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ATUAÇÃO DO PILATES NOS DESVIOS POSTURAIS INFANTIS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA.

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Academic year: 2023

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ATUAÇÃO DO PILATES NOS DESVIOS POSTURAIS INFANTIS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA.

Pilates performance in children's postural deviations: an integrative review.

Alanna Santos da Silva1 Aline Miranda de Vasconcelos 2 Nicole Oliver Cruz 3

¹Graduanda em Fisioterapia pela Faculdade Internacional da Paraíba;João Pessoa, Brasil

²Fisioterapeuta, Mestre em Neurociência Cognitiva e Comportamento – UFPB;João Pessoa, Brasil ³ Fisioterapeuta, Doutora em Fisioterapia – UFRN; Brasil.

RESUMO

A postura é considerada uma ligação dinâmica dos segmentos corporais, no entanto com as atividades de vida diária das crianças esses segmentos sofrem desalinhamento apresentando uma alta incidência de alterações posturais.

Desta forma, objetivou-se Analisar a atuação do método pilates (MP) como alternativa de tratamento para os desvios posturais no público infantil. Para isso, foi realizada uma Revisão integrativa da literatura, nas bases de dados:

PubMed, Scielo e Google Acadêmico usando os descritores: método pilates, lombalgia, alterações posturais, crianças e seus respectivos correspondentes na língua inglesa. Os critérios de inclusão foram artigos sobre o MP nas correções e alterações posturais em crianças disponíveis na integra, em língua portuguesa e inglesa, do ano de 2016 a 2022. Foram excluídas teses e monografias e estudos duplicados nas bases de dados. Após uma análise criteriosa, seis artigos foram selecionados para compor esta revisão, os quais relatavam o MP como alternativa de tratamento nas alterações posturais em crianças. Em alguns estudos foi possível observar que o MP apresentou resultados positivos, diminuindo e retardando os desvios posturais, além de proporciona uma melhora no alinhamento postural, visto que é uma técnica baseada em exercícios que integram a força, a respiração e o alongamento, o que consequentemente melhora a postura diminuindo as alterações posturais.

Palavras-Chave: Método Pilates. Crianças. Alteração postural.

ABSTRACT

Posture is considered a dynamic connection of body segments, however, withchildren'sdaily activities, these segments suffer misalignment, presenting a high incidenceof postural changes. Objective: Toanalyzethe performance ofthe pilates method (PM) as analternativetreatment for postural deviations in children. Methods: Thiswasanintegrativeliterature review carried out in

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thedatabases: PubMed, Scielo and Google Scholar usingthedescriptors: pilates

method, lowbackpain, postural changes,

childrenandtheirrespectivecorrespondents in English in SeptemberandOctober 2022. Inclusionandexclusioncriteriawerearticles on PM in postural correctionsand postural changes in childrenavailable in full, in Portuguese andEnglish, from 2016 to 2022. Thesesandmonographsandduplicatestudies in databasesandarticleswereexcluded. whodidnotfullydetail MP. The articleswereanalyzedandselectedaccordingtothefollowingvariables: PM for children as analternativetreatment for postural changes, mainresultsanddifficultiesfaced. Results: After a carefulanalysis, sixarticleswereselectedtocomposethis review, whichreportedthe PM as analternativetreatment for postural changes in childrenandthatansweredthe guiding question, in some studies it waspossibleto observe thatthe PM presented positive results, decreasinganddelaying postural deviations, butalsostudiesdidnot show positive results, buttherewas a stagnationof postural deviationstriggered in childhood. Conclusion: PM providesbetter postural alignment, as it is a techniquebased on exercisesthatintegratestrength, breathingandstretching, whichconsequently improves posturebyreducing postural changes.

Keywords: Pilates Method. BakacheChildren. Postural change.

INTRODUÇÃO

A postura é definida como uma ligação dinâmica dos segmentos corporais. Essencialmente a parte musculoesquelética que tem uma adaptação respondendo aos estímulos recebidos. Por conseguinte, a postura é descrita para o alinhamento do corpo da mesma maneira que sua orientação espacial, por outro modo as alterações posturais são conseqüência do desalinhamento relativo dos diversos segmentos do corpo. Com isto, as estruturas corporais tendem buscar a homeostase1-2.

Ainda de acordo com o autor supracitado, a postura é caracterizada pelo resultado da capacidade que os ligamentos, cápsulas e tônus muscular têm de sustentar o corpo ereto, facilitando sua permanência em uma mesma posição por longos períodos, sem desconforto e com redução do consumo energético.

Desta forma, é imprescindível uma boa postura, prevenindo desequilíbrios musculares, lesões ou alterações na coluna, como escoliose, hipercifose e/ou hiperlordose2-3.

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Vieira4 ressalta que 20% das crianças apresentam alta incidência de desvios posturais e em torno de 26,3% apresentam sinais precoces de escoliose. A escoliose é uma torção da coluna vertebral em relação ao seu próprio eixo, um desvio tridimensional com etiologia desconhecida, podendo ocasionar uma curvatura em “S” ou em “C”, sendo estrutural ou não estrutural.

Dependendo da sua gravidade, uma das suas complicações pode ser alterações na capacidade cardiorrespiratória, ocasionando a diminuição da resistência e da força da musculatura respiratória, devido as alterações da caixa torácica, fazendo com que o sistema respiratório reduza sua eficiência3.

Em relação a hipercifose, a mais comumente encontrada nas crianças é a hipercifose torácica que é um desvio localizado na coluna vertebral, na região T1-T12, ocasionada pelo aumento da cifose fisiológica. Já a hiperlordose é o aumento da curvatura da coluna lombar, causando desconforto e dores 3.

Entre a faixa etária de 5 a 10 anos, as mudanças de hábitos e brincadeiras no celular e/ou computador, por exemplo, vem aumentando o sedentarismo devido tempo de permanência sentado, o que pode acarretar uma posição inadequada e viciosas4.

As posições inadequadas, como sentado por um tempo prolongado, podem causar alterações anátomofuncionais na coluna, enrijecimento e encurtamento muscular favorecendo os desvios posturais. O transporte de mochilas pesadas e o modo incorreto de carregar pode ocasionar uma sobrecarga em um dos lados do corpo, favorecendo o aumento do desenvolvimento da escoliose que além de causar transtorno estético, pode trazer complicações para a saúde da criança como a dor, desconforto e o comprometimento da função pulmonar4.

Nesse contexto, o método Pilates (MP) que foi desenvolvido por Joseph Hubertus Pilates (1880-1967) e é caracterizado como um dos programas de atividades física que tem como princípios a concentração, centralização (powerhouse), controle, precisão nos movimentos e respiração pode ser considerada como uma das principais ferramentas utilizadas para o tratamento das correções desses desvios posturais. O MP é visto como umas das melhores alternativas de tratamento conservador desses desvios posturais, pois não melhora apenas os desvios, mas também o bem-estar, disposição e a concentração5.

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Portanto, Nunes et al.,4 Goulart et al.,5 apresentam a utilização do MP em crianças de 6 a 14 anos e os benefícios são positivos, destacando que o MP contribui positivamente no alinhamento postural do corpo1. Visto que é uma técnica baseada em exercícios que integram a força, a respiração e o alongamento, o que conseqüentemente melhora a postura diminuindo as alterações posturais. Nesse sentido, objetivou-se analisar a atuação do MP nos desvios posturais infantis5.

METODOLOGIA

Tratou-se de uma revisão integrativa da literatura desenvolvida a partir da questão norteadora: quais são os benefícios do Pilates para melhorados desvios posturais na fase infantil. Para o desenvolvimento do estudo, foram seguidas as seguintes etapas: seleção da questão norteadora, estabelecimento dos descritores, critérios de inclusão e exclusão e busca na literatura; avaliação dos estudos de revisão integrativa; definição das informações a serem extraídas; avaliação dos resultados e apresentação do conhecimento produzido.

As buscas foram realizadas nas bases de dados: SciELO, Pubmed, Google acadêmico, mediante os descritores em Ciências da saúde (DeCs):

método pilates (ExerciseMovementTechniques), Correção Postural (Manipulation, Chiropractic) e crianças (Children). Para sistematizar as buscas foram utilizados os operadores booleanos com o seguinte esquema:

ExerciseMovementTechniquesORManipulation, ChiropracticANDChildren.

Os critérios de inclusão foram artigos sobre o MP nas correções posturais e alterações posturais em crianças disponíveis na integra, em língua portuguesa e inglesa, do ano de 2016 a 2022. As buscas foram realizadas nos meses de setembro a outubro de 2022, por uma pesquisadora de forma independente.

RESULTADOS

Inicialmente foram encontrados 438 artigos. Após a leitura de títulos, resumos e classificação pelos critérios de elegibilidade foram selecionados 06

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artigos. A busca e seleção dos artigos são apresentadas conforme o instrumento Prisma20.

Figura I. Fluxograma do detalhamento metodológico do estudo.

Fonte: Dados da pesquisa, 2022.

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Quadro I - Artigos referente ao Método Pilates em crianças.

AUTOR/

ANO

OBJETIVO MÉTODO RESULTADOS

CIBENELL, et al- 2020

Investigar a eficácia do MP, um programa de

exercícios, no

alinhamento postural no plano sagital em crianças de 8 a 12 anos.

Ensaio clínico controlado randomizado cego, com GP e GC no Instituto de Educação Infantil. Foram randomizadas

40 crianças, sem

conhecimento prévio do MP e sem treinamento físico nos últimos seis meses. Os exercícios do MP foram administrados 2 vezes por semana durante 4meses em sessões de 50 minutos.

Não houve diferença

estatisticamente significativa entre os grupos pós-intervenção.

Foi encontrada diferença significativa na melhora do alinhamento postural, intragrupo:

entre as crianças do GP, na visão sagital direita no alinhamento corporal vertical, encontrado maior ângulo e maior extensão cervical após a intervenção e no GC no alinhamento vertical do tronco na visão sagital.

GOULART, et al -2016

Comparar o padrão postural relacionado à coluna cervical e cintura escapular de estudantes praticantes e não praticantes do MP.

Ensaio clínico controlado, no qual foi incluída uma amostra de conveniência formada por estudantes com idades entre 9 a 14 anos. Estudantes praticaram um protocolo com os exercícios baseados no MP, constando o pilates solo e acessórios composto por três etapas, e adaptado pelos pesquisadores.

Houve diferença significativa entre os grupos, nas variáveis relacionadas ao alinhamento do plano frontal evidenciando que nos estudantes do GP, em comparação aos do GI, o acrômio esquerdo está menos elevado, a escápula esquerda está menos abduzida e melhor alinhamento corporal e do centro.

SETTE, et al - 2019

Avaliar os efeitos do MP na educação postural e averiguar a adesão de crianças.

Estudo experimental, de caráter exploratório e descritivo, de natureza aplicada e abordagem quantitativa.

Crianças, foram submetidos a uma avaliação postural inicial, que se repetiu após a última sessão. As crianças participaram de 20 sessões com o MP solo, utilizando bolas suíças e faixas elásticas.

As sessões tiveram duração de 50minutos cada.

Evidenciou-se melhora nas habilidades relacionadas ao equilíbrio, esquema corporal, e organização espacial,

aumentando de forma

significativa do quociente motor geral das crianças estudadas.

NUNES, et al -2016

Analisar os efeitos do MP sobre o equilíbrio postural de crianças de 06 e 07 anos, bem como identificar esses efeitos conforme o sexo.

Estudo longitudinal

prospectivo, quase

experimental (ausência de um grupo controle) e quantitativo.

As crianças foram submetidas a um protocolo de exercícios do MP (solo, acessórios e aparelhos), com duração de 50 minutos, durante 05 meses, totalizando 20 sessões do MP.

Foi possível identificar uma redução significativa de déficits no grupo geral e no grupo feminino após a intervenção. A prática dos exercícios do MP foi eficaz para a melhora do equilíbrio postural de crianças, aumentando a integração e utilização dos sistemas visual e vestibular.

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FONSECA, et al -2017

Analisar os efeitos do MP sobre o perfil e a percepção postural em crianças e verificar as medidas do mobiliário escolar.

Trata-se de um estudo quase- experimental que avaliou o perfil postural da coluna cervical, ombro e escápula de crianças, do (SAPO). Após a avaliação, iniciaram a prática supervisionada do MP, constituído por 20 sessões durante 5 meses.

A prática de 20 sessões do MP melhorou o perfil postural de crianças, nas variáveis relacionadas com o alinhamento horizontal da cabeça dos acrômios. Contudo, não houve modificação sobre o alinhamento vertical da cabeça e sobre a percepção postural dos escolares pós-intervenção. O mobiliário escolar apresentou mensurações inadequadas, e representa um fator de risco para as alterações posturais encontradas no estudo.

LEITE, et al- 2022

Verificar a influência de hábitos posturais e o peso da mochila em relação a presença da escoliose em escolares da rede municipal de ensino de Serra Talhada – Pernambuco.

Estudo transversal, analítico e observacional. A avaliação foi realizada nas escolas, por meio de entrevista para preenchimento de um formulário, pesagem da mochila e do escolar, separadamente, altura dos escolares e avaliação postural com biofotogrametria.

Verificou-se escoliose 100% da amostra, e que os parâmetros referentes ao peso (até 10% do peso da criança), tipo e forma de transportar a mochila estavam fora dos valores recomendados, e que os hábitos posturais dos estudantes eram maus/ruins.

Sendo desta forma possível inferir que os fatores avaliados provavelmente influenciaram no aparecimento do padrão escoliótico adquirido.

Fonte: Dados da pesquisa, 2022.

Legenda: MP: Método Pilates- MP, Grupo Pilates (GP), GC: Grupo Controle (GC) GI: Grupo Inativo, SAPO: Software para avaliação postural.

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DISCUSSÃO

Com base nos resultados desse estudo, o MP apresentou contribuições importantes sobre as alterações posturais. Tanto a criança, como o adolescente passam por uma transição física de suma importância para suas estruturas musculoesquelética, é nesse tempo de maturação que estão mais suscetíveis ao aparecimento de alterações posturais 6.

Nunes et al,5 encontraram nos seus estudos que as alterações posturais mais comuns acontecem devido aos mobiliários utilizados nas escolas, no qual uma das variáveis avaliadas era a questão ergonômica dos mobiliários ofertados em escola. Após as análises, os achados mais comuns foram que os as mesas e cadeiras da escola apresentavam medidas irregulares que acarretavam as alterações posturais em crianças5-7.

Por sua vez, Leite et al.,11e Moura et al.,19 observaram que outras causas levaram as alterações posturais, o transporte da mochila acima dos 10% do peso corporal, favorecendo o aparecimento não só da lombalgia, mas também foi observado o aparecimento do padrão escoliótico, adquirido devido a esses hábitos13-21. Corroborando com Fernandes et al.,8 que utilizou o MP por 6 semanas, foi notório a melhora da resistência dos flexores e extensores de tronco e melhor extensibilidade dos isquiotibiais8.

Galvez et al.,9 a postura sentada por longos períodos e a prática de hábitos posturais incorretos durante as atividades tendem a gerar desconfortos e tensões. No entanto Fernandes et al,8 em seu estudo semelhante relata que a lombalgia raramente é desencadeada por neoplasias, processos infecciosos e degenerativos; em grande parte a dor lombar é conseqüência de alterações osteomioarticulares e posturas incorretas. O gênero mais acometido pelas dores lombares são as meninas que são cerca de 16,6 vezes mais acometidas pela sintomatologia que os meninos, sendo justificado pela maturidade e puberdade do sexo e além disso, os meninos tendem a negar ou omitir seus sintomas18.

A respeito do peso considerado ideal para a mochila escolar, que diversos autores concordam com o preconizado, pela Sociedade Brasileira de Ortopedia Pediátrica, sendo 10% do peso corporal do estudante, seria o mais ideal para evitar possíveis alterações posturais. É tolerável ainda cargas com até 15% do peso corporal, porém, tendo a possibilidade de acarretar algum

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dano as estruturas, valores acima do citado, geram ônus aos estudantes e acarretam problemas3-13.

Com relação a sintomatologia sentida e corroborando com as informações supracitadas, Fonseca et al.,7 identificaram que os alunos relatavam dores lombar, a lombalgia apresentou em 37,8% dos estudantes e ressaltou que 71,9% dos adolescentes avaliados carregam a mochila escolar de forma correta, porém, 10% carregava a mochila com o peso acima do indicado.

Sette et al.,13 avaliou a intervenção do MP na efetividade de 20 sessões de forma divertida com o intuito de aderir mais crianças e a melhora das alterações posturais, antes de iniciar as aulas práticas, foi realizada uma aula teórica para os participantes, acerca do MP, bem como seus princípios, fundamentos, aplicação, benefícios e objetivos. No entanto, Fonseca et al.,7 realizou uma avaliação postural inicial, que repetiu-se após a última sessão, evidenciou-se melhora nas habilidades relacionadas ao equilíbrio, esquema corporal, e organização espacial, aumentando de forma significativa do quociente motor geral das crianças estudadas.

Ainda assim, de acordo com os estudos acima apresentados, no estudo de Cibenello et al.,2 não foi visto modificações pós-intervenção, foi evidenciado a baixa prevalência de hábitos posturais adequados no início da vida escolar2,14. Sette et al,13 acrescenta que, ainda, que essas alterações necessitam de atenção e intervenção precoce para evitar a instalação e progressão durante as próximas fases de desenvolvimento13.

Nairadi,14 após a realização de um estudo randomizado com 80 pré- adolescentes do sexo feminino com faixa etária entre 10 e 13 anos, teve como resultado que a integração do trio terapêutico: Eutonia, Ginástica Holística, pilates, ressaltando, eficácia na redução do quadro álgico proporcionando uma melhora na flexibilidade, e compreendendo as formas corretas e evitando os hábitos posturais. As adolescentes avaliadas relataram uma melhora no âmbito

escolar para escrever, digitar, carregar a mochila e alcançar objetos no solo16. Contudo Silva et al.,6 e Cibenello et al,2 relataram uma melhora da postura

corporal, através de uma avaliação física com crianças em período escolar com idade de 6 a 12 anos, em que propôs a pratica de técnicas dos exercícios de

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pilates e foi verificado uma diminuição da inclinação e anteriorização cervical, diminuição da cifose torácica, lordose lombar e desnivelamento pélvico.

Goulart et al.,1 ressaltou em sua pesquisa que o MP influencia no controle postural e estimulam o trabalho dos músculos centrais e estabilizadores da coluna, o pilates requer ativação e coordenação de grupos musculares em um mesmo momento, destacando o fortalecimento muscular, respiração, o movimento, coordenação e o posicionamento do corpo, desenvolvendo a estabilização e flexibilidade. No entanto, Cibenello et al.,2 detalhou em seu estudo que houve melhorias no alinhamento da cabeça, tronco e membros inferiores em estudante em fase escolar, onde os maus hábitos surgem devido aos móveis escolares presente nas escolas, a forma incorreta que transporta a mochila como Leite et al,11 ressaltou.

De acordo com Sette et al.,13 e Nunes et al.,5 os achados mais comuns encontrados referente ao MP na educação e no equilíbrio posturais em crianças foram achados positivos onde foram submetidas a 20 sessões de MP, evidenciando melhora na habilidade relacionada ao equilíbrio, esquema corporal, aumentando a integração e utilização dos sistemas vestibular e visual5. Entretanto, Cibenello et al.,2 em avaliação semelhante do alinhamento postural não houve diferença estatisticamente entre os grupos de pós- intervenções, foi encontrado melhora no alinhamento corporal entre crianças do grupo pilates e maior extensão cervical após a intervenção2.

Fonseca et al.,7 obtiveram resultados diferentes sobre o perfil e a percepção postural dos estudantes entre 5 a 7 anos; após a aplicação dos avaliados, foi identificado que o MP não foi eficaz para melhorar o alinhamento vertical da cabeça, porém, não houve acentuação dos desalinhamentos, indicando que o MP foi capaz de retardar as alterações posturais7. Porém já para Goulart et al,1 a prática do MP nos estudantes de 9 a 14 anos proporcionou um melhor alinhamento de tronco e do centro de gravidade. Esse fato se explica devido que o MP trabalhar ativação dos músculos centrais e estabilizadores da coluna juntamente com o controle respiratório durante a execução de todos os exercícios do MP.

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CONCLUSÃO

Por meio do presente estudo, foi possível observara atuação do MP nos desvios posturais infantis. Além disso, observou-se a influência negativa em relação ao mobiliário escolar e o peso da mochila como fatores que favorecem as alterações posturais e a sintomatologia dolorosa e que o MP aplicado a crianças e adolescentes de modo geral, é capaz de oferecer uma melhora postural com diminuição dessa sintomatologia. Em alguns estudos foi possível observar que o MP não apresentou resultados signicativos para melhora dos graus dos desvios posturais, porém houve uma estagnação destes desvios desencadeados na infância.

Enfatiza-se a elaboração de mais estudos clínicos sobre a efetividade do MP nos desvios posturais infantil afim de analisar maiores resultados, evidenciando a inclusão precoce das atividades posturais com orientações e supervisão necessária para redução significativa dos desvios posturais em crianças, como uma melhor alternativa de tratamento para as crianças.

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