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Desenvolvimento Sustentável: um estudo de sua aplicação em uma indústria de bebidas através da logística reversa do vidro

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Academic year: 2021

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Desenvolvimento Sustentável: um estudo de sua aplicação em uma indústria de bebidas através da logística reversa do vidro

Mário de Souza Nogueira Neto (Centro Universitário da FEI) mario.nogueira@fatec.sp.gov.br Adler Varela Lage (Centro Universitário da FEI) adlerlage@hotmail.com

Fernanda Sciascia do Olival (Centro Universitário da FEI) fe_sciascia@hotmail.com Karina Lumi Kano (Centro Universitário da FEI) karinakano_4@hotmail.com José Luis Alves de Lima (Centro Universitário da FEI) proflima10@gmail.com

Resumo:

Com a mudança nos hábitos de consumo da população houve a preocupação com a manutenção dos recursos naturais e da vida na Terra. Esta preocupação passou a ser expressa na forma de leis de proteção ao meio ambiente, surgimento do conceito de desenvolvimento sustentável, incentivos fiscais às empresas tidas como parceiras do meio ambiente e da sociedade, entre outras ações que visam à preservação do planeta. O presente estudo tem como foco principal identificar a existência de benefícios sociais, ambientais e econômicos obtidos com a implantação do programa de reciclagem de vidro, objetivando executar o fluxo logístico reverso de todas as embalagens de vidro postas em circulação através do segmento de bares, casas noturnas e restaurantes. O estudo adota como metodologia a pesquisa de caráter exploratório, com entrevistas baseadas em questionários estruturados aplicados aos responsáveis pela manutenção do projeto, aos donos de bares e casas noturnas e aos cooperados, que são parceiros do programa em questão.

Palavras chave: Sustentabilidade, Reciclagem do vidro, Logística Reversa.

Sustainable Development: A study of its application in a beverage industry through reverse logistics glass

Abstract

The progressive increase in the consumer habits of the population has a concern with the maintenance of natural resources and life on Earth. This apprehension began to be expressed in the way of laws protecting the environment, the emergence of the concept of sustainable development, taxes incentives for companies taken as partners of the environment and society, among other actions aimed at preserving the planet. This study focuses mainly on identifying the existence of social, environmental and economic benefits carted by the implementation of the glass recycling program, aiming to run the reverse logistics flow of all glass packaging put into circulation through the bars, nightclubs and restaurants’ segment. The study adopts the methodology of research exploratory, based on structured questionnaires to responsible for maintenance of the project, the owners of bars and clubs and the members of the cooperative, who are partners in this program.

Key-words: Sustainability, Glass recycling, Reverse Logistics.

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1 Introdução

A atual conjuntura do mercado mostra que existe uma tendência ao aumento contínuo do consumo de produtos industrializados e, consequentemente, da produção em escala o que vem exigindo, cada dia mais, a obtenção de matérias primas para suprir a produção destes produtos.

Em contrapartida ao afirmado anteriormente há uma grande preocupação com a preservação dos recursos naturais não renováveis tais como água, petróleo, gás natural, carvão mineral e também das florestas, pois, no caso do desmatamento acelerado, essas não conseguirão se regenerar a tempo podendo acarretar a extinção de algumas espécies constituintes da flora terrestre.

A partir da preocupação com a preservação ambiental e a manutenção da vida humana surgiu o conceito de Sustentabilidade ou Desenvolvimento Sustentável, que trouxe uma série de regras e recomendações técnicas a fim de possibilitar o uso racional dos recursos disponíveis.

No caso dos metais, plásticos, papéis e vidros, por exemplo; existe uma forte e crescente tendência ao estimulo, até mesmo por medidas legais, da reciclagem desses materiais diminuindo, assim, a extração dos minérios e do petróleo (no caso dos plásticos) utilizados como matéria prima no processo de fabricação desses itens.

O maior exemplo de sucesso em reciclagem é o que ocorre hoje no mundo todo com as latas de alumínio; que são recicladas, economizando a energia elétrica empregada no processo de redução (onde a alumina é transformada em alumínio líquido) e também toneladas de bauxita (minério utilizado para a obtenção do alumínio). Segundo a Associação Brasileira do Alumínio (ABAL, 2012) o Brasil é o líder mundial na coleta de latas de alumínio, alcançando um índice de reciclagem de 97,9%.

Os dados da Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas do Vidro (ABIVIDRO, 2013) apontam que, em 2007, 49% do vidro produzido no Brasil era reciclado, contra os 15% apresentados em 1991.

De acordo com o Anuário Estatístico do Ministério de Minas e Energia (MME, 2012), em 2011 o faturamento da indústria vidreira do Brasil foi de R$ 5,5 bilhões com os valores distribuídos entre a produção de embalagens, vidros planos, domésticos e especiais (32,6%;

32,4%; 19,9% e 15,1% respectivamente).

Entende-se que o alumínio, assim como o vidro, possui grande importância no mercado de reciclagem nacional; porém as informações expostas demonstram que o mercado de reciclagem do vidro tem maior potencial de ampliação; motivo pelo qual se escolheu a reciclagem de embalagens de vidro, no setor de bebidas; dentre outras tantas empregadas para apoiar a Sustentabilidade, como alvo de estudo do presente trabalho.

2 Sustentabilidade

O termo “sustentável” tem origem do Latim: “sustentare”, que significa sustentar, favorecer e conservar, mas este termo não é precisamente definido.

Bellen (2002 apud PEREIRA et al., 2013) acredita que existem 160 definições para

“sustentabilidade”, mas ressalta que há três dimensões dentro do termo: social, ecológica e econômica.

Partindo do pressuposto que desenvolvimento sustentável é aquilo que pode ser mantido por muito tempo, e que deve perdurar de uma geração à outra para que todos sejam beneficiados, ser sustentável significa que é necessária a manutenção e conservação dos recursos naturais.

Esta manutenção e conservação necessitam de conscientização dos envolvidos e avanços

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tecnológicos que maximizem a recuperação dos recursos utilizados juntamente com os novos conceitos da sociedade sobre a degradação do meio ambiente (BARBIERI, 1997).

Sustentabilidade seria fruto de um movimento histórico recente que passa a questionar a sociedade industrial e seu modo de desenvolvimento. A sustentabilidade pode ser considerada um conceito importado da ecologia, mas cuja operacionalidade ainda precisa ser provada nas sociedades humanas (ROSA, 2007 apud SCHAUN et at., 2010 ) .

2.1 Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos

A Lei 12.305/10- Política Nacional de Resíduos Sólidos, que estabelece princípios de prevenção e redução na geração de resíduos, com um processo de amadurecimento de conceitos como consumo sustentável, aumento da reciclagem e da reutilização dos resíduos sólidos e a destinação ambientalmente correta dos rejeitos, foi decretada em 23/12/2010, após duas décadas de tramitações nas casas legislativas e órgãos governamentais competentes (MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, 2013).

A lei traz novas ferramentas à legislação ambiental do país, segundo Ministério do Meio Ambiente (2013), são elas:

a) acordo setorial: ato de natureza contratual acordado entre o poder público e fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes;

b) responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos: conjunto de atribuições dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos consumidores e dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos pela minimização do volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados;

c) logística reversa;

d) coleta seletiva;

e) ciclo de vida do produto: série de etapas que envolvem o desenvolvimento do produto, a obtenção de matérias-primas e insumos, o processo produtivo, o consumo e a disposição final;

f) Sistema de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos (SINIR): tem como objetivo armazenar, tratar e fornecer informações que apoiem as funções ou processos de uma organização;

g) catadores de materiais recicláveis;

h) planos de resíduos sólidos: O Plano Nacional de Resíduos Sólidos a ser elaborado com ampla participação social, contendo metas e estratégias nacionais sobre o tema.

2.2 Triple Bottom Line

Pereira et al., (2013) afirma que ter um negócio sustentável e ser sustentável não é mais uma escolha, e sim uma exigência do mercado. As organizações que seguirem este caminho serão as mais beneficiadas, conquistando seu espaço no mercado, agregando valor a seus processos e a sua competitividade. Mas para que haja uma mudança neste sentido, às empresas devem levar em conta todas as dimensões que o conceito de desenvolvimento sustentável impõe (econômica, social e ambiental) para uma tomada de decisão.

Estas dimensões são conhecidas como Triple Bottom Line, conceito formulado pelo britânico John Elkington em 1997. O modelo Triple Bottom Line (figura 1), é caracterizado pelas questões econômicas, sociais e ambientais entrelaçadas entre si, reforçando um laço das empresas com a sociedade e com a natureza (PEREIRA et al., 2013). Também é conhecido como os três Ps (People, Planet and Profit ou em português , PPL – Pessoas, Planeta e Lucro).

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Figura 1 - Sustentabilidade corporativa segunda a abordagem Triple Bottom Line Fonte: Elkington, apud PEREIRA (2013)

3 Logística reversa

A Logística Reversa tem por finalidade planejar, operar e controlar o fluxo de bens e informações durante o retorno dos materiais tanto de pós-venda como de pós-uso (LEITE, 2003 apud BINOTO; PEREIRA, 2013).

“A partir da década de 1980, o termo “logística reversa” passa a ser explorado de forma mais intensa tanto no ambiente acadêmico como nos meios empresarial e público” (PEREIRA et al.,2013, p. 2).

Tal fato pode ser explicado através da responsabilidade legal, imposta às organizações, sob seu produto durante todo o ciclo de vida do mesmo e também, segundo Leite (2009), vantagens competitivas relacionadas ao custo, aos serviços prestados aos clientes, a imagem corporativa, a fidelização de clientes; crescimento do mercado de empresas de serviços especializadas no canal logístico reverso (reciclagem, sistemas de informação e rastreamento de produtos retornados, desmontagem de produtos de alto valor agregado, entre outros).

3.1 Canais de Distribuição Reversos

Segundo Pereira et al. (2013) existem dois tipos de canais de distribuição reversos: de pós- venda e de pós-uso. São característicos do canal de distribuição reversa de pós-venda as devoluções de produtos defeituosos, produtos danificados (no manuseio durante o transporte, por exemplo), produtos os quais o prazo de vencimento tenha sido ultrapassado; desmanche (aproveitamento de lixo eletrônico), assistência técnica, doações, direcionamento para mercado secundário, etc.

Segundo Leite (2009) as últimas décadas estão sendo marcadas pela ânsia do lançamento de diversos produtos e modelos/versões dos produtos já existentes no mercado; o que traz uma infinidade de opções na hora da escolha de produtos de uma mesma categoria - são cores, tamanhos, capacidades, especificações técnicas, sabores, odores, embalagens diversas.

Contrapondo-se ao fato supracitado, o autor destaca o a redução do ciclo de vida mercadológico destes produtos e, por consequência, a acentuação na tendência à descartabilidade. Estes bens, após seu descarte, passam a integrar o canal de distribuição reversa de pós-uso: garrafas de vidro descartadas, embalagens plásticas, óleos lubrificantes usados, baterias descartadas, embalagens metálicas usadas, entre outros (PEREIRA et al., 2013).

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No que diz respeito aos canais de distribuição reversos de pós-uso de bens descartáveis (alvo de estudo do presente trabalho) este se origina a partir do momento que há o descarte nos domicílios urbanos, indústrias, comércio (bares e casas noturnas, especificamente para este trabalho). Os produtos descartáveis disponibilizados, em sua grande maioria, são plásticos, papéis, vidros, metais, matéria orgânica, entre outros resíduos sólidos, óleos vegetais e as mais diversas embalagens (PEREIRA et al., 2013).

Segundo Leite (2009), existem canais reversos de pós-uso de ciclo aberto e de ciclo fechado.

O ciclo aberto visa o retorno das matérias primas constituintes dos bens de pós-uso, a fim de torná-las matérias primas para a fabricação de outros diversos tipos de produtos.

No ciclo fechado os componentes dos bens de pós-uso são extraídos seletivamente a fim de se tornarem matérias primas para novos produtos similares ao original. Todos os esforços empregados neste canal de distribuição reverso têm o intuito da revalorização do material constituinte de determinado produto.

3.2 Sistemas de Coleta de Bens de Pós-Uso

O tratamento e a disposição adequada dos resíduos sólidos urbanos (RSU) gerados se fazem cada vez mais necessários e apresentam benefícios ligados aos três pilares da sustentabilidade, tais como geração de empregos, melhoria nas condições ambientais, redução do consumo de matéria prima e energia no processo de produção de novos produtos, entre outros (LOBATO;

LEAL; LIMA, 2012).

Leite (2009) destaca quatro tipos de coletas de bens de pós-uso; são elas: coleta domiciliar do lixo, aterros sanitários e lixões, coleta seletiva domiciliar e coleta informal.

A coleta seletiva domiciliar é utilizada no programa de reciclagem em estudo. É denominada seletiva toda coleta que tenha uma prévia seleção do material, ou seja, a coleta dirigida a certo material: papéis, metais, vidros, entre outros; porém este termo é normalmente empregado para coletas seletivas ocorridas de porta em porta (tanto em domicílios como em comércios), coletas seletivas em pontos de entrega voluntária e entregas de materiais, predominantemente os recicláveis, em pontos específicos (LEITE, 2009).

4 Vidro

Os vidros naturais podem ser formados por rochas fundidas a elevadas temperaturas que são solidificadas rapidamente, durante as erupções vulcânicas. São denominados obsidian e tektites e permitiram que os homens da Idade da Pedra desenvolvessem ferramentas de corte (ALVES; GIMENEZ; MAZALI, 2001).

Segundo Alves, Gimenez e Mazali (2001), as narrativas de Plínio, um naturalista romano que viveu entre 23 d.C. e 79 d.C., afirmam que o surgimento do vidro artificial se deu durante viagem dos fenícios que improvisaram fogões nas areias da costa da Síria.

Shelby (1997 apud ALVES; GIMENEZ; MAZALI, 2001), diz que o cenário com sal marinho (NaCl), ossos (CaO) e areia (SiO2) era propício para a redução do ponto de fusão e formação do vidro bruto de baixa qualidade.

Segundo Alves, Gimenez e Mazali (2001), o primeiro estudo realizado sobre o vidro foi em 1830, por Michael Faraday. Ele definia o vidro como sendo materiais que mais aparentavam uma solução de diferentes substâncias que um composto propriamente dito.

A partir das novas descobertas, concluiu-se que o vidro é "um sólido não-cristalino, portanto, com ausência de simetria e periodicidade translacional, que exibe o fenômeno de transição vítrea, podendo ser obtido a partir de qualquer material inorgânico, orgânico ou metálico e

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formado através de qualquer técnica de preparação" (ALVES; GIMENEZ; MAZALI, 2001, p.17-18).

Barros (2010) afirma que o vidro comum utilizado na fabricação de garrafas são compostos basicamente por sílica, normalmente na forma de areia (SiO), carbonato de sódio, conhecido também como soda (Na2CO3), óxido de cálcio (CaO) sob a forma de calcário e outros óxidos.

4.1 Reciclagem do Vidro

Segundo o CEMPRE (2013), o processo de reciclagem do vidro acontece basicamente da seguinte forma: o vidro estocado nos tambores passa por eletroímãs que retiram as partículas de metais contaminantes. Em seguida, o material resultante é lavado em tanques com água e enviado para catação onde é retirado manualmente os resíduos ainda presentes (pedras, plástico e vidros indesejáveis). O vidro é levado para os trituradores para que os cacos fiquem homogêneos e depois passa por uma peneira vibratória. Um segundo eletroímã retira as possíveis partículas de metais ainda presentes e então o vidro é armazenado em silos ou tambores que são enviados para o processo de fabricação de novas embalagens. É essencial eliminar a presença de contaminantes para evitar alterações na composição química do vidro, pois tais condições podem causar trincas e defeitos nas embalagens.

A importância da reciclagem do vidro, de acordo com a Associação Nacional de Vidraçarias (ANAVIDRO, 2012), é evitar o acúmulo do material no meio ambiente e usufruir do seu alto poder de reaproveitamento, além da redução do consumo de energia e água durante o processo de fabricação de novas embalagens. A figura 10 mostra o tempo necessário para degradação do vidro em comparação com outros materiais sob as mesmas condições.

Segundo a CEMPRE (2013), o Brasil produz cerca de 980 mil toneladas de embalagens de vidro usando apenas 45% de matéria prima reciclada. Em 2011, 47% das embalagens de vidro foram recicladas (aproximadamente 470 mil toneladas por ano), percentual baixo se comparado à Alemanha que possui um índice de reciclagem de 87%, cerca de 2,6 milhões de toneladas por ano. O material reciclado provém principalmente dos seguintes canais: indústria de envaze (40%); mercado difuso (40%); bares, restaurantes e hotéis (10%); e refugo da indústria (10%).

5 Estudo de caso

O estudo de caso foi desenvolvido a partir de entrevistas feitas com as organizações envolvidas no programa Glass is Good, projeto pioneiro de logística reversa desenvolvido pela empresa DIAGEO, onde foram captadas informações a respeito do surgimento, objetivo e funcionamento do mesmo.

5.1 DIAGEO

A visita foi realizada na própria sede da DIAGEO, localizada na Rua Olimpíadas, 205, Itaim Bibi – São Paulo - SP, para maiores conhecimentos sobre o Programa Glass is Good (projeto da DIAGEO do Brasil), implantado no início de novembro de 2010, com o objetivo de destinar adequadamente o vidro das garrafas para reciclagem, sendo inovador e um projeto pioneiro de logística reversa.

Foram entrevistadas duas pessoas que participam do programa em diferentes áreas: Renata Amaral e Homero Ciancaglini.

A ideia desse projeto veio dos próprios funcionários da empresa e foi realizado um pouco antes de ser decretada a lei 12.305/10- Política Nacional dos Resíduos Sólidos.

O projeto envolve o fabricante de vidro Owens Illinois, a Cooperativa de catadores Vira Lata, restaurantes, bares e casas noturnas. Os estabelecimentos participantes armazenam as garrafas vazias para que a cooperativa os recolha. São coletados também papelão, plástico e latinhas,

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mas com foco principal nos vidros. Em seguida os resíduos de vidro são separados por cores e triturados em máquinas fornecidas pela DIAGEO. Antes essas máquinas estavam disponibilizadas nos próprios parceiros, mas não obtiveram bons resultados.

O vidro triturado segue para a empresa responsável pelo reaproveitamento do material na produção de novas embalagens, sendo comprado da cooperativa por R$ 0,21/Kg, o vidro misto, e R$ 0,26/Kg, o vidro transparente, valores maiores que os atuais praticados no mercado (R$ 0,05 – R$ 0,10).

Hoje o programa conta com 75 pontos de coleta, sendo 55 em São Paulo e 20 no Recife. Em São Paulo as áreas de maior atuação são a Vila Olímpia e a Vila Madalena, por serem regiões com um conglomerado grande de bares e casas noturnas. A quantidade de vezes por semana que ocorrem as coletas depende exclusivamente do volume de resíduos gerados por local; nos parceiros maiores, por exemplo, em média, são recolhidos de quatro a cinco vezes por semana. São coletados todos os tipos de vidro descartados pelos estabelecimentos, seja de outros produtos ou até mesmo embalagens dos concorrentes, não havendo qualquer restrição.

Os entrevistados relatam que a cada duas semanas, há uma coleta no prédio da sede da empresa, onde são retirados materiais recicláveis levados pelos funcionários; além disso, afirmam que todos os colaboradores têm conhecimento sobre o programa de reciclagem do vidro.

O projeto da DIAGEO já reciclou, até o final de 2013, 3.933 toneladas de vidro em São Paulo e Recife; agora a empresa pretende ampliar sua atuação, até o final de junho deste ano, para a cidade de Fortaleza. Existe também um projeto da organização de expandir o programa, até então existente somente no Brasil, para a América Latina, e em seguida para o mundo todo.

A fabricante de bebidas conta com o apoio de duas empresas de consultoria: uma especializada em logística, com o objetivo de traçar as melhores rotas de coleta de acordo com a presença geográfica dos pontos de coleta; e a outra responsável pela interação com a cooperativa e os estabelecimentos associados.

Segundo o site glassisgood.com.br, em toda a cidade de São Paulo são recicladas 224 toneladas de vidro por mês e que as embalagens do desse tipo de material representam 1,5%

de todo o resíduo sólido urbano. O programa de coleta de vidro desenvolvido pela fabricante de bebidas é responsável pela reciclagem de 60 ton/mês, ou seja, cerca de 30% de todo vidro reciclado mensalmente na cidade.

5.2 Cooperativa

A visita realizada para o desenvolvimento do trabalho foi na Cooperativa Vira Lata, que fica localizada no endereço Rua Telmo Coelho Filho, 200, Vila Albano - São Paulo - SP. A entrevista foi realizada com a presidente da cooperativa Sunamita Bianca de Souza Muniz e com mais três cooperados que trabalham na área de reciclagem de vidro.

A Cooperativa Vira Lata surgiu há mais de sete anos e participa do projeto desde o início, há aproximadamente quatro anos. Embarcou no projeto Glass is Good através do contato feito pela Valéria do Caminho Suave, empresa terceirizada que auxilia a DIAGEO na implantação efetiva e contínua do programa.

Muitas cooperativas concorreram para participar, porém o pré-requisito fundamental era que a cooperativa deveria vender o vidro em cacos, ao invés de garrafa, dessa forma evita-se o contrabando de bebidas falsificadas. A grande maioria prefere vender as garrafas inteiras devido ao seu preço mais alto.

As principais atividades dos cooperados são buscar os materiais recicláveis nas casas noturnas e bares e a posterior separação por tipo de material, dando um cuidado maior ao vidro, que seguirá para a trituração.

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No início do programa a DIAGEO forneceu um veículo utilitário para a Cooperativa realizar o recolhimento do material, porém com a expansão do Glass is Good, que gradativamente aumentou o número de parceiros, a logística se tornou chave para o sucesso do programa e foi necessário ampliar as formas de coleta do material. A empresa TPS foi contratada para realizar essa tarefa juntamente com a Cooperativa e os caminhões utilizados, até hoje, são pagos pela DIAGEO.

Os materiais recebidos pelos cooperados, na maior parte das vezes, vêm misturados. Papelão, latas de alumínio, vidro e embalagens Tetra Pak chegam nos mesmos sacos de lixo e são separados já na cooperativa. Todos os materiais são vendidos e as garrafas de vidro passam pela retirada de metais e plástico e pela trituração antes de serem comercializados. Os rótulos da embalagem são os únicos materiais que podem ser triturados juntamente com a garrafa. Por semana, a Pioneira, empresa contratada pela cooperativa, transporta 14 toneladas de cacos de vidro para a empresa fabricante de garrafas Owens-Illinois.

A tonelada do caco de vidro é vendida por R$210,00 e R$260,00, porém a cooperativa tem um gasto de R$52,50 por tonelada com o frete. Se mais de 10% da caçamba de vidro forem resíduos, o preço por tonelada cai para R$170,00.

Antes da implantação do programa, as garrafas eram quebradas pelas mãos dos trabalhadores, trazendo grande risco à saúde dos cooperados que poderiam se cortar durante o processo. As primeiras máquinas utilizadas para a trituração foram doadas pela DIAGEO. O seu funcionamento foi explicado através de treinamentos ministrados pela própria empresa juntamente com a terceira, Caminho Suave.

A Cooperativa Vira Lata atualmente conta com 60 a 65 cooperados. Não existe nenhum processo seletivo ou projeto para recrutamento, se a vaga existir e a pessoa tiver interesse, não existe nenhuma discriminação por parte da cooperativa, apenas exige-se que seja maior de 18 anos. Sendo assim, os cooperados que procuram a oportunidade na cooperativa. Isso explica a grande rotatividade existente: aproximadamente seis pessoas entram ou saem da cooperativa, por mês.

Apesar do aumento expressivo na reciclagem de vidro, atualmente o material mais vendido pela cooperativa é o papelão, seguido do vidro e da sucata. Isso se deve aos outros projetos em que a cooperativa está envolvida.

A cooperativa reporta a quantidade de vidro e outros materiais que são coletados nos bares e casas noturnas. Se houver muito material sujo ou muitos rejeitos, a cooperativa deve informar a funcionária da DIAGEO responsável pelo programa. Neste caso, é ela quem faz o intermediário entre cooperativa e bares.

5.3 Bar

Para a realização dessa fase do estudo de caso foi escolhida a Cachaçaria Água Doce – Moema, situada na Avenida Macuco, 655, Moema – São Paulo – SP, com o objetivo de recolher informações a respeito do funcionamento do programa Glass is Good nos estabelecimentos comercias parceiros. Durante a visita foi entrevistada a proprietária, Sra.

Regina Esteves, do bar.

Com a entrevista realizada pôde-se saber que a entrada do estabelecimento no programa foi uma iniciativa que partiu da empresa DIAGEO, a partir de um contive, via contato telefônico, para adesão à parceria já firmada com a cooperativa Vira Lata.

Anteriormente ao aceite da participação na iniciativa da DIAGEO o bar pagava um adicional a uma empresa prestadora de serviço de coleta de lixo orgânico para a realização da retirada

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do vidro. A proprietária do local afirmou, também, que era muito assediada por falsificadores de bebidas para que comercializasse as garrafas de vidro em perfeito estado.

A operacionalização da coleta seletiva do vidro dentro do bar envolve a participação de todos que manipulam ou servem as bebidas aos clientes. Os funcionários foram orientados a depositar previamente as garrafas inteiras e os cacos (de qualquer marca, não apenas dos produtos da DIAGEO) em recipientes separados e, posteriormente, aloca-los numa lixeira maior fornecida pela própria cooperativa. No momento que a lixeira atinge determinada porção da sua capacidade o estabelecimento aciona a cooperativa a fim de agendar a coleta.

Essas retiradas ocorrem de duas a três vezes por semana de acordo com a demanda do bar.

Ficou constatado durante a visita que a DIAGEO não exige de seus parceiros padronização na entrega do vidro coletado a cooperativa: higienização, separação de vidro branco e vidro misto, quantidade de garrafas por saco, etc.

Além do programa de coleta do vidro o bar possui, por iniciativa própria, programas de reciclagem do óleo vegetal, latas de alumínio, plástico e papelão.

5.4 Benefícios

Os benefícios encontrados durante as visitas realizadas ao longo do trabalho foram divididos em três segmentos: ambientais, sociais e econômicos.

No contexto ambiental, a DIAGEO, assim como seus parceiros, demonstra claramente uma preocupação com a sustentabilidade e com a responsabilidade social em seus negócios, ou seja, procuram voluntariamente contribuir para uma sociedade mais justa e um meio ambiente mais limpo.

Os benefícios ambientais obtidos através do programa Glass is Good são referentes à redução de emissão de poluentes, economia de energia e água, de matéria- prima (retirando menos areia do meio ambiente, já que a sílica é um componente proveniente da mesma), e a redução de resíduos enviados aos aterros, ou em quaisquer locais inapropriados, como, rios, vias públicas, matas, entre outros.

No âmbito social, os funcionários da empresa DIAGEO recebem palestras sobre responsabilidade social e sua importância para a preservação do meio ambiente para as gerações futuras. Todas estas palestras tem o intuito, implícito, de que os funcionários disseminem o conhecimento para seus familiares, vizinhanças e amigos.

Todos os colaboradores contratados pelo bar são treinados e estimulados a praticar e entender a importância da coleta seletiva do vidro e dos demais resíduos produzidos durante a prática da atividade econômica do bar. Ao realizar essa coleta seletiva por repetidas vezes os colaboradores tendem a entender a importância da mesma, e a assim como no caso anterior, compartilharão seus conhecimentos a respeito da prática da coleta seletiva.

O ato de entregar as garrafas de vidro para uma cooperativa e não disponibilizá-las ao mercado da pirataria de bebidas enfraquece esse comércio ilegal. Se for pensado um pouco além o estabelecimento parceiro está auxiliando a evitar possíveis problemas de saúde aos consumidores que tivessem contato com essa bebida falsificada, como, por exemplo, uma intoxicação.

A cooperativa aceita trabalhadores interessados sem nenhum tipo de discriminação. Mesmo sem um programa estruturado para atrair dependentes químicos ou moradores de rua, ela ajuda pessoas nessas condições a buscarem melhor qualidade de vida.

Uma vez que a maior parte dos cooperados reside em bairros ao entorno da cooperativa, a comunidade local se beneficia da presença da mesma, que auxilia na composição da renda das famílias.

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Após a implantação do programa Glass is Good, houve uma melhoria nos processos realizados pelos cooperados. As máquinas de trituração evitam que os trabalhadores sofram algum acidente de trabalho, deixando evidente que o processo tornou-se mais eficiente e seguro.

A organização diz não ter benefícios econômicos, porém se adiantaram em se enquadrar corretamente na lei 12.305/10, prevenindo gastos futuros, e conseguiram uma mídia espontânea positiva, sendo considerada uma empresa com inovações para o desenvolvimento sustentável, ganhando, inclusive, o Prêmio ECO 2012, na categoria Sustentabilidade em Processos da modalidade Práticas de Sustentabilidade, entre grandes empresas.

O combate à falsificação de seus produtos pode ser visto como um benefício econômico para DIAGEO, uma vez que, quanto menos produtos falsificados estiverem disponíveis no mercado, mais produtos legítimos serão vendidos.

Ainda com relação à falsificação de suas bebidas a empresa conseguirá evitar possíveis custos processuais advindos de ações movidas por consumidores que acreditarem ter consumido produtos originais e incorreram em algum prejuízo ligado a esse consumo.

A cooperativa teve beneficio econômico com o incremento da receita que aconteceu devido à comercialização de um maior volume de cacos de vidro e ao aumento do preço por tonelada obtido através de uma negociação feita entre a DIAGEO e a fabricante de garrafas de vidro.

Já a indústria de embalagens obtêm benefícios econômicos, pois o vidro reciclado já é entregue a eles triturado e pronto para a entrada nos fornos. O processo de fundição do vidro reciclado gasta 2,5% menos energia em comparação com a matéria prima virgem. O fato da empresa não pagar pelo transporte do material reciclado pode ser visto como outra vantagem econômica oferecida à mesma.

Com a adesão ao programa Glass is Good a Cachaçaria Água Doce – Moema obteve um benefício econômico imediato, pois se viu isenta da taxa de descarte de material cobrada sobre as garrafas e cacos de vidro consumidos.

5.5 Dificuldades na implantação do Glass is Good

A principal dificuldade enfrentada pela DIAGEO durante a seleção da cooperativa parceira foi encontrar alguma que vendesse o vidro em cacos ao invés de garrafas. O preço de uma garrafa vazia é aproximadamente R$4,00 em sites de compra e venda pela internet, podendo variar de acordo com o valor da bebida em questão. Em contrapartida, o preço de duas garrafas em cacos (aproximadamente 1 kg de vidro) é R$0,12. Mesmo com o aumento do valor graças ao programa, a diferença entre os preços continua gritante, tornando a venda de garrafas, que muitas vezes é destinada para atividades ilegais, muito mais atrativas se comparada com a venda de cacos.

A resistência das cooperativas para mudança do processo também pode ser considerada fator a ser superado. A venda da garrafa inteira é mais simples e mais rápida, pois não exige o processo de retirada de impurezas (rótulos e lacres) nem a quebra em si do material. Trabalhar com o vidro moído também exige muito mais cuidados, uma vez que pode causar danos à saúde do trabalhador.

Com as informações obtidas durante a visita à DIAGEO fica nítida uma dificuldade que acompanha e atravanca o crescimento do programa Glass is Good desde o seu início até os dias atuais: a logística baseada no posicionamento geográfico de seus parceiros. Como a empresa não obtêm uma receita diretamente ligada ao programa a mesma procura traçar as rotas de coleta de um modo que otimize seus gastos com transporte e atenda as demandas e horários dos bares e casas noturnas atendidos pela equipe da cooperativa.

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A empresa tentou, por diversas vezes, criar padrões para a entrega (pelos estabelecimentos) do material coletado a cooperativa de reciclagem; porém não obteve sucesso. As garrafas e cacos de vidro são entregues em diferentes volumes, por vezes são misturados com plásticos, alumínios e até mesmo matéria orgânica. A fabricante de bebidas ainda estuda maneiras de conscientizar os proprietários e funcionários de seus parceiros a respeito da importância da entrega adequada do material a ser reciclado, sem incorrer no desestímulo a participação no programa.

No início da implantação do Glass is Good a DIAGEO delegou às suas distribuidoras a responsabilidade de realizar a logística reversa das garrafas por elas postas no mercado. Para isso exigia que essas empresas recolhessem as garrafas nos bares e casas noturnas e, posteriormente, as triturasse em máquinas disponibilizadas pela fabricante de bebidas. Essa iniciativa não foi bem aceita, desmotivando algumas distribuidoras a trabalhar com seus produtos; além disso, houveram problemas relacionados a acidentes de trabalho uma vez que alguns funcionários dos distribuidores sofreram lesões ao operar a máquina trituradora de vidro.

6 Conclusão

O presente trabalho teve como objetivo principal realizar uma análise sobre a importância do desenvolvimento sustentável e da logística reversa como ferramenta de apoio à sustentabilidade no programa de reciclagem de garrafas de vidro Glass is Good.

A escolha do tema foi impulsionada a partir da preocupação com o Desenvolvimento Sustentável frente ao crescimento acelerado do consumo de produtos em geral e a percepção de uma oportunidade de expansão do mercado de reciclagem do vidro, atualmente deficiente no país. Durante o decorrer do presente trabalho notou-se que no Brasil uma das ferramentas utilizadas como estímulo para a aplicação da Sustentabilidade é a Lei da Política Nacional dos Resíduos Sólidos.

As primeiras dificuldades encontradas pela empresa DIAGEO durante a implementação de seu programa de reciclagem estavam ligadas a definição do processo de logística reversa do vidro, mais especificamente na trituração do material coletado nos bares e casas noturnas.

Depois de superadas as dificuldades iniciais, a fabricante de bebidas se deparou com um impasse relacionado à conciliação das rotas para coleta do vidro e do orçamento destinado ao programa. Atualmente esse é um problema que persiste na empresa.

Após a implantação do programa, os benefícios percebidos foram além da DIAGEO e dos seus parceiros, atingindo toda a sociedade e o meio ambiente. A empresa foi favorecida com a redução da falsificação de seus produtos, que poderia levar a processos movidos pelos seus consumidores; antecipou-se a lei de resíduos sólidos, evitando possíveis penalidades advindas da vigência da mesma. Os bares e casas noturnas reduziram a taxa paga para o recolhimento dos resíduos sólidos gerados e a cooperativa incrementou sua geração de receita devido aos aumentos do preço de venda e do volume de vidro triturado comercializado.

A reciclagem do vidro e de outros materiais coletados através do programa resulta em um benefício para toda a sociedade, levando em consideração que esses seriam enviados para aterros sanitários ou até mesmo descartados inadequadamente no meio ambiente.

Visando a perenidade e o bom funcionamento do programa Glass is Good, é recomendado que a empresa DIAGEO amplie a sua gama de parcerias a fim de captar recursos financeiros;

para isso é aconselhável que a mesma invista na conscientização dos seus parceiros a respeito da importância da sustentabilidade e, também, em ações publicitárias voltadas à adesão de novos bares e casas noturnas.

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O grupo também propõe que sejam realizados treinamentos sobre segurança no trabalho para os cooperados como forma de educá-los e evitar acidentes, pois durante a visita foi verificado que existe o fornecimento de equipamentos de segurança, porém o seu uso não é feito da forma adequada.

A entrega do vidro para a cooperativa deveria ocorrer de forma padronizada a fim de aperfeiçoar o processo de coleta: garrafas armazenadas em caixas de papelão, um determinado número de garrafas por saco de lixo, são exemplos de possíveis exigências que poderiam ser feitas aos parceiros.

Após a análise, verificou-se que a logística reversa é uma ferramenta que pode ser aplicada em qualquer organização que tenha uma preocupação com o desenvolvimento sustentável, e que tais empresas no Brasil deveriam utilizar modelos semelhantes ao estudado neste trabalho.

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