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A busca de depósitos minerais profundos como foco da exploração mineral: a contribuição da Geofísica

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Academic year: 2021

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(1)

Jorge D. Hildenbrand SBGf

A busca de depósitos minerais profundos como foco da

exploração mineral: a contribuição da Geofísica

VII Simpósio Brasileiro de Exploração Mineral - SIMEXMIN Ouro Preto, MG

(2)

I. O conceito de Sistemas Minerais

II. O Manto Litosférico Subcontinental (SCLM) e os depósitos minerais

III. Busca de depósitos profundos: a Austrália como exemplo

IV. Ambientes geológicos e a formação dos depósitos minerais

(profundos)

V. Os métodos geofísicos e seu potencial exploratório

VI. Considerações Finais

(3)

 Um depósito mineral representa uma pequena parte de uma

entidade muito maior -> Sistema Mineral (SM)

 Um SM inclui o fluído, os mecanismos da fonte do metal e de

energia, o local de deposição do mineral e a (s) saída(s) do fluido depletado

 SM é o conjunto de elementos que definem o ambiente propício a

acumulação de um determinado bem mineral ou associações

 Um Sistema Mineral engloba todo o percurso litosférico da

mineralização no espaço e no tempo

(4)

SCLM -> Porção mais inferior da placa litosférica que:

 supostamente interage com a crosta, liberando materiais que possuem relação direta com a formação dos depósitos minerais

 se comporta de forma relativamente rígida e horizontalmente móvel, sobre uma Astenosfera mais quente e fraca reologicamente

 se formou no (mid-late) Arqueano, mudou a face da Terra com a

formação de zonas estáveis designadas escudos ou cratons, sobre uma Terra “pavimentada” pela crosta oceânica

 SCLM forçou uma significativa reorganização das placas tectônicas

O Manto Litosférico Subcontinental (SCLM)

(5)

O Manto Litosférico Subcontinental e os

depósitos minerais

SCLM -> Manto Litosférico Subcontiental Griffin, Begg & O’Reilly, 2013, Nature Geoscience

(6)

Busca de depósitos profundos:

a Austrália como exemplo

T

H

E

D

E

E

P

E

A

R

T

H

(7)

Busca de depósitos profundos:

a Austrália como exemplo

Searching the deep earth: A vision for exploration geoscience

in Australia

“We have almost exhausted our easily discovered near-surface

resources. The decline in exploration success is in large part due to the difficulty of exploring beneath the regions of highly weathered rock

(known as regolith) and sedimentary basins that cover approximately 80% of the continent”

“There is no reason to believe the resource potential of this 80 per cent which lies under cover would be less than the exposed 20 per cent that has provided so much wealth”

Prof. Suzanne Cory President, Australian Academy of Science

(8)

http://www.science.org.au/policy/uncover.html/

Busca de depósitos profundos:

a Austrália como exemplo

(9)

http://www.science.org.au/policy/uncover.html/

Busca de depósitos profundos: a

Austrália como exemplo

 Houve sucesso na exploração de depósitos superficiais ou sob

cobertura rasa

 Sucesso limitado abaixo de 50-100 m  Depósitos possuem controle estrutural

em sua maioria o motivou a iniciativa  A iniciativa é construir um “mapa

estrutural” em profundidade que expresse em 3D a cinemática e que seja preditivo para delineação de alvos exploratórios

(10)

Ambientes geológicos e a formação dos

depósitos minerais

Caracterização dos Depósitos:  Depósitos envolvem processos do

manto e crosta, conectados por falhas (translitosféricas)

 Grandes depósitos tipo pórfiro se

desenvolvem nas regiões de margem convergente em ambiente de

subducção (Ex. Andes)

 Baixo grau de fusão da astenosfera pode produzir depósitos

metassomáticos de ouro com a

(11)

Ambientes geológicos e a formação dos

depósitos minerais

Caracterização dos Depósitos:  Grandes sistemas magmáticos e

hidrotermais são concentrados ao longo das bordas de volumes de manto depletado

 a pluma desencadeia a formação do kimberlito e flui para a zona de afinamento do SCLM

 Ni-Cu+- PGE resultam da

interação variável das fusão da crosta e SCLM influenciando a

(12)

 Vivemos momento de transição de um mundo de exploração de

depósitos superficiais para outra fase onde os depósitos não possuem nenhuma expressão em superfície

 Esta transição irá influenciar fortemente investimentos da indústria de

equipamentos/serviços, afetar políticas governamentais e intensificar o uso de métodos indiretos de prospecção

 Busca de melhor caracterização dos sistemas minerais desde a escala

continental até a escala do depósito e, para isto, precisamos entender os processos de mineralização a partir da origem dos fluidos

mineralizantes

Os métodos geofísicos e seu

potencial exploratório

(13)

 Melhora dos processos de integração geologia - geofísica com dados

multi-paramétricos em diversas escalas

 Capacidade de imagear estruturas críticas para o controle de depósitos

e também de regiões profundas onde estão as fontes dos metais que originam os depósitos

 Tecnologias de detecção mais específicas, ao invés de simplesmente

mais sensitivas, as quais reduzam a proporção de falso-positivo dos alvos geofísicos

Os métodos geofísicos e seu

potencial exploratório

(14)

Os métodos geofísicos e seu

potencial exploratório

 Dados geofísicos provem informação indireta das propriedades físicas das zonas profundas da terra

 Modelos de tomografia sísmica em escala global e regional estão

atingindo cada vez maior resolução de domínios mostrando contraste de velocidade

 Inversões de dados magnéticos e gravimétricos contribuem com novos

dados que estão mudando nossa base de conhecimento e a visão convencional

(15)

Os métodos geofísicos e seu

potencial exploratório

Mapeamento dos limites Manto/Crosta (SCLM):

 O mapeamento dos limites do domínio do manto litosférico continental pode ser realizado diretamente ou por inferência de informação crustal  Padrões e respostas com tomografia sísmica, MT, gravimetria e a

localização de epicentros de terremotos fornecem dados para mapear diretamente a estrutura do manto

 Padrões crustais e respostas geofísicas podem ser conjugados com a geologia (tipo, arcabouço, história, geometria) e com mapas isotópicos (Hf, Nd, Pb, Sr) para inferir a posição das bordas do SCLM

(16)

Os métodos geofísicos e seu

potencial exploratório

Caracterização geofísica do SCLM:

 SCLM Arqueano antigo depletado (preservado)

• Baixo Bouguer (densidade baixa -> 3,3 g/cm3)

• Alta velocidade sísmica, baixa razão Vp/Vs -> baixo geotérmico (SCLM espesso) e alta concentração Mg

• Alta espessura elástica -> alto geotérmico

• Altamente resistivo -> anidro, significativa ausência de refertilização /

(17)

Os métodos geofísicos e seu

potencial exploratório

Caracterização geofísica do SCLM:

 SCLM reativado (retrabalhado por ação tecnotermal)

• Alto gravimétrico Bouguer

• Velocidade sísmica intermediária, razão Vp/Vs mais alta

(18)

Os métodos geofísicos e seu

potencial exploratório

Caracterização geofísica do SCLM:

 Resposta Magnetotelurico (MT)

• Condutividade elétrica dos materiais do manto é primordialmente dependente da temperatura

• Acima de 500 oC materiais sofrem a transição de isolantes para seguir

a dependência com temperatura (processo de reativação!)

• Aumento concentração Fe (substituindo Mg) aumenta condutividade, mas a influência da temperatura predomina

(19)

Os métodos geofísicos e seu potencial

exploratório

The Southern African Magnetotelluric Experiment (SAMTEX): Jones, A. G. et al.

Area selection for diamonds using magnetotellurics: Examples from southern Africa

 Consórcio SAMTEX resultou de iniciativa envolvendo academia, governo e

indústria, totalizando 11 membros

 Foram coletados dados de MT e sísmica em três países: Namibia, Botwana e Africa do Sul

 Profundidade de investigação dos estudos da resistividade entre 100 e 200 km

Geologia/localização das estações MT/ estações sísmicas

(20)

Imagem de resistividade na profundidade de 100 km base em inversão das respostas MT

Imagem de resisitivdade por inversão MT a profundidade de 200 km, incluindo a localização dos kimberlitos

Os métodos geofísicos e seu potencial

exploratório

The Southern African Magnetotelluric Experiment (SAMTEX): Jones, A. G. et al. Area selection for diamonds using magnetotellurics: Examples from southern Africa

Imagem tomografia sísmica (Vs) 100 km, incluindo

localização de kimberlitos

Verm -> diamantíferos

Verdes -> N-diamantíferos

(21)

Os métodos geofísicos e seu

potencial exploratório

Tomografia sísmica: domínios cratônicos e clusters kimberliticos (Kaapvaal)

 Profundidade de 200 km

 Volumes cratônicos de alta velocidade bordejados pelas maiores provincias diamantíferas do mundo:

• Kimberley • Jwaneng • Premier

(22)

Os métodos geofísicos e seu potencial

exploratório

Tomografia Sísmica e MT no Platô Tibetano

 Arranjo de sismógrafos transversais a borda do Platô Tibetano

 Terreno marcado por extensas zonas de cisalhamento

Cedida por G. C. Begg, em Geoscience Data Integration: Insights into Mapping

Lithospheric Architecture

G. Begg, W. L Griffin, S. Y. O'Reilly and L. Natapov. KNS – ASEG-PESA, 2015

(23)

Os métodos geofísicos e seu potencial

exploratório

 Identificação de falhas trans-listosféricas com tomografia sismica  Grandes falhas

consistentes com zonas resistivas do MT

Cedida por G. C. Begg, em Geoscience Data Integration: Insights into Mapping

Lithospheric Architecture

G. Begg, W. L Griffin, S. Y. O'Reilly and L. Natapov. KNS – ASEG-PESA, 2015

(24)

Considerações Finais

 Os métodos MT de longo período, Gravimetria, Magnetometria,

Sismica Passiva são os mais efetivos para a obtenção de dados em grande profundidade

 Não existe um único DB que forneça todos os elementos. Necessário reunir dados geofísicos, geológico-estruturais e geoquímicos, etc,

lançando mão de toda informação disponível

 A busca de depósitos profundos, sobretudo os de grande porte, torna indispensável desvendarmos o manto litosférico subcontinental

(25)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Aitken, A. R. A. and Betts, P. G. – 2009 - Multi-scale integrated structural and aeromagnetic analysis to guide tectonic models: An example from

the eastern Musgrave Province, Central Australia. Tectonophysics 476. p. 418–435.

Australian Academy of Science – 2010 - Searching the Deep Earth: The 2010 Theo

Murphy High Flyers Think (http://www.science.org.au/policy/uncover.html)

Begg, G. C, Griffin, W. L., O'Reilly, S. Y. & Natapov, L. – 2015 - Geoscience Data Integration: Insights into Mapping Lithospheric Architecture

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Griffin, W. L., Begg, G. C. & O’Reilly, S. Y. – 2013 – Continental-root control on the genesis of magmatic ore deposits. Nature Geoscience Jones, A. G. et al. Area selection for diamonds using magnetotellurics: Examples from southern Africa. Lithos 112S, 83–92 (2009)

(27)

Obrigado!

Jorge.hildenbrand@gmail.com

Sociedade Brasileira de Geofísica – SBGf

Av. Rio Branco, nº 156, sala: 2509 Centro – Rio de Janeiro – RJ - 20040-003

+ 55 21 2533-0064 sbgf@sbgf.org.br

www.sbgf.org.br

Referências

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