• Nenhum resultado encontrado

CURSO INTENSIVO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA CIPAD

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "CURSO INTENSIVO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA CIPAD"

Copied!
72
0
0

Texto

(1)

CURSO INTENSIVO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA CIPAD

Dianair da Graça Salles Guimarães Maria de Lourdes Ramos de Albuquerque

Sandra Maria Freitas Ongaratto

A ATUAÇÃO DAS ESCOLAS DE CONTAS NO APERFEIÇOAMENTO DA GESTÃO PÚBLICA: ESTUDO DE CASO DA ESCOLA DE CONTAS E GESTÃO DO

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

(2)

A ATUAÇÃO DAS ESCOLAS DE CONTAS NO APERFEIÇOAMENTO DA GESTÃO PÚBLICA: ESTUDO DE CASO DA ESCOLA DE CONTAS E GESTÃO DO

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Por

Dianair da Graça Salles Guimarães Maria de Lourdes Ramos de Albuquerque

Sandra Maria Freitas Ongaratto

Trabalho de Conclusão do Curso Intensivo de Pós-Graduação em Administração Pública da Fundação Getúlio Vargas.

(3)

FICHA CATALOGRÁFICA

G963 Guimarães, Dianair da Graça Salles

A atuação das escolas de contas no aperfeiçoamento da gestão pública: estudo de caso da Escola de Contas e Gestão do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro / Dianair da Graça Salles Guimarães, Maria de Lourdes Ramos de Albuquerque e Sandra Maria Freitas Ongaratto. Rio de Janeiro, 2007.

70 f.

Bibliografia: f.67-70

Orientador: Vera Lúcia de Almeida Corrêa.

Trabalho de conclusão de Curso. Curso Intensivo de Pós-Graduação em Administração Pública. Fundação Getúlio Vargas. Rio de Janeiro, 2007.

1. Escola de contas – Rio de Janeiro (Estado). 2. Educação corporativa – Rio de Janeiro (Estado). I. Albuquerque, Maria de Lourdes Ramos de, co-autor. II. Ongaratto, Sandra Maria Freitas, co-autor. III. Corrêa, Vera Lúcia de Almeida, orient. IV. Título.

(4)

FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS PROGRAMA FGV MANAGEMENT

Curso intensivo de Pós-Graduação em Administração Pública

O Trabalho de Conclusão de Curso A Atuação das Escolas de Contas no

Aperfeiçoamento da Gestão Pública: Estudo de Caso da Escola de Contas e Gestão do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro elaborado por Dianair da Graça Salles

Guimarães, Maria de Lourdes Ramos de Albuquerque e Sandra Maria Freitas Ongaratto e aprovado pela Coordenação Acadêmica do Curso Intensivo de Pós-Graduação em Administração Pública foi aceito como requisito parcial para a obtenção do certificado do curso de pós-graduação, do Programa FGV Management.

Rio de Janeiro, de de 2007.

_________________________________________ Prof. Armando dos Santos Cunha

(5)

DECLARAÇÃO

A Escola de Contas e Gestão do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, representada neste documento pelo Sr. José Augusto Assumpção Brito, Diretor-Geral, autoriza a divulgação de informações e dados coletados em sua organização, na elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso, intitulado A Atuação das Escolas de Contas no

Aperfeiçoamento da Gestão Pública: Estudo de Caso da Escola de Contas e Gestão do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, realizado pelos alunos Dianair da Graça

Salles Guimarães, Maria de Lourdes Ramos de Albuquerque e Sandra Maria Freitas Ongaratto, do Curso Intensivo de Pós-Graduação em Administração Pública, do Programa FGV Management, com objetivos de publicação e/ou divulgação em veículos acadêmicos.

Rio de Janeiro, de de 2007.

Diretor-Geral

(6)

TERMO DE AUTENTICIDADE

Os alunos Dianair da Graça Salles Guimarães, Maria de Lourdes Ramos de Albuquerque e Sandra Maria Freitas Ongaratto, abaixo-assinados, do Curso Intensivo de Pós-Graduação em Administração Pública, do Programa FGV Management, realizado no período de 09 de setembro de 2005 a 31 de março de 2007, declaram que o conteúdo do trabalho de conclusão de curso intitulado: A Atuação das Escolas de Contas no Aperfeiçoamento da Gestão

Pública: Estudo de Caso da Escola de Contas e Gestão do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro é autêntico, original, e de sua autoria exclusiva.

Rio de Janeiro, 28 de junho de 2007.

Dianair da Graça Salles Guimarães

Maria de Lourdes Ramos de Albuquerque

(7)
(8)

AGRADECIMENTOS

Nossos agradecimentos ao Conselheiro José Gomes Graciosa, por ocasião da implantação da Escola de Contas e Gestão do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, sem a qual não teríamos a oportunidade de vivenciar este momento.

(9)

SUMÁRIO

Introdução ...9

O problema ...10

Relevância do estudo ...10

Objetivo ...11

1 Histórico das origens das Escolas de Contas no Brasil ...13

1.1 Cenário Político – Escolas de Governo – Escolas de Contas ...13

2 Escolas de Contas existentes no Brasil, no âmbito dos Tribunais de Contas de Estados e da União ...18

2.1 Levantamento ...18

3 Escola de Contas e Gestão do TCE/RJ ...30

3.1 Histórico ...30

3.2 Visão, missão e objetivos ...31

3.2.1 Universidade corporativa – educação corporativa ...32

3.3 Estrutura organizacional ...39

3.4 Atividades acadêmicas da ECG do TCE/RJ ...42

3.4.1 Palestras e Seminários ...43

3.4.2 Cursos de curta duração ...43

3.4.3 Cursos de educação à distância ...43

3.4.4 Cursos de aperfeiçoamento ...44

3.4.5 Cursos especiais ...44

3.4.6 Cursos de pós-graduação stricto sensu ...45

3.4.7 Cursos de pós-graduação lato sensu ...45

3.4.8 Pesquisas e publicações ...45

3.4.9 Encontros técnicos ...46

3.4.9.1. Gestão do conhecimento ...47

3.4.10 Programas de capacitação ...49

3.5 Do levantamento das expectativas e necessidades de formação e capacitação ...54

3.6 Público-alvo ...55

3.7 Corpo docente ...56

3.8 Parcerias institucionais ...57

3.9 Instalações físicas ...58

(10)

3.11 Rendimentos e Regime Financeiro ...59

4 Metodologia ...60

4.1 Tipo de pesquisa ...60

4.2 Coleta e tratamento de dados ...60

4.3 Limitação do método ...61

Conclusão ...62

(11)

INTRODUÇÃO

Com o advento da Constituição de 1988, os Tribunais de Contas, órgãos que exercem o controle externo da administração pública, tiveram suas jurisdições e competências ampliadas. Receberam poderes, no auxilio ao Congresso Nacional ou Assembléias Legislativas – no âmbito estadual – para exercerem a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União/Estados e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, à legitimidade, a economicidade, e a fiscalização da aplicação das subvenções e da renúncia de receitas.

Segundo a Carta Magna, qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União/Estados responda, ou que, em nome destes, assumam obrigações de natureza pecuniária tem o dever de prestar contas aos Tribunais de Contas sob sua jurisdição.

Compete, ainda, aos Tribunais de Contas verificar o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal, que está erigida sobre alguns pilares, dentre os quais o da transparência. Este princípio deve ser entendido não só como disponibilização de informações, mas, sobretudo, pela compreensão dos dados divulgados por parte do cidadão. O princípio da transparência consiste em permitir e estimular o exercício do controle social, sendo esta a mais eficaz das formas de controle da gestão pública.

Dentro deste contexto, verifica-se a importância do papel dos Tribunais de Contas, como agências de accountability, ou seja, a combinação da atitude de prestar contas e ser responsável pelo que está fazendo, incumbido de supervisionar, controlar, aplicar sanções e, sobretudo, ser um grande provedor de informações sobre a gestão pública, numa linguagem acessível ao cidadão, contribuindo para a garantia do princípio da transparência.

(12)

Neste contexto, buscando maior racionalidade, eficiência e eficácia, a administração pública entendeu que a melhor profissionalização de seus técnicos resultará, em última análise, num aumento da capacidade administrativa.

Dessa forma, foram criados mecanismos institucionais de formação e aperfeiçoamento de servidores, para suprir a falta de qualificação dos recursos humanos do setor público.

Assim, as instituições públicas precisam capacitar os seus servidores no sentido de estimular o seu pensamento crítico e favorecer a formação de uma nova mentalidade e modo de pensar a fim de que contribuam com o aumento da capacidade de resoluções de problemas públicos.

Neste sentido, uma das estratégias utilizada pelos Tribunais de Contas são os programas de investimento na educação profissional.

Revela-se imperioso que, numa visão moderna, os Tribunais de Contas tenham uma função pedagógica, aperfeiçoada através da criação das Escolas de Contas. Estas Escolas objetivam capacitar e formar os agentes que atuam na esfera pública, na busca da eficácia e da efetividade do gasto público, visando ao atendimento das necessidades sociais, além de prover o cidadão de informações sobre a gestão pública, numa linguagem de fácil compreensão, a fim de que sirvam de parâmetro às suas decisões na hora da escolha dos governantes, e no exercício da cidadania participativa.

Neste contexto, o presente trabalho utilizará como referencial de análise a Escola de Contas e Gestão do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro – ECG-TCE/RJ.

O Problema

Como desafio encontramos a seguinte questão: Como podem as Escolas de Contas contribuir para o aperfeiçoamento da Gestão Pública?

Relevância do estudo

(13)

constatou-se a necessidade de capacitar servidores e gestores públicos para uma ação mais eficiente e efetiva no atendimento das necessidades sociais e da própria legislação.

A busca para suprir ou atenuar a fragilidade da formação dos gestores públicos, aliada a um contínuo aperfeiçoamento do corpo técnico torna imprescindível a criação das Escolas de Contas pelos Tribunais de Contas.

A criação das Escolas de Contas visa investir na atuação pedagógica como forma de fiscalização preventiva por parte dos Tribunais.

Mister se faz para o entendimento deste estudo, tecer um breve histórico do surgimento das Escolas de Contas no Brasil e fazer o levantamento das Escolas de Contas junto aos Tribunais Estaduais e dos Institutos afins, no propósito de expor seus objetivos e apresentar o seu público-alvo. Finalmente, conhecer a ECG-TCE/RJ, núcleo desse estudo, com a finalidade de mapear as ações desenvolvidas ao longo de seus quase dois anos de existência e, buscar, num referencial de excelência, práticas em comum, que nos indiquem de forma tanto quantitativa quanto qualitativa, que a ECG-TCE/RJ pode ser vista como instrumento para o aperfeiçoamento da Gestão Pública.

Objetivo

O objetivo do presente trabalho é verificar a existência ou não de indicadores na Escola de Contas e Gestão do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro – ECG-TCE/RJ que possam contribuir para o aperfeiçoamento da Gestão Pública. Tendo sido estruturado na seguinte seqüência:

Introdução – apresentação do contexto em que o estudo se originou, o problema da pesquisa, a relevância do estudo e seu objetivo.

Capítulo I – discorre sobre o surgimento das Escolas de Contas no Brasil, com um breve histórico da origem dessas instituições, fundadas nos moldes de uma Escola de Governo.

Capítulo II – trata do levantamento de todas as Escolas de Contas e institutos afins existentes no Brasil.

(14)

indicadores quantitativos que medem os resultados obtidos pela Escola desde a época de sua criação.

Capítulo IV – apresenta a metodologia adotada para o desenvolvimento do presente trabalho.

(15)

1 HISTÓRICO DA ORIGEM DAS ESCOLAS DE CONTAS

1.1 Cenário Político – Escolas de Governo – Escolas de Contas

Na década de 80, foram definidas pelos países mais ricos as políticas macroeconômicas neoliberais, com base na desestatização e regulação dos serviços públicos, no sentido de assegurar o retorno dos investimentos realizados nos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento, de modo a facilitar o acesso a estes mercados. Neste sentido, os países periféricos redefiniram suas estruturas de governo e políticas públicas, o que acarretou a diminuição das funções do Estado, cabendo-lhe o papel de regulador dos serviços públicos.

No caso brasileiro, este processo instaurou-se em 1985, no governo Sarney, com a proposta de uma reforma administrativa, da chamada Nova República, na tentativa de atender às demandas por reestruturação do Estado. Essa proposta delineou diretrizes básicas, como a racionalização e contenção de gastos públicos, a formulação de novas políticas de recursos humanos e a racionalização da estrutura da administração federal.

Potencializado mais tarde no Governo Collor (1990/1992), este processo levou à mutilação do aparelho burocrático, com grande números de demissões, dispensas e concessões de aposentadoria. Culminado no Plano Estratégico de Reforma do Estado pelo Governo Fernando Henrique Cardoso, no seu primeiro mandato.

O Plano Estratégico de Reforma do Estado, elaborado pelo Governo Fernando Henrique Cardoso, foi motivado pelo esgotamento do modelo desenvolvimentista, no qual o Estado desviou-se de suas funções básicas para ampliar sua presença no setor produtivo, e ainda, no desafio de ser um governo mais ágil, flexível e menos hierarquizado, para responder com presteza e efetividade às demandas sociais.

(16)

denominada gerencial. O Estado passa a ser o promotor e regulador de desenvolvimento econômico e social e não mais o responsável direto por este desenvolvimento.

O Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado tinha os seguintes princípios norteadores:

• focalização da ação do Estado no cidadão;

• reorientação dos mecanismos de controle para os resultados – administração gerencial;

• flexibilidade administrativa;

• controle social e,

• valorização do servidor público, entendida como âncora do processo de construção coletiva do novo paradigma orientado para o cidadão e realizado pelo conjunto de servidores de forma participativa.

Para que o Estado pudesse desempenhar suas novas funções, foi considerado imprescindível que os servidores públicos passassem a ter uma nova visão de seu papel.

Para atender aos objetivos preconizados pelo Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, foi reativada, em 1995, a carreira de Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental - EPPGG, com a finalidade de recrutar novos servidores para equipar a gestão pública no exercício das novas funções gerenciais.

Na visão do então Ministro Luiz Carlos Bresser Pereira, do Ministério da Administração Federal e da Reforma do Estado – MARE (1998 apud CRUZ, 2003, p. 6), o núcleo estratégico atuaria essencialmente no planejamento, formulação e avaliação das políticas públicas. A nova política de recursos humanos deveria buscar a recuperação da autonomia da gestão e a valorização das funções gerenciais, por meio da consolidação das carreiras de administradores públicos.

A proposta da carreira EPPGG foi justamente uma tentativa de estabelecer critérios claros para o acesso à alta função pública, procurando dotá-la de pessoal qualificado e competente. E foi por isso que essa carreira ficou vinculada à criação de uma escola de governo.

(17)

A pesquisa, desenvolvida pelo então Embaixador Sérgio Rouanet recolheu experiências já desenvolvidas no Brasil na área de treinamento e formação de administradores públicos, bem como experiências e modelos de Escolas de Governo e Administração Pública em outros países e, propôs como modelo à ‘École Nactionale d’Administration – ENA’, da França. (ZOUAIN, 2003).

No Brasil, a Escola Nacional de Administração Pública – ENAP, primeira Escola de Governo no país, foi criada em 1986, no Governo José Sarney, inspirada no modelo francês, com o objetivo de formar altos funcionários públicos.

A primeira Escola de Governo no Brasil tinha como condicionante para realização de sua missão, o processo de estruturação do Estado e de seu sistema administrativo, na perspectiva da constituição de carreiras estruturadas, voltadas para a alta direção do serviço público.

Entre 1995 e 1998, a ENAP, vinculada ao MARE, difundiu as propostas da reforma do aparelho de Estado, por meio da dinamização das atividades de educação continuada, para vários segmentos de servidores e gerentes operacionais e intermediários.

A partir de 1998, um novo direcionamento estratégico foi estabelecido para a ENAP, a Escola assumiu o desafio de se tornar um centro de excelência para o desenvolvimento de executivos da Administração Pública Federal, passando a priorizar suas atividades junto aos dirigentes, gerentes estratégicos, gerentes intermediários e gerentes operacionais.

Com a extinção do MARE no segundo Governo Fernando Henrique Cardoso, a ENAP ficou vinculada ao Ministério do Planejamento.

Além da ENAP, outras instituições de ensino se evidenciaram no sentido da formação dos gestores públicos, quais sejam:

• EBAPE/FGV – Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da Fundação Getúlio Vargas;

• FESP/RJ – Fundação Escola de Serviço Público do Estado do Rio de Janeiro – Escola de Governo em nível estadual e,

• EGAP – Escola de Governo da Administração Pública – unidade da FUNDAP/SP – Fundação do Desenvolvimento Administrativo.

(18)

Essa lógica do novo gerencialismo obrigou corporações e governos a mergulharem num período de racionalização e reestruturação, e mais, obrigou-os a buscar na mudança tecnológica e organizacional uma saída para a crise.

Como resposta à necessidade da inovação gerencial ao exercício constitucional do controle externo, muitos dos Tribunais de Contas têm criado escolas de contas, como estratégia na busca da eficiência e da qualidade do aperfeiçoamento da gestão pública.

As escolas de contas, fundadas nos moldes de uma escola de governo, surgiram, inicialmente, pela necessidade de formação dos quadros dos próprios Tribunais e dos seus jurisdicionados. No entanto, diante da constatação de que o controle é maximizado com a incorporação do cidadão às atividades de fiscalização e monitoramento, surgiram algumas experiências, com êxito, de capacitação dos cidadãos, como o programa da Escola de Contas Públicas Professor Barreto Guimarães, do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco, denominado “Democratizando o Conhecimento sobre Contas Públicas”.

A busca para suprir ou atenuar a fragilidade da formação dos gestores públicos aliada a um contínuo aperfeiçoamento do corpo técnico torna imprescindível à criação das Escolas de Contas pelos Tribunais de Contas.

Outro fator que também contribuiu para a criação das Escolas de Contas, principalmente a da região norte e nordeste, foi o Programa de Modernização do Sistema de Controle Externo dos Estados e Municípios Brasileiros – PROMOEX, (BRASIL, 2002).

O PROMOEX é um Programa de Modernização do Controle Externo dos Estados e Municípios, do Ministério do Planejamento, apoiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) que surgiu motivado por ampla pesquisa científica realizada pela Fundação Instituto de Administração, instituição conveniada à Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (USP), sobre a situação dos Tribunais de Contas de todo o país.

Tal programa tem por objetivo o fortalecimento do sistema de controle externo como instrumento de cidadania e de efetiva transparência e regular gestão dos recursos públicos. Sua meta é a melhoria, ao final da execução do projeto, da percepção das instituições e grupos sociais relevantes, sobre a contribuição dos Tribunais de Contas.

São objetivos e metas específicas do PROMOEX:

• Fortalecimento e integração dos Tribunais de Contas no âmbito nacional;

• Desenvolvimento de vínculos interinstitucionais entre os Tribunais de Contas;

(19)

• Desenvolvimento de políticas e gestão de soluções compartilhadas;

• Modernização dos Tribunais de Contas dos Estados e Municípios;

• Desenvolvimento de vínculos interinstitucionais com outros Poderes e instituições dos três níveis de governo e com a sociedade;

• Integração dos Tribunais de Contas no ciclo de gestão governamental;

• Redesenho dos métodos, técnicas e procedimentos de Controle Externo;

• Planejamento estratégico e aprimoramento gerencial;

• Desenvolvimento da política e da gestão da tecnologia de informação;

• Adequação da política e gestão de pessoal.

Os Tribunais de Contas do Brasil que aderiram ao programa de modernização tiveram que elaborar Planos Estratégicos, fixando metas para o aprimoramento e aperfeiçoamento de suas ações. Uma dessas metas era a capacitação, treinamento, formação e aperfeiçoamento de seus funcionários. Isso fez com que alguns Tribunais viabilizassem a criação de suas Escolas de Contas.

Portanto, as Escolas de Contas nasceram precipuamente para atender a carência existente nos quadros dos Tribunais de Contas, de profissionais qualificados, capazes de atender as novas atribuições que lhes estavam sendo imputadas.

(20)

2 ESCOLAS DE CONTAS EXISTENTES NO BRASIL, NO ÂMBITO DOS TRIBUNAIS DE CONTAS DE ESTADOS E DA UNIÃO

2.1 Levantamento

A primeira Escola de Governo, no âmbito dos Tribunais de Contas foi criada pelo TCU em 1992. No caso dos Tribunais de Estados, a primeira foi a do TCE de Minas Gerais, em 1996 e, a segunda, a do TCE de Pernambuco, em 1998.

Atualmente existem 19 (dezenove) Escolas de Contas no Brasil, com diferentes denominações, estruturas organizacionais e linha de atuação, mas, via de regra, que têm em comum o fato de desenvolverem e disponibilizarem uma gama de cursos técnicos, administrativos e gerenciais, em diversos níveis para múltiplas e diferenciadas áreas e públicos-alvo.

Com a finalidade de alcançar o objetivo proposto neste capítulo, pontuamos que das 19 (dezenove) Escolas de Contas existentes, duas ficaram prejudicadas quanto à coleta de dados, devido à inacessibilidade destes, são elas: Escola Superior de Contas “Conselheiro Oscar da Costa Ribeiro” do Tribunal de Contas do Estado do Mato Grosso – SECOM/MT e Escola de Contas Públicas do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo.

Em referência às demais Escolas de Contas relacionamos, abaixo, suas regulamentações, objetivos e seus diferentes públicos-alvo.

Escola de Contas e Gestão do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro – ECG/TCE-RJ

(21)

4.577, de 12 de julho de 2005, que transformou o Instituto Serzedello Corrêa – ISE na Escola de Contas e Gestão do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro e aprovou seu Regimento Interno em 1º de agosto de 1990, nos termos do art. 102 da Lei Complementar nº 63, de 1º de agosto de 1990.

• Objetivos: Dentre os principais objetivos da Escola, além da geração e disseminação do conhecimento, destacam-se a formação, o aperfeiçoamento e a especialização dos quadros da Administração Pública, a atualização e o ensino de novas tecnologias que contribuam para a excelência no exercício da atividade-fim do TCE-RJ e o incentivo à produção científica em matérias de interesse da Administração Pública.

• Público-alvo: Servidores do TCE-RJ, dos órgãos e entidades jurisdicionadas e, quando autorizados pelo Presidente, servidores de órgãos e entidades não-jurisdicionadas.

Escola de Contas Públicas Professor Barreto Guimarães do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco – ECP/TCE-PE

• Regulamentação: Órgão vinculado à Presidência do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco, criado pela Lei nº 11.566, de 26 de agosto de 1998.

• Objetivos:

1. Promover permanentemente a capacitação e o desenvolvimento profissional dos membros e servidores do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco, de órgãos jurisdicionados, de entidades públicas e privadas de Estados e Municípios, ou de qualquer pessoa interessada em conhecer ou se preparar para o ingresso no serviço público;

2. Criar no setor público o sentimento de comprometimento com a qualidade e a eficiência, motivando o servidor para melhor atender às exigências da sociedade globalizada atual;

3. Fortalecer a Administração Pública, de um modo geral, mediante a execução de projetos que reflitam as transformações sociais;

(22)

• Público-alvo: Servidores do TCE-PE e das três esferas de poder, jurisdicionados, entidades privadas de estados e municípios e a experiência inovadora de incorporar o cidadão às atividades de fiscalização e monitoramento da Gestão Pública.

Escola de Gestão e Controle Francisco Juruena do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul

• Regulamentação: Criada pela Lei Estadual nº 11.935, de 24 de junho de 2003, que alterou a Lei Orgânica do Tribunal, instituindo a Escola junto ao Tribunal de Contas do Estado.

• Objetivos: Capacitação, treinamento e especialização dos servidores do seu quadro e das demais instituições públicas ou privadas.

• Público-alvo: Servidores do TCE-RS, agentes municipais, servidores da estrutura administrativa do Executivo Estadual e dos demais poderes.

Escola de Contas e Capacitação Prof. Pedro Aleixo do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais

• Regulamentação: Criada pela Resolução nº03/96 de 13 de março de 1996.

• Objetivos:

1. Promover a capacitação técnica dos servidores do TCE-MG, especialmente daqueles que exerçam atribuições de Controle Externo; 2. Promover a participação nas suas atividades, dos agentes públicos

integrantes dos órgãos e entidades sujeitos à fiscalização do Tribunal, visando a dar conhecimento das atribuições e decisões da Corte de Contas.

• Público-alvo: Servidores do TCE-MG e entes jurisdicionados.

(23)

• Regulamentação: As ações voltadas à pesquisa e capacitação no âmbito do Tribunal de Contas do Estado do Piauí devem pautar-se pelos princípios e diretrizes contidos na Resolução nº 360/02, de 14 de março de 2002.

A natureza e os fins do Centro de Estudos, Pesquisas e Capacitação – CEPEC estão descritos no art. 1º da Resolução nº 1.841/2000.

• Objetivo: Promover a pesquisa e a capacitação como estratégia para o efetivo cumprimento da missão institucional do Tribunal de Contas do Estado do Piauí.

• Público-alvo: Servidores do TCE-PI, jurisdicionados, servidores de Tribunais de Contas conveniados.

Obs: As pesquisas serão desenvolvidas por técnicos vinculados ou não ao Tribunal de Contas, após aprovação pelo CEPEC.

Escola Superior de Controle Externo do Tribunal de Contas do Estado do Mato Grosso do Sul – ESCOEX

• Regulamentação: Lei Estadual nº 3.048, 12 de julho de 2005.

• Objetivos:

1. Promover a capacitação e o desenvolvimento profissional de servidores públicos, integrantes do TCE-MS, bem como, de suas unidades jurisdicionadas, compreendendo, em especial, programas de formação, aperfeiçoamento e de especialização, realizados no país e no exterior; 2. Promover ciclos de conferências, simpósios, seminários, palestras e

outros eventos assemelhados;

3. Desenvolver atividades de pesquisa, estudos e cursos de extensão; 4. Promover ainda cursos de especialização, em nível de pós-graduação

(lato sensu), mediante convênio celebrado com instituição de ensino superior.

• Público-alvo: Servidores públicos do TCE-MS, bem como, os servidores públicos jurisdicionados.

(24)

• Regulamentação: Lei Estadual nº 202, de 15 de dezembro de 2000, regulamentado pela Resolução nº TC –07/2001.

• Objetivos:

1. Planejar, realizar e coordenar, cursos de formação profissional, treinamento, atualização e pós-graduação de servidores públicos do Estado de Santa Catarina, em especial dos servidores do TCE-SC; 2. Planejar, realizar e coordenar, atividades de pesquisa, seminários, ciclos

de debate, estudos e palestras, com o intuito de disseminar e criar novas técnicas de manejo e controle da coisa pública;

3. Fomentar, coordenar, acompanhar e avaliar a participação de servidores do Tribunal em eventos de capacitação e aperfeiçoamento promovidos pelo Instituto ou por outras instituições;

4. Implantar bancos de dados sobre informações encaminhadas ao Tribunal pelos diversos níveis da Administração Pública, no que diz respeito à gestão de recursos públicos;

5. Confeccionar indicadores e periódicos sobre processo de gestão implementado nos diversos níveis da Administração Pública, visando a orientar os administradores quando da aplicação dos recursos administrativos financeiros, técnicos e humanos, para garantir a eficiência, a eficácia, a efetividade e a equidade das políticas públicas; 6. Colaborar com a formação do acervo bibliográfico do Tribunal;

7. Identificar bibliografia de apoio às atribuições do Tribunal.

• Público-alvo: Servidores públicos do Estado, em especial, dos servidores do TCE-SC.

Instituto de Estudos e Pesquisas/Escola de Contas do Maranhão

• Regulamentação: Previsto na Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Maranhão nº 8.258, de 06 de junho de 2005.

• Objetivos:

(25)

2. Planejar e controlar simpósios, seminários, trabalhos e pesquisas sobre questões relacionadas com as técnicas de controle externo da Administração Pública;

3. Organizar e manter biblioteca e centro de documentação sobre doutrina, legislação, jurisprudência e técnicas pertinentes ao controle externo; 4. Fomentar a publicação e a divulgação de obras e trabalhos técnicos,

relacionados ao controle esterno da Administração Pública;

5. Implementar as políticas, diretrizes e planos de ação do Instituto de estudos e Pesquisas, ao qual está vinculada.

• Público-alvo: Conselheiros, auditores, membros do Ministério Público e servidores do quadro de pessoal do TCE-MA.

Escola de Contas Públicas do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo – ECP – TCE-SP

• Regulamentação: Instituída em 22/12/2004, através da Resolução nº 11/2004, mas só em sessão plenária de 22/03/2006 iniciou-se efetivamente à implantação da Escola de Contas.

• Objetivos:

1. Promover treinamento, capacitação e aperfeiçoamento dos servidores de seu quadro, bem como dos gestores e operadores da administração pública;

2. Realizar conferências, seminários, palestras e outros eventos assemelhados;

3. Desenvolver atividades de pesquisas, estudos e cursos de extensão; 4. Promover cursos de especialização, em nível de pós-graduação lato

sensu.

• Público-alvo: Servidores do TCE-SP (público interno) e servidores dos órgãos jurisdicionados.

(26)

• Regulamentação: O Instituto foi criado pela Lei 1284, de 17 de dezembro de 2001. Inicialmente sua denominação era Instituto de Contas Siqueira Campos. Em 29 de junto de 2005, passou a se chamar Instituto de Contas 5 de Outubro, com o advento da Resolução Administrativa nº 003/2005.

• Objetivos:

1. Organização e administração do curso de treinamento e de aperfeiçoamento para servidores do quadro de pessoal e demais jurisdicionados;

2. Promoção e organização de seminários, trabalhos e pesquisas sobre questões relacionadas com as técnicas de controle da Administração Pública;

3. Organização e administração de biblioteca e centro de documentação nacional e internacional sobre doutrina, técnicas e legislação pertinentes ao controle e questões correlatas;

4. Desenvolver pesquisas e promover cursos de pós-graduação lato sensu, mediante convênios celebrados com instituições de ensino superior credenciadas pelo Conselho Nacional de Educação e demais organismos fomentados do ensino e da pesquisa, destinados aos servidores do Tribunal e na medida das possibilidades, aos demais servidores públicos estaduais e municipais.

• Público-alvo: Servidores do Tribunal de Contas do Estado do Tocantins e jurisdicionados.

Instituto Paulo Pinto Nery do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas – IPPN

• Regulamentação: Previsto na Resolução nº 04 de 23 de maio de 2002, que trata do Regimento Interno do TCE-AM , no inciso IV do art. 41, combinado com o art. 44 da Resolução TCE-AM nº 04 de 23/05/2002.

• Objetivos:

(27)

2. Organização e administração de cursos, treinamentos e aperfeiçoamento para os servidores do Tribunal;

3. Promoção e organização de simpósios, seminários, trabalhos e pesquisas sobre questões relacionadas à atividade do Tribunal;

4. Edição e publicação do boletim interno, da Revista do Tribunal de Contas e do Ministério Público e de outros textos de interesse do Órgão, observadas as diretrizes fixadas pela Comissão da Revista;

• Público-alvo: Servidores do TCE-AM.

Escola de Contas Alcides Dutra de Lima do Tribunal de Contas do Acre

• Regulamentação: Criada através da Resolução TCE-Acre nº 051, de 19 de fevereiro de 2004.

• Objetivos:

1. Promover a capacitação e o desenvolvimento profissional dos membros e servidores do Tribunal de Contas, compreendendo, em especial, programas de formação, aperfeiçoamento e de especialização, realizado no país;

2. Ministrar cursos de formação e de aperfeiçoamento profissional, com atividades de treinamento e desenvolvimento técnico nas áreas de atuação do Tribunal de Contas, promovendo e organizando ciclos de conferências, simpósios, seminários, palestras e outros assemelhados.

• Público-alvo: Membros e servidores do Tribunal de Contas do Estado do Acre.

Instituto de Pesquisa Conselheiro José Renato da Frota Uchoa do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia

• Regulamentação: Lei Complementar nº 194, de 10 de dezembro de 1997. O Instituto é subordinado diretamente à Presidência do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia.

(28)

1. Organização e administração de cursos de treinamento e de aperfeiçoamento para servidores do quadro de pessoal do TCE-RO e da Administração Pública Estadual e Municipal, mediante convênio; 2. Promoção e organização de simpósios, seminários, trabalhos e

pesquisas sobre questões relacionadas com as técnicas de controle da Administração Pública;

3. Elaboração de normas de procedimentos relativa ao funcionamento da biblioteca e de centro de documentação sobre doutrina, técnica e legislação pertinentes ao controle externo e questões correlatas;

4. Elaboração de súmulas, como síntese de jurisprudência interativa do Tribunal de Contas;

5. Supervisão das publicações editadas pela Assessoria de Comunicação Social do Tribunal;

6. Outras atribuições de interesse do Tribunal, a critério da Presidência.

• Público-alvo: Servidores do quadro de pessoal do TCE-RO e da Administração Pública Estadual e Municipal.

Escola de Contas Conselheiro Octacílio Silveira do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba – ECOSIL

• Regulamentação: Órgão do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba criada em maio de 2001, com regulamentação prevista no Regimento interno do TCE-PB.

• Objetivo: Propiciar a especialização, aperfeiçoamento e treinamento dos servidores do TCE-PB.

• Público-alvo: Servidores do TCE-PB e demais servidores públicos (estaduais, municipais e federais), desde que existam vagas não preenchidas por servidores do Tribunal da Paraíba.

(29)

• Regulamentação: Através da Resolução nº 200, de 11 de dezembro de 2002, durante gestão do Conselheiro Carlos Alberto Sobral de Souza, foi criada a Escola de Contas do TCE/SE, entretanto, sua implementação ocorreu a partir de agosto de 2004, com a entrada em vigor da Resolução 227, de 12 de agosto de 2004, que a denominou ECOJAN – Escola de Contas Conselheiro José Amado Nascimento.

• Objetivos:

1. Promover a capacitação e o desenvolvimento profissional dos membros e servidores do TCE-SE e dos órgãos jurisdicionados, compreendendo, em especial, programas de formação, aperfeiçoamento e especialização, realizados no país;

2. Ministrar cursos de formação e de aperfeiçoamento profissional, com atividade de treinamento e desenvolvimento técnico nas áreas de atuação do TCE-SE;

3. Promover o organizar ciclos de conferências, simpósios, seminários, palestras e outros eventos assemelhados;

4. Desenvolver atividades de pesquisa, estudos e cursos de extensão; 5. Promover cursos de especialização em nível de pós-graduação lato

sensu, mediante convênio celebrado com instituições de ensino

superior.

• Público-alvo: Servidores do TCE-SE e dos órgãos jurisdicionados.

Escola de Contas “Severino Lopes de Oliveira” do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte

• Regulamentação: A Lei Complementar nº 258, de 2 de dezembro de 2003, que altera dispositivo da Lei Orgânica do TCE-RN, criou no âmbito da Secretaria Geral do Tribunal de Contas do RN uma Escola de Contas. Pela Resolução nº 006/2004 – TCE-RN, de 12 de fevereiro de 2004, denominou-se Escola de Contas Severino Lopes de Oliveira. E, finalmente, através da Resolução nº 008 de 2004, de 26 de fevereiro de 2004, foi aprovado o seu Regimento Interno.

(30)

1. Promoção de estudos e pesquisas relacionadas com as técnicas de controle da administração pública;

2. Planejamento e execução de ações que objetivem a capacitação e aperfeiçoamento dos servidores do quadro geral de pessoal do Tribunal de Contas do Estado;

3. Realização de treinamento de gestores e técnicos pertencentes aos órgãos jurisdicionados.

• Público-alvo: Servidores do TCE-RN, gestores técnicos e servidores de órgãos jurisdicionados.

Instituto Serzedello Corrêa do Tribunal de Contas da União – ISC

• Regulamentação: Subordinado diretamente à Presidência do TCU. A própria Lei Orgânica do TCU menciona o ISC – Lei 8443/92 – Art. 88. Regulamentado através da Resolução 140/2006, revogada pela Resolução 199 de 28 de dezembro de 2006.

• Objetivos:

1. Promover o desenvolvimento de competências profissionais e organizacionais e a educação continuada de servidores e colaboradores do Tribunal de Contas da União;

2. Participar, sob a coordenação da Secretaria de Gestão de Pessoas, da proposição e definição de políticas de gestão de pessoas;

3. Planejar, acompanhar e avaliar o modelo de gestão de pessoas por competências do TCU;

4. Promover a seleção, a formação e a integração de novos servidores; 5. Promover ações educativas voltadas ao público externo que contribuam

com a efetividade do controle e a promoção da cidadania;

6. Promover e estimular o reconhecimento de servidores e demais colaboradores do TCU pelo desenvolvimento de competências;

7. Fornecer suporte metodológico e logístico à pesquisa, produção, catalogação e disseminação de conhecimentos visando aprimorar a atuação do TCU;

(31)

9. Administrar e gerir os recursos orçamentários recebidos mediante descentralização, observadas as normas específicas;

10. Propor o estabelecimento de convênios e acordos de cooperação técnica com outras instituições públicas ou privadas que tenham por objeto: educação, pesquisa, desenvolvimento e comunicação institucional e acompanhar sua execução;

11. Colaborar com a divulgação da Instituição junto à sociedade brasileira; 12. Desenvolver outras atividades inerentes à sua finalidade.

(32)

3 ESCOLA DE CONTAS E GESTÃO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Nos capítulos anteriores, fizemos uma retrospectiva histórica da origem das Escolas de Contas no Brasil, no âmbito dos Tribunais de Contas de Estados e da União, bem como a catalogação destas, contendo suas respectivas regulamentações, seus objetivos e a definição de seus públicos-alvo. Passaremos agora ao desenvolvimento do objeto de nosso estudo: A Escola de Contas e Gestão do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro.

3.1 Histórico

A Escola de Contas e Gestão do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro – ECG/TCE-RJ, foi criada através da Lei Estadual 4.577 de 12 de julho de 2005, que autorizava a transformação do Instituto Serzedello Corrêa – ISE, setor do TCE responsável por cursos, capacitação e treinamento, em entidade denominada Escola de Contas.A intenção era que a Escola absorvesse todas as atividades do ISE, com objetivos muito mais ambiciosos.

Durante o processo de preparação para a criação da Escola, foram visitadas seis Escolas de Contas e Institutos semelhantes ao ISE, quais sejam: a ENAP – Escola Nacional de Administração Pública, do Distrito Federal; o Instituto Serzedello Corrêa, do Tribunal de Contas da União; o CEPAM – Fundação Prefeito Faria Lima, de São Paulo e as Escolas dos Tribunais de Contas dos Estados de Pernambuco, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, cujo objetivo era conhecer as experiências e práticas, positivas e negativas, dessas instituições.

(33)

3.2 Visão, missão e objetivos

A Escola de Contas e Gestão do TCE-RJ é um órgão autônomo, vinculado à Presidência do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Sua autonomia é caracterizada pelos seguintes atributos, conforme preconizados no parágrafo único da Deliberação TCE-RJ nº 231 de 30/08/05.

• Unidade orçamentária independente;

• Inscrição no CNPJ;

• Receitas próprias decorrentes de suas atividades e das multas aplicadas pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro a seus jurisdicionados, além das dotações orçamentárias que lhe forem atribuídas.

Sua meta é tornar-se referência na área de Administração Pública e de controle da gestão orçamentária, reconhecida por sua autonomia e capacidade técnica.

A Escola de Contas e Gestão do TCE-RJ tem como missão promover o ensino e a pesquisa na área da gestão pública, voltados para o desenvolvimento e a difusão de conhecimento, modelos e metodologias comprometidas com a inovação, a transparência, a responsabilidade e a melhoria do desempenho e do controle governamental, buscando atender às expectativas e às necessidades da sociedade.

Para sua organização e funcionamento, foi aprovado o Regimento Interno da ECG do TCE-RJ, publicado no anexo da Deliberação TCE/RJ nº 231, de 30/08/05, cujos objetivos, conforme delineados nos incisos do art. 2º da citada Deliberação, são:

I – Promover formação, reciclagem profissional, aperfeiçoamento e especialização dos quadros da Administração Pública e demais agentes interessados;

II – Desenvolver programas com conteúdo básico voltado para o aprimoramento das atividades profissionais e técnicas e, para a difusão de competências comportamentais, de gestão pública e do macro-contexto, a fim de assegurar o atendimento das necessidades do TCE-RJ, bem como das esferas municipal e estadual;

III – Organizar e administrar a realização de cursos de curta e média duração, para a divulgação de temas específicos; cursos de aperfeiçoamento ou atualização, para transmitir conceitos, práticas operacionais, ferramentas de gestão e controle; cursos customizados, para atender demandas específicas; cursos de graduação e pós-graduação lato sensu e stricto sensu voltados para formação, aperfeiçoamento e especialização profissional na área de administração pública;

IV – Promover inovação da gestão pública através da geração e disseminação do conhecimento nas diversas áreas de governo;

V – Atualizar, reciclar e ensinar novas tecnologias que favoreçam excelência no exercício do controle externo;

VI – Incentivar a produção científica em matérias de interesse da Administração Pública, bem como realizar estudos, análises e pesquisas técnicas científicas relacionadas aos temas de gestão pública;

(34)

VIII – Promover e organizar conferências, simpósios, seminários, palestras sobre questões relacionadas com técnicas de controle da administração pública e outros temas relevantes da gestão pública;

IX – Organizar e administrar a biblioteca e o centro de documentação, nacional e internacional, sobre doutrina, técnica e legislação pertinentes ao controle e questões correlatas;

X – Organizar e editar a Revista do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro e sua divulgação, sob a supervisão do Presidente do Tribunal;

XI – Coordenar e executar todas as tarefas com vistas à proposição das súmulas de jurisprudência do TCE-RJ e suas revisões;

XII – Promover disseminação do conhecimento e da prática acumulada da Instituição Tribunal de Contas;

XIII – Dinamizar e integrar o trabalho cooperativo e colaborativo com outras instituições de ensino e pesquisa, visando estruturar-se como uma organização em rede;

XIV – outras atribuições de interesse do Tribunal.

O parágrafo único do art. 2º do Regimento Interno prevê como princípios gerais, norteadores das ações da Escola de Contas e Gestão:

I – gestão por competências; II – educação continuada; III – organização que aprende;

IV – democratização do conhecimento.

Desde já, reconhecemos aqui, o quão ambicioso foi o projeto da ECG, comparando-se às universidades corporativas, no setor privado.

Após análise da documentação relativa à Escola identificamos através das ações desenvolvidas, daquelas em desenvolvimento, das previstas pela ECG-TCE/RJ e, ainda, pelos princípios que as norteiam, que estamos diante de um modelo diferente do qual as Escolas de Contas foram concebidas.

Verificamos que o sistema de educação oferecido pela ECG aproxima-se ao das Universidades Corporativas no âmbito do setor privado.

3.2.1 Universidade Corporativa – Educação Corporativa

Entendemos como Universidade Corporativa, a entidade educacional de uma organização que promove a educação corporativa com o objetivo de atender às suas estratégias de sucesso.

E por Educação Corporativa, o processo integrado de treinamento, desenvolvimento e educação de pessoas, aplicado a toda uma organização, visando o desenvolvimento de seus empregados e da organização.

(35)

Para compreender sua importância, tanto como novo padrão para a educação superior quanto, num sentido amplo, como instrumento chave de mudança cultural, é importante compreender as forças que sustentaram o aparecimento desse fenômeno (MEISTER, 1999

apud EBOLI, 2004, p. 46). A saber:

• Organizações flexíveis: A emergência da organização não hierárquica, enxuta e flexível, com capacidade de dar respostas rápidas ao turbulento ambiente empresarial.

• Era do conhecimento: O conhecimento entendido como a nova base para a formação de riquezas nos níveis individual, empresarial ou nacional.

• Rápida obsolescência do conhecimento: A redução do prazo do conhecimento associado ao sentido de urgência.

• Empregabilidade: O novo foco na capacidade de

empregabilidade/ocupabilidade para a vida toda em lugar do emprego para toda a vida.

• Educação para estratégia global: uma mudança fundamental no mercado da educação global, evidenciando-se a necessidade de formar pessoas com visão global e perspectiva internacional dos negócios.

As empresas americanas criaram universidades-empresas, faculdades e instituições de ensino com o objetivo de satisfazer à carência de conhecimento dos empregados.

As Universidades Corporativas (UC) se multiplicaram nos Estados Unidos, atingindo os mais variados setores produtivos: automobilístico, tecnologia de ponta, saúde, serviços,financeiros, telecomunicações e varejo.

No Brasil, essa tendência está aumentando a cada dia, à medida que as empresas começam também a perceber a necessidade de repensar seus tradicionais Centros de Treinamento e Desenvolvimento (T&D), de modo que possam contribuir com eficácia e sucesso para a estratégia empresarial, agregando valor ao resultado do negócio.

As UC’s são um sistema de desenvolvimento de pessoas pautado pela gestão de pessoas por competência. Para um correto entendimento, precisamos compreender o conceito de competência.

(36)

O quadro a seguir propõe algumas definições para os verbos acima:

Competências para o Profissional

Saber agir Saber o que e por que faz.

Saber julgar, escolher, decidir.

Saber mobilizar recursos Criar sinergia e mobilizar recursos e competências.

Saber comunicar Compreender, trabalhar, transmitir informações, conhecimentos.

Saber aprender Trabalhar o conhecimento e a experiência, rever modelos mentais, saber desenvolver-se.

Saber engajar-se e comprometer-se Saber empreender, assumir riscos. Comprometer-se

Saber assumir responsabilidades Ser responsável, assumindo os riscos e conseqüências de suas ações e sendo por isso reconhecido.

Ter visão estratégica Conhecer e entender o negócio da organização, o seu ambiente, identificando oportunidades e alternativas.

Fonte: Fleury; Fleury (2002, p. 188)

Numa definição mais simplificada, segundo Scott Parry (1996 apud EBOLI, 2004, p. 52), a competência é resultante de três fatores básicos:

• Conhecimentos: relacionam-se à compreensão de conceitos e técnicas. É o saber fazer.

• Habilidades: representam aptidão e capacidade de realizar e estão associados à experiência e ao aprimoramento progressivo. É o poder fazer.

• Atitudes: referem-se à postura e ao modo como as pessoas agem e procedem em relação a fatos, objetos e outras pessoas de seu ambiente. É o querer fazer. O quadro a seguir apresenta o conceito de competência na definição do autor:

APLICAÇÃO COMPETÊNCIA Fonte: Eboli (2004, p. 53) CONHECIMENTO Compreensão de conceitos e técnicas HABILIDADE Aptidão e capacidade de realizar ATITUDE Postura e modo de agir

(37)

Programas educacionais nas empresas sempre existiram, mas normalmente eram restritos aos níveis gerenciais e à alta administração. Para a grande maioria dos funcionários, havia programas de treinamento pontuais. O surgimento das UC’s foi o grande marco da passagem do tradicional Centro de Treinamento & Desenvolvimento (T&D) para uma preocupação mais ampla e abrangente, com a educação de todos os colaboradores de uma empresa. Na prática, é com seu advento que vem à tona a nova modalidade de educação corporativa.

As organizações que aplicam os princípios inerentes às UC’s estão criando um sistema de aprendizagem contínua. A missão das UC’s consiste em formar e desenvolver os talentos na gestão dos negócios, promovendo a gestão do conhecimento organizacional (geração, assimilação, difusão e aplicação) por meio de um processo de aprendizagem ativa e contínua.

O objetivo principal desse sistema é o desenvolvimento e a instalação das competências empresariais e humanas consideradas críticas para a viabilização das estratégias de negócios.

Não é por coincidência que as empresas interessadas em projetos de educação corporativa realizam esforços intensos para mapear suas competências críticas e investem em gestão de conhecimento.

Através da gestão por competências e da gestão do conhecimento podem-se construir competências críticas, ou seja, aquelas que irão diferenciar a empresa, estrategicamente.

Segundo K. Prahalad e G. Hamel (1995 apud EBOLI, 2004, p. 86), o conceito de competência essencial ou crítica está associado ao domínio de qualquer estágio do ciclo de negócios, o profundo conhecimento do que se faz.

Não obstante, para ser considerado uma competência essencial, esse conhecimento deve estar associado a um sistemático processo de aprendizagem, que envolve descobrimento, inovação e capacitação de recursos humanos. O autor cita como exemplo o caso das empresas Toyota, Canon e Nec que utilizaram como estratégia, suas competências, essencial ou crítica, isto é, descobriram aquilo que sabiam fazer de melhor e resolveram aproveitá-lo ao máximo.

(38)

Para a elaboração de um projeto bem-sucedido é fundamental que os programas e as ações educacionais sejam concebidos e desenhados com base em diagnóstico integrado das competências críticas – empresariais, organizacionais e humanas. A saber:

• Empresariais – são as competências críticas já implantadas ou a adquirir, para que a empresa consolide e aumente cada vez mais sua capacidade de atuar com excelência e de forma diferenciada em seu setor de atividade;

• Organizacionais – são as competências críticas, ainda na esfera empresarial, que precisam ser adquiridas e desenvolvidas nas principais áreas/processos ou segmentos de negócios, para dar sustentação às competências críticas e empresariais;

• Humanas – são as competências que precisam ser adquiridas e desenvolvidas na esfera individual para que a empresa tenha sucesso em seus objetivos estratégicos. Podem ser habilidades culturais, negociais, gerenciais, técnicas, funcionais ou comportamentais para aqueles que exercem funções críticas na empresa.

Para que um sistema de educação corporativa atinja seus propósitos é fundamental a motivação, o envolvimento e o comprometimento das pessoas. Só através das pessoas será construído um sistema de educação verdadeiramente eficaz. Para tanto, é essencial que a implementação da mentalidade de aprendizagem contínua ocorra de forma alinhada em três níveis: empresa, lideranças e pessoas, favorecendo a formação e atuação de lideranças exemplares e educadoras que aceitem, vivenciem e pratiquem a cultura empresarial e assim, despertem e estimulem nas pessoas a postura do auto-desenvolvimento.

(39)

EDUCAÇÃO CORPORATIVA

Fonte: Eboli (2004, p.53)

A mesma autora destaca que a qualidade de um sistema de educação corporativa depende da qualidade de pensamento de seus idealizadores, que deve ser balizado pelos 07 princípios de sucesso de um sistema de educação corporativa e suas práticas, conforme demonstrado no quadro a seguir:

PRINCÍPIOS CONCEITOS PRÁTICAS

Competitividade Valoriza a educação como forma de desenvolver o capital intelectual dos colaboradores transformando-os efetivamente em fator de diferenciação da empresa frente aos concorrentes, para ampliar e consolidar sua capacidade de competir, aumentando assim seu valor de mercado através do aumento do valor das pessoas

• Obter o comprometimento e envolvimento da alta cúpula com o sistema de educação

• Alinhar as estratégias, diretrizes e práticas de gestão de pessoas às estratégias do negócio

• Implantar um modelo de gestão de pessoas por competências

• Conceber ações e programas educacionais alinhados às estratégias Por que fazer?

Aumentar a competitividade e o valor de mercado da empresa por meio do aumento do valor das pessoas

EDUCAÇÃO CORPORATIVA O QUE FAZER? Instalar mentalidade e atitude de aprendizagem contínua em todos os níveis: empresa, lideranças

e pessoas O QUE FAZER?

(40)

do negócio Perpetuidade Entender a educação não apenas como um

processo de desenvolvimento e realização do potencial intelectual, físico, espiritual, estético e afetivo existente em cada colaborador, mas também como processo de transmissão da herança cultural

• Ser veículo de disseminação da cultura empresarial

• Responsabilizar líderes e gestores pelo processo de aprendizagem

Conectividade Privilegiar a construção social do conhecimento estabelecendo conexões, intensificando a comunicação empresarial e favorecendo a interação para ampliar a quantidade e qualidade da rede de relacionamentos com o público interno e externo (fornecedores, clientes, comunidades, etc.)

• Adotar e implementar a educação “inclusiva”, contemplando o público interno e externo

• Implantar modelo de gestão do conhecimento que estimule o compartilhamento de conhecimentos organizacionais e a troca de experiências

• Integrar sistema de educação como modelo de gestão do conhecimento

• Criar mecanismos de gestão que favoreçam a construção social do conhecimento

Disponibilidade Oferecer e disponibilizar atividades e recursos educacionais de fácil uso e acesso, propiciando condições favoráveis e concretas para que os colaboradores realizem a aprendizagem “a qualquer hora e em qualquer lugar”

• Utilizar forma intensiva a tecnologia aplicada à educação

• Implantar projetos virtuais de educação (aprendizagem mediada por tecnologia)

• Implantar múltiplas formas e processos de aprendizagem que favoreçam a aprendizagem “a qualquer hora e em qualquer lugar”

Cidadania Estimular o exercício da cidadania individual e corporativa e da construção social do conhecimento organizacional, mediante formação de atores sociais, ou seja, sujeitos capazes de refletir criticamente sobre a realidade organizacional, construí-la e modificá-la continuamente e de atuar pautados por postura ética e socialmente responsável

• Obter sinergia entre programas educacionais e projetos sociais

• Comprometer-se com a cidadania empresarial, estimulando: 1) a formação de atores sociais dentro e fora da empresa; 2) a construção social do conhecimento organizacional

Parcerias Entender que desenvolver continuamente as competências críticas dos colaboradores, no intenso ritmo requerido atualmente no mundo dos negócios é uma tarefa muito complexa e audaciosa, exigindo que se estabeleçam relações de parcerias internas (com líderes e gestores da organização) e externas (com universidades e instituições de nível superior), com ideal e interesse comum na educação desses colaboradores

• Parcerias internas: responsabilizar líderes e gestores pelo processo de aprendizagem de suas equipes, estimulando a participação nos programas educacionais e criando um ambiente de trabalho propício à aprendizagem

• Parcerias externas: estabelecer parcerias estratégicas com instituições de ensino superior

Sustentabilidade Ser um Centro gerador de resultados para a empresa, buscando agregar sempre valor ao negócio

• Tornar-se um Centro de agregação de resultados para o negócio

• Implantar sistema métrico para avaliar os resultados obtidos, considerando-se os objetivos do negócio

• Criar mecanismos que favoreçam a auto – sustentabilidade financeira do sistema

(41)

Demonstramos apenas, alguns aspectos que julgamos necessários sobre o tema educação corporativa para o desenvolvimento de nosso estudo. Contudo, o assunto é extenso e não se esgota nestas linhas. O relevante é termos conhecimento e compartilharmos o processo vivenciado atualmente, composto de importantes e intensas mudanças no campo educacional. Vimos que, o novo paradigma de educação corporativa requer uma reversão da dinâmica tradicional da educação passiva para uma postura proativa.

Portanto, concluímos que é lícito afirmar que, ao fundamentar suas ações em princípios como gestão por competência, educação continuada, organização que aprende, democratizando conhecimentos, a Escola de Contas e Gestão do TCE-RJ se integra neste processo de mudança e caminha em direção a uma ruptura com projetos pedagógicos sob perspectiva meramente reprodutora, voltada tão-somente para a atualização de servidores.

3.3 Estrutura Organizacional

Sua estrutura organizacional, conforme capítulos I e II do Regimento Interno da ECG do TCE-RJ, publicado no anexo da Deliberação TCE/RJ nº 231, de 30/08/05, pode ser assim evidenciada:

I – Conselho Superior da Escola; II – Órgãos auxiliares.

O Conselho Superior da Escola é o órgão deliberativo superior, composto pelos Conselheiros do Tribunal de Contas e presidido pelo Conselheiro Presidente do TCE-RJ.

São órgãos auxiliares da ECG:

Direção-Geral, Assessoria Pedagógica, Coordenadoria Acadêmica, Coordenadoria de Capacitação, Coordenadoria de Documentação, Coordenadoria de Estudos e Pesquisas e Secretaria da ECG.

1. Direção-Geral

As atribuições do Diretor-Geral encontram-se delineadas na Resolução TCE-RJ nº 226, de 14 de dezembro de 2000, que dentre outras, são:

• Supervisionar a realização de cursos;

• Promover e organizar conferências, simpósios, seminários e palestras;

(42)

aperfeiçoamento profissional dos servidores do Tribunal, promovido por outras instituições;

• Dirigir as atividades pertinentes a estudos, análises e pesquisas técnicas e científicas realizadas pelos seus órgãos subordinados;

• Definir os critérios e procedimentos de seleção, acompanhamento e avaliação de alunos, professores, e professores-coordenadores;

• Manter intercâmbio com instituições de ensino e pesquisa, tribunais de contas e entidades afins, de acordo com as necessidades e os interesses do Tribunal;

• Planejar e coordenar a execução das atividades relativas à proposição das Súmulas de Jurisprudência do Tribunal e sua revisão.

2. Assessoria Pedagógica

Tem como competência dar suporte à Direção Geral na formulação da linha pedagógica a ser implantada na ECG, promovendo a articulação e a integração dos órgãos que compõem a Escola e realizando, em conjunto com as demais coordenadorias, ações com o objetivo de planejar, acompanhar e avaliar o processo educacional.

Essas ações se apóiam:

• Na Rede de Representantes Municipais (REM) – constituída por servidores indicados pelos titulares das Prefeituras e das Câmaras Municipais, que viabilizam a participação dos seus servidores nos cursos da ECG-TCE/RJ;

• No Levantamento das Expectativas e Necessidades de Formação e Capacitação (LENC) dos órgãos do Tribunal e dos órgãos e entidades jurisdicionadas;

• No corpo docente de alta qualificação técnica, no trabalho conjunto da Assessoria Pedagógica com os Coordenadores de Curso, voltado para o planejamento, a execução e o acompanhamento da tarefa docente;

• Na avaliação efetuada pelos participantes, dos cursos realizados, e de programas educacionais desenvolvidos por instituições que tenham finalidade semelhante.

3. Coordenadoria Acadêmica – COA

(43)

4. Coordenadoria de Capacitação - CCA

Responsável pela definição e implantação do Programa Anual de Formação e Capacitação da Escola de Contas e Gestão. Cabe a CCA detectar as necessidades e promover a formação e reciclagem profissional dos servidores do TCE-RJ, e dos Jurisdicionados Municipais e Estaduais, através da execução de cursos de curta e média duração.

Com o objetivo de promover melhorias de acordo com a demanda, a CCA acompanha as avaliações dos participantes e desenvolve atividades de capacitação e desenvolvimento do corpo docente da ECG.

5. Coordenadoria de Documentação - COD

É responsável pelo levantamento e a implementação de informações que servem de subsídio à análise e informação de processos do Tribunal e dos órgãos jurisdicionados. A COD desenvolve metodologia de classificação de legislação, doutrinas e jurisprudências pertinentes ao controle de administração pública, em especial do TCE.

Cabe a COD identificar a demanda de informações e as fontes que atendam a essa demanda – coletar, analisar, tratar e classificar as informações levantadas.

6. Coordenadoria de Estudos e Pesquisas - COE

Tem como principal atribuição estimular a produção técnico-científica em matérias de interesse amplo e específico da gestão pública, fomentando a criação de estudos, análises e pesquisas promovendo a inovação de práticas públicas.

A COE coordena o resgate e a produção de novos conhecimentos pelos servidores do TCE-RJ e Jurisdicionados, identificando fontes e redes de especialistas e, estabelecendo metodologia para formatação de estudos, análises e pesquisas.

Cabendo ainda, aquela coordenadoria, incentivar a troca e a criação de saberes relacionados à atividade do TCE-RJ, promovendo grupos de estudos, fóruns e seminários com outros Tribunais de Contas, órgãos e entidades da Administração Pública e com Instituições de Ensino Superior.

Dando prosseguimento ao estudo, observamos na análise dos arts. 9º e 10, do Regimento Interno da ECG que o modelo de ensino, desenvolvido pela escola do TCE-RJ, está baseado nos mais modernos princípios de sistemas educacionais competitivos, denominado educação corporativa, em razão das ações delineadas por estes artigos, a saber:

Referências

Documentos relacionados

Atualmente existem em todo o mundo 119 milhões de hectarS destinados a plantações florestais, dos quais 8,2 milhões na América do Sul. No Brasil, em 1997 havia cerca de 4,7 milhões

O objetivo do curso foi oportunizar aos participantes, um contato direto com as plantas nativas do Cerrado para identificação de espécies com potencial

Boas Práticas de Fabricação de Alimentos (BPF): procedimentos efetuados sobre a matéria-prima e insumos até a obtenção de um produto final, em qualquer etapa de seu

Portanto, mesmo percebendo a presença da música em diferentes situações no ambiente de educação infantil, percebe-se que as atividades relacionadas ao fazer musical ainda são

Escola Nacional de Administração Pública – ENAP Contabilização de Benefícios 10 Francimar Barbosa da Silva Escola Nacional de Administração Pública – ENAP

Esta ação consistirá em duas etapas. Este grupo deverá ser composto pela gestora, pelo pedagogo e ou coordenador pedagógico e um professor por disciplina

Na experiência em análise, os professores não tiveram formação para tal mudança e foram experimentando e construindo, a seu modo, uma escola de tempo

Em algumas empresas, como a Eletrobrás, a ergonomia foi percebida como uma ferramenta técnico-científica, com o objetivo de estudar as interações de trabalho, novas tecnologias e