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Púrpura trombocitopênica imunológica crônica e infecção pelo Helicobacter pylori : resposta plaquetária ao tratamento de erradicação da bactéria

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Academic year: 2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ FACULDADE DE MEDICINA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS MÉDICO-CIRÚRGICAS

PÚRPURA TROMBOCITOPÊNICA IMUNOLÓGICA CRÔNICA E INFECÇÃO PELO Helicobacter pylori: RESPOSTA PLAQUETÁRIA AO TRATAMENTO DE

ERRADICAÇÃO DA BACTÉRIA

ALZIRA MARIA DE CASTRO BARBOSA

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ALZIRA MARIA DE CASTRO BARBOSA

PÚRPURA TROMBOCITOPÊNICA IMUNOLÓGICA CRÔNICA E INFECÇÃO PELO Helicobacter pylori: RESPOSTA PLAQUETÁRIA AO TRATAMENTO DE

ERRADICAÇÃO DA BACTÉRIA

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Médico-Cirúrgicas da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Ciências Médicos-Cirúrgica.

Orientadora: Profa. Dra. Lúcia Libanez Bessa Campelo Braga

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação Universidade Federal do Ceará

Biblioteca de Ciências da Saúde

B195p Barbosa, Alzira Maria de Castro.

Púrpura trombocitopênica imunológica crônica e infecção pelo helicobacter pylori: resposta plaquetária ao tratamento de erradicação da bactéria. / Alzira Maria de Castro Barbosa. – 2015.

50 f.: il. color.

Dissertação (mestrado). – Universidade Federal do Ceará, Faculdade de Medicina,

Departamento de Cirurgia, Programa de Pós-Graduação em Ciências Médico- Cirúrgica, Mestrado em

Cirurgia, Fortaleza, 2015.

Área de Concentração: Estresse celular em pacientes infectados com H. pylori. Orientação: Profa. Dra. Lúcia Libanez Bessa Campelo Braga.

1. Helicobacter pylori. 2. Púrpura Trombocitopênica. 3. Bactérias. I. Título.

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ALZIRA MARIA DE CASTRO BARBOSA

PÚRPURA TROMBOCITOPÊNICA IMUNOLÓGICA CRÔNICA E INFECÇÃO PELO Helicobacter pylori: RESPOSTA PLAQUETÁRIA AO TRATAMENTO DE

ERRADICAÇÃO DA BACTÉRIA

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Médico-Cirúrgicas da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Ciências Médicos-Cirúrgica.

Aprovada em ____ /____ /____

BANCA EXAMINADORA

_____________________________ Profa. Dra. Lúcia Libanez Bessa Campelo Braga

Universidade Federal do Ceará (UFC)

______________________________ Prof. Dr. Cícero Igor Simões Moura Silva Instituto Superior de Teologia Aplicada (INTA)

_______________________________ Profa. Dra. Maria Helena da Silva Pitombeira

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AGRADECIMENTOS

À Profa. Dra. LÚCIA LIBANEZ BESSA CAMPELO BRAGA, Professora titular do Departamento de Medicina Clínica da Universidade Federal do Ceará, minha orientadora, pela oportunidade de realizar essa pesquisa, um grande sonho almejado. Além, de confiança e sabedoria.

À Profa. Dra. MARIA HELENA DA SILVA PITOMBEIRA, professora emérita do Departamento de Medicina Clínica da Universidade Federal do Ceará (UFC), minha co-orientadora, pelos ensinamentos, genialidade e estímulos recebidos na realização deste trabalho.

Ao Prof. Dr. LUSMAR VERAS RODRIGUES, Professor titular do Departamento de Cirurgia e coordenador da Pós-graduação em Cirurgia da Universidade Federal do Ceará, pela dedicação ao aperfeiçoamento dos que fazem a pós-graduação.

À Dra. ROSÂNGELA DE ALBUQUERQUE RIBEIRO, Médica hematologista do Hospital Universitário Walter Cantídeo, minha co-orientadora, pela paciência, sabedoria e ajuda na seleção dos pacientes.

Á Profa. Dra. MARTA MARIA DAS CHAGAS MEDEIROS, Professora titular do Departamento de Medicina Clínica da Universidade Federal do Ceará, pelos conhecimentos em epidemiologia clínica que enriqueceram o presente estudo.

Ao Dr. GENTIL GALIZA NETO, Mestre e médico hematologista Hospital Universitário Walter Cantídeo, pelo espírito alegre e ajuda no recrutamento dos pacientes.

Ao Dr. FERNANDO BARROSO DUARTE, chefe do serviço de hematologia do Hospital Universitário Walter Cantídeo, pela competência e confiança.

À Profa. Ms. CLARA MARIA BASTOS ELOI DA COSTA, professora do Departamento de Medicina Clínica da Universidade Federal do Ceará, pela competência, fé e praticidade como profissional.

Á Prof. Esp. FRANCISCA VÂNIA BARRETO AGUIAR FERREIRA GOMES, diretora da divisão de ensino e pesquisa do HEMOCE, pelo apoio em todos os momentos.

Ao Dr. FRANCISCO WILL SARAIVA, médico endoscopista do Hospital Universitário Walter Cantídio, pela realização dos exames endoscópicos dos pacientes do presente estudo.

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Á equipe do laboratório de Gastroenterologia da Unidade de Pesquisas Clínicas da Universidade Federal do Ceará, pela ajuda, dedicação e companheirismo dispensados na realização dessa pesquisa.

Á equipe médica do Departamento de Patologia e Medicina Legal do Hospital Universitário Walter Cantídeo, pela colaboração dispensada na realização do presente estudo.

Á Profa. Dra. Regina Fátima Gonçalves Feitosa do departamento de saúde comunitária da UFC, agradeço pelas sugestões na redação cientifica e pela participação na banca de qualificação do presente estudo.

Ás Dra.(s) MARCYA MOANNA GONÇALVES CRUZ MACEDO e EZANA SANDRINA ALMEIDA FERNANDES DE BORJA residentes de gastro-hepatologia na UFC pela competência, dinamismo e ajuda nas atividades do serviço de gastroenterologia.

Ás Sras. MARIA LUCIENE VIEIRA DE OLIVEIRA e MAGDA MARIA GOMES FONTENELE, secretárias do Programa de Pós-graduação em Cirurgia da UFC, pela presteza e auxílio no desempenho das atividades letivas deste programa.

Ao corpo docente do Programa de Pós-Graduação em Cirurgia da UFC, pelas disciplinas ministradas e conhecimentos partilhados para a execução do método científico.

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“Uma vida não basta ser apenas vivida: também

precisa ser sonhada.”

(9)

RESUMO

PÚRPURA TROMBOCITOPÊNICA IMUNOLÓGICA CRÔNICA E INFECÇÃO PELO Helicobacter pylori: RESPOSTA PLAQUETÁRIA AO TRATAMENTO DE ERRADICAÇÃO DA BACTÉRIA. Alzira Maria de Castro Barbosa. Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Cirurgia. Universidade Federal do Ceará. Dissertação de Mestrado. Orientadora: Profa. Dra. Lúcia Libanez Bessa Campelo Braga.

A Púrpura Trombocitopênica Imunológica Crônica (PTIc) é uma afecção causada por resposta auto-imune decorrente da sensibilização das plaquetas por auto anticorpos antiplaquetários, causando lise das plaquetas. A infecção pelo H. pylori tem sido mostrada como provável fator para o desenvolvimento de PTIc, com possível relação de resposta plaquetária na PTIc após o tratamento de erradicação da bactéria. O objetivo foi avaliar possíveis efeitos da erradicação

do Helicobacter pylori no número de plaquetas dos pacientes com PTIc atendidos no Hospital

Universitário Walter Cantídio. Foram convidados a participar do estudo 29 pacientes com PTIc, 15 permaneceram e todos foram tratados para o H. pylori, sendo acompanhados por um período de 6 meses a um ano para a avaliação clínica e contagem de plaquetas. Todos realizaram endoscopia digestiva para diagnóstico da infecção e, após o tratamento, realizaram teste respiratório para confirmação da erradicação. Foi realizado PCR para averiguar a presença do gene cagA do H. pylori. Dos 15 pacientes tratados 01 (6,6%) era do gênero masculino e 14 (93,3%) foram do gênero feminino, a média de idade foi de 47,7 anos (27-68), O tempo médio de doença foi de 7,43 anos (1-25). Após o tratamento, 13 pacientes (86,7%), erradicaram o H. pylori, 04 (30,7%) obtiveram reposta clínica; sendo 03 (75,0%) resposta completa e 01 (25,0%) resposta parcial à PTIc. Foi possível avaliar a presença do gene cagA

do H. pylori em cepas de 09 pacientes, desses 06 (54,5%) apresentaram cepas cagA-positivas.

Dos 04 pacientes do grupo que responderam ao tratamento, 03 (75,0%) foram cagA-positivos. O tratamento para erradicação do H.pylori aumentou de forma sustentada, mais de seis meses de seguimento, o número de plaquetas dos pacientes com PTIc, em trinta por cento dos pacientes avaliados. Não houve associação estatística significativa com nenhum dos fatores de risco avaliados, tais como, idade, gênero e tempo de doença dos portadores e presença do gene cagA.

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ABSTRACT

CHRONIC IMMUNE THROMBOCYTOPENIC PURPURA AND INFECTION Helicobacter pylori: PLATELET RESPONSE TO THE BACTERIA ELIMINATION OF TREATMENT. Alzira Maria de Castro Barbosa. Post-Graduate Program (Stricto Sensu) in Surgery. Federal University of Ceará. Essay Master. Advisor: Profa. Dra. Lúcia Libanez Bessa Campelo Braga.

The Chronic Immune Thrombocytopenic Purpura (ITPc) is a condition caused by autoimmune response resulting awareness of platelets by self antiplatelet antibodies, causing lysis of platelets. Infection with H. pylori has been shown to likely factor for the development of PTIc, with possible platelet response relationship in PTIc after treatment of bacterial eradication. The objective was to evaluate possible effects of eradication of Helicobacter pylori in the number of platelets of patients with PTIC patients at the University Hospital Walter Cantídio. Were invited to participate in the study 29 patients with PTIc, 15 remained and all were treated for H. pylori and were followed for a period of 6 months to a year for clinical evaluation and platelet count. All patients underwent endoscopy for diagnosis of infection and, after treatment, held breath test to confirm eradication. PCR was performed for the presence of H. pylori cagA gene. Of the 15 patients 01 (6.6%) were male and 14 (93.3%) were female, the mean age was 47.7 years (27-68), the mean disease duration was 7.43 years (1-25). After the treatment, 13 patients (86.7%) eradicated H. pylori 04 (30.7%) had clinical response; and 03 (75.0%) complete response and 01 (25.0%) partial response to PTIc. It was possible to evaluate the presence of H. pylori CagA gene in 09 patients strains, 06 of these (54.5%) had CagA-positive strains. Of the 04 patients of the group who responded to treatment, 03 (75.0%) were cagA-positive. The treatment for eradication of Helicobacter

pylori increased the number of platelets in 30% of patients with PTIc after six months of

follow-up of these patients.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS % - porcentagem

µL – microlitro µm – micrômetro

C13 – Isótopo de Carbono 13

cagA – gene associado à citotoxina A do Helicobacter pylori CagA – Proteína CagA

DNA – Ácido Desoxirribonucleico EDA – Endoscopia Digestiva Alta

ELISA - Enzyme Linked ImmunoSorbent Assay ERO`S – Espécies Reativas de Oxigênio

H+/K+-ATPase – Enzima Sódio, Potássio ATPase IFN- – Interferon Gama

IgG/IgA – Imunoglobulina G e A IIa/IIb – Complexo Glicoproteico a e b IL-1 – Interleucina 1-beta

IL-8/12/14 – Interleucina 8, 12 e 14 mg – miligrama

mL - mililitro

mm3 – Milímetro Cúbico ºC – Graus Celsius

OMS – Organização Mundial da Saúde PCR – Reação em Cadeia de Polimerase pH – Potencial Hidrogeniônico

PTI – Púrpura Trombocitopênica Imunológica

PTIc – Púrpura Trombocitopênica Imunológica Crônia RPM – Rotação por Minuto

TCD4+ - Linfócitos do tipo CD4+

Th1/Th2 – Tipo de linfócito Thelper1 e Thelper2 UreA – Proteína UreA

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

GRÁFICO 1 - Gênero dos pacientes PTIc tratados para o H. pylori... 30 GRÁFICO 2 - Percentual de erradicação do H. pylori nos pacientes PTIc... 31 GRÁFICO 3 - Níveis de plaquetas dos pacientes com PTIc que erradicaram o

H. pylori e não responderam ao tratamento

(n=9)... 32 GRÁFICO 4 - Níveis de plaquetas dos pacientes com PTIc que erradicaram o

H. pylori e responderam ao tratamento (n=4)... 32

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Primers usados na amplificação dos genótipos estudados... 27 Tabela 2 - Características demográficas e clínicas dos pacientes com PTIc

estudados... 30 Tabela 3 - Fatores de risco associados a resposta plaquetária dos pacientes

portadores de PTIc frente ao tratamento para H. pylori... 33 Tabela 4 - Porcetagem de cepas cagA nos paciente com PTIc respondedores e os

não respondedores ao tratamento após erradicaram o H. pylori... 33 Tabela 5 - Dados demográficos e clínicos dos 15 pacientes PTIc tratados para o

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO... 14

1.1 Breve histórico sobre o Helicobacter pylori... 14

1.2 Diagnóstico do H. pylori... 16

1.3 Resposta imunológica à infecção pelo H. pylori... 17

1.4 Púrpura Trombocitopênica Imunológica Crônica (PTIc)... 18

1.5 Tratamento da PTIc... 20

1.6 Justificativa... 21

2 OBJETIVOS... 22

2.1 Objetivo geral... 22

2.2 Objetivos específicos... 22

3 CASUÍSTICA E MÉTODO... 23

3.1 Casuística... 23

3.2 Desenho do Estudo... 23

3.3 Seleção dos pacientes... 23

3.3.1 Foram critérios de inclusão... 23

3.4 Critérios de positividade e de negatividade para o H. pylori... 24

3.5 Critérios de resposta clínica para a PTIc... 24

3.6 Métodos... 25

3.6.1 Coleta de sangue... 25

3.6.2 Coleta de fragmentos de mucosa gástrica na endoscopia... 25

3.6.3 Extração do DNA de Helicobacter pylori em tecido de biópsia gástrica... 26

3.6.4 Reação em Cadeia de Polimerase (PCR)... 26

3.6.5 Teste respiratório... 27

3.6.6 Análise estatística... 28

4 RESULTADOS... 29

5 DISCUSSÃO... 35

6 CONCLUSÃO... 38

REFERÊNCIAS... 39

APÊNDICE A... 45

APÊNDICE B... 47

ANEXO A... 49

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1 INTRODUÇÃO

1.1. Breve histórico sobre o Helicobacter pylori

O entendimento sobre a etiologia das doenças gástricas foi revolucionado pela identificação do principal agente causador de tais afecções, o Helicobacter pylori, bactéria Gram-negativa, curvilínea, flagelada, medindo β,5 a γ,5 μm de comprimento e 0,5 a 1,0μm de

diâmetro (MARSHALL; WARREN, 1984).

O H. pylori está amplamente distribuído em todas as áreas do planeta. Estima-se

que metade da população mundial seja infectada por esse microorganismo. A prevalência da infecção varia de acordo com a área geográfica, idade, etnia e condição socioeconômica. Estudos prévios demonstraram que a prevalência de H. pylori aumenta com a idade e é maior em países cujas as condições sanitárias da população são precárias, tendo prevalência equivalente em ambos os sexos (LOGAN et al. 2001; RODRIGUES et al., 2005).

Estudos documentam que a infecção pelo H. pylori é adquirida na infância, permanecendo assintomática por um longo período na maioria dos infectados. No entanto, grande parte desses indivíduos desenvolve um quadro de gastrite crônica com o passar do tempo (BRAGA et al., 2005). Caso a produção ácida no estômago seja elevada, pode desenvolver-se úlcera gástrica ou duodenal estimulada pela infecção persistente. Ocorre também, uma forte associação entre a carcinogênese gástrica e a infecção crônica pelo H.

pylori. Esta observação é tão relevante a ponto dessa bactéria ser considerada como agente

carcinógeno de primeira linha para o câncer gástrico pela OMS (IARC, 1994).

No Brasil a prevalência do H. pylori varia entre as regiões do país e entre faixas etárias, sendo relatadas prevalências entre 34% a 80% em adultos e crianças. Diversos estudos confirmam essa diversidade na distribuição da infecção por H. pylori no Brasil, sendo encontradas taxas de: 76,3% em São Paulo - SP (FERRARI JR et al., 1989); 59,5% no Rio de Janeiro - RJ; 83% em Santa Maria - RS (MELLO et al., 1991); 84,7% em Nossa Senhora do Livramento - MT (SOUTO et al., 1998); 85,18% em Botucatu - SP; 87% em Araçuaí - MG; 89,6% em Campinas - SP (MAGALHÃES, 1991) e 96% em São Luís - MA (BEZERRA, 1996).

(16)

considerável na idade adulta, atingindo 87% aos 60 anos. A prevalência geral da infecção em adultos foi de 80% (204/610). (RODRIGUES et al., 2005).

O H. pylori infecta a mucosa gástrica, ambiente inóspito à maioria dos

microorganismos, devido à secreção de ácido clorídrico pelas células parietais do estômago. No entanto, o H. pylori dispõe de meios fisiológicos que o tornam resistente à secreção ácida do ambiente intragástrico. A bactéria se distribui de forma focal e irregular, apresentando intensa colonização em algumas áreas, não havendo tal colonização em outras (TOMB et al., 1997; ROBBINS, COTRAN, 2005).

Um dos mecanismos fisiológicos fundamentais para a sobrevivência do H. pylori no estômago humano é a produção de urease, uma enzima que hidrolisa uréia produzida endogenamente, gerando amônia e dióxido de carbono como subprodutos. O aumento da concentração desses subprodutos, eleva o pH do meio, permitindo assim, a sobrevivência da bactéria. Além disso, a amônia apresenta efeito citotóxico nas células epiteliais gástricas (KUWAHARA et al., 2000).

O H. pylori também tem como característica sua motilidade, favorecida pela

presença de flagelos, que permite sua movimentação no ambiente intragástrico, bem como, sua penetração na camada de muco que reveste o epitélio gástrico e sua adesão às células da mucosa gástrica, com o auxílio das adesinas produzidas pela própria bactéria, impedindo sua eliminação através dos movimentos peristálticos, além de promover elevadas concentrações de toxinas em determinadas áreas da mucosa gástrica (HAZEL et al., 1986). A bactéria adere à mucosa permitindo uma série de ações, que facilitam sua colonização e início do processo inflamatório (BRUCE, 1993).

Um outro produto do metabolismo do H. pylori que o ajuda a sobreviver é a produção de catalase, uma enzima que age protegendo-o da lesão oxidativa do peróxido de hidrogênio liberado pelo neutrófilo no mecanismo de imunidade nata do hospedeiro. Outra enzima também produzida pelo H. pylori é a Colagenase, que degrada as fibras de colágeno do tecido estomacal. Essa ação da colagenase é ligada à cronicidade da úlcera gástrica ou duodenal e também pelo processo de cicatrização retardada (COVACCI, 2003; KAVERMANN et al.,2003).

(17)

importantes no tecido gástrico, que são motrizes para o desenvolvimento das afecções gástricas (MAEDA et al., 2001; FURUTA et al.,2002).

1.2 Diagnóstico do H. pylori

Existem diversas técnicas usadas para o diagnóstico da infecção pelo H. pylori, que envolvem meios invasivos e não-invasivos para detecção da presença da bactéria.

O método diagnóstico mais usado é a Endoscopia Digestiva Alta (EDA), que consiste de uma técnica invasiva, onde o estômago é visualizado por meio de um endoscópio inserido pela boca do paciente e, através dele, pode-se colher amostras de tecido, obtidas do antro e/ou corpo gástrico, para realização do teste da uréase, para confirmar a presença da bactéria, biópsia para o histopatológico, cultura bacteriológica, bem como, para técnicas de biologia molecular.

Durante o procedimento, podem ser visualizadas anormalidades macroscópicas do tecido gástrico que variam, desde pequeno enantema até erosões nas mucosas, úlceras gástricas e/ou duodenais até lesões pseudotumorais. Ao realizar a endoscopia, a primeira estratégia de escolha é o teste da urease, um método rápido e prático, onde o fragmento obtido é colocado em uma solução contendo uréia e um indicador de pH. Se o microorganismo estiver presente, ocorre degradação da uréia em amônia e bicarbonato, levando a um aumento do pH, o que pode ser detectado através da mudança da coloração do meio de laranja para vermelho, sendo o teste positivo. A retirada de um fragmento para biópsia, favorece a possibilidade de visualização direta da bactéria, além de permitir também uma avaliação do grau de inflamação da mucosa gástrica, pela visualização das células gástricas (MAE et al., 2005).

A identificação do H. pylori pela cultura bacteriana é o padrão-ouro para diagnóstico. No entanto, o crescimento em condições microaerófilas é relativamente difícil e podem ocorrer resultados falso-negativos, bem como, contaminação das placas. A cultura é indicada para o teste de susceptibilidade e resistência antimicrobiana após a falha de dois ou mais esquemas de erradicação da bactéria (PAJARES-GARCÍA, 1998).

(18)

Existem também métodos não invasivos de detecção da infecção pelo H. pylori, que são, o teste respiratório com uréia marcada com carbono treze, os testes sorológicos, a pesquisa do antígeno bacteriano em fezes e teste do fio intragástrico, chamado de Enteroteste (JOHANNES et al., 2006).

O teste respiratório é baseado na produção da enzima urease por parte do H.pylori que, uma vez infectando o estômago, secreta a enzima, que degrada a uréia, gerando dióxido de carbono como subproduto, que é exalado no ar expirado pelo paciente que ingeriu previamente uma solução com uréia marcada com C13. O teste respiratório é um método acurado tanto no diagnóstico inicial da infecção como para confirmação e seguimento após terapia de erradicação (DRUMM et al., 2000; CARDINALI et al., 2003).

Outro tipo de técnica não invasiva é a detecção de anticorpos no soro do paciente infectado. Dentre os métodos utilizados, o ELISA (Enzyme Linked ImmunoSorbent Assay) é o mais utilizado e fornece informações clinicamente importantes sobre a cepa de H. pylori infectante, ao detectar anticorpos contra antígenos específicos, como o CagA, VacA e UreA.

O Imunoblotting é ainda mais específico na detecção desses anticorpos e tem sido utilizado

para melhor conhecimento da resposta imune humoral dos portadores de H. pylori (FAULDE

et al., 1993; D VAIRA et al., 1999)

A detecção do antígeno do H. pylori nas fezes também é outro método nãoinvasivo útil para diagnóstico e acompanhamento da infecção. Essa detecção é realizada através de ensaio imunoenzimático com anticorpos policlonais (CARDINALI et al., 2003).

O teste do fio intragástrico, o Enteroteste, foi elaborado inicialmente por PerezTrallero et al. (1995), e é um método que permite a obtenção de suco gástrico para identificar a presença do H. pylori, fazendo o cultivo do suco e/ou a técnica de PCR sem a necessidade de endoscopia digestiva alta. É um método que pode ser bem utilizado em diversos tipos de pacientes, especialmente em crianças (GONÇALVES et al., 2013).

1.3 Resposta imunológica à infecção pelo H. pylori

O H. pylori apresenta um perfil diferenciado de resposta imunológica para um

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com H. pylori, essas citocinas estão relacionadas à resposta Th1 (BAMFORD et al., 1998; ISRAEL & PEEK, 2001).

O desencadeamento do início da resposta imune à infecção pelo H. pylori em adultos se dá por intensa infiltração neutrofílica, associada a um aumento nos períodos de acloridria do ambiente intragástrico. As cepas de H. pylori, que expressam a proteína CagA, induzem a produção de níveis elevados de citocinas proinflamatórias IL-1 e IL- 8. A citotoxina CagA é introjetada pela bactéria nas células epiteliais gástricas e está associada com a liberação de IL-8, que é um fator quimiotático para neutrófilos, macrófagos, monócitos e linfócitos para o sítio da infecção (RAD et. al, 2002; KONONOV et al., 2006).

Espécies Reativas de Oxigênio (ERO’s) são liberadas pelos neutrófilos para

inativação de microorganismos invasores que levam ao stress com lesão oxidativa, que modifica o sistema de transdução de sinais das células epiteliais gástricas e a estrutura do DNA, gerando um processo carcinogênico (RIBEIRO, 2003).

Além da reposta imune inata, é observada também, uma reposta imune humoral, sistêmica e estável, na infecção crônica pelo H. pylori, com produção, de anticorpos tipo IgG, no soro, e tipo IgA, nas mucosas. A detecção destes anticorpos tem sido usada, em métodos de diagnóstico sorológico, como indicadores específicos da presença de infecção por H.

pylori, (SHIMOYAMA; CRABTREE, 1998). Os anticorpos produzidos não conduzem à total

erradicação da infecção, e contribuem para causar danos no epitélio gástrico. Em alguns pacientes infectados pode ser gerada uma resposta autoimune direcionada contra a H+/K+-ATPase das células parietais gástricas, o que desencadeia um processo de atrofia do corpo gástrico (NEGRINI; SAVIO; APPELMELK, 1997).

A resposta imunológica per si não é totalmente eficaz para a erradicação espontânea da bactéria, pois o H. pylori possui mecanismos de neutralização da ação efetora das células imunológicas, protegendo-se da ação fagocítica e citotóxica dessas células. Algumas enzimas que participam deste mecanismo de proteção são a catalase e a superóxido dismutase (KONONOV, 2006).

1.4 Púrpura Trombocitopênica Imunológica Crônica (PTIc)

(20)

desses auto anticorpos em alguns pacientes e também atua na estimulação de fagocitose plaquetária por macrófagos (THUDE et al., 1999; MCMILLAN, 2000).

A Púrpura Trombocitopênica Imunológica crônica (PTIc) é uma afecção diagnosticada tipicamente como diagnóstico de exclusão, sendo identificada pelos médicos após a exclusão de outras etiologias hematológicas identificáveis. O diagnóstico é baseado, no quadro clínico do paciente que, na maioria das vezes, consiste em sangramento cutâneo com petéquias e equimoses, podendo vir acompanhado de sangramento das mucosas, gengivorragia, epistaxe, menorragia, hematúria, hemorragia gastrintestinal, podendo acometer até o sistema nervoso central (MCMILLAN, 2000).

A frequência de 4 a 8 casos a cada 100 mil crianças no mundo por ano (ASH, 2011). Não há dados oficiais a respeito de sua incidência e prevalência na população brasileira.

Os tratamentos tradicionais para PTI têm sido principalmente empíricos, envolvendo o uso de agentes imunossupressores e imunoterapia. No entanto, com base nas conclusões dos relatórios clínicos emergentes ao longo dos últimos 20 anos, as organizações de saúde em todo o mundo sugerem cada vez mais a detecção e erradicação do H. pylori como uma perspectiva de tratamento para PTI (American Society of Hematology).

Gasbarrini et al., em 1998, em estudo conduzido na Itália com 11 pacientes, propôs uma ligação fisiopatológica entre PTI e infecção crônica pelo H. pylori. Diversos estudos clínicos relatam uma resolução espontânea dos sintomas da PTI em cerca de 50% dos pacientes infectados após tratamento empírico da infecção por H. pylori. No entanto, essa resposta parece variar de acordo com a região geográfica e fatores dos hospedeiros (EMILIA

et al., 2001; KOHDA et al., 2002; VENERI et al., 2002; HASHINO et al., 2003; HINO et al.,

2003 PAYANDEH et al., 2013; TEAWTRAKUL et al., 2013).

Estudos conduzidos na Ásia relataram que os pacientes com PTI têm maior probabilidade de manifestar títulos positivos de anticorpos contra o a citotoxina CagA do H.

pylori, que é um fator de virulência associado com um risco aumentado de doenças gástricas e

com o desenvolvimento de câncer gástrico. Um dos mecanismos propostos inclui o mimetismo molecular da proteína CagA com anticorpos do hospedeiro contra as glicoproteínas da membrana das plaquetas, além de perturbações na atividade fagocítica de monócitos, o que contribui para o agravamento do quadro clínico dos pacientes (TAKAHASHI et al., 2004; KODAMA et al., 2007).

(21)

presença do H. pylori no trato gastrintestinal humano, sendo a erradicação da bactéria uma opção terapêutica a ser considerada para a melhoria da qualidade de vida desses pacientes. No entanto, a mesma relação não foi observada nos casos de PTIc grave.

Foi demonstrado que ocorre produção de auto anticorpos dirigidos contra células gástricas, do epitélio duodenal, glândulas salivares, células do epitélio tubular renal em indivíduos infectados pelo H pylori. Isso se deve por conta de uma possível semelhança na estrutura molecular dos antígenos bacterianos com as proteínas plaquetárias com potencial antigênico. Estudos prévios sugerem a correlação da presença dos auto anticorpos dirigidos a antígenos plaquetários com a infecção pelo H. pylori (PAMUK et al., 2002; MICHEL et al., 2004). No entanto, alguns estudos não encontraram associação entre a presença e o desencadeamento da resposta imune ao H. pylori e o desenvolvimento de PTI (BYRNE et al., 2003; GAN et al., 2013).

Também foi demonstrado que anticorpos monoclonais contra os antígenos da bactéria têm capacidade de reagir com as células gástricas humanas, o que lança mais uma hipótese da relação entre o H. pylori e o desenvolvimento de PTIc (KO et al., 1997). Assim, presumivelmente, a erradicação do H. pylori do epitélio gástrico poderá diminuir a inflamação local, a exposição constante aos antígenos, diminuindo, consequentemente, a produção de auto anticorpos (JACKSON et al., 2005).

1.5 Tratamento da PTIc

O tratamento da PTI inclui a imunossupressão induzida pelo uso de corticosteroides e a esplenectomia (retirada cirúrgica do baço). Também pode ser usada imunoglobulina anti-D intravenosa em altas doses. Para os casos que não apresentam remissão do quadro, lança-se mão de terapias mais arrojadas e agressivas, como o uso de outros agentes imunossupressores, tais como, azatioprina, ciclofosfamida, alcaloides da vinca ou outros medicamentos, como o danazol. Nesses casos resistentes também se pode fazer uso de anticorpos monoclonais, como o Rituximabe.

(22)

1.6 Justificativa

Estudos prévios realizados pelo nosso grupo têm demonstrado alta prevalência de

H. pylori em Fortaleza. Tendo em vista que, diversos estudos demonstram associação entre a

(23)

2 OBJETIVO

2.1 Objetivo Geral

Avaliar possíveis efeitos da erradicação do Helicobacter pylori no número de plaquetas dos pacientes com Púrpura Trombocitopênica Imunológica Crônica (PTIc) atendidos no Hospital Universitário Walter Cantídio da Universidade Federal do Ceará.

2.2 Objetivos Específicos

1) Avaliar o possível efeito da erradicação do H. pylori no número de plaquetas dos pacientes portadores de PTIc após a erradicação da bactéria por um ano, em comparação com os valores no início do tratamento;

(24)

3 CASUÍSTICA E MÉTODOS

3.1 Casuística

Foram estudados, prospectivamente, 29 pacientes portadores de PTIc, atendidos no serviço de Hematologia do Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará – UFC, entre agosto de 2012 e agosto de 2014, que aceitaram participar do estudo e assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido.

Foi investigado a infecção pelo H. pylori nos pacientes com PTIc, a qual foi confirmada pelo teste rápido da urease e/ou histopatológico do material coletado pela endoscopia digestiva alta.

O grupo estudado foram os pacientes com PTIc e H. pylori positivos; estes realizaram o tratamento de erradicação da bactéria com o esquema terapêutico que consta de 7 dias de Omeprazol 20 mg/dia, Amoxicilina 1000 mg 2 vezes ao dia, Claritromicina 500 mg 2 vezes ao dia. Os pacientes refratários ao tratamento, fizeram esquema de retratamento por 7 dias com Omeprazol 20 mg/dia, Amoxicilina 1000 mg 2 vezes ao dia, Levofloxacino 500 mg/dia. O controle da erradicação da bactéria foi realizado pelo teste respiratório 2 a 3 meses após o término do tratamento.

O quadro clínico dos pacientes com PTIc foi acompanhado pela contagem de plaquetas com um mês, três e seis meses a 1 ano após o tratamento da infecção. Durante o período do estudo, nenhuma outra terapia foi acrescentada para a PTI crônica.

O estudo foi submetido à análise e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa –

CEPE - do Hospital Universitário Walter Cantídio da Universidade Federal do Ceará, sob o número de protocolo: 048.07.12 (ANEXO A)

3.2 Desenho do Estudo

Estudo prospectivo.

3.3 Seleção dos Pacientes

(25)

 Idade mínima de 18 anos e máxima de 90 anos de ambos os sexos;

 Indivíduos portadores de Púrpura Trombocitopênica Imunológica Crônica, com plaquetas ≥ β5.000/mmγ e ≤ 100.000/mmγ infectados pelo H. pylori;

 Pacientes que aceitaram participar do estudo e assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido; com pelo menos 6 meses de diagnóstico da PTIc.

3.3.2 Foram critérios de exclusão:

 Gravidez ou lactação;

 Pacientes que fizeram outros tratamentos medicamentosos com antibióticos ou bismuto nos últimos 30 dias antes do estudo;

 Uso de inibidores de bomba de prótons ou sulcralfate nas últimas duas semanas anteriores ao estudo;

 Presença de trombocitopenia com plaquetas menores < 25.000/mm3 em qualquer momento durante a avaliação ou período de estudo;

 Portadores de insuficiência renal, insuficiência hepática, insuficiência cardíaca congestiva ou instabilidade hemodinâmica que contra indicasse a investigação endoscópica.

3.4 Critérios de positividade e de negatividade para o H. pylori.

Os pacientes foram considerados H. pylori-Positivos quando pelo menos dois testes (teste da urease, histologia, PCR) foram positivos. Após o tratamento do H.pylori a presença ou ausência da bactéria foi confirmada pelo teste respiratório, utilizando carbono treze.

3.5 Critérios de resposta clínica para a PTIc.

(26)

3.6 Métodos

3.6.1. Coleta de Sangue

De cada paciente foi colhido cinco mililitros de sangue em tubos com heparina e em tubos sem anticoagulantes, utilizando o sistema de Vacutainer. As amostras foram processadas por centrifugação a 25ºC, 2.000 rpm por 15 minutos, para obtenção de soro e plasma. Tais produtos foram alíquotados e estocados a –70ºC. Foi coletado sangue para contagem das plaquetas no inicio do estudo e a cada três meses. A contagem das plaquetas foi determinada usando um contador automatizado eletrônico Sysmex XT 1800i (SYSMEX CORPORATION; KOBE; JAPAN).

3.6.2 Coleta de fragmentos de mucosa gástrica na endoscopia

De todos os participantes do estudo submetidos à endoscopia digestiva alta, foram colhidos dois fragmentos de mucosa gástrica, um fragmento de antro e um de corpo. A endoscopia foi realizada com o paciente em jejum de, no mínimo 8 horas. Antes do procedimento, o paciente recebeu anestesia tópica da orofaringe com Cloridrato de Lidocaína (Xilocaína spray a 10%) e uma dose de Diazepam (5 mg por via oral). O endoscópio foi submetido a rigoroso processo de assepsia, entre um procedimento e outro, sendo lavado vigorosamente com água e sabão e mergulhado em uma solução de glutaraldeído a 2% por 30 minutos.

Um fragmento extra da região antral foi colhido para a realização do teste da uréase. O mesmo foi imerso em um tubo contendo uma solução de ureia e indicador de pH. A análise foi efetuada imediatamente após a coleta do material e uma leitura final foi realizada vinte e quatro horas após. O teste da urease foi considerado positivo quando houve mudança

da coloração da ureia de “amarelo” para “vermelho”. Nos casos em que a solução permaneceu

“amarela” por vinte e quatro horas após a coleta, o teste foi considerado negativo. Quando

houve dificuldade em estabelecer a mudança de coloração, o teste foi tido como indeterminado.

(27)

3.6.3 Extração do DNA de Helicobacter pylori em tecido de biópsia gástrica

A extração do DNA do H. pylori das amostras de tecido gástrico colhidas dos pacientes estudados, foi feita a partir da maceração dos fragmentos de biópsia gástrica. O material genômico foi extraído das amostras seguindo o protocolo de QIAGEN®, com os reagentes do QIAamp DNA mini kit, conforme orientação do fabricante. Primeiramente, efetuou-se a digestão do material tecidual, que foi colocado em minitubos de 2 mL, com

180μL de tampão ATL e β0μL de Proteinase K, e submetidos a banho-maria a 56ºC por vinte

e quatro horas.

Após a digestão, seguiu-se a lise celular, onde foram adicionados β00μL de

tampão AL, e incubou-se novamente as amostras em banho-maria, a 70ºC, por dez minutos. Em seguida, adicionou-se β00μL de Etanol 100%.

O conteúdo da lise celular foi transferido para coluna Spin QIAamp®, para etapa de eluições com intuito de filtrar o conteúdo celular, o primeiro filtrado foi centrifugado a 8.000 rpm por 1 minuto em tubo de microcentrífuga de 2 mL, depois foi descartado e foram

adicionados 500μL de tampão AW1 (QIAGEN®), e foi feita eluição por centrifugação a

8.000 rpm por um minuto. Em seguida, foram colocados 500μL de tampão AWβ

(QIAGEN®), com centrifugação a 14.000 rpm por três minutos.

Por último, adicionaram-se β00μL de tampão AE, centrifugando a 8.000 rpm por um minuto e repetindo essa última lavagem para uma eficaz extração do material genético. Após a extração do DNA, as amostras foram estocadas em freezer a -20ºC até o seu processamento.

3.6.4 Reação em cadeia de polimerase (PCR)

O DNA do H. pylori extraído das biópsias gástricas foi utilizado para a amplificação do genótipo de interesse nesse estudo, a partir das sequências de nucleotídeos

(primers) específicos, previamente descritos na literatura. A solução “Master mix” para amplificação do DNA, continha: 1β,5μL da enzima Taq-DNA polimerase GoTaq green – Promega®; 1,0μL dos “primers” específicos para cada gene a ser estudado, partindo da terminação 5’ para a γ’, em ambos os sentidos (senso e antisenso). Em cada microtubo, foram acrescentados 5,0μL do DNA extraído em microtubos específicos de β00μL. As reações

(28)

A amplificação do DNA extraído foi realizada em termociclador, obedecendo o protocolo de ciclos específicos para cada gene estudado.

Após a amplificação de cada genótipo, procedeu-se à corrida eletroforética de géis de agarose a 2%, corado com brometo de Etídio, para visualização dos marcadores genéticos

do H. pylori. Foi utilizado tampão Tris Acetato EDTA (TAE) como veículo líquido para a

corrida dos géis. A eletroforese ocorreu nas seguintes condições: 100 volts, 400 miliamperes por 40 minutos.

Os géis foram revelados em aparelho transluminador com câmara eletrônica de ultravioleta para evidenciação dos pares de bases, estabelecendo assim, o resultado positivo ou negativo para os marcadores genéticos estudados, a partir da presença ou ausência das bandas de nucleotídeos pertencentes a esses genes.

Foi estabelecido o controle da qualidade dos géis corridos, para monitorar possíveis contaminações, pela presença de controle positivo e controle negativo para cada marcador genético estudado. O peso molecular dos pares de base foi aferido por padrão de bandas de DNA (DNA Ladder), adicionado aos géis.

3.6.5 Teste respiratório

(29)

3.6.6 Análise estatística

(30)

4 RESULTADOS

Foram convidados para participar do estudo 29 pacientes com PTIc, dos quais foram excluídos: 07 H. pylori negativos; 02 por apresentarem plaquetopenia acentuada (plaquetas < 25.000/mm3); 01 gestante e 04 desistentes. Dos 15 pacientes que permaneceram no estudo todos foram tratados para o H. pylori, sendo acompanhados por um período de 6 meses a um ano para a avaliação clínica e contagem de plaquetas, conforme fluxograma 1.

Fluxograma 1 - Estudo do efeito da erradicação do H. pylori em pacientes com PTIc.

Dos 15 pacientes tratados 01 (6,6%) foi do gênero masculino e 14 (93,3%) foram do gênero feminino, conforme o Gráfico 1. A média de idade foi de 47,7 anos (27-68), o tempo médio de doença foi de 7,43 anos (1-25). Seis pacientes (40,0%) tiveram uma conduta expectante por não utilizar nenhum medicamento; 05 (33,3%) fizeram um tratamento prévio com prednisona para PTIc; 02 (13,3%) fizeram esplenectomia + prednisona; 01 (6,6%) fez um tratamento com prednisona +

(31)

pacientes avaliados, 09 (60%) estavam em tratamento com medicação específica para PTI e 6 apenas em acompanhamento antes do tratamento do H. pylori; conforme sintetiza a tabela 2.

Grafico 1 - Gênero dos pacientes PTIc tratados para o H. pylori..

Tabela 2 - Características demográficas e clínicas dos pacientes com PTIc estudados.

(32)

Gráfico 2 - Percentual de erradicação do H. pylori nos pacientes PTIc.

A tabela 5 expõe todos os dados dos 15 pacientes PTIc que foram tratados para o

H. pylori. Dos 13 pacientes que erradicaram o H. pylori, 04 (30,7%) obtiveram resposta

clínica; sendo 03 (75,0%) resposta completa e 01 (25,0%) resposta parcial após erradicação da bactéria. Dentre esses 04 pacientes que obtiveram resposta, três estavam em tratamento específico para PTIc antes de iniciar o estudo e apenas um paciente em conduta expectante. Esses pacientes apresentaram resposta sustentada após 1 ano de acompanhamento. Não houve resposta em 9 casos, sendo 5 pacientes apenas em acompanhamento (conduta expectante) e quatro em tratamento específico para PTIc. Em um caso ocorreu importante diminuição das plaquetas durante o acompanhamento, (Gráfico 3). Tratava-se da paciente nº 10 do sexo feminino, de 28 anos, portadora de PTIc há 25 anos que previamente estava em uso de prednisona + esplenectomia + ciclosporina + azatioprina + dapsona(Tabela 5). Nove pacientes estavam utilizando prednisona e quatro deles realizaram esplenectomia. Os pacientes 2 e 6, com 20 e 7 anos de doença, respectivamente, e que não curaram a bactéria, permaneceram com níveis de plaquetas abaixo de 100.000/mm3. O aumento plaquetário dos pacientes que responderam ao tratamento, pode ser melhor visualizado no Gráfico 4. Quando se avaliou os niveis de plaquetas dos pacientes que obtiveram resposta plaquetária pelos critérios estabelecidos foi encontrado diferença significante estatisticamente antes e pós tratamento.

(33)

03 e 12 tiveram uma resposta completa e o de nº 04 uma resposta parcial. Porém, não estabilizaram o quadro clínico, diminuindo o número de plaquetas possivelmente devido aos outros fatores associados à doença.

Gráfico 3 - Níveis de plaquetas dos pacientes com PTIc que erradicaram o H. pylori e não responderam ao tratamento (n=9).

Gráfico 4- Níveis de plaquetas dos pacientes com PTIc que erradicaram o H. pylori e responderam ao tratamento (n=4).

(34)

Tabela 3 - Possíveis fatores de risco associados a resposta plaquetária dos pacientes portadores de PTIc frente ao tratamento para H. pylori.

Dos 15 pacientes tratados, foi possível avaliar o status cagA em 09 pacientes, desses 06 (54,5%) apresentaram cepas cagA-positivas. Dos 04 pacientes do grupo que responderam ao tratamento, 03 (75,0%) foram cagA-positivos, (Tabelas 4 e 5). Nos 09 pacientes que não responderam ao tratamento, foi possível a realização do PCR para o cagA em apenas 05 pacientes; sendo que 02 pacientes (40,0%) foram cagApositivos, (Tabela 4). Contudo não houve associação significativa entre o fato de responder ao tratamento e a presença de cepas cagA-positivas (p=0,29).

(35)
(36)

5 DISCUSSÃO

O presente estudo tratou de um seguimento prospectivo de 15 pacientes portadores de PTIc infectados com H. pylori, que fizeram o tratamento de erradicação para a bactéria. A taxa de erradicação nesses pacientes foi de 86,7% (13/15). Destes, 30,8% (4/15) mostraram aumento na contagem de plaquetas, configurando resposta clínica à PTIc, e 69,2% (9/15) não obtiveram resposta plaquetária após à erradicação. Não foi observada significância da resposta à PTIc com relação ao gênero, faixa etária e tempo de doença de PTIc desses pacientes. Bem como, não houve significância entre a resposta à PTIc e a presença do gene cagA do H. pylori.

Altas taxas de erradicação do H. pylori são encontradas em vários estudos e variam desde 71,9%, achado por Jarque et al. (2001), em estudo com 32 pacientes na Espanha, até 100% de erradicação, achada em países asiáticos, em estudos conduzidos no Japão e na Malásia (KOHDA et al., 2002; GAN et al., 2013). No presente estudo a taxa de erradicação foi de 86,7%, similarmente ao encontrado por Hino et al., (2003), em estudo conduzido no Japão com 21 pacientes, onde obtiveram 85,7% (18/21) de erradicação da bactéria. Outro estudo conduzido no Japão, avaliando 15 portadores de PTIc, achou taxa de erradicação de 87,0% (TAKAHASHI et al., 2004), e um estudo realizado nos Estados Unidos, com 16 pacientes com PTIc infectados por H. pylori, obteve erradicação em 87,5% dos pacientes. Estudo mais recente, conduzido no Irã com um número maior de pacientes (47), observou similar taxa de erradicação (41/47; 87,2%), corroborando a média encontrada na literatura e expressa também no presente estudo.

(37)

Alguns estudos ainda apontam taxas de resposta à PTIc ainda mais baixas às encontradas no presente estudo. Estrada et al. (2007), em estudo com 23 pacientes portadores de PTIc no México, onde a prevalência de infecção pelo H. pylori foi de 60,9% desses pacientes e somente 21,4% tiveram aumento no número de plaquetas após o tratamento de erradicação da bactéria, não expressando assim, associação da infecção por H. pylori com a PTIc, similarmente ao presente estudo. Um estudo realizado por Payandeh et al. (2013), no Irã, com 41 pacientes relatou a resposta ao tratamento contra o H. pylori não foi tão eficaz, obtendo 7,3% de resposta à PTIc após erradicação do H. pylori. Michel et al. (2004), em estudo conduzido nos Estados Unidos, com 14 portadores de PTIc, acharam um baixíssimo índice de remissão da PTI de apenas 7,1% dos pacientes que erradicaram o H. pylori, também não achando relação da infecção com a remissão da PTIc.

No entanto, esses resultados não são consensuais. Tendo em vista, que outros estudos conduzidos em diversas partes do mundo, apontam altas taxas de erradicação, bem como, de remissão da PTIc, relacionando-a com a erradicação da infecção por H. pylori, sugerindo diferenças regionais e entre populações da relação das cepas da bactéria com a resposta à PTIc. Em dois estudos conduzidos por Emilia et al. (2001; 2007), na Itália, avaliaram a presença de PTI em pacientes infectados por H. pylori, bem como, a relação dos genótipos da bactéria com a resposta apresentada por esses pacientes. No primeiro estudo, foram seguidos 13 pacientes, com uma taxa de erradicação de 92,3% e, no seguimento de 3 a 6 meses após a erradicação, foi observado que 50% dos pacientes mantiveram a resposta no número de plaquetas. No entanto, os autores colocam o pequeno número de pacientes estudados como um viés importante para conclusões sobre a resposta à erradicação do H.

pylori na PTIc (EMILIA et al., 2001). No segundo estudo do mesmo grupo de pesquisa,

conduzido também na Itália, com 38 pacientes, foi observada uma taxa de erradicação do H.

pylori de 89% e de resposta positiva no número de plaquetas em 68% desses pacientes. No

entanto, também conclui como provável a relação da infecção por H. pylori com PTIc, mas não determinante (EMILIA et al., 2007).

Em estudo realizado na Colômbia, foi encontrada uma prevalência de 90,6 % de infecção por H. pylori em portadores de PTIc, com taxa de erradicação 89,9% nesses pacientes e resposta completa ou parcial à PTIc em 70,8% destes, concluindo que a erradicação da infecção está associada à remissão da PTIc (CAMPUZANO-MAYA, 2007), diferentemente do encontrado no presente estudo.

(38)

frequente em cepas de portadores de PTIc, similarmente ao presente estudo. Porém, o genótipo cagA é extremamente disseminado nas cepas circulantes no oriente, o que leva a estabelecer esse parâmetro como um viés desses estudos (ANDO et al.,2004; TAKAHASHI et al.,2004).

Foi analisada a provável relação da expressão da proteína CagA na PTIc, em estudo conduzido no Japão com 52 pacientes infectados que fizeram tratamento de erradicação do H. pylori, com taxa de resposta à PTIc de 62%, com significativa diminuição nos títulos de anticorpos anti-CagA nesses pacientes, demonstrando que a proteína CagA pode ter um papel na patogênese da PTcI (KODAMA et al., 2007).

No presente estudo, foram genotipadas cepas de 09 pacientes, para a presença do gene cagA e não foi encontrada relação significante entre a presença desse genótipo e a resposta clínica com aumento de plaquetas na PTIc.

Elucidar os mecanismos moleculares exatos de destruição plaquetária em pacientes com PTIc infectados por H. pylori, considerando também as diferenças biogeográficas nas taxas de resposta, pode oferecer uma visão sobre as possíveis vantagens do tratamento de erradicação do H. pylori na resposta clínica à PTIc.

As diferenças regionais entre as cepas de H. pylori podem ser fatores decisivos para a relação da infecção por esta bactéria com o desenvolvimento de outras doenças, como a PTIc, que sofre influências das respostas imunológicas e inflamatórias do hospedeiro.

(39)

6 CONCLUSÃO

O tratamento para erradicação do Helicobacter pylori aumentou o número de plaquetas dos pacientes portadores de PTIc obtendo-se resposta parcial ou completa em trinta por cento dos pacientes avaliados, tendo esse efeito permanecido por mais de seis meses.

Não houve associação estatística significante entre resposta plaquetária frente

aoH. pylori e idade, gênero e tempo de doença dos portadores de PTIc e da presença do gen

(40)

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APÊNDICE A

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Imagem

GRÁFICO 1 -  Gênero dos pacientes PTIc tratados para o H. pylori.....................  30  GRÁFICO 2 -  Percentual de erradicação do H
Tabela 1 -  Primers usados na amplificação dos genótipos estudados....................
Tabela 2 - Características demográficas e clínicas dos pacientes com PTIc estudados.
Gráfico 2 - Percentual de erradicação do H. pylori nos pacientes PTIc.
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