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Interface (Botucatu) vol.3 número5

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Academic year: 2018

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9 agosto, 1999

NOTA DOS EDITORES

Em nossa sociedade marcada pelas mais cruéis contradições — desigualdades sociais, relações de opressão, intolerâncias diversas etc —, a mulher, o velho, a criança, o doente mental ... aparecem como instâncias privilegiadas dessa crueldade. Trazer estas questões para o campo do discurso é mais um compromisso que Interface assume em favor do humano. Como observa Hannah Arendt, humanizamos o que ocorre no mundo e em nós mesmos somente quando algo se torna objeto de discurso; e é nesse processo de falar e discutir experiências que aprendemos a ser humanos.

Da seção de ensaios à criação, a violência, trazendo em sua face oposta a questão da ética, surge construindo uma rede complexa de saberes que vai expandindo superfícies de diferentes campos de estudo para desvelar suas articulações. Sem deixar de demarcar as fronteiras que caracterizam as áreas do saber, Literatura, Antropologia, Filosofia, Psicologia, Ciência e Arte

exploram, neste número, trilhas em torno do tema. A confluência temática atravessa, assim, quase todas as páginas da revista.

Na seção de debates, por sugestão de um estudante

universitário, o “trote aos calouros na universidade” ganha destaque pela atualidade e abre novos espaços de

interlocução: professores e estudantes trazem suas idéias, problematizam experiências, constróem reflexões sobre o tema.

No conjunto da revista, dois outros temas de grande relevância no cenário contemporâneo e, ao mesmo tempo polêmicos, anunciam as preocupações de Interface para os próximos números, já no ano 2000: tecnologia e avaliação. Viabilizar esse projeto é uma tarefa de construção coletiva para a qual será fundamental a participação de nossos leitores.

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Interface

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Comunic, Saúde, Educ 5

Referências

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