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Milena R. Macitelli. Residente de 4 Ano Disciplina de Gastroenterologia Pediátrica Escola Paulista de Medicina - UNIFESP

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Milena R. Macitelli

Residente de 4° Ano

Disciplina de Gastroenterologia Pediátrica

Escola Paulista de Medicina - UNIFESP

(2)

Parasitas são organismos que vivem em associação com outros, dos quais retiram os meios para a sua sobrevivência, normalmente prejudicando o organismo hospedeiro = PARASITISMO

• As parasitoses intestinais são doenças cujos agentes etiológicos são

helmintos ou protozoários => em pelo menos uma das fases do ciclo evolutivo, localizam-se no aparelho digestivo do ser humano.

• Helmintos - animais metazoários (organismos pluricelulares), de vida livre ou parasitos de plantas ou animais. Compreendem 3 ramos ou filos do

reino animal:

1. Platelmintos (vermes achatados) 2. Nematelmintos (vermes cilíndricos) 3. Anelidas (que não são parasitas)

• Protozoários são seres unicelulares que fazem parte do reino protista, sub-reino protozoa. Podem ser amebóides, flagelados, ciliados e produtores de esporos.

Elisabeth CA et al. Rev. APS, Juiz de Fora, v13, n.2, p231-240, abr/jun.2010 Centro de Informação em Saúde para Viajantes – Terezinha Marta Castiñeiras & Fernando Martins - UFRJ - 2003

(3)

• Os helmintos são ainda divididos de acordo com seu ciclo evolutivo em: - Bio-helmintos – participação de um ou mais hospedeiros além do ser

humano (maioria dos platelmintos);

- Geo-helmintos – ciclo evolutivo em parte ocorre no solo (que é a fonte de infecção contendo larvas ou ovos), não precisando de outro

hospedeiro além do ser humano (maioria dos nematelmintos).

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As parasitoses intestinais representam a doença mais comum no mundo.

• As infecções por parasitas intestinais representam um problema de

saúde pública mundial, de difícil solução, principalmente na população pobre e em crianças, devido às precárias condições de saneamento

básico, habitação e educação;

• Taxa de infecção por helmintos e protozoários é maior em crianças que vivem na África Sub-Saariana (ASS), seguida da Ásia, América Latina e Caribe;

• Estimativas de 2006 sugerem que de 181 milhões de escolares na ASS, cerca de metade é afetada por um ou mais parasitas;

Estudo realizado no Brasil em 1988 revelou prevalência de 55,3% em crianças, sendo a maior parte poliparasitada

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Helmintos transmitidos pelo solo, Ancylostoma duodenale, Necator americanus, Ascaris lumbricoides e Trichuris trichiura estão entre os organismos mais prevalentes do planeta, infectando aproximadamente 1/6 da população mundial;

Levantamento sobre a prevalência da parasitose intestinal em 18973 escolares (7 a 14 anos) realizado em 2002, em Minas Gerais, mostrou que 82% dos escolares apresentavam exame parasitológico de fezes negativo; dos positivos, 15% eram monoparasitários e 3%

poliparasitários;

Parasitoses Intestinais – Maria do Carmo Barros de Melo et. Al – Ver Med Minas Gerais 2004; 14 (1 Supl. 1): S3-S12 Epidemiology and control of human gastrointestinal parasites in children – Expert Rev Anti Infect Ther. 2010 February; 8 (2): 219-234

(6)

• Na América Latina e Caribe 200 milhões de pessoas vivem abaixo da linha da pobreza

• 2,4 bilhões não tem saneamento básico • 1 bilhão de adultos é analfabeto

• 110 milhões de crianças na idade escolar estão fora da escola (60% ♀) • 1 bilhão não tem acesso à água potável

• 790 milhões não tem nutrição adequada

Pullan et al: The global limits and population at risk of soil-transmitted helminth infections in 2010. Parasites & Vectors 2012 5:81.

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Agentes mais comuns: HELMINTOS  Ascaris lumbricoides  Ancylostoma duodenale  Enterobius vermicularis  Strongyloides stercoralis  Taenia solium e T. saginata  Trichuris trichiura PROTOZOÁRIOS  Balantidium coli  Blastocistis hominis  Cryptosporidium parvum  Entamoeba histolytica

 Giardia lamblia e G. intestinalis  Isospora belli

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Agente etiológico: Ancylostoma duodenale e Necator americanus

• Acomete mais as zonas rurais em decorrência da falta de calçados, habitual nestas áreas, o que propicia a aquisição desta verminose através das larvas filarioides que penetram pela pele.

Sinonímia: Amarelão ou doenca do Jeca Tatu. Reservatório: Ser Humano

• Modo de transmissão:

Período de incubação: Semanas ou meses

(10)

• Período de trasnmissibilidade: Os indivíduos infectados contaminam o solo

durante vários anos, quando não adequadamente tratados. Em condições favoráveis, as larvas permanecem infectantes no solo durante varias semanas

• Complicações: Anemia, hipoproteinemia, podendo ocorrer insuficiência cardíaca e anasarca. A migração da larva através dos pulmões: hemorragia e pneumonite. • Diagnóstico: Em geral clinico, devido ao prurido característico. O diagnóstico

laboratorial é realizado pelo achado de ovos no exame parasitológico de fezes, por meio dos métodos de Lutz, Willis ou Faust, realizando-se, também, a contagem de ovos pelo método de Kato-Katz.

Tratamento:

Habitual Alternativa Controle de

cura

• Mebendazol (100mg) 2X/dia por 3 dias consecutivos

• Albendazol (200mg) 2 comp VO ou 10 ml de suspensão (200mg/5ml) – dose única • Pimoato de Pirantel – 20 a 30mg/kg/dia

por 3 dias

7, 14 e 21 dias

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Objetivo: Testar a eficácia de inibidores da cisteína proteinase do tipo

peptidil (ICP) K11777 e K11002 no tratamento de Ancylostoma, in vitro, em hamster infectado.

• K11002 foi eficaz na eliminação de ovos do Ancylostoma, mas não apresentou efeito contra o primeiro estágio da larva.

• K11777 - mostou-se larvicida eficaz, com mesmo potencial do Albendazol. • Combinação de ICP + Albendazol aumentou a morbidade do parasita,

quando comparado ao uso isolado de ICP.

• Tratamento oral com K11777 em hamsters infectados

• 100 mg/kg, dose única eliminou > 90% do parasita. • 100mg/kg 2x/dia por 1 dia - eliminou 100%

• Conclusão: ICP K11777, em dose única, pode ser a nova droga para

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Objetivo: Avaliar se dose única da Proteína Cry5B (Bacillus thuringiensis crystal protein) é eficaz contra Ancilostomíase. Dose única de Cry5B eliminou 97% do parasita em hamsters

infectados.

Conclusão: Proteína Cry5b mostrou-se uma droga potente, segura, que pode ser usada em dose única no tratamento da Ancilostomíase.

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Agente etiológico: Ascaris lumbricoides

Vulgarmente conhecido por lombriga. É um dos parasitas mais

freqüentes (aproximadamente 25% da população mundial) e constitui um importante problema de ordem social e sanitária nos países em desenvolvimento

Reservatório: Ser Humano

Doenças infecciosas e parasitárias. Oitava edição. Ministério da saúde, 2010

• Modo de transmissão: Ingestão dos

ovos infectantes do parasita, procedentes do solo, água ou

alimentos contaminados com fezes humanas. Ocasionalmente por via inalatória ou transplacentária.

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Período de incubação:

• Dos ovos férteis até o desenvolvimento da larva infectante = aprox. 20 dias.

O período prepatente da infecção (desde a infecção com ovos embrionados até a presença de ovos nas fezes do hospedeiro) é de 60 a 75 dias.

• Período de transmissibilidade:

• Durante todo o período em que o individuo portar o parasita e estiver eliminando ovos pelas fezes.

Duração média de vida dos parasitas adultos = 12 meses.

Complicações - Obstrução intestinal, volvo, perfuracao intestinal, colecistite, colelitíase, pancreatite aguda e abscesso hepático.

• Diagnóstico - O quadro clínico apenas não a distingue de outras

verminoses, havendo, portanto, necessidade de confirmação do achado de ovos nos exames parasitológicos de fezes.

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Alteração hepática como pequenos focos hemorrágicos e de necrose, podem ocorrer quando da migração simultânea de muitas larvas para o fígado;

Podem ocorrer lesões alveolares com irritação da árvore brônquica,

bronquite e pneumonia, podendo alcançar outros órgãos como cérebro, coração e rins;

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Tratamento

Forma habitual

Habitual Alternativa Controle de cura

• Albendazol - 400mg/dia (Adultos) ou 10 mg/kg (Crianças) – DOSE

ÚNICA

• Mebendazol (100mg) 2X/dia por 3 dias consecutivos

• Levamizol 150mg VO dose única (Adultos) ou 40mg (Cç < 8 anos) ou

80mg (Cç > 8 anos) 7, 14 e 21 dias

Oclusão/sub-oclusão intestinal

Habitual Alternativa Controle de cura

Jejum Hidratação

Hexa-hidrato de piperazina 100mg/kg por SNG

10 a 30 ml de óleo mineral, 30 minutos após a piperazina, e a cada 3 horas, por 24 horas

• Solução de piperazina com licor de ameixa (dose máxima diária de

piperazina: 6g) Insucesso do tratamento clínico = remoção manual de vermes (cirurgicamente) Doenças infecciosas e parasitárias. Oitava edição. Ministério da saúde, 2010

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Agente etiológico: Enterobius vermicularis • Sinonímia: Enterobíase

• Reservatório - Ser Humano

• Modo de transmissão - Predominantemente fecal-oral.

• Auto-infecção direta ou externa: do ânus para a cavidade oral, através dos dedos

• Auto-infecção indireta: ovos presentes na poeira ou alimentos atingem o mesmo

hospedeiro que os eliminou

• Heteroinfeção: ovos presentes na poeira ou alimentos atingem um novo hospedeiro.

• Retroinfeção: migração de larvas da região anal para as regiões superiores do intestino

grosso, chegando até o ceco, onde se tornam adultas.

• Auto-infecção interna: larvas eclodem ainda dentro do reto e depois migram até o ceco,

transformando-se em vermes adultos.

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• Período de incubação: O ciclo de vida do parasita dura de 2 a 6 semanas. A sintomatologia aparece quando existe um número de

vermes resultantes de infestações sucessivas, que ocorre alguns meses apos a infestação inicial

• Período de transmissibilidade: Enquanto as fêmeas grávidas expulsam os ovos na pele perianal, que permanecem infectantes por 1 ou 2

semanas fora do hospedeiro

Complicações: Salpingites, vulvovaginites, granulomas pelvianos. Infeccções secundárias às escoriações

• Diagnóstico:

• Clínico – prurido característico

• Laboratorial – pesquisa de ovos pelo método Hall (swab anal) ou de Graham (fita gomada) ou material de unhas de crianças infectadas.

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Tratameto:

• Deve ser feito em todo o grupo familiar ou que coabita o mesmo local, impedindo as reinfestações.

Habitual Alternativa Controle de

cura

• Pomoato de pirvínio 10mg/kg VO DOSE ÚNICA

• Mebendazol 100mg VO, 2X/dia, por 3 dias consecutivos

• Albendazol (200mg) 2 comp VO ou 10 ml de suspensão (200mg/5ml) – dose única

Swab anal a partir do 8º dia pós tratamento, durante 7

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Agente etiológico: Strongyloides stercoralis

• Reservatório: Ser Humano (gatos, cães e primatas também têm sido encontrados infectados).

• Modo de transmissão: Em condições ambientais favoráveis => larvas

eliminadas nas fezes se tornam infectantes em cerca de 2 dias. Estas podem penetrar na pele ou mucosa, atingindo a circulação => Pulmões, e de lá

para a faringe onde são deglutidas. Instalam-se no duodeno, onde se transformam em fêmeas, que iniciam a produção de ovos.

• Auto-endoinfecção: as larvas passam a ser filarioides, no interior do próprio hospedeiro, sem passar por fase evolutiva no meio externo.

Auto-exoinfecção: larvas filarioides se localizam na região anal ou perianal, onde novamente penetram no organismo do hospedeiro.

• Período de incubação: 2 a 4 semanas entre a penetração através da pele e o aparecimento de larvas rabditóides nas fezes.

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Período de transmissibilidade: Enquanto o indivíduo portar as larvas.

• Complicações: Síndrome de hiper-infecção; síndrome de Loefler; edema pulmonar, no paciente imunocomprometido, em uso de

corticóides ou desnutridos, podendo haver superinfestação ou infecção oportunística; síndrome de má absorção. Nas formas sistêmicas, pode ocorrer sepse, com evolução letal.

Diagnóstico: Parasitológico de fezes, escarro ou lavado gástrico, por meio do método de Baermann-Moraes. Em casos graves, podem ser utilizados testes imunológicos, como Elisa, hemaglutinação indireta, imuno-fluorescência indireta. O estudo radiológico do intestino

delgado auxilia o diagnóstico.

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Tratamento:

Forma habitual

Habitual Alternativa Controle de cura

• Tiabendazol 25 mg/kg/dia por 5-7 dias 50 mg/kg/dia, dose única

Dose máx: 3,0g/dia

• Ivermectina 200mg/kg, dose única 7, 14 e 21 dias

Hiper-infecção

Habitual Alternativa Controle de cura

• Tiabendazol 10 mg/dia por 30 dias

Ivermectina 200mg/kg, por 2 dias Até negativação do PPF

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• Introdução: No mundo, estima-se que 30 a 100 milhões de pessoas estão infectadas por Strongyloides stercoralis. Na área semi-rural do Cambodia foi determinado o índice de infecção e fatores de risco.

• Material e métodos: Realizado estudo transversal em 458 crianças de 4 escolas primárias na área semi-rural da província de Kandal, usando 3

métodos diagnósticos (Kato-Katz, Cultura KAP e Técnica de Baermann) em 3 amostras de fezes.

• Crianças infectadas foram tratadas com Ivermectina (100mg/kg/dia por 2 dias) e reavaliadas 3 semanas após o tratamento.

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• S. stercoralis, Trichuris trichiura, Necator americanus foram os mais prevalentes, sendo que 24,4% das crianças estavam infectadas por S. stercoralis.

• A sensibilidade da cultura KAP e Técnica de Baermann foi 88,4% e 75%, e os valores preditivos negativos foram 96,4% e 92,5%,

respectivamente. A prevalência de S. stercoralis aumentou de 18,6% para 24,4% após serem analisadas 3 amostras de fezes.

• O índice de cura com Ivermectina foi de 98,3%. • Conclusão:

• A infecção por S. stercoralis tem alta prevalência em escolares na região semi-rural do Cambodia. A sensibilidade da cultura KAP é maior que a Técnica de Baermann.

• Na ausência de ‘’padrão-ouro’’, análises de várias amostras de fezes, usando diferentes métodos diagnósticos, são necessárias a fim de atingir um nível satisfatório de sensibilidade.

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Agente etiológico: Taenia solium e Taenia saginata • Sinonímia: Solitária.

• Reservatório: Ser Humano é o único definitivo.

Suíno ou Javali - Intermediário da T. solium Bovino - Intermediário da T. saginata

Modo de transmissão: Ingestão de carne mal cozida, que contém as larvas.

Ingestão dos ovos da T. solium = Cisticercose • Período de incubação:

Cisticercose humana - varia de 15 dias a anos após a infecção.

Teníase - 3 meses após a ingestão da larva, o parasita já é encontrado no intestino delgado humano.

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• Período de transmissibilidade: Os ovos da tênia permanecem viáveis por vários meses no meio ambiente contaminado pelas fezes de humanos portadores de Teníase.

• Complicações:

• Teníase: Obstrução do apêndice, colédoco ou ducto pancreático. • Cisticercose: Deficiência visual, epilepsia.

• Diagnóstico: Clínico, epidemiológico e laboratorial.

• Coleta de material da região anal

• Estudos sorológicos específicos - fixação do complemento, imunofluorescência e hemoaglutinação - Soro e LCR = Neurocisticercose

Raio X = Cisticercos calcificados

TC e RNM = Cisticercos em várias fases do desenvolvimento

• Diagnóstico diferencial: Neurocisticercose - Distúrbios psiquiátricos e neurológicos.

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Tratamento

Teníase

Habitual Alternativa

• Praziquantel 10mg/kg, dose única

• Mebendazol 200mg 2x/dia por 3 dias. Repetir após 7 dias

• Albendazol 400mg/dia por 3 dias

Neurocisticercose

Habitual Alternativa

• Praziquantel 50mg/kg/dia por 21 dias + Dexametasona

• Albendazol 15 mg/dia por 30dias (divididas em 3 tomadas diárias) +

Metilprednisolona 100mg (D1) e 20mg/d (até D30)

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Estima-se que aproximadamente 800 milhões de pessoas são infectadas por este helminto no mundo (OMS);

• As larvas concentram-se na região do ceco e do cólon superior, podendo invadir o apêndice e o reto;

Na maioria das vezes é uma infecção assintomática e leve;

• Uma complicação marcante é a ocorrência de prolapso retal, na maioria dos casos em crianças desnutridas;

O tratamento de eleição é o mebendazol, na dose de 100 mg, duas vezes por dia, por três dias consecutivos;

• Como alternativas: albendazol em dose única de 400 mg, pamoato de pirantel, 10 mg/kg em dose única, e ivermectina na dose de 200 μg/kg, com índices de cura bem variáveis e inferiores às anteriores;

(29)

• Objetivo: Avaliar a eficácia e segurança da Nitazoxanida, Albendazol e Nitazoxanida/Albendazol contra Trichuris trichiura.

• Métodos: A eficácia e segurança da dose única de Nitazoxanida (1000 mg) ou Albendazol

(400 mg) e Nitazoxanida/Albendazol (1000-400 mg), sendo as duas drogas administradas separadamente em dois dias consecutivos, foram avaliadas em estudo duplo-cego,

randômico, controlado por placebo, em 2 escolas na Tanzania, em 533 crianças com amostra de fesesz T. trichiura positivo.

• Principais achados: Índice de cura foi baixo após o tratamento (Nitazoxanide-Albendazol

= 16.0%; Albendazol = 14.5%; e Nitazoxanida = 6.6%). Índice de redução dos ovos: Nitazoxanida/Albendazol = 54,9%; Albendazol = 45,6% e Nitazoxanida = 13,4%.

Conclusão: Nitazoxanida não demostra efeito contra infecção por T. Trichiura. Há uma

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Agente etiológico: Balantidium coli.

Epidemiologia: Porcos são o principal hospedeiro reservatório do B. coli.

Modo de transmissão: Fecal-oral, através de água ou alimentos contaminados com cistos.

Período de incubação: Não é conhecido, mas pode ser de vários dias. • Período de transmissibilidade: Enquanto cistos forem excretados nas

fezes (podem permanecer no ambiente por vários meses).

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Diagnóstico:

• Raspado das lesões durante retossigmoidoscopia, exame

histológico de amostras de biópsia intestinal ou exame de fezes.

Tratamento:

Habitual Alternativa Controle de

cura

• Metronidazol 20 mg/kg/dia durante 7 dias

• Tetraciclina 30 a 50 mg/kg/dia, durante 10 dias.

Evitar em crianças

7, 14 e 21 dias

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Agente etiológico: Blastocystis hominis.

Reservatório – ser humano. Pouco se conhece sobre seu modo de transmissão e outros

hospedeiros.

Epidemiologia: O B. hominis é encontrado em 1 a 20% das amostras de fezes examinadas

à procura de ovos e parasitas.

• Via de transmissão: Fecal-oral, através de água ou alimentos contaminados.

• Período de incubação: Desconhecido

• Exames complementares: PPF - achado de cistos

• Tratamento:

Habitual Alternativa Controle de

cura

• Metronidazol 500 mg a 750 mg, 3x/dia

por 10 dias. • Nitazoxanita 500 mg 2x/dia, por 3 dias 7, 14 e 21 dias

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Agente etiológico: Cryptosporidium parvum

Reservatório: ser humano, gado e animais domésticos. O agente pode ser encontrado no solo, água ou alimentos contaminados com fezes. Modo de transmissão: fecal-oral, de animais para a pessoa, ou entre

pessoas, pela ingestão de oocistos (formas infecciosas e esporuladas). • Período de incubação: 2 a 14 dias.

• Período de transmissibilidade: Várias semanas, a partir do início dos sintomas e enquanto houver eliminação de oocistos pelas fezes.

• Fora do organismo humano, em ambientes úmidos, o oocisto pode permanecer infectante por até 6 meses.

(35)

Complicações: Enterite, seguida de desnutrição, desidratação e morte fulminante. Comprometimento do trato biliar.

• Diagnóstico:

• Identificação do oocisto nas fezes (coloração ácido-resistente)

• Biópsia intestinal - quando necessária

• Detecção de antígenos nas fezes - ELISA

Tratamento:

Habitual Alternativa Controle de

cura

• Espiramicina 1g, 3x ao dia, duração

indefinida • Nitazoxanita 500 mg 2x/dia, por 3 dias 7, 14 e 21 dias

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• Agente etiológico: Entamoeba histolytica

• Reservatório: Ser Humano

• Modo de transmissão: Ingestão de água ou alimentos contaminados por fezes contendo

cistos amebianos maduros.

• Transmissão sexual - contato oral-anal

• Os portadores assintomáticos, que manipulam alimentos, são importantes disseminadores.

• Período de incubação: Entre 2 a 4 semanas, podendo variar dias, meses a anos.

• Período de transmissibilidade: Quando não tratada - anos.

• Complicações: Granulomas amebianos na parede do intestino grosso, abscesso hepático,

pulmonar ou cerebral, empiema, pericardite, colite fulminante com perfuração.

• Diagnóstico:

• Presença de trofozoítos ou cistos do parasita encontrados nas fezes em aspirados ou raspados,

através de endoscopia ou proctoscopia.

• Anticorpos séricos - podem ser dosados e auxiliam no diagnóstico de abscesso hepático

amebiano.

• USG e TC - úteis para o diagnóstico de abscesso hepático amebiano.

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Tratamento:

1ª opção 2ª opção 3ª opção 4ª opção

Formas intestinais: Secnidazol - Adultos: 2g, em dose unica. Criancas: 30mg/kg/dia, VO. Dose máx: 2g/dia. Formas leves: Metronidazol, 500mg, 3

vezes/dia, durante 5 dias, para adultos. Para criancas,

recomenda-se 35mg/kg/dia, divididas em 3

tomadas, durante 5 dias. Formas graves (amebiase intestinal sintomatica ou extra-intestinal): Metronidazol, 750mg, VO, 3 vezes/dia, durante 10 dias. Em criancas, recomenda-se 50mg/kg/dia, durante 10 dias. Formas intestinais: Tinidazol, 2g, VO, para adultos, apos uma das refeicoes,

durante 2 dias, para formas intestinais.

Formas extra-intestinais: 50mg/kg/dia, durante 2 ou 3 dias, a

depender da forma clinica. Em formas graves, utilizar a mesma

dosagem das formas leves, por 3 dias. Em criancas, a dosagem recomendada e 50mg/kg/dia. Forma leve/assintom: Teclozam, 1.500mg/dia, divididas em 3 tomadas de 500mg, dose unica para adultos.

Criancas= 15mg/kg/dia, durante 5 dias.

(38)

• O objetivo deste estudo foi comparar a eficácia da adição do S. boulardii ao metronidazol no tratamento da disenteria causada por ameba;

• Trata-se de um ensaio clínico randomizado prospectivo realizado na Turquia no período de janeiro de 2006 a setembro de 2007;

• Pacientes do grupo A foram tratados com metronidazol 30mg/Kg 2x ao dia durante sete dias e o grupo B foi tratado com metronidazol e S. boulardii liofilizado 250mg 2x ao dia também durante sete dias;

(39)

• Cinqüenta crianças com sintomas de febre, diarréia com sangue, dor abdominal e presença de cistos amebianos forma incluídas no estudo;

• Após 3 dias de tratamento diarréia estava presente em 19 crianças e sangue nas fezes em 11 crianças do grupo A, enquanto no grupo B apenas seis crianças permaneciam com diarréia e três com diarréia sanguinolenta. (p<0,001);

• A duração da diarréia sanguinolenta foi significativamente mais prolongada no grupo A quando comparada ao grupo B (p<0,001);

• Após cinco dias de tratamento, seis crianças do grupo A ainda tinham cistos de ameba nas fezes, enquanto nenhuma criança do grupo B apresentava cistos amebianos nas fezes ou trofozoítos (p<0,05);

• O mecanismo de ação do probiótico ainda é desconhecido, mas parece inibir a adesão do patógeno, fortalecer as tight junctions dos enterócitos, neutraliza os fatores de virulência bacterianos e melhora a resposta imune da mucosa;

Conclusão do estudo: adição de S. boulardii ao metronidazol no tratamento da diarréia aguda sanguinolenta causada por amebíase intestinal significativamente diminui a duração da diarréia e aumenta a depuração dos cistos amebianos em comparação com o metronidazol isoladamente.

(40)

• Mais comum em climas temperados e tropicais.

Agente etiológico: Giardia lamblia, protozoario flagelado que existe sob as formas de cisto e trofozoita. O cisto é a forma infectante encontrada no ambiente.

• É um patógeno da porção proximal do intestino delgado e não se dissemina por via hematogênica.

Reservatório - ser humano e alguns animais domésticos ou selvagens, como cães, gatos e castores.

• Modo de transmissão - Fecal-oral.

• Direta - contaminação das mãos e consequente ingestão de cistos existentes em dejetos de pessoas infectadas.

• Indireta - por meio da ingestão de água ou alimento contaminado.

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Período de incubação - De 1 a 4 semanas, com media de 7 a 10 dias.

• Período de transmissibilidade - Enquanto persistir a infecção. • Complicações - Síndrome de má absorção.

Diagnóstico:

• Identificação de cistos ou trofozoitas, no exame direto de fezes (método de Faust)

• Identificação de trofozoitas no fluido duodenal, obtido através de aspiração.

• Detecção de antígenos - método Elisa, com confirmação diagnóstica.

• Biópsia duodenal, com identificação de trofozoitas - raras ocasiões.

(42)

Tratamento

Alternativas

- Albendazol: 400 mg/dia, por 5 dias, via oral;

- Furazolidona: 200 mg, 12/12 h, ou 2,5 mg/kg 12/12h, por 7 a 10 dias, via oral.

Contra-indicado para crianças menores de 1 ano e gestante;

- Quinacrina 100 mg, 8/8 h, ou 6 mg/kg, 8/8 h, por 5 a 7 dias

Medicamento Adultos Crianças

Secnidazol 2g, VO, dose única 30 mg/kg ou 1 ml/kg, dose única tomada após uma refeição

Tinidazol 2g, VO, dose única -

Metronidazol 250 mg, vo, 2x/dia, por 5 dias

15mg/kg/dia (Máx: 250mg), VO, 2x/dia, por 5 dias

OBS – Fracasso terapêutico tem sido relatado com metronidazol, quinacrina, furazolidona e albendazol. Nesses casos deve-se descartar reinfecção e usar drogas de diferentes classes ou uma combinação de nitroimidazólicos além da quinacrina por pelo menos 2 semanas

(43)

- Estudo prospectivo, randomizado, aberto, realizado na cidade de Duzce, Turquia, com adultos, para verificar a eficácia e a tolerabilidade do albendazol e do

metronidazol no tratamento da giardíase;

Dos 67 pacientes selecionados, 57 completaram o estudo, 29 que receberam

metronidazol 500mg, 3x ao dia por 5 dias e 28 que receberam albendazol 400mg/d por 5 dias;

• Não houve diferença terapêutica significante entre os grupos, porém efeitos adversos foram mais relatados no grupo que recebeu metronidazol;

• Conclusão: albendazol é tão efetivo quanto metronidazol no tratamento da giardíase e causa menos efeitos adversos quando comparado ao metronidazol.

(44)

• Estudo realizado em Havana, Cuba, de maio a dezembro de 2003, para verificar a eficácia e segurança do tratamento com 5 dias de mebendazol e quinacrina para giardíase;

• Cento e vinte e duas crianças, com idade entre 5 e 15 anos, participaram do estudo, todas mono-infectadas

por Giardia lamblia;

• Foram tratadas com mebendazol 200mg, 3x ao dia por cinco dias, ou quinacrina 2mg/Kg, 3x ao dia, também

por cinco dias;

• Indice de cura com Mebendazol = 78,7% e Quinacrina = 83,6%

• Efeitos adversos foram mais relatados no grupo que recebeu quinacrina (p<0,05);

• Conclusão: apesar de a taxa de cura ter sido menor que a esperada, os resultados finais confirmam a eficácia

(45)

Liberada pelo FDA em novembro de 2002 para tratamento de Criptosporidium e Giardia em crianças de 1 a 11 anos de idade; • Derivado nitrotiazol;

Modo de ação contra helmintos ocorre através da inibição da polimerização da tubulina no parasita;

A atividade antiprotozoária deve-se à interferência na enzima piruvato-ferredoxina-oxidoredutase (PFOR), bloqueando a transferência de

elétrons. Este mecanismo de ação é muito peculiar e dificulta o desenvolvimento de resistência;

(46)
(47)

• Objetivos: Avaliar a eficácia e a tolerabilidade da nitazoxanida em crianças como único agente anti-parasitário de largo espectro no tratamento de infecção parasitária múltipla (protozoários e helmintos);

• Duzentas e setenta e duas crianças, com idades entre 2 e 14 anos participaram do estudo. Infecção parasitária foi confirmada por três exames de fezes. Cento e vinte uma crianças apresentaram positividade no exame de fezes (44%). Todos os 121 receberam tratamento com nitazoxanida.

• 84% dos protozoários e 95% dos helmintos foram eliminados;

• Conclusão: Nitazoxanida foi muito bem tolerada, sem nenhum efeito adverso mais grave.

(48)

• Objetivos – Avaliar a eficácia da suplementação da vitamina A e zinco na infecção por Giardia lamblia, Ascaris lumbricoidis e Entamoeba

histolytica;

• - Métodos – Um estudo randomizado, duplo-cego, placebo controlado foi conduzido com 707 crianças com idade entre 6 e 15 meses, na área Peri-urbana da Cidade do México, entre janeiro de 2000 e maio de 2002.

• - As crianças foram distribuídas em 4 grupos: grupo da vitamina A

suplementada com 20.000 UI de retinol a cada 2 meses se menor que 1 ano de idade e 45.000 UI se maior que 1 ano de idade, um grupo suplementado com doses diárias elementar de 20mg de zinco, outro grupo recebeu zinco e vitamina A e o grupo que recebeu placebo e foram seguidas por um período de 1 ano

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Primary end points foram a taxa e duração da infecção de Giardia lamblia, Ascaris lumbricoides e Entamoeba histolytica nos 12 meses de seguimento e a taxa da parasitose associada à diarréia, determinada pela análise das fezes coletadas uma vez ao mês e após os episódios de diarréia;

Infecção por Giardia lamblia foi reduzida no grupo que recebeu vitamina A e zinco, enquanto que a infecção por Ascaris lumbricoides aumentou no grupo que recebeu apenas zinco;

• Duração da giardíase foi reduzida nas crianças de todos os grupos, assim como a ascaridíase foi diminuida no grupo que recebeu vitamina A e zinco. No entanto, amebíase foi mais prolongada nas crianças suplementadas com zinco. Diarréia causada por E. histolytica diminuiu no grupo que recebeu zinco e a causada por A. lumbricoides também foi reduzida no grupo que recebeu vitamina A e zinco.

Referências

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