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RESUMOS MONOGRAFIAS - 4º B 2007.2/2008.1Adriano José Fontes IsabelaIntrodução: O

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RESUMOS MONOGRAFIAS - 4º B 2007.2/2008.1

Adriano José

Fontes Isabela Introdução: O diabetes melito é um distúrbio crônico, caracterizado pelo comprometimento do metabolismo da glicose e de outras substâncias produtoras de energia, bem como pelo desenvolvimento tardio de complicações vasculares e neuropáticas. No mundo inteiro, o diabetes afeta mais de 135 milhões de pessoas, e a previsão é de que este número alcance 300 milhões em 2025. O diabetes melito gestacional é definido como a intolerância a glicose diagnosticada pela primeira vez durante a gravidez.

A incidência do diabetes melito gestacional é cerca de 14%, dependendo da população estudada e do método utilizado para rastreamento e diagnóstico. A gestação é um estado hipersulinêmico caracterizado por uma diminuição da sensibilidade à insulina, parcialmente explicada pela presença de hormônios diabetogênicos, tais como a progesterona, o cortisol, a prolactina e o hormônio lactogênico placentário. Macrossomia, polidrâmnio, ganho de peso exagerado, síndrome do desconforto respiratório, óbito fetal intra-uterino, hipoglicemia neonatal e maior incidência de parto operatório são complicações do diabetes gestacional. O diagnóstico precoce e o bom controle glicêmico durante a gravidez são primordiais para a melhoria dos resultados obstétricos neste grupo populacional. Objetivo:

Avaliar a eficácia e segurança dos hipoglicemiantes orais no controle glicêmico no tratamento do diabetes gestacional, comparado ao controle com a utilização da insulina.Forma de Estudo: Revisão bibliográfica. Material e Métodos: Foi realizada uma busca bibliográfica nas Base de Dados BIREME, MEDLINE e LILACS, referente aos anos de 1993 a 2007. Os artigos teriam que estar necessariamente nos idiomas inglês, português ou espanhol. Foram selecionados artigos originais a partir de uma busca estratégica utilizando as palavras-chave: “tratamento diabetes gestacional”; “diabetes gestacional”;

“hipoglicemiantes orais diabetes gestacional” bem como seus equivalentes em inglês. Outra estratégia utilizada foi a busca manual em lista de referências dos artigos identificados e selecionados.

Resultados: Os diversos autores avaliaram dados maternos como idade, paridade, idade gestacional, e Índice de Massa Corpórea (IMC).Todos autores verificaram que os hipoglicemiantes orais controlaram efetivamente a glicemia na maioria das gestantes, quando comparado ao controle feito com insulina.Discussão e Conclusão: O controle glicêmico é de especial importância para a redução das complicações perinatais e maternas. Os resultados demonstraram claramente que os hipoglicemiantes orais, como a glibenclamida tiveram o mesmo efeito no controle glicêmico, quando comparado ao controle com insulina. As médias glicêmicas maternas, durante os períodos dos estudos traduzem a eficácia dos hipoglicemiantes orais. Foi demonstrado também que tais drogas não tiveram efeito teratogênico nos estudos em questão, podendo ser utilizadas com segurança. Entretanto, os resultados clínicos preliminares obtidos com a utilização dos hipoglicemiantes orais em gestantes diabéticas devem ser avaliados em estudos com maior tamanho amostral, de modo a corroborar os achados da literatura atual, que ainda está limitada a ensaios com casuísticas reduzidas.

Palavras-chave: tratamento diabetes gestacional; diabetes gestacional; hipoglicemiantes orais diabetes gestacional.

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Alandra Ferraz

Maturino A febre tifóide é uma das principais causas de morbidade, constituíndo um problema de saúde pública, principalmente, nos países em desenvolvimento. Nos países mais desenvolvidos com um bom saneamento básico, a febre tifóide é uma doença esporádica, que ocorre principalmente em viajantes que retornam de áreas endêmicas. A redução do impacto da febre tifóide e de suas complicações, pode ser realizado através de estratégias de prevenção, como saneamento básico adequado, higiene e o uso de vacinas. Entre os instrumentos de política de saúde pública, a vacina ocupa lugar de destaque no processo de promoção de saúde. O uso de vacinas de forma mais ampla foi introduzido a partir do início do século passado e contribuiu de forma inequívoca para a redução da incidência das doenças infecciosas. O conceito original de uma vacina para proteger contra a febre tifóide foi introduzida simultaneamente na Inglaterra e na Alemanha em 1896 e resultou na produção da primeira vacina parenteral de célula inteiras. A primeira vacina contra a febre tifóide foi obtida através da inativação dos bacilos utilizando o calor ou produtos químicos.

Atualmente, existem duas vacinas disponíveis contra a febre tifóide: a Ty21a (uma versão atenuada da S.entérica sorovar typhi, administrada via oral) e a Vi (baseada no polissacarídeo capsular purificado S.entérica sorovar typhi antígeno Vi, administrada via parenteral). Entretanto, nenhuma delas foi adotada como instrumento de rotina em saúde pública, nos países em que a febre tifóide é endêmica. A única indicação já estabelecida para a administração das vacinas contra a febre tifóide é para viajantes com maiores riscos de contaminação. Esta revisão tem como principal objetivo comparar a eficácia das vacinas Ty21a (oral) e Vi polissacarídica (parenteral) na prevenção da febre tifóide.

Palavras-chaves: Salmonella; febre tifóide; vacinas; Vi polissacarídica; Ty 21a; viajantes.

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Alexandre Vianna

Cedro Introdução: O magnésio é o segundo cátion intracelular, e co-fator de diversas enzimas que participam da sinalização da insulina. Dessa forma, estudos têm sugerido que a deficiência de magnésio poderia inviabilizar essa sinalização, predispondo o desenvolvimento de patologias ligadas à resistência à insulina. Objetivo: Revisar na literatura a deficiência de magnésio na resistência à insulina, diabetes melito tipo 2 e síndrome metabólica, bem como, verificar a eficácia da reposição desse íon, como terapia adjuvante, no controle metabólico dessas patologias. Método:

Os artigos originais foram identificados a partir da busca em base de dados do Lilacs e MedLine, entre os anos de 1978 e 2008, sem existir restrição quanto ao idioma das publicações. Resultados:

Foram analisados, separadamente, os 17 artigos selecionados. Todos mostraram relação direta entre deficiência de magnésio e resistência à insulina, diabetes melito tipo 2 e síndrome metabólica. Observou-se, também, um melhor controle metabólico nos pacientes com resistência à insulina que foram submetidos à reposição oral de magnésio.

Não foram observadas, entretanto, padronizações em relação às doses ou tempo de administração de magnésio. Conclusão: A redução dos níveis sérios e intracelulares de magnésio é uma anormalidade freqüente em pacientes com resistência à insulina e seus fatores de risco associados; e a reposição oral de magnésio se mostrou eficaz, como terapia adjuvante.

Palavras-chave: “magnesium AND insulin resistance”; “magnesium AND diabetes mellitus”;

“magnesium AND metabolic syndrome”.

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Amanda Andrade

Mascarenhas Introdução: Apesar de promover um aumento importante na sobrevida dos pacientes HIV - positivos, a Terapia Antiretroviral Altamente Ativa (HAART) está sendo associada a efeitos adversos metabólicos, tais como dislipidemia, lipodistrofia, entre outros. O estudo da função endotelial utiliza uma técnica não-invasiva que detecta acometimentos precoces no processo aterogênico do vaso. Já foi documentada a presença de disfunção endotelial em pacientes HIV – positivos, inclusive naqueles em uso da HAART. Objetivo: Determinar a freqüência de disfunção endotelial através da vasodilatação mediada pelo fluxo (VMF) em indivíduos HIV positivos dislipidêmicos. Materias e Métodos: Estudo observacional de corte transversal utilizando pacientes HIV - positivos portadores de dislipidemia. Foi realizado o estudo de ultra-som vascular através da análise da vasodilatação mediada por fluxo (VMF), expressa por mudança no diâmetro vascular pós-estímulo. A medida do percentual de dilatação da artéria braquial foi comparada com indivíduos HIV - negativos pareados por idade e sexo. Resultados: Foram selecionados 42 indivíduos, 21 HIV - positivos dislipidêmicos e 21 controles. O percentual de dilatação de ambos os grupos foi respectivamente 3,3% ±2,68 X 7,9% ±4,2; p<0,001. Dentre os indivíduos HIV - positivos dislipidêmicos 15 estavam em uso de Inibidores da Protease (IP) e 6 utilizavam Inibidores da Transcriptase Reversa Não-Nucleosídeos (ITRNN). Observou-se que o grupo de 6 pacientes em uso de ITRNN revelou menor função endotelial que o grupo em uso de IP (p=0,02).

Conclusão: Pacientes HIV - positivos dislipidêmicos têm significativa disfunção endotelial associada ao tratamento antiretroviral (ARV) independente do esquema conter IP ou NNRTI.

Palavras-chave: função endotelial; HIV; HAART; dislipidemia.

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Ana Carolina Rocha

Garcia Introdução: O consumo de substâncias psicoativas entre estudantes de medicina tem sido analisado em diversos estudos no mundo, com destaque importante para o consumo de álcool e tabaco.

População referência: estudantes de medicina do 1º ao 4º ano da cidade do Salvador (BA).

Objetivo: Estimar a prevalência de consumo de álcool, tabaco, SPAs ilícitas e drogas médicas entre estudantes de medicina matriculados em universidades públicas e particulares da cidade do Salvador-BA (Universidade Federal da Bahia - UFBA e Faculdade de Tecnologia e Ciências de Salvador - FTC). Método: Realizou-se um estudo de corte transversal descritivo entre os alunos de medicina matriculados no ano de 2008 na FTC e UFBA do primeiro ao quarto ano. O instrumento utilizado foi um questionário auto-aplicável e anônimo. N previsto: 547 alunos. Análise estatística:

Utilizamos as medidas de prevalência, estatística descritiva (média, desvio padrão, valores máximos e mínimos), a razão de prevalência (RP) e os testes do Qui-Quadrado (2). O nível de significância foi de 0,05 e Intervalo de Confiança de 95 %. Resultados: A prevalência de experimentação de álcool e tabaco foi de 92,7% e 36,7%, respectivamente. O gênero masculino consumiu mais tabaco e substancias psicoativas que o feminino e não houve diferença estatisticamente significante da prevalência do consumo do álcool, anorexígeno e tranquilizantes entre os gêneros. Foi observado um aumento do consumo de tabaco ao longo do curso médico, não sendo observado esta mesma tendência quanto ao consumo de álcool e das outras drogas. As substâncias ilícitas mais consumida foram os inalantes (28,5%), seguida pela maconha (15,1%) , os tranqüilizantes (14,3%),os anorexígenos (10,2%), o êxtase (3,9%), o haxixe (3,9%), o LSD (3,1%), os anabolizantes (2,9%), a cocaína (2,3%), os fármacos para potência sexual (2,0%), o crack (0,5%) e a heroína (0,2%).Conclusão: Os estudantes de medicina consumiram mais substâncias psicoativas e drogas médicas que a população geral, e os homens tendem a consumir mais drogas que as mulheres. Os inalantes e a maconha foram as drogas mais consumidas nesta amostra. Os resultados deste estudo permitem ter melhor conhecimento do consumo de substâncias psicoativas entre os alunos das faculdades de medicina de Salvador e possibilita a implementação de medidas preventivas e de redução de danos nas instituições de ensino.

Palavras – chave: prevalência; substâncias psicoativas; drogas; álcool; tabaco; maconha estudantes de medicina

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Ana Luiza Cardoso

Pinheiro Introdução: A Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) é a afecção crônica decorrente do fluxo retrógrado de parte do conteúdo gastroduodenal para o esôfago e/ou órgãos adjacentes, acarretando variável espectro de sintomas (esofágicos ou extra-esofágicos), associados ou não a lesões teciduais. Entre as manifestações extra-esofágicas, está a tosse crônica. A fisiopatologia da tosse crônica associada ao refluxo gastroesofágico é ainda incerta. Entretanto, dois mecanismos são propostos: 1- o refluxo contendo ácido gástrico pode chegar à laringe e através da microaspiração ou macroaspiração atingir vias aéreas inferiores e superiores causando a tosse ; 2- refluxo esôfago- brônquio-vagal. A prevalência da associação tosse crônica e DRGE, não está bem estabelecida. A literatura vigente dá valores bastante amplos como de 5-56%, para esta associação,e, de acordo com nosso conhecimento, não há estudos deste tipo no estado da Bahia. Objetivo: Avaliar a prevalência de DRGE em pacientes portadores de tosse crônica, assim como a prevalência de sintomas típicos, de graus de obesidade, dados de endoscopia, pHmetria e manometria nesta amostra. Metodologia: Estudo de corte transversal a partir da análise retrospectiva de 203 prontuários de pacientes com tosse crônica, tendo sido previamente excluídas outras causas para essa manifestação, encaminhados para clínica referência em motilidade digestiva. Foram pesquisadas as manifestações típicas da DRGE, calculado o IMC, realizadas endoscopia digestiva, pHmetria e manometria. Os pacientes foram separados em dois grupos de acordo com a presença ou não de refluxo gastroesofágico à pHmetria (grupo com RGE, e grupo sem RGE, respectivamente) sendo avaliados em ambos os grupos todas as variáveis previamente descritas para a amostra geral. Os dados encontrados foram analisados estatisticamente no software SPSS 12.0. Resultados: Houve prevalência maior de tosse crônica em mulheres (74,9%) e casados (54,5%), com média de idade de 48,72 + 14,4. O IMC na maioria dos pacientes (49%) foi normal.

Sintomas típicos (pirose e regurgitação) estiveram presentes em 66,5% e 61,6% dos pacientes, respectivamente. Esofagite não foi muito prevalente na amostra (39,4%), quando presente, o grau mais prevalente foi o A (75%). Esôfago de Barret e hérnia hiatal foram manifestações raras. À pHmetria, a maioria dos pacientes (57,1%) apresentou pHmetria anormal, com maior prevalência do refluxo supra-esofágico(14,3%) e à manometria, 55,7% dos pacientes apresentaram alguma alteração, com maior prevalência do EIE hipotônico (15,3%). A idade, o IMC, a prevalência de gênero e de sintomas típicos entre os grupos com RGE e sem RGE foram semelhantes. Alterações em EDA foram mais comuns no grupo com RGE (61,2%) que no grupo sem RGE (40,2%). À pHmetria, o número e tempo em minutos de refluxos prolongados, e a classificação deMeester foram maiores no grupo com RGE. Dados manométricos não apresentaram diferenças significativas entre os grupos. Conclusões: Pacientes com tosse crônica devem ser investigados para DRGE, com pHmetria de 24h com duplo sensor, e manometria, já que há uma alta prevalência de alterações da motilidade e pHmétricas nesses pacientes. A endoscopia digestiva alta deve ser também realizada para investigação das complicações de DRGE, que têm uma significante prevalência e com maior gravidade nos pacientes com tosse crônica e que apresentaram refluxo.

Palavras-chaves: doença do refluxo gastroesofágic; tosse crônica; IMC; pHmetria; manometria;

endoscopia digestiva alta.

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André Almeida

Silveira Introdução: O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é a síndrome neuro- psiquiátrica mais comum na infância¹. A característica essencial do TDAH é um padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade, mais freqüente e severo do que aquele tipicamente observado em indivíduos em nível equivalente de desenvolvimento2. A prevalência do TDAH no mundo varia entre 8% e 12%4. Um estudo feito em Salvador mostrou que um total de 6,7% dos estudantes apresentam grande probabilidade de apresentar o distúrbio6. Uma parcela significante das crianças encaminhadas a tratamento com suspeita de TDAH possui comorbidades associadas como:

transtornos de conduta, transtornos de humor, transtornos de ansiedade, transtornos de comunicação e transtornos de aprendizagem2. Objetivo: Levando em conta a grande importância do conhecimento dessas doenças, o presente estudo tem como objetivo avaliar a prevalência de transtorno de aprendizado em crianças com comportamento anti-social ou transtorno do déficit de atenção e hiperatividade numa amostra de crianças escolares na cidade de Salvador. Métodos: Foi realizado um estudo baseado no total de 237057 alunos do ensino fundamental, devidamente matriculados para o ano letivo de 2004, na cidade de Salvador, Bahia, Brasil. Nas escolas selecionadas, todos os alunos matriculados da primeira à quarta série do ensino fundamental foram incluídos neste estudo, totalizando 774 crianças. Para a identificação de crianças suspeitas foi utilizado como instrumento diagnóstico a Escala de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade versão para professores9. As informações foram armazenadas em um banco de dados, utilizando o programa estatístico epi info 2002. A análise das variáveis demográficas e variáveis referentes ao TDAH foram realizadas através do programa estatístico STATA Statistical Software 2001. Resultados: Foram feitas duas análises. Primeiro considerando as crianças que apresentavam percentis acima de 75%, que são consideradas, conforme a classificação da escala utilizada, como crianças acima da expectativa de terem algum dos transtornos. Segundo, considerando as crianças que apresentavam percentis acima de 95%, ou seja, com alta probabilidade de apresentar algum dos transtornos. As prevalências gerais encontradas foram de 4,9% e 21,7% para déficit de atenção, 1,6% e 18,7% para hiperatividade, 3,7% e 27,3% para transtorno de aprendizado e 3,2% e 23,1% para comportamento anti-social, considerando os indivíduos acima da expectativa e com alta probabilidade, respectivamente. . Ainda foi analisada a associação de déficit de aprendizado, hiperatividade e comportamento anti-social com transtorno de aprendizado, obtendo-se valores diferentes e significativos dessa associação para os dois percentis avaliados. Discussão: Os valores encontrados tiveram variações quando se analisava os indivíduos acima da expectativa e os com alta probabilidade de terem algum dos transtornos. Os valores encontrados para as associações de desatenção, hiperatividade e comportamento anti-social com transtorno de aprendizado foram significativos. Como também foi visto em outros estudos, a forte associação dos sintomas de TDAH e comportamento anti-social com transtorno de aprendizado merece uma atenção especial para se obter o diagnóstico precoce a fim de tratar o mais rápido possível esses problemas e evitar queda na qualidade de vida desses indivíduos.

Palavras-chave: TDAH, déficit de atenção, hiperatividade, comportamento anti-social, transtorno de aprendizado.

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Antonio Edson Souza Meira Jùnior

Tuberculose Latente em Estudantes de Medicina da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP). Introdução: Em nosso meio, visto a grande incidência de tuberculose pulmonar com baciloscopia positiva, existe uma alta prevalência de indivíduos infectados pelo Mycobacterium tuberculosis. Os infectados, sem doença, são considerados como casos de tuberculose latente com potencial de evoluírem para a tuberculose doença. Sendo, portanto, importante conhecer a prevalência da tuberculose latente entre alunos que estão iniciando curso de medicina. Objetivo:

Avaliar a prevalência da tuberculose latente entre estudantes do primeiro ano de Medicina da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP). Métodos: Estudo transversal em alunos voluntários, universitários, matriculados no primeiro ano de medicina da EBMSP em Salvador (Bahia, Brasil). O Teste Tuberculínico (TT) foi utilizado para identificação dos casos. O TT foi realizado por profissional treinado e seguindo as orientações do Ministério de Saúde do Brasil, usando-se PPD Rt23 através da técnica de Mantoux. Os alunos inicialmente não reatores (0 a 4 mm), foram convidados para realização de um segundo teste, entre 7 a 15 dias, com objetivo de complementar a avaliação. Os voluntários que apresentaram resultados positivos ao TT, definidos como enduração ≥ 10 mm, foram considerados com tuberculose latente. Resultados: Dos 401 alunos voluntários que responderam ao questionário e assinaram o Consentimento Livre e Esclarecido, 367 alunos (91,52%) realizaram o primeiro teste e retornaram para leitura. Destes, 223 eram não reatores e 59 foram forte-reatores. Dos 223 não reatores, 153 realizaram o 2º teste e retornaram para a leitura, com 8 deles apresentando forte reação. O total de alunos que completou a avaliação foi de 262 com 67 apresentando uma enduração ≥ 10 mm. Conclusão: A prevalência de tuberculose latente em estudantes do primeiro ano de medicina da EBMSP foi de 25,57%.

Palavras-chave: Teste tuberculínico; tuberculose lantente; Mycobacterium tuberculosis; Reação de Mantoux.

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Antonio Henrique

A.da Cunha A anemia falciforme (AF) ou drepanocitose é uma hemoglobinopatia hereditária autossômica recessiva, representada pelo estado de homozigose da hemoglobina S, sendo a forma mais grave dentre as doenças falciformes. A maior prevalência dessas doenças ocorre na áfrica, como também em paises mediterrâneos e negros americano.

No Brasil cerca de 0,1% a 0,3% dos negros são afetados pela doença. A causa da AF é uma mutação no gene da globina beta que origina uma molécula anormal de hemoglobina denominada hemoglobina S (Hb S). esta, em certas situações de hipoxemia, sofre polimerização resultando na deformação dos eritrócitos em forma de foice, caracterizando uma anemia hemolítica crônica.

Como resultado, a doença apresenta diversas manifestações clinicas e complicações quem aumentam a quantidade de internações e transfusões sanguíneas.

Há pouco tempo, o tratamento da AF era limitado ao manejo das complicações ou ao uso de transfusões. Atualmente, entretanto, apesar de ser considerada uma doença incurável, as opções terapêuticas disponíveis mais eficazes desta hemoglobinopatia são: transplante de medula óssea (TMO) e o uso de hidroxiuréia (HU). Esta medicação é um quimioterápico utilizado no tratamento de doenças mieloproliferativas que, recentemente, observou-se uma atuação na elevação da hemoglobina fetal (Hb F). Este tipo de hemoglobina reduz a falcização das hemácias em pacientes portadores da AF com mau prognostico.

Sendo assim, o objetivo deste trabalho é avaliar a eficácia da HU no tratamento preventivo de pacientes portadores de anemia falciforme, comparando a população estudada com outros resultados da literatura.

Palavras-chave: Anemia falciforme, Hidroxiuréia.

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Bárbara Araújo

Soares da Cunha OBJETIVO: Descrever e comparar freqüência de dados de hospitalização por asma nas regionais de saúde Salvador, Ilhéus e Juazeiro, num período de dez anos, 1998 a 2007. MÉTODOS: A fonte de dados utilizada foi o Sistema de Informações Hospitalares do SUS – SIH/SUS, gerido pelo Ministério da Saúde, sendo processado pelo DATASUS. Realizou-se análise descritiva dos dados de número de internações no período, valor médio de cada internação, custo total das internações, média de permanência dos pacientes nos hospitais, número de óbitos, taxas de mortalidade, faixa etária, ano e municípios selecionados. RESULTADOS: A asma corresponde a 23% (n = 58.879) do total das internações relacionadas a doenças do aparelho respiratório. No período analisado de dez anos (1998-2007), os dados obtidos das regionais de saúde Salvador e Ilhéus no DATASUS revelam um decréscimo no número de internações por asma, principalmente a partir do ano de 2005. Salvador que apresentava 4.653 a 3.470 internações por asma passou a apresentar 2.496 hospitalizações em 2005, caindo para 1.895 em 2006 e para 1.837 em 2007. A faixa etária mais acometida por internação relacionada à asma foi, nas três regionais, a de 1 a 4 anos, n = 25.258, seguida pela faixa entre 5 e 9 anos, n = 7.694, e pelos menores de 1 ano, n = 6.889. os óbitos ocorreram em maior numero na faixa etária acima de 75 anos (75 a 79 anos, n = 44, e acima de 80 anos, n = 53). CONCLUSÃO: estudo contribui de forma significativa no que se refere à descrição de dados sobre asma no estado da Bahia, tendo como recorte as regionais de saúde Salvador, Ilhéus e Juazeiro, utilizando dados do SUS. Além de demonstrar através dos dados fornecidos o impacto de uma política saúde voltada para o tratamento da asma como o ProAR.

PALAVRAS-CHAVE: asma, hospitalização por asma, mortalidade por asma

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Brenno Maximiano

Soares Introdução: O carcinoma hepatocelular é um tumor de grande prevalência mundial e com índice de mortalidade reconhecidamente elevado. Sabe-se que a ressecção e transplante são técnicas de escolha para tratamento, no entanto, muitos pacientes apresentam limitações para tais. Neste contexto, outras modalidades terapêuticas necessitam ser empregadas visando reduzir a morbi- mortalidade por este tipo de câncer. Objetivos: Fazer uma comparação entre a quimioembolização transarterial(TACE), ablação por radiofreqüência(RFA) e injeção percutânea de etanol(PEI) isoladamente e em conjunto, analisando principalmente a sobrevida dos pacientes e quando possível a recorrência da lesão maligna após a técnica. Material e Métodos: Foi realizada uma busca na literatura de artigos publicados nos últimos dez anos. Encontrou-se ao final 48 artigos, os quais foram utilizados como base para uma revisão. Resultados: A sobrevida no primeiro ano após a TACE variou de 61 a 80%. A sobrevida após o emprego da PEI variou de 83 a 94% e após RFA variou de 91 a 97%. Já a sobrevida em 3 anos após TACE, PEI e RFA obteve média de 32,3%, 65,3% e 71% respectivamente. Conclusão: Quando as técnicas são analisadas isoladamente a RFA mostrou-se superior às demais. Ademais, a combinação de mais de uma técnica no mesmo paciente trouxe benefícios, visto que estes tiveram sobrevida aumentada e a recorrência da lesão maligna nestes indivíduos foi notavelmente diminuída.

Palavras-chaves: Carcinoma hepatocelular; Tratamento; Técnicas Ablativas.

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Bruno Andrade

Bahiense Introdução: não existe um consenso quanto à definição da violência sexual. Genericamente diz-se de qualquer relacionamento interpessoal no qual o ato sexual é veiculado sem o consentimento do outro, podendo ocorrer pelo uso da violência física e/ou psicológica. Todos os níveis sócio- econômicos são atingidos pela violência sexual, assim como todas as partes do mundo, acredita-se que acometa cerca de 12 milhões de pessoas, a cada ano, em todo mundo. Mudanças súbitas e extremas, tais como distúrbios alimentares e afetivos, comportamentos agressivos ou de autodestruição, e pesadelos, podem ser observados em crianças e adolescentes em situação de violência sexual. Em adultos prevalecem distúrbios como depressão, transtorno do estresse pós- traumático e transtorno de ansiedade. Objetivo: investigar as conseqüências psicológicas da violência sexual em crianças, adolescentes e adultos, sejam elas a longo ou curto prazo.

Metodologia: Foi realizada uma revisão bibliográfica sistemática da literatura, utilizando-se como base de dados o Scielo, o LILACS e o Google Acadêmico, além de jornais médicos, como THE LANCET, JAMA, THE BRITISH JOURNAL OF MEDICINE e THE NEW ENGLAND JOURNAL OF MEDICINE. Foi dado enfoque na literatura dos últimos 10 anos. Os critérios de inclusão foram: artigos escritos em português, inglês ou espanhol, que tratassem diretamente do tema proposto pelo presente trabalho. Os critérios de exclusão foram: artigos escritos em línguas diferentes das citadas acima, ou com publicação anterior ao ano de 1998, ou que tratassem apenas de forma indireta do tema proposto, ou não tratassem do tema. As seguintes palavras-chaves foram utilizadas, ou combinações das mesmas, durante a busca on-line: abuso+sexual+trauma, abuso+sexual, violência+sexual+trauma, violência+sexual, estupro, estupro+trauma, rape, e rape+trauma. Resultados: foram encontrados 416 artigos, porém após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados apenas 36. As conseqüências psicológicas mais comumente encontradas nas pessoas que sofreram violência sexual foram: depressão, ideação suicída, transtorno do estresse pós-traumático, evitação de pensamentos a cerca do tema e fobia social. Além disso, foram descritos dispareunia, dismenorréia, anorgasmia, ausência de libido, aumento do período de vigília, diminuição do tempo total de sono, aumento do número de despertares noturnos, pesadelos, dificuldade de relacionamento com indivíduos do sexo oposto e desgosto pelo ato sexual. Conclusão: a violência sexual é algo muito presente no mundo atual, e a sociedade tem dado cada vez mais importância a mesma. As conseqüências desses atos grotescos são reais e perseguem suas vítimas por muitos anos. O objetivo proposto para o trabalho foi cumprido, porém houve limitações devido ao pequeno número de estudos controlados e prospectivos presentes na literatura.

Palavras-chave: violência, violência sexual, abuso sexual, trauma, conseqüências psicológicas.

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Caiaque Petronilo

de Freitas Souza Introdução: Os médicos e estudantes de medicina, durante a formação médica, defrontam-se com dilemas éticos e dúvidas de como proceder diante de situações complexas no exercício da profissão. Assim, estes apresentam dificuldades na resolução de tais questões por desconhecerem os fundamentos do código de ética médica. Objetivo: Analisar o grau de conhecimento dos graduandos de medicina e profissionais médicos acerca das normas deontológicas e princípios da bioética. Material e método: Revisão de literatura envolvendo publicações dos últimos quatro anos, dos quais foram escolhidos seis artigos de acordo com sua relevância, sendo que os demais foram usados como referência. Resultado: Foi constatado na pesquisa que não existem diferenças significativas de aprendizado em bioética e ética médica utilizando-se dois diferentes métodos de ensino. Além disso, observou-se que o grau de conhecimento dos pesquisados aumentava em proporção ao tempo de formação médica. Conclusão: Este estudo demonstrou que o conhecimento bioético e ético médico é adquirido com maior tempo de exercício na profissão e exposição ao tema.

Palavras-chave: Conhecimento; bioética; ética médica; dilemas.

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Carlos Alberto

Napoli Sobrinho Introdução: O tabagismo mata 5,4 milhões de pessoas por ano, e 80 a 90% dos fumantes iniciaram este hábito com 18 anos ou menos. Objetivo: Estimar a prevalência e fatores associados do tabagismo entre estudantes escolares da cidade de Salvador – Ba. Método: Estudo seccional, randomizado, aleatório, contendo 568 estudantes, com idade de 12 a 19 anos, cursando da 6ª série do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio, em cinco escolas da região metropolitana da cidade de Salvador (BA), sendo 2 particular e 3 públicas.Análise estatística: medidas descritivas e de associação (Razão de Prevalência e qui-quadrado). Resultado: Houve uma freqüência de 13,9%

para uso de tabaco na vida, 9,8% para uso no ano, 5,2% para uso no mês, com uma prevalência maior entre estudantes do ensino médio, com idade entre 16-19 anos, filhos de pai fumante. Não foi verificado associação entre o hábito de fumar com as variáveis: gênero, instituições (pública e privada) e filhos de mãe fumante. Motivo principal que levou ao consumo do tabaco foi à curiosidade. Conclusão: A freqüência de experimento de tabaco foi de 13,9%, tendo idade e tabagismo do pai como fatores associados ao tabagismo em adolescentes escolares.

Palavras-chave: Tabagismo; Adolescente; Tabaco; Estudantes.

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Carlos Augusto de

Carvalho Carrera Introdução: A leishmaniose tegumentar americana (LTA) é uma doença infecto-parasitária de alta prevalência na região de Corte de Pedra, Bahia. O tratamento da LTA é feito com antimoniais pentavalentes, ou drogas de segunda linha, como a pentamidina. Objetivo: comparar a eficácia, toxicidade efeitos colaterais de drogas utilizadas no tratamento da LTA. Forma de estudo: Revisão de literatura. Matérias e métodos: Foram selecionados dez ensaios clínicos que abordaram tratamento da leishmaniose tegumentar americana, em Corte de Pedra, Bahia, e comparados analiticamente. Resultados: Os trabalhos onde foram utilizados os antimoniais pentavalentes apresentaram índices de cura entre 50% e 100%, em até 110 dias após o início do tratamento. Os antimoniais em associação com o GM-CSF apresentaram uma eficácia de 100% em até 120 dias após o início da terapia. A pentamidina e o aminosidine demonstraram resultados semelhantes aos dos antimoniais, ao contrário da mefloquina e do alopurinol, que não apresentaram eficácia no tratamento da LTA. Discussão e conclusão: Os antimoniais pentavalentes continuam apresentando eficácia e segurança suficientes para serem mantidos como drogas de primeira escolha no tratamento da LTA, embora o seu uso associado com o GM-CSF tenha apresentado boa resposta, podendo então ser utilizado como terapia de primeira linha.

Palavras-chave: “leishmaniose”, “tegumentar”, “tratamento”, “antimonial”, “Corte de Pedra”.

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Carolina Lima

Moura Introdução: A esclerose múltipla é uma doença neurológica que acomete principalmente jovens, brancos e o sexo feminino, podendo torná-los "inválidos" precocemente. Esta patologia é caracterizada por placas de desmielinização localizadas sobretudo na substância branca cerebral, estando as células da micróglia, junto com os macrófagos periféricos, responsáveis por uma cascata de eventos que possibilitam o processo inflamatório característico desta patologia. Além disso, estes tipos celulares, em especial os macrófagos, parecem ter papel importante na remielinização espontânea. Métodos: Foi realizada uma pesquisa no banco de dados PUBMED/MEDLINE onde selecionou-se 8 artigos na língua inglesa. Resultados: A maioria dos artigos encontraram predomínio de células microgliais nas fases mais recentes da doença, enquanto que as fases mais tardias tinham maior relação com os macrófagos provenientes do sangue periférico. Quanto a remielinização, há controvérsias sobre o papel dos macrófagos neste processo.

Conclusão: Os macrófagos e as células da micróglia têm papel fundamental no desenvolvimento da esclerose múltipla.

Palavras-chave: micróglia, macrófagos, doenças desmielinizantes, esclerose múltipla, encefalomielite auto-imune experimental e seus respectivos em inglês.

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Clara Passos de

Almeida Introdução: O vírus linfotrópico de células T do adulto do tipo I (HTLV-I) foi isolado em 1980 nos Estados Unidos por Poeiz em paciente portador de Linfoma/ Leucemia de células T do adulto (LLcTA). Muitas doenças já apresentam relação estabelecida com a infecção pelo HTLV-I como o Linfoma/ Leucemia de células T do adulto (LLcTA), a Mielopatia associada ao HTLV-I ou Paraparesia Espástica Tropical (HAM/TSP), a Uveíte associada ao HTLV-I (HAU) e a Dermatite Infectiva (DIH). A dermatite infectiva, um eczema recindivante da infância, foi a primeira lesão dermatológica associada ao HTLV-I. Porém, diversas manifestações dermatológicas já foram descritas em pacientes HTLV-I positivos, principalmente, em pacientes com LLcTA e HAM/TSP. Objetivo: descrever as principais lesões dermatológicas em pacientes infectados pelo HTLV-I, abordando tanto as lesões associadas com outras patologias decorrentes do HTLV-1 como as que ocorrem sem esta associação. Método: Foi realizada uma revisão na literatura em base de dados Medline e Lilacs, nos idiomas inglês e português, utilizando as seguintes palavras chaves: HTLV-I, dermatologic lesions, skin, dermatologic manifestations, cutaneous manifestations. Revisão de Literatura: As lesões dermatológicas aparecem em 40-50% dos pacientes com LLcTA e variam de pápulas a tumorações a depender do subtipo apresentado. A xerordemia é muito comum em pacientes com HAM/TSP, além de diversas outras lesões como eritema palmar e candidíase cutânea. A DIH é observada em maior freqüência em crianças e apresenta-se como erupção eritêmato-descamativa. Outras lesões como a Sarna Crostosa, as

Dermatofitoses e a Dermatite Seborréica também são bastante comuns em pacientes infectados pelo HTLV-I. Conclusão: Sendo o HTLV-1 um vírus de alta prevalência em Salvador (1,76%) é importante que o examinador esteja sempre atento às manifestações dermatológicas apresentadas por esses pacientes já que estas podem sugerir doenças associadas graves como a LLcTA e a HAM/TSP, além de agravar lesões aparentemente comuns, como a Escabiose.

Palavras-chave: HTLV-I, Manifestações Cutâneas, Linfoma/Leucemia de células T do adulto (LLcTA), Mielopatia associada ao HTLV-I ou Paraparesia Espástica Tropical (HAM/TSP), Dermatite Infectiva (DIH).

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Daiane Gil

Figueiredo Introdução: A obesidade infantil representa um problema global, complexo e crescente entre crianças e adolescentes. O excesso de gordura corporal, principalmente abdominal, está diretamente relacionado com alterações do perfil lipídico, com aumento da pressão arterial e hiperinsulimemia, considerados fatores de risco para doenças cardiovasculares. O conjunto dessas alterações determina a Síndrome Metabólica (SM),que apesar de ser largamente estudada entre adultos,ainda é pouco compreendida na faixa etária pediátrica. Isto pode ser comprovado pela existência de diversas propostas de definições pediátricas para tal entidade ainda não consensual. OBJETIVO: Este estudo teve como objetivo avaliar a prevalência da Síndrome Metabólica em crianças e adolescentes em centro de Referência de Salvador, o Ambulatório de Nutrologia da Unidade Metabólica Fima Lifshitz, segundo definição de Ferranti et al., 2004. MÉTODOS: Através de um estudo de corte transversal, com setenta e dois pacientes entre 6 e 18 anos, fez-se uma revisão de prontuários e coleta de dados dos mesmos. Foram registradas as variáveis de interesse para determinação da SM, tais como:

medida de circunferência abdominal, tensão arterial, avaliações laboratoriais do triglicérides, HDL e glicemia desses pacientes. Além de buscar registros de outros dados relacionados a SM, como presença de esteatose hepática, valores de HOMA, insulina, índice de massa corpóreo(IMC) entre outros. RESULTADOS: A prevalência de SM entre a população estudada foi de 31,9%. A alteração laboratorial mais freqüente foi o aumento da

circunferência abdominal, seguido dos baixos níveis de HDL-colesterol. Não foi detectada intolerância à glicose. Existiu associação estatisticamente significante entre o IMC e SM, o que não aconteceu ao se avaliar relação entre a circunferência abdominal e a síndrome. Todos os pacientes tinham registro de obesidade como antecedente familiar próximo, além de 58,4%

de eles apresentarem acantose nigricans. CONCLUSÃO: Diante da alta prevalência encontrada no estudo, se faz necessário à padronização dos critérios diagnósticos para SM, favorecendo a população infanto-juvenil que tão precocemente já apresenta risco real de comorbidades cardiovasculares.

Palavras-chave: Síndrome Metabólica, Obesidade infantil, Epidemiologia, Adolescentes.

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Daniel Luis Leite

Mesquita A leishmaniose cutânea tem como tratamento de primeira escolha os antimoniais pentavalentes. Entretanto, devido ao seu alto índice de efeitos colaterais e dificuldade de administração, é necessário procurar alternativas ao uso do antimonial. Esta revisão sistemática tem como objetivo analisar a eficácia do antimonial comparativamente a outras drogas que tem eficácia contra a Leishmania sp. Para isso, foi feita uma pesquisa por ensaios clínicos controlados no banco de dados da Pubmed, que comparassem o antimonial à pentamidina, anfotericina B, miltefosina e paromomicina. Dentro desses critérios, foram achados no total 8 artigos, dos quais 4 eram sobre a pentamidina, 2 sobre a miltefosina, 3 sobre a paromomicina e nenhum sobre a anfotericina B. Analisando os resultados, foi concluído que o antimonial ainda é eficaz, com efeitos colaterais que raramente levam ao paciente interromper o tratamento. Entretanto, devido a disponibilidade de outras drogas com eficácia semelhante ao antimonial, como a pentamidina e a miltefosina, que têm período de administração curto e facilidade de administração respectivamente, deve-se avaliar melhor o custo benefício de se usar o antimonial.

Palavras-chave: leishmaniasis pentamidine amphotericin B paromomycin

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Eduardo Barretto

Maia Introdução: o diabetes mellitus é uma doença crônico metabólica grave, cuja prevalência vem aumentando rapidamente em todo o mundo. A introdução de uma nova classe de medicamentos apresenta um papel importante junto às ferramentas existentes para o controle do diabetes mellitus tipo 2, em virtude da morbidade e mortalidade a ele associadas. As incretinas são hormônios produzidos pelas células entero-endócrinas do intestino e seus principais representantes são o GIP (glucose-dependent insulinotropic polypeptide) e o GLP-1 (glucagon-like peptide 1). Tais hormônios aumentam a secreção e biossíntese de insulina dependente de glicose, diminuem a liberação inadequada de glucagon, lentificam o esvaziamento gástrico e aumentam a saciedade.

Estudos experimentais em animais e em células humanas cultivadas apontam ainda para um aumento do número de células β-pancreáticas funcionantes. As incretinas possuem uma meia-vida plasmática curta, porque são rapidamente degradadas pela enzima dipeptidil peptidase-IV (DPP- IV). Com o objetivo de potencializar as ações fisiológicas das incretinas, foram desenvolvidos fármacos que inibem a ação proteolítica da DPP-IV, cujos principais representantes são a sitagliptina e a vildagliptina. Objetivo: Revisar a eficácia e a segurança do tratamento com os inibidores da DPP-IV sitagliptina e vildagliptina, no controle dos níveis glicêmicos em pacientes com diabetes mellitus tipo 2. Métodos: foi realizada um revisão bibliográfica sistemática nas bases de dados BIREME, MEDLINE e LILACS, em busca de estudos em humanos do tipo ensaio clínico, que abordassem o uso dos inibidores da DPP-IV, sitagliptina ou vildagliptina, publicados a partir de 2004. Resultados: um total de oito artigos originais preencheram os critérios de inclusão estabelecidos e foram analisados na presente revisão. Os ensaios clínicos revisados demonstraram que a sitagliptina e a vildagliptina promoveram reduções estatisticamente significantes nos principais parâmetros glicêmicos analisados. Reduções importantes foram observadas nos níveis de HbA1c, glicemia de jejum e pós-prandial. Alguns parâmetros que analisaram a função das células beta-pancreáticas, como a taxa pró-insulina/insulina e o HOMA-ß, também apresentaram melhoras significativas. Os inibidores de DPP-IV apresentaram efeito neutro em relação ao peso corpóreo e, em geral, o tratamento mostrou-se seguro e bem tolerado. Conclusão: os inibidores da DPP-IV constituem uma alternativa terapêutica para pacientes diabéticos tipo 2, porém estudos com maior tempo de acompanhamentos ainda são necessários para melhor avaliar os seus perfis de eficácia e segurança a longo prazo e determinar o real papel dessa nova classe de fármacos entre as alternativas já disponíveis e bem estabelecidas para o tratamento de pacientes com diabetes mellitus tipo 2.

Palavras-chave: incretinas, sitagliptina, vildagliptina, inibidores de DPP-IV, diabetes tipo 2.

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Érica Alessandra Magalhães Carvalho

INTRODUÇÃO: Apesar dos indiscutíveis benefícios da HAART, complicações têm sido registradas. Sobretudo, alterações metabólicas e risco cardiovascular (RCV). Diante disso, diversos estudos têm avaliado a freqüência de síndrome metabólica e sua relação com a terapia. Consensos atuais recomendam que o RCV seja estimado baseado em modelos convencionais de risco tal qual o Score de Framingham. No entanto, não se sabe se tais modelos predizem corretamente o risco em pacientes HIV positivos, uma vez que esses pacientes são, em geral, mais jovens que a população para qual esses critérios foram desenvolvidos, além, é claro, dos efeitos independentes da terapia e da própria infecção.OBJETIVOS: Determinar o valor preditivo dos parâmetros utilizados nos critérios para definição de síndrome metabólica em pacientes HIV positivos em uso de terapia altamente ativa (HAART). MÉTODOS: Estudo de corte transversal em 100 pacientes HIV positivos em uso de HAART, no qual foi realizado exame físico direcionado, revisão de prontuários e aplicado um questionário para avaliação de distúrbios metabólicos. Foi calculada a freqüência de cada parâmetro da síndrome nos critérios do ATP III e da IDF. E em seguida, determinado o valor preditivo de cada um desses parâmetros. RESULTADOS: O parâmetro mais prevalente foi o HDL baixo e o menos prevalente foi o açúcar elevado ou DM2 previamente diagnosticada. O valor preditivo variou de 10-30% no IDF e 10-100% no ATPIII. DISCUSSÃO: A partir desses resultados, observamos que a chance de um paciente ser classificado utilizando-se apenas um parâmetro pode ser dependente do parâmetro utilizado, e que o critérios tradicionais para detecção de RCV não predizem o verdadeiro risco para indivíduos HIV positivos, visto que não foram validados para esta população específica. CONCLUSÃO: Parâmetros utilizados na definição de SM, necessitam ser validados para a população HIV positiva em diferentes regiões demográficas e diferentes grupos étnicos para poderem, então, ser definidores de Síndrome Metabólica.

Palavras-chave: HIV, HAART, Síndrome Metabólica, valor preditivo.

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Érica Sampaio

Pereira Introdução: A hipertensão é um dos principais fatores de risco cardiovasculares e portanto, deve ser tratada adequadamente. É mais prevalente na população idosa, na qual o controle pressórico muitas vezes não é obtido. A hipertensão sistólica isolada também é comum nessa população, devendo ser tratada da mesma forma que a hipertensão arterial sistêmica. Objetivo: Avaliar quais as opções mais eficazes e seguras para o tratamento de HAS em idosos. Método: Foi realizada uma revisão de literatura nas bases de dados Pubmed, Cocrhane e Scielo, referente ao período entre 1997 e 2007. Foram incluídos ensaios clínicos e estudos de coorte, referentes ao tratamento anti- hipertensivo em idosos, e publicados nos idiomas inglês ou português. Foram excluídos relatos de caso, revisões de literatura e metanálises. Resultados: Sete artigos foram selecionados, sendo 4 ensaios clínicos e 3 estudos de coorte. Todos os trabalhos relataram média de idade da população de estudo superior a 60 anos. Nos dois estudos placebo-controlados o tratamento com medicação anti-hipertensiva foi melhor quanto à redução da Pressão Arterial (PA) e quanto à prevenção de eventos cardiovasculares. Dentre os 5 estudos que compararam diferentes anti-hipertensivos, dois não obtiveram resultados estatisticamente significantes quanto à redução da PA, mas em relação ao efeito protetor cardiovascular, os Inibidores da Enzima de Conversão da Angiotensina (IECA) e os Bloqueadores dos Canais de Cálcio (BCC) mostraram-se superiores ao tratamento com diuréticos ou beta-bloqueadores (BB). Os outros 3 estudos apresentaram resultados divergentes. Jackson e cols (2002) relataram maior redução da PA no grupo em uso de diuréticos, em comparação ao uso de BCC e IECA. Porém, os pacientes tratados com a clortalidona (diurético) apresentaram maior incidência de efeitos adversos. Dahlöf e cols (2002) obtiveram melhores resultados no tratamento com Bloqueadores do Receptor da Angiotensina (BRA), em comparação ao uso de BB, tanto em relação à redução da PA quanto aos eventos cardiovasculares. Takami e Shigemasa (2003) observaram redução da PA significantemente maior no grupo em uso de BCC, em comparação ao tratamento com BRA ou IECA. Conclusão: As principais classes de anti-hipertensivos estudadas mostraram-se eficazes e seguras no tratamento de HAS em idosos, sendo que o tratamento com diuréticos deve ser feito com baixas doses e acompanhamento rigoroso.

Palavras-chave: Hipertensão; idosos; tratamento anti-hipertensivo.

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Erich Frank Vater

Santos Introdução. O câncer de próstata é uma das neoplasias malignas mais comuns do sexo masculino, sendo o segundo em incidência e óbitos no Brasil. O advento da espectroscopia de ressonância magnética aparece como técnica promissora, visto que a ultrassonografia trans-retal, atual padrão ouro para o diagnóstico da doença, permanece com baixa acurácia para a detecção do tumor.

Objetivo. Esta revisão visa fornece um atualização sumarizada sobre o papel e importância da ERM 3D associada à IRM no diagnóstico e acompanhamento de pacientes com câncer de próstata.

Adicionalmente este trabalho pretende definir as aplicações clinicas e presumir as perspectivas futuras destes exames. Métodos. Para esta revisão, foram pesquisados artigos presentes nos bancos de dados dos sítios LILACS, MEDLINE e SCIELO e das revistas RADIOLOGY, EUROPEAN RADIOLOGY e ABDOMINAL IMAGING, publicados entre janeiro de 1998 e abril de 2008, nos idiomas português e inglês. Ao todo sete artigos foram utilizados para a confrontação realizada entre os exames de ressonância magnética, espectroscopia de ressonância magnética e biópsia guiada por ultrassonografia transretal. Os temas utilizados foram: detecção e localização do câncer de próstata, uso da ressonância magnética após biópsia negativas, agressividade do tumor, extensão extracapsular e recidiva tumoral após hormônioterapia. Resultados. Um total de 387 pacientes foi obtido. Os estudos utilizados demonstram boa sensibilidade e especificidade das ERM e IRM quando comparados à US transretal. Conclusão. Atualmente, muitos centros ao redor do mundo estão incorporando a espectroscopia de ressonância magnética em suas rotinas devido aos bons resultados obtidos. Com o advento de novas técnicas para a realização do exame, como o uso de campos de maior intensidade e de novos marcadores, essa técnica tem um potencial promissor e para um futuro bem próxima.

Palavras-chave: Cancer de prostata, ressonancia magnética, espectroscopia de ressonancia magnética, terapia hormonal

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Érico Ramon Alves

Batista Introdução: A ideação suicida entre os estudantes de medicina é um fenômeno ainda pouco estudado em nosso meio. Aparentemente, os estudantes de medicina têm um papel relevante nos índices de suicídio entre adultos jovens, constituindo um grupo de risco. Dessa forma, é necessário o estudo da ideação suicida, a fim de fornecer informações acerca dos fatores associados ao comportamento suicida nessa população. Objetivo: Realizar uma revisão de literatura visando avaliar a prevalência e os principais fatores associados à ideação suicida entre os estudantes de medicina. Material e método: Foi realizada uma revisão de literatura acerca dos trabalhos que estudaram a prevalência de ideação suicida entre os estudantes de medicina, bem como os principais fatores que podem estar relacionados a esse problema. Foram selecionados oito artigos em português ou inglês, publicados nos últimos 25 anos, que abordaram a prevalência e os principais fatores associados ao suicídio nessa população. Resultados: O coeficiente de suicídio na população de estudantes de medicina foi aproximadamente quatro vezes maior que o da população geral. A prevalência de ideação/risco de suicídio variou de 7,5 a 43% entre os artigos avaliados. A prevalência de transtornos depressivos entre os estudantes de medicina foi de 40,7%. As maiores taxas de ideação suicida foram observadas em estudantes de medicina da raça amarela, de melhor desempenho acadêmico, com histórico de atendimento psicológico/psiquiátrico prévio, estado civil solteiro, com eventos de vida negativos e transtornos mentais como ansiedade e depressão.

Conclusão: Considerando a alta prevalência de ideação suicida entre os estudantes de medicina, pode-se considerar essa população como grupo de risco para suicídio. Os fatores que mostraram maior associação com ideação suicida entre os estudantes de medicina foram a presença de transtornos mentais como ansiedade e depressão, assim como histórico de atendimento psicológico/psiquiátrico prévio A implantação dentro da própria escola médica de serviços de atendimento psicológico ao aluno, além do incentivo a discussões e palestras acerca do suicídio são importantes para ajudar na prevenção e conscientização desse problema na população de estudantes de medicina.

Palavras-chave: ideação suicida; estudantes de medicina; prevalência; fatores associados.

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Felipe Ladeia Muiños de Andrade

O esporte é um veículo para o bem-estar, prevenção e tratamento de diversas doenças embora possa algumas vezes representar um risco para a saúde em casos de patologias não reconhecidas e assintomáticas. Essa situação pode ter como resultado mais dramático a morte súbita relacionada ao exercício e ao esporte (MSEE) que ocasionalmente atinge atletas aparentemente saudáveis. Abaixo dos 35 anos de idade, as causas mais freqüentes de morte súbita são as cardiopatias congênitas, sendo a cardiomiopatia hipertrófica a mais prevalente. Durante o cenário de morte súbita cardíaca, a preocupação da equipe medica é voltada para a ressuscitação e estabilização do paciente, estando alerta para os fatores de riscos, etiologias e estratégias de prevenção relacionadas a essa patologia. O objetivo deste trabalho é elaborar uma revisão sistemática sobre as medidas de prevenção da morte súbita cardíaca em atletas jovens, estratégias de atendimento de emergência capazes de prestar socorro em tempo hábil em uma situação de parada cardíaca e quais os recursos terapêuticos deveriam ser disponibilizados para a população de risco. Para isso, foi realizada uma revisão da literatura através de buscas no banco de dados eletrônico PUBMED, LILACS e SCIELO, referente aos últimos 8 anos.

Foram incluídos artigos escritos em inglês, espanhol e português e excluídas as revisões. Foram selecionados 7 artigos. Dois artigos analisaram o risco de morte súbita em atletas jovens, identificando as patologias de base causadoras dessa condição. Três deles abordaram o programa nacional de rastreamento pré-participação em atletas jovens (implantado na Itália), através de uma análise da sua eficácia na prevenção de morte súbita em atletas. Um estudo avaliou os efeitos da ressuscitação cardiopulmonar (RCP) em pacientes com fibrilação ventricular extra-hospitalar, enquanto que outro artigo abordou eficácia do Cardioversor Desfibrilador Implantável (CDI), comparado com amiodarona, no prolongamento da sobrevida de pacientes com arritmias ventriculares malignas. Os estudos revelaram a eficiência do rastreamento pré-participação sistemático e periódico na prevenção da MSEE, mostraram a importância de atendimento emergencial básico (ressuscitação cardiopulmonar e uso de desfibrilador) diante de evento de parada cardíaca e apontaram o uso do Cardioversor Desfibrilador Implantável (CDI) como principal elemento para a redução das taxas de mortalidade em pacientes com arritmias graves, comparado com as drogas antiarrítmicas convencionais.

Palavras-chave: Morte súbita. Atletas jovens. Prevenção. Ressuscitação. Desfibrilação.

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Fernanda Gabrielle

Almeida Castro INTRODUÇÃO: A embolia de líquido amniótico (ELA) é uma catastrófica síndrome que ocorre durante a gestação ou imediatamente no período pós-parto. Tem sido descrita uma ocorrência entre 1 em 8.000 e 1 em 80.000 gestações. Atualmente se configura como a quinta causa de mortalidade materna no mundo. Devido a ELA ser uma complicação rara, rapidamente progressiva e

imprevisível, torna-se difícil estudá-la, havendo ainda muitas controvérsias a respeito,

principalmente quanto à incidência e mortalidade. OBJETIVO: Revisar a literatura desde 1995 para determinar o quadro clínico, diagnóstico, fisiopatologia e conduta da síndrome. MATERIAIS E MÉTODOS: Artigos escritos em inglês sobre a embolia de líquido amniótico identificados a partir de pesquisa sistemática nas fontes de dados eletrônicas PUBMED, LILACS e PERIÓDICO CAPES, publicados no período entre 1995 e 2006, com exceção de 2 artigos clássicos. REVISÃO DE LITERATURA: A apresentação clínica da síndrome é bastante variada, caracterizada por um súbito colapso cardiorespiratório, falência aguda de ventrículo esquerdo com edema pulmonar, coagulação intravascular disseminada e disfunção neurológica. O diagnóstico continua sendo clínico e de exclusão, porém várias pesquisas estão sendo realizadas com possíveis métodos diagnósticos. A fisiopatologia é bastante controversa, envolvendo mecanismos obstrutivos, ativação da inflamação e da coagulação. O tratamento é inespecífico e modalidades terapêuticas de suporte são a base dos cuidados. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A embolia de líquido amniótico continua sendo uma grave condição ameaçadora à vida, apesar de todos os avanços no tratamento de pacientes com alto risco. Ainda não existe nenhum método diagnóstico padrão ou protocolo que confirme a síndrome na suspeita de casos. É importante que novas pesquisas sejam feitas para que se encontre um consenso quanto à fisiopatologia, a fim de direcionar a conduta terapêutica e criação de métodos precisos de diagnóstico.

PALAVRAS-CHAVE: embolia de líquido Amniótico; ELA; emergências obstétricas; Síndrome Anafilactóide da gestação; coagulação intravascular disseminada

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Filipe Baracho

Silva Introdução: O tabagismo é um importante fator no desenvolvimento de inúmeras enfermidades cárdio-vasculares e respiratória. Os tratamentos disponíveis para a cessação do tabagismo têm a finalidade de promover a abstinência contínua do indivíduo, reduzindo esses riscos. Porém, interromper o hábito ainda é muito difícil, exigindo a associação entre fármacos anti-tabágicos e medidas educacionais de mudança comportamental para a cessação do tabagismo. Apesar do arsenal terapêutico farmacológico disponível, com terapias de reposição nicotínica, bupropiona, entre outros, os índices de cessação do tabagismo ainda são pequenos, mostrando reduzida eficácia.

A vareniclina, agonista parcial do receptor α4β2 acetilcolina nicotínico, foi o fármaco mais recente desenvolvido para tratamento do tabagismo. Objetivo: Revisar a eficácia da vareniclina na redução do consumo de nicotina em indivíduos tabagistas adultos. Materiais e Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática da literatura utilizando-se as bases de dados MEDLINE, guidelines e livros-texto. Foram utilizadas as estratégias de busca: (smoking cessation AND varenicline) OR (smoking treatment AND varenicline) OR (tobacco AND varenicline) OR (nicotine AND varenicline). Os artigos foram em inglês e publicados nos últimos 10 anos. Resultados: Foram encontrados 136 artigos, dos quais 8 foram selecionados; todos ensaios clínicos. A vareniclina, na dose de 1,0 mg duas vezes ao dia, mostrou-se mais eficaz na cessação do tabagismo, em relação ao placebo e à bupropiona, a curto e longo-prazos. Apresentou-se eficaz para a manutenção da abstinência ao fumo quando utilizada por 12 semanas adicionais, bem como, foi bem tolerada e segura em sua utilização por até 52 semanas. Teve a náusea como principal efeito adverso em 7 estudos, porém de intensidade leve a moderada. Mostrou evidente propriedade em reduzir a fissura, os sintomas de abstinência e a intensidade de prazer ao fumar. Conclusão: A vareniclina mostrou superior eficácia, tolerabilidade e segurança no tratamento auxiliar para a cessação do tabagismo quando comparada ao placebo e à bupropiona.

Palavras-chave: cessação do tabagismo; tratamento do tabagismo; nicotina; vareniclina; tabaco.

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Fillipe de Almeida

Carvalho e Silva Introdução: A esclerose múltipla (EM) é uma doença crônica, de caráter inflamatório e degenerativo, que acomete preferencialmente adultos jovens (entre 20 a 40 anos), sendo a principal causa de incapacidade nessa faixa etária em países desenvolvidos. O uso de imunomoduladores e imunossupressores no tratamento dessa enfermidade têm modificado o curso natural da doença reduzindo a morbidade dos pacientes, porém, uma dessas drogas, o interferon (IFN), tem sido associada com a ocorrência quadros depressivos. Essa associação já foi amplamente estabelecida com o IFN alfa (IFNα), porém, a relação com o IFN beta (IFNβ) ainda é motivo de controvérsias.

Objetivo: Fazer uma revisão bibliográfica sobre a associação do uso de interferon beta com a ocorrência de depressão durante tratamento da esclerose múltipla. Metodologia: Foi realizada uma pesquisa bibliográfica nos sítios de busca Pubmed e Scielo, com as seguintes palavras-chave:

“esclerose múltipla”, “interferon beta”, “depressão”, “efeito colateral” e seus equivalentes em inglês. Também foi feita busca manual em listas de referências dos próprios artigos, sendo selecionados um total de quinze artigos no idioma inglês. Resultados: A maioria dos estudos não demonstrou associação significante entre o uso de IFNβ e a ocorrencia de depressão durante a terapia, mas não afastaram totalmente essa possibilidade. Conclusão: A relação entre interferon beta e ocorrência de depressão durante o tratamento da esclerose múltipla ainda não está concretamente estabelecida, pricipalmente por conta da metodologia inadequada para avaliar essa questão.

Palavras-chaves: esclerose múltipla, interferon beta, depressão.

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Francisco dos

Santos La Torre Objetivo: Discutir as alterações causadas pelo hábito de fumar durante a gestação no binômio materno-fetal. Métodos: Este estudo consiste numa revisão bibliográfica de artigos sobre o tema tabagismo na gravidez, e foram selecionados 15 artigos incluindo ensaios clínicos randomizados e revisões bibliográficas. Resultados: Podemos verificar que o tabagismo durante a gravidez é extremamente prejudicial para o binômio materno-fetal. Alterações como: aborto espontâneo, baixo peso ao nascer, peso inadequado para a idade gestacional, crescimento intrauterino restrito, prematuridade, pré-eclâmpsia, ruptura prematura de membranas, placenta prévia, placenta acreta, DPP, além de alterações na adolescência como distúrbio da atenção e hiperatividade, dificuldade de concentração, déficit de cognição, distúrbios respiratórios e outras foram observadas nos estudos revisados. Conclusão: É de fundamental importância que haja um acompanhamento mais frequente das mulheres grávidas fumantes, com o objetivo de prevenir o maior número das complicações fetais, como também educá-las no sentido de convencê-las a parar de fumar.

Palavras-chave: Tabagismo; gravidez.

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Francisco Tiago Andrade de Carvalho

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Gabriela Barreto

Pena Introdução: Manifestações acneiformes configuram afecções cutâneas semelhantes à acne usualmente ligadas a iatrogenia medicamentosa. Psicotrópicos, estabilizadores de humor e antidepressivos tricíclicos, como o lítio e amineptina respectivamente, estão intimamente relacionados com a promoção destas lesões de pele. Uma outra classe de drogas, os Inibidores do Receptor de Fator de Crescimento Epidérmico (EGF-RI), representam antineoplásicos utilizados em estágios avançados de vários tipos de câncer cujos efeitos colaterais estão ligados à origem de erupções acneiformes. Objetivo: Revisão bibliográfica de estudos que avaliaram os psicotrópicos e antineoplásicos mais comuns utilizados na atualidade com associação ao desenvolvimento de manifestações acneiformes eruptivas. Metodologia: Revisão de literatura nos bancos de dados da PubMed, MEDLINE, LILACS, SpringerLink – Journal Article, revistas e periódicos especializados, além de referencias de livros específicos da área. Resultados: Sete artigos foram selecionados e distribuídos em dois subgrupos, de acordo com a droga avaliada pelos autores. Dois abordaram os efeitos colaterais promovidos por psicotrópicos e cinco os efeitos adversos promovidos pelos EGF-RI. As condições encontradas não devem ser consideradas resultantes de hipersensibilidade à droga ou possível alergia, sendo indicado que os pacientes continuem a terapia, tentando reduzir a dosagem das mesmas o quanto possível. Conclusão: A suspensão do uso ou a redução das dosagens da droga são as maiores indicações nos casos de manifestações acneiformes iatrogênicas. A principal meta a ser alcançada é a redução dos danos causados aos pacientes, que já se encontram em situações insalubres.

Palavras-chave: manifestações acneiformes, psicotrópicos, antineoplásicos

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Gisele Segura CD NÃO ABRIU.

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Guilherme Lucena

Moura Introdução: A obesidade representou um progressivo aumento nas últimas décadas e está bastante relacionada à hipertensão arterial, dislipidemia, resistência insulínica e maior risco cardiovascular, sua associação à nefrolitíase recebe, porém, pouca atenção, apesar de pacientes obesos apresentarem excreção aumentada de solutos na urina. A urolitíase vem apresentando, também, um implacável aumento a mais de 50 anos em paralelo a mudanças dos hábitos alimentares. A coincidência temporal e as alterações urinárias decorrente do peso corporal elevado são de suma importância para a realização de trabalhos que associem a nefrolitíase como comorbidade da obesidade. Objetivo: desenvolver uma revisão de literatura relacionando a obesidade com fatores de risco para nefrolitíase. Metodologia: Foi realizada uma revisão de literatura de livro-texto e trabalhos científicos que estudaram a obesidade como fator de risco para nefrolitíase. Feita uma busca bibliográfica na base de dados PUBMED, SCIELO e BIREME e uma pesquisa manual em listas de referência dos artigos dos últimos 10 anos e publicados em periódicos em português, inglês e espanhol. Foram excluídos todos os artigos com data ou idioma não condizentes com o pré-estabelecido ou trabalhos não relacionados à urolitíase ou obesidade. Resultados: Pacientes obesos e com resistência insulínica apresentaram maior prevalência de nefrolitíase, principalmente de cálculos de urato. O índice de massa corporal elevado revelou-se associado a: maior excreção de ácido úrico, sódio, amônia, e fosfato e uma notável diminuição do pH da urina com o aumento das categorias de peso corporal. A obesidade se correlacionou, também, a hiperosmolaridade urinária, uma vez que o volume urinário é diminuído. Conclusão: O sobrepeso e obesidade possuem, realmente, associação com o aumento dos casos de cálculos renais de ácido úrico e uma discreta relação como fator de risco para a formação de cristais de oxalato e fosfato de cálcio. A redução do peso corporal e uma maior ingesta hídrica são, então, os tratamentos de primeira escolha para pacientes obesos com nefrolitíase.

Palavras chaves: obesidade; nefrolitíase; urolitíase; cálculo renal.

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Gustavo Peniche

Santos CD NÃO ABRIU.

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Guy Pellegrino

Borges Introdução: A hemocromatose hereditária (HH) é uma doença genética autossômica recessiva cuja principal característica é a desordem no metabolismo do ferro. É umas das doenças genéticas mais comuns em indivíduos de etnia branca e, quando não tratada, pode provocar dano tecidual progressivo em diversos órgãos. Uma das manifestações mais comuns desse dano tecidual é a cirrose, potencialmente seguida pelo carcinoma hepatocelular (CHC). O CHC é uma conseqüência dramática e fatal da doença crônica do fígado, constituindo causa importante de morte dentre esses indivíduos. Objetivo: determinar a associação entre carcinoma hepatocelular e indivíduos portadores de hemocromatose hereditária. Metodologia: foi realizada uma revisão de literatura de trabalhos científicos que mostraram a associação entre a hemocromatose hereditária e o risco de desenvolver carcinoma hepatocelular. A busca bibliográfica foi feita na base eletrônica de dados PUBMED/MEDLINE, selecionando artigos publicados nos últimos 10 anos, em português, inglês e espanhol, com estudos exclusivamente em humanos e desenhos de estudo do tipo ensaios clínicos e estudos comparativos. Além disso, foi realizada uma busca manual de trabalhos científicos na lista de referência dos artigos previamente selecionados. Foram excluídos artigos com data ou idioma não condizentes com o pré-estabelecido, trabalhos não diretamente correlacionados com o tema específico e alguns artigos que por inviabilidade de serem obtidos gratuitamente, não puderam fazer parte da revisão. Resultados: na maioria dos casos, o CHC desenvolveu-se em pacientes cirróticos com HH, apresentando uma predominância de homozigotos C282Y. A prevalência de homozigotos C282Y para câncer de fígado é significantemente maior do que a prevalência na população normal. A heterozigosidade para a mutação C282Y também pode estar envolvida na patogênese do CHC ou pode aumentar o risco de desenvolver CHC, especialmente em pacientes com hepatite C ou cirrose alcoólica. Observou-se também a ocorrência do CHC em pacientes não-cirróticos com sobrecarga de ferro hepático; estes pacientes tinham mais mutação C282Y do que pacientes sem sobrecarga de ferro. Conclusão: Esta revisão bibliográfica demonstra que a hemocromatose hereditária constitui fator de risco importante para o desenvolvimento de carcinoma hepatocelular. Dessa forma, o diagnóstico precoce e o tratamento da HH por meio da terapia de depleção do ferro são de grande importância para prevenir o desenvolvimento do carcinoma hepatocelular no futuro.

Palavras-chave: hemocromatose; doença hepática; carcinoma hepatocelular.

Referências

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