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A Gestão Pública no contexto da gestão do conhecimento

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Academic year: 2022

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(1)

A Gestão Pública no

contexto da gestão do

conhecimento

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Introdução

A Sociedade atual exige novas formas de gestão Pública.

A Gestão do Conhecimento no setor público significa uma gestão mais transparente e eficaz: orientada para o cidadão.

Criar novos sistemas de gestão

Uma revisão completa dos modelos tradicionais

(3)

Introdução

Desafio - desenvolver pessoas com o perfil requerido por esse novo tipo de organização.

É fundamental, repensar os papéis dos gestores e dos funcionários nessa nova organização;

criar novos sistemas de gestão; fazer com que o aprendizado seja parte do dia-a-dia da

organização (SANT’ANNA, 2008).

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Gestão Pública

administração patrimonialista

O estado patrimonialista predominou no Brasil Até a década de 30.

O Patrimonialismo, típico dos estágios primitivos da sociedade, onde o aparelho estatal nada mais era que uma extensão do poder do soberano.

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administração patrimonialista

CARCTERÍSTICAS

Relações de lealdade pessoal;

clientelismo, corrupção e nepotismo;

ausência de carreiras e critérios de promoção;

fronteira nebulosa entre o público e o privado;

casuísmo e particularismo de procedimentos.

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administração burocrática

No final do séc. XIX, começaram a ser difundidas as idéias weberianas de administração

racional-legal, ou administração burocrática.

O caráter racional apontado por Weber se

consubstanciava na escolha dos meios mais adequados e eficientes para a realização dos fins visados.

(7)

administração burocrática

Em decorrência dessa concepção

administrativa ocorre em 1936 a criação do Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP) em uma época de

consolidação da burocracia na era de Vargas (1930-1945).

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administração burocrática

CARACTERÍSTICAS

A impessoalidade, o formalismo, a divisão do trabalho,

a hierarquia funcional,

a competência técnica baseada em um sistema de mérito e ainda de um rígido controle a priori dos procedimentos adotados pelo

administrador público .

(9)

administração gerencial

Na segunda metade do século XX,

Diante do ritmo acelerado que se imprimiu às relações sociais e econômicas

-surgiu a chamada administração gerencial.

(10)

administração gerencial

Nesse contexto foi criada a Secretaria de Reforma do Estado, no âmbito do MARE - Ministério da Administração e Reforma do Estado

(11)

CARACTERÍSTICAS

Redução do formalismo, dando uma liberdade maior ao gestor público para este expressar a sua criatividade;

A descentralização, buscando o controle de resultados e a horizontalização das estruturas.

(12)

Percebe-se assim, que o controle dos recursos públicos é uma questão fundamental para a

transformação da administração pública brasileira.

Contudo, constata-se que a corrupção e a burocracia são de fato os males que

degeneram a gerência pública. Os limites de nosso sistema político não possibilitaram

avançar para uma gestão pública de qualidade.

(13)

Conhecimento

A literatura mostra que desde as mais remotas épocas da humanidade, as pessoas vêm

procurando desenvolver conhecimento nas diversas esferas de atividade humana.

Mostra também, a literatura, que o

conhecimento é conceituado pelos mais diversos autores das mais variadas áreas.

Assim, procurou-se destacar os conceitos de conhecimento, dos principais autores da área de gestão do conhecimento.

(14)

Conhecimento

Sveiby (1998, p.44) o define conhecimento como “a capacidade que uma pessoa tem de agir continuamente é criada por um processo de saber”.

(15)

Conhecimento

O conhecimento é classificado em dois tipos: o explícito e o tácito.

O conhecimento tácito é o conhecimento pessoal, exclusivo ao contexto, sendo,

portanto, difícil de ser formulado e comunicado.

O conhecimento explícito é o conhecimento que pode ser transmitido de maneira formal e ordenada (NONAKA e TAKEUCHI, 1997).

(16)

Segundo Stewart (2002, p.66), "o

conhecimento explícito pode ser armazenado em qualquer lugar – numa pasta de arquivo, numa biblioteca, num videocassete, num

manual, num site da Web – é um conhecimento desdobrado, revelado, aberto, arrumado,

explicado".

(17)

conhecimento

Assim, conclui-se que o conhecimento da experiência deriva para o campo tácito, sendo que a racionalidade volta-se para o explícito.

O grande desafio das organizações é criar meios de viabilizar o processo de transferência, disseminação, multiplicação e amplificação do conhecimento tácito.

(18)

Gestão do Conhecimento

São vários os conceitos apresentados na literatura sobre gestão do conhecimento.

Os que mais se adaptam às instituições públicas:

(19)

Gestão do Conhecimento

Gestão do conhecimento é o controle e o gerenciamento explícito do conhecimento dentro da organização, de forma a atingir seus objetivos estratégicos (Spek &

Spijkevert, 1997).

Moresi (2001, p. 137), “a gestão do conhecimento pode ser vista como o conjunto de atividades que busca

desenvolver e controlar todo tipo de conhecimento em uma organização, visando à utilização na consecução de seus objetivos”.

(20)

Fica claro, então, que a Gestão do Conhecimento é

uma atividade gerencial,

voltada a desenvolver um conjunto de ações com o objetivo de fomentar o conhecimento organizacional.

Objetivando atingir a excelência organizacional.

(21)

organizações intensivas em conhecimento

Uma organização baseada em conhecimento é

uma organização de aprendizagem que reconhece o conhecimento como um recurso estratégico,

cria conhecimento que pode ser processado internamente e utilizado externamente,

aproveitando o potencial de seu capital intelectual.

(22)

organizações intensivas em conhecimento

As OIC podem ser caracterizadas da seguinte maneira:

São organizações baseadas nos conhecimentos absorvidos do ambiente interno externo. \

São organizações que têm a gestão do conhecimento como uma política.

(23)

organizações intensivas em conhecimento

São organizações estruturadas em torno de resultados e não de tarefas;

São organizações que empoderam aqueles que atuam;

São organizações nas quais as decisões sobre o trabalho são tomadas por aqueles que o

executam; (CHOO(2006

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dimensões da gestão do conhecimento

De acordo com Nonaka e Takeuchi (1997)

a criação e a conversão dos conhecimentos tácito em explícito, e explícito em tácito

Acontece de quatro formas socialização,

externalização, combinação e internalização

Formam a chamada “espiral do conhecimento”.

(25)

dimensões da gestão do conhecimento

Davenport e Prusak (1998), apontam

nove fatores comuns a todas as propostas de GC bem sucedidas. São elas:

uma cultura orientada para o conhecimento;

infra-estrutura técnica e organizacional;

apoio da alta gerência;

vinculação ao valor econômico ou setorial;

alguma orientação para processos;

clareza de visão e linguagem;

elementos motivadores não triviais;

algum nível da estrutura do conhecimento;

múltiplos canais para à transferência do conhecimento.

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dimensões da gestão do conhecimento

Sveiby (2001)

a) Estrutura -

aos relacionamentos externos da organização b) Estrutura interna ou capital estrutural –

aos relacionamentos internos, envolvendo todos os procedimentos, métodos, processos, programas computacionais, patentes e modelos desenvolvidos pela organização;

c) Competências dos funcionários ou capital humano – é o ativo relacionado com os conhecimentos,

habilidades e atitudes dos funcionários no desenvolvimento de suas atividades.

(27)

Terra (2000) desenvolveu um Modelo de

Gestão do Conhecimento que, na sua estrutura essencial, compõe-se de sete dimensões:

Dimensão 1: Fatores Estratégicos e o Papel da Alta Administração; Dimensão 2: Cultura e

Valores Organizacionais; Dimensão 3:

Estrutura Organizacional; Dimensão 4:

Administração de Recursos Humanos;

Dimensão 5: Sistemas de Informação;

Dimensão 6: Mensuração de Resultados:

Dimensão 7: Aprendizado com o Ambiente.

(28)

Assim, conclui-se que todas as dimensões da gestão do conhecimento apontam para os

seguintes componentes organizacionais:

estrutura, pessoas e ambiente externo.

(29)

A Gestão Pública no contexto da

Gestão do Conhecimento

De acordo com diagnóstico dos mais

renomados autores da área de gestão pública, ainda estão presentes no serviço público

brasileiro:

crise de governabilidade; descrédito nas instituições;

deficiência no modo de administrar;

esgotamento do modelo burocrático;

déficit de desempenho;

baixa qualidade na prestação dos serviços públicos, entre outros.

(30)

A Gestão Pública no contexto da Gestão do Conhecimento

A nova gestão pública do século. XXI requer integração do desenvolvimento econômico (estabilidade e

crescimento) com desenvolvimento social (qualidade de vida) e desenvolvimento sustentável.

Requer preservação da atuação do estado como

prestador de serviços públicos de qualidade; valorização da cidadania e da participação e valorização do princípio da continuidade administrativa.

A ampliação dos mecanismos de participação e controle social possibilita uma gestão democrática e participativa, propícia à descentralização e a valorização do serviço público (SANTOS, 2006).

(31)

As dimensões da gestão do

conhecimento apresentadas pelos

autores, vão todas na mesma direção, ou seja:

As organizações intensivas em

conhecimento devem construir novos

modelos de gestão com fundamento

no conhecimento tácito e explicito.

(32)

Considerando que as atividades do serviço público são de fato atividades intensivas em conhecimento, infere- se que a gestão pública no contexto da gestão do conhecimento poderá orientar-se por três grandes

dimensões:

A DIMENSÃO ORGANIZACIONAL, A DIMENSÃO HUMANA E A

DIMENSÃO EXTERNA

(33)
(34)

Em relação a Dimensão

Organizacional os gestores devem preocupar-se com a filosofia de

gestão;

a cultura corporativa; sistemas de informação; Infra-estruturar

organizacional (incluindo as tecnologias) e processos e o despojamento dos conceitos de hierarquia, comando e controle.

integração horizontal estruturadas em

(35)

Em relação a dimensão humana os gestores devem preocupar-se com:

habilidades, educação formal, experiência e valores das pessoas; cultura organizacional;

decisões - tomadas por aqueles que as

executam; educação continuada; sinergia do grupo, ambiente cooperativo, objetivos comuns;

consciência de que o capital humano é o lugar onde tudo começa.

(36)

Finalmente, em relação a Dimensão Externa os gestores devem

preocupar-se com: relacionamento com, parceiros, órgãos reguladores e outros.

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(38)

O modelo apresentado mostra que a gestão pública no contexto da gestão do conhecimento, fundamentada nas dimensões:

Organizacional, Humana e Externa representará um avanço significativo na gestão pública brasileira, pois poderá eliminar os resquícios do patrimonialismo que ainda persistem e eliminar

as principais disfunções da burocracia e

do gerencialismo mencionadas no decorrer deste artigo.

(39)
(40)

Com efeito, entende-se que a gestão do conhecimento apontará um novo caminho para a gestão pública

brasileira, criando uma cultua de

valorização do conhecimento, voltada para uma aprendizagem social,

tornando a gestão pública de fato eficiente, eficaz e efetiva.

(41)

Considerações Finais

5 Considerações Finais

Constata-se assim, que a gestão pública brasileira ideal não resultará apenas de

modificações legislativas, patrocinadas pelas reformas e contra-reformas.

Será necessária uma mudança de cultura, fundamentada no conhecimento, envolvendo os cidadãos e os agentes públicos.

(42)

Considerações Finais

Acredita-se que é fundamental, nesse momento, a intensificação de estudos e pesquisas na gestão pública, dada as

especificidades e complexidades do setor público.

(43)

Referências Bibliográficas

BRESSER PEREIRA, L.C. Reforma do Estado para cidadania: a reforma gerencial brasileira na perspectiva internacional. São Paulo : Editora 34; Brasília : ENAP, 1998. 363p.

CAPRA, F. As conexões ocultas. Ciência para uma vida sustentável.

São Paulo: Ed. Cultrix, 2002.

GARVIN, D. Building a learning organization. Harvard Business Review, Boston, v.71, 1993.

KANTER, M. Recolocando as pessoas no cerne da organização do futuro. In: Organização do Futuro, São Paulo: Futura 1997.

LYTRAS, M. D.; POULOUDI, A. Towards the development of a novel taxonomy of knowledge management systems from a learning

perspective. Journal of Knowledge Management, v.10, 2006.

MORESI, E. A. D. Inteligência Organizacional: um referencial integrado.

Ciência da Informação. Brasília, v.30 2001.

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Referências Bibliográficas

OECD (2006), Innovation and Knowledge-Intensive Service Activities.

Internal

working document. ISBN-92-64-02273-2.

OECD (2003), Knowledge-Intensive Service Activities in the Software Industry: Draft Synthesis Report of TIP Innovation. Case Studies on KISA, Software Module. Internal working document.

PAULA, Ana Paula Paes de. Por uma nova gestão pública, Editora:

Editora FGV, 2005,

PROBST, G.; RAUB, S.; ROMHARDT, K. Gestão do Conhecimento: os elementos construtivos do sucesso. Porto Alegre: Bookman, 2002.

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Referências Bibliográficas

SANTOS, Luiz Alberto dos. Subchefe de Análise e Acompanhamento de Políticas Governamentais da Casa Civil da Presidência da

República, Novembro de 2006

SPEK, van der, R. e SPIJKERVET, A. Knowledge Management: dealing intelligently with knowledge. In: Liebowitz, J. & Wilcox, L. eds.

Knowledge Management and its Integrative Elements. NY: CRC Press, 1997.

STOLLENWERK, M.F.L. Gestão do Conhecimento: conceitos e modelos. In: TARAPANOFF, K. Inteligência organizacional e

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empresarial, São Paulo: Negócio Editora, 1a ed., 2000, 283 págs..

TURBAN, E.; McLEAN, E.; WETHERBE, J. Tecnologia da Informação para Gestão: transformando os negócios na economia digital. 3a ed.

Porto Alegre: Bookman, 2004.

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Currículo Irineu Manoel de Souza

Doutorando em Gestão do Conhecimento – Programa EGC/UFSC.

Mestre em Administração Pública pela Universidade Federal de Santa Catarina. Graduado em Administração pela ESAG/UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina.

Experiências profissionais:

Diretor do Departamento de Administração Escolar 1987/96 e Diretor do Departamento de Recursos Humanos 1997/2004 da UFSC.

Recebeu os seguintes prêmios nacionais:

1-DIPLOMA DE RECONHECIMENTO DE MÉRITO, pelo projeto vencedor do Concurso Nacional de Experiências Inovadoras

promovido pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, no ano de 1997- ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.

2-PRÊMIO HÉLIO BELTRÃO, pelo projeto vencedor do Concurso Inovações na Gestão, promovido pela Escola Nacional de

Administração Pública e Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, no ano de 2001 – INOVAÇÕES NA GESTÃO PÚBLICA.

Tem diversos artigos publicados e já proferiu inúmeras palestras sobre gestão do Conhecimento, Gestão Pública, Gestão de

Pessoas e Gestão Universitária.

e-mail - irineu@egc.ufsc.br – 48 – 32341626 – 99588784

Referências

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