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As Vozes das Redes, das Ruas e dos Movimentos Sociais Contra a Violência Policial e o Racismo Institucional

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Academic year: 2022

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Revista Latina Americana de Crimimologia Chamada nº 02 | Volume nº 01 | Número 02

As Vozes das Redes, das Ruas e dos Movimentos Sociais Contra a Violência

Policial e o Racismo Institucional

Chamada nº02 | Volume nº 01 | Número 02

Embora nascida como um discurso conservador destinado a justificar e aprimorar as estratégias de conformismo e exclusão social, a Criminologia na América Latina conheceu momentos de autocrítica e de crítica ao poder. As correntes criminológicas críticas (Criminologia da Liberação, Criminologia da Dependência, Criminologias Feministas, Criminologia Crítica) e os movimentos de política criminal alternativos (Abolicionismo, Garantismo, Realismo Marginal, Movimento Antimanicomial, Justiça Consensual, e, ainda, relativos à Criança e Adolescente e à Justiça Indígena) fizeram com que a Criminologia fosse reconhecida em diversos centros de estudo da América Latina como uma ciência politicamente engajada e comprometida com o fim da violência punitiva, institucional e estrutural. Nas últimas décadas, o campo científico conheceu maior desenvolvimento quer pela abertura de novos cursos de mestrado e doutorado, quer pela entrada de novos segmentos sociais na academia, quer pelo aprimoramento das metodologias de investigação e de novas fontes de financiamento para pesquisa. No cerne da crítica latino-americana esteve a denúncia do caráter desigual do sistema penal e seus altos índices de violência.

Todavia, a elaboração acadêmica hegemônica muito pouco avançou no diálogo contemporâneo com movimentos sociais, sobretudo aqueles relacionados às formas de exclusão racial e suas dimensões de classe, geração, gênero e sexualidade, nos grandes centros urbanos, nas regiões de fronteiras e de conflito armado. Neste contexto, após a filmagem da violência mortal praticada em Minneapolis pelo policial Derek Chauvin contra George Floyd, inúmeras cidades estadunidenses foram palco de protestos contra a violência policial. Em meio à Pandemia de Coronavírus, a onda de protestos, sobretudo pela liderança de mulheres negras, se estendeu pelas redes e alcançou a América Latina, dando visibilidade a inúmeros movimentos sociais negros e feministas que há décadas denunciam a violência policial, com suas dinâmicas locais e internacionais. Esse cenário foi capaz de evidenciar a tensão entre a produção acadêmica hegemônica e os trabalhos que dialogaram com as demandas desses grupos sociais.

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Revista Latina Americana de Crimimologia Chamada nº 02 | Volume nº 01 | Número 02

Qual o futuro da pesquisa em Criminologia na América Latina diante desse cenário? O que já foi construído e o que foi silenciado? Para onde podemos avançar?

Para os fins aqui propostos, interessam, por exemplo, textos que versem sobre:

1. Genocídio, sua dimensão conceitual e interfaces entre criminologia e relações étnico-raciais;

2. Aspectos quantitativos do racismo institucional, especialmente a análise dos homicídios de jovens e dos massacres em região de conflito;

3. Epistemologias Decoloniais e dimensões históricas do sistema penal, destacando-se a violência institucional contra grupos tradicionais e territórios ancestrais;

4. Intersecionalidades e opressão racial, com especial atenção às relações entre raça, etnia, gênero e orientação sexual no genocídio da população negra, no hiperencarceramento, na violência policial e na política de drogas;

5. Novas racionalidades para a criminologia? O papel dos movimentos sociais de denúncia ao racismo institucional e à violência policial, contribuições dos movimentos sociais para o debate sobre criminologia e relações raciais (ex: movimento de mães que denunciam a morte dos filhos negros);

6. Atuação dos movimentos sociais na construção de políticas públicas contra a violência policial e o racismo institucional, bem como o impacto da ascensão dos movimentos políticos autoritários na América Latina na desarticulação de políticas públicas de contenção da violência policial;

7. As relações entre ativismo digital, estratégias políticas e tecnológicas para a denúncia da violência policial;

8. Estratégias jurídicas e de gestão, em perspectiva comparada e internacional, para a contenção da violência policial.

Diante deste contexto e desta problemática a Revista Latino Americana de Criminologia (RELAC) convida pesquisadores/as que apresentem seus artigos para este dossiê até 15 de agosto de 2021.

Editores do Dossiê:

Dina Alves (IBCCrim) Evandro Piza Duarte (UnB) Thula Pires (PUC-RIO) Tukufu Zuberi (UPenn)

Editoras assistentes:

Isabella Miranda (UnB) Walkyria Chagas (UnB)

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Revista Latinoamericana de Criminología Call Dossier nº 02 | Volumen nº 01 | Número 02

Las voces de las redes, de las calles y de los movimientos sociales contra la violencia

policial y el racismo institucional

Call Dossier nº02 | Volumen nº01 | Número 02

Aunque nacida como un discurso conservador destinado a justificar y perfeccionar las estrategias de conformismo y exclusión social, la Criminología en América Latina ha conocido momentos de autocrítica y crítica al poder. Corrientes criminológicas críticas (Criminología de la Liberación, Criminología de la Dependencia, Criminología Feminista, Criminología Crítica) y movimientos alternativos de política criminal (Abolicionismo, Garantismo, Realismo Marginal, Movimiento Antimanicomial, Justicia Consensual, y, también, referentes a la Niñez y la Adolescencia y a la Justicia Indígena) han hecho que la Criminología sea reconocida en varios centros de estudio en América Latina como una ciencia comprometida políticamente y implicada con el fin de la violencia punitiva, institucional y estructural. En las últimas décadas, el campo científico ha experimentado un mayor desarrollo, sea por la apertura de nuevos cursos de maestría y doctorado, por la entrada de nuevos segmentos sociales en la academia, o mediante la mejora de las metodologías de investigación y las nuevas fuentes de financiamiento. En el centro de la crítica latinoamericana estaba la denuncia del carácter desigual del sistema penal y sus altos índices de violencia. Sin embargo, la elaboración académica hegemónica ha avanzado muy poco en el diálogo contemporáneo con los movimientos sociales, especialmente los relacionados con las formas de exclusión racial y sus dimensiones de clase, generación, género y sexualidad, en los grandes centros urbanos, en las regiones fronterizas y de conflicto armado. En este contexto, luego de la grabación de la violencia letal practicada en Minneapolis por el policía Derek Chauvin contra George Floyd, numerosas ciudades estadounidenses fueron escenario de protestas contra la violencia policial. En medio de la Pandemia del Coronavirus, la ola de protestas, principalmente por el liderazgo de las mujeres negras, se extendió por las redes y llegó a América Latina, dando visibilidad a innumerables movimientos sociales negros y feministas que desde hace décadas denuncian la violencia policial, con sus dinámicas locales y internacionales. Este escenario fue capaz

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Revista Latinoamericana de Criminología Call Dossier nº 02 | Volumen nº 01 | Número 02

de evidenciar la tensión entre la producción académica hegemónica y los trabajos que dialogaron con las demandas de estos grupos sociales.

¿Cuál es el futuro de la investigación en Criminología en Latinoamérica ante este escenario? ¿Qué ya se ha construido y qué se ha silenciado? ¿Dónde podemos ir?

Para los fines propuestos aquí, interesan, por ejemplo, textos que traten de:

1. Genocidio, su dimensión conceptual y interfaces entre criminología y relaciones étnico-raciales;

2. Aspectos cuantitativos del racismo institucional, especialmente el análisis de los homicidios de los jóvenes y masacres en regiones en conflicto;

3. Epistemologías decoloniales y dimensiones históricas del sistema penal, destacando la violencia institucional contra grupos tradicionales y territorios ancestrales;

4. Interseccionalidad y opresión racial, con especial atención a las relaciones entre raza, etnia, género y orientación sexual en el genocidio de la población negra, en el encarcelamiento en masa, en la violencia policial y en la política de drogas;

5. ¿Nuevas racionalidades para la criminología? El papel de los movimientos sociales en la denuncia del racismo institucional y de la violencia policial, contribuciones de los movimientos sociales al debate sobre criminología y relaciones raciales (ej. movimiento de madres que denuncian la muerte de hijos negros);

6. Actuación de los movimientos sociales en la construcción de políticas públicas contra la violencia policial y el racismo institucional, así como el impacto del ascenso de movimientos políticos autoritarios en América Latina en la desarticulación de políticas públicas de contención de la violencia policial;

7. Las relaciones entre el activismo digital, y estrategias políticas y tecnológicas para denunciar la violencia policial;

8. Estrategias jurídicas y de gestión, en perspectiva comparada y internacional, para contener la violencia policial.

Bajo estos lineamientos, la Revista Latinoamericana de Criminología (RELAC) invita a los y las investigadoras a que presenten sus artículos para el presente dossier hasta el 15 de agosto de 2021.

Editores do Dossiê:

Dina Alves (IBCCrim) Evandro Piza Duarte (UnB) Thula Pires (PUC-RIO) Tukufu Zuberi (UPenn)

Editoras assistentes:

Isabella Miranda (UnB) Walkyria Chagas (UnB)

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Latin American Journal of Criminology | Call Dossier Number 02 | Volume 01 | Number 02

The voices on the internet, the streets and social movements against police brutality

and Institutional racism

Call Dossier Number 02 | Volume 01 | Number 02

Being born as a conservative speech aimed at justifying and improving strategies for conformism and social exclusion, Criminology has faced self-criticism and criticism to power in Latin America. The critical criminology trends (Criminology of Liberation, Criminology of Dependency, Feminist Criminologies, Critical Criminology) and alternative movements in criminal policy (Abolitionism, Guarantee of Enforcement of Legal Provisions [Garantismo], Marginal Realism, Anti-Asylum Movement, Consensual Justice and movements concerning Children and Teenage Well-being and Indigenous Justice) made Criminology known among many study centers in Latin America as a science politically engaged and committed to ending punitive, institutionalized and structural violence. In the last decades, this scientific field advanced its most when new master and doctorate classes were created, when new social segments were created in the academy, when investigation methodologies were established, and when new funding sources for research were found. In the core of Latin-American review we find a report of how unequal the penal system and its high rates of violence are. Despite this fact, hegemonic academic papers have advanced very little in their current dialog with social movements, especially those related to ways of racial exclusion and class magnitudes, generations, gender and sexuality, in major urban centers and in border cities and armed conflict regions. In this context, after the mortal violence in Minneapolis committed by police officer Derek Chauvin against George Floyd was filmed, countless North-American cities staged demonstrations against police brutality. In the middle of the Coronavirus Pandemic, the wave of protests, especially of those led by African-American women, spread through network and reached Latin America, by giving visibility to countless black and feminist social movements that have been exposing police brutality for decades by means of their local and international dynamics. This scenario unveiled the tension between the hegemonic academic production and the works that create a dialog with the demands from these social groups.

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Latin American Journal of Criminology Call Dossier Number 02 | Volume 01 | Number 02

What is the future of research in Criminology in Latin America in this scenario?

What has been built and what has been silenced? Where can we go from here?

For the purposes exposed here, papers covering the subjects below are welcome:

1. Genocide, its conceptual dimension and the interface between criminology and ethnical-racial relations;

2. Quantitative aspects of institutional racism, especially the analysis of the homicide of young people and massacres in regions of conflict;

3. Decolonial epistemologies and historic dimensions of the penal system with a focus on the institutional violence against traditional groups and ancestral territories;

4. Intersectionalities and racial oppression especially with a focus on relations between race, ethnic, gender and sexual orientation in the genocide of the black population in the hyperincarceration, in police brutality and in drugs policy;

5. New rationalities for criminology? The role of social movements in reporting institutional racism and police brutality, contributions from social movements to the debate about criminology and racial relations (for example: the movement of mothers who report the killing of their black offspring);

6. How social movements take action to build public policies against police brutality and institutional racism, and how the ascension of authoritarian political movements in Latin America impact the disassembling of public policies to restrain police brutality;

7. The relations between digital activism, political and technological strategies to report police brutality;

8. Legal and management strategies, from a comparative and international perspective, to contain police brutality.

Given this context and this problem, the Latin American Journal of Criminology (RELAC) invites researchers to submit their articles for this dossier until August 15, 2021.

Dossier editors:

Dina Alves (IBCCrim) Evandro Piza Duarte (UnB) Thula Pires (PUC-RIO) Tukufu Zuberi (UPenn)

Assistants editor:

Isabella Miranda (UnB) Walkyria Chagas (UnB)

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Revue Latino-américaine de Criminologie Appel à contribution Dossier 02 | Volume 01 | Num 02

Les voix des réseaux, des rues et des mouvements sociaux contre la violence

policière et le racisme institutionnel

Appel à contribution Dossier 02 | Volume 01 | Numéro 02

Malgré soit né comme un discours conservateur destiné a justifier et raffiner les stratégies de conformisme et d’exclusion sociale, La Criminologie dans l’Amérique Latine a connu des moments d’autocritique et de critique au pouvoir. Les courants criminologiques critiques (Criminologie de la Libération, Criminologie de la Dépendance, des Criminologies Féministes, Criminologie Critique) et les mouvements de politique criminelle alternatifs (l’Abolitionnisme, le Garantisme, le Réalisme Marginal, le Mouvement Anti-asile, la Justice Consensuelle, et, encore, ceux concernants les enfants et les adolescents ainsi que la Justice Indigène) ont entraîné reconnaissance à la Criminologie vers les plus divers centres d’étude de l’Amérique Latine comme une science politiquement engagée et attachée à la fin de la violence punitive, institutionnelle et structurale. D’après les dernières décennies, le domaine scientifique a connu le plus grand développement, soit à cause de l’ouverture des nouveaux cours de master et de doctorat, soit par l’entrée des nouveaux segments sociaux dans l’Académie, soit par l’amélioration des méthodologies d’investigation et des nouvelles sources de financement pour la recherche. Au coeur de la critique latino- américaine a été la dénonciation du caractère inégal du système pénal et ses élevés taux de violence. Néanmoins, l’élaboration universitaire hégémonique a peu avancé

par rapport le dialogue contemporain avec les mouvements sociaux, surtout ceux concernant les formes d’exclusion racial et ses dimensions de classe, génération, genre et sexualité, dans les grands centres urbains, dans les régions de frontières et de conflit armé. À cet égard, après les images de la violence mortelle pratiquée à Minneapolis par le policier Derek Chauvin contre George Floyd, nombreuses villes aux États-Unis ont été lieu des protestations contre la violence policière. Au milieu de la pandémie de Coronavírus, la vague des protestations, surtout par la conduite de femmes noires, s’est étendue par les réseaux et a atteint l’Amérique Latine, en donnant visibilité à nombreux mouvements sociaux noirs et féministes qui dénoncent, d’après décennies, la violence policière et ses dynamiques locales et internationales. Ce scénario a pu souligner la

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Revue Latino-américaine de Criminologie Appel à contribution Dossier 01 | Volume 01 | Num 2

tension entre la production universitaire hégémonique et les travaux qui ont dialogué avec les demandes des ces groupes sociaux.

Quel est l’avenir de la recherche en Criminologie dans L’Amérique Latine devant ce scénario? Qu’est ce qui a été déjà construit et qu’est ce qui a été bâillonné?

Dans quelle direction pouvons-nous avancer?

Pour les buts ici proposés, nous intéressent, par exemple, les textes sur les sujets suivants:

1. Génocide, sa dimension conceptuel et les interfaces entre la criminologie et les relations ethniques et raciales;

2. Aspects quantitatifs du racisme institutionnel, particulièrement l’analyse des meurtres des jeunes et des massacres dans les régions de conflits;

3. Épistémologies Décoloniales et dimensions historiques du système pénal, en soulignant la violence institutionnelle contre des groupes traditionnels et territoires ancestraux;

4. Intersectionnalités et l’oppression raciale, avec une attention spéciale aux rélations entre race, ethnie, genre et orientation sexuelle par rapport le génocide de la population noir, la hyper-incarcération, la violence policière et la politique des drogues;

5. Nouvelles rationalités pour la criminologie? Le rôle des mouvements sociaux de dénonciation au racisme institutionnel et à la violence policière, les contributions des mouvements sociaux pour le débat sur criminologie et relations raciales (ex: mouvement des mères qui dénoncent la mort des enfants noirs);

6. L’intervention des mouvements sociaux dans la construction des politiques publiques contre la violence policière et le racisme institutionnel, ainsi que l’impact de l’ascension des mouvements politiques autoritaires dans l’Amérique Latine sur la désarticulation des politiques publiques de retenue de la violence policière;

7. Les relations entre l’activisme digital, les stratégies politiques et technologiques pour la dénonciation de la violence policière;

8. Stratégies juridiques et de gestion, en perspective comparée et international, pour la retenue de la violence policière.

Dans ce contexte et ce problème, la Revue Latino-américaine de Criminologie (RELAC) invite les chercheur-e-s à soumettre leurs articles pour ce dossier jusqu'au 15 août 2021.

Éditeurs:

Dina Alves (IBCCrim) Evandro Piza Duarte (UnB) Thula Pires (PUC-RIO) Tukufu Zuberi (UPenn)

Éditrices adjointes:

Isabella Miranda (UnB) Walkyria Chagas (UnB)

Referências

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