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DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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Academic year: 2022

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(1)AU TO RA L TO EI. DI R. UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”. ID. O. PE. LA. LE I. DE. AVM FACULDADE INTEGRADA. Por: Patrick da Silva Eller. DO. CU. M. EN. TO. PR. OT. EG. A necessidade de intimação da multa do artigo 475-J do CPC.<>. Orientador Prof. José Roberto. Rio de Janeiro 2014.

(2) 2. UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA. A necessidade de intimação da multa do artigo 475-J do CPC.. Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Direito Processual Civil. Por: Patrick da Silva Eller..

(3) 3. RESUMO O código de Processo Civil tem passado por várias transformações. A Lei 11.2323/2005 alterou o processo de execução para obrigações de pagar quantia certa, fazendo com que ele se transformasse em uma continuidade do processo de conhecimento. Instala-se o processo sincrético nessa modalidade de obrigação. A extinção da ação de execução autônoma, e a criação do instituto de cumprimento de sentença indubitavelmente representaram um grande passo dado pelo legislador em busca de um processo célere e um provimento judicial eficaz. Como consequência, o processo de execução da sentença se é realizada nos próprios autos, trazendo economia e descartando a possibilidade de abertura de novo processo. A mesma Lei inseriu no artigo 475 do Código de Processo Civil, a alínea J, na qual está prevista uma multa que acrescenta dez por cento sobre o montante da condenação, caso o devedor condenado ao pagamento de quantia certa ou já fixada em liquidação, não efetua o adimplemento da obrigação no prazo de 15(quinze) dias. A doutrina e a jurisprudência tem discutido acerca da necessidade de intimação para pagamento da condenação antes da aplicação desta multa ante a lacuna do citado artigo. O trabalho foi desenvolvido a partir de pesquisa bibliográfica, textos de lei, artigos publicados em revistas jurídicas e em material da internet. A pesquisa realizada, assim como o entendimento massificado no Superior Tribunal de Justiça, demonstra que o caminho mais adequado é a intimação do devedor por seu procurador, após o trânsito em julgado da decisão condenatória, e o requerimento de cumprimento de sentença realizado pelo credor, acompanhado de planilha de débitos, para que pague dentro do prazo legal, sob pena de incidência da multa prevista no artigo 475-J do Código de Processo Civil..

(4) 4. METODOLOGIA. Os métodos que levam ao problema proposto, como leitura de livros, jornais, revistas, pesquisa bibliográfica, pesquisa de campo, observação do objeto de estudo. Contar passo a passo o processo de produção da monografia. É importante incluir os créditos às instituições que cederam o material ou que foi o objeto de observação e estudo..

(5) 5. SUMÁRIO. INTRODUÇÃO. 06. CAPÍTULO I - A execução. 08. CAPÍTULO II - A multa do artigo 475-J do CPC. 16. CAPÍTULO III – O início da contagem do prazo. 23. CONCLUSÃO. 40.

(6) 6. INTRODUÇÃO A Lei 11.482/2005 realizou significantes alterações no Código de Processo Civil, o qual dividia o processo em três modalidades: cognitivo, execução e cautelar. A reforma legislativa do Código de Processo Civil na parte da execução de títulos judiciais visou, entre outros objetivos, proporcionar à parte efetividade de seu direito sem que tenha que ingressar com nova ação. No ordenamento jurídico pátrio, o direito ao acesso a justiça está inserido na Constituição Federal, em seu artigo 5º, inciso XXXV, denominado de principio da proteção judiciária, e preceitua que a “Lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciária a lesão ou ameaça a direito”. Tendo em vista que o acesso a justiça é um direito fundamental do cidadão assegurado pela constituição Federal, faz-se necessário adotar todas as medidas para que ele seja o máximo eficaz possível. O processo como instrumento de atuação de uma das principais garantias constitucionais deve ser organizado, entendido e aplicado como instrumento de efetivação do acesso a justiça, assegurando a todos o pleno acesso à tutela jurisdicional. Portanto, não basta que exista formalmente a garantia do acesso à justiça, sendo imprescindível também que a tutela jurisdicional a ser prestada seja realmente plena a efetiva. Neste raciocínio surge a Lei de nº 11.232/2005, que suprimiu a ação de execução de titulo judicial para o cumprimento da obrigação de pagar quantia certa. Nesse formato, a execução da sentença dar-se-á como uma fase, em sequencia à sentença com transito em julgado ou, em sede de.

(7) 7. execução provisória, sem necessidade de distribuição de nova ação de execução e de nova citação pessoal do devedor. A Lei 11.232/2005 trouxe em seu conteúdo modificações importantes, de sorte que o reflexo de suas inovações recaiu sobremaneira no acesso à justiça, vez que tornou o processo de execução uma fase do processo como um todo, causando maior efetividade e celeridade ao processo e, consequentemente, à tutela jurisdicional satisfativa. A principal mudança que ocorreu através das últimas modificações sofridas pelo Código de Processo Civil foi o fim da autonomia do processo de execução fundada na sentença civil condenatória de obrigação de pagar quantia certa, tornando-o um prolongamento do processo cognitivo. Surge o processo sincrético para essa modalidade de obrigação através da Lei 11.232/2005, o que já ocorria com os processos fundados em sentença em torno do cumprimento da obrigação de fazer ou não fazer (através da Lei 8.952/1994) e da obrigação de entrega de coisa (através da Lei 10.444/2002). Cabe ressaltar que não é o fim do processo de execução. Este ainda está presente nos casos de título executivo extrajudicial, sentença penal transitada em julgado, sentença arbitral e sentença estrangeira homologada pelo superior Tribunal de Justiça (art. 475-N, II, IV e VI do Código de Processo Civil). A lei 11.232/2005 criou a multa prevista no artigo 475-J do CPC, que se aplica, caso o devedor condenado ao pagamento de quantia certa ou já fixada em liquidação de sentença não o efetue o pagamento no prazo de quinze dias, acrescentando-se o percentual de 10% (dez por cento) sobre o montante da condenação. É uma multa de natureza punitiva que é aplicável ao devedor que se nega a cumprir a obrigação de pagar quantia certa fixada na sentença retardando a prestação da tutela jurisdicional..

(8) 8. Não resta, portanto, dúvida em relação à intenção do legislador em dar maior celeridade e efetividade ao alcance de tutela jurisdicional (ou seja, ao bem maior) por parte daquele que necessite recorrer ao judiciário para ver cumprido o direito do qual é detentor. Assim, o presente trabalho, cujo tema é o cumprimento de sentença e a imprecisão do artigo 475-J do Código de Processo Civil, visa apontar uma solução ao problema criado pela imprecisão do aludido dispositivo. A principal questão a ser apreciada refere-se ao termo inicial para a contagem do prazo de 15 dias para a incidência da multa prevista no artigo 475-J do Código de Processo Civil, haja vista a necessidade ou não de intimação do devedor para cumprimento voluntário da obrigação sem a incidência da aludida multa. CAPÍTULO I A EXECUÇÃO. 1.1 - Conceito de sentença e o surgimento da multa do artigo 475-J do CPC. Antes do advento da Lei 11.232/2005, sentença era o ato pelo qual o juízo colocava fim ao processo, decidindo ou não o mérito da causa. Assim, para alguns doutrinadores a sentença era o provimento judicial que colocava termo ao ofício de julgar do magistrado, resolvendo ou não o objeto do processo. Com o passar dos anos e com as reformas realizadas no Código de Processo Civil, no sentido de dar maior efetividade à prestação jurisdicional, a celeuma do conceito de sentença se agravava. A partir do ano de 1994, com a lei 8.952/1994, que alterou o artigo 461 do CPC, o conceito de sentença passou por uma “crise de identidade”, uma vez que as decisões que condenavam os réus ao cumprimento de obrigação.

(9) 9. de fazer e não fazer deveria ser satisfeitas sine intervallo, isto é, no bojo do mesmo processo, sem a necessária instauração de processo autônomo de execução. Nesses casos, a sentença não poria fim ao processo, mas apenas à fase de conhecimento do processo sincrético. Com a Lei 10.444/2002, que inseriu o artigo 461-A no CPC, a crise se agravou ainda mais, uma vez que também as decisões que condenavam o réu à obrigação de dar coisa, passaram a se efetivar sem necessidade de instaurar processo autônomo de execução, tal qual já ocorria com as obrigações de fazer e não fazer. Assim, o conceito de sentença passou a atender apenas às obrigações de pagar quantia. Em dezembro de 2005, com a Lei n. 11.232, também a execução das decisões que condenavam o réu ao pagamento de quantia passou a ser realizado por meio de processos sincréticos, surgindo, assim, o artigo 475-J que trouxe à baila a previsão de uma multa caso o devedor não efetue o pagamento da condenação no prazo de 15 dias. Menciona o citado artigo, in vebis: Art. 475-J Caso o devedor, condenado ao pagamento de quantia certa ou já fixada em liquidação, não o efetue no prazo de quinze dias, o montante da condenação será acrescido de multa no percentual de dez por cento e, a requerimento do credor e observado o disposto no art. 614, inciso II, desta Lei, expedir-se-á mandado de penhora e avaliação. (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005) § 1º .... § 2º .... § 3o .....

(10) 10. § 4º Efetuado o pagamento parcial no prazo previsto no caput deste artigo, a multa de dez por cento incidirá sobre o restante. § 5o ...... A lei mencionada traz a baila importante inovações conforme acima explanadas dentre outras que serão mencionadas no decorrer deste artigo cientifico, e ainda trouxe controvérsias intermináveis, uma vez que não foi expressamente mencionado no citado artigo se multa seria aplicada automaticamente após o trânsito em julgado, ou após a intimação do patrono do Réu para pagamento voluntário da condenação dentro do prazo de 15 dias. Assim, o seria importante, pois evitaria futuras discursões referentes à aplicação da multa, bem como evitaria o prolongamento da fase executória.. 1.2 – Título Executivo e o Processo de Execução: Falaremos neste capítulo acerca dos principais aspectos atinentes ao processo de execução, apresentando conceito, características e seus princípios regentes, tudo em conformidade com o entendimento doutrinário e jurisprudencial. O foco principal deste capítulo é de servir como introdução ao tema de fundo, capaz de permitir uma captação norteada da natureza executiva e das mudanças que ocorreram com o advento da Lei 11.482/2005. A concepção de execução como instrumento eficaz e satisfatório do anseio judicial e social. Após o ajuizamento da ação e, consequentemente, ao final do processo de conhecimento, o Juiz se pronunciará através de sentença, julgando extinto o processo com ou sem resolução de mérito, podendo ainda julgar improcedente ou procedente o pedido do autor, condenando o Réu em uma obrigação de pagar quantia certa..

(11) 11. Entretanto, a prolação da sentença não produz de forma automática o resultado prático aguardado pelas partes vencidas ou vencedoras. Por isso, a atividade jurisdicional de conhecimento é essencialmente declaratória para definir quem tem razão e somente ao final, constituir um título judicial capaz de ser executado. Assim, sem interposição de Recurso de apelação ou Recurso Inominado, ocorrerá o trânsito em julgado da sentença proferida, o qual inaugurará a fase de cumprimento da obrigação a qual o Réu fora condenado. Diferentemente do processo cognitivo que é centrado em uma pretensão resistida, a atividade jurisdicional de execução é tão-somente satisfativa, já que tem por fim efetivar um direito já reconhecido do credor, entregando-lhe o bem jurídico que lhe é de direito. Noutras palavras, no processo de execução a lide se resume na satisfação do crédito, uma vez que o direito já foi reconhecido através do título executivo, bastando concretizá-lo e tornar possível a satisfação ao credor. O processo de conhecimento é processo de sentença, enquanto o processo executivo é processo de coação, que começa a partir do título executivo. Cabe ao juiz examinar a legalidade, extensão e limites de tal título, mas não há neste procedimento uma declaração formal da pretensão, justamente porque já está consagrada através do título executivo. A sentença condenatória era um título executivo que não se revestia de eficácia, uma vez que se o vencido não cumprisse voluntariamente o dispositivo da sentença, ou seja, após o trânsito em julgado, fazia-se necessário o ajuizamento de um novo processo, que era o de execução..

(12) 12. Com o passar dos anos, verificou-se que a necessidade de ajuizar um novo processo (execução) não atendia mais os anseios da sociedade, que buscava celeridade e efetividade na prestação jurisdicional da tutela. Diante da necessidade da efetividade da tutela jurisdicional através do processo e de sua instrumentalidade substancial, como forma de assegurar a realização da garantia constitucional de acesso à ordem jurídica justa, a execução de sentença passou por relevantes mudanças no sentindo de adequar. os. clássicos. esquemas. processuais. à. realidade. social. contemporânea. Várias eram as críticas na doutrina no tocante à dualidade do processo de conhecimento e de execução. Percebe-se, assim, que a separação até então existida entre o processo de conhecimento e o de execução não mais atendia aos anseios do processo civil moderno, o que já não satisfazia a sociedade e o judiciário em razão do lapso temporal na satisfação do crédito. Com isso, foi necessário realizar reformas que buscavam como foco principal o aumento da praticidade e de celeridade processual na satisfação do crédito. Em 23 de Dezembro de 2005, foi publicada no Diário Oficial da União a Lei 11.232/2005, a qual trouxe o fim do processo de execução autônomo das sentença condenatórias, transformando-o numa etapa dentro do próprio processo principal. Destaca-se que a reforma introduzida pela Lei 11.232/2005, veio complementar a reforma iniciada em 2002, que suprimiu o processo autônomo da execução de sentença para os casos de obrigação de fazer e não fazer..

(13) 13. Dessa forma, pôs-se fim à execução de título judicial ao introduzir uma nova técnica de efetivação do julgado, passando o cumprimento de sentença a apenas uma fase processual. E, como se pode perceber, as inovações foram concentradas nas regras criadas para a execução para pagamento da quantia certa. Observa-se que a sentença condenatória não põe mais fim à lide, que se prossegue no mesmo processo com a fase de cumprimento do julgado. Como já dito, a indefinição do artigo 475-J do CPC tem gerado inúmeras discussões na doutrina e jurisprudência, porém as decisões verificadas pelos Tribunais de Justiça do país demonstram que embora seja majoritário o entendimento pela necessidade de intimação do devedor para inaugurar o prazo para incidência da multa, ainda há muito entendimento no sentido de que o prazo tem início de forma automática, após o trânsito em julgado da decisão condenatória, independente de intimação, posto que a partir deste momento inaugurava-se o curso do prazo para a propositura da extinta ação de execução de sentença. 1.3 – A liquidação da sentença: Antigamente a liquidação da sentença poderia ser realizada por processo de liquidação ou por meio da liquidação incidental, e, para isso, era necessário o ajuizamento de ação autônoma, que se iniciava uma nova relação jurídica processual diversa daquela onde se alcançou a tutela jurisdicional pretendida. 1 Para o doutrinador Fredie Didier Júnior , existia três tipos de processo. de liquidação de sentença, quais sejam: a) por artigo; b) por arbitramento e c) liquidação de sentença coletivo. Os dois primeiros casos eram regidos pelo. 1. DIDIER JR; Braga, Paula Sarno; Oliveira, Rafael. Curso de Direito Processual. Salvador: Jus PODIVM, 2013, 3º ed., v5, cit., p. 118..

(14) 14. Código de Processo Civil e o último, pelo Código de Defesa do Consumidor (Lei 8078/1990). Não havia, portanto três tipos de liquidação, mas, sim três processos de liquidação. A liquidação incidental dispensava o ajuizamento de uma nova ação para que fosse efetivada, bastando para tanto que no curso do processo de execução fosse instaurado um incidente pelo qual se buscava a satisfação do direito subjetivo objeto da liquidação. Cita o professor Fredie Didier Júnior2: Com a promulgação da Lei 11.232/2005, pretendeu-se eliminar o processo de liquidação de sentença. A regra agora é que a liquidação deve ser buscada uma fase do processo, que tem múltiplos objetivos (é sincrético: certificar o direito, liquidar (complementar a certificação) e efetivar a decisão judicial.”. Lei. nº. 11.232/2005 alterou substancialmente a execução de. decisões judiciais, que passou a ser regulada no Capitulo X do Livro I do CPC (Artigo 475-I a 475-R), sob a denominação “Do cumprimento da sentença”. Em diversos aspectos, rompeu-se com a formulação anterior, com o nítido escopo de conferir maior celeridade à fase executória. A mais pública delas é a exclusão da autonomia da execução de sentença condenatória, que passou a constituir mera fase do processo em que foi proferida a decisão exequenda, dispensando inclusive novo ato citatório para o inicio da execução, já que não existe outro processo e sim continuidade do mesmo. Hoje, perdura tanto o processo de liquidação de sentença quanto à liquidação incidental. É possível afirmar que existem atualmente três técnicas processuais aptas a dar viabilidade à liquidação de sentença, quais sejam: a) a fase de liquidação que corre dentro de um processo já existente; b) o processo de liquidação - objeto de processo autônomo; c)liquidação incidental – a. 2 DIDIER JR; Braga, Paula Sarno; Oliveira, Rafael. Curso de Direito Processual. Salvador: Jus PODIVM, 2013, 3º ed., v5, cit., p. 118..

(15) 15. liquidação ocorre como um incidente processual da fase executiva do procedimento ou do processo autônomo de execução. Com a nova sistemática introduzida, verifica-se que a liquidação de sentença se encerra agora por mera decisão interlocutória que pode vir a ter força de coisa julgada, já que define imperativamente qual é o valor da obrigação. Com o advento da Lei 11.232/2005, a liquidação de sentença passou a encerrar-se por meio de mera decisão interlocutória que pode vir a ter força de coisa julgada, já que define imperativamente qual é o valor da obrigação, cujo recurso possível a ser interposto contra essa decisão é o agravo de instrumento. Por não haver ulterior sentença de mérito, não há como se admitir agravo retido, o qual exige a sua reiteração quando da interposição do recurso de apelação, este cabível apenas em face de sentença. Pode-se extrair da leitura do artigo 475-A, §2, que é possível a liquidação na pendência de julgamento de recurso, independente dos efeitos em que ele seja recebido. Quando ocorre a liquidação provisória, ou seja, pendente de julgamento de recurso, os autos sobem ao tribunal, e, consequentemente, a liquidação deve ser realizada em apartado no juízo de origem, competindo ao liquidante extrair a carta de sentença com as principais peças processuais pertinentes aptas a se proceder corretamente à liquidação. E é por esse motivo que a decisão interlocutória que põe fim à fase de liquidação de sentença é passível de ser desconstituída pela via de ação rescisória, desde que, esta via seja utilizada com fundamento constante das restritas hipóteses elencadas no artigo 485 do Código de Processo Civil. Portanto, a fase de liquidação é requisito indispensável para a execução, já que ela é preordenada a estabelecer o valor do quanto devido..

(16) 16. 1.4 Do cumprimento de sentença: Promulgada a Lei nº. 11.232/05, que estabeleceu a fase de cumprimento das sentenças no processo de conhecimento, revogando dispositivos relativos à execução fundada em título judicial, trouxe aos operadores do direito uma nova sistemática de efetivação da execução de títulos executivos judiciais, até então não empregada genericamente no sistema processual civil brasileiro, ao menos no que diz respeito à busca da satisfação do direito material, consignado em decisões jurisdicionais definitivas, que dispunham sobre a condenação de alguém a pagar quantia certa. A lei de nº 11.232/2005 buscou inserir no Código de Processo Civil Brasileiro um processo moderno e eficiente que seja instrumento adequado e célere para o cumprimento da sentença e, com isso, a satisfação do direito material, afastando o formalismo e a lentidão do sistema processual civil brasileiro, através do sincretismo processual. Ainda a citada Lei pretendeu eliminar o processo autônomo de execução, criando, assim, uma fase de cumprimento de sentença, prevista nos artigos 475-I e 475-R, que corresponde à execução da sentença, só que em uma fase em um mesmo procedimento, e não como objeto de outro processo. Alexandre Freiras Câmara relatou que com a edição da lei 11.232/2005,. abandonou-se. por. completo. o. modelo. liebmaniano,. desapareceu a autonomia do processo de execução de sentença.. e. 3. Pode-se observar que o artigo 475-I do Código de Processo Civil, menciona, in verbis: Art. 475-I. O cumprimento da sentença far-se-á conforme os arts. 461 e 461-A desta Lei ou, tratando-se de obrigação por quantia certa, por execução, nos termos dos demais artigos deste Capítulo. 3. DIDIE JR., Fredie; Braga, Paulo Sarno; Oliveira, Rafael.; Curso de Direito Processual Civil. Salvador: JusPODIVM, 2013, ed. 5, v.5, cit., p.532..

(17) 17. Entretanto, de acordo com essa redação, parece que a execução da sentença ocorreria apenas nos termos do artigo 475-J e seguintes, destinados basicamente à execução de sentença pecuniária, e que a efetivação das decisões com fundamento nos artigos 461 e 461-A do CPC dar-se-ia pelo cumprimento da sentença que não seria execução. Desta feita, pôs-se fim ao distanciamento existente entre o processo de conhecimento e o processo de execução, dando lugar ao que a doutrina denominou de processo sincrético, com a integração da atividade cognitiva e executiva. Assim, a execução passa a ser apenas uma nova fase do processo de conhecimento, sem a necessidade de instauração de um processo autônimo.. CAPITULO II A Multa do artigo 475-J do Código de Processo Civil 2.1 Dos aspectos gerais: A Lei 11.232/2005 trouxe a inovação do artigo 475 do CPC, o qual foi introduzido uma multa no percentual de 10% sobre o valor da condenação, (alínea J), caso o devedor não efetuasse o pagamento dentro do prazo de 15 dias, in verbis: Artigo 475-J –Art. 475-J. Caso o devedor, condenado ao pagamento de quantia certa ou já fixada em liquidação, não o efetue no prazo de quinze dias, o montante da condenação será acrescido de multa no percentual de dez por cento e, a requerimento do credor e observado o disposto no art. 614, inciso II, desta Lei, expedir-se-á mandado de penhora e avaliação. § 1º Do auto de penhora e de avaliação será de imediato intimado o executado, na pessoa de seu advogado (arts. 236 e 237), ou, na falta deste, o seu representante legal, ou pessoalmente, por mandado ou pelo correio, podendo oferecer impugnação, querendo, no prazo de quinze dias..

(18) 18. § 2º Caso o oficial de justiça não possa proceder à avaliação, por depender de conhecimentos especializados, o juiz, de imediato, nomeará avaliador, assinando-lhe breve prazo para a entrega do laudo. § 3º O exequente poderá, em seu requerimento, indicar desde logo os bens a serem penhorados. § 4º Efetuado o pagamento parcial no prazo previsto no caput deste artigo, a multa de dez por cento incidirá sobre o restante. § 5º Não sendo requerida a execução no prazo de seis meses, o juiz mandará arquivar os autos, sem prejuízo de seu desarquivamento a pedido da parte.. Percebe-se que o citado artigo é omisso quanto a necessidade de nova intimação para pagamento, mencionando apenas, que após o transito em julgado, o devedor tem um prazo de 15 dias para pagamento da condenação. Veja que após a prolação da sentença não há lugar para execução autônoma, posto que simples petição acompanhada de planilha de débitos e informando a inadimplência por parte do condenado é suficiente para que o juiz tome as providências necessárias ao cumprimento da sentença. A Lei nº 11.232, de 22.12.2005, finalizou o processo de abolição da ação autônoma da execução de sentença com a reforma da execução por quantia certa, tendo em vista que as condenações ao pagamento de quantia certa não mais dependem de manejo de ação autônoma. Assim não há mais que se falar em ação autônoma de execução de titulo judicial, tendo em vista a possibilidade de satisfação nos próprios autos da ação de conhecimento. Desta feita, além das inovações do cumprimento de sentença o tornar mais célere e trazer economia processual, mostra-se também mais eficaz e efetivo, inclusive com medida coercitiva para o imediato adimplemento da obrigação sob pena de multa. Caso não haja o pagamento voluntário de quantia certa ou já liquidada em sentença, dentro dos próprios autos caberá o cumprimento da sentença, o.

(19) 19. qual poderá desencadear a incidência da multa prevista no artigo 475-J do CPC, caso não observado o prazo legal. 2.2 - O procedimento do cumprimento de sentença – execução provisória e definitiva: O procedimento que orienta a execução provisória é o mesmo da definitiva (art. 475-O do CPC), mas devem observar algumas normas peculiares ao caráter provisório da execução. A distinção entre a execução provisória e a execução definitiva está diretamente ligada à estabilidade do título executivo em que se funda a execução. Em se tratando de decisão acobertada pela coisa julgada material, a execução é definitiva, enquanto se tratar-se de decisão judicial ainda passível de alteração em razão da pendência de recurso contra ela interposto, a que não tenha sido atribuído efeito suspensivo, a execução é provisória. A execução provisória deve ser processada em autos apartados, cuja instrução se dará por meio de cópias das principais peças do processo principal, enquanto a execução definitiva corre nos autos da ação principal. No entanto, as diferenças vão além do processo em que ocorre a execução, pois recai também na qualidade do título, sobre o qual ela se fundamenta. Assim, o caráter provisional ou definitivo é do título em si, e não da execução. No entanto, caso o eventual recurso interposto não possua efeito suspensivo, a sentença, apesar de não ser definitiva e estar sujeita a alterações, produz normalmente seus efeitos, sendo lícito ao credor executá-la provisoriamente, observado a obrigação do credor em reparar quaisquer danos.

(20) 20. e prejuízos que eventualmente cause ao devedor em razão da execução provisória. Necessário, ainda, destacar que a instabilidade do título em que se funda a execução provisória é a justificativa para que se exija a prestação de caução pelo exequente, idônea e suficiente, para que se proceda ao levantamento de depósito em dinheiro ou à prática de atos que importem alienação de propriedade ou dos quais possa resultar grave dano ao executado, observado o atr. 475-O, CPC, inciso III. Não adentrando ao mérito acerca do cabimento ou não da incidência da multa do art. 475-J do CPC nas execuções provisórias, a principal questão a que se deve ater é quanto ao momento em que se inicia o prazo de 15 dias para o adimplemento da obrigação, sem a incidência da multa em testilha. 2.3 – A natureza da multa prevista no artigo 475-J do CPC Para boa parte da doutrina, a multa do artigo 475-J do CPC tem caráter coercitivo por entender que a mesma foi criada com intuito de obrigar ao vencido em arcar com a obrigação imposta no prazo de 15 dias. A referida multa tem o condão de compelir o vencido a cumprir a obrigação imposta em decorrência de condenação civil transitada em julgado, com o intuído de coibir a procrastinação desnecessária do feito por parte do vencido. Para Fredi Didier Júnior, a multa tem o seguinte significado, in verbis: O legislador instituiu a multa com o objetivo de força o cumprimento voluntário da obrigação pecuniária. Trata-se de medida de coerção indireta prevista em lei, que dispensa manifestação judicial: é hipótese de sanção legal pelo inadimplemento da obrigação. A multa tem, assim, dupla.

(21) 21. finalidade: servir como contramotivo para o inadimplemento (coerção) e punir o inadimplemento (sanção)4.. 2.4 – O percentual de 10% Com a introdução da multa prevista no artigo 475-J do Código de Processo Civil, pode-se dizer que houve uma imposição legal, não cabendo ao magistrado quantificar o seu percentual. O dispositivo legal impõe a multa de 10% (dez por cento), e o julgador não pode alterar o referido percentual. Entretanto, a grande controvérsia paira quanto ao momento em que se inicia o prazo de 15 dias para incidência da multa no percentual de 10%, sobre o valor da condenação, prevista no artigo 475-J do CPC. 2.5 – O prazo de 15(quinze) dias A grande controvérsia do tema em debate é o prazo para pagamento da condenação sem a incidência da respectiva multa, ou seja, há necessidade ou não de intimação para o pagamento voluntário sem que haja a incidência da multa em comento, ou a mesma incide automaticamente após o trânsito em julgado. A controvérsia é basicamente em torno de duas questões: qual é o termo inicial da fluência do prazo de 15(quinze) dias, e qual a data inicial de incidência da referida multa? Salienta o professor Alexandre Freitas Câmara5: O não pagamento no prazo de 15(quinze) dias implicará a incidência de multa de dez por cento sobre o valor da condenação (aí incluídos o principal e eventuais acessórios, como despesas processuais e honorários advocatícios. 4. DIDIE JR., Fredie; Braga, Paulo Sarno; Oliveira, Rafael.; Curso de Direito Processual Civil. Salvador: JusPODIVM, 2013, ed. 5, v.5, cit., p.532.. 5. Freitas Câmara Alexandre. Lições de Direito Processual Cível. São Paulo: Atals, 2014, ed. 23., v.2, cit. , p.,348..

(22) 22. Para tanto, há necedade de determinar uma data inicial de incidência da multa prevista de 10% prevista no artigo 475-J do Código de Processo Civil, e se faz necessário determinar o inicio da fluência do prazo de 15 (quinze dias) para o pagamento da condenação sem que haja a respectiva incidência. Conforme os ensinamentos de Fredie Didier Júnior6 A lei fixa o prazo de 15 dias para o adimplemento voluntário da obrigação. Trata-se de prazo legal criado com objetivo de determinar o momento a partir do qual o devedor será considerado inadimplemento. O inadimplemento é um dos pressupostos para o inicio da natividade executiva. O devedor que não cumprir voluntariamente a obrigação nesse prazo será considerado inadimplente e, então, poderá o credor, agora exeqüente, requerer o início do cumprimento forçado da sentença (execução da sentença), como deixa clara a parte final do caput do artigo 475-J do CPC.. Verifica-se que o referido artigo é omisso quanto à forma de ciência do devedor acerca do inicio da fluência do prazo de 15(quinze) dias. Desta forma, a doutrina e a jurisprudência têm interpretado a primeira parte do citado artigo de maneira diversa. Existem entendimentos de que o prazo para pagamento da condenação começa a fluir automaticamente, a partir do trânsito em julgado da decisão, sem a necessidade de intimação. Para outra corrente, é necessário que haja intimação do devedor pessoalmente ou de seu advogado através do Diário oficial, para que comece a fluir o prazo para pagamento sem a incidência da respectiva multa. Ressalta-se que a nova sistemática da liquidação de sentença trazida pela Lei 11.232/2005, não prevê mais citação, mas sim intimação na pessoa do advogado da parte contrária. Como se trata apenas de uma fase ulterior à. 6. DIODIER JR., Fredie Braga, Paulo Sarmo; Oliveira, Rafael. Curso de Direito Processo Civil, Salvador: jusPODIVM, 22013, 5. Ed., v.5., cit., p.533..

(23) 23. sentença, não há mais citação, mas apenas intimação, que é o ato pelo qual a parte toma ciência de um ato processual consistente no inicio da liquidação. Assim, discute-se se a parte contrária tomará ciência da liquidação por meio de simples intimação do advogado que lhe representa no processo Para parte da doutrina e da jurisprudência, tal situação seria uma perde de tempo, o que se demonstra contrário ao princípio da celeridade. Outra parte entende que a intimação para pagamento voluntário da sentença faz-se necessária, uma vez que se deve cientificar a parte devedora o valor executado pela parte credora. Vale mencionar que, com o advento da respectiva lei, o Superior Tribunal de Justiça se posicionou quanto ao momento em que se inicia o prazo para pagamento espontâneo sem aplicação da multa. De acordo com o posicionamento do STJ, o termo inicial para a contagem de prazo para o pagamento espontâneo, previsto no artigo 475-J do CPC, deve ser da intimação da parte devedora, conforme amplamente demonstrado nas decisões colacionadas no tópico próprio, a seguir. Ao longo dos anos o Superior Tribunal de Justiça modificou seu posicionamento quanto ao momento em que se inicia o prazo para pagamento da condenação sem a incidência de multa do artigo 475-J do Código de Processo Cível. Atualmente seu posicionamento é no sentido de que o prazo para cumprimento da sentença transitada em julgado começa a fluir da intimação do advogado ou do devedor, para que haja o pagamento da condenação sem a incidência da respectiva multa. Cabe ainda destacar que já é entendimento pacificado no Superior Tribunal de Justiça de que não cabe multa do artigo 475-J do Código de Processo Civil em sede de execução provisória, muito embora tal.

(24) 24. posicionamento não seja absolutamente observado pelos Tribunais de Justiça pátrios, conforme tratado adiante.. CAPITULO III O início da contagem do prazo 3.1 O termo inicial da multa As alterações que a Lei nº 11.232/2005 trouxe ao Código de Processo Civil representam um avanço no tocante à celeridade e economia processual. Quanto ao cumprimento de sentença por quantia certa, o cerne de toda mudança gravita em torno do artigo 475-J do CPC. Isto porque o artigo prevê o prazo e o percentual da multa a ser aplicada, contudo, não determina a partir de quando se dará a contagem de tal prazo. Com a redação dada de forma tão ampla, são inúmeras as possibilidades para inicio da contagem do prazo, como por exemplo, a partir da prolação da sentença, a partir de seu trânsito em julgado, a partir da intimação da sentença pelo executado, ou mesmo a partir da intimação da sentença ao procurador. Apesar de estas alterações estarem em vigência desde o ano de 2006, até o presente momento, não obstante o entendimento estar mais convergente, o assunto ainda não foi pacificado pela doutrina. Da mesma forma, nota-se que os tribunais pátrios divergiram bastante quanto ao termo inicial, o que dificultou ainda mais a pacificação do entendimento. Essa divergência não se restringiu somente aos tribunais estaduais, pois somente no ano de 2010 o assunto fora sedimentado pela Corte Superior do Superior Tribunal de Justiça. Isto porque houve decisões contraditórias entre suas turmas, inicialmente entre a terceira e quarta, somente sendo resolvida a celeuma após submissão a Corte Especial..

(25) 25. O cumprimento de sentença não se instaura como uma nova ação que exige citação ou intimação do devedor. É apenas continuidade do processo que a sentença condenatória não teve o condão de encerrar. Publicada e intimada, os efeitos da sentença se projetam sobre a continuidade dos atos que lhe seguem. O prazo de cumprimento, portanto, não decorre de uma nova instância, porém há grande divergência quanto a seu termo inicial. Se tratando de mera continuidade do processo, e de ato de praxe processual, a intimação da parte consuma-se com a intimação de seu procurador. Partamos da constatação de que, prolatada a sentença, são as partes dela necessariamente intimadas, e de tal intimação correrá o prazo para a interposição dos recursos cabíveis (CPC, art. 506). Com esta intimação, portanto, as partes ficam cientes do inteiro teor da prestação jurisdicional, e dela não podem alegar ignorância, o que leva parte da doutrina e jurisprudência entenderem este momento como termo inicial para o pagamento voluntário. Se no cumprimento de sentença definitiva há grandes divergências, não seria diferente no cumprimento de sentença ainda pendente de trânsito em julgado, quando ocorre a chamada execução provisória, o que se expõe a seguir. 3.2 Do cabimento da multa do art. 475-J do CPC na execução provisória A partir da edição da Lei 11.232,2005 desapareceu a necessidade de extradição de carta de sentença para que se pudesse promover a execução 7 provisória. Salienta o professo Alexandre Freitas Câmara :. 7. Freitas Câmara Alexandre. Lições de Direito Processual Cível. São Paulo: Atals, 2014, ed. 23., v.2, cit. , p.,235..

(26) 26. a lei passou a exigir que o exequente formulasse seu requerimento de instauração da execução provisório por uma petição que deve vir instruída com uma série de documentos (basicamente os mesmo que antigamente instruíam a carta de sentença).. Assim, é grande a divergência acerca da data em que se inicia o prazo para o pagamento da condenação sem que haja a incidência da multa do art. 475-J do CPC. No entanto, no caso de execução provisória deve-se verificar, inicialmente, se a multa é ou não cabível. Em se tratando de execução provisória, parece-nos mais razoável a não incidência da multa prevista no art. 475-J do CPC, haja vista a multa ser própria da execução definitiva, quando a obrigação de pagar encontra-se confirmada, haja vista o trânsito em julgado da decisão condenatória. Durante o recurso sem efeito suspensivo, é facultada ao sutor a promoção da execução provisória,. porém,. não. se. verifica. ainda. a. obrigação. de. cumprir. espontaneamente a condenação para o devedor. Dessa forma, considerando ser a multa uma penalização do devedor pelo inadimplemento da obrigação, não se pode impô-la ao devedor provisório, haja vista inexistir atraso naquele cumprimento. No entanto, há divergência nesse sentido, como se pode verificar nos julgados abaixo: Agravo de Instrumento 7338623700 - TJSP - 11ª Câmara de Direito Privado - Relator Cláudio Antonio Soares Levada - 18/06/2009 Ementa: SENTENÇA - Cumprimento - Execução provisória Intimação da executada para pagamento, sob pena de incidência da multa de 10% estabelecida no art. 475-J, do CPC - Possibilidade = Execução que se faz nos mesmos moldes da definitiva - Recurso não ... Ementa: SENTENÇA Cumprimento - Execução provisória - Intimação da executada.

(27) 27. para pagamento, sob pena de incidência da multa de 10% estabelecida no art. 475-J, do CPC - Possibilidade = Execução que se faz nos mesmos moldes da definitiva - Recurso não provido. (grifo nosso) Agravo de Instrumento 1254853500 - TJSP Presidente Prudente - 29ª Câmara de Direito Privado - Relator Antonio Luis de Carvalho Viana - 24/06/2009 - Voto nº: 13221 Ementa: ... - Cumprimento - Execução provisória - Multa de 10% prevista no art. 475-J do CPC - Incidência somente se o devedor, devidamente intimado, não efetuar o pagamento no prazo de 15 dias - Recurso parcialmente provido. Ementa: SENTENÇA - Cumprimento - Execução provisória Multa de 10% prevista no art. 475-J do CPC - Incidência somente se o devedor, devidamente intimado, não efetuar o pagamento no prazo de 15 dias - Recurso parcialmente provido. Ementa: ... DE ADVOGADO - Cumprimento de sentença Execução provisória - Fixação de honorários advocatícios Cabimento, caso não ocorra o pagamento no prazo da intimação (art. 475-J do CPC) - Recurso parcialmente provido. Ementa: HONORÁRIOS DE ADVOGADO - Cumprimento de sentença - Execução provisória - Fixação de honorários advocatícios - Cabimento, caso não ocorra o pagamento no prazo da intimação (art. 475-J do CPC) - Recurso parcialmente provido. (grifo nosso). 0009964-27.2014.8.19.0000 - AGRAVO DE INSTRUMENTO TJRJ1ª Ementa DES. LEILA ALBUQUERQUE - Julgamento: 03/04/2014 DECIMA OITAVA CAMARA CIVEL AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO INDENIZATÓRIA. FASE DE CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. Executada se insurge contra a decisão de aplicação da multa prevista no artigo 475-J do Código de Processo Civil. Impossibilidade de aplicação da referida sanção em sede de Execução provisória do julgado. Entendimento deste Tribunal de Justiça, com fulcro na jurisprudência da Corte Superior. PROVIMENTO DO RECURSO. (grifo nosso). 0027261-81.2013.8.19.0000 - AGRAVO DE INSTRUMENTO – TJRJ 1ª Ementa. DES. ANDRE ANDRADE - Julgamento: 05/12/2013 - SETIMA CAMARA CIVEL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. CUMPRIMENTO PROVISÓRIO DE SENTENÇA. EXISTÊNCIA DE RECURSO PENDENTE PARA JULGAMENTO. NÃO INCIDÊNCIA DA MULTA PREVISTA NO ART. 475-J DO CPC. DESCABIMENTO DE FIXAÇÃO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS DE SUCUMBÊNCIA. OBSERVÂNCIA DO DIREITO.

(28) 28. CONSTITUCIONAL DA PARTE DE RECORRER. INFORMATIVOS Nº 0483 E Nº 0516 DO STJ. RECURSO A QUE SE NEGA SEGUIMENTO, NA FORMA DO ARTIGO 557, CAPUT, DO CPC (grifo nosso).. Não obstante o entendimento do Tribunal de Justiça de São Paulo, nos parece ser multa do artigo 475-J do CPC própria da execução definitiva, pelo que pressupõe sentença transitada em julgado. Durante o recurso sem efeito suspensivo, é possível a execução provisória, como faculdade do credor, mas inexiste, ainda, a obrigação de cumprir espontaneamente a condenação para o devedor. Por isso não se pode penalizá-lo com a multa pelo atraso naquele cumprimento. Até porque, as alterações do procedimento executório, principalmente àquelas trazidas com o artigo 475-J, foram idealizadas com o objetivo de estimular o devedor a realizar o pagamento da dívida objeto de sua condenação, evitando, assim, a incidência da multa pelo inadimplemento da obrigação constante do título executivo. Sobre esta perspectiva, e se a multa prevista no art. 475-J pressupõe a existência de sentença transitada em julgado e, com efeito, a própria estabilidade do titilo executivo, não nos parece razoável aplicá-la aos casos de execução provisória. Não é outro o entendimento do Superior Tribunal de Justiça, o qual entende pela incompatibilidade da incidência da multa do art. 475-J nas execuções provisórias, conforme se pode verificar na decisão abaixo colacionada: REsp 1324252 / PR RECURSO 012/0026128-3 Relator(a) Ministra NANCY ANDRRIGH(1118). ESPECIAL. Órgão Julgador T3 – TERCEIRA TURMA Data do Julgamento 11/02/2014 Data da Publicação/Fonte DJe 25/02/2014 Ementa PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO PROVISÓRIA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. 1. A execução provisória do julgado é uma faculdade do.

(29) 29. credor, que pode exercê-la ou não. Tanto que a Corte Especial do STJ já definiu que multa do art. 475-J não incide em hipóteses de execução provisória, já que, antes do trânsito em julgado da sentença condenatória, não se pode dizer que há um 'condenado', no sentido próprio do termo. 2. Se é do credor a faculdade de dar início à execução, não há como se imputar ao devedor uma responsabilidade por ter dado causa a esse processo. O que deve orientar a fixação de honorários advocatícios, com efeito, é o princípio da causalidade. 3. A impossibilidade de fixação de tais honorários, contudo, é inicial. Caso haja, no curso da execução provisória, o trânsito em julgado da sentença, os honorários advocatícios serão devidos, desde que se conceda, ao devedor, prazo de 15 dias para adimplemento voluntário da obrigação. Precedente. 4. Recurso especial da PETROBRÁS conhecido e parcialmente provido. 5. Decretada a perda de objeto do recurso interposto por JOSÉ BERNADO DO CAMPO. Acórdão Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da TERCEIRA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das notas taquigráficas constantes dos autos, prosseguindo do julgamento, por unanimidade, dar provimento ao recurso especial da Petróleo Brasileiro S/A - Petrobrás e julgar prejudicado o recurso especial de José Bernardo do Carmo, nos termos do voto do(a) Sr(a) Ministro(a) Relator(a). Os Srs. Ministros Sidnei Beneti, Paulo de Tarso Sanseverino e Ricardo Villas Bôas Cueva votaram com a Sra. Ministra Relatora. Não participou do julgamento o Sr. Ministro João Otávio de Noronha.(grifo nosso). Processo AgRg no REsp 1362792 / PR AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO 2013/0009409-0 . Relator(a) Ministro MRCO BUZZI(1149). ESPECIAL. Órgão Julgador T4 – QUARTA TURMA Data do Julgamento 06/02/2014 Data da Publicação/Fonte DJe 18/02/2014 Ementa AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ESPECIAL CUMPRIMENTO PROVISÓRIO DE SENTENÇA HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS E MULTA DO ARTIGO 475J DO CÓDIGO. DE PROCESSO CIVIL - AFASTAMENTO -.

(30) 30. DECISÃO MONOCRÁTICA DANDO PROVIMENTO AO APELO EXTREMO INTERPOSTO PELA RÉ. INSURGÊNCIA RECURSAL DO AUTOR. 1. "O artigo 543-C do Código de Processo Civil não previu a necessidade de sobrestamento nesta Corte do julgamento de recursos que tratem de matéria afeta como representativa de controvérsia, mas somente da suspensão dos recursos nos quais a controvérsia esteja estabelecida nos tribunais de segunda instância" (cf. AgRg no REsp 1291652/PR, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 21/08/2012, DJe 29/08/2012). 2. Em sede de cumprimento provisório de sentença, é descabido o arbitramento de honorários advocatícios. Precedente específico da Corte Especial (REsp 1291736/PR). 3. É pacífico, no âmbito deste Tribunal Superior, o entendimento de que que a multa prevista no artigo 475-J do CPC não tem aplicabilidade à hipótese de execução provisória ou cumprimento provisório de sentença, dada a inexistência de decisão transitada em julgado. 4. Agravo regimental desprovido. Acórdão Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da QUARTA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Raul Araújo (Presidente), Maria Isabel Gallotti e Antonio Carlos Ferreira votaram com o Sr. Ministro Relator. Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Luis Felipe Salomão.(grifo nosso). Superada a questão acerca do descabimento da multa prevista no artigo 475-J do CPC nas execuções provisórias, passa-se à análise do momento de início do prazo para incidência da multa em caso de execução definitiva. 3.3 Da incidência da multa do art. 475-J do CPC na execução definitiva Nos casos de execução definitiva, a questão quanto à incidência da multa do art. 475-J do CPC, ainda que haja um posicionamento majoritário, encontra-se distante da ocorrência de pacificação, conforme se pode verificar nas decisões trazidas à baila..

(31) 31. Muito embora o Superior Tribunal de Justiça tenha modificado seu posicionamento acerca do cabimento automático da multa do art. 475-J do CPC, e passado a entender pela necessidade de intimação do devedor, na pessoa de seu procurador, para a realização do pagamento da condenação, conforme decisões abaixo colacionadas, muitas são as decisões divergentes nesse sentido, proferidas pelos Tribunais de Justiça, o que também será objeto de análise. Abaixo decisão do Superior Tribunal de Justiça acerca da necessidade de intimação do devedor, na pessoa de seu procurador, e desnecessidade de intimação pessoal do devedor: AgRg no REsp 1370160 / SE AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL 2013/0053094-5. Relator Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES (1141) Órgão J ulgador T2 – SEGUNDA TURMA Data do Julgamento 26/11/2013 Data da Publicação/Fonte DJe 04/12/2013 Ementa PROCESSUAL CIVIL. ART. 475-J DO CPC. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA PARA PAGAMENTO DE QUANTIA CERTA. INTIMAÇÃO PESSOAL DO DEVEDOR. DESNECESSIDADE. PUBLICAÇÃO NA IMPRENSA OFICIAL. MATÉRIA JULGADA SOB REGIME DOS RECURSOS REPETITIVOS (REsp 1.262.933/RJ). 1. No julgamento do REsp 1.262.933/RJ, da relatoria do Ministro Luis Felipe Salomão, a Corte Especial pacificou seu entendimento, submetendo-o à sistemática dos recursos repetitivos, no sentido de que para a aplicação da multa prevista no artigo 475-J do Código de Processo Civil é necessária a intimação do devedor na pessoa de seu advogado, sendo dispensada a sua intimação pessoal para o pagamento voluntário do débito. 2. Agravo regimental não provido. Acórdão.

(32) 32. Vistos, relatados e discutidos esses autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da SEGUNDA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das notas alquigráficas, o seguinte resultado de julgamento: "A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental,nos termos do voto do(a) Sr(a). Ministro(a)-Relator(a)." A Sra. Ministra Eliana Calmon, os Srs. Ministros Humberto Martins,Herman Benjamin e Og Fernandes votaram com o Sr. Ministro Relator.Presidiu o julgamento o Sr. Ministro Mauro Campbell Marques.(grifo nosso).. No entanto, muito embora o Superior Tribunal de Justiça pacificado o entendimento quanto à necessidade de intimação do devedor, na pessoa de seu procurador, para pagamento da condenação, tal entendimento ainda não tem sido aplicado por todos os Tribunais de Justiça do país, conforme se pode verificar nas decisões abaixo colacionadas: Data de Julgamento: 27/03/2014 Data da publicação da súmula: 07/04/2014 Ementa: EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA - MULTA PREVISTA NO ART. 475-J DO CPC - NECESSIDADE DE INTIMAÇÃO DO DEVEDOR, NA PESSOA DO PROCURADOR - DECISÃO REFORMADA - AGRAVO PROVIDO. 1 - Com o advento e a promoção do sincretismo no sistema processual brasileiro - caracterizado pela efetivação de atos de cognição, de acautelamento e de execução no bojo da mesma relação jurídica -, o processo autônomo de execução foi convertido, salvo exceções, em cumprimento de sentença, fase posterior à decisória no processo de conhecimento. 2 - Em sede de cumprimento de sentença, a multa de 10% não incide de forma automática, sendo imprescindível a intimação do devedor, na pessoa de seu procurador, por meio da imprensa oficial, para adimplir a obrigação. Precedentes do STJ. (grifo nosso). Processo: Agravo de Instrumento - TJMG 1.0223.07.219349-1/006. 0644101-85.2013.8.13.0000 (1).

(33) 33. Relator(a): Des.(a) José Marcos Data da publicação da súmula: 07/04/2014 Ementa: EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA - MULTA PREVISTA NO ART. 475-J, DO CPC - NECESSIDADE DE INTIMAÇÃO DO DEVEDOR, NA PESSOA DO PROCURADOR - DECISÃO REFORMADA - AGRAVO PROVIDO. 1 - Com o advento e a promoção do sincretismo no sistema processual brasileiro - caracterizado pela efetivação de atos de cognição, de acautelamento e de execução no bojo da mesma relação jurídica -, o processo autônomo de execução foi convertido, salvo exceções, em cumprimento de sentença, fase posterior à decisória no processo de conhecimento. - Em sede de cumprimento de sentença, a multa de 10% não incide de forma automática, sendo imprescindível a intimação do devedor, na pessoa de seu procurador, por meio da imprensa oficial, para adimplir a obrigação. Precedentes do STJ. (grifo nosso).. Não obstante o entendimento pacificado quanto à necessidade de intimação do devedor para o início do prazo para pagamento da condenação sem a incidência da multa em questão, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais apresenta divergência quando no processo ocorre a revelia, senão vejamos: Processo: Agravo de Instrumento - TJMG 1.0024.06.152871-7/001 0931407-11.2013.8.13.0000 (1) Relator(a): Des.(a) Marco Aurelio Ferenzini Data de Julgamento: 27/03/2014 Data da publicação da súmula: 04/04/2014 Ementa: EMENTA:. AGRAVO. DE. INTRUMENTO. -. AÇÃO. ORDINÁRIA - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA - ART. 475-J, DO CPC - RÉU REVEL - INTIMAÇÃO PESSOAL -. DESNECESSIDADE. -. RECONSIDERAÇÃO. DA. DECISÃO AGRAVADA - PERDA DO OBJETO RECURSO PREJUDICADO. Tendo o prolator da decisão. reformado. a. decisão. recorrida,. resta.

(34) 34. prejudicado. o. recurso,. devendo. ser-lhe. negado. seguimento, nos termos do ART 529, do CPC(grifo nosso).. Processo: Agravo de Instrumento - TJMG 1.0024.08.289228-2/002 0382732-74.2013.8.13.0000 (1) Relator(a): Des.(a) Pereira da Silva Data de Julgamento: 25/02/2014 Data da publicação da súmula: 14/03/2014 Ementa: EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE SENTENÇA - REVELIA - NECESSIDADE DE INTIMAÇÃO DO RÉU REVEL PARA PAGAMENTO VOLUNTÁRIO - ARTIGO 475-J DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. - "O cumprimento da sentença não se efetiva de forma automática, ou seja, logo após o trânsito em julgado da decisão. De acordo com o art. 475-J combinado com os arts. 475-B e 614, II, todos do CPC, cabe ao credor o exercício de atos para o regular cumprimento da decisão condenatória, especialmente requerer ao juízo que dê ciência ao devedor sobre o montante apurado, consoante memória de cálculo discriminada e atualizada" (RESP 940 274). (grifo nosso).. Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo: Agravo de Instrumento 7338589000 Monte Azul Paulista - 23ª Câmara de Direito Privado Relator José Marcos Marrone - 03/06/2009 - Voto nº: 9206 Ementa: ... de sentença - Multa - Artigo 475-J do CPC Circunstância em que o objetivo da Lei nº: 11.232/05 consistiu em promover a simplificação e a celeridade na obtenção do resultado prático da sentença, de forma que a intimação para cumprir a sentença, ... Ementa: EXECUÇÃO POR TÍTULO JUDICIAL - Fase de cumprimento de sentença - Multa - Artigo 475-J do CPC - Circunstância em que o objetivo da Lei nº: 11.232/05 consistiu em promover a simplificação e a celeridade na.

(35) 35. obtenção do resultado prático da sentença, de forma que a intimação para cumprir a sentença, quer pessoal do devedor, quer mediante o seu advogado constituído não se mostra plausível - Situação na qual não existe motivo para a realização de mais uma intimação, se a parte possui advogado e comparece a todos os atos do processo, de forma que a contagem do prazo, com o trânsito em julgado da decisão, é automática Precedente do STJ - Existência - Recurso não provido. Ementa: ... de sentença - Multa - Artigo 475-J do CPC Multa prevista no artigo 475-J do CPC - Pagamento parcial do débito - Circunstância em que é possível que o Juiz determine a inclusão da multa sobre o valor do saldo remanescente - Recurso não provido. Ementa: EXECUÇÃO POR TÍTULO JUDICIAL - Fase de cumprimento de sentença - Multa - Artigo 475-J do CPC - Multa prevista no artigo 475-J do CPC - Pagamento parcial do débito - Circunstância em que é possível que o Juiz determine a inclusão da multa sobre o valor do saldo remanescente - Recurso não provido. (grifo nosso).. Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul: Número: 70059212068 Inteiro Teor Tribunal: Tribunal de Justiça do RS Seção: CIVEL Comarca de Origem: Comarca de Bento Gonçalves Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO. NEGÓCIOS JURÍDICOS BANCÁRIOS. AÇÃO INDENIZATÓRIA. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. SUPOSTA EXISTENCIA DE DIFERENÇA DE VALORES. QUESTÃO A SER DIRIMIDA EM EVENTUAL IMPUGNAÇÃO. INCIDENCIA DA MULTA PREVISTA NO ART. 475-J, DO CPC APÓS A PRÉVIA INTIMAÇÃO DA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA PARA COMPLEMENTAÇÃO DO DEPÓSITO. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS A SEREM FIXADOS PELO JUIZ DE PRIMEIRO GRAU NA HIPÓTESE DE INOCORRENCIA DE PAGAMENTO. RECURSO PARCIALMENTE.

(36) 36. PROVIDO. (Agravo de Instrumento). Nº 70059212068, Décima Primeira Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Katia Elenise Oliveira da Silva, Julgado em 04/04/2014) (grifo nosso). Relator: Nelson Antônio Monteiro Pacheco Ementa: DIREITO PÚBLICO NÃO ESPECIFICADO. INFRAÇÃO DE TRÂNSITO. FASE DE CUMPRIMENTO DE. SENTENÇA.. NECESSIDADE. DE. CONHECIMENTO AUTOS.. ARTIGO SE. DAR. ACERCA. HIPÓTESE. EM. 475-J AO. DO QUE. DO. DEVEDOR O. RETORNO O. CPC. DOS. PAGAMENTO. OCORREU DENTRO DO PRAZO LEGAL. NÃOINCIDÊNCIA DA MULTA DO ART. 475-J DO CPC E DE HONORÁRIOS. ADVOCATÍCIOS. NO. CASO. CONCRETO. 1. Não há incidência automática da multa do art. 475-J do CPC, pelo transcurso do prazo de quinze dias após o trânsito em julgado da sentença ou do acórdão. É necessária, pelo menos, a intimação do devedor para que tenha ciência acerca do retorno dos autos para cumprimento espontâneo da obrigação. 2. No caso concreto, a agravante foi intimada do cumprimento de sentença, através da NE nº 317/2014 (fls. 48-vº). Em tese, logo a partir da disponibilização da NE nº 317/2014 é que passa a fluir o prazo para o cumprimento. espontâneo. do. julgado,. ou. seja,. 26MAR14, porquanto a disponibilização desta no DJe ocorreu em 10MAR14, prazo este contado na forma do art. 4º da Lei nº 11.419/06. Contudo, dentro deste prazo, a agravante efetuou o depósito da condenação (fls. 0810), pelo que não incide na espécie a multa do art. 475J. do. CPC,. tampouco. honorários. advocatícios,. consoante o entendimento firmado no Superior Tribunal de Justiça, na forma do art. 543-C do CPC, quando do julgamento do REsp nº 1.134186-RS. AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROVIDO.. DECISÃO.

(37) 37. MONOCRÁTICA.. (Agravo. de. Instrumento. Nº. 70058995176, Terceira Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Nelson Antônio Monteiro Pacheco, Julgado em 27/03/2014) (grifo nosso). Verifica-se que as Turmas Recusais do Tribunal do Rio Grande do Sul modificaram seu entendimento recentemente, tendo editada a Súmula 21, mencionada nos julgados abaixo:. Número: 71004213369 Inteiro Teor: Tribunal: Turmas Recursais Seção: CIVEL Tipo de Processo: Recurso Cível Órgão Julgador: Terceira Turma Recursal Cível Decisão: Acórdão Comarca de Origem: Comarca de Uruguaiana Relator: Cleber Augusto Tonial Ementa: RECURSO INOMINADO. EMBARGOS A À EXECUÇÃO. FASE DE CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. DIVERGÊNCIA QUANTO AO VALOR DEVIDO. ALEGAÇÃO DE AUSÊNCIA DE INTIMAÇAÕ PESSOAL PARA O PAGAMENTO. PEDIDO DE AFASTAMENTO DA MULTA DO ARTIGO 475-J. SENTENÇA MANTIDA. Recorreu a exequente, alegando falta de intimação para a realização do pagamento, afirmando não ter conhecimento de que houve apresentação do cálculo. Alegou excesso de execução, pois o impugnado apresentou cálculo incluindo a aplicação de multa de 10%, conforme o artigo 475- J do CPC. Todavia, o transito em julgado da ação se deu em 04/05/2011(fl.139), antes da publicação da Súmula 21 de ago/2011. Para tanto, o devedor teria que efetuar o pagamento nos 15 dias seguintes, independente de nova intimação. A recorrente comprovou, nos autos, que efetuou o pagamento da.

(38) 38. condenação por meio de depósito bancário em 15/06/2011. Desta forma, mesmo que considerado os 15 dias após a publicação da Nota de Expediente, o impugnante também deixou transcorrer os 15 dias. Manutenção da sentença quanto a incidência do percentual de 10%sobre o valor da condenação. Sentença mantida por seus próprios fundamentos nos termos do art. 46 da lei n.º 9.099/95. RECURSO DESPROVIDO. (Recurso Cível Nº 71004213369, Terceira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Cleber Augusto Tonial, Julgado em 27/02/2014). Data de Julgamento: 27/02/2014 Número: 71004668620 Inteiro Teor: Tribunal: Turmas Recursais Tipo de Processo: Recurso Cível Seção: CIVEL Órgão Julgador: Segunda Turma Recursal Cível Decisão: Acórdão Comarca de Origem: Comarca de Vacaria Relator: Vivian Cristina Angonese Spengler Ementa: AÇÃO DE COBRANÇA. RESOLUÇÃO DE CONTRATO DE PARTICIPAÇÃO FINANCEIRA - CRT (ATUAL BRASIL TELECOM S.A.) POR INADIMPLEMENTO DE OBRIGAÇÕES CONTRATUAIS ASSUMIDAS. OFERTA PÚBLICA ACEITA. HIPÓTESE EM QUE INEXISTE PROVA DO DEPÓSITO. PRELIMINARES DE PRESCRIÇÃO, CARÊNCIA DE AÇÃO POR FALTA DE INTERESSE PROCESSUAL E ILEGITIMIDADE ATIVA AFASTADAS. Prescrição inocorrente. Como a ação é fundada em direito pessoal, inviável a aplicação do art. 287, II, "g", da Lei nº 6.404/76, pois incidente na espécie o prazo ordinário de 10 anos, na forma do art. 205, do CC, sendo inaplicável ao caso o prazo trienal previsto no art. 206, § 3°, V, do Código Civil de 2002. No mais, os prazos prescricionais reduzidos pelo novo diploma civil não retroagem à data do fato, passando a correr apenas a partir da vigência da nova lei. Não há que se falar em carência da ação por falta de interesse.

(39) 39. processual ou ilegitimidade ativa. Em que pese tenha sido informado pela ré a aceitação da oferta pública, não há nos autos formulário de aceitação preenchido. Não tendo a operadora de telefonia integralizado o prometido capital, é viável a resolução da avença, com o reembolso do valor despendido, acrescido de correção monetária e juros. A alegada impossibilidade material da subscrição de ações, em face das regras do direito societário e do direito dos acionistas preferenciais, não exime a recorrente de, ao menos, restituir o valor aportado. Em relação ao momento de incidência da multa do art. 475-J, do CPC, as Turmas Recursais, que entendiam desnecessária a intimação específica para o cumprimento da obrigação, que deveria ocorrer 15 dias após o trânsito em julgado da decisão, editaram a Súmula nº. 21 adotando o recente posicionamento do Superior Tribunal de Justiça, tornando imprescindível a intimação da parte ou do advogado. Matéria de ordem processual, a ser prontamente observada. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. (Recurso Cível Nº 71004668620, Segunda Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Vivian Cristina Angonese Spengler, Julgado em 26/03/2014) (grifo nosso) Data de Julgamento: 26/03/2014.. Assim, expostos o entendimento do Superior Tribunal de Justiça e de alguns Tribunais de Justiça, passa-se a conclusão do trabalho..

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