• Nenhum resultado encontrado

V Congresso Nacional de Administração e Ciências Contábeis - AdCont e 17 de outubro de Rio de Janeiro, RJ

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "V Congresso Nacional de Administração e Ciências Contábeis - AdCont e 17 de outubro de Rio de Janeiro, RJ"

Copied!
18
0
0

Texto

(1)

Análise do Grau de Observância das Orientações do CPC 12 - Ajuste a Valor Presente no Período 2010-2012: um estudo com foco nas empresas de capital aberto do setor

varejista

Rafael Simão Gonçalves – Mestrando em Ciências Contábeis

Discente do Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis – PPGCC da UFRJ rafael.sg@globo.com

José Augusto Veiga da Costa Marques – Doutor em Administração com Pós-Doutorado em Controladoria e Contabilidade

Professor do Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis – PPGCC daUFRJ joselaura@uol.com.br

Marcelo Alvaro da Silva Macedo – Doutor em Engenharia de produção com Pós-Doutorado em Controladoria e Contabilidade

Professor do Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis – PPGCC daUFRJ malvaro.facc.ufrj@gmail.com

Resumo

A partir da Lei 11.638/07, com o intuito de convergir as normas brasileiras de contabilidade ao padrão contábil internacional (IFRS), foram emitidos diversos pronunciamentos técnicos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC, que posteriormente foram aprovados pelos órgãos reguladores, tais como a CVM – Comissão de Valores Mobiliários. Neste contexto, o presente estudo tem como objetivo examinar as demonstrações financeiras, inclusive as notas explicativas, das 13 empresas de capital aberto pertencentes ao setor varejista de forma a identificar o grau de atendimento às orientações do CPC 12, no intuito de verificar se há diferenças entre a prática e a norma para os anos de 2010, 2011 e 2012. A escolha pelo setor varejista se dá pelo grande volume de vendas e compras a prazo efetuado pelas empresas, onde o AVP pode ser potencialmente de grande significância nas receitas e nos custos das vendas atuais e nos lucros de exercícios posteriores. Os resultados mostram que, de maneira geral, as empresas analisadas apresentaram baixo grau de atendimento às orientações do CPC 12, no que diz respeito ao AVP. Além disso, verificou-se que as informações sobre o objeto que está mensurado a valor presente é a informação de maior conformidade. De outro lado, as informações sobre os modelos de AVP utilizados e sobre o método de alocação dos descontos foram as de menor aderência em relação à norma. Além disso, chama atenção o fato de que cada empresa da amostra evidenciou a mesma coisa e do mesmo jeito ao longo dos três exercícios sociais analisados. Isso mostra que não houve aprendizado em relação ao atendimento dos requisitos da norma ao longo do tempo, visto que as empresas persistiram e mantiveram-se num patamar inadequado de aderência ao CPC 12.

Palavras-chave: Ajuste a Valor Presente; Varejo; Demonstrações Financeiras; AVP; CPC

12.

Área Temática: Contabilidade Financeira 1 INTRODUÇÃO

Em 28 de dezembro de 2007, iniciava-se no Brasil uma nova fase na contabilidade das empresas. Foi nesta data que a Lei 11.638/07 foi publicada, introduzindo um novo

(2)

estímulo à meta de elevar o nível de investimento da economia, fazendo com que as empresas passassem a ter, por força da lei, uma maior qualidade das informações prestadas, além de uma maior proximidade com o padrão internacional de contabilidade – IFRS (International Financial Reporting Standards). Segundo Santos e Calixto (2010), tais mudanças representaram, então, o início do processo de convergência do padrão contábil brasileiro – BRGAAP, com base principalmente na Lei das Sociedades por Ações (Lei 6.404/76), às IFRS, aplicadas em mais de cem países no mundo.

Para que as mudanças advindas da nova lei fossem materializadas, foi criado o Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC, órgão independente, que ficou como responsável pelo encaminhamento das novas práticas contábeis (“Pronunciamentos”), que posteriormente seriam aprovados pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM, Banco Central do Brasil e pelos demais órgãos e agências reguladoras.

Dentre os diversos Pronunciamentos emitidos pelo CPC, destaca-se o “Pronunciamento Técnico CPC 12 – Ajuste a Valor Presente” já normatizado e estudado no Brasil, que estabelece os requisitos básicos a serem adotados pelas empresas na adoção do Ajuste a Valor Presente de elementos do passivo e do ativo, quando da elaboração das demonstrações financeiras (CPC, 2008).

Segundo Ponte et al. (2012), o Ajuste a Valor Presente (AVP) proporciona uma aproximação dos números contábeis à realidade econômica. A utilização de informações com base no valor presente concorre para tornar a contabilidade uma linguagem única, reduzindo assim a assimetria informacional e os conflitos entre agencias e usuários, bem como melhorar a transparência, a qualidade e a comparabilidade das informações contábeis.

Estudos, como o de Ponte et al. (2012), buscaram analisar o grau de observância das orientações do CPC 12 pelas companhias listadas na BM&FBovespa no que tange às praticas de divulgação acerca do ajuste a valor presente no momento inicial de adoção da Lei n°. 11.638/07 e da Lei n°. 11.941/09. Nesse contexto, o presente estudo procura avançar esta discussão, não só temporalmente, mas também de maneira mais focada, em um setor onde o AVP seja a princípio mais aplicável.

Nesse sentido, o presente estudo tem como objetivo examinar as demonstrações financeiras, inclusive as notas explicativas, das empresas de capital aberto pertencentes ao setor varejista de forma a identificar o grau de atendimento às orientações do CPC 12, no intuito de verificar se há diferenças entre a prática e a norma para os anos de 2010, 2011 e 2012.

Logo, a pergunta de pesquisa é: qual o grau de atendimento das empresas classificadas no setor varejista da BM&FBOVESPA aos requisitos do CPC 12 - Ajuste a Valor Presente para o período 2010-2012?

A escolha pelo setor varejista foi feita com base na última pesquisa Anual do Comércio (relativa a 2010), publicada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que aponta a existência de aproximadamente 1,5 bilhão de empresas comerciais no Brasil, sendo o setor varejista responsável por 79% do total de empresas comerciais. Levando em consideração que as empresas comerciais têm como atividade principal a venda e compra de mercadorias e que parte destas operações serão feitas a prazo, o AVP pode ser potencialmente de grande significância nas receitas e nos custos das vendas atuais e nos lucros de exercícios posteriores. Já o período de análise compreende três anos, em razão da exigência de adoção completa do padrão IFRS a partir do exercício findo em dezembro de 2010, apesar do CPC 12 ter entrado em vigor desde o exercício de 2008.

O artigo encontra-se estruturado em cinco seções, incluindo esta introdução, seguida da revisão de literatura, onde discutem-se a teoria da evidenciação obrigatória, o

(3)

processo de harmonização das normas contábeis e as principais características do AVP conforme o CPC 12 e as pesquisas mais recentes sobre o assunto. Na terceira seção apresentam-se os aspectos metodológicos utilizados na pesquisa. Na quarta seção encontram-se a apresentação e a análise dos resultados obtidos. Por fim, a quinta seção refere-se às considerações finais, seguidas das referências utilizadas.

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Conforme Santos, Ponte e Mapurunga (2013), a evidenciação de informações pelas empresas promove a eficiência do mercado, pelo conhecimento para decisões de investimento como para os contratos de agência entre investidores e gestores. O mercado necessita tanto da informação positiva como a negativa. Sendo o disclosure deficiente prejudicial para a organização, desvalorizando a empresa, afastando os investidores, elevando o custo de capital

Para garantir a qualidade das informações disponibilizadas pelas empresas, os órgãos reguladores têm definido as informações que devem ser apresentadas nas demonstrações contábeis das organizações. Entretanto, algumas dessas informações não são vantajosas para empresa, mas relevantes para a toda de decisões.

Segundo Santos et al (2013), destaca-se alguns estudos internacionas sobre disclosure obrigatório exigido pelo IFRS, e no Brasil pelos CPC’s, tendo vários deles encontrado níveis baixo de evidenciação, são eles:

Lima et al.(2010), estabeleceram um índice de compliance com 37 requisitos dos CPCs em 2008/2009 em relação a incentivos econômicos para o disclosure; Maia e Formigoni (2011), mensuraram um índice de divulgação obrigatório de 72 itens conforme os CPCs vigentes entre 2008 e 2009; e Santos et al. (2013), elaboraram um índice de compliance geral com 638 itens de disclosure requeridos pelas IFRSs para os relatórios de 2010, e respectivos fatores associados

A normalização contábil e os reguladores do mundo estão se esforçando para harmonizar as normas de contabilidade com o intuito de criar um conjunto de padrões contábeis de alta qualidade para ser aplicada universalmente. Ou seja, os defensores da harmonização internacional das normas contábeis argumentam que transações semelhantes serão tratadas da mesma forma pelas empresas mundiais, resultando em demonstrações financeiras globalmente comparáveis (BRADSHAW; MILLER, 2007).

De acordo com Baker e Barbu (2007), a harmonização das normas contábeis tem sido o objetivo de muitos profissionais e acadêmicos durante os últimos quarenta anos, porém tem sido lento esse processo. A partir de 01 de janeiro de 2005, todas as empresas sediadas na União Europeia, com ações listadas em bolsa de valores foram obrigadas a elaborar suas demonstrações financeiras em conformidade com as normas internacionais (IFRS). Em sua pesquisa, os autores fizeram uma revisão de artigos em inglês entre 1965 a 2004 com o objetivo de avaliar a evolução da harmonização contábil.

Segundo Ponte et al. (2012), o Ajuste a Valor Presente (AVP) passou a ser exigido no novo padrão contábil desde o exercício social encerrado em 31/12/2008, sendo, assim, um dos primeiros pronunciamentos a serem aplicados às empresas de grande porte e de capital aberto no Brasil (CVM, 2008), dentro do processo de convergência das normas contábeis brasileiras às normas internacionais de contabilidade – IFRS, que se iniciou com a Lei nº 11.638/2007 que foi posteriormente complementada pela Lei 11.941/09.

O AVP visa trazer a valor presente o fluxo de caixa futuro (ativo ou passivo de longo prazo, podendo ser aplicado também no ativo e passivo de curto prazo, caso a

(4)

empresa julgue que seus efeitos são relevantes). Assim o AVP separa os juros embutidos nas transações e os apropria de acordo com o tempo decorrido até seu efeito financeiro, ou seja, o AVP tem como propósito segregar os efeitos financeiros das atividades das empresas, apresentando os valores reais de suas operações, excluindo-se os juros que estão embutidos tanto nas obrigações quanto nos direitos, se tratando de uma estimativa desse valor caso ele fosse a vista (CPC, 2008).

De acordo com o CPC 12:

Valor presente (present value)- é a estimativa do valor corrente de um fluxo de

caixa futuro, no curso normal das operações da entidade.

Ajuste a Valor Presente: tem como objetivo efetuar o ajuste para demonstrar o

valor presente de um fluxo de caixa futuro. Esse fluxo de caixa pode estar representado por ingressos ou saídas de recursos (ou montante equivalente; por exemplo, créditos que diminuam a saída de caixa futuro seriam equivalentes a ingressos de recursos). Para determinar o valor presente de um fluxo de caixa, três informações são requeridas: valor do fluxo futuro (considerando todos os termos e as condições contratados), data do referido fluxo financeiro e taxa de desconto aplicável à transação (CPC, 2008).

Segundo Greco (2010):

O conceito de valor presente deve estar associado à mensuração de ativos e passivos levando-se em consideração o valor do dinheiro no tempo e as incertezas a eles associados. Ativos e passivos monetários com juros implícitos ou explícitos embutidos devem ser mensurados pelo seu valor presente quando do seu reconhecimento inicial. Quando aplicável, o custo de ativos não monetários deve ser ajustado em contrapartida; então, a conta de receita, despesa financeira "pro-ratatemporis".

De outro ponto de vista, o objetivo do Ajuste a Valor Presente é tornar possível a análise das ações gerenciais considerando o valor do dinheiro no tempo e suas incertezas, e por isso, a contabilidade deve especificar de forma clara o que compõe o valor do bem e o que representa os valores de prêmios recebidos em virtude dessas incertezas.

Esta nova determinação tem, portanto, impacto importante na definição de critérios de mensuração dos elementos do patrimônio das empresas na contabilidade brasileira, pois permite que a contabilidade saia de uma posição simplesmente objetiva, para a uma posição de divulgação de informações mais próximas da realidade da economia. Através do AVP as contas do Ativo e as do Passivo são avaliadas por meio de um modelo de mensuração que possibilita a apresentação a valores correspondentes as respectivas datas de transação (MORIBE; PANOSSO; MARRONI, 2007).

Assim sendo, o principal objetivo da ‘avaliação a valor presente’ é o de eliminar do valor contábil dos direitos e obrigações a parcela dos juros embutida no montante das operações a prazo. Esse procedimento permite a comparabilidade das demonstrações financeiras de empresas diversas, independentemente de operarem a vista ou a prazo (MARION; IUDÍCIBUS; FARIA, 2009).

Mesmo antes do CPC 12, Yamamoto (1994) já ressaltava, em relação à contabilidade em moeda constante, que todos aqueles itens não monetários que tenham o pagamento posterior a data de aquisição, devem ser trazidos a valor atual pelo ajuste a valor presente, para somente depois serem corrigidos (YAMAMOTO, 1994, p. 290). Porém, de acordo com as orientações do CPC 12, ressalta que isto só deve ser feito para pagamentos e recebimentos de longo prazo. Já os elementos do ativo/passivo decorrentes de operações de curto prazo serão ajustados somente quando houver efeito relevante (IUDÍCIBUS et al., 2010).

(5)

De acordo com Ernst & Young e Fipecafi (2009, p. 8), o valor presente é uma forma de mensuração dos elementos das demonstrações financeiras na qual:

“os ativos são mantidos pelo valor presente, descontando, do fluxo futuro de entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operações da entidade. Os passivos são mantidos pelo valor presente, descontando, do fluxo futuro de saída liquida de caixa que se espera seja necessário para liquidar o passivo no curso normal das operações da entidade.”

Por definição do CPC 12 o valor presente é a estimativa do valor corrente de um fluxo de caixa futuro. Hendriksen e Van Breda (1999, p. 310) já diziam que: “Se o preço, de acordo com os termos do contrato, deve ser pago mais tarde, o custo do ativo deve ser o valor presente da obrigação contratual. Entretanto, prazos curtos para pagamentos podem ser ignorados”. Hendriksen e Van Breda, (1999, p. 414) ressaltam também que “é apropriado enfatizar o valor presente como sendo a dívida ‘real’, ou o investimento ‘real’, independentemente do momento em que seja calculado”.

Logo, valor presente como o próprio nome diz é uma estimativa do valor corrente de um fluxo de caixa futuro, a partir da aplicação de uma taxa de desconto, ou seja, a estimativa do valor do preço a vista de uma determinada transação.

O CPC 12 em seu corpo de texto traz as seguintes informações no que se refere à divulgação do ajuste a valor presente:

Em se tratando de nota explicativa, devem ser prestadas informações mínimas que permitam que os usuários das demonstrações contábeis obtenham entendimento inequívoco das mensurações a valor presente levadas a efeito para ativos e passivos, compreendendo o seguinte rol não exaustivo:

• descrição pormenorizada do item objeto da mensuração a valor presente, natureza de seus fluxos de caixa (contratuais ou não) e, se aplicável, o seu valor de entrada cotado a mercado

• premissas utilizadas pela administração, taxas de juros decompostas por prêmios incorporados e por fatores de risco (risk-free, risco de crédito, etc.), montantes dos fluxos de caixa estimados ou séries de montantes dos fluxos de caixa estimados, horizonte temporal estimado ou esperado, expectativas em termos de montante e temporalidade dos fluxos (probabilidades associadas);

• modelos utilizados para cálculo de riscos e inputs dos modelos; breve descrição do método de alocação dos descontos e do procedimento adotado para acomodar mudanças de premissas da administração; • breve descrição do método de alocação dos descontos e do

procedimento adotado para acomodar mudanças de premissas da administração;

• propósito da mensuração a valor presente, se para reconhecimento inicial ou nova medição e motivação da administração para levar a efeito tal procedimento;

• outras informações consideradas relevantes.

Recentemente, diversos estudos têm focado o Ajuste a Valor Presente. O estudo de Machado e Varela (2010) aponta que a adoção do CPC 12 – Ajuste a Valor Presente resultou em efeitos no índice de necessidade de capital de giro e no resultado financeiro das companhias, sobretudo no setor do comércio.

Utzig et al. (2013) fizeram um estudo com o objetivo de investigar as práticas de evidenciação do Ajuste a Valor Presente, empregado nas demonstrações financeiras do exercício de 2010 das empresas do segmento de Construção Civil, listadas na BM&FBOVESPA, no que tange as orientações do CPC 12. Os autores concluíram que as

(6)

empresas analisadas não observaram em sua totalidade o que estabelece o CPC 12 quanto às formas de evidenciação do ajuste a valor presente.

Ernst & Young e Fipecafi (2009) analisou 40 empresas da BM&FBOVESPA em cinco segmentos distintos, a saber: telecomunicações, energia, mercado imobiliário, varejo e bens de consumo. Concluiu-se que 21 das 40 empresas analisadas apresentaram impacto no lucro pela adoção do CPC 12, sendo o varejo o setor de maior impacto negativo, apresentando um percentual de 9%.

Ponte et al. (2012), buscaram investigar o grau de cumprimento das práticas de divulgação relativas ao AVP quando da adoção inicial das Leis 11.638/07 e 11.941/09. Resultados apontaram baixo grau de cumprimento das orientações de divulgação das empresas constantes do índice de governança corporativa comparadas ao mercado tradicional.

Araujo et al. (2011) analisaram a contabilização do Ajuste a Valor Presente (AVP) em empresas do setor de Exploração de Rodovias listadas na BM&FBovespa no ano de 2009. Como resposta foi possível verificar que as empresas não apresentam informações suficientes para a contabilização do AVP e que algumas das empresas que realizam a contabilização não explicam de modo satisfatório como foi contabilizado esse ajuste.

Queiroz et al. (2010) teve como objetivo analisar os efeitos do Ajuste a Valor Presente (AVP), em consonância com a Lei n° 11.638/07, no Patrimônio Líquido das empresas brasileiras de aviação civil durante o ano de 2008. Como resultado, a pesquisa demonstrou que as empresas em questão, apresentam dificuldades em se adaptar a certas mudanças, como consequência de alguns equívocos na aplicação do AVP, da mesma forma, a nota explicativa não apresenta informações suficientes.

Andrade, Fontana e Macagnan (2013) procuraram identificar o grau de observância às orientações sobre evidenciação contábil praticada pelas empresas listadas na BM&FBovespa de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 12 – Ajuste a Valor Presente, sua população corresponde a 50 empresas abertas participantes do IBrX-50, das quais, foram classificadas por setor: (i) construção; (ii) comércio; serviços e transporte; (iii) indústria básica; e (iv) indústria manufatureira. Os resultados indicam que, no geral, as empresas ficaram com um índice de 70,9% de aderência às normas, o setor que apresentou maior nível de aderência foi o da construção, com 80,8% de aderência; e o setor que menos atendeu às normas foi o da indústria manufatureira, com 65,4%.

Santos e Calixto (2010) analisaram os efeitos da primeira fase da transição para o IFRS no Brasil, a partir de 2008 (Lei 11.638/07), nos resultados das empresas listadas na BM&FBovespa. Para tanto, os autores aplicaram o inverso do Índice de Conservadorismo de Gray, concluindo que houve um baixo grau de compliance das empresas com a nova norma e uma baixa transparência nas demonstrações das empresas.

Sendo assim, a presente pesquisa tem o intuito contribuir com as discussões sobre o tema, procurando analisar qual o grau de atendimento das empresas varejistas listadas na BM&FBovespa na aplicação da evidenciação do AVP descrito pelo CPC 12.

3 METODOLOGIA

Dado o objetivo proposto de examinar junto as companhias o grau de atendimento das orientações referentes às práticas de divulgação da aplicação do Ajuste a Valor Presente (AVP) exposto no Pronunciamento Técnico do CPC 12, foram analisadas as Demonstrações Financeiras Padronizadas (DFP), incluindo as notas explicativas, dos exercícios encerrados em 31/12/2010, 31/12/2011 e 31/12/2012, publicadas pelas empresas do setor de varejo listadas na BM&FBovespa e disponibilizadas em seus portais eletrônicos.

Assim sendo, a presente pesquisa assume caráter descritivo, que segundo Gil (2008, p.46), tem como “objetivo primordial a descrição das características de determinada

(7)

população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis”. Quanto ao procedimento técnico caracteriza-se como pesquisa documental, que de acordo com Gil (2008, p.51) “vale-se de materiais que não receberam ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetos da pesquisa”.

No presente estudo, utilizou-se como procedimento de análise a técnica de análise de conteúdo. Segundo Jones e Shoemaker (1977) apud Alves (2011) a análise de conteúdo é um método de investigação que formula inferências a partir de informação, através da identificação sistemática das características contidas no texto analisado, no caso as DFPs e as notas explicativas.

Não houve nenhuma exclusão de companhia e a amostra de empresas escolhidas para o presente estudo estão listadas na BM&FBovespa e pertencem ao setor de varejo. O quadro 1 lista as empresas que fizeram parte do estudo, cujo os dados necessários foram obtidos entre outubro e dezembro do ano de 2013.

Definida a amostra e realizada a coleta de dados, passou-se a verificar as Notas Explicativas das Demonstrações Financeiras Padronizadas. Este segmento foi escolhido pois as empresas que o compõem possuem vendas e compras a prazo relevantes devido a disponibilidade de crédito, conforme Barki e Terzian (2008, p.57), “varejo é um dos setores mais competitivos da economia, pois possui margens reduzidas, disputa por consumidores e grande suscetibilidade às oscilações de ânimo e orçamento do consumidor”. Sendo assim, utilizou-se o setor varejista devido à importância do Ajuste a Valor Presente nas companhias deste setor, conforme indicado pelos estudos de Machado e Varela (2010) e Andrade, Fontana e Macagnan (2013).

Quadro 1: Relação das empresas que compuseram a amostra

Razão Social Nome Fantasia

Arezzo Indústria e Comércio S.A. Arezzo

B2W Companhia Digital S.A. B2W

Dufry AG Dufry

VR Grazziotin S.A. Administração e Participação Grazziotin

Guararapes Confecções S.A. Guararapes

Cia Hering S.A. Hering

Hypermarcas S.A. Hypermarcas

Lojas Americanas S.A. Lojas Americanas

Marisa Lojas S.A. Marisa

Magazine Luiza S.A. Magazine Luiza

Lojas Renner S.A. Renner

Restoque Comércio e Confecções de Roupas S.A. Restoque

Via Varejo S.A. Via Varejo

Fonte: BM&FBOVESPA (2013).

Foram elencadas, no Quadro 2, as práticas de divulgação estabelecidas no texto do CPC 12, de modo a configurar-se como um check list aplicado às empresas constantes da amostra, com o intuito de verificar o grau de cumprimento/aderência.

Para cada prática de divulgação, conforme descrito no Quadro 2, foi examinado se as informações contábeis divulgadas, principalmente nas notas explicativas, atendiam totalmente às orientações, parcialmente ou não atendiam. Em função do grau de atendimento/aderência

(8)

das informações divulgadas em relação às exigências do CPC 12 para o AVP, atribuiu-se as seguintes notas: Nota 0 – para as casos em que a informação não foi encontrada; Nota 1 – para os casos em que a informação divulgada atendia apenas parcialmente às exigências da norma; e Nota 2 – para os casos de aderência total à norma.

Quadro 2: Check list utilizado na pesquisa

1- Descrição pormenorizada do item objeto de mensuração a valor presente, natureza de seus fluxos de caixa (contratuais ou não) e, se aplicável, o seu valor de entrada cotado a mercado;

2- Premissas utilizadas pela administração, taxas de juros decompostas por prêmios incorporados e por fatores de risco (risk-free, risco de crédito, etc.), montantes dos fluxos de caixa estimados ou séries de montantes dos fluxos de caixa estimados, horizonte temporal estimado ou esperado, expectativas em termos de montante e temporalidade dos fluxos (probabilidades associadas);

3- Modelos utilizados para cálculo de riscos e inputs dos modelos;

4- Breve descrição do método de alocação dos descontos e do procedimento adotado para acomodar mudanças de premissas da administração;

5- Propósito da mensuração a valor presente, se para reconhecimento inicial ou nova medição e motivação da administração para levar a efeito tal procedimento.

Fonte: CPC (2008).

Na presente pesquisa, o critério adotado para avaliar a empresa como parcial, ou seja, grau de aderência igual a 1, originou-se por duas situações distintas, são elas: 1) A empresa anunciou o uso da taxa de desconto, presente no item 2 do Quadro 2, porém não especificou o valor da taxa; 2) A companhia divulgou, em Notas Explicativas, a utilização de um modelo simplificado para o cálculo de risco presente no item 3 do Quadro 2, porém não houve explicação de tal modelo.

Uma importante limitação da presente pesquisa diz respeito ao julgamento dos pesquisadores, visto que para cada caso foi necessário julgar se a divulgação estava totalmente ou parcialmente de acordo com a norma ou ainda se o que estava divulgado não atendia a nenhum dos parâmetros normativos para o AVP no CPC 12.

Diante disso, a próxima seção apresenta e analisa os resultados encontrados.

4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

Nesta seção são apresentadas as análises das práticas de divulgação relativas ao AVP feitas com base nas Demonstrações Financeiras Padronizadas, especificamente nas Notas Explicativas, das empresas do segmento de varejo listadas na BM&FBovespa, relativas aos exercícios de 2010, 2011 e 2012.

4.1 Análise Preliminar

Neste tópico, o estudo aborda particularidades e curiosidades encontradas na divulgação do AVP em empresas do setor varejista no exercício de 2010 a 2012, ou seja, o que e como as empresas divulgam as informações do AVP em suas demonstrações.

Um ponto observado refere-se à falta de um padrão na divulgação das companhias. As empresas (cinco das treze) apresentam a explicação, pelo entendimento delas, do AVP nas principais políticas contábeis, ou seja, expressam que os ativos e passivos não monetários são sujeitos a avaliação do impacto do ajuste a valor presente, e após a explicação, demonstram um tópico nas Notas Explicativas divulgando os valores ajustados pelo AVP. Outras companhias abordam a explicação e os valores em um tópico nas Notas Explicativas e não mencionam mais nada anteriormente ou posteriormente.

Outro item constatado é referente as contas contábeis utilizadas para o cálculo do AVP. Todas as empresas abordaram as contas contábeis clientes (ou contas a receber),

(9)

estoque e fornecedores para realização do cálculo e ajuste quando necessário. Algumas empresas divulgaram a utilização do AVP em impostos.

As contas contábeis de clientes, estoques, fornecedores e impostos contém o detalhamento das entradas e saídas de recursos e são publicadas com uma linha chamada ajuste a valor presente, no qual o saldo aparece negativo, ou seja, diminuindo o valor total da conta.

As empresas apresentam o AVP no resultado financeiro. O AVP das vendas a prazo tem como contrapartida a rubrica “Contas a receber de clientes” e sua realização é registrada na rubrica “Receitas financeiras” pela fruição do prazo. A constituição do AVP de compras é registrada nas rubricas “Fornecedores” e “Estoque” e sua reversão tem como contrapartida a rubrica “Despesas financeiras”, pela fruição de prazo, no caso de fornecedores, e pela realização dos estoques em relação aos valores neles registrados na rubrica “Custo da mercadoria vendida”.

A companhia Lojas Americanas aborda que as operações de vendas a prazo, com o mesmo valor de venda à vista, prefixadas, representadas principalmente por vendas a prazo com cartão de crédito, foram calculadas ao seu valor presente considerando os prazos das referidas transações. O mesmo tratamento foi dado aos impostos incidentes sobre essas vendas, considerando-se a alíquota efetiva dos mesmos.

As companhias Arezzo, Guararapes e Restoque avalia periodicamente o efeito do AVP nas contas contábeis e concluíram que não existem transações de curto e longo prazo que se qualificassem a serem ajustadas, isto é, a administração da empresa julga se esses ajustes apresentam um efeito relevante nas Demonstrações Financeiras.

Algumas empresas divulgam que as vendas a prazo (contas a receber) são oriundas de transações de vendas com cartão de crédito.

4.2 Resultados da Análise de Aderência ao CPC 12 - AVP

Conforme visto anteriormente, considerando a importância do AVP nas contas contábeis, o CPC 12 define algumas informações mínimas para serem divulgadas pelas empresas em suas demonstrações. A seguir, na Tabela 1, são apresentados os resultados da análise dos graus de observância do CPC 12 pelas 13 empresas do setor de varejo analisadas, referentes ao ano 2010. Na Tabela 1, os números 1-, 2-, 3-, 4- e 5- são referentes aos itens do

check list apresentado no Quadro 2. Quanto maior o percentual da última coluna de cada

período (%) maior terá sido a aderência da empresa ao Pronunciamento CPC 12. Para formação deste percentual (indicador do nível de evidenciação) considerou-se que uma divulgação parcial tinha metade do peso de uma divulgação completa. Assim sendo, os valores da coluna (%) são simplesmente a soma dos valores (pontuação) em cada item dividida pelo valor máximo que pode ser obtido (10 pontos). Na coluna 200-2012 a lógica é a mesma, porém o valor máximo é 30 pontos.

A análise é conduzida por ano e depois obtêm-se uma análise para todo o período, que mostra a aderência média de cada empresa. A análise das informações da Tabela 1, foi conduzida com as seguintes etapas: (i) análise da aderência geral das empresas por ano a cada item do CPC 12; (ii) análise do índice anual e geral (todo o período) de evidenciação de cada empresa.

Preliminarmente, um fato chamou atenção na análise dos resultados. Ao longo do período estudado o comportamento das empresas é praticamente o mesmo. Ou seja, de maneira geral o que é válido em relação a um item ou a uma empresa em um determinado ano é igualmente válido para todos os outros anos e, por conseguinte, para o período completo. As exceções a esta regra podem ser observadas pontualmente em relação à Guararapes (item 1 no ano de 2011), Magazine Luiza (item 2 no ano de 2012) e Renner ( item 4 no ano de 2012). No caso da Guararapes a empresa deixa de atender no ano de 2011 ao item 1 – descrição do

(10)

objeto, que foi plenamente atendido nos anos de 2010 e 2012. Já o Magazine Luiza, a empresa divulgou apenas parcialmente as informações do item 2 – premissas, taxas e fluxos de caixa no ano de 2012, enquanto que nos outros anos a divulgação havia sido feita de forma completa. Por fim, a Renner foi a única a apresentar alguma evolução, pois no ano de 2012 passou a divulgar plenamente as informações referentes ao item 4 – método de alocação dos descontos, que até então não vinham sendo divulgadas.

Esta situação não deveria chamar tanta atenção se tudo estivesse sendo apresentado de maneira adequada, visto que analisa-se uma divulgação obrigatória, esperando-se, assim, que todas as empresas tivessem altos níveis de evidenciação. Porém, quando observa-se a constância dos baixos níveis de evidenciação e, por conseguinte, um ambiente de baixa aderência à norma, tem-se um fato no mínimo curioso. Em outras palavras, ao longo de três anos as empresas persistem em apresentar informações obrigatórias de forma incompleta (e muitas vezes omissas) no que diz respeito ao AVP do CPC 12.

Neste sentido, observa-se que algumas empresas persistem em apresentar baixo grau de cumprimento às exigências de evidenciação do CPC 12 em relação ao AVP. Um primeiro bom exemplo disso é a Dufry, que simplesmente não apresenta qualquer tipo de informação sobre AVP em nenhum dos anos analisados. Mas esta empresa não é a única a ter este tipo de comportamento, apenas parece chamar atenção por não ter divulgado nada. A persistência ao baixo nível de evidenciação pode ser observada em várias empresas, tais como Arezzo, Grazziotin, Guararapes (que chega a piorar em 2011 – caindo de 20% para 0%), Marisa e Restoque. Estas empresas em nenhum dos anos analisados apresentam nível de aderência superior à 50%. Isso quer dizer que cada empresa persiste em apresentar exatamente as mesmas informações e do mesmo jeito, ano após ano, mesmo sem cumprir nem com a metade das exigências da norma.

Mas este cenário não é inadequado apenas para estas empresas, pois as outras apresentam valores superiores a 50%, mas nenhuma apresenta em nenhum momento valores superiores a 80%. Isso quer dizer que não há empresas que apresentem níveis superiores de aderência à norma. As que não apresentam valores muito baixo, apresentam, na verdade, índices de evidenciação apenas intermediários. Este é o caso de B2W, Hering, Hypermarcas, Lojas Americanas, Magazine Luiza, Renner e Via Varejo. Todas estas empresas em todos os anos apresentam aderência à norma entre 60% à 70%, com exceção do Magazine Luiza nos anos de 2010 e 2011 e da Renner em 2012, com índices de 80%.

Pela análise da Tabela 1, observa-se que o item 1, sobre descrição do objeto, apresentou um alto grau de atendimento. Em relação ao item 1 observa-se que, com exceção da Dufry em todos os anos e da Guararapes em 2011, que não apresentaram qualquer informação referente a este item, todas as outras empresas de varejo analisadas apresentaram divulgação completa em relação a este item.

Porém, o mesmo não se repete em relação aos outros itens. Os itens 2 – premissas, taxas e fluxos de caixa e o item 5 – propósito da mensuração, apresentam nível de aderência apenas mediano. Nestes itens observa-se que a maioria das empresas apresenta divulgação completa, algumas apresentam divulgação parcial e algumas poucas não apresentam quaisquer informações em suas notas explicativas.

Tabela 1: Aderência aos critérios de divulgação ao CPC 12 – Ano 2010 Empresas

2010 2011 2012 2010-2012

1- 2- 3- 4- 5- % 1- 2- 3- 4- 5- % 1- 2- 3- 4- 5- % Pontuação Total %

(11)

B2W 2 2 0 0 2 60% 2 2 0 0 2 60% 2 2 0 0 2 60% 18 60% Dufry 0 0 0 0 0 0% 0 0 0 0 0 0% 0 0 0 0 0 0% 0 0% Grazziotin 2 1 0 0 0 30% 2 1 0 0 0 30% 2 1 0 0 0 30% 9 30% Guararapes 2 0 0 0 0 20% 0 0 0 0 0 0% 2 0 0 0 0 20% 4 13% Hering 2 2 1 0 2 70% 2 2 1 0 2 70% 2 2 1 0 2 70% 21 70% Hypermarcas 2 2 0 0 2 60% 2 2 0 0 2 60% 2 2 0 0 2 60% 18 60% Lojas Americanas 2 2 0 0 2 60% 2 2 0 0 2 60% 2 2 0 0 2 60% 18 60% Marisa 2 1 0 0 2 50% 2 1 0 0 2 50% 2 1 0 0 2 50% 15 50% Magazine Luiza 2 2 2 0 2 80% 2 2 2 0 2 80% 2 1 2 0 2 70% 23 77% Renner 2 2 0 0 2 60% 2 2 0 0 2 60% 2 2 0 2 2 80% 20 67% Restoque 2 0 0 0 2 40% 2 0 0 0 2 40% 2 0 0 0 2 40% 12 40% Via Varejo 2 2 0 0 2 60% 2 2 0 0 2 60% 2 2 0 0 2 60% 18 60%

Fonte: Dados da pesquisa.

Em relação ao item 2 sobre premissas, taxas e fluxos de caixa percebe-se que quatro empresas não divulgaram nenhuma informação em nenhum dos anos e duas divulgaram informações apenas parciais em todos os anos. Como dito anteriormente, a Magazine Luiza apresenta informações completas em 2010 e 2011 e apenas parciais em 2012. As outras seis empresas apresentaram divulgação totalmente aderente à norma em todos os anos. Adicionalmente, cabe destacar que a empresa Grazziotin divulga a utilização do CDI como taxa de desconto e a Marisa (em todos os anos) e Magazine Luiza (apenas no ano de 2012) não especificaram a taxa utilizada.

Por fim, no que diz respeito ao item 5 sobre o propósito da mensuração observa-se que nove empresas tiveram divulgação completa em todos os anos e outras quatro não divulgaram esta informação em suas notas explicativas em nenhum dos exercícios analisados. As empresas B2W, Hering, Hypermarcas, Magazine Luiza, Marisa, Lojas Americanas, Restoque, Renner e Via Varejo, publicaram a utilização do AVP na data das transações, ou seja, no reconhecimento inicial.

Mas a situação que já não parecia ser adequada pela análise destes itens, é ainda pior quando observam-se os valores para os itens 3 e 4. Em relação ao item 3 – modelos percebe-se que 11 das 13 empresas analisadas não aprepercebe-sentam qualquer informação em nenhum dos anos sob análise. Neste item, cabe ressaltar que a Hering divulgou a adoção de um modelo simplificado e a Magazine Luiza explica a utilização de um modelo com base em uma taxa que compõem todos os riscos de sua atuação e o valor do dinheiro no tempo.

Mas a situação é ainda pior para o item 4 – método de alocação dos descontos, pois, com exceção da Renner em 2012, nenhuma das outras empresas em nenhum dos anos apresentam quaisquer informações sobre este item. A Renner, apenas no ano de 2012, publicou a utilização do método de juros efetivo para o cálculo do AVP.

Quando da análise especificamente das empresas observa-se, como já ressaltado anteriormente, um comportamento persistente e estável, porém com baixo nível de evidenciação.

Nesta parte da análise alguns aspectos chamam mais a atenção do que outros. Por exemplo, ressalta a situação da Dufry, pois esta empresa simplesmente não apresenta qualquer informação sobre AVP em suas notas explicativas em nenhum dos anos analisados.

Outra observação interessante é que o Magazzine Luiza é a empresa com maior índice de evidenciação do AVP, obtendo nível de evidenciação de 80% e 70% ao longo dos anos e índice médio de 77% no período. Mas mesmo assim, não se pode dizer que seja um indicador

(12)

com valor alto, visto que trata-se da divulgação de um item obrigatório e não voluntário. A explicação para a involução do período de 2011 para 2012 foi porque a companhia em 2012 não divulgou o valor da taxa utilizada para desconto.

As outras empresas podem ser divididas em dois grupos: aquelas com baixíssimo nível de evidenciação e aquelas com nível intermediário de aderência ao CPC 12. Como já relatado anteriormente empresas tais como Arezzo, Grazziotin, Guararapes, Marisa e Restoque apresentam níveis de evidenciação entre 10% e 50%. Todas estas empresas apresentam problemas com a divulgação de informações referentes aos itens 3 e 4, ou seja, as informações sobre modelos e método de alocação dos descontos simplesmente não são divulgadas por estas empresas em nenhum dos anos analisados.

Ao longo do tempo a Arezzo e a Guararapes só divulgam informações referentes ao item1 – descrição do objeto, sendo que a segunda deixa de divulgar no ano de 2011. Já a Grazziotin evidencia informação sobre este item e também divulga parcialmente informações sobre o item 2 – premissas, taxas e fluxos de caixa. A Restoque também atende plenamente às exigências da norma em relação ao item 1 e apresenta informações completas sobre o item 5 – propósito da mensuração. Por fim, a Marisa além de não divulgar nada sobre os itens 3 e 4, também só atende parcialmente as informações exigidas sobre o item 2 – premissas, taxas e fluxos de caixa.

As outras empresas (B2W, Hering, Hypermarcas, Lojas Americanas, Renner e Via Varejo) apresentam nível de evidenciação apenas regular, com valores que oscilam, de maneira geral, entre 60 e 70%.

A B2W, a Hypermarcas, a Lojas Americanas e a Via Varejo apresentam informações completas para os itens 1, 2 e 5. A Hering apresenta o mesmo comportamento em relação a estes itens, porém também apresenta informações incompletas em relação ao item 3 – modelos. Cabe ressaltar que além da Hering, apenas a Magazine Luiza apresenta informações completas sobre o item 3. A Renner também apresenta informações completas em relação aos itens 1, 2 e 5, mas no ano de 2012 atendeu plenamente às exigência do CPC 12 em relação ao item 4 – método de alocação dos descontos. Destaca-se que a Renner foi a única empresa a divulgar esta informação, apenas para o ano de 2010, considerando-se todo o período de análise.

Uma observação interessante em relação a este grupo de empresas é que a Renner que faz parte do grupo intermediário, mas apresenta padrão de divulgação bem próximo do Magazine Luiza, que é a empresa que melhor atende às orientações do CPC 12 em relação ao AVP, é a única a mostrar alguma evolução ao longo do tempo. A Renner no ano de 2012 melhorou seu nível de aderência ao passar a divulgar informações a respeito do método de alocação dos descontos (método de juros efetivos).

Devido ao baixo nível de aderência de divulgação das orientações do CPC 12 das treze empresas varejistas, com média no presente artigo de 47%, decidiu-se verificar os pareces dos auditores independentes. Não foi encontrado, para nenhuma empresa em nenhum exercício, nenhum ponto abordando o AVP, nem parágrafos de ênfase e nem de ressalva. Isso é uma constatação que assusta e preocupa, pois como pode não haver menção à problemas de evidenciação se os índices de aderência ao CPC 12 em relação ao AVP são tão baixos em todas as empresas.

No que diz respeito à média de aderência das empresas do setor varejistas de 47%, percebe-se que, na comparação com o estudo de Andrade, Fontana e Macagnan (2013), o valor encontrado no presente estudo é inferior à media geral de divulgação apresentada pelos autores e também inferior à média das empresas do setor de Comércio, Serviço e Transporte, que foi de 69,5%.

Mas o baixo índice de aderência encontrado no presente estudo reforça os achados de outros estudos, que mostraram baixo nível de transparência em relação aos itens de

(13)

divulgação obrigatória do CPC 12. Ou seja, outros estudos também mostraram que a evidenciação de aspectos centrais do AVP é negligenciada pelas empresas no Brasil. Neste sentido, Queiroz et al. (2010), analisaram-se duas empresas do setor de aviação civil brasileira e em ambas as empresas foram verificados que os critérios para a elaboração não são atendidos na plenitude. Além disso, Ponte et al. (2012), verificaram que, nas companhias abertas, houve um baixo grau de observância das práticas de divulgação definidas no CPC 12. Além disso, Utzig et al. (2013), mostraram que as empresas do segmento de construção civil listadas na BM&FBovespa no que se refere às demonstrações contábeis do exercício de 2010, não observaram em sua totalidade o que estabelece o CPC 12 quanto às formas de evidenciação do AVP. Por fim, Araújo et al. (2011), concluíram que as empresas de exploração de rodovias brasileiras não divulgaram informações contábeis em Notas Explicativas de acordo com a Lei nº 11.638/07 e o Pronunciamento Técnico CPC 12, no que se refere à AVP, no ano de 2009.

Em relação aos itens de análise, observa-se um baixo grau de aderência aos itens 3 e 4 e um nível de mediano a satisfatório para os itens 1, 2 e 5. Estes achados corroboram os resultados de Ponte et al. (2012), pois os autores encontraram que, via de regra, as empresas limitaram-se a descrever itens objetos de mensuração a valor presente (item 1 do check list), e a apresentar a motivação da administração para levar a cabo tal procedimento (item 5 do

check list). Os autores destacam, ainda, que 99% das empresas não detalharam os modelos

utilizados para o cálculo de risco (item 3 do check list).

O estudo de Utzig et al. (2013) também obteve resultados parecidos com os do presente estudo. Nenhuma empresa do segmento de construção civil no exercício de 2010 publicou informações sobre os modelos utilizados para cálculo de risco (item 3 do check list). Referente ao item 4 do check list, 84,21% das empresas de construção civil não apresentaram informações sobre método de alocação de desconto. De acordo com o item 1 do check list, 94,74% das empresas descreverem os itens objetos do ajuste a valor presente. Ou seja, os autores observaram que as empresas de construção civil possuem um comportamento similar ao das empresas de varejo estudadas no presente estudo, no que diz respeito à baixa evidenciação dos itens 3 e 4 e alta evidenciação do item 1.

4.3 Taxa de Desconto no Período de 2010, 2011 e 2012.

Ressaltando a importância da taxa de desconto no cálculo do AVP, o CPC 12 aborda a dificuldade da tarefa de calcular os riscos que são representados por uma taxa. Neste tópico, efetuou-se a análise das taxas de riscos ou descontos empregadas nas companhias varejistas, constantes na amostra, referente ao exercício de 2010, 2011 e 2012. A Tabela 2 mostra o valor das taxas anuais, mesmo para os casos de divulgação de taxas mensais, que foram anualizadas por capitalização composta.

Tabela 2: Taxa de desconto utilizada nas empresas ao longo dos três anos Empresas Vendas – Taxa utilizada Compras – Taxa utilizada

2010 2011 2012 2010 2011 2012

Arezzo xxx xxx xxx xxx Xxx xxx

B2W Varejo 10,68% 12,53% 9,03% 11,70% 11,73% 8,43%

(14)

Grazziotin CDI CDI CDI CDI CDI CDI Guararapes xxx xxx xxx xxx Xxx xxx Hering 10,53% 11,09% 8,73% 10,53% 11,09% 8,73% Hypermarcas xxx xxx xxx xxx Xxx xxx Lojas Americanas 10,64% 12,47% 9.07% 11,33% 13,93% 9,86% Marisa xxx xxx xxx xxx Xxx xxx Magazine Luiza 12,24% 11,74% xxx 12,24% 11,74% xxx Renner 69,59% 42,58% 25,34% 14,03% 12,68% 12,68% Restoque xxx xxx xxx xxx Xxx xxx Via Varejo 8,21% a 13,35% 12,28% 8,99% 8,21% a 13,35% 12,28% 8,99%

Fonte: Dados da pesquisa.

De acordo com a Tabela 2, observa-se que as empresas Arezzo, Dufry, Guararapes e Restoque não divulgaram nenhuma informação a respeito da taxa de desconto em suas Demonstrações Financeiras Padronizadas. Nota-se que a empresa Marisa em todos os anos e Magazine Luiza no ano de 2012 divulgaram a utilização de taxa, porém não expressaram seu valor. Por fim, a empresa Hypermarcas divulgou que utiliza a taxa de desconto nas seguintes contas ou transações: a) Títulos a pagar de longo prazo decorrentes de aquisições de empresas e/ou ativos; b) Parcelamentos; c) Empréstimos Fomentar e Produzir, representando dívida de longo prazo. Não houve abordagem para as contas de vendas e compras.

As empresas Hering, Renner e Via Varejo apresentaram a taxa em valores mensais. Com a intenção de padronizar as taxas, realizou-se a conversão da taxa mensal para anual conforme a formula de capitalização composta.

Com base na tabela exposta, seis companhias evidenciaram as taxas de desconto utilizadas no cálculo do AVP. Isso mostra que nem metade das empresas da amostra apresenta a taxa de desconto em todos os anos. Cabe salientar que para o AVP é fundamental a definição da taxa, sem a qual qualquer método de valor presente não pode ser aplicado.

Nas contas contábeis de vendas, os percentuais apresentados são entre 8,21% a 69,59% referente ao exercício de 2010, 2011 e 2012. Nas contas de compras, os percentuais divulgados pelas companhias são entre 8,21% a 14,03% com base nos períodos de 2010 a 2012. Comparando com o estudo de Queiroz et al. (2011), duas empresas de exploração de rodovias brasileiras apresentaram os valores da taxa de juros utilizada em 5% ao ano, e três companhias do mesmo setor divulgaram a valia de 9,5% ao ano.

A empresa Renner apresenta valores superiores em comparação com as demais companhias citadas anteriormente nas contas contábeis de vendas. A explicação para tal ocorrência é de que na avaliação da companhia, essa taxa representa os riscos específicos da sua carteira de recebíveis. A sociedade publicou taxas de 4,5% ao mês, 3% ao mês e 1,9% ao mês e ao convertê-las, o valor foi para 69,59%, 42,58% e 25,34%, respectivamente no exercício de 2010, 2011 e 2012. Cabe ressaltar que a empresa não justifica ao longo do tempo a redução abrupta da taxa de desconto utilizada. De maneira geral, não observa-se o mesmo comportamento nas outras empresas, além de observa-se uma tendência de queda em todos os casos ao longo do tempo, mesmo com a elevação das taxas, na maioria das empresas, de 2010 para 2011.

Segundo o CPC 12, há operações que a taxa de juros é explícita ou implícita. Em ambos os casos, é necessário utilizar uma taxa de desconto que reflita juros comparáveis com a natureza, o prazo e os riscos relacionados à transação. Nota-se que os valores presentes nas empresas podem ser divergentes devido ao julgamento por parte da administração referente aos valores das taxas empregadas no cálculo do AVP. Mesmo assim, vale destacar que são

(15)

empresas que operam no varejo e no Brasil, mas mesmo assim apresentam leituras tão diferentes em relação aos riscos de suas vendas e compras a prazo.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente estudo investigou as Demonstrações contábeis e Notas Explicativas das empresas de capital aberto do setor varejista e analisou o grau de atendimento às orientações relativas ao Pronunciamento Técnico CPC 12 – Ajuste a Valor Presente (AVP).

A amostra analisada correspondeu a treze empresas do setor varejista listadas no mercado tradicional da BM&FBovespa ao longo de 2010, 2011 e 2012. Dentre essas, verificou-se um baixo grau de atendimento ao CPC 12, onde todas as empresas deixaram de evidenciar pelo menos um item referente ao AVP.

Ao longo dos três anos percebe-se que todas as empresas, exceto a Dufry nos três anos e a Guararapes no exercício de 2011, atendem plenamente aos requisitos informativos relativos ao item 1 – descrição do objeto. Já em relação aos itens 3 e 4, observa-se, de maneira geral, que as empresas simplesmente não divulgam as informações necessárias no que diz respeito aos modelos e método de alocação dos descontos.

Em relação às empresas observa-se que a Dufry não divulgou nenhuma informação de AVP em suas demonstrações em nenhum dos exercícios analisados. A companhia com o maior índice de divulgação é a Magazine Luiza atendendo na média a 77% dos requisitos exigidos pela norma ao longo dos três anos. Empresas como Arezzo, Grazziotin, Guararapes, Marisa e Restoque apresentam baixos níveis de evidenciação, com índice de evidenciação entre 10% e 50%. Já empresas como B2W, Hering, Hypermarcas, Lojas Americanas, Renner e Via Varejo apresentam nível de evidenciação entre 60 e 70%. Isso mostra que de maneira geral não observa-se alto grau de atendimento aos requisitos obrigatórios do CPC 12 em relação ao AVP.

Além disso, chama atenção o fato de que 10 dentre as 13 empresas analisadas apresentaram exatamente o mesmo indicador em cada ano. Ou seja, cada uma destas empresas evidenciaram a mesma coisa e do mesmo jeito ao longo de três exercícios sociais. Isso mostra que não houve aprendizado em relação ao atendimento dos requisitos da norma ao longo do tempo, visto que as empresas persistiram e mantiveram-se num patamar inadequado de aderência ao CPC 12.

Isso pôde ser observado, pois constatou-se que as Notas Explicativas eram insuficientes e incompletas, negligenciando informações de caráter relevante, e em vários casos as informações divulgadas eram cópias das informações de anos anteriores.

Por fim, mesmo considerando-se empresas de um mesmo segmento e atuantes no Brasil, verificou-se uma diferença grande na definição das taxas utilizadas entre as empresas, no qual tem-se empresas utilizando taxas anuais na venda de 10,68% até 69,50%. Esta situação causa curiosidade e deveria ser analisada melhor futuramente.

Assim sendo, corroborando os estudos de Queiroz et al. (2010), Araújo et al. (2011), Ponte et al. (2012), Utzig et al. (2013) e Andrade, Fontana e Macagnan (2013), foi observado um baixo atendimento às praticas de divulgação definidas no CPC 12 sobre o AVP. Ou seja, mesmo ao longo de cinco anos de exigência do AVP, não se observa evolução na transparência em relação à divulgação de seus elementos constitutivos obrigatórios.

Esta situação reforça os achados do estudo de Santos e Calixto (2010) de que a transparência foi negligenciada em 2008, primeiro ano de adoção parcial dos IFRS, e mostra que este mesmo cenário persiste até o exercício de 2012.

Neste ambiente, uma questão alarmante é o fato de que as Auditorias Independentes não fizeram qualquer tipo de ressalva em relação à evidenciação do AVP nessas empresas. Tal situação prejudica a melhoria do disclosure, visto que se fragiliza um importante

(16)

mecanismo de enforcement, afetando, assim, o processo de convergência da contabilidade brasileira aos padrões internacionais.

Para futuros estudos sugere-se o estudo mais focado sobre a evidenciação das orientações do CPC 12 em relação ao AVP. Seria interessante fazer estudos de casos comparativos entre empresas com grande e baixo nível de aderência à norma, procurando mostrar as diferenças e apontando para as dificuldades de evidenciação. Além disso, seria interessante um estudo com profissionais de contabilidade sobre suas dificuldades de entendimento e adequação à norma, mostrando pontos que poderiam ser reforçados na formação e no aprimoramento dos contadores.

REFERÊNCIAS

ALVES, Maria Teresa Venâncio Dores. Análise de conteúdo: sua aplicação nas publicações de contabilidade. Revista Universo Contábil, Blumenau, v. 7, n. 3, p. 146-166, jul/set., 2011. ANDRADE, Andréia Félix; FONTANA, Fernando Batista; MACAGNAN, Clea Beatriz. Um estudo sobre a evidenciação do ajuste a valor presente nas empresas listadas na BM&fBovespa. Revista de Contabilidade do Mestrado em Ciências Contábeis da UERJ, Rio de Janeiro, v. 18, n. 1, p. 62-80, jan/abr., 2013.

ARAUJO, Tamires Souza; BARBOSA, Rayanne Silva; PRIETO, Marina Freitas; QUEIROZ, Lisia Melo. Ajuste a valor presente de acordo com a lei 11.638/07: uma análise setorial do segmento de exploração de rodovias. In: CONGRESSO UFSC DE

CONTROLADORIA E FINANÇAS & INICIAÇÃO CIENTÍFICA EM

CONTABILIDADE, 4, 2011, Florianópolis/SC. Anais... Florianópolis: UFSC, 2011. BARKER, Charles R.; BARBU, Elena M. Trends in research on international accounting harmonization. The International Journal of Accounting, Illinois, Elsevier, v. 42, n. 3, p.

272-304, 2007. Disponível em:

<http://dyaasesores.com/biblioteca/boletines/Articulo%20Tendencia%20en%20la%20Armoni zacion%20NIIF.pdf>. Acesso em: 06 ago. 2014.

BARKI, Edgard; TERZIAN, Françoise. Sucesso no Varejo. RAE – Revista de

Administração de Empresas, v. 7, n. 5, set/out., 2008.

BRADSHAW, Mark T.; MILLER, Gregory S. Will harmonizing accounting standards really harmonize accounting? Evidence from non-U.S. firms adopting US GAAP. In: Journal of Accounting, Auditing and Finance & KPMG Foundation Conference on Transparency of Corporate Information, 2007, New York. Anais… New York: NYU, 2007. Disponível em: <http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=2&cad=rja&uact= 8&ved=0CCYQFjAB&url=http%3A%2F%2Fwww.researchgate.net%2Fpublication%2F2283 39385_Will_harmonizing_accounting_standards_really_harmonize_accounting_Evidence_fro m_nonUS_firms_adopting_US_GAAP%2Flinks%2F02e7e5278ce3b29a25000000&ei=MKvj U6DZB9HmsASNlYKQDQ&usg=AFQjCNHVD87Sb9KoctKYnwGeEZRo9ev3Lg&bvm=b v.72676100,d.cWc>.Acesso em: 06 ago. 2009.

COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS. Pronunciamentos Contábeis, Deliberação

n° 568/2008. Disponível em: <http://www.cvm.gov.br>. Acesso em: 16 nov. 2013.

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. Sumário Pronunciamento Técnico

CPC 12: Ajuste a Valor Presente. Brasília: 2008. Disponível em:

<http://www.cvm.gov.br/port/infos/CPC12sumario.pdf>. Acesso em: 23 nov. 2013.

ERNST & YOUNG; FIPECAFI - Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuarias e Financeiras. Manual das normas internacionais de contabilidade: IFRS versus normas brasileiras. São Paulo: Atlas, 2009.

(17)

GIL, Antonio Carlos. Como Elaborar Projeto de Pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2008. GRECO, Marcus Vinicius Derito. Entendendo o Ajuste a Valor Presente – AVP. Rio de

Janeiro: COAD, 2010. Disponível em:

<http://coad.jusbrasil.com.br/noticias/2224057/entendendo-o-ajuste-a-valor-presentavp>. Acessado em 20 nov 2013.

HENDRIKSEN, Eldon S; VAN BREDA, Michael F. Teoria da Contabilidade. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1999.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Pesquisa Anual de

Comércio 2010. Disponível em:

http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/comercioeservico/pac/2010/default.sht m. Acesso em: 20 nov 2013.

IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens; SANTOS, Ariovaldo dos. Manual de Contabilidade Societária. São Paulo: Atlas, 2010.

MACHADO, Debora Gomes; VARELA, Patrícia Siqueira. Adoção do Pronunciamento Técnico CPC 12 – Ajuste a Valor Presente: Um Estudo do Impacto no Índice de Necessidade de Capital de Giro em Empresas Listadas na Bolsa de Mercadorias e Futuros BOVESPA S.A – BM&FBOVESPA. In: CONGRESSO ANPCONT, 5., 2011, Vitória.

Anais... Vitória: ANPCONT, 2011.

MARION, José Carlos. IUDÌCIBUS, Sérgio de, FARIA, Ana Cristina de. Introdução a

Teoria da Contabilidade. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

MORIBE, Ademir Massahiro; PANOSSO, Alceu; MARRONI, Carlos Henrique. Um enfoque sobre correção monetária integral e Ajuste a Valor Presente em conformidade com as normas internacionais de contabilidade. Enfoque: Reflexão Contábil, Maringá, v. 26, n. 1, p. 17-28, jan./abr., 2007.

PONTE, Vera Maria R.; OLIVEIRA, Marcelle Colares; CAVALCANTE, Danival Souza; DE LUCA, Márcia Martins M. Análise das Práticas de Divulgação do Ajuste ao Valor Presente pelas Companhias Listadas na BM&FBOVESPA. Revista Universo Contábil, Blumenau, v. 8, n. 1, p. 53-69, jan./mar., 2012.

QUEIROZ, Lísia de Melo; OLIVEIRA, Elizabet Rodrigues; MEDEIROS, Camilla Alves; MOURA, Alexsandra Barcelos. Ajuste a Valor Presente solicitado pela Lei nº 11.638/07: um estudo com as empresas de aviação civil brasileira em 2008. In: CONGRESSO USP DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA EM CONTABILIDADE, 7, 2010, São Paulo. Anais...São Paulo: EAC/FEA/USP, 2010.

SANTOS, Edilene Santana; CALIXTO, Laura. Impactos do início da harmonização contábil internacional (lei 11.638/07) nos resultados das empresas abertas. RAE-e, v. 9, n. 1, jan/jun., 2010.

SANTOS, Edilene Santana; PONTE, Vera Maria Rodrigues; MAPURUNGA, Patrícia Vasconcelos. Disclosure versus materialidade: grau de compliance com a evidenciação requerida na adoção inicial do IFRS versus impacto dessa adoção nos resultados das empresas. In: ENCONTRO DA ANPAD (EnANPAD 2013), 37., 2013, Rio de Janeiro. Anais eletrônicos... Rio de Janeiro: Anpad, 2013.

UTZIG, Mara. J. S. ; KAIBERS, Kelly; TRICHES, Maria T.; SOTT, Valmir. R. Ajuste a valor presente: uma análise das práticas divulgadas pelas companhias do segmento de construção civil listadas na BM&FBOVESPA. In: SEMEAD - Seminário em Administração da FEA/USP, 16, 2013, São Paulo, Anais... São Paulo: EAD/FEA/USP, 2013.

(18)

YAMAMOTO, Marina Mitiyo. Ajustes a Valor Presente. In: CFC; FIPECAFI.

Referências

Documentos relacionados

As relações hídricas das cultivares de amendoim foram significativamente influenciadas pela a deficiência hídrica, reduzindo o potencial hídrico foliar e o conteúdo relativo de

Rhizopus-associated soft ti ssue infecti on in an immunocompetent air-conditi oning technician aft er a road traffi c accident: a case report and review of the literature.

forficata recém-colhidas foram tratadas com escarificação mecânica, imersão em ácido sulfúrico concentrado durante 5 e 10 minutos, sementes armazenadas na geladeira (3 ± 1

No primeiro, destacam-se as percepções que as cuidadoras possuem sobre o hospital psiquiátrico e os cuidados com seus familiares durante o internamento; no segundo, evidencia-se

Para Souza (2004, p 65), os micros e pequenos empresários negligenciam as atividades de planejamento e controle dos seus negócios, considerando-as como uma

Se você vai para o mundo da fantasia e não está consciente de que está lá, você está se alienando da realidade (fugindo da realidade), você não está no aqui e

Para testar o efeito da proximidade da saída da carteira sobre o uso de consultas e exames de diagnose, adotamos o modelo de regressão binomial negativo.. Estimamos o binomial

Ressalta-se que mesmo que haja uma padronização (determinada por lei) e unidades com estrutura física ideal (física, material e humana), com base nos resultados da