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REVISTA ACADÊMICA MULTIDISCIPLINAR - MULTICES - CES/2013

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EVIDENCIAÇÃO DE INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS:

uma comparação entre as informações divulgadas por empresas brasileiras em padrões BR GAAP e IFRS

Profª. MSc. Nirlene Aparecida Carneiro Fernandes MSc. Luciana Alves Rodrigues Profª. Drª. Laura Edith Taboada Pinheiro RESUMO: O presente estudo teve como objetivo analisar as normas contábeis brasileiras e as normas internacionais no que tange a divulgação de instrumentos financeiros, com o intuito de avaliar como essas informações estão sendo evidenciadas pelas companhias brasileiras de capital aberto. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica e documental, utilizando-se como técnica de coleta dados a análise de conteúdo. A amostra compreendeu seis companhias listadas na BM&FBOVESPA que apresentaram demonstrações financeiras em padrão IFRS em 2008. Os resultados demonstram que houve redução das diferenças entre as normas contábeis brasileiras e as internacionais quanto à evidenciação dos derivativos em 2008, com a emissão do CPC 14/08. No entanto, apesar da obrigatoriedade, nem todas as companhias analisadas divulgaram tudo o que é exigido em âmbito nacional, ainda que as divulguem em padrão internacional.

Palavras-chave: Normas Contábeis; Evidenciação; Instrumentos Financeiros Derivativos.

INTRODUÇÃO

A importância da evidenciação de informações financeiras que auxiliam no processo decisório tem sido cada vez mais debatida (LANZANA, 2004). No entanto, a evidenciação dos instrumentos derivativos nos relatórios contábeis das empresas nem sempre é feita de forma que leve o usuário da informação a capturar e identificar, qualitativa e quantitativamente, os riscos envolvidos nas diversas operações financeiras (LIMA; LOPES, 2003).

A contabilização de derivativos tem sido um tema constantemente abordado pela imprensa especializada, por estudos e debates dos órgãos regulamentadores dos mercados financeiros e de capitais em âmbito nacional e internacional. Embora as operações com derivativos apresentem riscos, como as perdas sofridas pelas empresas Sadia e Aracruz, o mercado de derivativos tem sido usado por um grande número de empresas e instituições financeiras, uma vez que permitem transferir os riscos, tanto de mercado como de crédito, para uma terceira parte.

Segundo Amaral (2003), entre as causas que originaram as perdas figura as devidas à relativa falta de conhecimento com que esses instrumentos têm sido utilizados. Além do mais, esses instrumentos sempre foram considerados complexos e um tanto sofisticados e num primeiro momento não foram contabilizados. Segundo Chew (1999 apud AMARAL, 2003), os derivativos são instrumentos ao mesmo tempo poderosos e perigosos e o único meio de diminuir os riscos inerentes a eles é conhecendo-os a fundo e aprendendo a gerenciá-los.

A complexidade de muitos deles, que por vezes são estruturados sobre sofisticados sistemas de cálculos, tem despertado a atenção dos reguladores da área contábil e da academia para entender e

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reconhecer seus efeitos sobre a situação patrimonial das empresas e, concomitantemente, identificar a maneira correta de evidenciá-los nas Demonstrações Financeiras.

No Brasil, segundo a Instrução CVM nº 235/95, esses instrumentos eram tratados como itens fora do balanço (off-balance sheet), evidenciados apenas em notas explicativas. Com a publicação da Lei 11.638/07, do CPC 14/08 e da Instrução CVM nº 475/08 o reconhecimento, mensuração e divulgação dos instrumentos financeiros derivativos foi alterado. Em nível internacional foi promulgado em 2007 o IFRS 7 que versa sobre a divulgação de instrumentos financeiros, incluindo aspectos qualitativos e quantitativos, complementado, assim, as IAS 32/95 e 39/01.

Nesse contexto, o objetivo do presente estudo é analisar as normas contábeis brasileiras e as normas internacionais no que tange a divulgação de instrumentos financeiros, com o intuito de avaliar como essas informações estão sendo evidenciadas pelas companhias brasileiras de capital aberto, que participam nos níveis de governança corporativa da Bolsa de Valores de São Paulo.

Portanto, o presente estudo se torna relevante ao apontar como as normas vêm sendo cumpridas pelas companhias, contribuindo para a melhoria do processo de convergência ao evidenciar itens que requerem maior análise e/ou verificação por parte dos órgãos legisladores.

1 REFERENCIAL TEÓRICO

1.1 Instrumentos Financeiros Derivativos

Os instrumentos financeiros derivativos são todos aqueles que resultam de algum produto primário (que seriam as ações e demais títulos de renda variável ofertado publicamente). Esses instrumentos são utilizados para realizar hedge (proteção), para gerenciar riscos ou mesmo para especular (AMARAL, 2003).

Segundo Santana (1995 apud NAKAMURA, 1996), embora exista alguma discussão sobre o uso do termo derivativo ele é normalmente utilizado para designar os instrumentos financeiros que derivam ou dependem do valor de outro ativo, podendo ser os derivativos padronizados e negociados em mercados secundários organizados ou ser um contrato ad hoc entre as partes. A sua utilização pode ser divida em: hedge; financiamento; arbitragem e especulação.

O Banco Central do Brasil, por meio da Circular nº 3.082, de 30 de janeiro de 2002, definiu derivativo como o instrumento financeiro cujo valor varia em decorrência de mudanças em taxas de juros, preço de título ou valor mobiliário, preço de mercadoria, taxa de câmbio, índice de bolsa de valores, índice de preço, índice ou classificação de crédito, ou qualquer outra variável similar específica, cujo investimento inicial seja inexistente ou pequeno em relação ao valor do contrato, e que sejam liquidados em data futura.

1.2 Normas Contábeis Brasileiras

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), autarquia responsável pela regulamentação e fiscalização das atividades concernentes ao mercado de valores mobiliários brasileiros, editou, em 23 de março de 1995, a Instrução nº 235. Essa norma determina que os derivativos, embora não precisem ser reconhecidos como ativo ou passivo no balanço patrimonial, devem ser evidenciados em notas explicativas pelo seu valor de mercado. Além de indicar o valor de mercado do derivativo,

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a companhia aberta deverá, também, evidenciar os critérios e as premissas adotados para a determinação desse valor de mercado, bem como as políticas de atuação e controle das operações nos mercados de derivativos e os riscos envolvidos.

Em 25 de fevereiro de 2005, a CVM emitiu o Ofício-Circular CVM/SNC/SEP nº 01/05, que orienta sobre a elaboração de informações contábeis pelas companhias abertas. No tocante aos instrumentos financeiros, a orientação é para que as companhias apresentem, em Notas Explicativas (NE), uma descrição qualitativa dos fatores de risco de mercado que afetem seus negócios, a estratégia adotada pela administração da companhia para gestão desses riscos e em que contexto estão inseridos os instrumentos financeiros. Devem, também, ser divulgadas informações a respeito da política contábil dispensada ao instrumento financeiro.

Em 28 de dezembro de 2007, foi publicada a Lei nº 11.638 que altera e revoga dispositivos da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e da Lei nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e estende às sociedades de grande porte disposições relativas à elaboração de demonstrações financeiras das sociedades por ações. No que tange a avaliação de instrumentos financeiros, inclusive derivativos, a Lei nº 11.638 estabelece em seu artigo 183 que devem ser divulgados no Balanço Patrimonial: (a) pelo seu valor de mercado ou valor equivalente, quando se tratar de aplicações destinadas à negociação ou disponíveis para venda; e (b) pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado conforme disposições legais ou contratuais, ajustado ao valor provável de realização, quando este for inferior, no caso das demais aplicações e os direitos e títulos de crédito.

Ressalte-se, que a Lei 11.638, em seu parágrafo 183, institui aspectos contábeis de avaliação e mensuração de instrumentos financeiros, no entanto, trata-se do assunto de forma ampla e genérica, requerendo da CVM e demais reguladores ações e pronunciamentos para sua regulamentação e implementação (CVM, 2008).

Assim sendo, em 05 de dezembro de 2008, a Coordenadoria Técnica do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) aprovou o Pronunciamento Técnico CPC 14 que foi elaborado a partir da IAS 39 – Financial Instruments: Recognition and Measurement e da IAS 32 – Financial Instruments: Presentation (IASB) e sua aplicação, no julgamento do Comitê, produz reflexos contábeis que vão ao encontro das normas editadas pelo IASB.

O objetivo do CPC 14 é estabelecer princípios para o reconhecimento e a mensuração de ativos e passivos financeiros e de alguns contratos de compra e venda de itens não financeiros e para a divulgação de instrumentos financeiros derivativos. Nesse sentido, o item 59 do CPC 14, que trata da evidenciação de instrumentos financeiros derivativos, determina a obrigatoriedade da divulgação em NE de informações qualitativas e quantitativas relativas aos instrumentos financeiros derivativos, destacados, no mínimo, os seguintes aspectos:

(a) política de utilização; (b) objetivos e estratégias de gerenciamento de riscos; (c) riscos associados a cada estratégia de atuação no mercado; (d) o valor justo de todos os derivativos contratados, os critérios de avaliação e mensuração, métodos e premissas significativas aplicadas na apuração do valor justo; (e) valores registrados em contas de ativo e passivo segregados, por categoria, risco e estratégia de atuação no mercado, aqueles com o objetivo de proteção patrimonial (hedge) e aqueles com o propósito de negociação;

(f) valores agrupados por ativo, indexador de referência, contraparte, local de negociação (bolsa ou balcão) ou de registro e faixas de vencimento, destacados os valores de

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referência, de custo, justo e risco da carteira; (g) ganhos e perdas no período, agrupados pelas principais categorias de riscos assumidos, segregados aqueles registrados no resultado e no patrimônio líquido; (h) valores e efeito no resultado do período de operações que deixaram de ser qualificadas para a contabilidade de operações de proteção patrimonial (hedge); (i) principais transações e compromissos futuros objeto de proteção patrimonial (hedge) de fluxo de caixa, destacados os prazos para o impacto financeiro previsto; (j) valor e tipo de margens dadas em garantia; (k) razões pormenorizadas de eventuais mudanças na classificação dos instrumentos financeiros; e, (l) efeitos da adoção inicial deste Pronunciamento.

Ressalte-se que a Instrução CVM nº 235/95 foi revogada em 14 de dezembro de 2008, pela Instrução CVM nº 475, a qual determina que as companhias abertas devem divulgar, em NE, informações qualitativas e quantitativas sobre todos os seus instrumentos financeiros, reconhecidos ou não como ativo ou passivo em seu balanço patrimonial e, ainda, divulgar um quadro demonstrativo de análise de sensibilidade, para cada tipo de risco de mercado considerado relevante pela administração, originado por instrumentos financeiros, incluídas todas as operações com instrumentos financeiros derivativos. Esta Instrução utiliza as definições de instrumentos financeiros, de derivativos, de hedge e de valor justo previstas no Pronunciamento CPC 14 e exige que as companhias divulguem a forma de contabilização e a finalidade desses instrumentos.

Destaca-se também que o CPC 14 foi revogado em outubro de 2009, pelos CPC’s 38 – Reconhecimento e Mensuração, 39 - Apresentação e 40 - Evidenciação.

1.3 Normas Internacionais do International Accounting Standard Board - IASB

De acordo a CVM (2008) as normas internacionais sobre instrumentos financeiros derivativos, compostas pelas IAS 32, IAS 39 e IFRS 7 são bem mais completas e detalhadas, com a existência, inclusive, de guias de implementação, quando comparadas com as normas brasileiras de contabilidade e normas do Banco Central do Brasil.

A divulgação dos derivativos nas demonstrações contábeis em nível internacional é tratada, primeiramente, pelo IAS 32 (1995) e consubstanciado na IAS 39 (2001). A característica da manutenção de controles internos, suportes documentais e forma na decisão da administração são aspectos destacados no tratamento dispensado para a divulgação dos derivativos transacionados pela entidade nas demonstrações contábeis (NIYAMA, 2005).

O IAS 32, estabelece que as políticas de contabilidade da entidade devem atender aos seguintes requisitos mínimos para a divulgação da utilização de instrumentos financeiros derivativos (OLIVEIRA et al, 2008): a) os métodos e suposições significativas, aplicados na estimativa de valores justos de ativos e passivos com derivativos que são contabilizados a valores justos, divulgando a qual classe o derivativo pertence, se disponível para negociação; b) se os ganhos ou perdas provenientes de mudanças dos valores justos daqueles derivativos foram reconhecidos diretamente no resultado; c) se o registro contábil dos derivativos foi efetuado com base na data de negociação ou na data de pagamento, conforme IAS 39.

Com a emissão da IAS 39/01 os derivativos, que anteriormente eram tratados como itens fora do balanço – off balance sheet –, passaram a ser controlados e registrados no sistema contábil. A norma estabelece aspectos formais para diminuir a subjetividade envolvida no tema de mensuração dos derivativos.

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Destaca-se que a alteração da IAS 39, em janeiro de 2006, permite que uma entidade valorize um ativo ou passivo financeiro ao valor justo, com reconhecimento dos lucros ou prejuízos na demonstração do resultado, em quaisquer das situações (KPMG, 2005): a) quando a valorização resultar em informações mais relevantes, pois: - elimina ou reduz significativamente uma

“divergência contábil”, resultante do cálculo de ativos ou passivos ou do reconhecimento de lucros e prejuízos sobre esses instrumentos em diferentes bases; ou - um grupo de ativos e/ou passivos financeiros é administrado em uma base de valor justo, de acordo com uma estratégia de investimento ou gerenciamento de risco documentado, com informações apresentadas para o pessoal-chave da administração nessa base; e b) quando um contrato contém um ou mais derivativos embutidos substantivos – a menos que: (i) o derivativo embutido não modifique significativamente os fluxos de caixa do host contract; ou (ii) fica claro, com pouca ou nenhuma, análise, que a IAS 39 proibiria a separação do derivativo embutido.

Os princípios estabelecidos na IFRS 7, exigidos a partir de 01 de janeiro de 2007, complementam os princípios para o reconhecimento, a mensuração e a apresentação de ativos e passivos financeiros enunciados na IAS 32 e na IAS 39. Esta norma (IFRS 7) tem por objetivo prover divulgações nas demonstrações financeiras, que possibilitem aos usuários avaliar: (a) a significância dos instrumentos financeiros em relação a posição financeira e performance da entidade; (b) a natureza e extensão dos riscos provenientes dos instrumentos financeiros para os quais a entidade está exposta, e como a administração gerencia esses riscos (FIPECAFI, 2009).

A emissão desta nova norma tem como finalidade: (a) retirar as divulgações duplicadas ou onerosas desnecessárias, que particularmente incluem simplificações para as divulgações sobre concentrações de risco, risco de crédito, risco de liquidez e risco de mercado, na IAS 32, e a eliminação de divulgações sobre contingências e compromissos e riscos bancários gerais na IAS 30;

e (b) agrupar todas as divulgações relacionadas a instrumentos financeiros em um único local (KPMG, 2005).

As exigências de divulgação e as diretrizes de aplicação na nova Norma são divididas em divulgações: (a) da importância dos instrumentos financeiros para o desempenho e a posição financeira da entidade; e (b) das informações qualitativas e quantitativas sobre a natureza e o escopo dos riscos resultantes dos instrumentos financeiros.

Os requisitos de divulgação da IFRS 7 incluem aspectos “qualitativos” e “quantitativos”. O nível de detalhe para as divulgações não deve sobrecarregar os leitores com detalhes excessivos, mas ao mesmo tempo, não deve deixar de considerar informações relevantes.

A IFRS 7 introduz (CVM, 2008): (a) requisitos para aumentar as divulgações do Balanço Patrimonial e Resultado "por categoria" (exemplo, se o instrumento está classificado como disponível para venda ou mantido até o vencimento); (b) informações sobre quaisquer provisões contra ativos em atraso (Default); (c) divulgação adicional relacionada ao valor justo de garantias e outras elevações de créditos usados para gerenciar riscos de crédito; (d) análises sensíveis e detalhadas dos riscos de mercado.

 

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  2 METODOLOGIA

A pesquisa caracteriza-se como descritiva, utilizando-se estratégia bibliográfica e documental e como técnica de coleta de dados a análise de conteúdo. Segundo Martins e Theóphilo (2007), a estratégia bibliográfica busca explicar e discutir um assunto, tema ou problema com base em referências publicadas em livros, periódicos, revistas, anais de congressos, etc. Já a estratégia documental é característica de estudos que utilizam documentos como fonte de dados, informações e evidências. Para o presente estudo utilizou-se de referências de livros, anais de congressos, periódicos e legislação, sendo a análise documental feita através das DF das companhias listadas na BM&FBOVESPA por meio da análise de conteúdo que, conforme os autores, busca a essência de um texto nos detalhes das informações, dados e evidências disponíveis.

A população-alvo do presente estudo é composta pelas empresas brasileiras de capital aberto listadas na BM&FBOVESPA e que estão classificadas em um dos níveis de governança corporativa (Nível 1, Nível 2 e Novo Mercado), totalizando 158 companhias. Dessas, foram selecionadas aquelas que arquivaram junto a CVM, além das demonstrações financeiras em padrão brasileiro, as demonstrações financeiras em padrão IFRS, referente ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2008. Esse critério foi adotado a fim de possibilitar uma comparação entre a divulgação dos instrumentos financeiros derivativos nos diferentes padrões contábeis.

Dessa forma, constatou-se que apenas 8 das 158 empresas publicaram suas demonstrações referentes ao exercício social de 2008 no padrão IFRS. Sendo assim, a amostra foi constituída por 8 empresas, as quais estão distribuídas em diversos setores da economia e diferentes níveis de governança corporativa estabelecidos pela BM&FBOVESPA, são elas: ETERNIT S.A; GERDAU S.A; GOL LINHAS AEREAS INTELIGENTES S.A; LUPATECH S.A; METALURGICA GERSAU S.A; RENAR MAÇAS S.A; SÃO CARLOS EMPREENDIMENOS E PARTICIPAÇÕES S.A.; UNIVERSO ONLINE S.A.

Os dados foram obtidos através de consulta ao site da CVM, no qual foram baixadas as demonstrações financeiras das empresas referentes aos exercícios sociais referentes aos anos de 2007 e 2008 para as demonstrações em BR GAAP e 2008 para as demonstrações em IFRS.

Da amostra inicial foram retiradas as companhias Eternit S.A. e São Carlos Empreendimentos e Participações S.A., por não possuírem operações com derivativos no período analisado. Dessa forma, a análise se baseou nas Demonstrações Financeiras de 6 companhias abertas brasileiras, as quais compuseram a amostra final.

Na primeira etapa, realizou-se uma revisão da literatura sobre as normas que versam sobre a evidenciação de instrumentos financeiros derivativos. O estudo bibliográfico mostrou quais as informações devem ser evidenciadas nas demonstrações financeiras em relação aos derivativos.

Desse modo, o foco da revisão bibliográfica centrou-se na compreensão das informações a serem divulgadas pelas companhias de capital aberto de acordo com aspectos normativos sobre derivativos.

O objetivo da segunda etapa da pesquisa foi identificar as principais informações evidenciadas nas demonstrações financeiras sobre derivativos a fim de verificar o cumprimento das normas contábeis por parte das empresas e comparar a divulgação nos diferentes padrões contábeis. Para isso,

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observou-se primeiramente a evolução da divulgação dos instrumentos financeiros derivativos apresentada nas demonstrações financeiras elaboradas sob o padrão contábil brasileiro relativas aos anos 2007 e 2008, com o intuito de verificar o cumprimento das recentes mudanças nas normas brasileiras sobre o tema, e a seguir realizou-se a análise comparativa das divulgações em BR GAAP e IFRS relativas ao exercício de 2008. Para tanto, foi utilizada a Análise de Conteúdo.

A Análise de Conteúdo, segundo Bardin (2002, p. 42) pode ser definida como um conjunto de técnicas de análise das comunicações visando obter, por procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens, indicadores que possibilitam a inferência de conhecimentos relativos às condições de produção/recepção destas mensagens. O processo de Análise de Conteúdo envolve três procedimentos sequenciais: (a) pré-análise; (b) exploração do material; e (c) tratamento dos resultados, inferência e interpretação.

No procedimento de pré-análise, foram mapeadas as informações dispostas nas DF em relação as exigências normativas para evidenciação de derivativos. No segundo procedimento, exploração do material, foi identificado o teor do conteúdo disponibilizado nesses documentos, ou seja, se buscou compreender a natureza das informações evidenciadas. Por fim, no terceiro procedimento, tratamento dos resultados, inferência e interpretação, foi quantificado o número de informações divulgadas conforme as normas que versam sobre derivativos. Dentre as informações tem-se: (a) Principais práticas contábeis; (b) Categorização ou classificação; (c) Divulgação no Balanço Patrimonial (BP) e Notas Explicativas (NE); (d) Análise qualitativa do risco; (e) Análise quantitativa do risco; (f) Evidenciação do Valor Justo e/ou de Mercado; (g) Divulgação de ganhos ou perdas no resultado; e (h) Análise de sensibilidade.

Ressalte-se que a análise, das DF das companhias, não teve como objetivo encontrar diferenças de cunho quantitativo, ou seja, referentes ao valor (nocional, justo ou contábil) dos derivativos e às medidas de risco de mercado. Apenas verificar se os itens selecionados estavam ou não presentes nas companhias analisadas.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1 Análise Comparativa das DFP’s referentes aos exercícios de 2007 e 2008 em BR GAAP Após coletadas as DFP’s das companhias analisadas referentes aos exercícios sociais findos em 31 de dezembro de 2007 e 2008, foram especificados os itens que seriam analisados por meio de análise de conteúdo. A tabela 1, a seguir, resume os resultados da análise comparativa realizada entre as DFP’s de 2007 e 2008 em BR GAAP das companhias integrantes da amostra final, evidenciando o percentual médio de companhias que divulgaram cada um dos critérios definidos.

Ressalte-se que este percentual é médio, pois, há mais de um item a ser analisado em alguns dos critérios.

Tabela 1

Critérios evidenciados nas DFP em 2007 e 2008 das companhias analisadas em relação aos instrumentos financeiros derivativos

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  DF

P

Principai s Práticas Contábei

s

Informaçã o sobre classe e/ou

categoria

Divulgaçã o em BP e NE

Informaçõe s Qualitativa

s

Informações Quantitativa

s

Evidenciaçã o do valor e

critério de avaliação

Anális e de Sensib

. do Risco 200

7

16,67% 0,00% 58,33% 25,00% 33,33% 16,67% 0,00%

200 8

83,33% 16,67% 58,33% 62,50% 58,33% 83,33% 83,33

%

Fonte: Elaborado pelos autores.

Conforme resultados apresentados na tabela 1, nota-se que o percentual de divulgação de informações referentes às principais práticas contábeis foi de 16,67% em 2007 e de 83,33% em 2008, ou seja, houve um aumento significativo do nível de evidenciação desse critério no período.

No que tange à divulgação das informações sobre classe e/ou categoria dos instrumentos financeiros derivativos nota-se que não houve divulgação do referido item em 2007 por parte das empresas analisadas. É importante ressaltar que tal fato pode ter ocorrido, uma vez que a divulgação desse item só se tornou obrigatória em 2008 com a aprovação do CPC 14. No entanto, mesmo no ano de 2008 nota-se uma baixa aderência das companhias à divulgação de tal item, uma vez que foi divulgado por 16,67% das companhias, o que corresponde a apenas uma entre as 6 companhias analisadas.

O critério de análise intitulado “divulgação em BP e NE” refere-se ao local em que as empresas evidenciaram os derivativos. Conforme demonstrado na tabela 1, nota-se que o percentual referente a esse critério foi de 58,33% nos dois anos analisados. No entanto, como tal critério remete a dois itens, observou-se que apenas uma companhia apresentou derivativos no BP, sendo que as demais evidenciaram em NE. Ressalte-se, no entanto, que a divulgação dos instrumentos financeiros derivativos no BP se tornou obrigatória com a Lei nº 11.638 de 28 de dezembro de 2007.

As informações qualitativas analisadas referem-se aos seguintes itens: (a) política de utilização dos instrumentos financeiros derivativos; (b) objetivos e gestão de riscos; (c) tipos de margens dadas em garantia; e (d) efeitos da adoção do CPC 14. É importante ressaltar que os itens analisados só se tornaram obrigatórios com a aprovação do CPC 14 em 05 de dezembro de 2008. Apesar da não obrigatoriedade, em 2007 todas as companhias analisadas divulgaram informações acerca dos objetivos e gestão de riscos dos derivativos. Dessa forma, o percentual de informações qualitativas divulgadas em 2007 foi de 25%, conforme a tabela 1. No ano de 2008 as empresas evidenciaram um total de 62,50% em relação às informações qualitativas analisadas. Ao decompor este percentual por item encontra-se que: 33,33% refere à política de utilização; 100% relativo aos objetivos e gestão de riscos; 50% no que tange aos tipos de margens dadas em garantia e 66,67% relativo aos efeitos da adoção do CPC 14.

Quanto às informações quantitativas analisadas, estas foram decompostas em quatro itens: (a) risco de crédito; (b) risco de liquidez; (c) risco de mercado; e (d) outros. Comparando os percentuais referentes aos anos de 2007 e 2008, percebe-se um crescimento de 25% em 2008 em relação a 2007, passando de 33,33% para 58,33%, no que tange à divulgação de informações quantitativas em geral. Dentre os itens analisados, o risco de mercado atingiu o percentual de 100% nos dois anos

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analisados, o risco de crédito apresentou percentuais de 16,67% em 2007 e 50% em 2008. Já o risco de liquidez não se fez presente em 2007, no entanto, no ano de 2008 apresentou um percentual de 33,33%. Quanto a outros tipos de risco foi apresentado um percentual de 16,67% em 2007 e 50,00%

em 2008.

No critério “evidenciação do valor e critério de avaliação” foram analisados os seguintes itens: (a) evidenciação do valor justo ou valor de mercado dos derivativos e (b) o critério de avaliação e mensuração adotado. Em relação ao ano de 2007 os resultados apontaram que apenas uma das empresas analisadas divulgou que os instrumentos financeiros derivativos eram avaliados a valor de mercado e respectivo critério adotado para a aferição do referido valor, ou seja, em 2007 o critério

“evidenciação do valor e critério de avaliação” alcançou um percentual de apenas 16,67%. Em 2008, este percentual passou para 83,33%, sendo que 5 das 6 companhias analisadas evidenciaram seus derivativos a valor justo e divulgaram o método para o alcance do mesmo.

Por fim, o último critério analisado foi referente à apresentação do quadro de sensibilidade do risco.

Os resultados apresentados na tabela 1 demonstram que, em 2007, nenhuma das empresas analisadas divulgou tal quadro, o que pode ser explicado pela não obrigatoriedade do mesmo no período, uma vez que só se tornou obrigatório em 14 de dezembro de 2008, com Instrução CVM nº 475. Em 2008, nota-se que 83,33% das empresas analisadas divulgaram o quadro de sensibilidade do risco, o que corresponde a 5 das 6 companhias integrantes da amostra. Com base na comparação realizada entre os anos de 2007 e 2008, no que tange a evidenciação de informações contábeis acerca dos instrumentos financeiros derivativos, observa-se que com as mudanças nas normas brasileiras em 2008 a evidenciação dos instrumentos financeiros derivativos nas empresas analisadas tornou-se mais ampla e transparente.

3.2 Análise comparativa das DF referentes ao exercício de 2008 em BR GAAP e IFRS.

Após análise das DF em BR GAAP nos exercícios de 2007 e 2008, partiu-se para a coleta das DF referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2008 em IFRS a fim de compará-las com as DF em BR GAAP. A tabela 2 a seguir resume os resultados da análise comparativa realizada entre as DF em BR GAAP e IFRS das companhias integrantes da amostra final, evidenciando o percentual médio de companhias que divulgaram cada um dos critérios definidos conforme a obrigatoriedade das normas. Ressalte-se que este percentual é médio, pois, há mais de um item a ser analisado em alguns dos critérios.

Tabela 2

Critérios evidenciados nas DF das companhias integrantes da amostra final em relação aos instrumentos financeiros derivativos

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  DFP Práticas

Contábe is

Inform.

sobre classe e/ou categori

a

Divul g.

em BP e NE

Inform . Qualit.

Inform.

Quantit.

Evidenciaç ão do valor e critério de avaliação

Ganhos ou perdas

no resulta

do

Anális e de Sensib

. do Risco

BR GAA

P

83,33

%

16,67% 58,33

%

62,50% 58,33% 83,33% 0,00% 83,33

%

IFRS 83,33

%

83,33% 83,33

%

100,00

%

70,83% 83,33% 66,67% 83,33

%

Fonte: Elaborado pelos autores.

Conforme a tab. 2 pode-se observar, no que diz respeito à divulgação das práticas contábeis, evidenciação do valor e critério de avaliação e análise de sensibilidade não houve diferenças nas DF divulgadas em BR GAAP e IFRS, em ambas as demonstrações esses critérios foram divulgados por 83,33% das companhias analisadas, ou seja, por 5 das 6 companhias analisadas. No entanto, para as demais informações divulgadas ocorreram divergências significativas.

Em relação a evidenciação sobre a classe ou categoria em que se encontram os instrumentos financeiros derivativos, houve uma diferença de aproximadamente 67%. No padrão IFRS apenas a Renar Maçãs S.A. não evidenciou a categoria dos instrumentos financeiros derivativos, e em padrão BR GAAP apenas a Lupatech S.A. evidenciou tal informação. Portanto, apesar do CPC 14 ter exigido a categorização dos derivativos, esta informação continua deficiente nos relatórios em BR GAAP da amostra analisada.

De acordo com a Lei 11.638/07, as companhias devem divulgar suas operações com instrumentos financeiros, inclusive derivativos, no BP. No entanto, verificou-se que apenas a Universo On Line S.A. divulgou suas operações com derivativos no BP e NE em BR GAAP e as demais companhias analisadas somente em NE. Já em relação a DFP em IFRS, 4 companhias divulgaram em BP e NE e 2 delas apenas em NE. Sendo assim, pode-se perceber que apesar de ser obrigatório desde 2007, a divulgação de operações com derivativos em BP, as companhias analisadas, exceto Universo On Line S.A., ainda persistem em divulgá-las apenas em NE.

Em relação as informações qualitativas e quantitativas do risco, também houve diferenças entre as informações em BR GAAP e em IFRS, de 38% e 13%, respectivamente. Dentre as informações qualitativas foram analisadas: (a) evidenciação das políticas de utilização; (b) objetivos; (c) margens dadas em garantia; e (d) gestão do risco. A diferença maior reside na divulgação da política de utilização dos derivativos que foi evidenciada por apenas 2 companhias em BR GAAP. Em relação as informações quantitativas do risco, foi analisada a divulgação dos riscos aos quais as companhias estão expostas, sendo eles: (a) Risco de Crédito; (b) de Liquidez; (c) de Mercado (câmbio e taxa de juros); e (d) outros. Ressalte-se que apesar das DF terem sido do mesmo ano, houve divergências entre a divulgação dos riscos de Crédito e de Liquidez que foram evidenciadas em IFRS mas não em BR GAAP pela Metalúrgica Gerdau e Gol Linhas Aéreas.

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Por fim, em relação à divulgação de ganhos e perdas com derivativos na Demonstração de Resultado, por não ser obrigatório nas normas brasileiras foram evidenciadas apenas nas DF em IFRS, sendo que a Lupatech e Universo Online não evidenciaram tal informação.

Portanto, observa-se que apesar da obrigatoriedade das novas regulamentações brasileiras, no que tange a evidenciação de instrumentos financeiros, nem todas as companhias analisadas divulgaram tudo o que é exigido, o que indica que alguns ajustes devem ser feitos para que as companhias brasileiras divulguem adequadamente suas operações com derivativos. Observou-se também, que ainda que divulgada determinada informação nas demonstrações elaboradas no padrão contábil internacional a mesma é omitida nas demonstrações elaboradas de acordo com as normas brasileiras.

CONCLUSÃO

O objetivo do presente estudo foi analisar as normas contábeis brasileiras com as normas internacionais no que tange a divulgação de instrumentos financeiros, com o intuito de avaliar como essas informações estão sendo evidenciadas pelas companhias brasileiras de capital aberto, que participam nos níveis de governança corporativa da BM&FBOVESPA.

Por meio de uma pesquisa descritiva, através da análise de conteúdo, foram analisadas as DF de seis companhias brasileiras com ações negociadas na BM&FBOVESPA, as quais publicaram suas demonstrações contábeis referentes ao exercício social findo em 31/12/2008 também em padrões internacionais, IFRS.

Como conclusão da primeira etapa, que consistiu na comparação das DF referentes aos exercícios de 2007 e 2008 em BR GAAP, observou-se um aumento significativo nos percentuais das informações analisadas. Dessa forma, notou-se uma melhora na evidenciação de informações contábeis acerca dos instrumentos financeiros derivativos tornando-se esta mais ampla e transparente, em grande medida devido às novas exigências normativas estabelecidas em 2008 no Brasil. Não obstante, nem todas as companhias analisadas divulgaram perfeitamente o que é exigido de acordo com as novas regulamentações.

Quanto à comparação do conteúdo das DF, referentes ao exercício de 2008, em BR GAAP e IFRS, nas mesmas empresas, verificou-se que apesar de divulgar em IFRS certos aspectos sobre as operações com derivativos as mesmas não são feitas nas demonstrações apresentadas de acordo com os critérios contábeis brasileiros apesar destes serem exigidos.

Por fim, conclui-se que houve significativa redução das diferenças entre as normas contábeis brasileiras e as internacionais quanto à evidenciação dos derivativos em 2008, a partir da alteração na legislação brasileira e a emissão do CPC 14/08.

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