• Nenhum resultado encontrado

Dia de Mobilização de Advertência na DS BH

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Dia de Mobilização de Advertência na DS BH"

Copied!
6
0
0

Texto

(1)

Dia de Mobilização de Advertência na DS BH

Auditores-Fiscais se reúnem para discutir assédio moral no trabalho e o papel da Corregedoria da RFB no Aeroporto de Confins

Como atividade do Dia de Mobilização de Advertência nesta quarta-feira, 9 de maio, além de orientar aos Auditores-Fiscais a realização de operação padrão na zona primária, crédito zero na zona secundária, não realização de julgamentos, não emissão de pareceres, não acessamento de sistemas e não liberação de malha fiscal, a DS BH promoveu o seminário “A Segurança do Auditor-Fiscal no Trabalho Aduaneiro”, na Inspetoria da Receita Federal do Brasil no Aeroporto de Confins.

Foram parceiras da DS BH neste evento Aafit-MG (Associação dos auditores-Fiscais do Trabalho em Minas Gerais), Sindpf-MG (Sindicato dos Delegados de Polícia Federal em Minas Gerais), Anfip-MG (Associação dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil em Minas Gerais) e Unafisco-MG (União Nacional dos Auditores- Fiscais da Receita Federal do Brasil em Minas Gerais). Dentre os temas abordados estavam assédio moral e o Papel da Corregedoria como órgão da RFB. Na parte da manhã houve concentração dos Auditores-Fiscais nos locais de trabalho e, em seguida, as caravanas deslocaram-se para Confins.

(2)

O presidente da DS BH, Luiz Sérgio Fonseca Soares, iniciou o seminário explicando a necessidade de mobilização da categoria na luta por melhores condições de trabalho e por uma política salarial com vistas à reposição inflacionária e remuneração condizente com a função desempenhada pelos Auditores-Fiscais. Ele agradeceu a presença de todos os participantes do seminário e às entidades parceiras que contribuíram para a realização do evento. Após a abertura, passou à primeira palestra do seminário: “Assédio Moral no Trabalho”.

Assédio Moral no Trabalho: uma questão relacionada com a saúde do trabalhador

O tema foi assédio moral foi abordado pelo psicólogo e jornalista, Arthur Lobato, que iniciou sua intervenção explicando o conceito de assédio moral, suas consequências no ambiente de trabalho e como tal crime tem sido frequente nos dias atuais. Segundo Lobato, o conceito de assédio moral no trabalho pode ser resumido no conjunto de

(3)

práticas perversas, humilhantes, constrangedoras, exercidas de forma assimétrica, com intencionalidade de prejudicar um ou mais trabalhadores através de ações sistematizadas. O assediado se cala sobre as injustiças, adoece lentamente e sente- se impotente para reagir. Na relação de poder hierárquico que geralmente existe entre o assediado e o assediador, este ainda convive com a complacência da direção da empresa em coibir estes fatos. Os assediadores geralmente são pessoas que ocupam cargos de chefias, ou incentivados por chefias, já que o poder da chefia cria relações assimétricas nas relações de trabalho. Este tipo de assedio é vertical, há também o horizontal (entre colegas), e o mais raro, que é praticado por funcionários contra chefes.

No mundo globalizado, o assédio moral é conhecido como um “mal invisível” nas organizações, que causa impactos negativos sobre a saúde do trabalhador e traz prejuízos à própria instituição. Costuma ser sentido pelos trabalhadores por meio de cobranças excessivas de metas, humilhações, injustiças, violência moral, dentre outras práticas que ferem a sua autoestima e dignidade. As consequências, de acordo com o palestrante, podem chegar ao suicídio do trabalhador que se sente prejudicado e sem o apoio da instituição e até mesmo de seus próprios familiares.

Arthur Lobato explicou que a série de atos maliciosos diagnosticadas como assédio moral nas empresas privadas objetiva desmotivar e incapacitar o trabalhador justificando sua demissão por justa causa. Já no serviço público, essa prática difere- se, pois o objetivo é levar o servidor à incapacidade laboral, fazendo com que o mesmo fique isolado e necessite de licenças médicas. As vítimas de assédio moral, sejam em empresas públicas ou privadas, normalmente sofrem impactos traumáticos que as deixam fragilizadas e, a partir daí, desenvolvem problemas como síndrome do pânico, depressão, tristeza, desânimo, vontade de chorar frequente, uso de medicamentos antidepressivos, absenteísmo (falta constante no trabalho), presenteísmo (presença excessiva no trabalho por medo de perdê-lo), stress, insônia, ansiedade, esgotamento físico e psíquico, cansaço, queda da produtividade, falta de motivação, dentre outros. As vítimas, muitas vezes, também acabam desenvolvendo sede de vingança contra os assediadores.

Para o palestrante, a solução do problema originado pelo assédio moral está na mudança da cultura organizacional da empresa, que precisa ouvir mais os trabalhadores, tornar o ambiente produtivo e saudável e investir em formação de líderes, para que eles se tornem líderes éticos, mediadores e que saibam dirimir os conflitos existentes ao invés de provocá-los. No caso das entidades representativas de classe, o palestrante orientou o combate ao assédio moral através de criação de grupos de estudos, elaboração de cartilhas explicativas, canal de denúncia paritária e rodas de conversas com os filiados. Ainda de acordo com Lobato, nos casos de assédio moral no trabalho os trabalhadores devem criar alianças com colegas de trabalho, relatar diariamente os atos de violência, não se distanciar do grupo, não entrar em conflito com assediador, denunciar ao sindicato ou aos órgãos responsáveis como Corregedoria, Ministério Público e justiça Federal.

Ao final da palestra Arthur Lobato citou o Artigo 10 da Lei 116/2011, que dispõe sobre a prevenção e a punição do assédio moral da administração pública estadual, que diz:

“Os dirigentes dos órgãos e entidades da administração pública criarão, nos termos do

(4)

regulamento, comissões de conciliação, com representantes da administração e das entidades sindicais ou associativas representativas da categoria, para buscar soluções não contenciosas para os casos de assédio moral” e para concluiu sua intervenção afirmou: “A saúde e a dignidade humana estão garantidas na constituição, são direitos de cada um de nós. A pessoa que sofre o assédio fica desmotivada, passa a incorporar o discurso do agressor e acredita que realmente seja incompetente. Com isso, perde a capacidade produtiva, não consegue trabalhar e cai em depressão”.

Outras informações sobre assédio moral e saúde no trabalho podem ser encontradas nos sites www.assediomoral.org, www.jus.com.br ou no blog

assediomoralesaudenotrabalho.blogspot.com.

Corregedor da RFB participa de seminário em Confins

O papel da Corregedoria da Receita Federal do Brasil foi abordado no seminário “A segurança do Auditor-Fiscal do Trabalho Aduaneiro” pelo corregedor da RFB, Antônio Carlos Costa D’Ávila, que lembrou que a criação da Corregedoria foi uma reivindicação do próprio sindicato e fez uma explanação sobre a atuação e a atual estrutura organizacional do órgão. Criada em 1º de outubro de 1997, através do decreto 2.331/97, a Corregedoria é responsável pela fiscalização da ética na Receita Federal do Brasil. Como entidade pioneira na defesa da criação da Corregedoria da RFB, o antigo Unafisco Sindical sempre defendeu sua independência e autonomia, bem como que seja dado tratamento isonômico a todos os servidores do órgão, incluindo a cúpula da Superintendência da RFB, pois ninguém pode estar acima da lei.

(5)

D’Ávila iniciou a palestra agradecendo o convite da DS BH e a oportunidade de apresentar o trabalho da Corregedoria aos Auditores-Fiscais e demais servidores em Belo Horizonte. Em seguida, citou as boas práticas da Coger como medidas preventivas, dentre elas a realização de palestras a todos os servidores e administradores das regiões fiscais, o uso da intranet para divulgar a legislação básica e o manual disciplinar. Destacou também o acompanhamento da evolução patrimonial dos servidores, a partir do qual são levantados e apurados indícios de enriquecimento ilícito.

Em caso de denúncias contra servidores, o corregedor esclareceu que são feitas análises preliminares e investigações antes de ser instaurado um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) ou, mesmo, uma sindicância. Após a conclusão deste juízo de admissibilidade, quando são analisadas a prescrição e a existência de erro escusável, 75% das denúncias e representações recebidas são arquivadas. Tão somente nos casos em que é verificada a presença de irregularidade é que o PAD é instaurado e o servidor oficialmente investigado.

Indagado sobre a demora no julgamento de alguns processos, D’Ávila disse que a Coger tem a preocupação de concluir o inquérito no menor tempo possível, mas que isso nem sempre é viável, pois vários destes são objetos de verdadeiras chicanas jurídicas. Há grandes advogados especialistas em prorrogar investigações. Contudo, reconhece que é necessário agilidade na conclusão dos inquéritos. Informou, ainda, que muitas denúncias que chegam à Coger poderiam ter sido solucionadas pelo próprio gestor das unidades administrativas, o que evitaria a lentidão no julgamento dos demais processos. Segundo D’Ávila, a Coger instaura cerca 160 PAD por ano, conclui cerca de 115 e possui 300 processos instaurados atualmente.

(6)

Respondendo a questionamentos sobre o despreparo e truculência de membros de algumas comissões de inquérito, o corregedor destacou que o trabalho da Coger no julgamento desses processos é pautado pela legalidade e pela justiça. Atuam nas comissões de ética servidores de várias regiões fiscais capacitados para exercer tal função. Atualmente, o servidor investigado pode solicitar informações sobre o processo e sobre a investigação, antes mesmo da instauração do PAD. As informações também são fornecidas àquele que possui interesse jurídico no processo.

Aos denunciantes é fornecida apenas a decisão do processo.

No caso de processos em que o servidor seja considerado culpado, são adotadas medidas administrativas e, como sabido, penalidades que podem chegar à demissão do servidor. Todas as decisões em que a pena proposta pela respectiva comissão for da competência do Ministro da Fazenda são analisadas pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN) órgão de assessoria jurídica do Ministro.

A palestra sobre o papel da Corregedoria concluiu o seminário “A segurança do Auditor-Fiscal no Trabalho Aduaneiro”, atividade integrante do Dia de Mobilização de Advertência na DS BH, que reuniu cerca de 70 participantes, entre Auditores-Fiscais da RFB e Auditores-Fiscais do Trabalho.

Ao final da palestra o presidente da DS BH, Luiz Sérgio Fonseca Soares, agradeceu a presença do corregedor da RFB e dos demais participantes, destacando, mais uma vez, a necessidade da categoria mobilizada e engajada nas atividades da campanha salarial 2012.

Também esteve presente ao evento o delegado de Polícia Federal, José Otávio Cançado Monteiro, que representou o presidente do Sindpf-MG, delegado Rui Antonio da Silva.

Assessoria de Comunicação DS BH Sindifisco Nacional

Referências

Documentos relacionados

Este estudo tem o intuito de apresentar resultados de um inquérito epidemiológico sobre o traumatismo dento- alveolar em crianças e adolescentes de uma Organização Não

Os menores teores na terceira rotação podem indicar uma diminuição de K- trocável com as rotações de Pinus e, como os teores foram semelhantes entre as camadas do

Dessa maneira, é possível perceber que, apesar de esses poetas não terem se engajado tanto quanto outros na difusão das propostas modernistas, não eram passadistas. A

Houve associação significativa entre: levar trabalho para casa, roubo de objetos pessoais, intervenção da polícia, violência contra os funcionários e o sintoma vocal garganta

Neste estágio, assisti a diversas consultas de cariz mais subespecializado, como as que elenquei anteriormente, bem como Imunoalergologia e Pneumologia; frequentei o berçário

O objetivo desse estudo é realizar uma revisão sobre as estratégias fisioterapêuticas utilizadas no tratamento da lesão de LLA - labrum acetabular, relacionada à traumas

As rimas, aliterações e assonâncias associadas ao discurso indirecto livre, às frases curtas e simples, ao diálogo engastado na narração, às interjeições, às

Contemplando 6 estágios com índole profissionalizante, assentes num modelo de ensino tutelado, visando a aquisição progressiva de competências e autonomia no que concerne