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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

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Academic year: 2021

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ESTUDO DE VIABILIDADE FINANCEIRA COMPARANDO O SISTEMA DE PAREDE DE CONCRETO ARMADO E PAREDE DE ALVENARIA CONVENCIONAL EM EDIFICAÇÕES MULTIFAMILIARES DE PADRÃO

POPULAR.

TUBARÃO 2020

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ANDREY MENEGAZ FELIPE CRISTIAN DE SOUZA CANSILIER

ESTUDO DE VIABILIDADE FINANCEIRA COMPARANDO O SISTEMA DE PAREDE DE CONCRETO ARMADO E PAREDE DE ALVENARIA CONVENCIONAL EM EDIFICAÇÕES MULTIFAMILIARES DE PADRÃO

POPULAR.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Engenharia Civil da Universidade do Sul de Santa Catarina como requisito parcial à obtenção do título de Engenheiro Civil.

Orientador: Prof. Ismael Medeiros

Tubarão 2020

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Dedico este trabalho a meus pais e familiares. Aos nossos mestres educadores e à UNISUL – Universidade do Sul de Santa Catarina. Aos colegas de classe e amigos que estiveram conosco durante toda essa caminhada.

Andrey

Dedico este trabalho a minha família, amigos e todos que, direta ou indiretamente, contribuíram com meu processo de formação. Agradeço, ainda aos mestres e educadores da UNISUL – Universidade do Sul de Santa Catarina.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus por ter me dado forças para seguir em frente e a oportunidade de cursar um ensino superior.

A meus pais por sempre me apoiar, compreender e acompanhar em todos os momentos difíceis que passamos.

Aos meus familiares por toda compreensão e incentivo durante esta caminhada. Ao meu amigo, Cristian de Souza Cansilier, pela parceria e dedicação no desenvolvimento do presente trabalho, assim como durante toda a nossa jornada acadêmica.

Ao meu orientador Ismael Medeiros por toda sabedoria, dedicação e compromisso, sendo fundamental para o desenvolvimento deste trabalho.

Aos meus mestres e colegas de classe pela amizade, motivação e conhecimento transmitido ao longo do curso.

Aos meus amigos que sempre estiveram presentes durante todo este processo de conhecimento me apoiando e animando para nunca desistir.

A todos que de alguma forma estiveram presentes me ajudando na realização deste sonho, meu muito obrigado.

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AGRADECIMENTOS

Inicialmente, agradeço ao apoio incondicional de minha família; minha Mãe Terezinha, meu Pai Valério e meu Irmão Vinícius. Serei eternamente grato pela compreensão nos momentos em que precisei estar ausente e pela ajuda e auxílio em momentos conturbados. Agradeço a meu colega e amigo, Andrey Menegaz Felipe, pelo esforço, dedicação e parceria durante toda a jornada acadêmica e desenvolvimento deste trabalho.

Ao nosso mestre, amigo e orientador Ismael Medeiros, por todo o auxílio fornecido durante a elaboração deste trabalho.

A empresa a qual tenho orgulho de fazer parte, Eraldo Construções, bem como a todos os colegas de trabalho.

A todos os colegas que, de alguma forma, fizeram parte da minha jornada acadêmica.

Agradeço, ainda, a todos os professores do curso, pela paciência, dedicação e vocação no ensino, bem como a Universidade do Sul de Santa Catarina.

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“Ninguém ignora tudo, ninguém sabe tudo. Por isso aprendemos sempre.” (PAULO FREIRE).

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RESUMO

O crescente aumento na demanda por moradias com baixo custo de produção, atrelado ao desenvolvimento de novas maneiras de construir, torna essencial a reanálise de sistemas construtivos já existentes, bem como a exploração e estudo de novos métodos. O presente trabalho analisa um método novo no mercado, em comparação com o sistema convencional. Para tanto, foram realizadas pesquisas exploratórias entre construtoras e usuários, de forma a entender suas percepções sobre o assunto, além de estudos e análises comparativas entre os métodos. Como resultado, observou-se que o método tido como novo, é pouco aplicado no dia a dia pois possui uma baixa demanda, ainda sim, identificou-se ser viável para obras com múltiplos edifícios, salientando que o método parede em concreto armado apresenta um grande potencial futuro para a construção civil.

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ABSTRACT

The growing increase in demand for low-cost housing, coupled with the development of new ways of building, makes it essential to re-analyze existing building systems, as well as the exploration and study of new methods. The present work analyzes a new method on the market in comparison with the conventional system. To this end, exploratory research was carried out among construction companies and users, in order to understand their perceptions on the subject, in addition to studies and comparative analyzes between the methods. As a result, it was observed that the method considered as new, is little applied in daily life because it has a low demand, yet it was identified to be viable for works with multiple buildings, emphasizing that the reinforced concrete wall method presents a great future potential for civil construction.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Fôrma Metálica ... 26

Figura 2 - Fôrma Metálica + Compensado ... 26

Figura 3 - Fôrma Plástica ... 27

Figura 4 - Fôrma Trepante ... 27

Figura 5 - Fluxograma da metodologia de pesquisa exploratória utilizada. ... 35

Figura 6 - Qual método construtivo você mais utiliza? ... Erro! Indicador não definido. Figura 7 - Tem conhecimento do método construtivo parede em concreto armado?... 39

Figura 8 - Já utilizou o método construtivo parede em concreto armado em algum empreendimento?... 40

Figura 9 - Efetuou alguma análise comparativa entre sistemas construtivos nos últimos cinco anos, incluindo parede de concreto armado? ... 40

Figura 10 - Qual a maior dificuldade de executar esse tipo de método construtivo em sua região? ... 41

Figura 11 - Na aquisição de um imóvel você busca saber qual o método construtivo utilizado? ... 42

Figura 12 - Em sua opinião, é importante que a construtora especifique qual método construtivo utilizado no empreendimento? ... 43

Figura 13 - Tem conhecimento do sistema construtivo parede em concreto armado?... 43

Figura 14 - Você considera como atrativo na negociação o prazo de entrega do imóvel? ... 44

Figura 15 - O que você prioriza para a aquisição de um imóvel? ... 44

Figura 16 - Curva ABC dos componentes do orçamento do sistema em alvenaria convencional. ... 46

Figura 17 - Curva ABC dos componentes do orçamento do sistema em parede de concreto, considerando o valor diluído do conjunto de formas. ... 48

Figura 18 - Curva ABC isolada dos componentes de M.O do sistema em alvenaria convencional. ... 49

Figura 19 - Curva ABC isolada dos insumos do sistema em alvenaria convencional. ... 51

Figura 20 - Curva ABC isolada dos componentes de M.O. do sistema parede de concreto. ... 52

Figura 21 - Curva ABC isolada dos insumos do sistema de parede em concreto armado, considerando o valor diluído do conjunto de formas. ... 53

Figura 22 - Curva ABC dos componentes do orçamento do sistema em parede de concreto, considerando o valor total de aquisição do conjunto de formas. ... 54

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Vantagens e desvantagens do sistema construtivo convencional... 22 Quadro 2 - Vantagens e desvantagens do sistema construtivo parede de concreto. ... 29 Quadro 3 - Relação de serviços de M.O e insumos considerados para análise do orçamento do sistema de alvenaria convencional. ... 33 Quadro 4 - Relação de serviços de M.O e insumos considerados para análise do orçamento do sistema de parede de concreto. ... 34 Quadro 5 - Porcentagens individuais, acumuladas e classificações, do sistema em alvenaria convencional. ... 46 Quadro 6 - Porcentagens individuais, acumuladas e classificações, do sistema em parede de concreto, considerando o valor diluído do conjunto de formas. ... 48 Quadro 7 - Porcentagens individuais, acumuladas e classificações isoladas, dos componentes de M.O do sistema em alvenaria convencional. ... 50 Quadro 8 - Porcentagens individuais, acumuladas e classificações isoladas, dos insumos do sistema em alvenaria convencional. ... 51 Quadro 9 - Porcentagens individuais, acumuladas e classificações isoladas, dos componentes de M.O do sistema de parede de concreto. ... 52 Quadro 10 - Porcentagens individuais, acumuladas e classificações isoladas, dos insumos do sistema de parede de concreto, considerando o valor diluído do conjunto de formas. ... 53 Quadro 11 - Porcentagens individuais, acumuladas e classificações, do sistema em parede de concreto, considerando o valor total de aquisição do conjunto de formas. ... 55 Quadro 12 - Relação de serviços de M.O., quantidades e custos do sistema em alvenaria convencional. ... 56 Quadro 13 - Relação de insumos, quantidades e custos do sistema em alvenaria convencional. ... 56 Quadro 14 - Relação de serviços de M.O., quantidades e custos do sistema em parede de concreto. ... 57 Quadro 15 - Relação de insumos, quantidades e custos do sistema em parede de concreto, considerando o custo de integral de aquisição das formas. ... 57 Quadro 16 - Relação de insumos, quantidades e custos do sistema em parede de concreto, considerando o custo rateado de aquisição das formas. ... 58 Quadro 17 - Relação de insumos, quantidades e custos do sistema em parede de concreto, considerando o custo rateado de aquisição das formas para a construção de 6 edifícios. ... 59

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas M.O – Mão de Obra

IN - Insumo

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO... 16 1.1 JUSTIFICATIVA ... 17 1.2 OBJETIVO ... 18 1.2.1 Objetivo geral ... 18 1.2.2 Objetivos específicos ... 18 2 REVISÃO DE LITERATURA ... 19 2.1 MÉTODOS CONSTRUTIVOS ... 19 2.2 ALVENARIA CONVENCIONAL ... 19 2.2.1 Histórico ... 19 2.2.2 Sistema construtivo ... 20 2.2.2.1 Concreto ... 21 2.2.2.2 Formas ... 21 2.2.2.3 Armação ... 22 2.2.3 Vantagens e desvantagens ... 22

2.3 PAREDE DE CONCRETO MOLDADAS IN LOCO ... 23

2.3.1 Histórico ... 23 2.3.2 Sistema construtivo ... 24 2.3.2.1 Concreto ... 25 2.3.2.2 Formas ... 25 2.3.2.3 Armação ... 28 2.3.3 Vantagens e desvantagens ... 28 2.4 FERRAMENTAS DE PRODUTIVIDADE ... 31 3 METODOLOGIA ... 33 3.1 ORÇAMENTOS ... 33 3.1.1 Alvenaria convencional ... 33 3.1.2 Paredes de concreto ... 34 3.2 PESQUISA EXPLORATÓRIA ... 35 3.3 COLETA DE DADOS ... 36 3.4 INCORPORADOR ... 36 3.5 CONSUMIDOR ... 36

3.6 TEMPO DE EXECUÇÃO E ORÇAMENTO ... 36

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3.8 TRATAMENTO DE DADOS ... 37

4 RESULTADOS ESPERADOS ... 38

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO ... 38

4.1.1 Resultados Construtora / Incorporadora ... 38

4.1.2 Resultados Consumidor / Usuário ... 42

4.2 PERCEPÇÕES SOBRE OS PARÂMETROS CONSTRUTIVOS ... 45

4.3 ANÁLISE FINANCEIRA DOS DIFERENTES CENÁRIOS ... 45

4.4 DISCUSSÕES ... 55

5 CONCLUSÃO ... 61

REFERÊNCIAS ... 63

ANEXO A – PLANTA BAIXA DO PAVIMENTO TÉRREO ... 65

ANEXO B – PLANTA BAIXA DO PAVIMENTO TIPO ... 66

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1 INTRODUÇÃO

Em nossa autoproclamada sociedade “moderna” é incontestável a dependência de tecnologia. Conforme dicionário da língua portuguesa, a palavra tecnologia possui como significado, dentre outras definições, a aplicação dos conhecimentos científicos à produção em geral. Não se faz utópico afirmar que esta aplicação de conhecimento em produção, nada mais é do que fruto da engenharia. A Engenharia, esteve presente em praticamente todos os momentos da história, desenvolvendo sistemas de transportes e comunicação, produção, processamento e estocagem de alimentos, sistemas de distribuição água e energia, e naturalmente, por permitir que o homem deixasse de viver em cavernas. Assim, podemos afirmar que a evolução da engenharia se confunde com a evolução da própria sociedade. Ao longo dos tempos, as técnicas construtivas aplicadas ao segmento da habitação seguem esta tendência evolutiva.

O uso de diferentes métodos construtivos, permite maior flexibilização de soluções e melhor adequação à demanda proposta. A indústria da Construção Civil no Brasil ainda é tida como uma indústria tradicional, ficando à frente apenas da indústria pesqueira, no quesito de desenvolvimento tecnológico. Apenas para exemplificar, atualmente, mesmo o mais High Tec dos edifícios, ainda é edificado de forma artesanal, tijolo a tijolo. Desta forma, é de grande importância que sejam aprimorados os métodos já existentes, ou explorados novos métodos construtivos que possam contribuir para o desenvolvimento do setor da construção civil; eliminando processos desnecessários, melhorando os processos essenciais e dinamizando a execução dos serviços.

Desta forma, no presente trabalho, pretende-se realizar uma abordagem comparativa entre as viabilidades técnicas executivas e financeiras. Para tal, propõem-se a utilização de dois sistemas construtivos distintos, tanto em forma quanto na excência, permitindo a comparação de fatores como tempo de execução, insumos construtivos, variabilidade de mão de obra, entre outros. Assim, para o desenvolvimento deste trabalho, usaremos como padrões comparativos o sistema construtivo tradicional (estrutura em concreto armado com fechamento em blocos cerâmicos), e paredes em concreto armado moldadas in loco, aplicados na construção de um edifício de padrão popular, composto por quatro pavimentos, contendo oito apartamentos por pavimento, com o objetivo de descobrir o porquê, em sua grande maioria, de o método convencional ser o mais utilizado na construção atualmente, determinando se essa escolha é cultural, ou se o método é inviável para a região.

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1.1 JUSTIFICATIVA

De acordo com o levantamento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD, de 2015, havia um déficit de mais de seis milhões e trezentos e cinquenta mil habitações no Brasil, a maioria por coabitação, cerca de 29% do total.

A demanda por moradia própria, aliada ao baixo poder aquisitivo dos que necessitam dela, acabam promovendo a formação de inúmeras unidades habitacionais irregulares, instaladas em áreas impróprias e que, muitas das vezes, colocam em risco a vida dos moradores.

Moradias construídas sem o acompanhamento de profissional habilitado, em locais de risco, na maioria das vezes, resultam em danos materiais e perdas de vidas, além do prejuízo econômico para quem as constrói, e para o poder público, o que gera custos indiretos para toda a população.

Com o grande déficit habitacional existente, a necessidade da criação de unidades habitacionais de rápida construção, e a custos baixos, torna a exploração de novos métodos construtivos essencial para que a demanda seja atingida.

Paralelo a necessidade de novos métodos, e vinculado a ela, há a inclinação a industrialização da construção, para o cumprimento de prazos e atendimento a exigências de qualidade e custos. Destarte, um método que vem se mostrando promissor a estas exigências é o sistema de paredes de concreto moldadas in loco.

Como se trata de um método relativamente novo e pouco conhecido no mercado, existem diversas dúvidas a seu respeito, sendo a principal delas o custo. Apesar de existir a necessidade da aquisição ou aluguel de formas, o que acaba encarecendo a obra, o sistema de paredes de concreto elimina diversos insumos e serviços a serem controlados, resultando em um aumento efetivo de produtividade.

Os materiais, mão de obra e controle necessários para serviços como assentamento de blocos com argamassa, chapisco e reboco, por exemplo são praticamente excluídos do processo, promovendo, principalmente, um enorme ganho de tempo. Há, também, a dinamização de etapas, como a instalação da rede hidráulica e elétrica, já que ambas são embutidas no momento da concretagem.

A mão de obra reduzida representa, ainda, um número menor de trabalhadores em obra, que, além do menor custo, pode apresentar outros benefícios, como a redução do número de acidentes de trabalho ou, ainda, menor número de ocorrências atreladas ao recente caso da

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pandemia. Logo, o impacto financeiro na construção em condições adversas torna-se reduzido, visto que medidas de prevenção sejam implementadas no planejamento.

Uma construtora/incorporadora, já familiarizada com um determinado sistema construtivo, não optará por outro método sem que antes seja feita uma análise de viabilidade construtiva e, principalmente, econômica. Desta forma, considerando que o custo é o principal gatilho para tomada de decisão, existe a necessidade de se analisar financeiramente o sistema de paredes de concreto moldadas in loco, comparando-o com o método comumente empregado, de alvenaria convencional de vedação.

1.2 OBJETIVO

Os objetivos do trabalho estão classificados em geral e específicos, descritos a seguir.

1.2.1 Objetivo geral

Estudo financeiro comparativo aplicado em edificações da construção civil, realizado entre dois métodos construtivos: parede de concreto armado moldada in loco, e estrutura convencional em concreto armado com alvenaria cerâmica de vedação. Um estudo realizado em obras multifamiliares na busca por respostas do porquê, em sua grande maioria, o método convencional ser utilizado na construção atualmente.

1.2.2 Objetivos específicos

• Apresentar uma abordagem geral sobre os principais sistemas construtivos utilizados no Mundo, Brasil e Santa Catarina.

• Identificar as particularidades dos métodos construtivos objeto deste estudo; • Realizar análise de viabilidade entre os diferentes métodos, utilizando um

edifício residencial multifamiliar de padrão popular, tendo como agente norteador a relação tempo x parâmetros econômicos.

• Realizar pesquisa exploratória com consumidores e construtores, a fim de se obter parâmetros técnicos a respeito dos diferentes métodos.

• Analisar diferentes cenários na utilização do sistema construtivo parede em concreto armado.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 MÉTODOS CONSTRUTIVOS

O setor da construção civil faz uso de variados métodos construtivos para a execução de edificações. Em grande parte da América do Norte e em alguns países da América do Sul e da Ásia, os métodos mais empregados são os que fazem uso de estruturas leves e a seco, com destaque para o Steel Frame. Em países da Europa, outro método bastante empregado, e com características semelhantes ao Steel Frame, é o Wood Frame, que também vem ganhando espaço na América do Norte. No Brasil, o método já consolidado e amplamente utilizado em todo o pais, é o de alvenaria convencional. Porém, com o surgimento de novas tecnologias, o cenário atual da construção civil pode ser alterado.

Atualmente, o mercado da construção civil vem sofrendo alterações com os avanços tecnológicos. Com isso, surgiu a necessidade de utilizar novas técnicas construtivas, que diminuam os gastos e o tempo de execução do empreendimento.

Contudo, a engenharia civil vem buscando uma forma de construir mais racional, limpa e rápida, trazendo para o atual ramo construtivo opções mais aprimoradas, que facilitem o andamento e valorizem o acabamento da obra.

2.2 ALVENARIA CONVENCIONAL

2.2.1 Histórico

De acordo com Vasques e Pizzo (2014)

A história da arquitetura e a utilização da alvenaria como técnica de construção iniciou com as primeiras civilizações, cerca de 9.000 a 7.000 a.C. A colocação de uma pedra sobre a outra permitiu a sobrevivência dos recém-sedentários que, com o passar dos anos, foram aperfeiçoando os materiais e as tecnologias.

A alvenaria está entre as mais antigas formas de construção empregadas pelo homem. Desde a antiguidade, ela tem sido utilizada largamente pelo ser humano em suas habitações, monumentos e templos religiosos (ACCETTI, 1998).

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Dessa forma, podemos afirmar que a alvenaria é o elemento construtivo mais conhecido e utilizado em todo o mundo, e que foi sendo aprimorada ao longo dos tempos e que, apesar ser utilizada a muito tempo, seus estudos clínicos só iniciaram após 1900, trazendo mais desenvolvimento e fundamentos que possibilitaram projetar melhor.

Segundo Bastos (2006), o concreto armado surgiu por volta de 1850, com a necessidade de se aliar as qualidades da pedra com as do aço, juntando as respectivas resistências à compressão e durabilidade com a resistência mecânica, protegendo o aço contra a corrosão.

No Brasil, o método do concreto armado foi inserido na construção de pontes e viadutos na década de 1900. Em 1909, no estado de São Paulo, foi construída a ponte na Rua Senador Feijó, com 5,4m de vão. Em 1908, uma ponte de 9m de vão no Rio de Janeiro e, novamente em São Paulo, no ano de 1910, foi construída uma ponte em concreto armado com 28m de vão, onde a construção ficou a cargo de empresas estrangeiras. Após o ano de 1930, o uso do concreto armado começou a ganhar força no ramo geral das edificações da construção civil, onde, em 1940, sua aplicação foi normatizada pela ABNT, garantindo maior segurança e confiança no sistema.

A vinda da empresa alemã Wayss & Freytag foi importantíssima para o concreto armado no Brasil, onde construíram 40 pontes, importando mestres de obras da Alemanha e servindo de escola para formação de especialistas nacionais (VASCONCELOS, 1985).

De acordo com Telles (1994)

[...] alternativa fácil e mais econômica aqui no Brasil, porque dispensava mão de obra especializada (e frequentemente importada) para a sua execução, bem como utilizava grande parte de materiais nacionais, mesmo no início da era do concreto [...] A economia era, também, no transporte, principalmente para regiões distantes ou com estradas deficientes, porque, embora a estrutura de concreto seja mais pesada do que a metálica, é muito mais fácil transportar cimento, areia e pedra, do que pesadas vigas e colunas de aço[...].

2.2.2 Sistema construtivo

O principal sistema construtivo utilizado no Brasil é o de alvenaria convencional, em função de não necessitar de mão de obra especializada, e de fácil obtenção dos insumos

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necessários. Por conta disso, acaba sendo mais atrativo economicamente e de fácil construção, apesar de ser caracterizada pela baixa produtividade e grande desperdício.

De acordo com Barros e Melhado (1998), a alvenaria convencional é um tipo de construção sustentada por fundação, pilares, vigas e lajes de concreto armado. Sua função, dentro da construção, é a de vedar os espaços e separá-los, dividindo os ambientes, não tendo nenhuma função estrutural.

Segundo Azevedo (1997), alvenaria é toda obra constituída de pedras naturais, tijolos ou blocos de concreto, ligados ou não por meio de argamassa, contendo resistência, durabilidade e impermeabilidade. A aplicação de tijolos satisfaz essas condições, já a impermeabilização é através de meios artificiais.

A alvenaria de tijolos constitui a estrutura, o esqueleto dos edifícios juntamente ou não com o concreto armado. A mesma pode ser feita em tijolos de barro, blocos de concreto, concreto celular, tijolo de vidro ou pedras naturais. (AZEVEDO, 1997).

2.2.2.1 Concreto

O concreto armado é o mais utilizado na construção civil, tendo como função parte do conjunto total da estrutura do edifício. O concreto estrutural, segundo a NBR 6118:2014 (2014, p. 3) “se refere ao espectro completo das aplicações do concreto como material estrutural”.

2.2.2.2 Formas

De acordo com a ABNT NBR 14931:2004, as formas devem ser projetadas e construídas de forma que atendam a solicitações provenientes de fatores ambientais, cargas auxiliares e acidentais, além do peso próprio do concreto lançado.

As formas podem ser de diferentes materiais e, em quando se tratar de madeira ou metal, o projeto deve seguir as orientações das ABNT NBR 7190 e ABNT NBR 8800, respectivamente.

De acordo com Maranhão (2000)

No plano econômico, o custo das formas participa com cerca de 40% a 60%do custo total da estrutura de concreto armado. Por outro lado, esta representa cerca de 20% do custo de uma edificação. Portanto, em números

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aproximados ao se estudar este assunto, se está trabalhando com um item que corresponde entre 8% e 12% do custo de uma edificação.

Para que a remoção das formas ocorra de forma segura e que não afete o desempenho da estrutura, alguns dos aspectos previstos na ABNT NBR 14931:2004 devem ser considerados, como sobrecargas oriundas da execução, sequência de retirada das formas e condições a que o concreto será exposto após a retirada das formas, bem como possíveis tratamentos superficiais posteriores.

2.2.2.3 Armação

O aço, assim como seu manuseio para confecção das armaduras a serem utilizadas no concreto armado, deve seguir parâmetros estabelecidos em normas, para seu correto funcionamento.

A ABNT NBR 7480 estabelece as especificações sobre o aço destinado a armaduras em peças de concreto armado, abrangendo requisitos desde a fabricação até o fornecimento do aço.

As orientações para o transporte, armazenamento e limpeza das armaduras também são definidas na ABNT NBR 14931:2004. Nesta Norma Técnica, ainda, são estabelecidos os parâmetros quanto ao desbobinamento das barras, corte e dobramento das armaduras, onde o dobramento interno das barras, deve obedecer ao estipulado na tabela que relaciona o tipo de aço com a bitola utilizada.

2.2.3 Vantagens e desvantagens

O sistema construtivo em concreto armado com vedação em alvenaria cerâmica é uma das formas de construção mais utilizadas no Brasil e, segundo Vasquez e Pizzo (2014), podemos encontrar as seguintes vantagens e desvantagens a seu respeito:

Quadro 1 - Vantagens e desvantagens do sistema construtivo convencional.

VANTAGENS DESVANTAGENS

Bom isolamento térmico e acústico Alta taxa de desperdício de insumos

Boa estanqueidade à água Elevada massa por unidade de superfície

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Excelente resistência mecânica ao fogo

Domínio técnico centrado na mão de obra executora

Durabilidade superior a qualquer outro material

Necessidade de materiais adicionais para ter a textura lisa Facilidade de produção por

montagem ou conformação

Deficiente na limpeza e higienização

Facilidade e baixo custo dos componentes

"Desconstrução" para instalação de rede hidrossanitária e elétrica, gerando perda de tempo e de materiais

Excelente versatilidade e flexibilidade

Ótima aceitação pelo usuário e

sociedade

Fonte: Adaptado de Vasquez e Pizzo (2014)

2.3 PAREDE DE CONCRETO MOLDADAS IN LOCO

2.3.1 Histórico

Segundo Sacht (2008), o primeiro registro da utilização desse sistema construtivo no Brasil foi em 1979, pela empresa COHAB-MG na cidade de Santa Luzia –MG, na execução de 46 unidades habitacionais no Conjunto Habitacional Carreira Comprida, onde foram utilizadas fôrmas metálicas (alumínio) e concreto celular.

As habitações construídas em Santa Luzia-MG receberam pintura direta sobre as paredes, não necessitando de revestimento, pois apresentaram acabamento superficial de boa qualidade. O peso final do produto foi consideravelmente menor que o da alvenaria convencional, havendo economia nas fundações, além do bom desempenho em relação ao conforto térmico e acústico. (Sacht 2008).

Esse sistema construtivo é muito utilizado em países que sofrem abalos sísmicos. No Chile, este processo é usado há mais de 40 anos e o ponto crucial do uso desta técnica no país foi o terremoto de 1985. Um estudo mostrou que, analisando os 230 edifícios de paredes de concreto existentes na cidade de Viña Del Mar no período das vibrações, a maioria deles conseguiu suportar os abalos sísmicos sem apresentar danos estruturais. (CORAIL, 2007).

Para este tipo de sistema, é necessário a utilização de formas adaptadas para cada projeto, onde as paredes, fundações, lajes e todos os elementos da estrutura são moldadas in loco. Permitindo assim maior agilidade e economia em grandes obras.

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Para Faria (2009), a utilização da parede de concreto passou a ser empregada devido a projetos padronizados, com alto grau de repetitividade, com execução simultânea de estrutura e vedação, em que os construtores obtêm alta produtividade, produção em larga escala, redução de custos com a mão de obra e minimização dos erros de execução. (Faria, 2009).

As obras de paredes de concreto devem ser planejadas, com estudos logísticos, treinamento de mão de obra, plano de ataque, plano de controle de qualidade, pois com a velocidade da obra e a organização da produção é fundamental. (Concreto e Construção, p.39). Em 1980 a empresa brasileira Gethal, fundada em 1946 em Caxias do Sul, desenvolveu a tecnologia de paredes e lajes em concreto celular moldadas no local, produto que demonstrou ser melhor tecnicamente e de menor custo comparado ao concreto convencional e ao sistema tradicional até então utilizado.

2.3.2 Sistema construtivo

Com a crescente necessidade de se aprimorar elementos como agilidade, organização, planejamento, produtividade e diminuição de perdas desnecessárias de insumos no setor da construção civil, surge o sistema de parede de concreto moldada in loco.

O sistema de parede de concreto é um sistema construtivo industrializado. Sua característica básica é permitir uma obra de grande velocidade e repetitividade, com uso intenso de fôrmas manoportáteis, que permitem a execução de duas a quatro unidades habitacionais por dia. (Concreto e construção)

A vedação e a estrutura no sistema construtivo citado são compostas somente por concreto, moldadas “in loco”, onde as instalações elétricas, hidráulicas e as esquadrias são embutidas na mesma. (MISURELLI E MASSUDA, 2009).

Neste tipo de construção é permitido concretar paredes e lajes simultaneamente, que são resistentes também a abalos sísmicos, trazendo mais segurança ao empreendimento e proteção maior para a família.

O desperdício de mão de obra com retrabalhos e atividades não produtivas, bem como de materiais, pedaços de madeira, pregos e resíduos diversos são substituídos pela execução planejada, padronizada e com grande qualidade final. (MISURELLI e MASSUDA, 2009). Desse modo, é possível obter um controle maior do impacto ambiental da obra.

Como este tipo de sistema é pouco sujeito a improvisações, a obra ganha em qualidade, devido ao sistema de formas utilizado, tipo de concreto, as paredes não necessitam de revestimento de argamassa, apenas pintura sobre o concreto acabado. (ABESC, 2008)

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Na construção convencional com paredes de tijolos, exige limpeza e a aplicação de argamassa para acabamento. Ao usar o concreto, este pode ser deixado aparente ou revestido argamassa (3mm), aplicada diretamente sobre a superfície, economizando custos e acabamento.

2.3.2.1 Concreto

São recomendados para o sistema parede de concreto no brasil quatro tipos de concreto, sendo eles: concreto celular, concreto com elevado teor de ar incorporado, concreto com agregados leves ou com baixa massa específica, concreto convencional ou autoadensável. (Misurelli e Massuda, 2009).

2.3.2.2 Formas

As formas servem para moldar o concreto fresco, formando assim as paredes estruturais. São estruturas provisórias que escolhidas adequadamente suportam a pressão do lançamento do concreto até sua solidificação (Misurelli e Massuda, 2009).

De acordo com a ABNT NBR 16055:2012 a escolha da tipologia, assim como o desenvolvimento e o detalhamento do projeto de fôrmas, são de extrema importância para a viabilidade do sistema de paredes de concreto e para a garantia da qualidade do produto.

Para escolha do sistema de fôrmas recomenda-se considerar os seguintes aspectos: a produtividade da mão de obra, peso por metro quadrado os painéis, número de peças, durabilidade da chapa e da estrutura, modulação, flexibilidade, adequação à fixação, análise econômica, suporte técnico do fornecedor. (ABESC, 2008)

O baixo peso das fôrmas facilita na montagem e desmontagem, pois podem ser carregadas por apenas um homem.

Os tipos de fôrmas mais utilizados no método parede de concreto são:

Fôrmas Metálicas: São fôrmas que utilizam quadros e chapas metálicas tanto para estruturação de seus painéis como para dar acabamento à peça concretada. (Comunidade da Construção, 2008)

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Figura 1 - Fôrma Metálica

Fonte: Coletânea de ativos (Comunidade da Construção, 2008), p.78.

Fôrmas Metálicas + Compensado: Compostas por quadros em peças metálicas (aço ou alumínio) e utilizam chapas de madeira compensada ou material sintético para dar o acabamento na peça concretada. (Comunidade da Construção, 2008)

Figura 2 - Fôrma Metálica + Compensado

Fonte: Coletânea de ativos (Comunidade da Construção, 2008), p.78.

Fôrmas Plásticas: Utilizam quadros e chapas feitos em plástico reciclável, tanto para estruturação de seus painéis como para dar acabamento à peça concretada, sendo contra ventados por estruturas metálicas. (Comunidade da Construção, 2008)

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Figura 3 - Fôrma Plástica

Fonte: Metro Modular (2020)

Fôrmas Trepantes: Para edifícios de múltiplos pavimentos. Neste tipo de fôrmas a produtividade da mão de obra é alta, são estruturadas com painéis de grandes dimensões e andaimes de serviço, já transportadas de uma só vez, diminuindo assim etapas de montagem. Este tipo de transporte vertical do conjunto exige necessidade de grua. (Comunidade da Construção, 2008)

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Fonte: Coletânea de ativos (Comunidade da Construção, 2008), p.78.

Segundo Abesc (2008), para definição do sistema de formas devemos considerar os seguintes aspectos:

- Produtividade da mão de obra - Peso por m² das placas

- Número de peças do sistema

- Durabilidade da chapa e quantidade de reutilizações - Durabilidade da estrutura (quadros)

- Modulação dos painéis

- Flexibilidade diante das opções de projetos - Adequação à fixação de embutidos

- Análise econômica e comercialização

- Suporte técnico do fornecedor (capacidade instalada, área de cobertura, agilidade de atendimento, oferta de treinamento e assistência técnica).

A escolha da tipologia adequada, o desenvolvimento e o detalhamento do projeto de fôrmas são de extrema importância para a viabilidade do sistema Parede de Concreto e a garantia da qualidade do produto. (Comunidade da Construção)

2.3.2.3 Armação

No método paredes de concreto, a armação utilizada é a tela soldada posicionada no eixo vertical da parede. Janelas, bordas e vãos de portas recebem reforços de telas ou barras de armadura convencional. É necessário duas camadas de telas soldadas e reforços verticais nas extremidades em edifícios mais altos. (Misurelli e Massuda, 2009).

As armaduras devem resistir a esforços de flexotorção nas paredes, controlar a retração do concreto e fixar as tubulações de elétrica, hidráulica e gás, para isso utilizam-se telas soldadas no eixo das paredes, além de barras como cintas superiores nas paredes, vergas e contravergas. (Misurelli e Massuda, 2009)

2.3.3 Vantagens e desvantagens

O sistema de paredes de concreto moldada in loco faz com que a obra seja executada de forma mais rápida e precisa, resultando em uma melhor qualidade final. Há uma redução

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quanto aos desperdícios visto que a precisão na execução é primordial, obtendo também menor quantidade de insumos na obra.

Este método não é o mais indicado pelos arquitetos, já que se trata de uma construção onde as paredes compõem a estrutura da edificação, dificultando as alterações de alvenaria, ou seja, não podem ser alteradas. Por essa razão algumas construtoras que utilizam esse sistema o fazem apenas nas paredes externas que contornam o empreendimento. Veremos abaixo no Quadro 2 (Sacht – 2008) alguns pontos importantes a serem considerados.

Notou-se que esse sistema requer um maior custo inicial no empreendimento, mas que será compensado ao final da obra, já que a mesma se torna mais rápida, diminuindo custos de mão de obra, tendo menos perdas e dejetos.

Contudo, podemos observar que a construtora para ter um bom retorno de investimento, deve elaborar projetos com maior número de repetições, assim o sistema torna-se mais vantajoso.

Para o empreendedor decidir utilizar este tipo de sistema em sua obra, deve levar em consideração os seguintes aspectos:

- Competitividade (através da maior produtividade e a relação custo x benefício) - Segurança (normativa, operacional, comercial)

- Desempenho técnico (alta tecnologia)

- Qualidade final garantida (materiais, normalizados e controle tecnológico). ABESC (2008).

Quadro 2 - Vantagens e desvantagens do sistema construtivo parede de concreto.

VANTAGENS DESVANTAGENS

Racionalização da produção das vedações, com alta produtividade, baixo índice de perdas e mão de obra reduzida;

Elevado custo inicial das formas, ao qual se deve a compra ou aluguel das mesmas.

Ocorre o aumento da produtividade, devido a existência de uma

sequência definida de tarefas , resultando na redução do custo global da obra;

Há, na maioria dos casos, necessidade de equipamentos de grande porte para o emprego das formas metálicas, que são geralmente pesadas e de grandes dimensões.

Aumento da qualidade tanto nos serviços de execução quanto no acabamento superficial (final da parede);

Limitações em relação as modificações de layout após

construído, devido à função estrutural das paredes;

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As formas são reutilizáveis, e cada conjunto produz os painéis de vedação de uma habitação em 24 horas, podendo incluir a laje na cobertura;

No emprego de formas tipo túnel e mesa/parede, há restrições quanto ao emprego de lajes com diferentes níveis, devido ao deslocamento de formas em cada andar nos ciclos de produção;

Existe a possibilidade de a vedação exercer função estrutural, onde as paredes são adotadas para distribuir carregamento;

No emprego do método de paredes de concreto, pode haver paredes sem função estrutural, havendo o emprego de alvenaria de blocos, que acabam não acompanhando a velocidade com que são executadas as paredes

estruturais; A uniformidade da parede permite a

utilização de um revestimento de pequena espessura, sem necessidade de regularização, ou mesmo a eliminação do revestimento de regularização, antes da aplicação da pintura;

As atividades independem da

habilidade do operário, não exigindo qualificação, apenas treinamento. O consumo de mão de obra é reduzido quando comparado ao processo construtivo tradicional;

As patologias, principalmente as fissuras, a umidade e o desempenho insatisfatório decorrentes do

inadequado emprego no passado, contribuem para a pouca utilização no presente;

O emprego desse sistema construtivo exige organização e maior planejamento do processo de construção, as soluções devem ser tomadas previamente à execução;

Proporciona o aumento da área útil da habitação quando comparado aos sistemas convencionais com paredes com espessura acima de 15cm, pois, os painéis de concreto usualmente apresentam espessura final entre 8 e 12 cm;

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2.4 FERRAMENTAS DE PRODUTIVIDADE

Atualmente, temos o planejamento como uma ótima ferramenta administrativa, fundamental para qualquer projeto. O mesmo é muito mais do que seguir um cronograma, trata-se de trazer eficiência para a obra, priorizando as ações.

Planejar é ter a oportunidade de pensar, controlar a obra e corrigir tudo a tempo, evitando desperdícios e gastos desnecessários, tornando o canteiro de obras também mais seguro para todos os envolvidos.

Caso esta ferramenta não faça parte da rotina do projeto, pode acarretar várias deficiências no decorrer do andamento da obra. Um descuido pode colocar em risco o sucesso do empreendimento.

O planejamento é um ponto fundamental nas obras com paredes de concreto, baseado nos projetos já devidamente concluídos e compatibilizados deve-se montar um plano de produção detalhado e completo. (Concreto & Construção 2018).

Para este modelo de construção, a compatibilização de projetos se torna primordial, pois nesse tipo de obra nada pode ser resolvido in loco, como costuma acontecer em outros métodos, tudo é executado de acordo com os projetos que devem estar totalmente corretos, alterados e finalizados para que tudo seja executado de forma correta e rápida.

Com a compatibilização de projetos finalizada, os orçamentos podem ser feitos de forma mais precisa e eficiente, com os quantitativos bem delimitados e tipos de materiais definidos.

Para viabilizar um negócio é preciso estudar o aspecto financeiro. O orçamento é fundamental para dar início a qualquer trabalho. Sabemos que uma obra é uma atividade econômica, portanto a preocupação com os custos deve surgir no início do planejamento da mesma.

Um bom orçamento deve conter todas as atividades do negócio, onde irá auxiliar na tomada de qualquer decisão, e para que o resultado da obra seja lucrativo, assim como sucesso da construção, também é necessário que o orçamento seja eficiente. Um orçamento mal feito englobará resultados frustrados em custos e prazos. Por isso é primordial o uso dessa ferramenta que possibilita um planejamento efetivo do empreendimento.

O controle operacional de uma obra está diretamente ligado à sua produtividade, onde cada componente da obra, seja um serviço ou um insumo, precisa ser coordenado e considerado para o planejamento das etapas subsequentes. Existem diversas formas de se

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executar esse controle, inclusive, com o uso de ferramentas computacionais, como o Microsoft Project (MS Project).

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3 METODOLOGIA

3.1 ORÇAMENTOS

Para a realização da análise comparativa de caráter financeiro, entre o método construtivo de alvenaria convencional e o de paredes de concreto armado autoportantes, foram analisados os custos de ambos os métodos, para o mesmo edifício.

Em função de cada método possuir particularidades construtivas distintas, principalmente em quesitos estruturais, por conta do seu sistema construtivo, houve a necessidade de se analisar componentes equivalentes de cada orçamento, uma vez que as maiores diferenças entre os métodos são resumidas a estrutura. Desta forma, para a elaboração da análise de cada método, foram considerados os serviços de mão de obra e insumos, descritos nos quadros 03 e 04.

Os orçamentos de cada método, que serão detalhados no tópico seguinte, tiveram como base o orçamento real de um edifício multifamiliar de padrão popular, composto por 4 pavimentos, e 8 unidades habitacionais por pavimento, como mostram os anexos A e B. Os orçamentos, de ambos os métodos,foram desenvolvidos a partir de um orçamento real, assim como a análise do projeto arquitetônico, fornecidos pela “Construtora A”. A forma de utilização e aplicação do jogo de formas metálicas, é ilustrada no anexo C.

3.1.1 Alvenaria convencional

Para a realização do orçamento do edifício com estrutura em concreto armado, com fechamento em alvenaria cerâmica de vedação, foram considerados os valores de M.O e de insumos relacionados no Quadro 03.

Quadro 3 - Relação de serviços de M.O e insumos considerados para análise do orçamento do sistema de alvenaria convencional.

COMPONENTES

Serviços de M.O Insumos

Reboco interno Concretagem estaqueamento Alvenaria cerâmica de vedação Estaqueamento

Laje pré moldada Laje pré moldada

Formas de madeira Concretagem (pilar, viga, laje)

Armaduras Armaduras

Escav. e aterro estaqueamento Alvenaria cerâmica vedação

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Concretagem (pilar, viga, laje) Formas de madeira Concretagem estaqueamento Reboco externo Arrasamento estacas Mocheta

Escav. e aterro vigas baldrame Locação gabarito

Mocheta Drenagem superestrutura

Locação gabarito

Drenagem para superestrutura

Fonte: O autor (2020).

Diferentemente do método de paredes de concreto, no método da alvenaria convencional existe a necessidade de aplicação de uma camada de reboco interno e externo para a regularização superficial das paredes e do teto, portanto, na composição do orçamento, foi considerado a utilização deste componente.

3.1.2 Paredes de concreto

Para a realização do orçamento da estrutura do edifício em parede de concreto armado, foi considerado o mesmo edifício (Anexos A e B), juntamente com um orçamento real de fornecimento das formas metálicas. O orçamento da estrutura, foi reajustado para o sistema de parede de concreto, tendo como base orçamento original.

Os serviços de M.O. e insumos considerados neste orçamento, estão relacionados no Quadro 04.

Quadro 4 - Relação de serviços de M.O e insumos considerados para análise do orçamento do sistema de parede de concreto.

COMPONENTES

Serviços de M.O Insumos

Conjunto de formas e acessórios Concretagem (pilar, parede, laje)

Armaduras Concretagem estaqueamento

Concretagem (pilar, parede, laje) Armaduras Escav. e aterro estaqueamento Estaqueamento

Formas de madeira Conjunto de formas e acessórios Concretagem estaqueamento Formas de madeira

Arrasamento estacas Mocheta

Escav. e aterro vigas baldrame Locação gabarito

Mocheta Drenagem superestrutura

Locação gabarito

Drenagem para superestrutura

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3.2 PESQUISA EXPLORATÓRIA

Para a obtenção dos dados advindos dos usuários/consumidores e construtoras/incorporadoras, apresenta-se, através do fluxograma abaixo, a metodologia utilizada para a realização deste trabalho.

Figura 5 - Fluxograma da metodologia de pesquisa exploratória utilizada.

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3.3 COLETA DE DADOS

Realizou-se a análise comparativa entre dois sistemas construtivos utilizados na construção civil, alvenaria convencional e paredes de concreto armado autoportantes moldadas in loco. A comparação entre os métodos consistiu em levantar as particularidades de cada um, analisando a viabilidade de ambos.

Para obtenção dos dados e informações a serem analisados, foi realizado um questionário direcionado a incorporador e ao consumidor, levantando aspectos quanto ao uso, tempo de execução e orçamento.

3.4 INCORPORADOR

Entender a visão do incorporador, identificando quais utensílios são utilizados para determinar o método construtivo. Ao incorporador, foram realizados questionamentos acerca do tempo de execução e orçamento de obra por meio de uma pesquisa exploratória.

3.5 CONSUMIDOR

Compreender quais pontos o consumidor leva em consideração ao adquirir um imóvel. Ao consumidor, por meio do questionário, foram feitos questionamentos sobre o uso e a utilização do imóvel.

3.6 TEMPO DE EXECUÇÃO E ORÇAMENTO

Realizar um estudo comparativo entre os métodos comparando a relação tempo x custo, a partir de cruzamento de diferentes parâmetros.

3.7 UTILIZAÇÃO

Apresentar as particularidades de cada método visando aspectos considerados pelo consumidor.

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3.8 TRATAMENTO DE DADOS

Após a aplicação dos questionários, foi realizado o tratamento dos dados, possibilitando a obtenção dos resultados, a partir do uso de metodologias clássicas.

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4 RESULTADOS ESPERADOS

Através das informações obtidas, identificar-se-ão os gatilhos necessários que possam indicar qual método construtivo possui maior viabilidade para diferentes cenários, por meio da análise financeira entre os distintos métodos apresentados.

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO

Na proposta de análise comparativa entre os dois métodos distintos, parede em concreto armado e alvenaria convencional, foi utilizado como objeto de estudo um edifício de padrão popular composto por quatro pavimentos, contendo oito apartamentos por pavimento.

Buscou-se, através de uma pesquisa exploratória, entender se existe conhecimento e aplicação do método parede em concreto armado no dia a dia por parte dos construtores/incorporadores, assim como a visão do consumidor/usuário e suas prioridades ao adquirir um empreendimento.

4.1.1 Resultados Construtora / Incorporadora

A pesquisa exploratória atingiu ao todo 25 construtoras/incorporadoras da região sul de Santa Catarina, obtendo os seguintes resultados:

Na figura 6, encontram-se os métodos mais utilizados pelas construtoras/incorporadoras participantes da pesquisa exploratória.

Figura 6 - Qual método construtivo você mais utiliza?

Fonte: O autor (2020). 84% 12% 4% Alvenaria Convencional Alvenaria Estrutural Outro

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A alvenaria convencional está presente na maior parte das construtoras/incorporadoras. No entanto, algumas empresas já estão adotando outros métodos como alvenaria estrutural, porém, nenhuma apresenta como principal método construtivo a parede em concreto armado de acordo com os resultados da pesquisa.

A figura 07 representa a porcentagem de construtores/incorporadores que possuem conhecimento no método construtivo parede em concreto armado.

Figura 7 - Tem conhecimento do método construtivo parede em concreto armado?

Fonte: O autor (2020).

Na figura 8, apresenta-se a porcentagem de construtoras que já utilizaram o método parede em concreto armado em algum empreendimento.

20%

80%

Não Sim

(39)

Figura 8 - Já utilizou o método construtivo parede em concreto armado em algum empreendimento?

Fonte: O autor (2020).

A figura 7 informa que 80% das construtoras/incorporadoras tem conhecimento do método parede em concreto armado, porém, no gráfico 3 analisa-se que apenas 16% já utilizaram o método em algum empreendimento.

Na figura 9, apresenta-se a quantidade de construtoras/incorporadoras já efetuaram uma análise comparativa incluindo o sistema parede em concreto armado.

Figura 9 - Efetuou alguma análise comparativa entre sistemas construtivos nos últimos cinco anos, incluindo parede de concreto armado?

Fonte: O autor (2020). 84% 16% Não Sim 72% 28% Não Sim

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Apesar de 80% das construtoras/incorporadoras terem conhecimento do método parede em concreto armado, apenas 28% efetuou, de fato, alguma análise comparativa entre sistemas construtivos incluindo parede de concreto armado.

Na figura 10, encontra-se as maiores dificuldades que as construtoras/incorporadoras possuem para executar o método construtivo parede em concreto armado, segundo os resultados obtidos na pesquisa exploratória.

Figura 10 - Qual a maior dificuldade de executar esse tipo de método construtivo em sua região?

Fonte: O autor (2020).

Através da figura 10, pode-se destacar que a dificuldade de executar o método parede em concreto armado, encontra-se, principalmente, na falta de afinidade com o método e na ausência de mão de obra especializada segundo as construtoras/incorporadoras. Em uma análise seguinte, identifica-se que a falta de afinidade com o método representa um reflexo da não especificação do método construtivo, parede em concreto armado, nos projetos, impedindo a aplicação de novos métodos, em uma análise comparativa assim como sua utilização em obras. Logo, a ausência de mão de obra, que representa 24% da dificuldade, segundo a os dados aferidos, e a ausência de equipamentos, que representa por 4%, é consequência do mercado, pois não há demanda para o método, visto que não são aplicados no dia a dia das construtoras/incorporadoras. 4% 24% 8% 36% 28% Ausência de equipamentos Ausência de mão de obra especializada

Especificações de projetos Falta de afinidade com o método Outros

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4.1.2 Resultados Consumidor / Usuário

A pesquisa exploratória atingiu ao todo 117 consumidores/usuários, obtendo os seguintes resultados:

A figura 11 informa se o usuário ao adquirir um empreendimento busca conhecer o método construtivo utilizado no mesmo.

Figura 11 - Na aquisição de um imóvel você busca saber qual o método construtivo utilizado?

Fonte: O autor (2020).

Na figura 12 apresenta-se a opinião do usuário em relação a construtora/incorporadora no fornecimento de informações referente ao método construtivo utilizado.

9%

91%

Não Sim

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Figura 12 - Em sua opinião, é importante que a construtora especifique qual método construtivo utilizado no empreendimento?

Fonte: O autor (2020).

Nas figuras 11 e 12, pode-se observar a visão do consumidor/usuário com relação ao método construtivo do empreendimento, salientando que o consumidor/usuário acha importante que a construtora informe o método construtivo utilizado.

Na figura 13, apresenta-se o resultado da pesquisa exploratória em relação ao conhecimento dos consumidores/usuários do método construtivo parede em concreto armado.

Figura 13 - Tem conhecimento do sistema construtivo parede em concreto armado? 3% 97% Não Sim 54% 46% Não Sim

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Fonte: O autor (2020).

A figura 14 representa a opinião do consumidor/usuário em relação ao prazo de entrega do imóvel.

Figura 14 - Você considera como atrativo na negociação o prazo de entrega do imóvel?

Fonte: O autor (2020).

Encontra-se, na figura 15, as prioridades do consumidor/usuário considerando a qualidade do empreendimento, o preço e o prazo de entrega.

Figura 15 - O que você prioriza para a aquisição de um imóvel?

Fonte: O autor (2020). 100% Sim 2% 4% 27% 9% 58%

Prazo > Preço > Qualidade Preço > Prazo > Qualidade Preço > Qualidade > Prazo Qualidade > Prazo > Preço Qualidade > Preço > Prazo

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Conforme figura gráfico apresentado na figura 10, identifica-se que, de forma unanime, o prazo de entrega do empreendimento é um atrativo para a negociação do mesmo, porém, 58% dos participantes da pesquisa demonstraram priorizar qualidade do empreendimento e preço de venda antes do prazo do mesmo. Desse modo, admite-se que para existir alguma possibilidade de estudo comparativo entre os dois métodos apresentados, o método parede em concreto armado deve apresentar, ao mínimo, qualidade semelhante ao método convencional e preço de venda atrativo para o método ser viável economicamente.

4.2 PERCEPÇÕES SOBRE OS PARÂMETROS CONSTRUTIVOS

O método construtivo convencional apresenta maior ocupação dos esforços em torno da execução do empreendimento, isso ocorre devido ao curto prazo para entrega do empreendimento. Por consequência do tempo de entrega, muitas das vezes encontramos no dia a dia o adiantamento da execução do edifício, pulando etapas e posteriormente causando possíveis prejuízos, pois a falta de compatibilização dos projetos acaba exigindo certos “concertos” em obras, visto que os projetos necessitaram de alterações, porém a execução já havia se iniciado. Um exemplo a ser citado é a passagem de eletrodutos em locais já concretados, logo é necessário quebrar, desfazendo uma atividade feita anteriormente.

O método parede de concreto, como visto, é um método industrializado, dedicando maior tempo no planejamento de obra. Os ditos “concertos” em obra não são possíveis, logo, todos os projetos devem ser compatibilizados, resolvendo problemas e realizando alterações com antecedência. Um exemplo dessa compatibilização são os eletrodutos que passam pela parede, na qual deve haver uma compatibilização com o projeto elétrico para que seja concretado posteriormente a colocação dos mesmos.

O planejamento de obra em ambos os métodos é essencial para garantir qualidade e economia para a construção, porém, diferentemente do método convencional, o método parede em concreto armado exige o planejamento ideal realizando a compatibilização dos projetos com antecedência, logo há um padrão de qualidade nos empreendimentos construídos com esse método.

4.3 ANÁLISE FINANCEIRA DOS DIFERENTES CENÁRIOS

A comparação direta entre os orçamentos de cada método permite que seja analisado quais os componentes que possuem maior representação no custo total da obra.

(45)

Pode-se determinar, por meio da elaboração de curvas ABC, a relação “20 - 80%”, ou Pode-seja, quais os 20% de componentes que consomem 80% do orçamento.

Apresenta-se, através da Figura 16, as porcentagens individuais e acumuladas de cada componente, bem como suas classificações quanto a porcentagem equivalente e fração orçamentária, que compõe o orçamento total do sistema construtivo em alvenaria convencional.

Figura 16 - Curva ABC dos componentes do orçamento do sistema em alvenaria convencional.

Fonte: O autor (2020).

Quadro 5 - Porcentagens individuais, acumuladas e classificações, do sistema em alvenaria convencional. ORÇAMENTO TOTAL Componente Porcentagem individual Porcentagem acumulada Classificação

Reboco interno (M.O) 14,17% 14,17% A

Concretagem estaqueamento (IN) 11,82% 25,99% A

Estaqueamento (IN) 7,90% 33,89% A

Laje pré moldada(IN) 7,69% 41,58% A

Concretagem (pilar, viga, laje) (IN) 7,38% 48,96% A

Armaduras (IN) 6,57% 55,52% A

Alvenaria cerâmica de vedação (M.O) 6,19% 61,71% A

Laje pré moldada (M.O) 5,87% 67,58% A

Alvenaria cerâmica vedação (IN) 5,79% 73,37% B

0% 20% 40% 60% 80% 100% 0% 20% 40% 60% 80% 100% R eb o co in te rn o ( M.O ) Co n cre tag em e st aq u e am e n to ( IN ) Es taq u eamen to ( IN ) La je p ré mo ld ad a( IN ) Co n cre tag em ( p ilar, v ig a, laje ) ( IN ) A rma d u ras ( IN ) A lve n ari a c er âm ic a d e ved aç ão ( M .O ) La je p ré mo ld ad a ( M.O ) A lve n ari a c er âm ic a ved aç ão ( IN ) R eb o co in te rn o ( IN ) Fo rmas d e made ira (M.O ) A rma d u ras ( M .O ) Fo rmas d e made ira (I N ) Es cav . e ate rr o e staq u e amen to ( M.O ) Re b o co e xte rn o ( M .O ) R eb o co e xte rn o ( IN ) Co n cre tag em ( p ilar, v ig a, laje ) ( M.O ) Co n cre tag em e st aq u e am e n to ( M.O ) A rras amen to e stac as ( M.O ) Es cav . e ate rr o vig as b ald ra me ( M .O ) Mo ch eta ( M.O ) Mo ch eta ( IN) Lo caç ão g ab ar ito ( M.O ) Lo caç ão g ab ar ito ( IN ) Dr e n ag e m p ara s u p er es tr u tu ra (M.O ) Dr e n ag e m su p ere str u tu ra (I N ) Porcentagem individual Porcentagem acumulada

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Reboco interno (IN) 5,70% 79,07% B

Formas de madeira (M.O) 3,80% 82,86% B

Armaduras (M.O) 3,52% 86,38% B

Formas de madeira (IN) 2,99% 89,37% B

Escav. e aterro estaqueamento (M.O) 2,58% 91,95% C

Reboco externo (M.O) 2,37% 94,32% C

Reboco externo (IN) 1,66% 95,98% C

Concretagem (pilar, viga, laje) (M.O) 1,56% 97,55% C Concretagem estaqueamento (M.O) 0,75% 98,30% C

Arrasamento estacas (M.O) 0,65% 98,95% C

Escav. e aterro vigas baldrame (M.O) 0,41% 99,36% C

Mocheta (M.O) 0,24% 99,59% C

Mocheta (IN) 0,17% 99,77% C

Locação gabarito (M.O) 0,11% 99,88% C

Locação gabarito (IN) 0,05% 99,92% C

Drenagem para superestrutura (M.O) 0,04% 99,96% C

Drenagem superestrutura (IN) 0,04% 100,00% C

TOTAL 100,00%

Fonte: O autor (2020).

Conforme apresentado na Figura 16 e no Quadro 05, pode-se afirmar que os componentes que satisfazem a relação “20% - 80%” são; Reboco interno (M.O), Concretagem estaqueamento (IN), Estaqueamento (IN), Laje pré moldada (IN), Concretagem (pilar, viga, laje) (IN), Armaduras (IN), Alvenaria cerâmica de vedação (M.O) e Laje pré moldada (M.O) que, em sua totalidade, representam apenas 30,77% dos componentes do orçamento (Classificação “A”), porém, consomem 67,58% do custo orçamentário total.

Pode-se afirmar, ainda, que a maioria dos componentes do orçamento são insumos, enquanto uma menor parte compreende os serviços de M.O.

Na figura 17, apresenta-se a curva ABC do método de parede de concreto, assim como as classificações dos componentes e suas respectivas porcentagens individuais e acumuladas, para composição da relação “20% - 80%”.

(47)

Figura 17 - Curva ABC dos componentes do orçamento do sistema em parede de concreto, considerando o valor diluído do conjunto de formas.

Fonte: O autor (2020).

Quadro 6 - Porcentagens individuais, acumuladas e classificações, do sistema em parede de concreto, considerando o valor diluído do conjunto de formas.

ORÇAMENTO TOTAL

Componente Porcentagem

individual

Porcentagem

acumulada Classificação

Concretagem (pilar, parede, laje) (IN) 27,35% 27,35% A Concretagem estaqueamento (IN) 15,93% 43,28% A

Armaduras (IN) 12,13% 55,42% A

Estaqueamento (IN) 10,65% 66,07% A

Conjunto de formas e acessórios (M.O) 8,34% 74,40% B

Armaduras (M.O) 6,59% 80,99% B

Concretagem (pilar, parede, laje) (M.O) 5,87% 86,86% B Escav. e aterro estaqueamento (M.O) 3,48% 90,34% C Conjunto de formas e acessórios (IN) 3,44% 93,78% C

Formas de madeira (M.O) 1,63% 95,41% C

Formas de madeira (IN) 1,28% 96,69% C

Concretagem estaqueamento (M.O) 1,01% 97,71% C

Arrasamento estacas (M.O) 0,87% 98,58% C

Escav. e aterro vigas baldrame (M.O) 0,56% 99,14% C

Mocheta (M.O) 0,32% 99,45% C Mocheta (IN) 0,23% 99,69% C 0% 20% 40% 60% 80% 100% 0% 20% 40% 60% 80% 100% Co n cre tag em ( p ilar, par ed e , l aje ) ( IN ) Co n cre tag em e st aq u e am e n to ( IN ) A rma d u ras ( IN ) Es taq u eamen to ( IN ) Co n ju n to d e fo rmas e ac es só ri o s (M.O ) A rma d u ras ( M .O ) Co n cre tag em ( p ilar, par ed e , l aje ) ( M.O ) Es cav . e ate rr o e staq u e amen to ( M.O ) Co n ju n to d e fo rmas e ac es só ri o s (IN ) Fo rmas d e made ira (M.O ) Fo rmas d e made ira (I N ) Co n cre tag em e st aq u e am e n to ( M.O ) A rras amen to e stac as ( M.O ) Es cav . e ate rr o vig as b ald ra me ( M .O ) Mo ch eta ( M.O ) Mo ch eta ( IN ) Lo caç ão g ab ar ito ( M.O ) Lo caç ão g ab ar ito ( IN ) Dr e n ag e m p ara s u p er es tr u tu ra (M.O ) Dr e n ag e m su p ere str u tu ra (I N ) Porcentagem individual Porcentagem acumulada

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Locação gabarito (M.O) 0,15% 99,84% C

Locação gabarito (IN) 0,06% 99,90% C

Drenagem para superestrutura (M.O) 0,05% 99,95% C

Drenagem superestrutura (IN) 0,05% 100,00% C

TOTAL 100,00%

Fonte: O autor (2020).

Conforme observado, os componentes que atendem a relação “20% - 80%”, do método em parede de concreto, são: Concretagem (pilar, parede, laje) (IN), Concretagem estaqueamento (IN), Armaduras (IN) e Estaqueamento (IN) que, juntos, correspondem a apenas 20% do total de componentes do orçamento (Classificação “A”), porém, compreendem 66,07% do custo total previsto. Pode-se destacar, ainda, que estes 20% de componentes são, em sua totalidade, apenas insumos, ou seja, não compreendendo valores de M.O.

A análise geral do orçamento, considerando os insumos e mão de obra, permite obter os valores globais que mais representam no custo total da obra. Porém, para que se possa obter valores mais específicos e precisos, a análise separada de cada grupo de componentes, ou seja, dos insumos e da mão se obra, também se torna necessária.

Desta forma, na figura 18, apresenta-se a análise de Pareto (Curva ABC) para os serviços de M.O. e insumos, para o método em alvenaria convencional.

Figura 18 - Curva ABC isolada dos componentes de M.O do sistema em alvenaria convencional. Fonte: O autor (2020). 0% 20% 40% 60% 80% 100% R e b o co in te rn o A lv e n a ri a c e râ m ic a d e v e d a çã o La je p ré m o ld a d a Fo rm a s d e m a d e ir a A rm a d u ra s E sc a v. e a te rr o e st a q u e a m e n to R e b o co e xt e rn o C o n cr e ta ge m ( p il a r, v ig a , l a je ) C o n cr e ta ge m e st a q u e a m e n to A rr a sa m e n to e st a ca s E sc a v. e a te rr o v ig a s b a ld ra m e M o ch e ta Lo ca çã o g a b a ri to D re n a ge m p a ra s u p e re st ru tu ra Porcentagem individual Porcentagem acumulada

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Quadro 7 - Porcentagens individuais, acumuladas e classificações isoladas, dos componentes de M.O do sistema em alvenaria convencional.

MÃO DE OBRA M.O Porcentagem individual Porcentagem acumulada Classificação Reboco interno 33,54% 33,54% A

Alvenaria cerâmica de vedação 14,64% 48,18% A

Laje pré moldada 13,88% 62,06% A

Formas de madeira 8,98% 71,05% B

Armaduras 8,33% 79,37% B

Escav. e aterro estaqueamento 6,10% 85,48% B

Reboco externo 5,62% 91,10% C

Concretagem (pilar, viga, laje) 3,70% 94,80% C

Concretagem estaqueamento 1,78% 96,58% C

Arrasamento estacas 1,53% 98,11% C

Escav. e aterro vigas baldrame 0,98% 99,09% C

Mocheta 0,56% 99,64% C

Locação gabarito 0,27% 99,91% C

Drenagem para superestrutura 0,09% 100,00% C

TOTAL 100,00%

Fonte: O autor (2020).

Conforme observado, na Figura 18 e Quadro 07, os serviços de M.O. que mais consomem recursos, no sistema de alvenaria convencional, são: Reboco interno, Alvenaria cerâmica de vedação e Laje pré moldada que, juntos, representam apenas 21,43% do total de serviços de M.O., mas consomem 62,06% do orçamento previsto.

Através da figura 19, é apresentada a análise dos insumos, para o sistema construtivo em alvenaria convencional.

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Figura 19 - Curva ABC isolada dos insumos do sistema em alvenaria convencional.

Fonte: O autor (2020).

Quadro 8 - Porcentagens individuais, acumuladas e classificações isoladas, dos insumos do sistema em alvenaria convencional.

INSUMOS Insumo Porcentagem individual Porcentagem acumulada Classificação Concretagem estaqueamento 20,47% 20,47% A Estaqueamento 13,68% 34,15% A Laje pré moldada 13,31% 47,46% A

Concretagem (pilar, viga, laje) 12,77% 60,24% A

Armaduras 11,37% 71,61% B

Alvenaria cerâmica vedação 10,03% 81,64% B

Reboco interno 9,87% 91,51% C Formas de madeira 5,18% 96,69% C Reboco externo 2,87% 99,56% C Mocheta 0,30% 99,86% C Locação gabarito 0,08% 99,93% C Drenagem superestrutura 0,07% 100,00% C TOTAL 100,00% Fonte: O autor (2020).

Conforme Figura 19 e Quadro 08, pode-se afirmar que os insumos que mais consomem recursos, para o sistema construtivo em alvenaria convencional, são: Concretagem

0% 20% 40% 60% 80% 100% C o n cr e ta ge m e st a q u e a m e n to E st a q u e a m e n to La je p ré m o ld a d a C o n cr e ta ge m ( p il a r, v ig a , l a je ) A rm a d u ra s A lv e n a ri a c e râ m ic a v e d a çã o R e b o co in te rn o Fo rm a s d e m a d e ir a R e b o co e xt e rn o M o ch e ta Lo ca çã o g a b a ri to D re n a ge m s u p e re st ru tu ra Porcentagem individual Porcentagem acumulada

Referências

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