Investment (CGTI-FGV) Dezembro/2016

A IMPORTÂNCIA DO TEMPO NO COMÉRCIO

INTERNACIONAL

• Segundo OECD, o Custo dos Atrasos em aduanas variam entre

1,0% a 30% do valor da carga transportada...

• Estimativas do CCGI-FGV apontam para Custos de Atrasos da

ordem de 14,2% para as importações e de 13,04% para as

(42)

Equivalente tarifário nas importações, para os atrasos

aduaneiros em um grupo de países…

Dezembro/2016

São Paulo School of Economics – EESP/FGV

33,70% 21,00% 19,40% 14,20% 11,00% 10,10% 6,20% 4,20% 4,10%

Argentina Russia Africa do Sul Brasil Chile México Alemanha EUA Coréia do Sul

(43)

Custo dos Atrasos Aduaneiros são mais relevantes que

tarifas de importação….

Dezembro/2016

São Paulo School of Economics – EESP/FGV

33,70% 21,00% 14,20% 10,10% 6,20% 5,70% 4,20% 6,20% 7,50% 7,80% 1,70% 0,60% 1,30% 1,50%

Argentina Russia Brasil México Alemanha Japão EUA

EA Atrasos Tarifas de Importação

(44)

Imposto Equivalente nas exportações, para os atrasos

aduaneiros em um grupo de países…

Dezembro/2016

São Paulo School of Economics – EESP/FGV

17,70% 14,29% 13,04% 11,63% 11,30% 10,97% 9,14% 7,45% 7,17% 5,05%

Russia Africa do Sul Brasil Argentina México Índia Japão Alemanha Coréia do Sul

EUA

(45)

São Paulo School of Economics – EESP/FGV

Centre for Global Trade and Investment (CGTI-FGV) Dezembro/2016

Fato relevante para a indústria de

transformação…

• Segundo Hummels et al (2013), cada dia em trânsito custa entre 0,6% e

2,1% do valor da carga comercializada.

• Além disso, a sensibilidade do comércio de partes e componentes ao

tempo é cerca de 60% maior, quando comparada ao comércio de bens

finais…

(46)

Equivalente tarifário é maior, para a Indústria de

transformação….

Dezembro/2016

(47)

Imposto equivalente para exportações também é maior

para a Indústria de transformação….

Dezembro/2016

(48)

Programa Portal Único de Comércio Exterior

(2014-2017)

 Exportações: Propõe a redução de 13 para 8 dias no prazo médio

para importações no Brasil;

 Importações: Propõe a redução de 17 para 10 dias no prazo

médio para importações no Brasil;

 Redução deve ter impacto significativo sobre comércio

internacional de bens industriais, haja vista o viés de custo

observado...

Dezembro/2016

(49)

Dezembro/2016 Centre for Global Trade and Investment – EESP/FGV

Economia de Custos em relação ao cenário

base (US$bilhões, 2013)

22,8 23,5 24,1 24,8 25,5 26,3 27,1 27,9 28,7 29,6 30,5 31,4 32,4 33,4 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030

(50)

Dezembro/2016 CCGI-FGV

Exportações de bens manufaturados são fortemente

beneficiadas com a facilitação do comércio...

(51)

51

Dezembro/2016 Centre for Global Trade and Investment – EESP/FGV

4.3. A importância das barreiras

regulatórias

(52)

Dezembro/2016

Centre for Global Trade and Investment – EESP/FGV

11. O número de medidas (TBTs e SPSs) que afetam as exportações brasileiras explodiu nos últimos 20 anos, impactando tanto a margem extensiva, quanto a intensiva do setor

exportador doméstico...

(53)

Centre for Global Trade and Investment

(CGTI) Dezembro/2016 53

Centre for Global Trade and Investment – EESP/FGV

Máquinas, aparelhos e materiais elétricos Reatores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos Carnes e miudezas, comestíveis Aparelhos de óptica Veículos automotores, tratores, partes e acessórios Cereais

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Dezembro/2016

Centre for Global Trade and Investment – EESP/FGV

Exportações dentro do Mercosul também sofrem com o impacto das TBTs e SPSs...

“É preciso tornar o Mercosul uma verdadeira zona de livre comércio”

Fonte: CCGI-FGV 0.7 1.5 1.5 1.8 1.9 2.5 3.4 3.6 4.3 5.0 6.3 8.4 8.9 9.6 10.2 11.2 12.6 17.9 20.6 20.9 0 5 10 15 20 25 Fishi ng Oil Gas Whe at Met alpr oduc ts Oil s eeds Min eral prod ucts Woo dpr oduc ts Cere algr ains Man ufac ture s Pape r pro duct s Vege tabl es, f ruits Crop s Food prod ucts Vege tabl es Bovi neCa le Woo l/silk Dairy prod ucts Sugar Mea t pro duct s

(55)

55

Dezembro/2016 Centre for Global Trade and Investment – EESP/FGV

(56)

Se a política comercial do Brasil tem por objetivo aumentar a

integração do Brasil às cadeias globais, quais seriam os

parceiros naturais de comércio para o Brasil, com maiores

ganhos potenciais?

Dezembro/2016

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Dezembro/2016 Centre for Global Trade and Investment – EESP/FGV

Contribuicão, por origem, dos insumos importados presentes

nas exportações do Brasil

Agriculture Mining Food/Bever/Tobac Textiles Leather/Footwear Wood/Products Paper Coke, Refined Petrol. Chemicals Products Rubber/Plastics Other Non-Metallic Mineral Basic/Fabricated Metal Machinery, Nec Electrical/ Optical Equip. Transport Equip. Manufacturing, Nec; Services 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% CHN E27 JPN KOR NAFTA ROW Note: China, UE and NAFTA respond for more then 50% when it comes to foreign

content in Brazilian exports

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Dezembro/2016 Centre for Global Trade and Investment – EESP/FGV

Distribuição setorial das exportações de insumos, com origem

no Brasil, utilizados nas exportações de outros países

Agriculture Mining Food/Bever/Tobac Textiles Leather/Footwear Wood/Products Paper Coke, Refined Petrol. Chemicals Products Rubber/Plastics Other Non-Metallic Mineral Basic/Fabricated Metal Machinery, Nec Electrical/ Optical Equip. Transport Equip. Manufacturing, Nec; Services 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% CHN E27 JPN KOR NAFTA ROW

Note: China, NAFTA and EU respond for more than 60%

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Dezembro/2016 Centre for Global Trade and Investment – EESP/FGV

Sobre o comércio com os EUA, UE28 e China….

Fonte: WITS (2014)

Comércio BRA-EUA (%) Comércio BRA-EU28 (%)

22.8 37.3 24.3 5.8 29.4 34.6

Primários Intermediários Bens de Capital Exportação Importação 41.3 35.9 10.6 1.8 35.5 36.6

Primários Intermediários Bens de Capital Exportação Importação 84.3 13.8 1.4 1.2 26.3 48.7

Primários Intermediários Bens de Capital

Exportação Importação Comércio BRA-China (%) 31.76 30.13 23.18 9.48 28.62 34.96

Primários intermediários Bens de Capital Exportação Importação

Comércio BRA-TPP (%)

(60)

Impacto estimado sobre o PIB do Brasil em 2030

Dezembro/2016 Centre for Global Trade and Investment – EESP/FGV

US$ bilhões/ano

-9.98

38.3

82.89

TTIP BRA-EUA BRA-UE28

1.3%

2.7%

(61)

Ganho acumulado ao longo do período (2016-2030)

Dezembro/2016 Centre for Global Trade and Investment – EESP/FGV

US$ bilhões

-82.46

354

716.85

(62)

Impacto estimado sobre a corrente de comércio

Dezembro/2016 Centre for Global Trade and Investment – EESP/FGV

US$ bilhões -73.34 580.27 1115.75 -7.63 53.77 109.45

TTIP BRA-EUA BRA-UE28

(63)

Dezembro/2016 Centre for Global Trade and Investment – EESP/FGV

TPP: Impacto (%) sobre o PIB em 2030

(US$, 2015)

(64)

Dezembro/2016 Centre for Global Trade and Investment – EESP/FGV

TPP: Ganho acumulado de PIB

(2017-2030)

(US$, 2015)

US$373,14bi

(65)

Dezembro/2016 Centre for Global Trade and Investment – EESP/FGV

TPP: Impacto (%) no total comercializado (2030)

(66)

Dezembro/2016 Centre for Global Trade and Investment – EESP/FGV

Acordo Brasil-México (2016-2025)

Impacto Anual (%) nas exportações do Brasil

para o México

Impacto Anual (%) nas importações do Brasil provenientes do México 0 0.0 20.1 33.4 41.1 45.5 49.8 49.8 49.8 49.8 49.8 49.7 0 10 20 30 40 50 60 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 0.0 0.0 15.7 25.7 31.4 34.6 37.7 37.7 37.8 37.8 37.8 37.8 0.0 5.0 10.0 15.0 20.0 25.0 30.0 35.0 40.0 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025

(67)

Comentários finais

• O efeito “Trump”

• A TPP provavelmente será transformada em uma série de acordos bilaterais. Contudo, arcabouço regulatório permanecerá como referência para novos acordos;

• A TTIP vai para o “fim da fila” das prioridades, dificilmente sairá concluída no governo Trump (janela de oportunidade para o Brasil). A rodada Doha está “morta” (apesar de progressos relevantes com o TFA e o fim dos subsídios às exportações agrícolas);

• Relações com o México ficam abaladas sob o ponto de vista político que econômico. Dada a relevância do México para as empresas americanas, dificilmente ocorrerão mudanças significativas no Nafta; (janela de oportunidade para o Brasil)

• A China poderá ser afetada por medidas recém aprovadas sobre manipulação cambial, além de maior ativismo em defesa comercial;

• De forma geral, exportações do Brasil podem ser afetadas por maior ativismo americano no quesito defesa comercial, a exemplo dos setores de aço e papel;

Dezembro/2016 Centre for Global Trade and Investment – EESP/FGV

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• Opções para o Brasil

• Estratégia “autárquica” atual: Insistir na agenda multilateral (OMC) com algum ativismo no comércio Sul-Sul; Ênfase no Mercosul. Consequências: Brasil continuará com baixa participação no comércio internacional, baixa competitividade para suas exportações e indústria continuará a perder participação no PIB do país; Problema “menor” para os setores onde país possui vantagens comparativas (Agrícola/Agronegócio);

• Estratégia free-trader “Chilena”: Liberalização comercial unilateral em paralelo à busca de acordos bilaterais, plurilaterais (TISA, ITA, Bens ambientais, etc..) e multilaterais; Consequências: Aumento da participação no comércio internacional e choque de produtividade sistêmico no médio prazo; Interrupção do processo de desindustrialização no longo prazo. Ajustes no mercado de trabalho e forte oposição de grupos de interesses que perderiam com este processo; Pressão sobre a agenda de redução do custo Brasil;

• Estratégia de abertura negociada: Foco na formalização de acordos de livre comércio com desgravamento tarifário/NTBs entre 10/15 anos, com concomitante agenda de reformas microeconômicas para redução do custo Brasil. Ajuste fiscal poder contribuir para elevação da poupança doméstica com impactos favoráveis sobre o câmbio real. Consequências: Choque de produtividade no longo prazo; Menor oposição de grupos de interesse;

“Perda do bonde”: Prolongamento do atraso tecnológico industrial (Ind. 4.0)

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(69)

Obrigado!

Dezembro/2016 Centre for Global Trade and Investment – EESP/FGV

Lucas Ferraz – Lucas.ferraz@fgv.br

Referências

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