• Nenhum resultado encontrado

HABILIDADES DE COMUNICAÇÃO: FERRAMENTA IMPRETERÍVEL PARA O DESENVOLVIMENTO DE UM BOM LÍDER

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "HABILIDADES DE COMUNICAÇÃO: FERRAMENTA IMPRETERÍVEL PARA O DESENVOLVIMENTO DE UM BOM LÍDER"

Copied!
11
0
0

Texto

(1)

HABILIDADES DE COMUNICAÇÃO: FERRAMENTA IMPRETERÍVEL PARA O DESENVOLVIMENTO DE UM BOM LÍDER

COMMUNICATION’S SKILLS: INDISPENSABLE TOOL FOR A GOOD LEADER Eryck Nascimento Magalhães

1

Alba Valéria Tenório Ferreira de Lima

2

Thamyris Vieira de Barros

3

Jackeline Cristiane Santos

4

Resumo

Para o pleno exercício da enfermagem, faz-se necessário que enfermeiro desenvolva posturas de liderança, visto que, suas funções e ações dependem impreterivelmente dela.

Quando não exercida, se estabelece como uma grande dificuldade do exercício profissional. Assim, as habilidades de comunicação se estabelecem como a melhor maneira de desenvolver posturas de um bom líder. Este trabalho tem como por objetivo revisar a bibliografia sobre a importância das habilidades de comunicação no processo de desenvolvimento de uma boa liderança, identificando e compreendendo como os enfermeiros atribuíam à liderança em suas competências gerenciais. Trata-se de uma revisão integrativa onde a triagem dos artigos foi realizada por meio de três bases de dados: LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), MEDLINE (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online) e BDENF (Base de dados em Enfermagem).

Palavras-chave: Liderança. Enfermagem. Comunicação.

Abstract

For the full exercise of nursing, it is necessary that nurses develop leadership positions, because, its functions and actions depends indispensably it. When not exercised, generates a large difficulty in professional practice. Therefore, the communication’s skills are established as the best way to develop postures of a good leader. This article has as objective review the literature about the importance of communication’s skills in process of development in a good leadership, identifying and comprising as the nurses attributed to leadership in your managerial skills. It is a integrative review wherein the screening of articles was made by means of three databases: LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), MEDLINE (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online) and BDENF (Base de dados em Enfermagem).

1

Acadêmico do sétimo do período de enfermagem do Centro Universitário do Vale do Ipojuca (UNIFAVIP-DeVry). E-mail: erycknmagalhaes@hotmail.com

2

Acadêmica do sétimo do período de enfermagem do Centro Universitário do Vale do Ipojuca (UNIFAVIP-DeVry). E-mail: albinhatenorio@hotmail.com

3

Acadêmica do sétimo do período de enfermagem do Centro Universitário do Vale do Ipojuca (UNIFAVIP-DeVry). E-mail: thamyrisvb@hotmail.com

4

Mestre em Administração pela UFPE. Docente do curso de enfermagem do Centro Universitário do Vale do Ipojuca (UNIFAVIP-DeVry). E-mail:

jsantos28@unifavip.edu.br

(2)

2

Keywords: Leadership. Nursing. Communication.

1 Introdução

Cada vez mais os serviços de saúde têm atualizado suas práticas para avançar na aplicação das políticas do Sistema Único de Saúde (SUS). Requerendo um perfil diferenciado dos profissionais, mais adequado ao uso de tecnologia e ao trabalho em equipe.

Os pacientes hoje são bem diferentes, o avanço das ciências da saúde permitiu a assistência mais complexa aos mais críticos de acordo com suas necessidades. Atualmente eles mudaram em outro ponto também, pois vêm se tornando mais exigentes com os serviços de saúde, em razão de hoje serem dotados de muito mais conhecimento e informação.

Alguns hospitais sofrem com crises causadas por instabilidades políticas, sociais e econômicas. Que, junto à revolução tecnológica nos serviços de saúde demandam uma maior precisão de líderes, para que com suas desenvolturas contornem os problemas junto a equipe.

Sendo assim, todo esse contexto de liderança se torna mais complexo e necessário.

O líder aponta uma direção a ser seguida pelos liderados. Sincroniza os esforços de todos para a realização de um bem comum. Uma boa liderança aumenta o potencial dos profissionais e consequentemente da instituição. O enfermeiro deve fazer a conexão entre cada profissional de sua equipe, de modo a fazer com que todos trabalhem de forma sincronizada.

Diante de cenários de avanços que afetam a sociedade, tais como instabilidades políticas, sociais, econômicas e tecnológicas, o indivíduo necessita de habilidades para gerenciar os serviços e prestar uma assistência humana, que disponha da ética dentro das normas que regem o exercício da profissão. (PEREIRA et al, 2015)

O Conceito da liderança em enfermagem é originado da ciência da administração e as suas evoluções ao longo do ano. Contudo, essas modificações e conceituações demonstram que as teorias administrativas sofrem transformações sociais, tecnológicas e culturais.

(PEREIRA et al, 2015)

E, de acordo com a lei 7.498 de 1986 que regulamenta a enfermagem, o enfermeiro tem

uma multiplicidade de atividades: consulta, prescrição da assistência e medicamentos (nos

casos permitidos), cuidados de maior complexidade, prevenção de danos à clientela durante a

(3)

3

assistência; educação em saúde, entre outras. E uma dessas atividades é justamente a liderança, o artigo 11° dessa lei que fala das atribuições do enfermeiro, afirma:

O Enfermeiro exerce todas as atividades de enfermagem, cabendo-lhe:

I - privativamente:

a) direção do órgão de enfermagem integrante da estrutura básica da instituição de saúde, pública e privada, e chefia de serviço e de unidade de enfermagem;

b) organização e direção dos serviços de enfermagem e de suas atividades técnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviços;

c) planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços da assistência de enfermagem. (

Lei 7.498, de 1986, art. 11

)

Essa atribuição se torna crucial para o enfermeiro, de forma a auxiliar todas as outras atividades. Por isso, é necessário que o enfermeiro tenha um bom desempenho tanto no campo assistencial quanto no gerencial. Um enfermeiro que é um bom líder é melhor de forma multidisciplinar, seja na tomada de decisões, no enfrentamento de conflitos ou nas relações interpessoais, permitindo-lhe crescer profissionalmente e em sua assistência.

“É preciso salientar que a comunicação é o atributo principal da liderança, pois por meio dela a pessoa inicia o contato com as demais e pode influenciar os outros.” (VILELA E SOUZA, 2010, pág. 594)

Os cuidados de enfermagem são desenvolvidos em equipe, logo, é esperado que exista um líder para guia-los com sucesso. E essa habilidade de liderar deve ser exercida na equipe de enfermagem pelo enfermeiro, ele deve estar apto, para que possa melhorar a qualidade da equipe de enfermagem, atendendo suas necessidades, e consequentemente melhorando a qualidade da assistência à saúde. O enfermeiro na pratica de sua profissão tem a obrigação de orientar a sua equipe a trabalhar em prol da melhor assistência

E, para uma liderança efetiva que ofereça participação da equipe, faz-se necessário a concepção que este momento, esteja relacionado a um processo de comunicação e envolvimento da equipe, oferecendo reconhecimento aos líderes, cooperando para que se tornem também facilitadores de relações interpessoais e de trabalho. (MOURA et al, 2012)

O exercício da liderança proporciona um encontro de vários profissionais e diferentes

pessoas no trabalho em equipe, provocando e desafiando o enfermeiro a desenvolver

habilidades de comunicação, a fim de tê-los como aliados no processo de cuidar, sabendo que

relacionar-se bem com seus liderados é uma conquista de sua autonomia profissional,

ampliando seu espaço de atuação. (SILVA et AL 2013)

(4)

4

O processo de trabalho do cuidar em enfermagem faz com que os enfermeiros tenham as funções administrativas, essenciais ao cargo de líder e ao desempenho dos papéis de liderança. Neste processo, percebe-se o desafio e a necessidade de exercer o importante papel da liderança, que exige valores e competência, crescimento mútuo, compromisso, honestidade e autodisciplina. (PEREIRA et al, 2015)

Porem muitas vezes observa-se que o enfermeiro não consegue relacionar-se bem com a sua equipe, não consegue se posicionar enquanto líder diante dela. Vilela e Souza (2010) afirmam que isso é consequência de um modelo de ensino fragmentado, que limita o ensino da liderança ao estudante.

Assim, destaca-se a importância do fortalecimento do ensino da liderança já no início da formação acadêmica dos enfermeiros. Para que a prática da liderança seja aprendida em conformidade com as características sociais atuais de uma cultura pós-moderna, a fim de se estimular o desempenho da liderança transformacional, compartilhada e participativa, que agregue todos os envolvidos, favorecendo a organização de um ambiente de trabalho saudável e a qualidade do cuidado prestado. (PAULO et al, 2012, pág. 829)

A formação profissional para a liderança é escassa, limitando-se a formação recebida no curso de graduação para o exercício da liderança. Porém, esta se constitui como uma ferramenta imprescindível nas atividades desenvolvidas pelo enfermeiro, sabendo que o profissional tem de desempenhar funções e competências que incorporam diferentes competências e habilidades. (PEREIRA et al, 2015)

Equipes mal dirigidas podem geram riscos ao paciente, que podem surtir em serias consequências. Manter uma equipe qualificada é crucial para uma boa pratica da enfermagem.

Com a atual escassez de enfermeiros com experiência administrativa no Brasil, é necessário identificar essas competências e encontrar métodos para disseminar conhecimento em toda área geográfica, enquanto se mantém consistência e qualidade da instrução e avaliação da competência.

(OKAGAW; BOHOMOL e CUNHA, 2013, pág. 239)

Este trabalho tem como por objetivo revisar a bibliografia sobre a importância das habilidades de comunicação no processo de desenvolvimento de um bom líder, identificando e compreendendo como os enfermeiros atribuíam à liderança suas competências gerenciais.

Justifica-se pela inserção e agregação de estudos quanto à discussão acerca da

liderança na enfermagem, identificando um dos problemas mais comuns inerentes ao

(5)

5

enfermeiro no que se refere à dificuldade de se portar de fato como líder, utilizando a comunicação.

2 Método

Trata-se de uma revisão integrativa, visto que é a mais ampla abordagem metodológica referente à análise de pesquisa, frente a uma melhor compreensão do fenômeno analisado.

Além disso, permite uma avaliação criteriosa e uma reflexão sobre o tema proposto. Ainda que os métodos para a condução de revisões integrativas variem, existem padrões a serem seguidos.

Para a mostra do estudo, utilizamos as seguintes etapas: Seleção da temática a ser explorado, estabelecimento dos critérios de inclusão e exclusão, representação das definições da pesquisa original, análise dos dados, interpretação dos resultados para amostra do estudo e apresentação da revisão.

O processo de pesquisa dos artigos foi realizado na última quinzena de março do ano de 2016, por meio de três bases de dados: LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), MEDLINE (Medical Literature Analysisand Retrieval System Online) e BDENF (Base de dados em Enfermagem). Para localizar os artigos originais utilizamos eixos norteadores de questionamento, como os critérios de pesquisa, evitando-se assim erros na seleção dos artigos.

Dessa forma, para a triagem bibliográfica dos artigos, utilizamos os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): Liderança; Enfermagem; Comunicação. Para escolha da amostra do estudo, foram levados em consideração os seguintes critérios de inclusão: artigos científicos que retratassem a liderança envolvendo profissionais enfermeiros e a comunicação como um elemento indispensável para o exercício de um bom líder, artigos indexados nas bases de dados LILACS, MEDLINE e BDENF, no idioma português, com disponibilidade do texto completo online durante o período de 2011 a fevereiro 2016.

Como critérios de exclusão, foram excluídos: relato de casos, teses e dissertações, capítulos de livros, reportagens, notícias e artigos que disponibilizam apenas os resumos online.

A parir dos artigos resultantes foi feita uma análise criteriosa a respeito de seu

conteúdo e relevância para o foco deste estudo. Assim, ficamos então com nove (09) artigos

para realização de nossa revisão. A estruturação desses artigos foi então distribuída com os

(6)

6

seguintes dados: título, autoria, periódico/ano, tipo de estudo, objetivo, resultados e conclusão.

3 Resultado e Discussão

Na pesquisa feita por Vilela e Souza (2010), a comunicação, inteligência e a autoconfiança foram os atributos citados pelos enfermeiros entrevistados como os essenciais para o exercício da liderança. Todos os entrevistados adotaram o diálogo como uma das características para pratica de uma liderança efetiva. A grande maioria afirma seguir a liderança do tipo democrática, que tem como base justamente o diálogo. Já quando perguntados sobre quais as maiores dificuldades para exercerem a liderança, a grande maioria (67%), afirmou ser a dificuldade de comunicação com a equipe, em segundo lugar ficou a falta de habilidade técnica e incompatibilidade com a equipe, que foram empatados (13%).

O enfermeiro desenvolve um papel de multiplicidade na sua equipe, sabendo que as suas atividades incluem o trabalho intelectual, a coordenação das ações, bem como a organização e implementação da assistência. (SILVA et AL 2013)

“Destaca-se a noção de liderança por acenar um movimento na imagem de divisão da equipe ao associar o processo de escolha de chefias a um espaço de comunicação, propício à integração da equipe e ao reconhecimento de potenciais líderes. ” (MOURA et al, 2012, pág.

1156)

Ao destacar a importância do processo participativo para escolha de dirigentes e para o alcance de resultados positivos nas organizações de saúde e na enfermagem, seria pertinente questionar algumas afirmativas e explorar alguns sentidos, tais como: Qual o significado de positivo ao se pensar em alcance de resultados, para quem? Quais contradições permeiam as representações de quem elege essas lideranças? Que tensões se estabelecem no cotidiano esses profissionais de enfermagem e como influenciam no voto? ( MOURA, et al, 2012. Pág. 1157)

3.1 Liderar requer preparo

A liderança é uma habilidade moldada com o tempo e prática, que se interpõe sobre as

mudanças e objetivos organizacionais. Nesse aspecto, a sobrecarga de atividades e funções

trazem limitações para uma liderança efetiva. Assim como, a comunicação e o

reconhecimento são primordiais para a excelência profissional e institucional. (PAULA et al,

2012)

(7)

7

Para exercer a liderança é necessário ter-se preparo, criatividade e determinação, sabendo que a capacidade de liderar precisa ser construída e aprimorada, diariamente. Porém, para que o enfermeiro exerça tal liderança, é indispensável que o mesmo compreenda o seu significado e sua relevância enquanto uma competência profissional, reconhecendo os atributos essenciais para que ela aconteça. (SILVA et AL 2013)

E, em decisões sobre a escolha do líder para a uma equipe, as temáticas liderança, imparcialidade e conhecimento foram citados como essenciais para se obterem. (MOURA et al, 2012).

As experiências moldam as habilidades de um líder, a busca pelo conhecimento constante o faz com que tenha a capacidade de utilizar métodos de liderança eficaz, ao qual produz resultados positivos frente a sua equipe. Por isso, o enfermeiro líder deve utilizar-se de artifícios para um gerenciamento dinâmico.

3.2 Percepção de liderança pelos enfermeiros

A liderança é considerada um fenômeno de influência grupal, que é essencial para obter esforços e alcançar objetivos em comum, a fim de atingir as metas compartilhadas pelo grupo. (SILVA et AL 2013)

No estudo feito por Cardoso et al (2011) 62,2% dos enfermeiros entrevistados afirmaram entender a liderança como “processo de exercer influência sobre o comportamento das pessoas para alcançar objetivos em determinadas situações” e 15,3% disseram ser um

“processo de transformar o comportamento de um indivíduo ou de uma organização”. E 9%

relataram outros conceitos que não tem nenhuma relação com o de liderança, indicando que existe uma boa parte de enfermeiros que nem se quer sabe o que é liderança.

A educação permanente é uma das competências gerenciais que articula os saberes com os profissionais, compõe a equipe e os usuários do sistema. (PAULA et al, 2013). A liderança é uma das competências essenciais do enfermeiro, devendo ser conquistada e moldada pelo profissional, visto que é fundamental a capacitação do enfermeiro no que concerne às habilidades de liderança, a fim de proporcionar ações de qualidade. (SILVA et al 2013)

3.3 Comunicação e liderança

(8)

8

Assim como em outros estudos, Cardoso et al (2011) afirma e enfatiza, que a comunicação como habilidade é impreterível para um bom líder, sendo apontada por 57,7%

dos entrevistados, junto com o feedback e o poder. Os autores relataram que a comunicação deve ser feita em duas vias:

[...] saber ouvir as pessoas, facilitar sua comunicação, entender os seus problemas e pontos de vista, para poder aconselhar e orientar e envolve, também, a manifestação de ideias, transmissão de informações e conhecimentos, experiências e expectativas [...]. (CARDOSO et al, 2011, pág. 735)

O líder deve atender as expectativas da organização, envolvido pelo compromisso, persuasão, princípios éticos, tomadas de decisões e habilidades para um gerenciamento eficaz.

(SILVA et AL 2013)

A pesquisa de Aguiar et al (2010) não foi diferente, os enfermeiros entrevistados indicaram que o bom relacionamento e a comunicação eficiente entre a equipe ajudam no exercício da liderança.

É imprescindível a comunicação no exercício da liderança, visto que o enfermeiro atua no processo gerencial. Por isso, o líder precisa saber comunicar-se, sendo fundamental na conquista de relações profissionais e pessoais de forma mais significativa, com maior autoconsciência e aceitação das diferenças. (SILVA et AL 2013)

Torna-se essencial que haja vínculos de comunicação entre a instituição, coordenação e os enfermeiros, sendo primordial para favorecer o fortalecimento e reconhecimento da capacidade profissional. Na medida que liderança também pode ser configurada conforme a experiência e vivência nos setores e por equipe. Além da necessidade essencial de interação- dialógica entre todos os envolvidos na prestação de serviço. (Paulo et al, 2012)

A liderança e a aquisição de conhecimento, foram identificadas como uma competência fundamental para a oferta de uma prática e um desenvolvimento gerencial de enfermagem. (OKAGAW; BOHOMOL e CUNHA, 2013)

A liderança está intimamente ligada ao gerenciamento de pessoas, considerado

complementar, tendo em vista a importância da habilidade de comunicação para o

desenvolvimento da liderança. Um bom líder gera na sua equipe mais confiança em seguir

(9)

9

suas orientações, tem boas relações com ela e todos acabam desenvolvem melhor suas funções.

Ser um bom líder requer esforço continuo, é um processo longo de aprendizagem e o enfermeiro precisa estar disposto a se dedicar inteiramente a ele para poder mudar a atual realidade da enfermagem.

“Sobretudo, é preciso desenvolver as habilidades de comunicação e inter- relacionamento humano, qualificando o futuro enfermeiro para o exercício da liderança, além de capacitá-lo para assistir integralmente o paciente’.

(Vilela e Souza, 2010, pág. 595)

O exercício da liderança requer atualização constante, tendo em vista que atualizar-se pressupõe uma atividade eficiente, que permite conhecer as necessidades da instituição e da equipe. Por isso, o enfermeiro líder precisa de habilidades de comunicação para partilhar conhecimentos em todas as áreas multiprofissionais, atendendo assim uma carga de conhecimentos capazes de elevar todos os profissionais que compõe sua equipe.

4 Considerações Finais

A partir de uma boa comunicação o enfermeiro consegue exercer melhor sua liderança e permite que cada profissional da equipe desenvolva melhor seus conhecimentos, habilidades e atitudes nos processos de enfermagem. O enfermeiro deve ser flexível e horizontal nas decisões, devendo não ser radicalmente hierarquizado ou autoritário. Com uma boa comunicação o poder se torna compartilhado e todos se apoiam, aumentando a eficiência do cuidado de enfermagem.

A comunicação, o diálogo, as organizações de reuniões periódicas apresentaram-se como principais ferramentas para resolução dos conflitos, motivação da equipe e harmonização de propostas de trabalho entre a equipe de enfermagem, para alcance dos objetivos da instituição hospitalar. A autoridade do enfermeiro frente à equipe foi vista como habilidade importante para organização da rotina de trabalho. Entretanto, destacaram que o empreendimento de valores humanísticos nas relações interpessoais, como respeito e humildade, é que garantiam suas influencias junto à equipe de enfermagem. A valorização dos aspectos subjetivos nas interações facilitava a adoção de comportamentos responsáveis pela equipe de enfermagem, que convergissem aos objetivos organizacionais. (PAULO et al, 2012, pág. 829)

(10)

10

As organizações hospitalares precisam garantir o aperfeiçoamento dos profissionais enfermeiros-gerentes, isto por sua vez, garantirá o aprimoramento na qualidade e no cuidado em saúde de acordo com as demandas. (PAULA et al, 2012)

Para um desempenho eficaz do enfermeiro, como líder da equipe de enfermagem é necessário a busca constante de conhecimentos e do desenvolvimento de habilidades essenciais para liderança, as quais envolvem qualidades pessoais, desenvolturas interpessoais e noção do contexto organizacional. (SILVA et AL 2013)

Um ambiente em que o enfermeiro não é acessível a seus profissionais, em que estes não se sentem bem compreendidos ou se sentem censurados possivelmente se sentiram desmotivados e insatisfeitos. O que será refletido negativamente na realização de suas funções. E o contrário ocorre com um grupo bem unido, os profissionais aumentam seu prazer em trabalhar e sua autoestima e isso é refletido positivamente no seu desempenho.

Assim, quando as barreiras entre os profissionais envolvidos na equipe são rompidas, a aproximação dos integrantes favorece grandemente o processo gerencial, visto serem constituintes ativos neste processo. (MOURA et al, 2012)

A comunicação é de extrema importância para as relações interpessoais, cabendo ao líder desenvolver tal habilidade, a fim de proporcionar um ambiente harmônico entre seus liderados. Essas destrezas necessitam ser exploradas ainda na graduação, em âmbito de construção de conhecimentos, sabendo que é uma das ferramentas indispensáveis para um bom líder.

Frente ao exposto no presente estudo, finalizamos levantando a observação de que um enfermeiro que desenvolve uma boa comunicação, tende a ter mais influência e autoridade sob os profissionais e equipes de sua responsabilidade. Desta forma, conseguem caminhar para realização de um objetivo em comum, além de construírem melhores relações interpessoais. Existe ainda a necessidade de desenvolvimento de mais estudos que fomentem na enfermagem o apego a habilidade de comunicação para que possam a partir dela exercer uma boa liderança.

Referência

AGUIAR, D.F.; CONCEIÇÃO, M.A. et al. Gerenciamento de enfermagem: situações que

facilitam ou dificultam o cuidado na unidade coronariana. Colombia, 2010, ago.

(11)

11

CARDOSO, M.L.A.P.; RAMOS, L.H.R.; INNOCENZO, M.D. Liderança Coaching: um modelo de referência para o exercício do enfermeiro-líder no contexto hospitalar. Rev. Esc.

Enferm. USP 2011.

HERSEY P.; BLANCHARD, K.H. Psicologia para administradores: a teoria e as técnicas da liderança situacional. São Paulo: EPU; 1986.

MOURA, G.M.S.S.; MAGALHÃES, A.M.M.; SOUZA, D.B. et al. Representações sociais do processo de escolha de chefias na perspectiva da equipe de enfermagem. Rev. Esc.

Enferm. USP 2012.

OKAGAWA, F.S.; BOHOMOL, E.; CUNHA, I.C. Competências desenvolvidas em um curso de especialização em gestão em enfermagem à distância. Acta Paul Enferm. 2013.

PAULA, G.F.; FIGUEIREDO, M.L.; CAMARGO, F.C.; IWAMOTO, H.H.; CAIXETA, C.R.C.B. Concepções de liderança entre enfermeiros assistenciais de um hospital do Norte de Minas Gerais. Rev. Eletr. Enf. [Internet]. 2012 oct/dec.

PAULA, M.; Peres, A.M.; BERNARDINO, E.; Eduardo, E.A.; Macagi, S.T.S. Processo de trabalho e competências gerenciais do enfermeiro da estratégia saúde da família. Rev Rene. 2013; 14.

PEREIRA, L.A.; PRIMO, L.S.; BARLEM, J.G.T. et al. Enfermagem e liderança:

percepções de enfermeiros gestores de um hospital do sul do Brasil. J. res.: fundam. care.

online 2015. jan./mar.

VILELA, P.F.; SOUZA, Â.C. Liderança: um desafio para o enfermeiro recém-formado. Rev.

enferm. UERJ, Rio de Janeiro, 2010 out/dez.

SILVA, V.L.S.; CAMELO, S.H.H. A competência da liderança em enfermagem:

conceitos, atributos essenciais e o papel do enfermeiro líder. Rev. enferm. UERJ, Rio de

Janeiro, 2013 out/dez.

Referências

Documentos relacionados

Nessa situação temos claramente a relação de tecnovívio apresentado por Dubatti (2012) operando, visto que nessa experiência ambos os atores tra- çam um diálogo que não se dá

Vale à pena destacar ainda, que de acordo com o pedagogo Paulo Freire, (1974 apud MOITA LOPES, 1996, p.134) sobre o ensino de leitura em língua estrangeira “[...] pode

Ainda segundo Gil (2002), como a revisão bibliográfica esclarece os pressupostos teóricos que dão fundamentação à pesquisa e às contribuições oferecidas por

Para identificar quais treinamentos serão necessários para cada trabalhador ou equipe dentro de uma organização desenvolver um programa eficaz de T&D, pode-se buscar

A tabela 25 apresenta os resultados brutos desta avaliação em relação à característica busca e a tabela 26 exibe o resultado ponderado para esta característica.. A tabela 27

Atualmente os currículos em ensino de ciências sinalizam que os conteúdos difundidos em sala de aula devem proporcionar ao educando o desenvolvimento de competências e habilidades

O modelo conceitual procura mostrar quais são os elementos de informação tratados pelo sistema, para que mais adiante se possa mostrar ainda como essa informação é transformada pelo

Quando conheci o museu, em 2003, momento em foi reaberto, ele já se encontrava em condições precárias quanto à conservação de documentos, administração e organização do acervo,