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Projeto e Análise Desempenho de um Reator Saturado de 570 kvar e 13,8 kv para Regulação de Tensão

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Academic year: 2022

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Projeto e Análise Desempenho de um Reator Saturado de 570 kVAr e 13,8 kV para Regulação

de Tensão

J. M. Pacheco, MSc, J. C. Oliveira, PhD, A. B. Vasconcellos, Dr, R. Apolônio, Dr, N. R. O. Miranda, Eng., E. S. Pereira, Eng.

Resumo—Este artigo tem por propósito apresentar e discutir os resultados obtidos no processo construtivo e análise operacional de um protótipo de reator saturado em escala real, de 570 kVAr e 13,8 kV. Os desempenhos obtidos são esclarecedores sobre avanços atingidos nas questões associadas com o projeto e características operativas do equipamento, em relação a outras versões apresentadas pelos autores. O foco dos trabalhos encontra-se direcionado à estratégia do projeto, aspectos construtivos e de montagem dos núcleos magnéticos e finalmente ao funcionamento do produto, principalmente quanto a questão da redução das perdas internas quando da absorção da potência reativa definida como premissa de cálculo.

Comparativamente a outros equipamentos construídos e avaliados pelos autores, o novo produto demonstra expressivos ganhos, principalmente no que tange às perdas, rendimentos, temperaturas de operação, etc. Tendo em vista a grande relevância que tais variáveis exercem sobre o funcionamento dos dispositivos em pauta, fica evidenciada a grande importância que os princípios de projeto exercem na construção e operação dos reatores saturados.

Palavras-chave – Reator saturado, compensação de reativos, operação, distorções harmônicas.

I. INTRODUÇÃO

O

s sistemas de potência devem ser planejados e operados de forma tal a fornecer aos seus usuários níveis de qualidade dentro dos padrões aceitos. Dentre os indicadores de qualidade ressalta-se a questão dos níveis da tensão de suprimento, conforme determinado pela Resolução 505 da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), de 26 de

novembro de 2001 (reeditada em 16 de Janeiro de 2004). Este documento estabelece que, sistemas alimentados com tensão nominal inferior a 69 kV, sob condições normais, não podem operar com variações de tensões que excedam +5% / -7% do valor contratado e, sob condições criticas, os níveis admissíveis são de +5% / -10%. Quando da violação destes patamares, diversos recursos conhecidos no cenário da engenharia elétrica, podem ser empregados. Dentre aquelas mais tradicionais ressaltam-se o emprego de bancos de capacitores fixos ou automáticos, compensadores síncronos, e outras, envolvendo as mais avançadas técnicas da eletrônica, como é o caso dos dispositivos controlados e chaveados à tiristores e os modernos UPF’s [1]. A escolha entre uma ou outra estratégia passa, necessariamente, pela avaliação das questões técnicas e econômicas. Focando estas últimas questões, ressurge uma tecnologia já amplamente utilizada no passado, a qual se baseia em dispositivos eletromagnéticos saturados para o controle de tensão [2], [3]. Esta alternativa fica ainda reforçada quando se observa os atrativos vinculados à simplicidade construtiva, operacional, baixa manutenção e ainda custo competitivo. De fato, sem a pretensão de se afirmar que as soluções eletromagnéticas se apresentam como solução substitutiva à tecnologia em uso, o emprego destes reatores, em conjunto com bancos de capacitores em paralelo, proporciona uma vertente de equipamentos mais simples e propícios ao processo da regulação da tensão para muitas necessidades do setor elétrico.

J. M. Pacheco é Professor do Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Mato Grosso, Brasil (e-mail: jackson@ufmt.br).

J. C. Oliveira é Professor da Faculdade de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Uberlândia, Brasil (e-mail: jcoliveira@ufu.br).

A. B. Vasconcellos é Professor do Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Mato Grosso, Brasil (e-mail: arnulfo@ufmt.br).

R. Apolônio é Professor do Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Mato Grosso, Brasil (e-mail: apolônio@ufmt.br).

N.R.O.Miranda é Engenheiro da Cia. Energética de Brasília - DF (e-mail:

nelson.miranda@ceb.com.br).

E. da S. Pereira é Engenheiro do Grupo Rede-CEMAT (e-mail:

eraldo.pereira@gruporede.br).

Neste contexto, alguns pólos de pesquisa no país têm procurado trazer este tipo de dispositivo de compensação à discussão. Alguns resultados já publicados [4], [5], [6], [7], [8], [9], [11] têm demonstrado a exeqüibilidade construtiva e operacional do equipamento. Todavia, os primeiros protótipos construídos em escala real evidenciaram algumas dificuldades, principalmente no que tange às perdas e questões térmicas correlatas. Dentro desta área de preocupações, o presente artigo encontra-se direcionado a mostrar os avanços no projeto, construção e funcionamento de reatores saturados destinados aos fins aqui delineados. Para tanto são apresentados, de modo sintetizado, as premissas seguidas para o projeto do reator, o produto final obtido e os desempenhos em campo sob distintas tensões de suprimento.

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II. REATOR SATURADO: FUNDAMENTOS E

CARACTERÍSTICAS DE OPERAÇÃO

Os princípios básicos e características de funcionamento do compensador estático tipo reator a núcleo saturado, assim como o seu modelo físico e correspondente diagrama de blocos para a simulação computacional constituem-se em temas tratados em [4], [5], [6], [7] e [11], motivo pelo qual dispensa-se maiores atenções à tais questões, a não ser por uma síntese do funcionamento do dispositivo.

A característica V x I de um reator saturado, mostrada na Fig. 1, permite observar que, na sua região não-saturada, sua indutância é alta e a respectiva corrente absorvida da rede é pequena. Assim que a saturação é atingida, a indutância é diminuída e, por conseguinte, a corrente associada é incrementada, assim como também a potência reativa absorvida. Desta maneira, baseado em princípios aplicáveis aos circuitos elétricos, constata-se que, quando da ocorrência de elevações da tensão, o reator a núcleo saturado pode ser empregado para a regulação desta grandeza, observadas as limitações impostas por um estatismo natural à inclinação da curva indicada.

Fig. 1. Característica de saturação intrínseca ao material magnético.

Com a inclusão de um capacitor paralelo (CP), como mostra a Fig. 2, o novo arranjo pode, agora, absorver ou fornecer potência reativa, agindo, desta forma, como compensador da regulação da tensão quando da ocorrência de uma elevação ou redução da tensão do barramento.

Na Fig. 2:

v(t) – tensão nos terminais do compensador;

i(t) – corrente total associada com a operação do compensador;

iC(t) – corrente no capacitor paralelo;

iR(t) – corrente no reator saturado;

LR – indutância do reator;

CP – capacitância do banco paralelo.

Fig. 2. Diagrama unifilar do compensador.

A Fig. 3, por sua vez, permite visualizar a operação do equipamento, evidenciando a região de domínio do efeito indutivo e do capacitivo. Esta ilustração, diferentemente da simbologia acima, emprega o domínio da freqüência como técnica de análise.

Fig. 3. Característica V x I do compensador estático à reator saturado.

III. FUNDAMENTOS ASSOCIADOS COM O PROJETO DO

REATOR

No que tange aos mecanismos utilizados para a definição dos montantes necessários de potência reativa indutiva e capacitiva para as mais diversas aplicações, este obedecem a princípios muito bem estabelecidos pela engenharia elétrica.

Desta forma, através de mecanismos conhecidos obtêm-se as faixas requeridas para as potências reativas, para cada aplicação. Estas, normalmente são expressas em regiões delimitadas pelo fornecimento máximo e consumo máximo necessários ao processo do controle da tensão. Dentro destes limites o desempenho dinâmico do sistema de compensação irá ditar as características operativas quando a manutenção dos padrões de fornecimento de tensão. É, pois dentro deste cenário que surge a solução técnica focada neste artigo.

Uma vez conhecida a faixa de potências reativas determina-se, com facilidade, o valor da potência do banco de capacitores e a do reator para uma determinada tensão de operação. Uma vez feita a opção pelo reator saturado como forma de atender à questão do consumo dinâmico de reativos, vale lembrar que as referências anteriormente citadas esclarecem sobre a possibilidade de algumas formas construtivas que contemplem, dentre outras questões, a atenuação da geração de componentes harmônicas pelos dispositivos eletromagnéticos não lineares. Dos arranjos conhecidos e difundidos como forma construtiva dos reatores

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ressalta-se a topologia conhecida por reator saturado tipo twin- tripler. Este dispositivo oferece um bom equilíbrio entre o processo construtivo e as características operativas esperadas.

Por tal motivo esta é a opção que tem sido seguida pelos autores na busca do domínio da tecnologia em pauta.

Uma vez definida a potência reativa requerida a uma dada tensão e a forma construtiva do dispositivo não-linear, a etapa subseqüente consiste na definição das bases do projeto para a fabricação do dispositivo. Neste sentido, a bibliografia existente se mostra extremamente carente e são inúmeras as possibilidades que conduziriam ao atendimento aos requisitos estabelecidos. Todavia, distintos projetos conduzirão, inevitavelmente, à dispositivos com diferentes desempenhos no que tange às suas características operativas. Dentre elas, uma importante propriedade diz respeito às perdas e respectivos impactos térmicos no funcionamento do equipamento, principalmente quando da absorção de potências em torno da nominal.

Objetivando contribuir neste sentido sistematizou-se um procedimento computacional em ambiente MATLAB, voltado para a obtenção de um pré-projeto de um reator saturado, conforme definido pelo diagrama de blocos da Fig. 4.

Fig. 4. Diagrama de blocos sintetizando o processo do projeto básico do reator saturado.

IV. PROTÓTIPO DE REATOR EM ESCALA REAL

Utilizando a estratégia acima, para uma aplicação específica de interesse de uma empresa concessionária de distribuição, procedeu-se ao dimensionamento de um reator direcionado para uma rede de 13,8 kV. O caso exemplo objetivou oferecer uma compensação em um ponto remoto de uma linha radial, o qual, em períodos das chuvas, experimenta, face ao desligamento de um grande conjunto de equipamentos de irrigação, expressivas elevações de tensão.

Focando, pois esta situação especial o reator em pauta deve apresentar as características de desempenho fornecidas na seqüência. O resultado final corresponde a uma combinação de informações derivadas do software destinado ao projeto básico e de complementos de fabricação definidos pela empresa responsável pela construção do reator.

Potência: 570 kVAr

Tensão de operação: 13,8 kV Freqüência: 60 Hz

Fases: 03

Número de taps: 05 Peso do reator: 4800 kg Volume de óleo: 1045 litros Meio isolante: Óleo mineral

Início

Núcleo: Aço silício GO-0,27 mm Isoladores: Porcelana

Especificação do reator

Comutador: Acionamento externo Tanque: Confeccionado com aço carbono Pintura: Cor cinza claro padrão MUNSEU N6,5

Definição do ponto de operação

Material dos enrolamentos: Cobre eletrolítico

Projeto dos núcleos

do reator Além dos parâmetros acima o equipamento ainda conta

com os seguintes acessórios:

Bucha AT

Não Viabilidade

construtiva Orelha de suspensão

Válvula para drenagem de óleo

Sim

Placa de Identificação

Simulação

Dispositivo de aterramento Estrutura de apoio para macaco Radiadores

Não Satisfação das

características V x I Tampa de inspeção

Grampo de fixação

Sim Roda bidirecional

Simulação no

Saber Indicador externo de nível de óleo

Válvula de alívio Termômetro

Acionamento do comutador externo

Satisfação das características Vx I e

harmônicos

Não

A Fig. 5 destaca o protótipo em escala real construído para o atendimento às necessidades da rede de distribuição anteriormente mencionada. Um dos aspectos diferenciados em relação a outros produtos fabricados sob a orientação dos autores refere-se a forma de montagem dos dois núcleos que forma o arranjo twin-tripler, os quais passaram a ser dispostos longitudinalmente e não mais frontalmente. Também, os suportes mecânicos destes passaram a possuir uma base com

Sim Fim

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isolamento magnético aumentando, assim, as relutâncias magnéticas para a fuga dos fluxos.

Fig. 5. Reator a Núcleo Saturado de 570 kVAr e 13,8 kV.

V. AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO – COMPUTACIONAL

Esta seção encontra-se dirigida a estudos de desempenho do reator saturado supra caracterizado utilizando para tanto uma base computacional que utiliza técnicas de modelagem no domínio do tempo. Desta forma, incorporando os dados necessários ao modelo do equipamento em foco, o que foi objeto dos trabalhos reportados em [10], [11], foi possível a realização de estudos de desempenho anteriormente ao processo construtivo do reator propriamente dito. Estes estudos compreendem a investigação da correlação entre a tensão aplicada e o consumo de reativos, distorções harmônicas, etc.

A Fig. 6 fornece as formas de onda das correntes de linha associadas com o funcionamento do dispositivo sob uma tensão eficaz de 13,9 kV. O valor ligeiramente superior aos 13,8 kV foi utilizado em função daquela disponibilizada nos ensaios em campo. Complementarmente, as Fig. 7, 8 e 9 expressam seus respectivos espectros harmônicos. Os resultados enfatizam que as correntes eficazes obtidas foram, respectivamente, de 25,3 , 23,8 e 24,9 A, com um valor eficaz médio de 24,7 A. A potência reativa trifásica calculada foi de 593,8 kVAr e a distorção harmônica de corrente ficou em torno de 25,1%.

Os resultados descritos evidenciam que o desempenho computacional do reator se mostra compatível com as premissas do projeto. No que tange as formas de onda das correntes e seus correspondentes espectros harmônicos, estes estão também em consonância com as expectativas teóricas.

Fig. 6. Formas de onda das correntes nas linhas A, B e C. (Simulação)

Fig. 7. Espectro harmônico da corrente na fase A. (Simulação )

Fig. 8. Espectro harmônico da corrente na fase B. (Simulação )

Fig. 9. Espectro harmônico da corrente na fase C. (Simulação)

VI. AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO - EXPERIMENTAL

Uma vez instalado o equipamento numa subestação que permitisse, via variação de taps de um transformador, alterar a tensão aplicada ao reator, procedeu-se a uma série de procedimentos voltados para a validação das previsões teóricas feitas pelas planilhas de cálculo, assim como também dos estudos computacionais anteriormente referidos.

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Nestes termos, omitindo maiores informações sobre a instalação e equipamentos de medição utilizados, foram obtidas as correntes de linha para o reator, sob uma tensão de 13,9 kV, conforme mostra a Fig. 10. Seus valores eficazes são de 24,9, 24,7 e 25,0 A, respectivamente. O valor eficaz médio é de 24,9 A e a potência reativa trifásica medida foi de 587 kVAr.

Fig. 10. Forma de onda da corrente nas fases A, B e C (Medido)

Os espectros harmônicos das correntes são mostrados na Fig. 11, que evidencia uma distorção total da ordem de 20,8%.

Mais uma vez, o conteúdo espectral apresenta uma forte predominância das componentes de ordem 11 e 13. Estas freqüências, como previsto pelos fundamentos que norteiam o funcionamento dos reatores saturados twin-triple, estão em total sintonia com as expectativas, visto que o equipamento em pauta produz componentes genericamente representadas pelas ordens n=12k±1.

Fig. 11. Espectro harmônico da corrente na fase A, B e C (Medido)

Os resultados obtidos demonstram uma boa correlação entre os desempenhos previstos computacionalmente com aqueles obtidos das medições de campo. Nestes termos, muito embora a ilustração do desempenho do reator para apenas uma única tensão, verifica-se que os procedimentos teóricos se mostraram apropriados aos fins do dimensionamento aqui almejados.

No que tange aos valores das distorções harmônicas encontradas e seus impactos sobre a tensão do barramento de conexão, os resultados destacados na Fig. 12 evidenciam níveis de distorções totais em torno de 2%. Estes valores apresentam-se em conformidade com os documentos de referência sobre a matéria [12].

Fig. 12. Espectro harmônico da tensão na fase A, B e C (Medido)

Objetivando oferecer uma síntese dos principais resultados obtidos, assim como também uma base para comparação entre os desempenhos dos modelos computacionais diante dos resultados obtidos em campo, a Tabela I fornece as principais informações relativas aos resultados finais obtidos.

TABELA I

RESUMO COMPARATIVO ENTRE AS PRINCIPAIS GRANDEZAS DE DESEMPENHO DO REATOR SATURADO

Método Grandezas

no Reator Simulação MATLAB

Simulação SABER

Medição CAMPO Tensão eficaz aplicada

fase-fase 13,9 kV 13,9 kV 13,9 kV

Corrente de linha

média 25,5 A 24,7 A 24,9 A

Potência reativa

absorvida pelo reator 605 kVAr 594 kVAr 587 kVAr Perdas ativas

do reator 28 kW - 28 kW

Distorção harmônica

total de corrente - 25,4 % 20,8 %

Os valores fornecidos e que expressam a operação do reator quando o mesmo se encontra sob uma tensão de 13,9 kV evidenciam uma boa proximidade numérica para as diversas grandezas focadas. Embora não se tenha anexado as temperaturas de funcionamento do reator, até mesmo pelo fato que os métodos computacionais empregados não fornecem tal característica de funcionamento, é importante ressaltar que o termômetro anexado do protótipo não evidenciam qualquer anomalia térmica. A temperatura observada sob 13,9 kV ficou em torno de 60 oC no termômetro e a temperatura ambiente de 28 oC, produzindo portanto uma elevação de temperatura de 32 oC. A melhoria das condições térmicas está atrelada ao fato que, enquanto que os protótipos anteriores ao presente apresentavam perdas (quando do funcionamento com potência reativa nominal) em torno de 7 ou 8%, os valores constantes na Tabela 1 mostram que as mesmas passaram a situar-se nas imediações de 4,7%. Somado a isto, a forma de montagem longitudinal também favoreceu a dissipação térmica.

VII. CONCLUSÃO

O enfoque principal deste artigo foi de utilizar uma metodologia diferenciada para o projeto e construção de reatores saturados destinados ao controle da tensão em redes

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elétricas. A concepção utilizada conduziu ao protótipo ilustrado, o qual, comparativamente a outros já apresentados em publicações anteriores, apresenta-se com diferenças tais como: montagem dos núcleos trifásicos em disposição longitudinal; isolamento magnético na base de suporte dos núcleos e dimensões físicas resultantes de um procedimento voltado para uma sistemática de otimização de desempenho.

Este conjunto de ações conduziu a um reator cujas características de desempenho se mostraram apropriadas aos fins almejados. A título de ilustração foram mostrados resultados computacionais e experimentais para o funcionamento do dispositivo sob a ação de uma única tensão, de 13,9 kV. Vários outros testes foram conduzidos, porém considerou-se desnecessário reproduzi-os aqui, visto que as formas de onda e valores obtidos também se mostraram em consonância com as expectativas. Também, como demonstrado, o modelo computacional se mostrou apropriado aos objetivos de estudos computacionais de desempenho do equipamento, antes mesmo de sua construção. Um ponto meritório de destaque refere-se aos ganhos obtidos quando à questão da dissipação térmica e temperatura de operação. Esta questão constituiu-se num relevante problema para as experiências passadas em equipamentos similares. De fato, os registros de campo ratificaram as previsões de condições térmicas muito mais favoráveis que as até então conseguidas.

Neste particular ressalta-se que os autores entendem que o domínio das técnicas de projeto ainda não está concluído e que o tema é ainda merecedor de maiores investigações objetivando a otimização do processo.

VIII. AGRADECIMENTO

Os autores expressam seus agradecimentos à CEB Distribuição pelo projeto de P&D que permitiu os avanços destacados neste artigo e ao Grupo Rede-CEMAT por ter cedido às instalações da Subestação em Cuiabá-MT para a realização dos testes do reator.

IX. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] Thanawala, H. J., Kelham, W. O., Crawshaw, A. M.. – Static Compensator Using Thyristor Control With Saturated Reators and With Low Reactance Linear Reactors, IEE Conference on Thyristor and Variable Static Equipment for AC and DC Transmission, London, 1981.

[2] Ainsworth, J. D., Friedlander, E., Yacamini, R.. – Application of Saturated Reactor to AC Voltage Stabilization for HVDC Transmission and Other Large Convertors, IEEE Pas Summer Meeting and EHV/UHV Conference, Vancouver, July 1973.

[3] Friedlander, E.. – Principle and Analysis of a Strabilized Phase Multiplier Type of Magnetic Frequency Convertor, Electrical Energy, vol. I, pp. 55-66, octuber 1956.

[4] Oliveira, J. C., Vasconcellos, A. B., Apolônio, R. – Compensador Estático Tipo Reator à Saturado: Análise Computacional Versus Experimental . XV Congresso Brasileiro de Automação (CBA) , Gramado – Rio Grande do Sul – Brasil, 21 a 24 de Setembro de 2003.

[5] Oliveira, J. C., Vasconcellos, A. B., Apolônio, R. – Compensador Estático a Reator Saturado: Geração Harmônica Sob Condições Ideais e Não Ideais de Suprimento. V SBQEE, Aracaju – Sergipe – Brasil, 17 a 20 de Agosto de 2003.

[6] Oliveira, J. C., Vasconcellos, A. B., Apolônio, R. – Saturated Core Reactor Static Compensator: Computational Versus Experimental Performance Analysis. 11° International Conference on Harmonics And Quality of Power (ICHQP) – September 2004– New York.

[7] Oliveira, J. C., Vasconcellos, A. B., Apolônio, R. – A Strategy For Voltage Regulation in Eolic Systems. 11° International Conference on Harmonics And Quality of Power (ICHQP) – September 2004– New York .

[8] Oliveira, J. C., Vasconcellos, A. B., Apolônio, R. – Uma Proposta Para a Melhoria do Desempenho de Sistemas Eólicos Sob o ponto de Vista do Controle da Tensão: Reator à Núcleo Saturado. XV Congresso Brasileiro de Automação (CBA) , Gramado – Rio Grande do Sul – Brasil, 21 a 24 de Setembro de 2003.

[9] Fonte, L. A. M., – Reatores Saturados; Alguns Aspectos Operacionais e de Projeto, Dissertação de Mestrado, UFPE, Maio 1996.

[10] Lancarotte, M. S. – Previsão das perdas magnéticas na presença de harmônicos. Dissertação – Escola Politécnica da Universidade de São Paulo – São Paulo – Brasil., 1999.

[11] Vasconcellos, A. B. – Modelagem, Projeto e Construção de Compensadores Estáticos Tipo Reator à Núcleo Saturado para melhoria da Qualidade da Energia: Análise Computacional e Validação Experimental. Tese – Universidade Federal de Uberlândia – Uberlândia – Brasil., 2004.

[12] ONS Operador Nacional do Sistema Elétrico. – Padrões de Desempenho da Rede Básica. Brasil , 2002.

X. BIOGRAFIAS

Jackson Marques Pacheco nasceu em Cuiabá–MT, Brasil.. Obteve o título de bacharel em engenharia elétrica em 1980 na Universidade Federal de Mato Grosso; o título de mestre em 2000 na Universidade Federal de Mato Grosso – Brasil. Atualmente é professor do Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Mato Grosso e Doutorando em Engenharia Elétrica na Universidade Federal de Uberlândia - Brasil.

José Carlos de Oliveira nasceu em Itajuba–MG, Brasil.

Obteve os títulos de Bacharel e Mestre na Universidade Federal de Itajubá-Brasil e o título de PhD na Universidade de Manchester – Instituto de Ciência e Tecnologia – Manchester – Reino Unido. Atualmente é pesquisador na Faculdade de Engenharia Elétrica, na Universidade Federal de Uberlândia - Brasil.

Arnulfo Barroso de Vasconcellos nasceu em Corumbá- MT, Brasil. Obteve o título de bacharel em engenharia elétrica em 1980 na Universidade Federal de Mato Grosso, o título de mestre em 1987 na Universidade Federal de Uberlândia – Brasil e o título de Doutor em 2004 na Universidade Federal de Uberlândia - Brasil.

Atualmente é professor e pesquisador na Universidade Federal de Mato Grosso - Brasil.

Roberto Apolônio nasceu em Lucélia-SP, Brasil. Obteve o título de bacharel em engenharia elétrica em 1981 na Universidade Federal de Mato Grosso, o título de mestre em 1988 na Universidade Federal de Santa Catarina- Brasil e o título de Doutor em 2004 na Universidade de Uberlândia – Brasil. Atualmente é professor e pesquisador na Universidade Federal de Mato Grosso - Brasil.

Nelson Roberto O. Miranda é Engenheiro da Cia.

Energética de Brasília – DF. Obteve o título de bacharel em engenharia elétrica pela Universidade Federal de Uberlândia e atualmente pertence ao corpo de engenheiros da Cia. Energética de Brasília – DF.

Eraldo da Silva Pereira, obteve o título de bacharel em engenharia elétrica em 1978 na Universidade Federal do Rio de Janeiro, o título de especialista em Sistemas Elétrico de Potência em 1980 na Universidade Federal de Mato Grosso.

Atualmente é professor do Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Mato Grosso, mestrando em Engenharia Elétrica na Universidade Federal de Uberlândia, e Engenheiro das Centrais Elétricas Matogrossenses S/A – Brasil.

Referências

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