• Nenhum resultado encontrado

SIMONE FERREIRA DA SILVA A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL. Cascavel 2021

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2022

Share "SIMONE FERREIRA DA SILVA A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL. Cascavel 2021"

Copied!
36
0
0

Texto

(1)

Cascavel 2021

SIMONE FERREIRA DA SILVA

A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO

INFANTIL

(2)

Cascavel 2021

A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado á Instituição Unopar, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Pedagogia Orientador: Fabíola

SIMONE FERREIRA DA SILVA

(3)

SIMONE FERREIRA DA SILVA

A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Instituição Unopar, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Pedagogia.

BANCA EXAMINADORA

Adriani Pereira (Mestre)

Fernanda Zimmermann Gomes Acuña (Especialista)

Gabriela Elisa Thiel Kolben (Mestre)

Juciara Moreira Domingos (Especialista)

Cascavel, 11 de Novembro de 2021

(4)

Dedico este trabalho...

Aos meus filhos, minha razão de viver. E a mim mesma por todo esforço incondicional que fiz para concluir esse trabalho.

(5)

AGRADECIMENTOS

A Deus, que sempre me concedeu forças para vencer todos os obstáculos da vida e ao meu pai Gabriel e a minha mãe Leonilda,

porque sem eles eu não chegaria onde cheguei. Ao meu irmão Leandro que presenciou cada momento de alegria e de tristeza que passei até a conclusão desse trabalho porque nem tudo são flores só quem convive sabe, A toda minha família que acreditaram em mim, em especial a minha cunhada e madrinha Juliane Sútil, que a cada conquista minha ela sempre estava ali acreditando e comemorando comigo. As minhas amigas Renata e Kamila que me deram total suporte para a realização desse trabalho. E um agradecimento muito especial a minha amiga Maria Eduarda que sempre esteve ao meu lado, dividimos vários momentos bons e ruins ao longo desses quatro anos de luta e

dedicação, minha dupla “Simone e si Maria”, amizade que levarei por toda vida.

(6)

“Quando uma criança brinca, joga e finge;

está criando um outro mundo. Mais rico e mais belo e muito mais repleto de possibilidades e invenções do que o mundo

onde, de fato vive.”

(Marilena Chaui)

(7)

Ferreira da Silva, Simone. A importância da ludicidade na Educação Infantil. 2021.

Número total de folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Pedagogia) – Unopar, Cascavel-PR, 2021.

RESUMO

O presente estudo trata sobre a importância da ludicidade na educação infantil, e de que forma a brincadeira do faz de conta na educação infantil pode auxiliar no desenvolvimento da criança de 0 a 3 anos de idade. Bem como, analisar o desenvolvimento da criança integralmente em todas as fases do desenvolvimento humano. Metodologicamente o estudo permitiu nos fazer entender melhor o quão importante é o brincar na vida de uma criança, nos permitindo constatar o grande avanço já alcançado e o que ainda precisaria alcançar no que se refere a educação infantil. O simples brincar permite que a criança se comunique e se socialize de uma maneira agradável e prazerosa, é através do brincar que a criança desenvolve a sua imaginação, a atenção, concentração e memória. Por fim, sugere-se aos docentes que desenvolva atividades lúdicas com mais frequência e que proporcione essas atividades ao ar livre sempre que possível deixando assim esse momento mais atrativo.

Palavras-chave: Ludicidade. Educação. Jogos.

(8)

Ferreira da Silva, Simone. The importance of ludicity in early childhood education: 2021. 31 folha. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Pedagogia) – Unopar, Cascavel-PR, 2021.

ABSTRACT

This study deals with the importance of playfulness in early childhood education, and how the make-believe game in early childhood education can help in the development of children aged 0 to 3 years. As well as analyzing the child’s development integrally at all stages of human development. Methodologically, the study allowed us to better understand how important playing is in a child’s life, allowing us to see the great advance already achieved and what still needs to be achieved with regard to early childhood education. Simply playing allows children to comminicate and socialize in a pleasant and pleasant way, it is through playing that children develop their imagination, attention, concentration and memory. Finally, it is suggested that teachers develop recreational activities more often and provide these outdoor activities wh.

Keywords: Playfulness. Education. Games.

(9)
(10)
(11)
(12)
(13)

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ... 13

2. O MOMENTO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL ... 15

3. AS FASES DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL ... 21

4. BRINCADEIRA DE FAZ-DE-CONTA ... 26

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 31

REFERÊNCIAS ... 32

(14)

13

1. INTRODUÇÃO

O presente estudo denominado “A importância da ludicidade na educação infantil” foi realizado com o objetivo de visar à análise sobre a sua grande

necessidade de promover uma reflexão sobre a importância para a criança nesta etapa da educação. O principal aspecto das práticas lúdicas é a sua criatividade, sendo assim, deve-se ofertar momentos de ludicidade com maior frequência para que a criança possa exercitar e desenvolver a sua própria imaginação que será através desses momentos que elas iram transpor suas ideias para a oralidade.

Este trabalho foi desenvolvido com um tema essencial para os profissionais da educação e com uma importância grandiosa para a formação acadêmica, onde a ludicidade é a base de tudo na principal etapa que é a educação infantil é nessa fase da vida que a criança aprende brincando de forma lúdica e prazerosa.

De acordo com o estudo abordado neste trabalho o problema retratado foi, de que forma a brincadeira do faz de conta na Educação Infantil pode auxiliar no desenvolvimento da criança de 0 à 3 anos? pois bem, essa brincadeira estimula a criança a assumir diferentes personagens e acabam se envolvendo em jogos simbólicos que favorecem a sua imaginação levando-as para um mundo totalmente diferente da sua realidade.

Porém, o Objetivo Geral será descrever como a brincadeira do faz de conta na Educação Infantil pode auxiliar no desenvolvimento de criança de 0 a 3 anos.

Seguido do Objetivo Específico que é apresentar os conceitos de ludicidade na educação, descrever as fases do desenvolvimento infantil e conceituar as

brincadeiras de faz de conta e sua importância para o desenvolvimento da criança na Educação Infantil.

O tipo de pesquisa realizado nesse trabalho foi uma revisão de literatura, onde foi pesquisado em livros, dissertações e artigos científicos selecionados através de buscas nas seguintes bases de dados: livros, sites de bancas de dados entre outros.

O período dos artigos pesquisados foram os trabalhos publicados nos últimos seis anos.

(15)

14

(16)

15

2.O MOMENTO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

A ludicidade é uma experiência interna, dando ênfase as dimensões da

emoção, mental e física, sendo assim ela envolve uma conexão entre o externo que nada mais é o objetivo com o seu interno que é a subjetividade, trazendo uma relevância significativa para todas as fases da vida, em especial na Educação Infantil. Conforme dizia Giovanina Gomes de Freitas Olivier (2013, p.23-24) “... As crianças sejam e vivam como criança, é ocupar-se do presente, porque o futuro dele decorre...reconhecer o lúdico é redescobrir a linguagem dos nossos desejos e

conferir-lhes o mesmo lugar que tem a linguagem da razão...”

Na Educação Infantil, há varias atividades lúdicas que são elaboradas com o objetivo de desenvolver o conhecimento e as habitantes necessárias para o

desenvolvimento infantil. Segundo Piaget, a criança já nasce com as pré-condições neurológicas do conhecimento, mas as condições de fato se dão através de

atividades que ele denomina jogos ( de exercício, simbólicos e de regras, conforme as idades). Entende-se que quando são consideradas e respeitadas as emoções por parte dos educandos as atividades se tornam mais prazerosas. A ludicidade vai muito além do brincar, ela aprende e desenvolve grandes habitantes com as experiências adquiridas e vivenciadas através do brincar.

Os iniciadores dos atuais modelos e meios do desenvolvimento que existe até hoje foram por partes dos Índios, os negros e os portugueses, havendo assim no Brasil nos últimos séculos uma grande mistura de povos e raças, cada uma com sua crença, cultura e educação. Com sua grande variação Cultural o Brasil se tornou um país mais rico em relação a sua maneira de desenvolvimento da ludicidade , se torna muito incerto afirmar exatamente qual foi sua origem pois todas agregaram de forma totalmente positiva .

Os índios traziam a ludicidade para seus filhos através da caça, pesca e da dança uma grandiosa aprendizagem. Os brinquedos eram construídos por materiais retirados da própria natureza e eram confeccionados por seus filhos, eles aprendiam de uma maneira leve e lúdica a sobreviver. Os negros também trouxeram de uma forma muito parecida com a dos Índios, onde as crianças criavam seus próprios brinquedos, caçavam e pescavam.

(17)

16

Já os filhos dos portugueses não tinham o conhecimento do que era a

ludicidade para sobrevivência quando vieram para o Brasil, eles tinham a ludicidade como forma de lazer, diversão e desenvolvimento intelectual. Eram totalmente diferentes os seus costumes com os costumes trazidos pelos índios e pelos negros quando chegaram ao Brasil. Pois, seus filhos já tinham uma realidade de vida literalmente diferente.

Ao longo do tempo a maneira de brincar, as brincadeiras, tempo, espaço e os objetivos de brincar foram se transformando. No século XV, eram muito comum os jogos e as brincadeiras entre crianças e os adultos, não havia diferença onde todos brincavam e se divertiam juntos. Quando surgiram as primeiras bonecas elas eram feitas de porcelanas e não eram destinadas apenas para meninas, nessa época era normal se ver um menino brincando de boneca, isso significava que quando se tornassem adulto seriam um bom pai.

O aprimoramento nos brinquedos avançaram , lá por volta do século XIX, tornando assim maiores e deixando de ser pequeno e discreto. Segundo Benjamim, talvez só nesse momento o brinquedo separa- se do adulto e da criança. Benjamim (1984) fala sobre o uso dos brinquedos e materiais que é feito por parte das

crianças, diferente dos adultos:

Nada é mais adequada a criança do que irmanar em suas construções os materiais mais heterogêneos-pedras, madeiras, papel. Por outro lado, ninguém é mais sóbrio em relação aos materiais do que as crianças: um simples pedacinho de madeira, uma pinha ou uma pedrinha reúne em sua solidez, no monolitismo de sua matéria, uma exuberância das mais diferentes figuras (Benjamim, 1984, p.69).

Houve uma grande emancipação do brinquedo e, transformações com o novo uso de novos materiais, formas e tamanho, se tornando assim não mais um enfeite e sim um objeto interativo entre as crianças, entre a imaginação e sua realidade.

Através do uso do brinquedo a criança desenvolve a sua imaginação sem se

preocupar com o amanhã, Trazendo para o seu mundo junto a ludicidade tudo aquilo que mais almeja.

Segundo Kishimoto (2008, p.187),

“ O jogo é uma atividade lúdica estruturada por suas regras implícitas ou explícitas e relaciona-se diretamente com o brinquedo e com a brincadeira.

O brinquedo refere-se ao objeto que dá suporte a brincadeira. É mediante o uso de brinquedos que a criança dá asas à imaginação. Já a brincadeira é

(18)

17

considerada como a ação lúdica da criança na busca da concretização das regras do jogo”.

Os jogos são considerados atividades lúdicas por serem estruturas por regras diversas, sejam elas claras ou não. O jogo é muito usado em atividades escolares, por ser algo que atraí a atenção da criança, são utilizados brinquedos para o

desenvolvimento dessas atividades para que a criança possa usar a sua criatividade e a imaginação e ao brincar ela estará trazendo e se aprimorando de um imenso conhecimento significativo.

Os jogos e o brincar levam a criança a uma proposta de ação, isso faz com que ela aprenda a se socializar com outras crianças porque de fato essa ação aproxima de uma maneira sadia as crianças, vale a pena lembrar que desde que toda ação seja supervisionada por um adulto, a brincadeira pode ocorrer tanto no espaço

escolar quanto no espaço familiar, toda ação do brincar deve ser proporcionada para a criança de maneira leve e segura.

O brincar é considerada uma atividade livre, e é uma atividade que proporciona momentos bons, saudável e criativo. A ludicidade deveria estar presente na vida de todo ser humano, desde que ela seja colocada em prática de forma espontânea e criativa, por ser algo tão importante na vida de uma pessoa, a criança aprende melhor se em casa ela tiver o apoio dos pais ao desenvolve-las e na escola o suporte do professor.

Segundo, Vygotsky (1988,p.114). “ O brinquedo cria na criança uma forma de desejos. Ensina-a a desejar, relacionando seus desejos a um “ eu” fictício, ao seu papel no jogo e suas regras. Dessa maneira, as maiores aquisições de uma criança são conseguidas no brinquedo, aquisições que no futuro tornar-se-ão seu nível básico de ação real e moralidade”. Portanto, Vygotsky (1988,p.141) também afirma a contribuição das regras do jogo.

Através dos jogos de papéis por meio da brincadeira, por meio do brinquedo a criança desenvolve nas brincadeiras as primeiras relações de sociedade, ela

interpreta o mundo adulto por meio das brincadeiras e dos brinquedos, ou seja, as crianças ao realizar as brincadeiras , o contato e a interação com os brinquedos, ela cria papéis sociais se colocando como sujeito social e são nessas relações que ela vivência no cotidiano o que ela vê a sua volta.

(19)

18

A relação com o brinquedo que a criança tem e com a brincadeira é que elas desenvolvem os seus primeiros papéis sociais, vivenciando tudo que ocorre em torno dela e é lá na relação da brincadeira com os colegas que vivência tudo o que chamamos de jogos de papéis, papéis sociais aonde ela reproduz o mundo dos adultos. É nesse momento que é reproduzido todos os aspectos da sua realidade social e desta maneira se formando como ser humano de uma sociedade.

O brinquedo desenvolve na criança um interesse maior de criar momentos imaginários que elas vivência no seu dia-a-dia como se fossem momentos de sua realidade, a criança tem poder cognitivo muito amplo e criativo, desde que seja desenvolvida. O quão importante é o brinquedo n vida de uma criança, isso faz com que ela se desenvolva por completo, ou seja, ela se desenvolve integralmente através do momento lúdico.

Segundo, Moyles, 2006, p.45).

“ No mundo todo, de modo geral, “os pais aceitam o fato de que as crianças brincam, mas poucos realmente acreditam que essa é a maneira pela qual seus filhos aprendem”, e assim, o que se tem visto são os pais utilizando uma linguagem que desvaloriza o brincar das crianças. Quando o pai diz, “ vá brincar”, o que ele espera é que a criança vá realizar uma atividade autônoma que lhe dê prazer, e as crianças, sem dúvidas, interpretam essa sugestão como uma oportunidade de sair do caminho do adulto nos momentos em que eles estão fazendo alguma coisa mais importante”.

Sendo assim, o que muitos pais não saibam mas a brincadeira vai muito além de uma mera recreação, elas são uma forma que as crianças tem de se

comunicarem com elas mesmas e com o mundo ao seu redor, a brincadeira portanto é uma parte fundamental da aprendizagem e do desenvolvimento da criança, pois esse é o momento que ela exercita todos os seus direitos estabelece contato com os campos de experiência como protagonista do seu desenvolvimento.

O lúdico ajuda a criança a organizar os seus sentimentos e emoções, a

ludicidade faz parte do mundo infantil, brincar independente do tempo, do local e do objeto estimula a criança a recriar e a usar a sua imaginação tornando esses

momentos em espaços escolar atrativos e de grande aprendizado, desenhos, quebra-cabeça, contação de histórias entre outros, ou seja, são várias as possibilidades de brincadeiras que encantam e divertem as crianças.

Segundo, winnicott, ( 1982, p.163),

(20)

19

“ A criança pode vivenciar e controlar a sua agressividade, angústias, adquirindo experiência do mundo adulto quando representa papéis etc. O brincar também fornece uma organização para a iniciação de relação emocionais e assim propicia o desenvolvimento de contatos sociais e com isso vai ajuda- ló a elaborar e controlar sua emoções.

Ao brincar a criança aprende a lidar com emoções, elas fazem representações do mundo adulto, um exemplo muito frequente de uma brincadeira é brincar de ser professor e a outra é de ser pai e mãe, a criança representa exatamente tudo aquilo que ela já vivenciou ou que esta ao seu redor. Ao brincar de professor, ela age da mesma maneira que o seu professor, isso também acontece com a brincadeira de pai e mãe.

Portanto, toda brincadeira se torna importante na vida de uma criança, quando esta sendo realizado uma atividade com os colegas que é formada por regras ela aprende a seguir todas as regras que existe no nosso cotidiano. O ganhar e perder também é de extrema importância, porque faz com que a criança aprenda que nem tudo na vida é ganhar, ela aprende a lidar com seus sentimentos ao se frustar a criança também aprende.

Nesse primeiro capítulo foi abordado o momento lúdico na Educação Infantil, dando ênfase na importância da ludicidade através do brincar, do jogo e do

brinquedo. Como a criança aprende e se desenvolve através da brincadeira, no próximo capítulo será abordado as fases do desenvolvimento infantil e como acontece o desenvolvimento integral.

(21)

20

(22)

21

3.AS FASES DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL

Descrevendo as fases do desenvolvimento infantil que são elas físico, afetivo, social e cognitivo. A criança passa por todos esses processos de desenvolvimento, onde ela ainda vai melhorar funções e habilidades até se tornar um adulto de verdade, o desenvolvimento infantil é um processo que toda criança passa desde seu nascimento até mais ou menos seis anos de idade e esse processo consiste em um desenvolvimento de habilidades que garante a sua alto suficiência.

Segundo Piaget (2004, p.68)

A criança se adapta ao mundo de forma cada vez mais satisfatória. O processo de adaptação ocorre por meio de sub processo : esquemas ( ações mentais ou físicas), assimilação ( absorve algum evento ou experiência em algum esquema), acomodação ( modificar o esquema a partir das novas informações absorvidas pela assimilação) equilibração ( criança luta por coerência tentando entender o mundo em sua totalidade.

Um dos conceitos mais importante na teoria de Jean Piaget é o conceito de equilibração majorante. Em seus estudos ele desenvolveu a compreensão de que as pessoas tem a necessidade de aprender para poder se manter em equilíbrio. Para Piaget esse processo de compreensão se da através de dois sub processos que chamamos de assimilação e acomodação, a assimilação acontece quando nos deparamos com coisas que podem ser facilmente compreendida, já a acomodação é quando a criança precisará modificar conhecimentos prévios.

As fases do desenvolvimento foram criadas por Jean Piaget, ele afirma que todas as pessoas passam por quatro estágios de desenvolvimento cognitivo, Estágio Sensório-Motor que vai do nascimento aos dois anos, Estágio Pré-Operacional dos dois aos seis ou sete anos, Estágio Operatório-Concreto dos seis ou sete até os onze ou doze anos, Estágio Lógico-Formal vai dos doze em diante. E em cada um desses estágios o pensamento se organiza de uma maneira específica pois segundo ele, não é possível pular estágios ou retroceder.

Na concepção piagetiana, o desenvolvimento cognitivo passa por quatro fases ou período, sendo a primeira fase o desenvolvimento físico ou chamada sensório motor e é nessa fase que os bebês percebem que seus movimentos geram ações, seja puxando lençol ou mesmo jogando brincando no chão e o período correto que ele ocorre é de zero a dois anos de idade, essa fase na qual também exige muita

(23)

22

atenção por parte dos pais ou responsáveis em relação aos cuidados com os bebês.

Como dizia Oliveira (1988, p.93),

É por ser capaz de estabelecer relações com outras pessoas que o bebê pode aprender, na díade, a solucionar problemas,

acompanhamento o processo do adulto de gradativamente

simplificar, retirar apoio, retirar pistas e, em contrapartida, recompor o conjunto da situação, internalizando os passos do processo.

A Segunda fase é do pré-operatório ou desenvolvimento cognitivo, ela ocorre entre os dois aos sete anos de idade. É definida pela capacidade do cérebro de processar informações e obter informações do mundo, nessa fase a criança

armazena processos como pensamento, raciocínio, memória, atenção, linguagem e resolução de problema. É nessa fase também que acontece da criança não querer dividir nada com ninguém que parecer ser egoísta, mas é só uma fase que passa.

A terceira fase do desenvolvimento social ou operacional concreto, essa fase acontece dos oito aos doze anos de idade da criança e é nessa fase que a criança troca informação com os adultos e outras crianças. A criança começa a entender sobre regras sociais, senso de justiça e reciprocidade, elas se tornam mais conscientes sobre o sentimento das outras pessoas e deixam de ser menos egocêntricas começam a compreender que o mundo não gira em torno delas.

Já a quarta e última fase é do desenvolvimento afetivo ou operacional formal, ela começa a partir dos doze anos e é nela que o raciocínio lógico se completa. Aos doze anos ela passa a ser pré-adolescente e começa a lidar com questões logicas e abstratas, criam situações hipotéticas mesmo sobre o que nunca aprenderam e desenvolver possibilidades, teorias e autonomia são capazes de usar o lógico para resolver problemas.

O estudo sobre o desenvolvimento infantil começou a surgir em 1882, que foi publicado o livro “the mind of the child” que impulsionou muitas pesquisas sobre o desenvolvimento. Foram através dessa publicação que ocasionou o nascimento da psicologia do desenvolvimento, ressaltando assim, que os estudos foram criados também no final do século XIX, com o surgimento na França e nos Estados Unidos.

Nessa época envolviam a psicobiologia, psicologia da personalidade e sobre também o desenvolvimento cognitivo.

Entre 1920 à 1939, foi um tempo de muito investimento sobre o estudo do desenvolvimento infantil, portanto, os primeiros estudos foram desenvolvido sobre o

(24)

23

envelhecimento e sobre a adolescência, seguido por tanto do desenvolvimento infantil. Nessa época o foco era no desenvolvimento intelectual, maturação e crescimento, a maioria das pesquisas era na área do desenvolvimento humano.

Na época de 1940 à 1959, houve uma escassez no investimento em pesquisa, mesmo sabendo que o interesse ainda era no estudo da criança. Os métodos mais utilizados nessa época era correlacionais, deixam os avanços teóricos limitados porque esse método não permitiam relações entre causa e efeito. Havendo assim uma emergência nas pesquisas no que se refere ao campo do desenvolvimento.

O desenvolvimento integral da criança acontece durante a Educação Infantil, é nesse momento que ocorre o desenvolvimento, afetivo, emocional, motor, cognitivo, social, entre outros. A criança aprende com as outras crianças, deixando de ser muitas vezes egocêntricas o que seria uma atitude normal de uma criança , pois muitas só se socializam quando começam a ir para um centro educacional.

Para Piaget, (1977), “a evolução do desenvolvimento moral apresenta-se bem definida em três etapas, ou seja: Anomia, Heteronomia e Autonomia”. Em suas buscas pode perceber que mesmo na fase adulta ainda existem pessoas que estão na etapa da Anomia e Heteronomia. Sendo assim ainda não conseguiu e muitos nem vão conseguir atingir a etapa da autonomia.

Portanto, foram divididos a evolução da prática e da consciência das regras em três etapas, sendo ela a primeira Anomia que vai até os cinco anos de idade, nessa etapa a criança não consegue seguir regras, não consegue desenvolver atividades em grupos, elas não tem a consciência do que é certo ou errado, fazem muito o uso das fantasias imaginárias e conseguem se concentrar em algo por pouco tempo.

A etapa da Heteronomia vai dos dois aos doze anos, as crianças acabam se interessando por atividades em grupo, seguem regras, acabam por fim fazendo menos questionamento tendo mais compreensão do que é colocado a elas, são mais obedientes ao que é imposta ou sugerido, havendo uma maior concentração as atividades realizadas facilitando o seu desempenho e interação.

E por fim, a etapa da autonomia que corresponde a concepção adulta. Seguem literalmente todas as regras, podendo ser mudadas por qualquer um, desde que todos aceitem . Para Piaget (1896-1980).” Autonomia significa a capacidade de decidir por si próprio entre o certo ou errado na esfera moral e entre verdade e

(25)

24

inverdade na esfera intelectual, levando em conta fatores relevantes, independente de recompensa e punição”.

Segundo Piaget (1986, p.129), o desenvolvimento mental da criança surge

[...] como sucessão de três grandes construções, cada uma das quais prolonga a anterior, reconstruindo-a primeiro num plano novo para

ultrapassá-la em seguida, cada vez mais amplamente. Isto já é verdadeiro em relação a primeira, pois a construção dos esquemas sensório-motores prolonga e ultrapassa a das estruturas orgânicas no curso da embriogenia.

Depois a construção das relações semióticas, do pensamento e das

conexões interindividuais interioriza os esquemas de ação, reconstruindo-os no novo plano de representação e das estruturas de cooperação. Enfim, desde o nível de 11-12 anos, o pensamento formal nascente reestrutura as operações concretas, subordinando-as a estruturas novas, cujo

desdobramento se prolongará durante a adolescência e toda a vida ulterior.

O adolescente completara a construção dos meios cognitivos após ter

desenvolvido o esquema de pensamento lógico-formal. Mesmo após esse processo ele continuará a adquirir conhecimentos, ao longo de todas essas descrições do conhecimento fica evidente uma maior descentração, ou seja, pensar em vários aspectos simultaneamente podendo agir através de seus limites sociais e físicas.

O desenvolvimento acontece de uma maneira espontânea, que esta

literalmente ligada ao embriogênese, que esta relacionado ao desenvolvimento do corpo, ao desenvolvimento do sistema nervoso e ao desenvolvimento das funções mentais. E quando se trata do desenvolvimento do conhecimento, a embriogênese só terá um fim quando a pessoa se torna adulta, até que esse processo se totalize por completo devemos re-situar em relação ao biológico e psicológico.

Porém, Vigotsky acreditava que existissem dois tipos de conceitos os Pseudoconceitos e os conceitos verdadeiros. Os Pseudoconceitos são aqueles conceitos espontâneos que todos nós temos sobre o mundo e que são baseados principalmente nas nossas observações, por exemplo, quando uma criança afirma que o sol se movimenta pelo céu, ela está apresentando o Pseudoconceitos, pois, sabemos que a movimentação do sol em torno da terra é apenas uma aparência.

Para Vigotsky a principal função da escola é justamente de fazer a criança abandonar esses achismos, ou seja, esses Pseudoconceitos e passar a raciocinar com base em conceitos verdadeiros, que também quer dizer conceitos científicos.

Os conceitos científicos são conceitos verdadeiros, que são baseados em pesquisas controlados não se deixam levar facilmente pelas aparências, sendo assim os

(26)

25

conceitos científicos nos permitem ver melhor a realidade e cabe a escola garantir que os estudantes aprendam esses conceitos.

Ao estudar a aprendizagem humana Vigotsky percebeu que existem coisas que as pessoas já sabem fazer sozinha, algo que alguém só aprende a fazer com a ajuda de outra pessoa e coisas que ele ainda não pode aprender nem mesmo com ajuda, ele organizou três tipos de conhecimento da seguinte maneira, as coisas que a pessoa sabe fazer sozinha são saberes que estão dentro da sua zona de

desenvolvimento real, já as coisas que essa pessoa não sabe fazer sozinha, mas que é capaz de aprender com ajuda de outros são saberes que se encontram dentro da zona de desenvolvimento proximal.

Portanto, nesse capítulo foram abordados assuntos que envolvem todas as fases do desenvolvimento, um assunto de extrema importância a ser debatido entre todos os profissionais envolvidos da área da educação. No próximo capítulo será desenvolvido um assunto muito presente o “faz-de-conta” entre as brincadeiras.

(27)

26

4.BRINCADEIRA DE FAZ-DE-CONTA

A brincadeira de faz-de-conta é muito importante e contribui para o desenvolvimento infantil, essa brincadeira acontece quando uma criança esta brincando de algumas brincadeiras como por exemplo: de fazer comidinha, cuidar de boneca, de ser professor, e entre outras. Essas brincadeiras costumam acontecer entre doze e dezoito meses de idade, e a partir dos dois anos é que a criança começa a incluir pessoas nessas brincadeiras permitindo que a criança veja e tenha uma visão de mundo da perspectiva de outra pessoa.

O faz-de-conta é alimentado pela cultura, a criança brinca do que ela conhece e de coisas que acontece no seu dia a dia, o vasto conhecimento do mundo real amplia a sua imaginação fazendo com que as crianças interajam de forma divertida com o mundo de miniaturas da realidade, é um convite para atuar no mundo, sentir-se participante, compreender melhor sua organização e ainda criar novas realidades.

Quando a criança brinca de faz-de-conta ela desenvolve a sua imaginação, fantasias, criatividade, questionamentos, surpresas e espantos, tudo isso acontece de uma forma positiva para a criança, ela também acaba criando regras que são vivenciadas na sua cultura, fazendo com que a aprendizagem aconteça de uma forma mais espontânea e prazerosa.

Segundo Martins, (2006, p.48) expõe que

[...] a brincadeira de papéis sociais é uma atividade natural e espontânea, mas profundamente marcada pelas condições objetivas da vida da criança.

Na qualidade de atividade principal, encerra relações com o mundo, o estabelecimento de relações próprias com a cultura e com as pessoas, contendo em sua essência a unidade dialética individual/sociedade. Toda brincadeira é, ao mesmo tempo, uma atividade da criança, uma expressão de si, e igualmente um aspecto das relações sociais, uma expressão de condições objetivas de ação e desenvolvimento.

Durante toda a história antiga, a brincadeira de faz-de-conta sempre esteve muito presente em todas as épocas por ser vista como algo natural. Aos poucos essa brincadeira foi se destacando como algo indisponível no desenvolvimento educacional, isso tudo graças aos teóricos de cada época que tornaram as brincadeiras fundamentais para o desenvolvimento de ensino e Aprendizagem da criança. Sendo eles: Rousseau e Pestalozzi, do século XVIII, do século XIX Dewey, e sendo destaque no século XX, o Montessori, Vygotsky e Piaget.

(28)

27

Ao brincar da brincadeira de faz-de-conta a criança estimula e desenvolve a sua imaginação, fazendo de conta ser uma outra pessoa ou até mesmo ser um animal, com tudo isso ela passa a compreender e entender diferentes realidades da sua. Ao fingir ser uma outra pessoa a criança acaba se colocando no lugar do outro, ou seja, ela aprende a ter empatia pelo próximo e começa compreender um pouco os sentimentos dos outros.

Segundo Bomtempo (2001, p. 57-58) cita que:

Quando vemos uma criança brincando de faz-de-conta, sentimo-nos atraídos pelas representações que ela desenvolve. A primeira impressão que nos causa é que as cenas se desenvolve de maneira a não deixar dúvidas do significado que os objetos assumem dentro de um contexto. Assim, os papéis são desempenhados com clareza: a menina torna-se mãe, tia, irmã, professora; o menino torna-se pai, índio, polícia, ladrão sem script e sem diretor. “ sentimo-nos como diante de um miniteatro, em que papéis e objetos são improvisados” (Vieira, 1978). Esse tipo de jogo recebe várias denominação: jogo imaginativo, jogo de faz-de-conta, jogo de papéis ou jogo sócio-dramático. A ênfase é dada a “ simulação” ou faz-de-conta, cuja importância é ressaltar por pesquisas que mostram sua eficácia para promover o desenvolvimento cognitivo e afetivo-social da criança.

Ao se depararmos com uma criança brincando de faz-de-conta, ficamos encantados o quão ampla é a criatividade e imaginação da criança. Como ela é capaz de criar vários personagens ao mesmo tempo, usando um simples objeto ela cria uma grande história, representando tudo o que é vivenciado por ela no seu cotidiano, através dessa brincadeira o adulto consegue observar várias atitudes pela qual a criança está representando.

Assim dizia Vigotsky, (2008,p.25)

Porém, numa criança com mais de três anos, emergem tendências específicas e contraditórias, de um modo diferente; por um lado, surge uma série de necessidades e de desejos não realizáveis, mas que, ao mesmo tempo, não se extinguem como desejos; por outro, conversa-se, quase por completo, a tendência para a realização imediata dos desejos. É disso que surge a brincadeira, que deve ser sempre entendida como uma realização imaginária e ilusória de desejos irresponsáveis, diante da pergunta por que a criança brinca? A imaginação é o novo que esta ausente na consciência da criança na primeira infância, absolutamente ausente nos animais, e representa uma forma especificamente humana de atividade da consciência;

e, como todas as funções da consciência, forma-se originalmente na ação.

Geralmente, crianças acima de três anos trás em sua imaginação vários desejos que por sua vez não são realizados, e que somente através da brincadeira de faz-de- conta é que a criança acaba realizando, tornando-as real em sua imaginação. Em

(29)

28

muitos casos a criança começa expor desde cedo os seus desejos que acabam passando despercebido, é durante a brincadeira de faz-de-conta que ela demonstra seus interesses e sentimentos.

A brincadeira do faz-de-conta passou a ser analisada e pesquisada por dois grandes alunos e colaboradores de Vygotsky- Ariés (2001) e Elkonin (1978), para chegar em uma conclusão se essa brincadeira sempre existiu ou se acabou de fazer parte da infância simplesmente por ela ser considerada um período singular no desenvolvimento da criança, já que a infância é algo muito específico na sociedade nem que vivemos.

Com base nessa pesquisa Elkonin, (1978, p.46) concluiu:

Não vamos multiplicar os exemplos, pois o material apresentado é suficiente para afirmar que, na sociedade que se encontra num estágio relativamente inferior do desenvolvimento, numa organização primitiva do trabalho, as crianças são envolvidas relativamente cedo no trabalho produtivo dos adultos, participando ativamente dele. Isso também ocorre numa sociedade patriarcal camponesa em que, segundo K. Marx, “a diferença de sexo e idade e também das condições naturais do trabalho que se alteram com a mudança das estações do ano regulam a divisão do trabalho entre os membros da família e o tempo de trabalho de cada um de seus membros. Porém, o dispêndio da força de trabalho individual, medida pelo tempo, desde o início aparece aqui como determinação social do próprio trabalho, pois as forças individuais do trabalho desde o início funcionam aqui apenas como órgãos conjuntos da força de trabalho da família”.

O objetivo da brincadeira de faz de conta é fazer com que cada criança assuma diferentes tipos de personagens, se envolvendo em jogos simbólicos. Assim irá favorecer e desenvolver a sua imaginação e possibilitando vivenciar diferentes ações e realidades através da ludicidade, ou seja, um complementa o outro e sendo assim a criança brinca, se diverte e se encanta com um mundo onde tudo se torna real.

Segundo Kishimoto, (2003, p.39)

A brincadeira de faz de conta, também conhecida como simbólica, de representação de papéis ou sociodramática, é a que deixa mais evidente a presença da situação imaginária. Ela surge com o aparecimento da representação e da linguagem, em torno 2/3 anos, quando a criança começa a alterar o significado dos objetos, dos eventos, a expressar seus sonhos e fantasias e assumir papéis presentes no contexto social.

A criança que costuma brincar com frequência da brincadeira de faz de conta, se torna uma criança mais tranquila e feliz, sem crises de ansiedade. Porque essa brincadeira possibilita que a criança se distraía e quanto mais criança melhor, pois,

(30)

29

uma complementa a imaginação da outra e ajuda também na socialização tornando um momento confortável e agradável.

A importância do faz de conta envolve um processo muito mais complexo do que imaginamos, pois, quando a criança brinca e transforma objetos em alguma coisa, ela está passando pelo processo de assimilação, ou seja, está assimilando tudo a sua volta de uma maneira ativa. Porque é nesse momento que a criança entra em contato consigo mesma e com o outro.

Para Piaget, (1967, p.369)

Em primeiro lugar, da mesma forma que a inteligência prática busca o êxito antes da verdade, o pensamento egocêntrico, na medida em que a assimilação ao seu, tende a satisfação e não a objetividade. A forma extrema dessa assimilação aos desejos e aos interesses próprios é o jogo simbólico ou jogo da imaginação, no qual o real é transformado ao sabor das necessidades do eu ao ponto de as significações que o pensamento comporta poderem permanecer estritamente individuais e incomunicáveis.

A brincadeira de faz de conta nada mais é que jogos simbólicos, por serem baseados em símbolos usados para representar alguma coisa, ou seja, a criança usa uma escova de cabelo fingindo ser um microfone, usa uma bacia na cabeça fingindo ser um capacete, entre outros. E sempre usando a criatividade de maneira natural e espontânea, portanto, envolve a mesma habilidade no faz de conta e na linguagem.

De acordo com Freud e Kishimoto (2003, p.57) “Cada criança em suas brincadeiras comporta-se como um poeta, enquanto cria seu próprio mundo ou, dizendo melhor, enquanto transpõe elementos formadores de seu mundo para uma nova ordem, mais agradável e conveniente para ela.

Segundo Vigotsky, (2008, p.28) concluiu que

Parece-me que sempre que há uma situação imaginária na brincadeira, há regras. Não são regras formuladas previamente e que mudam ao longo da brincadeira, mas regras que decorrem da situação imaginária. Por isso, é simplesmente impossível supor que a criança pode se comportar numa situação imaginária sem regras, assim como se comportar numa situação real. Se a criança faz o papel da mãe, então ela tem diante de si as regras do comportamento da mãe. O papel que a criança interpreta e a sua relação com o objeto, caso este tenha seu significado modificado, sempre decorem das regras, ou seja, a situação imaginária, em si mesma, sempre contem regras.

Na brincadeira, a criança é livre. Mas essa liberdade é ilusória.

Na percepção de Vygotsky, a brincadeira de faz de conta traz muita liberdade de expressão para os pequenos. Tornando-as livres para interpretar os papéis sociais

(31)

30

vivenciados por eles, em suas brincadeiras as crianças costumam repetir as regras que são impostas pelos adultos. Se não há regras, obviamente não há brincadeira.

Pois, vivem em uma sociedade onde tudo há regras a ser seguida.

A brincadeira de faz de conta se tornou uma atividade primordial, através dela acontece o desenvolvimento da linguagem oral das crianças, sendo assim essa brincadeira se torna indispensável para aprendizagem, ela promove várias oportunidades de comunicação para que a criança possa de fato se expressar através de sons, da fala e da imitação. Essa é uma interação essencial para que ocorra esse desenvolvimento da fala.

De acordo com Cardoso, (2012, p.58),

As brincadeiras que se baseiam no faz de conta também constituem momentos riquíssimos para a experimentação de sons, de palavras e da imitação de situações de comunicação que a criança vivencia no dia a dia.

Por isso o professor ( de crianças de até 6 anos) precisa abrir espaço na rotina para esse tipo de atividade, trazer objetos para a sala de aula e propiciar ambientes que incrementem a brincadeira.

(32)

31

5.CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho teve como objetivo principal de como desenvolver uma atividade lúdica na educação infantil. De acordo com os teóricos apresentados, nos fez compreender a importância do momento lúdico na instituição de ensino, a ludicidade é uma atividade que contribui para o desenvolvimento social, afetivo e cultural da criança na fase mais importante de sua vida.

Contudo, com todas as informações apresentadas nesse trabalho, conclui-se que o lúdico é uma parte fundamental para a educação infantil. Sabe-se que a brincadeira não é somente um passa tempo, ela auxilia a criança no seu desenvolvimento integral. É no momento da brincadeira que a criança desenvolve suas habilidades, criança que brinca é uma criança feliz.

Por fim, a brincadeira é também importantíssima para que aconteça a socialização entre uma criança e outra. É de suma importância que a ludicidade seja acrescentada nos planejamentos de aula do docente e que ao realizar uma aula com materiais ou brincadeiras lúdicas o docente faça parte da brincadeira literalmente com muito amor e carinho.

(33)

32

REFERÊNCIAS

A História do lúdico na educação. Florianópolis: Universidade Cruzeiro do Sul – SP, 2011- Disponível em : http://dx.doi.org/10.5007/1981-1322.2011v6n2-p19.

BIANCHINI Batistella Guimarães, Luciane. Ludicidade e educação. Londrina: Editora e distribuidora educacional S. A. 2015.216p.

Contribuições da brincadeira de faz de conta para o desenvolvimento da linguagem oral das crianças na educação infantil. Manaus: Universidade do estado do amazonas – AM, 2019-

Disponível em: http://repositorioinstitucional.uea.edu.br//handle/riuea/2657

Desenvolvimento Infantil: O que é? Conheça as 4 fases de Jean Piaget. Atibaia/ SP, 2017- Disponível em : https://opas.org.br/desenvolvimento-infantil-o-que-e-e-as-4- fases-de-Jean-Piaget/

ENCARNAÇÃO Bacelar, Vera Lúcia. Ludicidade e Educação Infantil. Salvador:

Editora da Universidade Federal da Bahia, 2009.

PALANGANA Campaner, Isilda. Desenvolvimento e Aprendizagem em Piaget e Vigotski. São Paulo: Summus, 2015

PIAGET, Jean. A formação do símbolo na criança: imitação, jogos e sonho; imagem e representação. Tradução de Álvaro Cabral e Cristiano Monteiro Oiticica. 3. Ed. Rio de Janeiro: LTC. 1964.

O faz-de-conta: Simbólico, Representativo ou imaginário. Bebedouro: Centro Universitário Unifafibe – SP, 2015- Disponível em: scholar.google.com.br

OLIVEIRA, Keide Tavares Silva; SILVA, Maria Aparecida Tavares; SANTOS, Priscila Aurelina: A Educação Infantil e os Estágios de Desenvolvimento: um artigo original.

Anais do 3° Simpósio de tcc, das faculdades FINOM e Tecsoma. 2020; 1426-1442

(34)

33

MARTINS, Lígia Márcia. A brincadeira de papéis sociais e a formação da personalidade. In.: ARCE, Alexandre. DUARTE, Newton(orgs) Brincadeira de papéis sociais na educação infantil: as contribuições de Vigotski, Leontiev e o Elkonin. São Paulo: xamã, 2006 (p. 27 a 50).

(35)

34

(36)

35

Referências

Documentos relacionados

patula inibe a multiplicação do DENV-3 nas células, (Figura 4), além disso, nas análises microscópicas não foi observado efeito citotóxico do extrato sobre as

Acrescenta que “a ‘fonte do direito’ é o próprio direito em sua passagem de um estado de fluidez e invisibilidade subterrânea ao estado de segurança e clareza” (Montoro, 2016,

4.1 Avaliação do Fotocatalisador para Degradação da SDZ A Figura 4.5 mostra os resultados obtidos na degradação de SDZ utilizando o fotorreator FluHelik para os experimentos

Este trabalho tem como objetivo contribuir para o estudo de espécies de Myrtaceae, com dados de anatomia e desenvolvimento floral, para fins taxonômicos, filogenéticos e

(2009) sobre motivação e reconhecimento do trabalho docente. A fim de tratarmos de todas as questões que surgiram ao longo do trabalho, sintetizamos, a seguir, os objetivos de cada

Declaro que fiz a correção linguística de Português da dissertação de Romualdo Portella Neto, intitulada A Percepção dos Gestores sobre a Gestão de Resíduos da Suinocultura:

A significância dos efeitos genéticos aditivos e dos efeitos da interação, envolvendo os qua- tro testes de progênies foi avaliada pela análise de LTR, que foi significativa para

Determinar o perfil fitoquímico dos extratos aquosos das folhas de Physalis angulata L., silvestres e cultivadas, e avaliá-los quanto à influência do método de extração e