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MINISTÉRIO PÚBLICO

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B O L E T I M LEITORAL

E S T A D O S U N I D O S D O B R A S I L

(Decreto n. 21.076, de 24 de fevereiro de 1932)

ANO II RIO D E JANEIRO, 27 D E MAIO DE 1933 N . 99

T R I B U N A L S U P E R I O R D E J U S T I Ç A E L E I T O R A L .

Data da i n s t a l a ç ã o — 20 de m a i o de 1932.

Presidente — - M i n i s t r o H e r m e n e g i l d o Rodrigues de B a r r o s . Vice-presidente — M i n i s t r o J o s é S o r i a n o de Souza F i l h o . P r o c u r a d o r G e r a l — Desembargador Renato de C a r v a l h o T a -

vares .

Juizes efetivos — M i n i s t r o J o ã o M a r t i n s de C a r v a l h o M o u r ã o , ye -desembargador J o s é L i n h a r e s , D r s . Affonso P e n n a J ú -

nior, P r u d e n t e de Moraes F i l h o e F r a n c i s c o C a r n e i r o Monteiro de S a l l e s .

Juizes substitutos — M i n i s t r o s E d u a r d o E s p i n o l a e P l i n i o Casado; desembargadores Leopoldo de L i m a e A r t h u r

• Collares M o r e i r a ; D r s . J o s é M i r a n d a V a l v e r d e , L e v i Fernandes Carneiro, A l c e u de A m o r o s o L i m a e J o ã o C . d á Rocha C a b r a l .

N O T A S — O m i n i s t r o J o s é Soriano de Souza F i l h o acha-se licenciado, estando s u b s t i t u í d o pelo m i n i s t r o E d u a r d o E s p i n o l a , assim como o D r . P r u d e n t e de Moraes F i l h o , que e s t á s u b s t i t u í d o pelo D r . J o s é M i r a n d a V a l v e r d e .

MINISTÉRIO PÚBLICO

P r o c u r a d o r geral — Desembargador Renato de C a r v a l h o T a - v a r e s .

PROCURADORES REGIONAIS :

A c r e — D r . Severino A l v e s de Souza Amazonas — Dr. Ricardo A m o r i m .

P a r á — Dr. A l c i n d o Comba do A m a r a l C a n c e l l a . M a r a n h ã o — Dr. Romualdo C r e p o r y B a r r o s o F r a n c o . P i a u í •— Desembargador F r a n c i s c o P i r e s de C a s t r o .

C e a r á — D r . Moraes C o r r ê a .

R i o Grande do Norte — D r . M i g u e l Seabra F a g u n d e s . P a r a í b a — D r ; F l o d o a r d o L i m a da S i l v e i r a .

P e r n a m b u c o — D r . D o m i n g o s V i e i r a . Alagoas — D r . J o s é H e l v é c i o de S o u z a .

Sergipe — D r . Octavio Gomes Cardoso.

B a í a — D r . T h o m a z Garcoz P a r a n h o s Montenegro J ú n i o r . E s p i r i t o Santo — D r . B a r r o s W a n d e r l e y .

D i s t r i t o F e d e r a l — D r . A n t ô n i o F e r n a n d e s J ú n i o r . 'Rio de J a n e i r o — D r . A n t ô n i o Cardoso C o t r i m da S i l v a . S ã o P a u l o — D r . P l i n i o B a r r e t o .

P a r a n á — D r . P i n h e i r o L i m a . 'Santa C a t a r i n a — D r . J o s é B o i t e u x . R i o Grande do S u l — D r . Oswaldo C a m i n h a .

Minas Gerais — D r . Orozimbo Nonato da S i l v a . Mato Grosso — D r . A l f e u Rosas M a r t i n s . Goiaz — D r . Rodolplio L u z V i e i r a .

Secretaria d a P r o c u r a d o r i a G e r a l de J u s t i ç a E l e i t o r a l , em 24 de m a i o de 1933. — Aprigio de Carvalho Rodrigues dos Anjos, s e c r e t á r i o , — V i s t o , Renato Tavares, p r o c u r a d o r .geral.

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2 . 3 .

S U M Á R I O

I — Legislação Eleitoral:

Decreto n. 22.653, de 20 de abril de 1933, que fixa o nú- mero e estabelece o modo de escolha dos representantes de associações profissionais que participarão da Assem-

bléa Constituinte.

Decreto n. 22.696, de 11 de maio de 1933, que aprova as instruções para a execução do decreto n. 22.653, de 20 de abril de 1933, que fixa o número e estabelece o modo de escolha dos respresentantes de associações profissio- nais que participarão da Assembléa Nacional Constitu-

inte .

II — Atas do Tribunal Superior:

3 1a sessão\ ordinária, em 20 de abril de 1933.

2* sessão extraordinária, em 22 de abril de 1933.

3 2a sessão ordinária, em 25 de abril de 1933.

33a sessão ordinária, em 28 de abril de 1933.

III — J u r i s p r u d ê n c i a do Tribunal Superior:

Recurso n. 21 — São Paulo.

Recurso n. 22 — Ceará.

Recurso n. 23 — Piauí.

24 - 25 - 26 - 27 - 456

São Paulo.

São Paulo.

Piauí.

Maranhão.

- Rio de Janeiro.

Recurso n.

Recurso n.

Recurso n.

Recursci n.

Processo n.

Processo n. 460 — Distrito Federal.

IV — Atas do Tribunal Regional do Distrito Federal:

40* sessão, em 16 de novembro de 1932.

41* sessão, em 18 de novembro de 1932.

42* sessão, em 22 de novembro de 1932.

V — Editais e avisos.

LEGISLAÇÃO ELEITORAL

DECRETO N. 22.653 — DE 20 DE ABRIL DE 1933

Fixa o número e estabelece o modo de escolha dos represen- tantes de associações profissionais que participarão da - Assembléa Constituinte.

O Chefe do Governo Provisório da Republica dos Es- tados Unidos do Brasil, na conformidade do art. 142 do Có- digo Eleitoral (decreto n. 21.076, de 24 de fevereiro de 1932, (1)

Decreta:

Art. 1.° Tomarão parte da Assembléa Constituinte, com os mesmos direitos e regalias que competirem aos demais de seus membros, quarenta representantes de associações pro- fissionais, tocando vinte aos empregados e vinte aos empre-

(1) C ó d i g o Eleitoral, art. 142 — "No decreto em que convo- car os eleitores para a e l e i ç ã o da A s s e m b l é a Nacional Consti- tuinte, o governo d e t e r m i n a r á o numero de representantes na- cionais, fjue a cada Estado caiba eleger, "bem como o" modo é as c o n d i ç õ e s de " r e p r e s e n t a ç ã o das a s s o c i a ç õ e s profissionais".

Pelo dec. 22.623, de Ei-4-1933, foi fixado em quarenta o numero de representantes tias a s s o c i a ç õ e s profissionais.

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2114 Sábado 27 BOLETIM ELEITORAL Maio de 1933 gadores, nestes incluídos três por parte das profissões libe-

rais, e naqueles, dois por parte dos funcionários públicos.

Art. 2.° Os representantes das associações profissionais de que trata o artigo anterior, respeitadas as condições de capacidade estabelecida pela legislação eleitoral em vigor, serão escolhidos por eleição, que se realizará, nesta capital, em data, hora e local previamente anunciados e sob a presi- dência do Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, de cujas deliberações poderá haver recurso, interposto pelos in- teressados, para o Tribunal Superior de Justiça Eleitoral, no prazo máximo de cinco dias da data da apuração.

Art. 3.° Só terão direito de voto na eleição determinada no art. Io, os sindicatos que houverem, sido reconhecidos pelo Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio até o dia 20 de maio de 1933 e as associações de profissões liberais e de funcionários públicos que estiverem organizadas legal- mente até a mesma data. (2)

Art. 4.° A eleição dos representantes das associações profissionais se efetuará separadamente, para cada um dos grupos mencionados no art. Io, por escrutínio secreto, vo- tando cada eleitor em lista de tantos nomes quantos forem os delegados que devam ser eleitos. (3)

§ 1.° O Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, antes de iniciar os trabalhos da eleição, convidará dois ou mais dos eleitores presentes para servirem como secretários da mesa, cabendo-lhes, conforme a designação do presidente, proceder á chamada dos votantes, abrir, lêr e apurar as cé- dulas e lavrar a ata da eleição, sem prejuízo de seu direito de voto.

§ 2.° Nenhum delegado poderá tomar parte na eleição sem estarem previamente reconhecidos os respectivos poderes _ pelo Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio.

§ 3.° A ata dos trabalhos eleitorais será assinada pela mesa que os presidir e servirá de diploma, devendo este ser desde logo registrado no Tribunal Superior de Justiça Elei- toral.

§ 4.° Serão proclamados eleitos os que obtiverem maio- ria de votos, na forma prescrita por este decreto.

Art. 5.° Só poderão ser eleitos representantes os que estiverem, ha mais de dois anos, no exercício da respectiva profissão.

Art. 6.° Os sindicatos reconhecidos de acordo com a legislação em vigor e as associações legais das profissões li- berais e dos funcionários públicos elegerão, em sua sede, até o dia 30 de maio de 1933, á razão de um por sindicato ou associação, os delegados que deverão escolher, como prescre- vem os artigos anteriores, os respectivos representantes na Assembléa Constituinte. (4)

(2) Pelo decreto n. 22.745, de 24-5-1933, p o d e r ã o ser reco- nhecidos a t é o dia 15-6-1933, os sindicatos cujos requerimentos tiverem sido recebidos a t é o dia 20 de maio de 1933, no M i n i s t é - rio do Trabalho, bem como p o d e r ã o ser, t a m b é m , reconhecidos a t é o mesmo dia 15 de junho, as a s s o c i a ç õ e s profissionais sindi- calizaveis c o n s t i t u í d a s de conformidade com a l e g i s l a ç ã o comum que se queiram transformar como sindicatos. S6 s e r ã o reconheci- das como sindicatos, as o r g a n i z a ç õ e s de caracter profissional com objetivo permanente e fins exclusivamente associativos, em de- fesa de interesses de classe, a juizo do ministro do Trabalho.

(3) Pelas i n s t r u ç õ e s aprovadas (dec. n. 22.696, de 11-5-1933),, a e l e i ç ã o dos repesentantes das a s s o c i a ç õ e s profissionais — em- pregadores, empregados, p r o f i s s õ e s , liberais e f u n c i o n á r i o s p ú b l i c o s — s e r á realizada nesta Capital, no P a l á c i o Tiradentes, as 12 horas, respectivamente nos dias 20, 25 e 30 de julho e 3 de agosto p r ó x i m o vindouros.

(4) O dec. n. 19.770, de 19 de m a r ç o de 1931, que regula a s i n d i c a l i z a ç ã o das classes patronais e o p e r á r i a s , vai publicado na segunda parte deste fasciculo (pag. 371) e as a s s o c i a ç õ e s legais das p r o f i s s õ e s liberais e dos f u n c i o n á r i o s p ú b l i c o s s ã o todas aquelas que tenham adquirido personalidade j u r í d i c a , nos termos do art. 18 do C ó d i g o C i v i l . O prazo de 30 maio, de que trata o art. 6» acima, foi prorrogado para 30 de junho de 1933 (artigo.

Io das I n s t r u ç õ e s aprovadas pelo decreto n. 22.696).

§ 1.° Os delegados a que alude este artigo serão eleitos, separadamente, pelos sindicatos e pelas associações, em as- sembléa geral de cada uma dessas instituições, em .dia e hora prefixados pelas respectivas diretorias.

§ 2° Só poderão ser eleitos delegados pelos sindicatos, ou pelas associações, os sindicalizados ou os membros das mesmas associações.

Art. 7." O Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, logo após a publicação deste decreto, expedirá as instruções necessárias á sua execução.

Art. 8.° Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação.

Art. 9.° Revogam-se as disposições em contrario.

Rio de Janeirco, 20 de abril de 1933, 112° da Indepen- dência e 45° da Republica.

G E T U L I O V A R G A S .

Joaquim Pedro' Salgado Filho.

Francisco Antunes Maciel. f

Nota final — A presente m a t é r i a é i n c l u í d a no Boletim, visto haver r e l a ç ã o direta com a J u s t i ç a Eleitoral, a quem cabe julgar os recursos interpostos dos diplomas expedidos e pelo fato de haver sido i n s t i t u í d a a r e p r e s e n t a ç ã o profissional pelo Código Eleitoral (art. 142).

DECRETO N . 22.696 — DE 11 DE MAIO DE 1933 Aprova as instruções para a execução do decreto n. 22.653,

de 20 de abril de 1933, que fixa o número e estabelece o modo de escolha dos representantes de associações pro- fissionais que participarão da Assembléa Nacional Cons-

tituinte

O Chefe do Governo Provisório da Republica dos Es- tados Unidos do Brasil, usando das atribuições que lhe con- fere o art. Io do decreto n. 19.398, de 11 de novembro de 1930, resolve:

Artigo único. Ficam aprovadas, para a execução do de- creto n. 22.653, de 20 de abril do corrente ano, as instru- ções que a este acompanham, assinadas pelos ministros de Estado dos Negócios do Trabalho, Indústria e Comércio e da Justiça e Negócios Interiores; revogadas as disposições em contrário.

Rio de Janeiro, 11 de maio de 1933, 112° da Indepen- dência e 45° da Republica.

G E T U L I O V A R G A S .

Joaquim Pedro Salgado Filho.

Francisco Antunes Maciel.

Instruções a que se refere o decreto n. 22.696, de 11 de maio de 1933, para a execução do de n. 22.653, de 20 de abril de 1933, que fixa o n ú m e r o e estabelece o modo de es- colha dos representantes de associações profissionais que participarão da A s s e m b l é a Nacional Constituinte

D A E L E I Ç Ã O DOS D E L E G A D O S - E L E I T O R E S

Art. 1.° Os sindicatos reconhecidos até o dia 20 de maio do corrente ano, de acordo com a legislação em vigor, e as associações de profissões liberais e dos funcionários públicos, que estiverem legalmente organizadas até a mesma £ data, elegerão em suas sedes, até o dia 30 de junho próximo futuro, os seus delegados, com a missão especial de virem ao Rio de Janeiro, Capital da Republica, eleger, na fôrma .destas instruções, os quarenta representantes das associações

profissionais na Assembléa Nacional Constituinte.

Parágrafo único. A eleição dos representantes das as- sociações profissionais, de que trata este artigo, — empre- gadores, empregados, profissões liberais e funcionários pú-

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blicos -—, será realizada nesta Capital, no Palácio Tiradentes, ás 12 horas, respectivamente, nos dias 20, 25 e 30 de julho e 3 de agosto vindouros.

Art. 2.° Em cada sindicato ou associação, a eleição dos delegados-eleitores se realizará em assembléa geral e dentro das normas e de acordo com as disposições estabelecidas nos respectivos estatutos para a eleição da diretoria, cabendo a cada sindicato ou associação eleger um só clelegado-eleitor.

Parágrafo único. No mesmo dia em que se realizar a eleição, a diretoria do sindicato ou associação comunicará, por telegrama, o nome do eleito ao ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, sem prejuizo da remessa imediata ao mesmo titular, da cópia da áta devidamente autenticada.

Art. 3.° Os delegados-eleitores deverão estar no Rio de Janeiro, Capital da Republica, pelo menos, oito dias antes da data marcada para a eleição dos representantes e deverão trazer todos os documentos que possam elucidar o estudo e o reconhecimento de seus poderes de delegado-eleitor, in- clusive prova de que esteja ha mais de dois anos no exer- cício da respectiva profissão, cópia da áta da reunião em que tiverem sido eleitos e um exemplar dos estatutos do respectivo sindicato ou associação, tudo autenticado pelas respectivas diretorias.

Art. 4.° No caso de duplicata de eleitos, em que se torne difícil declarar qual seja o devida e legalmente esco- lhido, o ministro do Trabalho, Indústria e Comércio po- derá declarar sem efeito a eleição, determinando novo pleito, si para isto houver tempo.

Parágrafo único. Do mesmo modo se procederá sem- pre que o referido ministro verificar não estar o delegado apresentado nas condições legais ou, por qualquer outro mandato.

motivo, não se achar devidamente habilitado ao exercicio do Art. 5.° Só poderão ser eleitos delegados-eleitores os membros efetivos das associações ou dos sindicatos legal- mente reconhecidos.

.Art. 6.° Cinco dias, pelo menos, antes da eleição dos representantes o ministro do Trabalho, Indústria e Comér- cio mandará publicar no Diário Oficial a lista dos delegados- eleitores de todos os grupos, cujos poderes tenham sido reconhecidos na fôrma prescrita nestas instruções.

DA E L E I Ç Ã O DOS R E P R E S E N T A N T E S

Art. 7° A eleição dos representantes será feita em quatro sessões, sob a presidência do ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, servindo de secretários dois delegados- eleitores por êle convidados na sessão, ou anteriormente, os quais conservarão o direito de voto.

Art. 8.° Aos secretários caberá, de acordo com deter- minação do presidente, proceder á chamada dos delegados votantes pela lista que houver sido remetida pelo ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, acompanhar a votação, abrir, lêr e apurar as cédulas e lavrar a respectiva ata.

Art. 9." Caberá ao presidente declarar o resultado da eleição, indicar o número de votos obtidos pelos diversos candidatos e proclamar os eleitos, bem como os respectivos suplentes.

Art. 10. As eleições serão realizadas com a presença de metade e mais um dos delegados-eleitores de cada grupo, desde que tenham os seus poderes devidamente reconhecidos pelo citado ministro.

Art. 11. Na primeira sessão, tomarão parte, para esco- lher os respectivos representantes, os delegados-eleitores do grupo dos empregados, cabendo-lhes eleger dezoito repre- sentantes ; na segunda, tomarão parte os delegados dos em-

pregadores, cabendo-lhes eleger dezessete representantes; na terceira, tomarão parte os delegados das associações de funcionários públicos para eleger dois representantes; e, fi- nalmente, na quarta sessão, tomarão parte os delegados das associações de profissões liberais, para eleger três represen- tantes.

Parágrafo único. Não poderá ser eleito representante de associações profissionais para a AssemMéa Nacional Constituinte, na fôrma prescrita por este artigo, mais de um membro de cada organização sindical ou profissional.

Art. 12. O método da eleição será o de escrutínio se- creto.

§ 1.° Na primeira eleição, dos dezoito representantes dos empregados, cada cédula deverá conter vinte e sete nomes; na segunda, dos dezessete representantes dos em- pregadores, cada cédula deverá conter vinte e seis nomes;

na terceira, dos dois representantes das associações dos fun- cionários públicos, cada cédula deverá conter três nomes;

e, finalmente, na quarta, quando devem ser eleitos os três representantes das associações de profissionais liberais, cada cédula conterá cinco nomes.

§ 2.° Serão considerados eleitos os que obtiverem a maioria absoluta dos sufrágios, ou seja metade e mais um da totalidade dos votos validos manifestados.

§ 3.° Si todos, algum, ou alguns dos votados, não obti- verem maioria absoluta, realizar-se-á segundo escrutínio, pelo mesmo método, no qual só poderão ser sufragados os nomes dos mais votados dentro do total que corresponda ao duplo dos lugares a preencher.

§ 4.° Neste escrutínio, serão considerados eleitos os que obtiverem maioria relativa de votos; e, em caso de em- pate, o presidente, colocando dentro da urna duas cédulas contendo uma o nome de um dos candidatos e a outra o do outro, convidará um deiegado-eleitor, que não fizer parte da mesa, a retirar da urna uma delas, proclamando-se eleito o candidato cujo nome figurar na cédula retirada. ,

§ 5.° Si houver segundo escrutínio, para o total dos re- presentantes ou parte deles, serão proclamados suplentes dos representantes do grupo dos empregados os nove candidatos ' imediatos, em votos, aos proclamados eleitos; serão suplen-

tes dos representantes dos empregadores os nove imediata- mente sufragados após os eleitos deste grupo; serão suplen- tes dos dois representantes das associações dos funcionários públicos os dois que se seguirem a estes na ordem da vota- ção; e, finalmente, serão suplentes dos representantes das associações de profissionais liberais os dois mais votados em

seguida aos eleitos do mesmo grupo.

§ 6.° Si não houver segundo escrutínio, serão procla- mados suplentes os que tiverem obtido no primeiro maiores votações, de acordo com o parágrafo anterior; e, em caso de empate, a sorte decidirá, procedendo-se de conformidade com o disposto no § 4o deste artigo.

Art. 13. Nas sessões da eleição dos representantes não serão admitidos debates, sendo, porém, licito a qualquer de- legado usar da palavra pela ordem para prestar ou solicitar esclarecimentos, ou fazer comunicações ou declarações, desde que a sua permanência na tribuna não exceda de cinco mi- nutos.

Art. 14. Todas as questões de ordem serão resolvidas pelo presidente, sendo-lhe, porém, reservado o direito de submeter os casos ocorrentes á deliberação da assembléa.

Art. 15. De cada uma das sessões em que se tiver realizado a eleição dos representantes, o secretário, desi- gnado pelo presidente, lavrará ata minuciosa, a qual, assi- nada pela mesa, será remetida, com urgência, ao Tribunal Superior de Justiça Eleitoral, onde será arquivada.

(4)

2116 Sábado 27 BOLETIM ELEITORAL Maio de 1933

DOS D I P L O M A S

Art. 16. A cada um dos representantes eleitos na fôr- ma prescrita por estas instruções será entregue, pessoal- mente ou a seu procurador, uma cópia da ata da respectiva eleição, devidamente autenticada, para lhe servir de diploma na Assembléa Nacional Constituinte.

§ 1.° Recebido esse documento, o seu portador levá-lo-á, no mesmo dia ou no seguinte, ao registo do Tribunal Supe- rior de Justiça Eleitoral e, realizada essa formalidade, será o diplomado considerado' representante eleito á Assembléa

Nacional Constituinte e, como tal, terá direito a todas as garantias e vantagens que a lei estabelece.

§ 2." Esse registo não impedirá ao Tribunal receber e julgar qualquer recurso que lhe seja presente sobre a eleição, dentro do prazo máximo de cinco dias, a contar da data da mesma eleição, para manter ou anular o diploma.

Art. 17. Enquanto o diploma não fôr anulado produ- zirá todos os efeitos legais e dará ao seu portador os direitos estabelecidos no Regimento Interno da Assembléa Nacional Constituinte.

Parágrafo único. Em caso de vaga, será chamado a ocupar a cadeira, na Assembléa Nacional Constituinte, o suplente mais votado do grupo a que pertencer a mesma cadeira.

DOS R E P R E S E N T A N T E S

Art. 18. Só poderão ser eleitos representantes profis- sionais á Assembléa Nacional • Constituinte, ou seus suplen- tes, brasileiros maiores de 25 anos de idade, sem distinção de sexo, que saibam lêr e escrever, estejam na posse dos di- reitos civis e politicos, respeitadas as demais condições de capacidade estabelecidas pela legislação em vigor, e venham

exercendo a respectiva profissão ha mais de dois anos.

Parágrafo único. A prova de exercício da profissão poderá ser feita com atestado passado por autoridade judi- ciaria ou policial do lugar onde trabalhar ou fôr estabelecido

•o eleito ou pelo dono ou diretor da empresa, repartição, ofi- cina ou qualquer outra corporação em que esteja trabalhando, ha mais de dois anos, o mesmo interessado, devidamente re- conhecida a firma do atestador.

Art. 19. O ministro do Trabalho, Indústria e Comér- cio designará, dentre os funcionários efetivos do respectivo Ministério, os auxiliares que forem necessários á execução dos serviços preliminares e finais das eleições dos represen- tantes profissionais a que aludem estas instruções, podendo também solicitá-los de outros Ministérios, sem perda de seus vencimentos.

Art. 20. Mediante solicitação de cada grupo de elei- tores de que tratam estas instruções, o ministro do Traba- lho, Indústria e Comércio poderá consentir realizem os inte- ressados, em local indicado pelo mesmo ministro, nesta Ca- pital, uma reunião preparatória para a eleição de seus re- presentantes. Nesta reunião servirá a mesa escolhida pelos interessados.

Art. 21. Os delitos cometidos em qualquer das fases do processo eleitoral para a escolha dos representantes pro- fissionais, quer em relação á eleição destes, quer em relação á dos delegados-eleitores, serão processados e punidos, de acordo com o que dispõe o Código Eleitoral (decreto nú- mero 21.076, de 26 de fevereiro de 1932), em tudo que lhes

fôr aplicável.

Rio de Janeiro, 11 de maio de 1933. — Joaquim Pedro Salgado Filho. — Francisco Antunes Maciel.

T R I B U N A L S U P E R I O R D E J U S T I Ç A E L E I T O R A L

ATAS

31* SESSÃO ORDINÁRIA, E M 20 D E A B R I L D E 1933 PRESIDÊNCIA DO S R . MINISTRO HERMENEGILDO DE BARROS, P R E -

SIDENTE

1) Abertura da s e s s ã o ; 2) Leitura e aprova- ç ã o da ata da s e s s ã o anterior; 3) P u b l i c a ç ã o dos a c ó r d ã o s referentes aos processos ns. 22 e 23 (re- cursos, 366 — 3" julgamento — . 408, 410, 412, 415 e 416; 4) Julgamento do processo n. 356 — R i r Grande do Sul — sobre a a v u l s ã o do juiz D r . J o s é Alsina Lemos; 5) Julgamento do processo n. 385

— Registro do Partido Trabalhista do Brasil;

6) Julgamento do processo n. 382 — R , G . do Norte — sfibre o despacho de i n s c r i ç õ e s entradas nos c a r t ó r i o s dos juizes preparadores a t é o dia 7 de abril, mas recebidas nos juizos eleitorais de- pois do prazo para despacho; 7) Julgamento do processo n. 214 — Registro do Partido Social Re- publicano de Goiaz; 8) Julgamento do processo n. 392 — Registro do Partido D e m o c r á t i c o So- cialista; 9) Julgamento do processo n. 397 — so- bre a s u b s t i t u i ç ã o de um juiz do T . R . do M a - r a n h ã o ; 10) Julgamento do processo n. 411 — Diversas q u e s t õ e s levantadas pela Secretaria do Tribunal Superior relativas á s c é d u l a s e â sua a p u r a ç ã o ; 11) Julgamento do processo n. 413 — sobre a n o m e a ç ã o de um juiz do T . R . para o cargo de desembargador do Tribunal de J u s t i ç a Local; 12) Julgamento do processo numero 384 — Registro do Partido Nacional F l u - minense; 13) Julgamento do processo n. 417 — Registro do Partido Republicano Federal do P a r á ; 14) Julgamento do processo n. 425 — sOBre a au- toridade competente para ordenar o registro dos candidatos; 15) Julgamento do processo n. 418 — sobre a e x i g ê n c i a de ter mais de quatro anos de cidadania, para elegibilidade; 1C) Julgamento do processo n. 403 — sobre a remessa da lista dos inscritos e dos processos de i n s c r i ç ã o ; 17) Convo- c a ç ã o de uma s e s s ã o e x t r a o r d i n á r i a ; 18) Encerra- mento da s e s s ã o .

A's nove horas, presentes os j u i z e s : m i n i s t r o s E d u a r d o E s p i n o l a , desembargadores J o s é L i n h a r e s e Renato Tavares, doutores Affonso P e n n a J ú n i o r , M o n t e i r o de Sales e M i r a n d a V a l v e r d e , tendo deixado de comparecer o S r . C a r v a l h o M o u - r ã o , c o m causa j u s t i f i c a d a , abre-se a s e s s ã o . E ' l i d a e a p r o - v a d a sem debate, a ata da s e s s ã o a n t e r i o r . S ã o publicados os a c ó r d ã o s referentes aos processos n s . 22 o 23 (recursos), 366, 408, 410, 412, 445 e 416. O S R . EDUARDO ESPINOLA" a p r e - senta a j u l g a m e n t o o processo n . 356, adiado da s e s s ã o a n - t e r i o r , e v o t a de acordo c o m o r e l a t o r . O T r i b u n a l , u n a n i - memente, resolve que o ato do i n t e r v e n t o r é inoperante no tocante á t r a n s f e r e n c i a do j u i z e l e i t o r a l de Santa V i t o r i a dos P a l m a r e s p a r a G a n g u s s ú , e que, portanto, o j u i z t r a n s - ferido c o n t i n u a j u i z e l e i t o r a l de Santa V i t o r i a dos P a l m a r e s . O SR. JOSÉ L I N H A R E S r e l a t a o processo n . 385 (registro do P a r - tido T r a b a l h i s t a do B r a s i l ) , de que p e d i r a v i s t a , e vota no sen- tido de ser registrado o p a r t i d o p o r ter satisfeito á s e x i g ê n c i a s legais. C o m esse voto concorda o relator, em a t e n ç ã o á j u r i s - p r u d ê n c i a do T r i b u n a l , e é registrado o P a r t i d o u n a n i m e m e n - te. O SR. R E N A T O T A V A R E S r e l a t a o processo n . 382 (do R i o G r a n d e do Norte, sobre despacho de i n s c r i ç ã o entrados nos c a r t ó r i o s dos juizes p r e p a r a d o r e s a t é o d i a 7, mas chegados aos c a r t ó r i o s dos j u i z e s eleitorais depois do prazo p a r a des- pacho, e sobre remessa dos nomes dos i n s c r i t o s ) , e vota, quanto á p r i m e i r a parte, que os j u i z e s eleitorais n ã o podem despachar processos de i n s c r i ç ã o depois do prazo do encer- r a m e n t o do alistamento, e m b o r a entrados a t é o d i a 7 de a b r i l ; e quanto á segunda, que ao e s c r i v ã o do J u i z o E l e i t o r a l é que i n c u m b e c o m u n i c a r o n ú m e r o exato dos eleitores i n s - critos, p o r q u e : — a) só no c a r t ó r i o do j u i z eleitoral pode se saber o n ú m e r o exato dos eleitores i n s c r i t o s ; e, 6) p o r - que tendo o e s c r i v ã o de o r g a n i z a r u m a lista, p a r a a f i x a r na p o r t a do c a r t ó r i o , fácil lhe s e r á t i r a r u m a copia p a r a e n v i a r ao T r i b u n a l . O voto do r e l a t o r é aceito u n a n i m e m e n t e . O S R . MIRANDA V A L V E R D E r e l a t a o processo n . 214 (registro do P a r t i d o S o c i a l R e p u b l i c a n o de Goiaz, que h a v i a sido c o n v e r - tido e m d i l i g e n c i a ) , e vota no sentido de que n ã o h a mais necessidade do r e g i s t r o no T r i b u n a l S u p e r i o r , de vez que o p a r t i d o e s t á r e g i s t r a d o no T r i b u n a l Regional e é regional o seu â m b i t o de a ç ã o , conforme declara em sua p e t i ç ã o , devendo ser a r q u i v a d o o r e q u e r i m e n t o , consoante á d e c i s ã o adotada, u l t i m a m e n t e , como m e d i d a de ordem g e r a l . E ' o

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voto do r e l a t o r aceito u n a n i m e m e n t e . O S n . MONTEIRO DE S A L E S r e l a t a o processo n . 392 (registro do P a r t i d o D e m o - c r á t i c o S o c i a l i s t a ) , e v o t a no sentido de ser r e g i s t r a d o o p a r - tido, em o b e d i ê n c i a á j u r i s p r u d ê n c i a do T r i b u n a l . O voto do r e l a t o r f o i u n a n i m e m e n t e a c e i t o . O S R . Á F F O N S O P E N N A JÚNIOR relata o processo n . 397 (do M a r a n h ã o , sobre a subs- t i t u i ç ã o de u m j u i z do T r i b u n a l R e g i o n a l ) , e v o t a no sentido de que ao presidente compete convocar q u a l q u e r u m dos substitutos, devendo, apenas, p r o c u r a r e v i t a r que o j u i z c o n - vocado tenha i n c o m p a t i b i l i d a d e de f u n c i o n a r j u n t a m e n t e com a l g u m dos j u i z e s e f e t i v o s . O voto do r e l a t o r ó u n a n i - memente aceito. O mesmo j u i z r e l a t a o processo n . 411 (da Secretaria, sobre diversas q u e s t õ e s r e l a t i v a s á s c é d u l a s e

sua a p u r a ç ã o ) , e vota, quanto á p r i m e i r a , que devem ser reconhecidas as f i r m a s dos c e m eleitores que pedem o r e - gistro de u m a l i s t a de candidatos, e que esses cem eleitores devem declarar, a l é m do nome, onde s ã o eleitores e o n ú - mero de sua i n s c r i ç ã o ; quanto á segunda, que a legenda é de l i v r e escolha dos partidos, a l i a n ç a de p a r t i d o s ou g r u p o de cem eleitores, sem l i m i t a ç ã o do n ú m e r o de p a l a v r a s ; quanto á t e r c e i r a q u e s t ã o , que a l i s t a r e g i s t r a d a pode c o n - ter n ú m e r o menor de candidatos do que o de representantes a eleger; quanto á quarta, que a l i s t a r e g i s t r a d a p o r u m grupo de c e m eleitores goza de todas as vantagens das listas registradas por p a r t i d o s ou a l i a n ç a s de p a r t i d o s ; quanto á quinta, que a legenda s ó se p r e s s u p õ e i n d i c a r os candidatos da l i s t a r e g i s t r a d a no caso de i n d i c a r a l g u m nome dessa lista, n ã o i n d i c a r nome n e n h u m ou n ú m e r o menor dos que os registrados por essa l i s t a ; quanto ao 0°, que n ã o podem f i - g u r a r duas legendas n a m e s m a c é d u l a ; quanto ao 7O, que contendo a c é d u l a , com legenda nome estranho, mesmo que esse candidato seja i n e l e g í v e l , s e r á considerada inexistente a legenda; quanto á o i t a v a q u e s t ã o , que s ó pode haver n a c é d u l a dez nomes diferentes, podendo-se r e p e t i r o p r i m e i r o nome da mesma c é d u l a ; quanto ao 9O i t e m , que contendo uma c é d u l a sob' legenda menor n ú m e r o de candidatos sob essa legenda, considera-se votado em p r i m e i r o t u r n o o p r i - m e i r o nome da c é d u l a e em segunda toda a l i s t a r e g i s t r a d a sob essa legenda; quanto á d é c i m a e ú l t i m a consulta, que a colocação da legenda em l u g a r diferente do alto da c é d u l a , n ã o anula esta, e m b o r a seja de toda c o n v e n i ê n c i a a s u a colocação no alto da c é d u l a . Todas as c o n c l u s õ e s do r e l a t o r s ã o aceitas u n a n i m e m e n t e . O S R . MONTEIRO DE S A L E S r e l a t a o p/ocesso n . 413 (de Santa C a t a r i n a , sobre s i u m m e m b r o do T r i b u n a l Regional nomeado desembargador perde o cargo no T r i b u n a l R e g i o n a l ) , e v o t a no sentido de que, sendo esse j u i z nomeado p a r a o T r i b u n a l Regional, quando e x e r c i a o cargo do p r o c u r a d o r g e r a l do Estado,, cargo d e m i s s i v e l ad nutum, é n u l a a sua i n v e s t i d u r a como m e m b r o do T r i b u n a l Regional, independentemente do fato de ter sido nomeado desembargador. O T r i b u n a l resolve que, havendo u m a r a z ã o de d e c i d i r o u t r a que n ã o a d e c l a r a ç ã o da n u l i d a d e da i n v e s - t i d u r a , que n ã o f o i objeto da consulta, deve ser declarado que o m e m b r o do T r i b u n a l Regional que e x e r c i a o cargo por n o m e a ç ã o do Governo, n ã o pode c o n t i n u a r nesse cargo si é nomeado desembargador, porque como t a l só pode p e r - tencer ao T r i b u n a l Regional p o r ter sido sorteado, c o n t r a o voto do r e l a t o r . E ' designado p a r a l a v r a r o a c ó r d ã o o se- n h o r E d u a r d o E s p i n o l a . O S R . MIRANDA V A L V E R D E r e l a t a o processo n . 384 (registro do P a r t i d o N a c i o n a l F l u m i n e n s e ) , - e v o t a pelo r e g i s t r o do p a r t i d o , por ter satisfeito á s e x i -

g ê n c i a s l e g a i s . O voto do r e l a t o r é aceito u n a n i m e m e n t e . O S R . RENATO T A V A R E S r e l a t a o processo n . 417 ( r e g i s t r o do P a r t i d o R e p u b l i c a n o F e d e r a l , do P a r á ) , e v o t a no sentido de ser registrado o p a r t i d o , que satisfez ás e x i g ê n c i a s legais.

E ' o voto do r e l a t o r u n a n i m e m e n t e a c e i t o . O S R . A F F O N S O P E N N A JÚNIOR relata o processo n . 425 (da P a r a í b a , sobre a quem compete o r e g i s t r o dos c a n d i d a t o s ) , e v o t a no s e n - tido de que aos presidentes dos T r i b u n a i s Regionais compete o registro dos candidatos, mas que s ã o v a l i d o s os registros j á feitos pelos T r i b u n a i s R e g i o n a i s . O voto do r e l a t o r é aceito u n a n i m e m e n t e . O S R . MIRANDA V A L V E R D E r e l a t a o processo n . 418 (da Secretaria, sobre a e x i g ê n c i a dos q u a t r o anos de c i d a d a n i a ) , e d e c i d i d a a p r e l i m i n a r de se conhecer das consultas feitas p e l a S e c r e t a r i a , v o t a no sentido de que a e x i g ê n c i a dos quatro anos de c i d a d a n i a p a r a a e l e g i b i l i - dade do candidato só pode ser feita p a r a os n a t u r a l i z a d o s , pois os b r a s i l e i r o s s ã o c i d a d ã o s desde que n a s c e r a m . E ' aceito u n a n i m e m e n t e o voto do r e l a t o r . O S R . RENATO T A - vares r e l a t a o processo n . 403 (do D i s t r i t o F e d e r a l , r e p r e - s e n t a ç ã o dos j u i z e s eleitorais sobre remessa da l i s t a dos inscritos e dos processos de i n s c r i ç ã o ) , e v o t a no sentido de ser considerada p r e j u d i c a d a a m a t é r i a da r e p r e s e n t a ç ã o , p o r j á se terem esotados os prazos de p r o p o s t a s . E ' aceito o

voto do r e l a t o r u n a n i m e m e n t e . O S R . A F F O N S O P E N N A J Ú - NIOR, pedindo a p a l a v r a p e l a ordem, p r o p õ e a c o n v o c a ç ã o de uma s e s s ã o e x t r a o r d i n á r i a . O S r . presidente convoca os senhores j u i z e s p a r a u m a s e s s ã o no p r ó x i m o s á b a d o , d i a 22,

ás nove horas, e d e c l a r a encerrada a s e s s ã o . L e v a n t a - s e a s e s s ã o ás onze horas e dez m i n u t o s .

2* SESSÃO E X T R A O R D I N Á R I A , E M 22 D E A B R I L D E 1933 /PRESIDÊNCIA DO SR. MINISTRO H E R M E N E G I L D O DE BARROS, P R E -

SIDENTE

1) Abertura da s e s s ã o ; 2) Leitura e aprova- ção da ata da s e s s ã o anterior; 3) P u b l i c a ç ã o dos a c ó r d ã o s referentes aos processos ns. 21.4 (2o j u l - gamento), 356, 382, 384, 385, 392, 397, 403, 411, 417, 418 e 425; 4) Julgamento do processo n. 378

— sobre a o r g a n i z a ç ã o de mesas receptoras pelos Tribunais Regionais; 5) Julgamento do processo n. 328 — sobre o alistamento dos associados da F e d e r a ç ã o dos M a r í t i m o s ; 6) Julgamento dos pro- cessos ns. 424 e 418 — Secretaria e E1. Santo — sobre a o r g a n i z a ç ã o das mesas receptoras; 7) J u l - gamento do processo n. 423 •—• sobre si o juiz do T . R . p ô d e fazer parte de fiiretorio de um partido p o l í t i c o e sobre a incompatibilidade en- tre o e x e r c í c i o de juiz efetivo na a p u r a ç ã o de elei- ção de seu cunhado ou i r m ã o ; 8) Julgamento do processo n. 401 :— Santa Catarina — sobre a in- compatibilidade do Sr. Henrique Rupp J ú n i o r ; 9) Julgamento do processo n. 421 — C e a r á — sobre a remessa da lista dos eleitores da s e c ç ã o e sobre a d i s t r i b u i ç ã o dos eleitores dos distritos de menos de 30 eleitores; 10) Julgamento do pro- cesso n. 431 — Registro do Partido Republicano Paranaense; 11) Julgamento do processo 430

— sobre o registro do Partido Trabalhista A m a - zonense (convertido em diligencia); 12) Julgamen- to do processo n. 335 — Distrito Federal — so- bre a r e v i s ã o do Almanaque da Policia Militar, para a e x c l u s ã o de oficiais que n ã o s ã o brasi- leiros e foram qualificados "ex-oficio" 13) Julga- mento do processo n. 383 — Espirito Santo — sobre i n s c r i ç õ e s eleitorais, com uma ú n i c a im- p r e s s ã o digital; 14) Julgamento do processo nu- mero 387 — sobre g r a t i f i c a ç ã o ao juiz eleitoral, por exercer, t a m b é m , f u n ç õ e s de juiz preparador;

15) Julgamento do processo n. 370 — Sergipe — sobre d e s i g n a ç ã o de juizes aposentados ou em dis- ponibilidade para auxiliarem os juizes eleitorais;

. 16) Julgamento do processo n. 377 — Acre — so- bre os prazos a que se referem os arts. 62 e 65 do C ó d i g o Eleitoral; 17) Julgamento do processo n. 404 — Distrito Federal •— sobre remessa de lista de inscritos; 18) Julgamento do processo nu- mero 426 — Acre — sobre remessa das urnas para a a p u r a ç ã o , por via terrestre e n ã o fluvial; 19) J u l - gamento do processo n. 296 — 2o julgamento — sobre a q u a l i f i c a ç ã o "ex-officio" dos contabilis- tas; 20) Julgamento do processo n. 427 — M i - nas Gerais — sObre se a n o m e a ç ã o de um juiz substituto para efetivo, determina a o r g a n i z a ç ã o de nova lista; 21) Proposta do Sr. Renato T a - vares para c o m u n i c a ç ã o telegrafica, diretamen- te, aos juizes eleitorais do Acre, deante da exi- guida.de do prazo, para o r g a n i z a ç ã o das mesas receptoras; 22) Proposta do Sr. Affonso Penna J ú n i o r a respeito de c é d u l a s mimeografadas e manuscritas; com nomes riscados; 23) Pronun- ciamento do T . S. sobre a r e m u n e r a ç ã o de ses- s õ e s e x t r a o r d i n á r i a s ; 24) Encerramento da s e s s ã o . A's nove horas, presentes os j u i z e s : m i n i s t r o s E d u a r d o E s p i n o l a e C a r v a l h o M o u r ã o , desembargadores J o s é L i n h a r e s e Renato T a v a r e s , doutores Affonso P e n n a J ú n i o r , Monteiro

de Sales e M i r a n d a V a l v e r d e , abre-se a s e s s ã o . E ' l i d a e, sem debate, a p r o v a d a a ata da s e s s ã o a n t e r i o r . S ã o P u b l i - cados os a c ó r d ã o s referentes aos processos n s . 2 1 4 — 2 ° j u l - gamento — 356, 382, 385, 392, 397, 403, 411, 417, 418 e 4 2 5 . O S R . MONTEIRO D E S A L E S r e l a t a o processo n . 378 (de M i n a s Gerais, sobre o r g a n i z a ç ã o das Mesas Receptoras pelo T r i b u - nal R e g i o n a l ) , e v o t a no sentido de ser considerada p r e j u - dicada a consulta, em v i r t u d e do n ã o mais pertencer aos T r i b u n a i s Regionais a o r g a n i z a ç ã o das Mesas Receptoras, conforme as i n s t r u ç õ e s aprovadas pelo decreto n . 2 2 . 6 2 7 . O T r i b u n a l , unanimemente, j u l g a p r e j u d i c a d a a c o n s u l t a . O S R . MIRANDA V A L V E R D E r e l a t a o processo n . 328 (do D i s - t r i t o F e d e r a l , sobre a r e p r e s e n t a ç ã o da F e d e r a ç ã o dos M a r í - timos a respeito do alistamento de seus associados), e v o l a no sentido de ser a consulta j u l g a d a p r e j u d i c a d a por estar encerrado o a l i s t a m e n t o . O T r i b u n a l j u l g a p r e j u d i c a d a a c o n s u l t a , u n a n i m e m e n t e . O S R . R E N A T O T A V A R E S r e l a t a o processo, n . 424 (da S e c r e t a r i a , sobre a o r g a n i z a ç ã o das Mesas Receptoras), e v o t a no sentido do q u e : 1°, n ã o s ã o v a l i d a s as e l e i ç õ e s realizadas perante Mesas Receptoras o r - ganizadas de modo diferente do indicado na l e i , e, portanto, n ã o podem os T r i b u n a i s Regionais o r g a n i z a r Mesas R e c e p -

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BOLETIM ELEITORAL Maio de 1933

toras, quando o decreto que a p r o v o u as I n s t r u ç õ e s t r a n s f e r i u essa a t r i b u i ç ã o p a r a os j u i z e s e l e i t o r a i s ; 2O, as Mesas R e c e p - toras s ã o organizadas pelos j u i z e s eleitorais, e n ã o pelos juizes preparadores; 3O, o substituto do j u i z e l e i t o r a l que n ã o fôr v i t a l i c i o n ã o pode d i v i d i r a r e s p e c t i v a zona em secções eleitorais, nem n o m e a r os presidentes e suplentes das Mesas Receptoras, cabendo essas a t r i b u i ç õ e s ao j u i z e l e i -

toral v i t a l i c i o da zona m a i s p r ó x i m a . S ã o aceitas as tres c o n c l u s õ e s do r e l a t o r u n a n i m e m e n t e . Teve a m e s m a d e c i s ã o da t e r c e i r a c o n c l u s ã o a c o n s u l t a n . 418, do E s p i r i t o Santo, relatada pelo S r . Affonso P e n n a J ú n i o r . O S R . JOSÉ L I N H A - RES relata o processo n . 423 (do M a r a n h ã o , sobre s i j u i z substituto que é m e m b r o de u m d i r e t ó r i o p o l i t i c o e e s t á substituindo j u i z efetivo pode fazer p a r t e de t u r m a a p u r a - dora, e s i ha i n c o m p a t i b i l i d a d e entre o e x e r c i c i o do j u i z efetivo na a p u r a ç ã o da e l e i ç ã o de u m cunhado ou i r m ã o ) , e vota no sentido de se responder negativamente as duas perguntas. O T r i b u n a l , c o n t r a o voto do relator, resolve que um j u i z substituto n ã o pode f u n c i o n a r como j u i z do T r i b u n a l Regional se fôr m e m b r o de d i r e t ó r i o p o l i t i c o , e que j u i z efetivo n ã o pode t o m a r parte n a a p u r a ç ã o da e l e i ç ã o de ÍOU i r m ã o ou c u n h a d o . E ' designado o S r . E d u a r d o E s p i n o l a p a r a l a v r a r o a c ó r d ã o . O S n . CARVALHO MOURÃO r e l a t a o processo n . 401 (de Santa C a t a r i n a , sobre a i n c o m p a t i b i l i - dade do S r . H e n r i q u e R u p p J ú n i o r p a r a as p r ó x i m a s e l e i - ç õ e s ) , e vota no sentido de que o . S r . H e n r i q u e R u p p J ú n i o r , como j u i z substituto do T r i b u n a l Regional de Santa C a t a r i n a n ã o é i n c o m p a t í v e l , pois n ã o chegou a exercer o cargo, n a forma do recente decreto de 13 d ó corrente, sendo, assim, elegivel. O voto do r e l a t o r é u n a n i m e m e n t e aceito. O SENHOR EDUARDO ESPINOLA relata o processo n . 421 (do C e a r á , sobre remessa da lista dos eleitores da s e c ç ã o e n ã o da zona, e sobro d i s t r i b u i ç ã o dos eleitores dos d i s t r i t o s de menos de 50 eleitores), e v o t a no sentido de que as I n s t r u ç õ e s aprovadas pelo decreto n . 2 2 . 6 2 7 , m a n d a m o j u i z remeter a l i s t a dos

"- eleitores da zona, porque em u m a s e c ç ã o podem v o t a r os e l e i - tores de q u a l q u e r s e c ç ã o da zona que n ã o se r e u n i r ; e que os eleitores dos d i s t r i t o s de menos de 50 eleitores devem votar n a s e c ç ã o mais p r ó x i m a ou que m e l h o r consulte os seus interesses. A s c o n c l u s õ e s do r e l a t o r s ã o u n a n i m e m e n t e aceitas pelo T r i b u n a l . O S R . RENATO T A V A R E S r e l a t a o p r o - cesso n . 431 (registro do P a r t i d o R e p u b l i c a n o P a r a n a e n s e ) ,

e v o t a no sentido de ser registrado esse p a r t i d o p o r ter satisfeito á s e x i g ê n c i a s legais e ter sido registrado no T r i - b u n a l Regional antes da c i r c u l a r de 24 de m a r ç o ú l t i m o . W o voto do r e l a t o r u n a n i m e m e n t e a c e i t o . O S n . JOSÉ L I - NHARES relata o processo n . 430 (registro do P a r t i d o T r a - balhista Amazonense), e v o t a no sentido de ser o j u l g a - mento convertido em d i l i g e n c i a p a r a que seja j u n t o o p r o g r a m a do P a r t i d o , c declraado q u a l o seu â m b i t o de a ç ã o . E ' convertido o j u l g a m e n t o em d i l i g e n c i a , u n a n i m e - m e n t e . O S R . MIRANDA V A L V E R D E r e l a t a o processo n . 335

(do D i s t r i t o F e d e r a l , sobre a r e v i s ã o do A l m a n a q u e da B r i - gada P o l i c i a l , p a r a a e x c l u s ã o de oficiais que n ã o s ã o b r a - sileiros, c que f o r a m qualificados " e x - o f f i c i o " ) , e v o t a no sentido de n ã o se conhecer da consulta por n ã o ser da c o m - p e t ê n c i a do T r i b u n a l o objeto da m e s m a . O T r i b u n a l , u n a - nimemente, n ã o toma conhecimento da c o n s u l t a . O SENHOR A F F O N S O P E N N A JÚNIOR r e l a t a o processo n . 383 (do E s p i r i t o Santo, sobre i n s c r i ç õ e s com u m a ú n i c a i m p r e s s ã o d i g i t a l ) , e vota no sentido de ser a consulta considerada p r e j u d i c a d a , por j á estar encerrado desde 10 do corrente o a l i s t a m e n t o . O T r i b u n a l j u l g a p r e j u d i c a d a a consulta, u n a n i m e m e n t e . O S R . CARVALHO MOURÃO r e l a t a o processo n. 387 (de S. P a u l o , sobre g r a t i f i c a ç ã o do j u i z e l e i t o r a l por exercer t a m b é m f u n - ções de j u i z p r e p a r a d o r ) , e v o t a no sentido de que o j u i z eleitoral n ã o tem d i r e i t o a o u t r a g r a t i f i c a ç ã o , a l é m da sua, fixada no a r t . 32 do Código E l e i t o r a l , quando exerce f u n - ções que lhe s ã o p r ó p r i a s , despachando processos enviados pelos j u i z e s p r e p a r a d o r e s . E ' o voto do r e l a t o r u n a n i m e - mente aceito. O S R . MIRANDA V A L V E R D E r e l a t a o processo n . 370 (de Sergipe, sobre d e s i g n a ç ã o de j u i z e s aposentados ou em d i s p o n i b i l i d a d e , estes exercendo c o m i s s ã o do Governo, para a u x i l i a r e m os j u i z e s e l e i t o r a i s ) , e v o t a no sentido de que n ã o podem ser designados os magistrados aposentados nem os em d i s p o n i b i l i d a d e . E ' aceito o voto do relator, c o n - t r a o voto do S r . C a r v a l h o M o u r ã o , que acha p o s s í v e l a d e s i g n a ç ã o dos magistrados aposentados, e tendo os demais juizes declarado que só v o t a r a m p e l a c o n c l u s ã o , porque, n a e s p é c i e , os magistrados em d i s p o n i b i l i d a d e e s t ã o exercendo c o m i s s ã o 'do G o v e r n o . O S R . MIRANDA V A L V E R D E r e l a t a o processo n . 377 (do A c r e , sobre os prazos de que t r a t a m os arts. 6Ê e 65 do Código E l e i t r a l ) , e v o t á no sentido de ser julgada a consulta p r e j u d i c a d a , em face do decreto n ú m e r o

2 2 . 6 0 7 , que r e d u z i u esse prazo a dez d i a s . O T r i b u n a l j u l g a p r e j u d i c a d a a c o n s u l t a u n a n i m e m e n t e . O S n . A F F O N S O P E N N A JÚNIOR r e l a t a o processo n . 404 (do D i s t r i t o F e d e r a l , sobre remessa de l i s t a de i n s c r i t o s ) , e v o t a no sentido de ser a consulta j u l g a d a p r e j u d i c a d a p o r estar esgotado o prazo p a r a remessa de tais l i s t a s . E ' o voto do r e l a t o r aceito u n a n i - m e m e n t e . O S R . MIRANDA V A L V E R D E r e l a t a o processo n ú - m e r o 426 (do A c r e , sobre a remessa da"s urnas p a r a a a p u - r a ç ã o p o r v i a t e r r e s t r e e n ã o f l u v i a l ) , e v o t a no sentido de que as u r n a s d e v e m ser entregues á agencia do c o r r e i o mais p r ó x i m a , mas que devem v i r pelo meio mais r á p i d o de c o - m u n i c a ç ã o . E ' aceito u n a n i m e m e n t e o voto do r e l a t o r . O S R . C A R V A L H O MOURÃO r e l a t a o processo n . 296 (2O j u l g a - mento), sobre a q u a l i f i c a ç ã o " e x - o f f i c i o " dos contabilistas, p a r a a p r e c i a r u m . p e d i d o de r e c o n s i d e r a ç ã o da a n t e r i o r de- c i s ã o do T r i b u n a l encaminhado pelo m i n i s t r o da J u s t i ç a , e vota' no sentido de ser m a n t i d a a d e c i s ã o a n t e r i o r . E ' m a n - t i d a unanimemente, a d e c i s ã o a n t e r i o r que negou a q u a l i f i - c a ç ã o " e x - o f f i c i o " dos c o n t a b i l i s t a s . O S R . MONTEIRO DE S A - L E S r e l a t a o processo n . 427 (de Minas G e r a i s , sobre s i n o m e a ç ã o de u m j u i z s u b s t i t u t o p a r a efetivo d e t e r m i n a a o r g a n i z a ç ã o de n o v a l i s t a ) , e v o t a no sentido a f i r m a t i v o . O voto do r e l a t o r é u n a n i m e m e n t e a c e i t o . O S n . RENATO TAVARES p r o p õ e , e o T r i b u n a l u n a n i m e m e n t e aceita, que a r e s o l u ç ã o das consultas r e l a t i v a s ao T e r r i t ó r i o do A c r e seja c o m u n i c a d a t a m b é m diretamente aos j u i z e s eleitorais dessa r e g i ã o , em v i s t a da exiguidade do p r a z o . O S R . AFFONSO P E N N A JÚNIOR, p e l a ordem, p r o p õ e que se r e s o l v a : Io, que as c é d u l a s possam ser ao mesmo tempo impressas e d a t i - lografadas; 2O, que se s u g i r a ao G o v e r n o a c o n v e n i ê n c i a de se p e r m i t i r que as c é d u l a s sejam m a n u s c r i t a s ; 3O, que os delegados de p a r t i d o s possam f i s c a l i z a r o gabinete indevas- savel, em c o m p a n h i a de u m dos s e c r e t á r i o s , p a r ã ^ v e r se as c é d u l a s do p a r t i d o que representa ainda a l i se encon- t r a m ; 4O, que sejam consideradas nulas as c é d u l a s riscadas, por e q ü i v a l e r isso a u m s i n a l . S ã o aceitas u n a n i m e m e n t e as Ia, 2A e 4A s o l u ç õ e s , e a 3A c o n t r a o voto do S r . J o s é L i n h a - r e s . O S R . PRESIDENTE d e c l a r a que t e r á necessidade de c o n - vocar s e s s õ e s e x t r a o r d i n á r i a s , mas que essas s e s s õ e s n ã o s ã o

remuneradas, como n ã o é a presente s e s s ã o . O S r . Affonso P e n n a J ú n i o r discorda, achando que havendo v e r b a p a r a cento e quatro s e s s õ e s , só excedendo-se esse n ú m e r o n ã o s e r ã o remuneradas as s e s s õ e s . O T r i b u n a l resolve que à s s e s s õ e s que excederem de cento e q u a t r o n ã o s e r ã o r e m u - neradas, sejam e x t r a o r d i n á r i a s ou o r d i n á r i a s , contra o voto do S r . M o n t e i r o de Sales, que entende que todas as s e s s õ e s devem ser r e m u n e r a d a s . O S r . presidente pelo adeantado da hora, declara encerrada a s e s s ã o . L e v a n t a - s e a s e s s ã o á s onze horas e quinze m i n u t o s .

32A SESSÃO ORDINÁRIA, E M 25 D E A B R I L D E 1933 PRESIDÊNCIA DO S R . MINISTRO H E R M E N E G I L D O DE BARROS, P R E -

SIDENTE

1) Abertura da s e s s ã o ; 2) Leitura e aprova- ç ã o da ata da s e s s ã o arterior; 3) Julgamento do recurso eleitoral n. 17 — Recorrente, Lucas A . Monteiro de Barros; recorrido, o . R . do Distri- to Federal; 4) Julgamento do recurso n. 25 — Monteiro de Barros; recorrido, o T . R . do Distri- rido, o T . R . de S ã o Paulo; 5) Julgamento do processo n. 394 — sobre c l a s s i f i c a ç ã o do delito cometido pelo analfabeto que procura alistar-se como eleitor com assinatura falsa; G) Julgamen- to do processo n. 422 —• sobre a i n c l u s ã o do pre- sidente do T . R . nas turmas apuradores; 7) J u l - gamento do processo n. 434 — S ã o Paulo — so- bre o pedido de dispensa dos D r s . Mario Pinto Serva e A b r a h ã o Ribeiro; 8) Julgamento do pro- cesso n. 435 — Registro da U n i ã o Operaria, e Camponeza; D) Julgamento do processo n. 433 '—

Registro do Partido Social Progressista de Ser- gipe (convertido em diligencia); 10) Julgamento do processo n. 430 — Registro do Partido Repu- blicano Nacionalista do C e a r á ; (convertido em diligencia); 11) Julgamento do processo n. 437 — sobre o registro do Partido Libertador do Rio Grande do Sul; 12) Julgamento do processo nu- mero 43S •— sobre o registro do Partido Pro- gressista de Mato Grosso (convertido em dili- gencia; 13) Julgamento do processo n. 440 — Registro do Partido Unionista dos Empregados do C o m é r c i o ; 14) Julgamento do procesos n. 446

— Registro do Partido Libertador Popular Ca- rica; 15) Julgamento do processo n. 432 — Re- gistro dc Partido Republicano Social de Per- nambuco; 16) Julgamento do processo n. 442 — B a í a — sobre a inelegibilidade do D r . Prisco de Souza Paraizo; 17 — Julgamento do processo n. 429 — Mato Grosso — sobre i n s c r i ç õ e s des- pachadas depois do dia 10 de abril de 1933, mas recebidas antes do dia 7 do mesmo m ê s e ano;

Referências

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