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As raízes da vida do primeiro santo brasileiro

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Academic year: 2022

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PROVÍNCIA FRANCISCANA DA IMACULADA CONCEIÇÃO DO BRASIL

As raízes da vida do

primeiro santo brasileiro

FESTA DE FREI GALVÃO - 2021 SANTUÁRIO FREI GALVÃO

NOVEMBRO DE 2021 | ANO LXIX | Nº 11

E D I Ç Ã O E S P E C I A L

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EDITORIAL

O carinho do povo por Frei Galvão e pelos franciscanos

MENSAGENS

Marcus Soliva Frei Gustavo Wayand Medella

DIA SOLENE

D. Orlando: “Frei Galvão e Papa Francisco se completam”

Provincial e Inaugura da Alameda Frei Galvão

Celebrações começam com a Missa da Aurora

Santuário Frei Galvão na vida de Ana Paula Ferreira Mota

Translado da imagem de Frei Galvão para a nova Alameda

NOVENA DE FREI GALVÃO O NOVO PROJETO

Como ficará o novo Santuário Frei Galvão Santuário Arquidiocesano de Santo Antônio de Sant’Anna Galvão

Pedra fundamental foi lançada no Dia Mundial do Meio Ambiente

Cronologia da vida de Frei Galvão Veja como ajudar o Santuário

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Missas

Durante a semana

7h - Segunda, terça, quinta e sexta 15h (transmitida) - Todos os dias Sábado

15h (transmitida) e 18h Domingo

6h, 8h, 10h (transmitida) 15h (transmitida) e 18h 1ª Segunda do Mês

Missa da Esperança 19h30 (transmitida) YouTube: tvfreigalvao

Confissões

Toos os dias, exceto às quartas-feiras 9h30 - 11h30

14h - 16h30

Coroa Franciscana

Sábado - 19h

Após a Missa das 18h será rezada a Coroa Franciscana. Esta oração é uma piedade da espiritualidade franciscana, que convida o fiel a contemplar, em sete dezenas, as sete alegrias de Nossa Senhora.

Procissão luminosa até a Alameda Frei Galvão.

Terço Mariano (transmitido) A partir das 14h

Terço de São José (transmitido) Segunda-feira às 14h

Novena Perpétua de Frei Galvão (transmitido) Todos os dias às 14h40

Secretaria

Segunda a sábado: 8h às 17h

Edição Histórica da Festa de Frei Galvão

Arquidiocese de Aparecida

Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil Ministro Provincial: Frei Fidêncio Vanboemmel

Vigário Provincial: Frei Gustavo Medella SANTUÁRIO FREI GALVÃO

Fraternidade: Frei Diego Atalino de Melo, reitor;

Frei Roberto Ishara e Frei Leandro Costa Santos.

Edição: Setor de Comunicação da Província da Imaculada;

Textos e fotos: Comunicação do Santuário.

Endereço

Santuário Arquidiocesano de Santo Antônio de Sant’Anna Galvão

Avenida José Pereira da Cruz, nº 53 - Jardim do Vale I Guaratinguetá/SP CEP 12.519-411 Telefones: (12) 3013-6119 e (12) 99684-6350 - whatsapp

Redes sociais

Instagram: santuariofg facebook: santuariofreigalvao youtube: TV Frei Galvão site: www.santuariofreigalvao.com

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EDITORIAL

APRESENTAÇÃO

F

rei Galvão e a Espiritualidade Franciscana. As raí- zes da vida do primeiro santo brasileiro”. Com essa motivação, nossa Fraternidade realizou a primeira Festa de Frei Galvão sob a nossa responsabilidade.

Conscientes de que essas raízes franciscanas levaram Frei Galvão às honras dos altares, bem como o que justifica a nossa presença nesse Santuário é exata- mente resgatar tal carisma, tudo foi pensado com o ob- jetivo de evidenciarmos a nossa ‘marca’ franciscana. Ce- lebrações, cantos, organização, acolhida, inaugurações e festa externa foram expressões de um único e mesmo desejo: vivenciar e partilhar o carisma franciscano com

UM CARISMA ATUAL

Com o intuito de fazer com que a novena dialogasse com a sociedade e com o momento histórico que es- tamos vivendo, os temas e paraninfos foram escolhidos para além do âmbito eclesial. Como Frei Galvão soube dialogar com as diferentes realidades do seu tempo, convidamos para celebrar conosco os advogados, en- genheiros, ciclistas, homens do campo e famílias em ge- ral. Além disso, essa novena também precisava dialogar com a realidade que vivemos. Assim, os deficientes, os profissionais de saúde e os sobreviventes da Covid-19 também foram presença profética, mostrando que essa grande raiz franciscana reconhece o papel e a importân-

O carinho do povo por

FREI GALVÃO e pelos franciscanos

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Santuário Frei Galvão

NOVEMBRO | 2021

SIMPLICIDADE QUE ATRAI

Após a realização da festa, confesso que fiquei sur- preso ao ver tanta gente que veio agradecer pela forma como foi conduzida a novena e a festa. Por ser o nosso primeiro ano, além da contingência imposta pela pan- demia, tudo foi feito de modo muito simples e caseiro.

Sem grandes estruturas e com poucos recursos, procu- ramos dar o nosso melhor na simplicidade daquilo que tínhamos à disposição. No entanto, o jeito franciscano de ser e estar no meio do povo, de modo simples e des- pretensioso, talvez tenha mostrado a originalidade de nosso carisma, fazendo com o que o povo realmente se sentisse em casa, em fraternidade.

O PRIMEIRO PASSO

DE UMA GRANDE CAMINHADA

Percebendo o grande desejo do povo de ver algo concreto sendo realizado, no dia de nossa posse, em 11 de abril, comunicamos oficialmente que iríamos começar as obras de construção do novo santuário.

Foram 6 meses de muito trabalho: máquinas pesadas removendo toneladas de terra, caminhões chegando com tubos, manilhas e sacos de cimento, retroescava- deiras fazendo a drenagem dos mais de 100 mil metros quadrados, plantio de 3 mil mudas de árvores da mata atlântica, pavimentação do entorno do santuário e a construção dos 180 metros de Alameda. Parecia que tudo havia se transformado em um grande canteiro de obras. No entanto, todo esforço foi coroado com a ce- lebração presidida pelo nosso Ministro Provincial, Frei Fidêncio Vanboemmel, quando foi entregue ao povo essa primeira etapa das obras. A Alameda, tendo ao alto a imagem de Frei Galvão de 6 toneladas, abençoa- da pelo Papa Francisco, reavivou no povo a esperança de que o grande Santuário de Frei Galvão aos poucos vai se tornando realidade.

COLHENDO OS FRUTOS DE UMA ÁRVORE BEM ENRAIZADA

A conclusão que trazemos dessa primeira festa com a nossa presença franciscana é a de que o povo tem um grande carinho por Frei Galvão e pelos francis- canos. Nós, freis da primeira fraternidade do Santuário, estamos colhendo os bons frutos de uma presença franciscana centenária nessa cidade que deixou mar- cas indeléveis no coração e na memória do povo. Além de Frei Galvão, são tantos frades que marcaram a his-

tória e a vida das pessoas, que confesso que já temos um caminho facilitado para trabalhar com o povo de Guaratinguetá e região.

Assim, finalizamos esse grande momento com 34 missas com a igreja lotada, quase 100 horas de aten- dimento de confissões, aproximadamente 50 horas de transmissão ao vivo pela TV Frei Galvão, mais de 200 vo- luntários e uma imensidão de devotos e fiéis que passa- ram por esse Santuário pedindo e agradecendo tantas graças alcançadas. Gente que fez a sua primeira viagem desde o início da pandemia exatamente para esse San- tuário, agradecendo pela superação desse momento sombrio do qual estamos saindo. Tudo isso demonstra que a força atrativa de Frei Galvão e do carisma francis- cano já lançaram raízes profundas no coração do povo.

Agora, cabe a nós, humildemente, fazer o trabalho de cuidarmos para que essa bicentenária árvore continue gerando frutos de vida, comprometimento e santidade para a Igreja, para a Ordem e para toda a sociedade.

GRATIDÃO

Por fim, uma palavra de gratidão aos meus confrades Frei Roberto Ishara e Frei Leandro Costa. Incansáveis no atendimento ao povo, alegres e solícitos nas inúmeras necessidades, empolgados com o novo que se descor- tina, são verdadeiros irmãos que fazem da Fraternidade a maior e mais bela expressão de nosso carisma.

Gratidão à Fraternidade do Seminário Frei Galvão, que desde sempre esteve ao nosso lado dando todo o suporte necessário. Aos confrades, postulantes e cola- boradores, nosso muito obrigado.

Aos confrades da Província que estiveram presentes conosco, que enviaram mensagens e se fizeram presen- ça, nosso reiterado convite para que se sintam realmen- te em casa nesse Santuário que é de todos nós.

Aos incontáveis voluntários, colaboradores, nosso Arcebispo, Dom Orlando Brandes, os padres diocesanos e todo o povo em geral, nossa gratidão pela bonita his- tória construída ao longo desses 10 anos de existência do Santuário.

Que em 2022, quando estaremos celebrando o bi- centenário de Morte de Frei Galvão, possamos realizar essa festa ainda maior, aprofundando as raízes francisca- nas desse grande santo brasileiro, nosso confrade.

Frei Diego Atalino de Melo

REITOR DO SANTUÁRIO FREI GALVÃO

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É

uma honra estar à frente da administração municipal de Guara- tinguetá, cidade com uma trajetória tão rica e com seus filhos ilustres que fizeram e fazem história no Brasil e no mundo. Des- taco aqui Frei Galvão, nosso primeiro Santo Brasileiro. Se somos uma Estância Turística é pela importância de Frei Galvão e do nosso turismo religioso. Milhares de fiéis visitam Guaratinguetá para agradecer aos milagres de Frei Galvão e conhecer mais sobre sua história.

O Santuário de Frei Galvão é o local onde esses devotos de diversas regiões do país e do mundo participam das celebrações. O Santuário, a Casa e o Museu de Frei Galvão estão entre os nossos principais pontos turísticos do município.

Nós, como poder executivo, apoiamos desde o início o projeto da construção do Novo Santuário de Frei Galvão. Essa transformação já é realidade. Aliás, como poder executivo municipal, realizamos nos últi- mos anos as obras de infraestrutura turística nas proximidades do San- tuário, em todo trecho de acesso ao local.

Estamos acompanhando e incentivando o novo Santuário desde a aprovação deste projeto, buscando parceiros e sabendo da relevância desta construção para Guaratinguetá.

Neste ano fiquei emocionado com o primeiro passo dessa gran- diosa obra. Como em todos os anos, estive presente nas celebrações e comemorações do Dia de Frei Galvão, mas desta vez em um momento ainda mais especial: a inauguração da Alameda de Frei Galvão. Foi o primeiro passo da construção do novo Santuário. Foi um momento de muita alegria, fé e esperança, em um espaço que foi preparado com tanto carinho para receber os fiéis, com uma belíssima estrutura.

Marcus Soliva

PREFEITO DE GUARATINGUETÁ - SP

Uma administração à altura de

FREI GALVÃO

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Santuário Frei Galvão

NOVEMBRO | 2021

MENSAGENS

que receberam graças e milagres ao se dirigirem a Deus por intermé- dio do Filho de São Francisco com quem aprenderam a nutrir intimi- dade.

Frei Galvão deitado ao solo, ape- sar de suas superlativas medidas, é marca da humildade que distingue os grandes homens. É atualização do gesto profético e audacioso de Jesus no lava-pés: o mestre que se inclina para revelar que o poder, na lógica cristã, jamais pode estar dissociado do serviço. Frei Galvão é grande, mas se faz pequeno para mostrar que, no centro da fé e da esperança, está alguém maior, Je- sus Cristo, o próprio Deus que se faz humano.

Frei Galvão no caminhão, con- duzido lentamente, é imagem do Santo que caminha com os seus e entre os seus, conduzindo-os para o Reino definitivo da Paz e do Bem:

- Caminha com seus confrades que, com garra e empenho, cultivam a fé e a devoção do povo peregrino que se dirige ao Santuário. A Frei Diego, Frei Roberto, Frei Leandro e também à Fraternidade do Seminário Frei Galvão, nosso “muito obrigado”

pelo testemunho de comunhão fraterna e pelo amor à missão!

- Caminha com a Família Francis- cana, feliz e cheia do “bom orgu- lho” de ter a nobre companhia de um franciscano tão ilustre.

Às irmãs franciscanas e clarissas, aos irmãos e irmãs da Ordem

Franciscana Secular (OFS) e da Juventude Franciscana (Jufra), nosso “muito obrigado” por acreditar neste sonho de evan- gelização.

- Caminha com a Igreja Particular da Arquidiocese de Aparecida que, agraciada pelas bênçãos da Padroeira do Brasil, também se alegra com as graças de Deus que Frei Galvão alcança para sua terra natal, Guaratinguetá. Ao Arcebispo, Dom Orlando Bran- des, ao Padre Carlinhos, a todo clero e ao Povo de Deus da Ar- quidiocese, nosso “muito obri- gado” por mais uma vez abrirem as portas à nossa fraternidade.

- Caminha com a multidão de de- votos, anônimos e conhecidos, colaboradores, voluntários, ro- meiros, benfeitores e parceiros da evangelização no Santuário Frei Galvão. Muito obrigado, de coração, pois sua presença é fundamental para a realização deste sonho e tantos outros que temos pela frente.

Há muito trabalho pela frente. A caminhada está apenas começan- do. De esperança em esperança, de gratidão e gratidão, com o empe- nho e carinho de todos, seguimos nossa caminhada, sob as bênçãos generosas de Deus e com a guarda e a proteção de Frei Galvão.

Frei Gustavo Wayand Medella, OFM

SECRETÁRIO PARA A EVANGELIZAÇÃO

As lições de

um GIGANTE deitado

A

gigante estátua de Frei Gal- vão, com oito metros de al- tura e 1,6 tonelada, erguida por um guindaste e depois deitada ao solo para ser carregada a seu novo lugar de exposição e devoção no Santuá- rio em Guaratinguetá. Os registros e fotos desta operação geraram fotos e imagens que viralizaram nas redes sociais, afinal não é todo dia que se faz um translado nestas proporções.

Para além da logística, no entanto, as imagens produzidas neste exer- cício de força, perícia, comunhão e paciência têm um simbolismo muito forte, que nos ajuda a compreender o quão importante foi para a Família Franciscana, para a nossa Província e para o Santuário Frei Galvão celebrar a Festa do primeiro Santo Brasileiro neste ano de 2021.

A imagem suspensa no guindaste nos comunica uma convicção que al- cançamos pela fé: temos um conter- râneo e confrade elevado pela graça de Deus à glória dos Santos, aos céus.

Com amor e atenção, o Franciscano de Guaratinguetá continua a interce- der pela Igreja, pelos frades, pelo Bra- sil, por todos os homens e mulheres

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A

s festividades em honra ao santo brasileiro, San- to Antônio de Sant’Ana Galvão, no Santuário de Guaratinguetá, sua terra natal, terminou na segun- da-feira (25/10) com a Santa Missa presidida por Dom Orlando Brandes, Arcebispo de Aparecida, e transmitida pela TV Aparecida. O Reitor Frei Diego Melo e seus confrades concelebraram com sacerdotes da Arquidiocese. Mais uma vez, o Santuário lotou para a Cele- bração Eucarística como aconteceu desde a primeira Missa às 6 horas.

Dom Orlando citou a primeira leitura com a seguinte fra- se: “Temos uma dívida que a gente nunca paga: É o amor fraterno’. “E Frei Galvão viveu querendo sempre pagar essa dí- vida de mil maneiras, porque como frade tinha grande cons- ciência da fraternidade. Tão necessária, ele levou esta fraterni- dade, essa dívida que temos, a tantos setores da sociedade”, situou o Arcebispo.

Já no Evangelho, foi lembrado que Jesus curou e endirei- tou uma mulher encurvada. “Essa mulher encurvada pode ser cada pessoa humana, porque o pecado nos encurva. O mal nos torna corcundos, nos leva para baixo”, ensinou. Segundo ele, Jesus endireitou aquela mulher para ela olhar para cima, olhar para o lado, com dignida-

de. E vamos pedir a Santo Frei Galvão, que ajudou mi- lhares de pessoas encurvadas a

DIA SOLENE

D. Orlando: “ FREI GALVÃO e

PAPA FRANCISCO se completam”

“O Papa está pedindo Sinodalidade, uma palavra que ouvimos

muito e significa um pedido para vivermos a concórdia, e tudo isso

também vem de São Francisco, ao qual Frei Galvão também seguiu”,

assim exortou Dom Orlando Brandes, Arcebispo da Arquidiocese de

Aparecida, encerrando solenemente as festividades do Santuário de

Frei Galvão neste ano de 2021.

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Santuário Frei Galvão

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encontrarem a sua dignidade de pes- soas. Vamos pedir também por toda a sociedade dos encurvados pela pan- demia, pelo desemprego, e cada um de nós pelos problemas familiares ou pessoais. Santo Frei Galvão, ajudai-nos, então, a nos endireitar e a recebermos essa dignidade que Jesus nos deu no Evangelho”, pediu.

Para Dom Orlando, existe uma atualidade entre Frei Galvão e o Papa Francisco. “Frei Galvão franciscano;

Papa Francisco nos convidando a en- trar com São Francisco nesta beleza da fraternidade. Como é que Frei Gal- vão e Papa Francisco se completam um ao outro?”, perguntou.

“Papa Francisco disse no primeiro dia: ‘Eu quero uma Igreja dos Pobres’;

Santo Frei Galvão cuidou deles com muito carinho. Chegava a pedir esmo- las para doar para os pobres. Pagava dívidas dos escravos, dos endividados.

Nós percebemos a atualidade de Frei Galvão nesses tempos de Papa Fran- cisco”, constatou.

Dom Orlando, então, contou uma história na vida do santo. “Um dia, a mãe dele colocou uma toalha muito

bonita na mesa. Ela tinha muito cari- nho pela toalha. Quando ela saiu, en- trou uma senhora pobre e Frei Galvão não sabia o que fazer. Pegou aquela toalha tão preciosa e deu para ela. De- pois, a moça que levou a toalha soube desse fato e voltou para devolver essa toalha. A mãe disse assim: a sra. fica com a toalha porque Sant’Ana inspi- rou meu filho a cuidar dos pobres”.

“Santo Frei Galvão e o Papa Fran- cisco estão ajudando todos os encur- vados pela pobreza exatamente com essas atitudes tão fortes e bonitas de fraternidade”, ressaltou.

Outra semelhança segundo o Ar- cebispo: O Papa Francisco diz: vamos curar as feridas e a Igreja deve ser um Hospital de Campanha. “São Frei Gal- vão entende muito de cura. Curou muitas pessoas em vida e continua curando com as pílulas que são tam- bém remédios espirituais. E remédios para nossa cura. Portanto, já santo, Frei Galvão entendeu que é preciso a gen- te aceitar os remédios das curas de nossas feridas e assim, então, sermos essa Igreja enfermeira, hospital de campanha, com misericórdia a tantos

doentes”, rememorou.

Outro ponto que aproxima o Papa Francisco de Frei Galvão é a misericór- dia. “Ele instituiu o Ano da Misericórdia e o título de Papa é este: ‘Fui escolhi- do por misericórdia’. E Santo Frei Gal- vão foi cheio de misericórdia com os pecadores, com os moribundos, com até o Caetaninho, que foi executado injustamente. E o Frei por misericór- dia disse que foi errado enforcar esta pessoa inocente. E mostrou tanta misericórdia com as religiosas com quem ele vivia. Por isso aqui quero fa- zer uma saudação religiosa a todas as Irmãs Concepcionistas. A Teresa Maria e os familiares de Frei Galvão que me ajudaram a entender e amar mais Frei Galvão. E tudo isso é misericórdia”, ex- plicou.

“Por isso, ele tem esse título bonito da misericórdia. Homem, apóstolo da caridade e da paz. Porque com miseri- córdia levava paz em todos setores da sociedade”, acrescentou.

“O Papa Francisco está pedindo uma sinodalidade na Igreja. Uma pa- lavra que vem de sínodo, que quer dizer ‘gente, vamos viver na concórdia’,

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como dizia a oração inicial. Santo Frei Galvão quer unidade, caminhar jun- tos. E o Papa Francisco nos deu aquela carta tão bonita: Fraternidade Univer- sal, Amizade Universal. Tudo isso vem de São Francisco. Somos todos irmãos.

Irmãos e irmãs, lavai-vos os pés uns dos outros. Aí está quem soube lavar os pés a vida inteira, quem soube ser o samaritano misericordioso”, frisou.

“Sou vosso pai” – Santo Frei Galvão

Frei Galvão, a caminho do exílio, por ter discordado da condenação do soldado Caetano, escreveu uma carta às Irmãs do Recolhimento (Mosteiro) da Luz. Terminando a carta escreveu: “sou vosso pai”. O coração paterno de Frei Galvão pul- sava em favor de muitas pessoas.

Vejamos como a letra “p” de pai caracteriza a ternura paterna do primeiro santo brasileiro.

PORTEIRO: acolhia paternalmente as pessoas

PREGADOR: falava com coração de pai PACIFICADOR: levava paz às famílias e pacificava conflitos sociais

PROFESSOR: ensinava o latim, era mú- sico e poeta, foi mestre do Novicia- do no Rio de Janeiro

PEDINTE: pedia esmolas para ajudar os pobres e pagar as dívidas dos escravos devedores

POETA: escreveu muitos e profundos poemas

PEDREIRO: além de arquiteto, cons- trutor, trabalhava com os operários na construção do Recolhimento e da Igreja

PEREGRINO: andava sempre a pé para visitar as casas, curar doentes, evangelizar

PARTIDA: partiu de São Paulo na direção do Rio de Janeiro, quando expulso de São Paulo

PARTURIENTES: salvou muitas vidas e parturientes

PARTIAM: atendia com especial carinho os moribundos que partiam para a Casa do Pai

PÍLULAS: “pílulas de Frei Galvão” que salvam vidas, curam corpo e alma

“O Papa Francisco pede uma Igreja em saída. Frei Galvão saía para ir às ca- sas, às cidades, saía para tantas regiões.

A pé para nos convidar: Vamos visitar nossos vizinhos, vamos levar o Evan- gelho também saindo de casa, saindo da sacristia, saindo do templo. Porque a missão da Igreja em sair é a grande solução para tantos problemas da Igreja no mundo”, diagnosticou, repe- tindo que há uma grande atualidade de Santo Frei Galvão e o Papa.

No que diz respeito à chegada dos frades neste Santuário, Dom Orlando será uma figura bem lembrada pelos frades desta província. Foi ele quem fez o convite, assinou o convênio e empossou os frades na administração do Santuário Frei Galvão. Essa deci- são deu à vida da Província um novo e importante recomeço no que toca à propagação e devoção do primeiro Santo brasileiro, Filho da Imaculada Conceição.

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Santuário Frei Galvão

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CARREATA FREI GALVÃO

Após a Santa Missa, às 16h30 se ini- ciou a carreata em homenagem a Frei Galvão, que percorreu as ruas de Guara- tinguetá, com cânticos e muita alegria, além da presença do “devotão”, cami- nhão utilizado nas procissões do Santuá- rio de Aparecida. A carreata contou com a animação de Frei Alexandre Rohling e a participação de muitos devotos e outros tantos acolheram Frei Galvão nas portas de suas casas, com vivas e enfeites colo- cados nas portas e janelas, agradecendo ao Santo por tantas graças e milagres.

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Inauguração da Alameda Frei Galvão

“O Santuário FREI GALVÃO já existe no coração de todas as pessoas”

Frei Fidêncio Vanboemmel

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Santuário Frei Galvão

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Com muita alegria, os devotos subiram pela nova “Alameda Frei Galvão”, rumo ao

monumento que foi levantado inicialmente em honra ao Santo, para ali celebrarem juntos a Eucaristia e realizar a inauguração do mesmo.

Com cantos de muita alegria e louvando ao Senhor pelo grande dom que é a presença

franciscana em Guaratinguetá, especialmente nesta nova missão, o povo de Deus subiu

a alameda, chegando aos portões que dão acesso ao terreno do novo Santuário, que foi

aberto pelos frades. Seguiram rumo ao monumento, com músicas e hinos preparados pela

Banda da Escola de Especialistas da Aeronáutica.

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N

o dia de Santo Antônio de Sant’Ana Galvão (25/10), o Ministro Provincial, Frei Fidêncio Vanboemmel, presidiu a Celebração Eucarística, às 9h30, que inau- gurou a Alameda Frei Galvão e o novo espaço do monumento ao santo franciscano. Segundo o Rei- tor Frei Diego Melo, agora os fiéis ganham um novo local de oração e contemplação e não precisam sujar os pés de barro porque ganham uma rua de acesso pavimentada.

A Celebração começou solenemente no Santuário Frei Galvão, em Guaratinguetá (SP), quando Frei Diego apresen- tou as crianças caracterizadas de Frei Galvão, com o hábito franciscano, e falou do momento importante para os fiéis devotos deste trabalho evangelizador. Ele apresentou Frei Fidêncio, que elogiou a Fraternidade “de mosqueteiros e de corajosos”, e o prefeito de Guaratinguetá, Marcus Soliva, falou da importância do novo Santuário para a cidade.

Animados pela presença da Banda da Aeronáutica, os de- votos subiram em procissão até o monumento para onde foi levada a grande imagem de Frei Galvão, que foi abençoada, assim como alameda. Ali foi celebrada a primeira Missa. Com as inaugurações deste dia e o plantio de três mil mudas de árvores da Mata Atlântica no Parque Laudato Si’, concluiu-se a primeira etapa de construção do novo Santuário de Frei Galvão.

O Ministro Provincial contou que ali veio à sua memória o ano de 1998, quando, no Parque de Exposições, no Clube dos 500, em Guaratinguetá, comemorava-se a beatificação de Frei Galvão. “E todos nós estávamos na torcida para que chegasse a canonização. A canonização chegou e os frades,

sempre preocupados, se perguntavam ‘como vamos cuidar do nosso santo, do nosso confrade’. Quis a Providência Divina, quis a Arquidiocese de Aparecida, quiseram os padres que aqui trabalharam, que a nossa Província assumisse esse San- tuário. Então, colocamos aqui três mosqueteiros, três jovens frades, corajosos, audaciosos, baixinhos, mas valentes. Então, graças a Deus, estamos aqui reunidos celebrando pela pri- meira vez a solenidade de Frei Galvão como Frades Menores, como Província. E, sem dúvida, aquilo que a gente sonhou há tanto tempo hoje se tornou realidade”, confessou.

“O Santuário Frei Galvão já existe. Ele existe no coração de todas as pessoas. E a união de todas as pessoas vai nos aju- dar a concretizar aquele Santuário visível que está na nossa imaginação, que não foge dos teus sonhos, nem dos sonhos dos confrades daqui”, acrescentou Frei Fidêncio, lembrando o tema do Capítulo Provincial que acontecerá em novembro, na Província da Imaculada fala do sonho. “Nós estamos aqui reunidos exatamente como pede o tema do nosso Capítulo Provincial: ‘Juntos construímos sonhos’, porque uma pessoa sozinha, como diz o Papa Francisco na Fratelli tutti, pode ter miragens. Mas quando sonhamos juntos, podemos concre- tizar o sonho. E o grande sonho é ver construído o nosso Santuário Frei Galvão que já existe no coração de todas as pessoas”, enfatizou, agradecendo a Fraternidade do Santuário e ao povo de Guaratinguetá.

Frei Fidêncio destacou algumas virtudes nas orações da celebração litúrgica deste dia. “Ó Deus, Pai de misericórdia, que fizeste de Santo Antônio de Sant’Ana Galvão um ins- trumento de caridade e de paz no meio dos irmãos, conce-

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Santuário Frei Galvão

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dei-nos, por sua intercessão, favorecer sempre a verdadeira concórdia”, citou ele. “Nós estamos aqui diante desta grande imagem para nos recordar exatamente o homem que, no seu tempo, tempo do Brasil colonial, foi para toda a Igreja o homem da caridade, o homem da paz, porque foi assim que o Santo Padre o Papa João Paulo II o definiu na beatificação”.

Segundo o celebrante, mais do que nunca precisamos construir a paz. “Mais do que nunca, necessitamos de recon- ciliação. Não apenas nós, criaturas humanas, mas em comu- nhão com toda a criação, para que possamos ter este olhar divino sobre tudo e todas as coisas”, disse. Ele pediu também uma ‘verdadeira concórdia’ como diz a oração. “É isso que pe- dimos a Deus por intercessão de Santo Antônio de Sant’Ana Galvão”, ressaltou.

O segundo pedido destacou da prece do Ofertório: “Ó Deus de bondade, que destruindo o velho homem criastes em Santo Antônio de Sant’Anna Galvão um homem novo segundo a vossa imagem, dai que possamos, igualmente re- novados, oferecer este sacrifício de reparação”.

Frei Fidêncio, então, lembrou um pensamento do Seráfi- co Pai São Francisco, que, segundo ele, Frei Galvão viveu com muita intensidade. “Diz São Francisco: ‘Considera o homem a que grandeza Deus te colocou neste mundo, criando-te e formando-te à sua imagem e semelhança’”. Toda vez que vier- mos a este Santuário e contemplarmos essa belíssima ima- gem, queremos ver nela este homem novo, criado à imagem e semelhança e pedir também: Santo Antônio de Sant’Ana

Galvão construa em mim esse homem novo”, acrescentou o Ministro Provincial.

No Evangelho desta liturgia, Jesus louva o Pai do Céu por- que ele esconde as grandes coisas dos sábios e inteligentes, mas revela aos simples, humildes e pequenos. “Foi isso que Frei Santo Antônio procurou ao longo de sua vida. Renovar exatamente em nós o homem novo. E nós renovamos este homem novo quando somos capazes de colocar sobre os nossos ombros o jugo de Nosso Senhor Jesus Cristo. ‘Tomai sobre vós o meu jugo porque eu sou manso e humilde de coração’. Esta é a imagem do homem novo. O homem que carrega nos seus ombros o jugo de Nosso Senhor Jesus Cris- to, o jugo da mansidão, o jogo da humildade. Claro que nós vivemos num mundo onde muitas vezes o jugo é difícil, ele é pesado, porque eu carrego tantos problemas, tantas enfer- midades. Como foi duro durante esta pandemia e ainda está sendo carregar a Covid dentro dos nossos lares, dentro das nossas famílias? Como é duro vermos tanta gente querida partindo de uma hora para outra sem uma despedida dig- na? Isso foi um jugo pesado. Mas não é este o jugo de Nosso Senhor Jesus Cristo. ‘Tomai sobre vós o meu jugo’. Para ser- mos exatamente como Cristo, a exemplo de Santo Antônio de Sant’Ana Galvão, homens mansos e mulheres mansas e humildes de coração”, ensinou.

Também no final lembrou a oração após a comunhão, destacando que “vamos aprender com Santo Antônio a viver neste mundo uma vida nova de cristãos”.

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O

dia 25 de outubro começou bem cedo no Santuário do primeiro Santo Brasileiro. A Santa Missa da Auro- ra, celebrada às 6h da manhã, abriu a programação solene de Frei Galvão. Presidida por Frei Leandro Costa, que acolheu os primeiros devotos e celebrou o início do dia festivo.

Seguindo com a programação, após a celebração e inauguração da Alameda de Frei Galvão aconteceu a “bên- ção dos ciclistas”, demonstrando também o carinho do San- tuário Frei Galvão, que é também um Santuário ecológico e se preocupa com a saúde e o bem-estar das pessoas, in- centivando o cuidado integral com as pessoas, em todas as suas dimensões. A bênção foi realizada pelo Reitor do San- tuário na Alameda recém-inaugurada. Frei Diego lembrou que a Alameda dá acesso ao Parque Laudato Sì, que será um espaço propício para a caminhada e contato com a na- tureza. Este mesmo espaço deverá ser cuidado com a ajuda de toda a comunidade local.

Após a bênção dos ciclistas, muitos fiéis já aguardavam no Santuário para a realização da Missa do meio-dia, que foi presidida pelo Reitor e transmitida pela TV Canção Nova.

Frei Diego recordou aos telespectadores que “o Santuário Frei Galvão está no Vale do Paraíba, bem pertinho da Can- ção Nova. Venham nos visitar!”

Em sua reflexão lembrou que Frei Galvão é “exatamente este que nos ajuda a aliviar o peso de nossos fardos. Homem da paz e da caridade, era incansável no fazer o bem”. O Rei- tor relembrou ainda a ação de Frei Galvão e as pílulas da fé, feitas a partir de uma oração escrita pelo próprio santo: “As pílulas de Frei Galvão são a expressão de um amor criativo e caritativo”. Esta celebração foi abrilhantada pela presença do Coral “Instrumentos da Paz”, projeto musical que se iniciou este ano, com a presença de voluntários do Santuário.

A Santa Missa da Família Missionária de Frei Galvão aconteceu às 15h e foi presidida por Frei Rodrigo e conce- lebrada pelo Frei João. Ela se iniciou com a entrada da relí- quia de Frei Galvão, que abençoou os devotos presentes no Santuário.

Em sua mensagem na homilia, Frei Rodrigo destacou que “Frei Galvão soube muito bem como esperar no Se- nhor. Não fazer a vontade dos homens, mas fazer sim a von- tade de Deus.”

O dia festivo terminou com a carreata e a Santa Missa presidida por D. Orlando

Celebrações começam

com a MISSA DA AURORA

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17

Santuário Frei Galvão

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ENTREVISTA

dade. A partir desse momento passei a ajudar no grupo de oração, grupo de jovens, na equipe de liturgia da Paróquia e no ministério de música

“Sementes do Amanhã”, composto por mais de 30 pessoas entre crian- ças, jovens e adultos.

Seu contato espiritual com Frei Galvão, sua devoção para com o santo como se deu?

Ana Paula: Antes mesmo do atual Santuário Frei Galvão havia a capela de São José, onde eu partici- pava ativamente. Só depois “viramos Santuário”. E foi a partir da beatifica- ção em 1998 e a canonização em 2007, que passei a conhecer e viven- ciar a história de vida, fé e entrega na missão de São Frei Galvão.

Como foi participar da Festa deste ano, junto aos frades? E qual foi o dia da novena que mais lhe cha- mou a atenção?

Ana Paula: Com a chegada dos frades menores e a partir do mo- mento que passaram a assumir a administração do Santuário de Frei Galvão, neste ano de 2021, toda a comunidade passou a ter contato com o carisma Franciscano. Fato esse de extrema relevância para aprofundar meu conhecimento e identificação com a missão Francis- cana, o que também se tornou um grande desafio para, em tão pouco

tempo, compreender e unir todos os trabalhos pastorais na realização da novena e festa de Frei Galvão 2021, Qual a mensagem da Festa deste ano de 2021?

Ana Paula: A partilha, o diálogo, o respeito e a união entre as equipes na condução de todos os trabalhos realizados, bem como a importância da inclusão social. Esses elementos foram os diferenciais da festa 2021.

Mas o que me marcou muito foi o oitavo dia da novena, mostrando que a pessoa com deficiência pode e deve atuar de forma mais ativa na igreja, respeitando sempre suas ne- cessidades e limitações.

Qual palavra você dirigiria aos frades que se encontram nesse trabalho evangelizador, junto aos devotos de Frei Galvão?

Ana Paula: Gratidão é a pala- vra que expressa todo sentimento pela presença de Frei Roberto, Frei Leandro e Frei Diego na missão de administrar, acolher e evangelizar todos os devotos e a comunidade que participa no Santuário de Frei Galvão. Desejamos que eles, sempre com muito respeito, entusiasmo e vi- vência de oração, mantenham essa essência no seguimento de todos os trabalhos e desafios para construir, manter e evangelizar a partir do San- tuário de Frei Galvão.

Santuário FREI GALVÃO na vida de Ana Paula Ferreira Mota

Quem é a Ana Paula e que missão você exerce no Santuário Frei Gal- vão?

Ana Paula: Sou Ana Paula Ferreira Mota, tenho 49 anos, moro na cidade de Guaratinguetá, estado de São Pau- lo, no bairro Jardim do Vale 1. Tenho formação em Gestão Empresarial com ênfase em Marketing. Atualmente tra- balho como Analista de Marketing no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida. No Santuário de Frei Galvão faço parte da coordenação do Ministé- rio da Palavra.

Quando começou sua trajetória neste Santuário. Pode dizer um pou- co da sua história no Santuário?

Ana Paula: Em minha infância per- tencia à Paróquia São Pedro Apóstolo, daqui da cidade de Guaratinguetá.

Sempre gostei de participar das ativi- dades na Igreja. Quando adolescente mudamos para o bairro Jardim do Vale, passando a pertencer à Paróquia Nossa Senhora de Fátima. Moro há mais de 34 anos no bairro. No início, juntamen- te com a comunidade frequentava as missas na Capela de São José, sendo convidada pela coordenadora do gru- po de oração Maria Luzia Elias Santos para participar ativamente na comuni-

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A

imagem de Frei Galvão, que se encontrava no atual San- tuário, foi transladada no dia 20 de outubro, para a Ala- meda Frei Galvão, inaugurando um novo momento para a história deste Santuário.

Esta imagem é famosa pelos muitos locais que ela já esteve, na cidade de Guaratinguetá. Esteve, inclusive, no Semi-

nário Frei Galvão (Casa de Formação da Província Franciscana da Imaculada Conceição). Mas antes de chegar ao Santuário, também esteve na entrada da cidade. Em 2013, ela foi levada até o Seminário Bom Jesus (Aparecida), para ser abençoada pelo Papa Francisco. Neste ano acontecia a Jornada Mundial da Juventude, e o papa encontrava-se em solo brasileiro. De- pois deste evento com o Papa, ela foi trazida ao atual Santu- ário.

Neste ano de 2021, nas vésperas da solenidade do santo, a Imagem de Frei Galvão andou mais um pouco, chegando ao seu penúltimo local. Porém, seu lugar definitivo terá maior destaque e visibilidade, segundo o projeto de construção do novo Santuário.

O trabalho de remoção, translado, restauração e colocação da imagem neste penúltimo local, foi orientado pelo próprio artista, Irineu Migliorini, com supervisão da empresa Lótus, na pessoa do Fábio, prestadora de serviços ao Santuário Frei Gal- vão. A imagem tem oito metros de altura e 1,6 tonelada. Foi um trabalho delicado e exigente. Houve a necessidade de reparos e correções.

Translado da imagem

de FREI GALVÃO para a

nova Alameda

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Santuário Frei Galvão

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O

s últimos meses do Santuário Frei Galvão foram marcados por ensaios de canto, reuni- ões de organização e divi- são das tarefas, montagem das barracas, pavimentação e plantio de grama, pintura da igreja, restauração do piso, entrega de con- vites, ornamentação do pátio, escolha das flores e arranjos, preparação das liturgias e orações, montagem das es-

calas de acólitos, ministros, coroinhas, músicos e leitores. Um grande envol- vimento e dedicação para que pudés- semos realizar uma rica experiência de Deus através desta novena e Festa de Frei Galvão.

No entanto, depois de estar tudo preparado e organizado, chegou a hora de “perdermos o controle”. Sim, todo o nosso esforço prévio e organi- zação têm como objetivo deixar que

o Espírito Santo conduza tudo da me- lhor forma. Portanto, agora o controle não está mais em nossas mãos, mas nas mãos do Espírito. Ele que irá nos conduzir para bem celebrarmos a vida e santidade desse grande frade, o pri- meiro santo brasileiro.

Que saibamos “perder o controle” e nos deixar conduzir pelo Espírito.

Frei Diego Atalino de Mello

REITOR DO SANTUÁRIO

A Festa de Frei Galvão está fora de controle!

Primeira Festa de

FREI GALVÃO, sob os cuidados dos FRADES FRANCISCANOS

NOVENA DE FREI GALVÃO

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F

oi a partir dessa temática que se deu início ao caminho espiritual de preparação para a Festa de Frei Galvão 2021. Com duas missas (15h e 18h). A missa das 15h foi presidida pelo Pe. Aloísio Mota, pároco da Paróquia São Pedro, da Arquidiocese de Aparecida. Concelebrada pelo Pe.

Douglas, vigário da mesma Paróquia.

Frei Leandro Costa foi quem os recebeu.

Na pregação, Pe. Aloísio evidenciou três realidades. Primeiro, a vida de São Francisco como um projeto de vida e de Igreja. Em segundo lugar, a fraterni- dade franciscana, como forma genuína

de testemunho para todo franciscano.

E a terceira realidade, a grandeza espi- ritual do Vale do Paraíba, que permitiu ter Maria, a Virgem de Aparecida e que também nos deu Frei Galvão.

Já às 18h, Frei Diego Atalino de Melo foi quem presidiu a celebração. Frei Die- go convidou os fiéis a celebrarem com alegria e entusiasmo, reconhecendo os muitos voluntários envolvidos com o Santuário Frei Galvão. Foram os volun- tários, os paraninfos da celebração ves- pertina.

Em sua pregação, Frei Diego trou- xe a temática do Evangelho que diz: “O

maior é aquele que serve a todos. Não por acaso, a Novena inicia lembrando o serviço”, disse Frei Diego.

“Quem quiser entender a vida de Frei Galvão, deve entender a dimensão do serviço, que o forjou este grande santo… Sejamos servidores do Evan- gelho. A maneira franciscana de viver o evangelho é a minoridade. Como servo!

Servidor! Totalmente ao contrário da discussão de João e Tiago, que encon- tramos no Evangelho deste dia (cf. Mc 10,35-45). A raiz da vida de Frei Galvão é puramente franciscana, ou seja, como servo e menor. Um servidor menor do

“Frei Galvão e o

TESTEMUNHO do Evangelho”

1º DIA

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necessidades, esse trabalho, tão desa- fiador quanto acolhedor é um gesto concreto que nos faz treinar dia a dia o exercício da dedicação e do cuidado com a “Casa Comum” e, principalmente, com o “Bem Comum”, acreditando que todo simples gesto poderá contribuir com o desenvolvimento do Santuário de forma específica, técnica, mas tam- bém com o bem-estar do próximo e até do próprio ser.

SER INSTRUMENTO DE PAZ SE VOLUNTARIANDO

A proposta de voluntariado sugeri- da pela Fraternidade Frei Galvão reper- cute como um verdadeiro chamado e

O voluntariado no Santuário FREI GALVÃO

convite para uma entrega inspirada na Oração de São Francisco.

A acolhida franciscana, a seriedade e gratidão com que toda contribui- ção é recebida, mas principalmente a liberdade oferecida pelos freis na exe- cucação das diferentes atividades que buscam suprir as diferentes demandas lá existentes, faz com que voluntários e voluntárias busquem constantemente sua melhor versão e suas melhores fer- ramentas para serem disponibilizadas a favor do Santuário.

Pessoas de diferentes idades, com diferentes trajetórias profissionais se unem, sentindo-se chamadas a cons- truir não somente um novo Santuário,

temunha da construção da nova etapa da história do Santuário, podendo utili- zar as ferramentas da minha área para conectar pessoas e colecionar registros do passado, do presente e do futuro que vem sendo minuciosamente escri- to.Testemunhar a dedicação e o amor de voluntários e voluntárias ao Santu- ário Frei Galvão é testemunhar a entre- ga de pessoas que vivem sua devoção como um gesto concreto, é ter a certeza de que esse Santuário é um Santuário vivo, feito de pessoas e de solidariedade e que a grandiosidade de sua obra que está nascendo é tão grande quanto a devoção já existente! Paz e Bem!

Ana Claudia Daldon Evangelho, como São Francisco de Assis

desejou e viveu”.

Os paraninfos dessa santa mis- sa foram os voluntários e voluntá- rias do Santuário. Os mesmos apre- sentaram símbolos ligados à sua

participação e missão no Santuário.

No Santuário existem as seguintes pastorais: acolhida, acólitos, coroinhas, equipe das pílulas, músicos, leitores, ministros extraordinários da eucaristia, voluntários para os eventos e cozinha.

Não desconsiderando os colaboradores remunerados, que contribuem nesta missão evangelizadora.

Como ação concreta desse ato cele- brativo, os fiéis fizeram a oferta de arroz, como gesto concreto deste primeiro dia.

“Se voluntariar é cultivar o sim- ples gesto de semear, regar, amar e confiar verdadeiramente na re- alização divina, sem esperar nada em troca!”

A importância da possibilidade de se voluntariar no Santuário San- to Antônio de Sant’Anna Galvão se traduz através da possibilidade de viver um gesto concreto de doação na construção de uma grande obra viva, de uma nova grande família, sendo suporte, alicerce ou ponte para as necessidades que essa ca- minhada requer.

Se dedicar ao Santuário Frei Gal- vão dispensa qualquer possibilida- de de sensação de que a entrega a um voluntariado seja um gesto abs- trato, somente pautado nas razões do próprio coração ou das próprias

mas também uma nova comuni- dade, pautada no respeito, na con- vivência harmoniosa e no amor à doação a Deus.

A experiência de contribuição que venho vivendo desde abril de 2021, junto aos 3 primeiros frades franciscanos a assumirem o Santuário Frei Galvão, é um pre- sente de Deus e se mostra hoje como uma extensão natural de minha vida.

Formada em Ciências da Co- municação e Publicidade e apai- xonada pelas oportunidades que

“arte de comunicar” nos proporcio- na, principalmente a de construir pontes - invisíveis aos olhos, mas sólidas ao coração -, encaro essa missão como um grato desafio de ser parte e, ao mesmo tempo, tes-

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O

segundo dia da Novena foi marcado por quatro celebra- ções eucarísticas. Dentre elas, a missa das 9h30, em ação de graças pelos 50 anos de vida sa- cerdotal de Dom Frei Luiz Flávio Cappio e Frei Walter Hugo, frades franciscanos.

Nas missas das novenas (15h e 18h), re- cordou-se a minoridade de Frei Galvão, na vivência de sua vocação.

“Sacerdote é um profeta missioná- rio”. Esta foi a frase que marcou a prega- ção, na missa das 9h30, do Jubileu de ordenação presbiteral de Dom Frei Luiz Flávio Cappio (bispo da Diocese de Bar- ra – BA) e de Frei Walter Hugo, aqui no

Santuário Frei Galvão. Belos cinquenta anos de vivência da vocação presbite- ral na Igreja. Dom Cappio e Frei Water, são frades da Província da Imaculada Conceição, Província dos mesmos reli- giosos que estão à frente do Santuário.

O bispo lembrou as santas missões.

Os missionários e missionárias, neste mês de outubro. “Sobretudo hoje, dia internacional das missões”, disse Dom Cappio.

“Toda a autoridade foi dada a mim… Vão e tornam todos os meus discípulos. Uma ordem de Jesus dada a todos os que se sentem chamados a segui-Lo como discípulo”, lembrou

o bispo. “Não basta segui-Lo. É preciso que façamos das pessoas discípulos de Jesus Cristo. O discípulo espalha a palavra, a semente do Evangelho. Essa palavras caem em variados terrenos. Os frutos que nascerão dessa árvore, serão conforme a qualidade do terreno. Ape- sar do terreno, não podemos excluir ninguém. Os pequenos e pobres são prediletos de Jesus. A estes, em espe- cial, o Bom pastor acolhe, abençoa, alimenta e encaminha para as estra- das da vida… Os pequenos devem as meninas de nossos olhos.. Como mãe que ama com estremecimento todos os filhos. Essa é nossa postura e missão.”

2º DIA – NOVENA E JUBILEU

Dom Cappio: “O NOSSO SACERDÓCIO

deve estar aberto ao mundo”

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Santuário Frei Galvão

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tas. Malditos que fazem da simonia sua maneira de administrar as coisas de Deus. Que fazem do ministério espaço da vaidade e do ministério…

Felizes os que se colocam verdadei- ramente como pobres em Espírito…

Felizes os que usam do poder para servir mais. Feliz quem não faz de seu ministério uma ostentação. Felizes os que sabem usar “os curingas para fa- zer canastras nos jogos da vida”. Disse o bispo: “As pessoas só escutam o sa- cerdote quando ele é uma verdadei- ra testemunha”.

Frei Walter Hugo, jubilando, que vê o mundo a partir da poesia, declamou uma de suas poesias. Cujo trecho é

belo citar: “Espalhar as flores e não os espinhos… Vale mais a flor do que es- palhar a tragédia da dor”.

Próximo da conclusão da missa, en- trou um grupo de folia de Reis, exalta- jdo os feitos de Deus na vida do Santo brasileiro. O grupo é de Lagoinha, da cidade de Guaratinguetá.

“RADICAL É QUEM TEM PROFUNDIDADE NA VIDA”

A missa das 15h foi presidida por Frei Leandro Costa, colaborador do Santuário. Os paraninfos desta celebra- ção foram os motociclistas. Frei Lean- dro, pregador, recordou o tema deste segundo dia da Novena: “Frei Galvão e Essas foram palavras do bispo sobre a

missão do sacerdote.

Continuou o bispo: “Ser discípulos até os extremos da terra. A missiona- riedade é iluminada pelo Espírito San- to. Como sacerdotes, somos apenas seus instrumentos. É o Espírito Santo que reina, anuncia e celebra por meio de nós. É o Espírito Santo que fala com nossas bocas. Abraça com os nossos braços. Sente e ama com o nosso cora- ção… O Espírito Santo é o grande pro- feta do Pai. É o Espírito Santo que nos impele e encoraja e nos consola… Não devemos colocar barreiras nas obras do Espírito Santo… O sacerdote age por meio do Espírito Santo, recebido da Igreja. Sacerdote-profeta da Igreja mo- vido pelo Espírito… O Espírito é para a Igreja, como o sangue para o corpo…

O Espírito é o candeeiro onde o Espírito Santo brilha… Santos e mulheres de Deus, foram os que se abriram ao Es- pírito de Deus. São Frei Galvão e Santa Dulce foram abertos ao sopro. Estes fo- ram atentos aos pobres. Entregaram-se às moções do Espírito e assim anuncia- ram com ousadia o Evangelho. Essa é a missão do sacerdote”.

Citando Dom Oscar Romero, lem- brou: “‘Conhecemos o profeta quando ele fala’. Exortou o povo pedindo aten- ção ao tempo, e acolher no tempo em que se vive a sua história e cultura”.

Falando da formação dos futuros sa- cerdotes, disse que a formação deve garantir a abertura ao mundo e não a exclusão e divisão: O nosso sacerdócio deve estar aberto ao mundo”. Contu- do, muito consciente da atualidade, Dom Cappio recordou que a lida com a diversidade cultural é o maior desafio hoje em dia.

“O sacerdote deve estar marcado pela diaconia… ‘O maior seja aquele que serve’. Existe um clericalismo in- sano e maldito. Malditos ou carreiris-

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a minoridade”. Convidou os fiéis a vive- rem a radicalidade do Evangelho, a par- tir do batismo e da eucaristia (cálice).

Deu evidência ao “solo” de Frei Galvão, isto é, o carisma franciscano. “Radical é aquele que assume com sinceridade sua vocação”.

“O CARISMA FRANCISCANO É UMA OPÇÃO PARA TODOS”

Missa das 18h, presidida por Frei Diego, reitor do Santuário. Estiverem presentes irmãos e irmãs do carisma franciscano. Inclusive irmãos leigos,

leigas da Ordem Franciscana Secular.

Nesta mesma celebração, as Irmãs Se- ráficas recordaram 100 anos de presen- ça no Brasil.

“260 anos da profissão perpétua de Frei Galvão na Ordem dos Frades Menores”, lembrou o frade. Em sua pregação, Frei Diego lembrou uma das admoestação de São Francisco, que recorda: “… torna-se vergonhoso ao frade lembrar os feitos dos santos sem ao menos imitá-lo. Os votos feitos por Frei Galvão, e que os frades e freiras também fazem, são indicativos para

uma vivência desprendida e disponí- vel, isso é a vivência pobre”. Lembrando o segundo, a obediência, Frei Diego disse: “Obedecer, é ouvir. É escutar o evangelho num mundo surdo e rebel- de. Obedecer antes de tudo a vontade de Deus que se manifesta na Igreja… A promessa da castidade, terceiro voto, é abrir o coração a Deus. Muito além da ideia reduzida da “não relação sexual”, o que é redutível e pequeno”. Finalizan- do, Frei Diego convidou todos os fiéis a aderirem ao carisma e aos votos expe- rimentados por Frei Galvão.

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Santuário Frei Galvão

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Frei Diego, em outubro de 2020, em Assembleia pré-capitular assessorada por ele, convidou e moti- vou as Irmãs Franciscanas da Terceira Ordem Seráfica a fazerem parte dessa evangelização. Desde o mês de maio passado, na Fraternidade Nossa Senhora da Graças, Guaratinguetá na pessoa das Irmãs: Maria Mar- ques, Zilda Aparecida de Deus e eu, Inês da Costa Ca- margo, estamos fazendo parte da Pastoral da Acolhida no Santuário Frei Galvão.

As pessoas que atendemos no Santuário pedem a bênção, partilham suas alegrias, e suas dores. Isso me faz viver concretamente o carisma da minha Congre- gação que é: “Deixar a marca do amor de Deus por onde passar”. É possível deixar a marca de Deus no coração do povo, quando tocamos a chaga de Cristo, presente na vida de quem partilha seu sofrimento e pede nossas orações.

A escuta com respeito e misericórdia, faz a diferença na missão de acolher.

Posso dizer, sem sombra de dúvida, que muito mais recebemos do que damos a todos que acolhemos ali naquele espaço sagrado que é o Santuário de Frei Gal- vão. Portanto, fazer parte dessa missão no Santuário é ser provocada a cada dia viver concretamente e melhor o carisma da Congregação.

Os romeiros vêm agradecer ou pedir a Deus uma gra- ça por intermédio do nosso tão querido santo brasileiro.

Para mim é uma graça fazer parte dessa Graça Divina.

Gratidão a Deus por ter enviado os freis, Diego, Ro- berto e Leandro! Eles estão fazendo uma Evangelização de qualidade com a marca franciscana. Que o Senhor os conserve com saúde e com muita força espiritual para continuarem a missão!

Ir. Inês da Costa Camargo

A missão de ACOLHER os devotos

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E

ste tema nasceu da Festa que toda a Igreja celebrava, o martírio de São Lucas, padroeiro dos mé- dicos. Missas celebradas na inten- ção dos profissionais da saúde.

Celebraram o terceiro dia Frei Leandro Costa (15h) e Pe. Carlos (19h30). Ambas pregações deram ênfase ao cuidado e compromisso de todos nós.

“Curai os enfermos! Todos somos capazes de assistir espiritual e material- mente as pessoas”, disse Frei Leandro Costa. Também recordou o fato de que fez de Frei Galvão Beato da Igreja (1990), na cura da menina Daniela. Ainda re- latou o milagre da bilocação, um dos dons concedidos a Frei Galvão. Essas graças estão ligadas ao cuidado para com os enfermos. Assim como as pílulas que surgiram diante da necessidade de uma parturiente que acorreu ao santo.

“A maior glória de Deus é o homem e

a mulher de pé, vivo”, citando Santo Iri- neu. As curas realizadas por Jesus, as curas realizadas por Frei Galvão, dizem respeito ao Reino de Deus”, concluiu Frei Leandro.

Pe. José Carlos de Melo, da Paróquia Santo Afonso, da cidade de Aparecida, foi o presidente e pregador da missa das 19h30. Fez-se presente, também, Frei Bartolomeu Schultz, da Associação e Fraternidade São Francisco de Assis na Providência de Deus.

“Podemos tratar a relação de Frei Galvão com os enfermos, da mesma forma que Jesus tratou os enfermos da sua época. Sejamos mais humanos em relação aos enfermos! Tenhamos um cuidado total com a pessoa. Física e es- piritualmente. Confiemos, Jesus dá res- postas a maneira de estar e lidar com essa inegável situação da vida”, assim iniciou sua missa, padre Carlos.

“O maior medo dos enfermos é a solidão”, afirmou Pe. Carlos. Com essa motivação, convidou os fiéis que, no ato penitencial, a reconhecerem o abandono causado aos que sofrem.

Principalmente aos seus familiares. Pe.

Carlos insistiu na incapacidade de ter compaixão com os que estão afasta- dos do convívio, dada a situação da enfermidade.

“Como definir saúde?”, provocou o padre. “Ter saúde é um dom de Deus, e uma responsabilidade nossa”, afirmou o padre. “Quando a doença nos assola, ela lembra nossas fragilidades. Recor- da-nos nossa finitude… Não somos tão autossuficientes. Quando enfer- mos nos tornamos dependentes. Eis o grande desafio! A fragilidade de nossas vidas nos impedem certas experiências que outrora nos era comum”.

A solidão, segundo o padre, é o

“Frei Galvão e o CUIDADO com os enfermos”

3º DIA

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Santuário Frei Galvão

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maior mal que assola o enfermo. Assombrando- -o. A espiritualidade é o alicerce e a resposta para o sustento. Não obstante, foi lembrado do cui- dador e do enfermeiro. Pessoas que amenizam os sofrimentos dos que sofrem. Continuando, disse: “Jesus tocou na realidade do enfermo! O seu gesto humano de tocar as pessoas era um rompimento com a marginalização. Ou seja, trouxe a enfermidade como responsabilidade de todos. O sentimento de compaixão de Jesus Cristo é uma atitude humanizadora. Ele toca, es- cuta, pega na mão… Cura o enfermo como um todo”, disse o padre.

Deu muitos indicativos, dentre eles: Ter a ca- pacidade de escutar o enfermo. Cuidar do enfer- mo integralmente. Afastar-se de qualquer atitu- de de barganha, diante da enfermidade. Ajudar o enfermo a não perder o sentido da vida. O cui- dar daquele que cuida. “Quando a enfermidade bater em nossa porta, bater em nossas vidas”, disse o padre.

Com a oferta de café, gesto concreto do dia.

Com preces aos pés do santo e com gritos e aplausos ovacionando o santo brasileiro.

“A nossa missão no cuidado para com o doente expressa-se no amor e carinho. Um cuidado humanizado.

Trabalhamos com a saúde integral da pessoa. Cuidamos dando atenção às realidades da saúde física, mental e espiritual do paciente. Humanizar a pessoa diante do quadro que ela se encontra. Quando amamos aquilo que fazemos, transmitimos um remédio es- piritual”, diz Irmã Maria Estela.

As irmãs da Providência atuam no Hospital Frei Galvão, na cidade de Gua- ratinguetá. Este Hospital traz como pa- trono Frei Galvão.

Congregação das Irmãs da Providência:

“O CUIDADO COM O DOENTE”

Ir. Maria Estela, a primeira à esquerda.

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C

omo paraninfos a celebra- ção contou com as pessoas ligadas à construção civil.

“O tema da vigilância é estar com a lâmpada acesa. Frei Galvão entende a lâmpada de ou- tra forma”, segundo Frei Roberto.

Exemplificando, falou dos três dons ligados a Frei Galvão sobre essa

“lâmpada”. Primeiro, a levitação. Vi- vendo o convite de Jesus: “Buscai as coisas do alto”. Segundo, o dom da bilocação. Isto é, a prontidão para a caridade. Aberto para atender as pessoas. No dom da cura, a criati- vidade. Aberto ao Espírito Santo.

Transformar o pouco que temos. As pílulas são pequeninas.

Estas foram algumas das palavras que Frei Roberto Ishara dirigiu aos fiéis na celebração das 15h.

“QUEM VIGIA, VIGIA PARA NÃO PERDER A OPORTUNIDADE DE AMAR”.

A Missa das 19h30 teve a presidên- cia do Pe. Renan Rangel dos Santos Pe- reira (reitor do Seminário Bom Jesus da Arquidiocese de Aparecida) e concele- braram Pe. Luís Hernando Gil Yepes, CM (Diretor espiritual) e Frei Diego Atalino de Melo, reitor do Santuário. Foram acolhidos os seminaristas da Arquidio- cese. Os paraninfos foram as pessoas envolvidas na construção civil, enge- nheiros, arquitetos, pedreiros. Para fazer alusão aos paraninfos, houve a entrada dos símbolos. Dentre eles, um tijolo da antiga capela de São José. Primeira igrejinha que antecedeu o Santuário Frei Galvão.

“Que cada um saia daqui ao menos buscando o sacramento da confissão”.

Iniciou sua pregação lembrando que o tema da vigilância, proposto para este dia, encaminha os fiéis para este mo- mento sacramental. Não a vigilância social, e muito menos o medo neuró- tico. Disse o padre. “Vigiar é buscar os valores do Evangelho”, convidando o povo a repetir.

Ter a capacidade de viver escolhen- do coisas que dizem respeito à vida conscientes. A vigilância nos convida a ter prudência. “A vigilância mal-enten- dida e vivida, poderá nos encaminhar na vida dentro de uma redoma. A me- dida da vigilância é o amor. Quem vigia, vigia para não perder a oportunidade de amar. A vigilância não é sobre o ou- tro. A vigilância é sobre nós mesmos.

Estou vivendo a proposta do Evange- lho?”, precisou o padre.

A vigilância predispõe a pessoa

4º DIA

“FREI GALVÃO e a vigilância”

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conhecer-se por inteiro diante dos limites. “Sua vida é um exemplo?”, questionou pregador. “Quando estamos seguros de nós mesmos, nos perdemos. Na sua vigilância, Frei Galvão buscou fazer a vontade de Deus. A vigilância é fruto da ora- ção. Quem não reza, não olha para si. A vigilância é fruto do silêncio. Quem não sabe calar, não vigia. O vigia fica quieto para pegar o inimigo. O vigilante é atento. Sai de si para fazer o bem. O vigilante é simples. Não se complica. Caso você se descobre dormindo em alguma dimensão da sua vida reco- mece”, concluiu o sacerdote.

Meu nome é Fabio Luiz da S. Barbo- za, tenho 28 anos, sou nascido e educa- do em Lorena, cidade vizinha de Gua- ratinguetá, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo.

Também sou Arquiteto/Urbanista e colaborador do Grupo Lótus, que atua no gerenciamento das obras de im- plantação da Fase 01 do Santuário Frei Galvão: Alameda e Parque Laudato Si.

Frei Galvão representa para mim um exemplo de ser humano de fé. Que além de construir edifícios, auxiliou ou- tros seres a construírem amor ao próxi- mo, humildade e fraternidade.

Tem sido muito gratificante poder acompanhar diariamente a evolução das primeiras etapas de construção

deste Santuário, por se tratar de um local sagrado, conduzido com extre- mo carinho e entusiasmo pela Ordem Franciscana e que servirá como ponto de acolhimento para tantos fiéis devo- tos de Frei Galvão.

Até o momento, foram executadas as obras de drenagem provisória e de- finitiva no Parque Laudato Si’, por meio da construção de tubulações, canaliza- ções, alas e caixas de inspeção. Além disso, foram plantadas diversas árvores na área de preservação permanente e executada uma parte dos percursos e da terraplanagem que atenderão a futura implantação do Santuário. Tam- bém foi construída uma Alameda cer- cada, pavimentada e iluminada para

missas campais, e um novo local para a Imagem de Frei Galvão, abençoada pelo Papa Francisco em 2013.

Por se tratar de um grandioso pro- jeto, minha expectativa é que, dentro de alguns anos, as estruturas estejam erguidas em condições de abrigarem os fiéis e que, além de Santuário, o es- paço sirva como local de integração da Comunidade e modelo de preservação ambiental nas ações a serem feitas no Parque Laudato Si’.

Considero que a inauguração da Alameda e Parque Laudato Si’, realizada em 25 de outubro de 2021, foi um dos momentos mais sensíveis de minha vida.

Além da satisfação em ter concluí- do essa fase tão importante do traba- lho, durante a missa, pude ver um ca- sal de joelhos em preces naquele solo recém-entregue, e essa cena reforçou em meu coração a alegria em fazer parte da construção de um local com propósitos tão nobres e de extremo significado para os fiéis.

Encerro este breve relato com sin- ceros agradecimentos ao Frei Diego e à minha Gestora, Engenheira Adriana Siane de Sene, que possibilitam minha participação nesta belíssima história.

Obrigado!

“Obrigado por possibilitar

MINHA PARTICIPAÇÃO nesta belíssima história”

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5º DIA

C

hegou-se na metade da cami- nhada nestes dias de prepa- ração a grande Festa de Frei Galvão (25). No quinto dia da novena (20/10), celebraram Pe.

Marcelo Motta da Silva (15h) e Frei Le- andro Costa Santos (19h30).

Na primeira missa, disse o Pe. Mar- celo: “Triste, é aquele que se preocupa com os bens temporais, sem dar a de- vida preocupação aos bens celestes…

Ajuntar tesouros nos céus”, lembrou o padre, citando a mesma fala de Jesus Cristo.

“Ao celebrarmos Santo Antônio de Sant’Anna Galvão, celebramos a voca- ção da santidade recebida de Deus.

Qual o sentido de toda criação? Como achar resposta e sentido em nossas vidas? Eu vivo para dar glórias a Deus ou inclinada ao pecado? Desapegar-se dos bens deste mundo para viver para

Deus. Frei Galvão viveu mais apegado a Deus. O desejo de liberdade é um an- seio de todos. Mas não uma liberdade que nos faz libertinos, diante da vida.

A fidelidade deve ser uma postu- ra de todo cristão. Frei Galvão viveu como um administrador fiel às coisas de Deus”, recordou o sacerdote. “So- mos auxiliados por Deus. Tenhamos o devido cuidado com os bens mate- riais. Uma preocupação com um grau mais elevado de experiência. Um bem temporal em vista de um bem eterno”, alertou o padre Marcelo. Para concluir, disse: “Triste é aquele que se preocupa com os bens temporais, sem preocu- par-se com os bens celestes. Ajuntar tesouros nos céus”.

A POBREZA NA MÍSTICA FRANCISCANA

“Administrar os bens materiais na

justiça e fidelidade”, essa foi a máxima da pregação de Frei Leandro. Às 19h30, o frade em sua pregação trouxe um conceito próprio da espiritualidade franciscana: “o uso pobre” das coisas (usus pauper). Frei Leandro lembrou a lida dos religiosos com a realidade ma- terial. Recordou da missão de guardião exercida por Frei Galvão, na condução do Convento São Francisco e na cons- trução do Mosteiro da Luz. Ambos na capital paulistana.

Fazendo alusão à história da Ordem, disse que houve a defesa desenfreada da altíssima pobreza, tão benquista por São Francisco de Assis. Explicou: “São Boaventura (doutor da Igreja e frade franciscano), assim como outros frades, argumentaram jurídica e espiritualmen- te acerca da vida do ‘sem nada de pró- prio’… Usar os bens pobremente”.

“Usar pobremente as coisas, não é

“Frei Galvão e a FIEL

ADMINISTRAÇÃO dos bens”

Referências

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