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EDUCAÇÃO EM SAÚDE PROMOÇÃO DE SAÚDE NA EDUCAÇÃO BÁSICA. Unidade Temática III - 03 de Junho de 2020

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EDUCAÇÃO EM SAÚDE

PROMOÇÃO DE SAÚDE NA EDUCAÇÃO BÁSICA Unidade Temática III - 03 de Junho de 2020

Profª Drª Marta Angélica Iossi Silva

Monitoria Enfª Lic. Carla Beatriz Pereira da Silva

(2)

SITUAÇÃO PROBLEMA

Nesta semana, Helena e Luís, ao chegarem à escola, foram abordados pela coordenadora pedagógica Luiza, que estava muito aflita pelo aumento de casos de dengue em alunos e pessoas da comunidade. Ela relatou que há cerca de 6 meses algumas funcionárias da Unidade Básica de Saúde haviam dado uma palestra na escola e entregaram panfletos explicativos sobre como evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti. A coordenadora elogiou a abordagem da equipe de saúde, pois eles trabalharam com o modelo de adesão à prevenção da dengue e que os alunos ficaram quietinhos e prestando atenção. Nesta oportunidade, a enfermeira Maria e a Agente Comunitária de Saúde (ACS), Rita, inspecionaram a escola e encontraram vasos de plantas com água parada e embalagens plásticas na grama expostas ao sol e à chuva. Ambas orientaram a coordenadora sobre os possíveis focos para a proliferação do mosquito.

Diante da situação, Luís e Helena resolveram ir até a unidade para saber como havia sido este trabalho. Ao chegarem no serviço, foram informados pela enfermeira Maria que aquela fora uma atividade de educação em saúde que fazia parte do Programa Saúde na Escola (PSE) e falaram da identificação dos focos do mosquito Aedes Aegypti. Helena e Luís comentam sobre os casos de dengue na escola e da preocupação da coordenadora, porém, Maria relata que alertou sobre os focos, e complementa dizendo que se a escola e as crianças não quiseram aderir suas orientações, então a equipe de saúde não poderia se responsabilizar por isso.

De volta à escola, Luís e Helena conversaram muito, retomaram as questões discutidas nas imersões anteriores e estavam com dúvidas sobre o que deveriam fazer e como desenvolver uma atividade que pudesse mudar este cenário: trabalhar com educação popular em saúde ou com o modelo de empoderamento? Parecia-lhes que aquela forma de abordar os problemas de saúde, tão comum na antiga educação sanitária, não se mostrava adequada aos problemas que se deparavam, pois houve pouca participação da comunidade escolar desde o planejamento da ação de educação em saúde até sua execução. Eles se questionaram também sobre as diversas perspectivas dos profissionais sobre o que é educação em saúde e suas ações. Neste sentido, se questionaram sobre o que é educação em saúde e qual desses modelos seria mais adequado para o enfrentamento daquele problema.

(3)

OBJETIVOS

Compreender o conceito de educação

em saúde

Conhecer a história da educação em

saúde no Brasil

Conhecer e diferenciar os principais modelos

de educação em saúde

Compreender o papel do

enfermeiro licenciado no

processo de educação em saúde

no âmbito do PSE

(4)

O QUE VAMOS

ESTUDAR HOJE SERVE

PARA QUÊ?

(5)

RETOMANDO CONCEITOS ESSENCIAIS

RETOMANDO CONCEITOS ESSENCIAIS...

(6)

PROMOÇÃO DA SAÚDE

Processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria da sua qualidade de vida e saúde, com maior participação no controle deste processo.

(Carta de Ottawa, 1986)

(7)

PRINCÍPIOS DA PROMOÇÃO DA SAÚDE

Concepção holística Intersetorialidade

Participação social Empoderamento Equidade

Ações multiestratégicas Sustentabilidade

PROMOÇÃO DA SAÚDE

Princípios da Promoção da

Saúde

(8)

Implementação de políticas públicas saudáveis,

Criação de ambientes saudáveis,

Capacitação da comunidade,

Desenvolvimento de habilidades individuais e coletivas e

Reorientação de serviços de saúde.

PROMOÇÃO DA SAÚDE

Campos de Ação, Segundo a

Carta de Ottawa

(9)

 O trabalho da equipe de saúde, especialmente do enfermeiro, na escola, se sustenta nas estratégias de promoção da saúde, escola promotora de saúde e na

integralidade do cuidado.

(10)

Conhecer a realidade local, com suas situações de vulnerabilidade e de proteção, indicadores de saúde, características ambientais e culturais;

Conhecer o PPP da escola;

Participar do planejamento de ações de saúde de acordo com a realidade observada;

PAPEL DO ENFERMEIRO LICENCIADO

(11)

Pautar a construção de uma perspectiva interdisciplinar e

multiprofissional enquanto quadro de referência para a promoção;

Desenvolver ações de promoção da saúde por meio de atividades educativas, do estímulo à participação social, visando à melhoria da qualidade de vida e a gestão social das políticas públicas de

educação e saúde;

Contribuir para a instrumentalização técnica dos profissionais de educação e saúde;

PAPEL DO ENFERMEIRO LICENCIADO

(12)

Envolvimento dos grupos de alunos, educadores, famílias e outros que se fizerem necessários na promoção das ações;

Valorizar o protagonismo da criança e adolescente, reconhecendo-os como sujeitos de necessidades e direitos

PAPEL DO ENFERMEIRO LICENCIADO

(13)

EDUCAÇÃO EM SAÚDE

 O conceito de educação - perspectiva instruidora e escolarizadora de crianças e jovens, centrada na transmissão-assimilação de conhecimentos, para uma perspectiva mais abrangente e

integradora - que permitem aos sujeitos desenvolverem-se integralmente na sua multidimensionalidade, em permanente interação com os outros.

 O conceito de saúde perdeu o seu pendor negativo de ausência de doença, passando a ser

entendido positivamente como um estado de completo bem-estar físico, mental, social e espiritual, em constante mutação ao longo da vida incorporando seus determinantes sociais.

A educação em saúde deixou também de ser vista como: a transmissão de informação de caráter higienista-sanitário; orientada para a prevenção ou o tratamento da doença, efetuada

em contextos formais

Passa a ser entendida como a capacitação dos indivíduos para controlarem os seus próprios

determinantes de saúde, através da criação ou do desenvolvimento de competências de ação.

(14)

EDUCAÇÃO EM SAÚDE

Três grandes gerações de modelos de educação em saúde:

1. Educação em saúde informativa, informativo-comunicacional ou de foco

divulgativo: Corresponde a uma visão negativa da saúde, já que esta é tida como ausência de doença.

Detentor de um saber técnico-científico com estatuto de verdade, caráter paternalista e um discurso higienista-sanitário.

2. Educação em saúde centrada no comportamento, de foco comportamental ou etológico: Nesse sentido, a saúde desloca-se do âmbito do direito social para o de uma escolha individual, a informação passa a ser tida como um meio para a adoção de comportamentos saudáveis. Tipo persuasivo, com o objetivo de criar culpabilidade na vítima

3. Educação em saúde crítica ou de foco integral: influenciada pelas correntes humanistas, pela

psicologia de grupo e pelo modelo dialógico de Freire. Característica mais promocional da saúde, preocupa-

se com os processos de interação entre o sujeito e o meio. Relacionar a morbimortalidade com as condições

socioeconômicas, propondo mudanças sociais que promovessem a igualdade e a equidade e potencializam

o desenvolvimento individual e a participação comunitária

(15)

ABORDAGEM HISTÓRICA DA PRÁTICA DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE

Modelo Tradicional de Educação

Adota a Transmissão do conhecimento e experiências

do educador, atribui uma importância suprema ao conteúdo ensinado, esperando que os educandos absorvam e

reproduzam fielmente.

Definida como educação bancária,

onde o educador

“enche” os educandos de

conteúdo

As pessoas são definidas como seres passivos, onde cabe à educação apassivá-los

e adaptá-los ao mundo

Na Europa no século XIX, durante uma epidemia,

realizavam ações de disciplinamento como

regras de higiene e condutas morais

No Brasil, até o século XX, a pratica educativa em saúde estava relacionada as regras e

as normas de prevenção de doenças, por meio de

discursos higienistas (varíola, peste, febre amarela,

tuberculose)

Na década de 20 com a urbanização e o

agravamento de problemas de saúde, surgiu a

“Educação Sanitária”

Polícia liderada por Osvaldo Cruz, utilizou vacinação compulsória. O estado exercia com função de civilizar e moralizar as pessoas a fim de

obedecerem as normas

estabelecidas

(16)

Ottawa (OMS, 1986) destaca a necessidade de uma educação em saúde

centrada nas necessidades globais e ao mesmo tempo individuais, e para a necessidade de capacitar os indivíduos para empoderamento ao longo da vida, no sentido de controlarem e agirem sobre os seus próprios determinantes de saúde.

Essa perspectiva desloca a educação em saúde de uma tendência curativa ou preventiva, inclinando-a para uma tendência promocional, o que

pressupõe, tal como preconizado desde Alma-Ata (OMS, 1978), uma visão

positiva da saúde.

(17)

Paulo Freire: (1976, p. 155)

“[...] ninguém educa ninguém nem ninguém se educa a si próprio, todos nos educamos em comunhão.”

O processo de educação em saúde tem de ser obrigatoriamente um processo permanente e comunitário e não um processo que se confina às paredes de uma escola, de um hospital ou de uma

unidade de saúde, numa visão exclusivamente

formal de educação

(18)

Educação em saúde com enfoque Educação Popular

Estimula a reflexão crítica

Favorece a busca de soluções coletivas para os problemas da comunidade

Inserção no projeto político pedagógico da escola

Contextualizada, significativa

Transformadora (participativa, democrática)

PRINCÍPIO BÁSICO

(19)

CRIAR A ALEGRIA DE PENSAR

CRIAR A ALEGRIA DE PENSAR!

PROVOCAR A

CURIOSIDADE!

(20)

O empoderamento pessoal

possibilita a emancipação dos indivíduos, com

aumento da autonomia e da liberdade. O nível grupal desencadeia respeito recíproco e apoio mútuo entre os membros do grupo, promovendo o sentimento de pertencimento, práticas solidárias e de reciprocidade.

O empoderamento estrutural favorece e viabiliza o engajamento, a corresponsabilização e a participação

social na perspectiva da cidadania.

(21)

MODELO TRADICIONAL

Concepções Educação Bancária; Transmissão de conhecimentos e ampliação de informações; Cabeça bem-cheia; Educandos: depósitos de conteúdos, são objetos do educador; Não há estímulo para

criação; Seres passivos; Educação verticalizada; Considera-se a realidade do educador; Pode não haver mudanças de hábitos e comportamentos; Proporciona menor autonomia ao educando

MODELO DIALÓGICO

Educação Problematizadora; Construção de conhecimentos e competências; Cabeça bem-feita;

Educandos: portadores de um saber, objeto de uma ação educativa e sujeito da própria educação;

Aprende-se por meio de uma prática reflexiva; Seres ativos; Educação baseada no diálogo; Considera- se a realidade do educando; Mudanças duradouras de hábitos e comportamentos; Proporciona maior autonomia ao educando.

Síntese das concepções dos modelos

tradicional e dialógico de educação

(22)

VANTAGENS E DESVANTAGENS DOS MODELOS TRADICIONAL E DIALÓGICO DE EDUCAÇÃO

MODELO TRADICIONAL

Vantagens - Proporciona à população o conhecimento produzido cientificamente; Amplia informações e conhecimentos já existentes; Produz aquisição de conhecimento.

Desvantagens - Formação de um indivíduo passivo, mero receptor de informações; Não aplicação à realidade dos conteúdos ensinados; Relação assimétrica entre educador e educando

MODELO DIALÓGICO

Vantagens - Construção coletiva do conhecimento; Proporciona ao educando visão crítica e reflexiva da realidade; Capacita o educando para tomada de decisões.

Desvantagens - Falta de conhecimento e capacitação de profissionais para aplicação

Referências

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