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PROPOSTAS DE MELHORIAS NO ESPAÇO FÍSICO DE UMA LOJA VAREJISTA DE PEÇAS DE MOTOS E BICICLETAS: UMA APLICAÇÃO DO PLANEJAMENTO SISTEMÁTICO DE LAYOUT

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PROPOSTAS DE MELHORIAS NO ESPAÇO FÍSICO DE UMA LOJA VAREJISTA DE PEÇAS DE MOTOS E BICICLETAS: UMA APLICAÇÃO DO PLANEJAMENTO SISTEMÁTICO DE LAYOUT

Ysnara Almeida da Rocha (Coordenação de Engenharia de Produção / CCNT / UEPA ) ysnara_2112@hotmail.com Ana Carolina Ribeiro Mitre (Coordenação de Engenharia de Produção / CCNT / UEPA ) carolina.mitre18@gmail.com avylon silva santos (Coordenação de Engenharia de Produção / CCNT / UEPA ) santosavylon@gmail.com

No cenário atual, o estudo de layout é de suma importância para melhorar a interatividade entre a produção e a demanda de produtos, pois irá melhor organizar o ambiente organizacional frente às necessidades e espaços disponíveis possibilitaando a redução d

Palavras-chave: Layout; Planejamento Sistemático de Layout; Varejo;

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1. Introdução

O layout de uma loja é fundamental no poder de influenciar o consumidor, pois a maneira que os produtos são expostos pode ajudar na decisão da compra. Segundo Heizer e Render (2001), se tratando do layout de lojas varejistas, quanto mais exposição dos produtos aos consumidores melhor, uma vez que a sua ideia está baseada no aumento de vendas e maior lucratividade de acordo com esse aumento de exposição, e por consequência, grande parte dos gerentes de operações de varejo tentam mostrar aos consumidores o máximo de produtos possíveis. Dessa forma, observa-se que uma das principais finalidades do layout de lojas varejistas é maximizar a obtenção de lucros por metro quadrado do espaço de chão.

A mudança de layout no cenário atual é essencial para as empresas que buscam se diferenciar no mercado, pois a aplicação de ferramentas de mudança de layout pode promover melhorias quanto à alocação de produtos em função da demanda, e assim, ficar melhor expostos e chamam a atenção dos clientes. Dessa maneira, possibilita um ambiente estratégico, organizado e produtivo. Dessa forma, este estudo colabora para um fluxo eficiente por todos os departamentos da loja, e consequentemente aumenta e pode contribuir com os resultados financeiros daorganização.

O planejamento sistemático de layout é uma ferramenta utilizada para definir dentre várias opções quais se ajustam melhor aos critérios e necessidades de cada empresa. Segundo (MUTHER, 1978) a metodologia PSL auxilia o tomador de decisão neste processo, e uma modificação eficaz do layout pode resultar na redução do custo, redução da movimentação dos materiais dentro do processo, racionalizando o fluxo de pessoas e dos produtos proporcionando um aumento na produtividade e eficiência obtido a partir de uma melhor utilização do espaço disponível.

É possível perceber que este método é uma grande ferramenta estratégica e o quanto este contribui para solucionar as problemáticas de lojas varejistas, não só pela redução de custos, mas por avaliar todos os setores e agentes envolvidos e propor a melhor solução adaptada às necessidades e critérios de cada organização.

A organização se apresenta bastante desorganizada, com falta de planejamento de espaços e com demora no processo, sabendo que a empresa prioriza o atendimento com rapidez são feitas análises e propostas de melhorias no ambiente para reduzir o tempo de espera e obter uma maior eficiência do processo de atendimento ao cliente.

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Este artigo tem como objetivo propor um novo layout para uma loja varejista de peças de motos e bicicletas, para melhor organizar o ambiente e criar melhores condições de trabalho, por meio do planejamento sistemático de layout (PSL).

O artigo será dividido da seguinte forma: na próxima seção encontra-se o referencial teórico utilizado. Na seção 3 encontra-se a metodologia feita no trabalho, enquanto que na seção 4 encontram-se a aplicação do método do PSL na loja varejista. Por fim, as considerações finais e as referências.

2. Planejamento Sistemático de Layout (PSL)

Segundo Martins e Laugeni (2005), para a elaboração de um layout devem-se, inicialmente, planejar o todo e depois as partes, e planejar o ideal e depois o prático, assim será possível fazer uma identificação do espaço sobre o qual será elaborado o layout, partindo para o planejamento sistemático, considerando primeiramente todas as unidades necessárias, suas relações, recursos disponíveis e todas as limitações.

Segundo Slack (2015) o arranjo físico de uma operação produtiva deve ser atentar ao posicionamento físico de seus recursos de transformação. Ressalta que um arranjo físico e uma atividade muito difícil e com longas durações por causa das dimensões físicas dos recursos de transformação.

O PSL tem como um objetivo na redução de custos, resultante a um aumento na eficiência e produtividade, obtido através da melhor aproveitamento do espaço disponível, diminuição no fluxo de materiais, produtos e pessoal, deslocamentos coerente e melhores condições de trabalho (MUTHER; WHELLER, 2000).

2.1. Fases do PSL

De acordo com Tompkinset al. (1996), o SLP é dividido em três fases: análise, pesquisa e seleção. Dentre essas fases existem etapas que as completam, conforme mostra a figura 1.

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Figura 1 – Etapas do SLP

Fontes: Tompkinset al.(1996)

a) Dados de Entrada

Segundo Costa (2004), os dados de entrada têm relação com a variedade dos produtos e volume da produção, já que a escola do tipo de arranjo físico é essencial para otimização dos recursos. De acordo com Muther (1978) apud Costa (2004), dentro da fase de Análise são necessárias cinco etapas para elaborar o estudo de arranjo físico. Analisando as informações sobre:

1) Produto: O que é produzido ou feito pela empresa ou área;

2) Quantidade: O montante do produto ou material produzido, fornecido ou utilizado;

3) Roteiro: O processo segundo o qual o produto ou material será fabricado;

4) Serviços de suporte: Recursos, atividades ou funções auxiliares;

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5) Tempo: O dimensionamento do tempo envolve questões quanto produzir ou quando o projeto terá execução.

b) Fluxo de Materiais

Segundo Costa (2004), o fluxo de materiais consiste na melhor decisão da sequência de movimentação dos materiais por meio de etapas determinadas pelo processo e movimentação.

Destacando-se o volume de itens transportados entre pares de departamentos e a frequência de movimentação.

c) Relacionamento entre Atividades

Segundo Costa (2004), o objetivo desta etapa é mostrar quais atividades devem conserva-se próximas e as quais ficaram afastadas do fluxo de material. Na figura 2 temos um exemplo de carta de interligações (COSTA).

Figura 2 - Carta de interligações preferenciais

Fonte: Tompkinset al.(1996)

d) Diagrama de Relacionamentos

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Segundo Costa (2004), busca-se nessa etapa uma melhor forma visual dos dados, cálculos e análises realizadas, transformando informações sobre a sequência de atividades e proximidades relativas à localização de cada área conforme a figura 3.

Figura 3 - Diagrama de relacionamento

Fonte: Tompkinset al. (1996)

e) Espaço Necessário e Espaço Disponível

Segundo Tompkinset al. (1996), os requisitos de espaços estudados, são obtidos por meio da análise de máquinas e equipamentos os quais são utilizados na produção e dos serviços envolvidos. Essas solicitações devem ser balanceadas de acordo com a disponibilidade de espaço existente na fábrica. Nessa fase analisam-se quais áreas devem permanecer no mesmo tamanho e quais deveriam diminuir ou aumentar.

f) Diagrama de relacionamento dos espaços

A próxima fase é denominada fase de busca e inicia-se com o diagrama de relacionamentos dos espaços (Figura 4). Nesta fase ocorre o balanceamento entre o espaço necessário e espaço disponível, gerando o diagrama de relacionamentos dos espaços. A finalidade deste diagrama é demonstrar os espaços perdidos e ociosos em suas respectivas áreas.

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Figura 4 - Diagrama de relacionamento entre espaços

Fonte: Tompkinsetal.(1996)

g) Considerações de Mudanças e Limitações Práticas

De acordo com Costa (2004), o arranjo físico desenvolvido é adaptado e modificado, considerando as necessidades exigidas da nova linha de produção esperada, podendo ser apresentadas como: métodos de movimentação; recursos de estocagem; fatores relativos ao terreno e a construção; necessidades de pessoal; serviços auxiliares, suprimentos; controles e finalmente procedimentos. De acordo com o surgimento de ideia ou considerações, será necessária a avaliação quanto a limitações práticas, como: custo, segurança, energia disponível, entre outros.

f) Desenvolver alternativas de arranjo físico

Baseando-se nas considerações de modificação e limitações práticas, são desenvolvidas e avaliadas distintas alternativas de arranjo físico. Após a escolha da alternativa favorita, a mesma é identificada e indicada.

g) Avaliação

Segundo Costa (2004), a etapa de avaliação apresenta como meta determinar qual alternativa deverá ser selecionada, o que será realizado por meio de analises de custos e fatores intangíveis. Com o resultado, chega-se ao arranjo físico selecionado, podendo ser uma das

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alternativas ou combinações das mesmas. Possivelmente, os resultados melhores serão adquiridos quando comparados e listados as vantagens e desvantagem de cada plano, sendo ainda que planos muito parecidos oferecem menores oportunidades de escolha ou benefícios futuros.

3. Método

Para desenvolver este trabalho, utilizou-se como base a análise do fluxo de saídas de produtos por meio do fluxograma do processo, e o Systematic Layout Planning (Planejamento Sistemático de Layout-PSL) de MUTHER (1978), para obter uma proposta de melhoria de layout. Dessa forma, o planejamento da pesquisa foi dividido em seis fases, que foram adaptadas com base no PSL, conforme são descritas a seguir:

a) Levantamento bibliográfico: Houve a necessidade de realizar um levantamento bibliográfico, para obter um embasamento de conteúdo mais solido acerca das ferramentas utilizadas no procedimento de sugestão do novo layout.

b) Coleta de dados: foram coletados dados pertinentes à medição do espaço, com auxílio de trena. Além disso, foi utilizado o cronômetro para definição do tempo de atendimento para definir o tempo médio de atendimento e avaliar se a proposta de novo layout reduziria esse tempo, assim melhorando-o. Foram coletados dados de vendas para definir quais os produtos seriam utilizados. E também foi feita a construção da planta baixa do local e a coleta dos tempos para definição do tempo de atendimento dos clientes, ou seja, os dados de entrada para a pesquisa, que são:

produtos (P), quantidade (Q) e tempo(T).

c) Análise de dados: Na etapa seguinte adaptada do PSL houve a análise dos dados foram mapeados os processos da loja através do fluxograma e carta de processo com a necessidade de acesso dos funcionários ao estoque (prateleiras) da loja e também o tempo que o cliente chega ao balcão de atendimento e se possível altera-los na proposta de mudança no layout.

d) Definição do diagrama de afinidades e diagrama de inter-relações: Nas etapas 3 e 4 foram definidos e analisados o diagrama de afinidades e o diagrama de inter-relações, respectivamente, com a finalidade de auxiliar a definir onde cada móvel ou espaço

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deve ser colocado na proposta de novo layout de acordo com seus níveis de proximidade e relação.

e) Levantamento de espaços disponíveis e necessários: Na Etapa 5 fez- se um levantamento dos espaços disponíveis e necessários para verificar se havia a possibilidade física de mudança no ambiente de acordo com as conclusões analisadas anteriormente.

f) Elaboração de Proposta de Layout: Com isso, na etapa 6 foi feita a elaboração da nova proposta de layout para a empresa.

g) Avaliação Qualitativa do Layout Proposto: E por fim na etapa 7 foi feita a avaliação dos dois layouts (antigo e proposto), pelo proprietário e por uma funcionária da loja.

4. Caracterização da Empresa

A empresa é familiar atua há mais de 60 anos no mercado, está classificada segundo o SEBRAE como microempresa, pois conta com um quadro de 5 funcionários. Localiza-se em um município de nordeste do Pará e possui atuação no setor varejista da região, mais especificamente com a venda de peças para motocicleta e bicicleta, apresenta grande mix de produtos para os dois segmentos. A concorrência de mercado no setor de vendas de peças de motocicleta e bicicleta no munícipio é relativamente alta, devido à proximidade estratégica da região metropolitana da capital Belém. De acordo com a percepção dos clientes em pesquisas anteriores, a empresa em questão se destaca no setor, pois os seus produtos são considerados baratos no município e o seu atendimento se diferencia pela rapidez.

A empresa possui uma alta customização, baixos volumes e serviços para cada tipo de prestação, mesmo que no estoque tenha uma grande quantidade de produtos com alta rotatividade. Para a realização da pesquisa, foi analisado os setores de estoque, administrativo e vendas, no entanto, o setor de vendas foi o que apresentou mais problemática, como falhas no processo de atendimento ao cliente.

5. Aplicação do PSL

Nesta etapa, são detalhados os aspectos da aplicação do método PSL na empresa em questão.

Nas quais foram divididas em sete subseções: Coleta de dados, Fluxo de materiais, Relacionamento de atividades, Diagrama de relacionamento, Espaço necessário e disponível, Alternativa de layout e avaliação dos layouts.

5.1. Fase 1 – Coleta de Dados

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A empresa em estudo, não possuía nenhuma planta baixa desenhada, devido a isso foi desenvolvido um layout da organização representando todas as suas especificações e espaços, conforme apresentado na figura 5. Com base nos dados obtidos da planta baixa, verificou-se que poderia sofrer possíveis adaptações para melhorar o tempo de atendimento. Diante isso, foi feita a identificação dos setores e a definição dos dados de entrada que foram utilizados, os quais são produto (P), quantidade (Q) e o tempo (T).

Figura 5 - Layout atual

Fonte: Autores (2019)

De acordo com o roteiro do PSL, o passo seguinte foi à definição de quais os produtos seriam utilizados, analisando quantidade e o tempo de atendimento. Como a empresa possui uma alta variedade de produtos, analisaram-se apenas para os itens que possuem maior rotatividade e demanda. E após isso identificar quais os produtos mais importantes de cada grupo e organizar melhor o ambiente em função dos produtos com maior volume de vendas. Com isso, foram definidos dez produtos do segmento de motocicleta e dez produtos do segmento de bicicleta, como pode ser observado na tabela abaixo (Quadro 1).

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Quadro 1 – Produtos Vendidos

Motocicletas Bicicletas

Pneu Câmara

Capacete Peça Central

Kit de Transmissão Pneu

Câmara Pedal

Lona de Freio Catraca

Pisca Coroa

Rolamentos Corrente

Jogo de Junta Eixo Traseiro Manete de Embreagem Selim

Cabo de Embreagem Eixo Dianteiro

Fontes: Autores (2019)

5.2. Fase 2 – Fluxo de Materiais

No estudo, o fluxo escolhido foi o processo de atendimento ao cliente, para melhor conhecer o processo e definir a posição de cada trabalhador no seu posto de trabalho de acordo com seus conhecimentos foi feita a análise do fluxo, de acordo com a carta de processo (Figura 6), na qual permite que seja visualizada de forma clara e detalhada os passos do processo de atendimento e o fluxograma (Figura 7), que é também fundamental para se conhecer o processo como o todo, e com isso facilitar as mudanças das operações baseada no processo atual para a melhoria do processo.

Dessa maneira, cada etapa do processo foi observada, e após foi realizada as medições dos tempos percorridos pelos colaboradores até o estoque e assim tornou-se possível estimar o

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tempo em média do atendimento e verificaram-se possíveis mudanças para melhorar a rapidez no processo, o qual é um diferencial da empresa.

Figura 6 – Carta de Processo

Fonte: Autores (2019)

Figura 7 – Fluxograma

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Fonte: Autores (2019)

5.3. Fase 3 – Relacionamento entre Atividades

Para observar o nível de afinidade entre os postos de trabalho ou os setores de trabalho e assim poder organizar o novo layout de acordo com a afinidade dos setores, foi feito o diagrama de afinidades (Figura 8), como pode ser observado abaixo.

Figura 8 – Diagrama de afinidades

Fonte: Autores (2019)

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Nota-se que no diagrama existem três relações absolutamente necessárias: Caixa com o balcão de atendimento, balcão de atendimento com a prateleira e o balcão de atendimento com a porta de entrada. Já asrelações caixa e o mostruário, depósito e a mesa do gerente são considerados pouco importantes. E em relação á proximidades indesejáveis têm como exemplo, o mostruário com a copa, a copa com paleteia, a copa com o banheiro. Todas essas informações serviram de base para a proposta do novo layout.

5.4. Fase 4 – Diagrama de Relacionamento

Através deste diagrama abaixo (Figura 9), podemos observar melhor as relações e proximidades de cada posto de trabalho.

Figura 9 – Diagrama de Relacionamento

Fonte: Autores (2019)

5.5. Fase 5 – Espaço Necessário e Espaço Disponível

No levantamento de espaço disponível foram usadas as métricas obtidas na primeira fase do PSL, assim como o espaço necessário, que é o espaço que mobília ocupa no local. Esse

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levantamento foi necessário para embasar a nova proposta de layout e possíveis mudanças, visto que há uma necessidade de equilíbrio entre o disponível e o necessário, pois não se pode propor uma mudança física sem saber se metricamente há espaço para tal. Na tabela abaixo (Quadro 2) podemos observar os postos de trabalho e quais os espaços disponíveis de cada.

Quadro 2 – Espaço Necessário

Espaço Necessário Postos de Trabalho Comprimento (m)

Largura (m)

Área (m²)

1 Caixa 3 1 3

2 Estoque 8 1 8

3 Copa 2 0,5 1

4 Balcão de Atendimento 12 1 12

5 Mesa do Gerente 2 1 2

6 Porta 9 1 9

7 Mostruário 4 0,5 2

8 Prateleira 26 1,5 39

9 Área de Atendimento 8 8 64

10 Geladeira 1 0,5 0,5

Total 105,5

Fonte: Autores (2019)

A loja possui uma área total de 160 metros quadrados, após a metragem dos postos de trabalho e respectivos espaços, o total de espaço necessário seria de 105,5 metros quadrados.

Diante disso, teria espaço suficiente para fazer as mudanças para o novo layout.

5.6. Fase 6 – Alternativa de Layout

Partindo dos dados obtidos nas fases anteriores do PSL, chega-se ao modelo final proposto (Figura 10), no qual a estrutura foi devidamente baseada no diagrama de afinidades que relaciona a importância de alocação dos móveis, no fluxograma e carta de processo que mostra a importância do layout no tempo de atendimento ao cliente. E também com o levantamento de espaços disponíveis e necessários, no qual foi analisado se determinado espaço de um determinado setor poderia receber tal alteração.

Figura 10 – Proposta de novo Layout

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Fonte: Autores (2019)

5.7. Fase 7 – Avaliação Qualitativa dos Layouts

Na última etapaadota no presente trabalho, foi a avalição qualitativa de atribuição de pesos e importância para alguns quesitos da loja, conforme a tabela abaixo (Quadro3), importância que foi atribuída pelos proprietários da empresa. Em seguida os layouts foram comparados.

Quadro 3 – Avaliação Qualitativa dos Layouts

Avaliação dos Layouts

Empresa: Casa Mitre Data: 23/03/2019

Descrição das alternativas:Layout antigo (A) / Layout proposto (B) Peso Atribuído: Equipe do trabalho

Avaliado por : Messias e Ana Carolina

Fator consideração Peso A B Layout A Layout B

Fluxo de Clientes 4 3 4 12 16

Fluxo de Materiais 5 3 4 15 20

Aparência 3 2 5 6 15

Organização 4 2 5 8 20

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Investimento 3 3 3 9 9

Total 50 80

Layout escolhido: Layout Proposto (B)

Fonte: Autores (2019)

Comos resultados obtidos nas fases seguidas de acordo com o PSL mostram na tabela á análise qualitativa no qual compara o layout atual (A) ao proposto (B), onde o layout proposto se sobressai em todos os quesitos, destacando-se principalmente no fluxo de materiais e organização.

6. Considerações Finais

Ao propor o novo layout com melhorias de acordo com os métodos sistemáticos e adaptados às características especificas dos layouts analisados e de seus respectivos sistemas de produção, foi possível visualizar a melhoria dos fluxos e obter eficiência no processo de atendimento ao cliente. Visto que a empresa ficaria mais organizada e produtiva, porque iria se reduzir o tempo de espera e os produtos ficariam melhores alocados.

Em resumo, as experiências e conhecimentos foram essenciais para o desenvolvimento da pesquisa, mas para reorganizar o ambiente de trabalho é preciso uso de ferramentas como o planejamento sistemático de layout para elaborar propostas viáveis que atendam a necessidade e o espaço da organização possibilitando um ambiente planejado com o melhoramento dos fluxos de produtos e pessoas, resultando emuma organização mais eficiente e competitiva frente à concorrência.

Entretanto, a principal dificuldade encontrada ao longo do estudo foi à aceitação do proprietário frente às mudanças, devido ao sistema da organização ser centralizador.

Entretanto,ao visualizar as propostas de melhorias o dono demonstrou interesse em aplicar futuramente, pois estas se mostraram bastante eficazes e adaptáveis às necessidades do ambiente organizacional sem alterar a sua estrutura.

Para futuros estudos, sugere-se organizar os estoques de acordo com a classificação PQR para classificar a frequência dos produtos e definir a localização destes nos estoques, pois a empresa possui muitos estoques de mercadorias e não apresenta organização com grau de importância. Assim como a aplicação do programa 5S para monitoramento e melhoria da poluição visual do ambiente, tornando a organização mais produtiva e eficiente para com os funcionários e clientes.

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REFERÊNCIAS

COSTA, A. J. Otimização do layout de produção de um processo de pintura de ônibus. 2004. 123 f.

Trabalho conclusão de curso (Mestrado profissionalizante Ênfase em Engenharia de Produção) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.

CHING, Y. HONG. Gestão de Estoque na cadeia de logística integrada – Supply Chain- 2. Ed. – São Paulo:

Atlas, 2001.

CORRÊA, H. L.; CORRÊA, C. A. Administração de produção e operações. São Paulo: Atlas, 2006.

HEIZER, Jay; RENDER, Barry. Operations Management.UpperSaddleRiver, NJ: Prentice-Hall, 2001

MARTINS, Petrônio G.; LAUGENI, Fernando Piero. Administração da produção. 2. Ed. São Paulo: Saraiva, 2005.

MOREIRA, D.A., Arranjo físico de instalações, Administração da Produção e Operações, 5ª edição, pp 259- 263, 2000.

MUTHER, R. WHEELER, J. D. Planejamento sistemático e simplificado de layout. 2 ed. São Paulo,2008.

SEGUNDO, D. W.F, FONTANA, M.E. Estudo do rearranjo físico funcional de uma pequena empresa do polo de confecções do agreste de Pernambuco. In: XXXVI Encontro Nacional de Engenharia de Produção.

Anais. João Pessoa: ENEGEP, 2016.

SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R; BRANDÃO, B, A. Administração da Produção. 4. Ed. São Paulo: Atlas, 2015.

TOMPKINS, J.A. et al.,Facilities planning. 2. Ed. New York: John Wiley, 1996.

YIN, R. K. Estudo de caso: Planejamento e métodos. 3. Ed. Porto Alegre: Bookman, 2005.

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