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O USO DE FERRAMENTAS DIGITAIS NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA

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Academic year: 2022

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1 O USO DE FERRAMENTAS DIGITAIS NA FORMAÇÃO INICIAL DE

PROFESSORES DE MATEMÁTICA

Victor Ferreira Ragoni1 Juliana Leal Salmasio2 Tiago Dziekaniak Figueiredo3 GT 5 – Educação, Comunicação e Tecnologias

RESUMO

O trabalho consiste em uma apreciação sobre a compreensão dos 13 alunos do 7º semestre do curso de Matemática da Universidade Federal da Grande Dourados – UFGD, que cursaram a disciplina de Informática na Educação Matemática, sobre o uso de ferramentas digitais como artefatos pedagógicos.

Tendo como metodologia a análise qualitativa de 6 resumos produzidos na disciplina que foram divididos em duas partes: Na primeira, apresentam seus respectivos softwares ou aplicativos e na segunda parte, como os alunos entendem o uso pedagógico destes em uma aula de matemática. No trabalho foi possível compreender a vontade em utilizar as tecnologias digitais em suas futuras aulas, a necessidade dos alunos em terem contato com estes artefatos ainda na formação inicial e a preocupação dos mesmos com a falta de formação para isso.

Palavras-chave: Formação de Professores. Softwares Matemáticos. Ferramentas Digitais.

ABSTRACT

The work consists in an appreciation on the understanding of the 13 students of the 7th semester of the Mathematics course of the Universidade Federal da Grande Dourados – UFGD, who studied the discipline of Informática na Educação Matemática, on the use of digital tools as pedagogical artifacts.

Having as methodology the qualitative analysis of 6 abstracts produced in the discipline that were divided into two parts: In the first one, they present their respective softwares or apps and in the second part, how students understand their pedagogical use in a math class. In the work it was possible to understand the willingness to use digital technologies in their future classes, the students' need to have contact with these artifacts in their initial formation and their concern about the lack of training for this.

Keywords: Teacher training. Mathematical Softwares. Digital Tools.

1 Discente do 8º semestre de Licenciatura em Matemática da Universidade Federal da Grande Dourados – UFGD, Membro do Grupo de Pesquisa Tecnologias na Educação Matemática – GPTEM/UFGD. E-mail:

ragonivictor@hotmail.com.

2 Discente do 8º semestre de Licenciatura em Matemática da Universidade Federal da Grande Dourados – UFGD, Membro do Grupo de Pesquisa Tecnologias na Educação Matemática – GPTEM/UFGD. E-mail:

jusalmasio@hotmail.com.

3 Mestre em Educação em Ciências, Professor Assistente da Universidade Federal da Grande Dourados – UFGD, Líder do Grupo de Pesquisa Tecnologias na Educação Matemática – GPTEM/UFGD - CNPq. E-mail:

tiagofigueiredo@ufgd.edu.br

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INTRODUÇÃO

Durante os anos de formação inicial o acadêmico entra em contato com diferentes disciplinas. No curso de Matemática – Licenciatura da Universidade Federal de Dourados – UFGD, a grade curricular é dividida entre disciplinas específicas do curso (disciplinas voltadas a área da matemática pura e aplicada) e disciplinas do campo didático (disciplinas da área de Educação Matemática).

A construção dos currículos dos cursos de formação deve ser pensada como uma possibilidade capaz de potencializar a formação inicial dos professores, devendo propiciar a articulação entre os conceitos afim de criar espaços de reflexão e de busca de experiências.

Nesse aspecto as disciplinas do âmbito didático possuem uma grande relevância, pois podem ser capazes de auxiliarem os acadêmicos a minimizarem suas angústias com os processos de ensinar. Nesse sentido, o contato com as diversas metodologias, ainda nesse momento inicial de formação se torna um ponto primordial.

Quando falamos em formação no século XXI, fica cada vez mais emergente buscar metodologias que sejam capazes de acoplar diferentes tecnologias, na busca pela adequação ao contexto em que vivemos, uma vez que para Bettega (2004), as tecnologias estão cada vez mais presentes nos espaços escolares e não podemos desprezá-las, muito menos fazer de conta que elas não fazem parte do nosso cotidiano.

Ao pensar sobre o uso das tecnologias, é perceptível que as mesmas possuem o papel coadjuvante na formação inicial de professores dentro do curso de Licenciatura em Matemática da UFGD, uma vez que existe apenas a disciplina denominada “Informática na Educação Matemática”, com carga horária 72 horas/aula destinada diretamente a exploração prática, teórica das tecnologias digitais para o ensino de matemática, bem como seu potencial como recurso pedagógico.

A ementa da disciplina contempla os seguintes assuntos: uso e análise de softwares destinados ao ensino de matemática para resolução de problemas de matemática na Educação Básica.Tecnologias da Internet aplicadas à educação e ao ensino de matemática. Principais ações do professor para a promoção da aprendizagem matemática dos alunos por meio do uso de tecnologias. Estrutura, organização e cuidados necessários para o planejamento de uma aula que prevê o uso de tecnologias no ensino de matemática.

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3 Além disso, se o professor desejar, a disciplina pode ser dividida em 36 horas/aula presenciais e 36 horas/aulas feitas no ambiente virtual.

Assim, concordamos com Bittar (2000, p. 103) ao expressar que é necessário para a formação inicial do licenciando ter,

[...] contato com a informática em vários momentos de sua formação seja como instrumento para ele mesmo estudar, seja discutindo a informática como recurso didático a ser usado em sua futura prática pedagógica. [...] este tipo de ação deve, portanto, envolver todo o corpo docente que trabalha com este futuro professor [...].

Em consonância com o exposto sobre a formação inicial de licenciandos em matemática e o uso das tecnologias na sua formação buscamos com este trabalho compreender, através da análise dos resumos produzidos por eles sobre a utilização de softwares4 e aplicativos para o ensino de matemática, como os 13 acadêmicos que cursaram a disciplina de Informática na Educação Matemática no primeiro semestre letivo do ano de 2016 entendem o uso das tecnologias em um aspecto pedagógico.

FORMAÇÃO DOCENTE, FERRAMENTAS DIGITAIS E A COMPREENSÃO DOS LICENCIANDOS EM MATEMÁTICA

O uso de softwares matemáticos é outro ponto a ser explorado por professores, uma vez que a utilização do computador por si só pode não ser complemento construtivo de aprendizagem. Por isso, o uso de softwares vem ao encontro da necessidade de criar espaços mais dinâmicos e interativos para o ensino. Relacionados ao ensino de matemática podemos citar alguns principais utilizados durante a disciplina de Informática na Educação Matemática pelos alunos como, por exemplo, f(x), GeoGebra, Maxima, Régua e Compasso, SuperLogo e Winplot.

Desde o começo da disciplina a turma foi dividida em duplas ou trios e, logo de início, o professor solicitou que fosse escolhido um software ou aplicativo para ser trabalhado durante todo o semestre, além disso, não poderiam ter duas duplas com o mesmo programa.

As aulas foram divididas em 5 momentos: i) momento de estudo de metodologias e softwares ou aplicativos: foi feito um estudo sobre as distintas metodologias educativas e

4 Dispositivo lógico do computador. Está inserido no hardware, porém não conseguimos tocá-lo. Nele que

enviamos os comandos para realização de tarefas.

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sobre os recursos digitais para o ensino de matemática fim de conhecer as diferentes possibilidades para o trabalho docente; ii) momento de construção de atividades: foram pensadas atividades direcionadas a alunos da educação básica, elaboradas e discutidas pelos alunos da disciplina de Informática na Educação Matemática, nessas atividades deveria utilizar o software ou aplicativo escolhido por cada grupo; iii) momento da apresentação do plano: os alunos apresentavam seus planos ao professor e aos demais colegas e discutiam a melhor forma de organização e aplicação; iv) momento de aplicação: nesse momento cada grupo aplicava para a sala seus plano de aula; v) momento de escrita dos resumos: os grupos deveriam se reunir e escrever um resumo simples que contivesse a apresentação do software ou aplicativo, pontos positivos e negativos e a importância do uso pedagógico destes.

Durante o momento de apresentação do plano o professor solicitou que contivesse imagens de atividades resolvidas com os softwares ou aplicativo, para uma melhor compreensão da sua finalidade, como na Figura 1:

Figura 1 – Resolução de um Exercício pelo Software GeoGebra

Fonte: Os autores

Em seguida, foram feitas aulas simuladas (aplicação do plano de aula) no laboratório de informática. Cada grupo tinha, em média, um tempo de 100 minutos para aplicar o plano de aula aos colegas, mostrar como se utilizava o aplicativo, ou software, e fazer com a turma os exercícios propostos.

Para compreender o que pensa e o que fizeram sobre o uso das tecnologias durante a disciplina de Informática na Educação Matemática, analisamos 6 relatos de aula montados

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5 pelos 13 alunos da disciplina, sobre o software ou aplicativo que utilizaram para o desenvolvimento de aulas simuladas no decorrer da mesma.

Como espaço de reflexão de futuros docentes a universidade tem que subsidiar a formação destes em todos os campos de atuação profissional. Sendo que a escola, como espaço a ser ocupado por estes profissionais, deve ser o foco. Há tempos a discussão dos modelos de ensino presente nesta instituição vem sendo questionado, implementado e, com isso, vem surgindo novos modelos e metodologias.

Metodologias que utilizem as tecnologias da informação e comunicação é um desses novos modelos a ser seguido. A discussão de como o computador pode auxiliar o professor no ensino é, consideravelmente, antiga. Tempos atrás havia rumores de que o computador poderia tomar o lugar do professor no ensino, mas já podemos ver que este é um meio facilitador do ensino.

O trabalho mediatizado pelo uso das tecnologias digitais, portanto, necessita ser aliado ao uso de propostas metodológicas capazes de ampliar as ações dos professores e criar ambientes de aprendizagens significativos que favoreçam a autonomia, a criticidade e a reflexão sobre as experiências que vivem (RODRIGUES, 2007).

É durante a formação que o futuro professor deve discutir como este facilitador será envolvido em sua prática docente. É o momento em que há a reflexão de meios a se utilizar para que o computador potencialize o ensino e, consequentemente, a aprendizagem seja satisfatória.

1.1 Os Softwares ou Aplicativos Matemáticos na visão dos alunos de Matemática: Analisando e Discutindo

Através da análise dos resumos produzidos pelos alunos, divididos os mesmos em duas partes. Na primeira, destacamos as funcionalidades dos softwares e aplicativos e na segunda as potencialidades e considerações sobre seu uso. No Quadro 1 podemos observar o que os alunos que elaboraram as atividades pensam sobre o uso dos softwares ou aplicativos.

Quadro 1 – Apresentação dos Softwares ou Aplicativo pelos Alunos5 (2017)

5 Os fragmentos apresentam a ortografia original dos alunos.

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Alunos A, B e C

O aplicativo 𝑓(𝑥) que foi trabalhado pelo grupo, é um aplicativo bem completo, leve e simples de usar. Disponível para ANDROID pesando apenas 1,21 MB e totalmente em português pode ser uma grande ferramenta para professores e alunos que desejam utilizar a tecnologia na educação.

Existe um infinidades de temas que poderiam ser trabalhados com o aplicativo, mais entre eles acredito que os mais fortes sejam função 1°, função 2° grau, funções exponenciais, funções logarítmicas, equações do 1° e 2°, polinômios e matrizes, determinantes.

Alunos D e E

É um software de matemática dinâmica com muitas possibilidades. Agrupa em sua interface os comandos de álgebra, geometria, planilha de dados, gráficos, probabilidade, estatística e cálculos simbólicos.

Pode realizar operações como derivadas, limites e integrais também. Possui muitos adeptos no Brasil, principalmente na comunidade acadêmica, onde professores utilizam para mostrar propriedades da geometria plana e espacial.

Alunos F e G

O MAXIMA é um sistema para a manipulação de expressões simbólicas e numéricas, sistemas de equações lineares, vetores, matrizes, entre outros. O software produz resultados de precisão elevada. É possível ter o programa tanto em Linux como em Windows.

Alunos H e I

O aplicativo “Régua e Compasso” (C.a.R.), desenvolvido pelo professor René Grothmann da Universidade Católica de Berlim, na Alemanha, está escrito na linguagem Java, tem código aberto e roda em qualquer plataforma (Microsoft Windows©, Linux, Macintosh©, etc.). Diferentemente do que ocorre com a régua e o compasso tradicionais, as construções feitas com o “Régua e Compasso” são dinâmicas e interativas, o que faz do programa um excelente laboratório de aprendizagem da geometria.

Alunos J e K

O trabalho consiste em ensinar conceitos da geometria por meio do software SuperLogo, a interação com o ambiente do Logo é feita através de uma tartaruga que obedece os comandos solicitados pelo usuário.

Os conteúdos matemáticos que podem ser trabalhado com o Logo: Geometria plana: áreas de polígonos regulares, ângulos internos e externos, lados de polígonos, propriedades das figuras planas, arestas, vértices;

Geometria analítica; plano cartesiano; Imagens 3D, entre outros. O ambiente Logo pode ser utilizado em diferentes atividades, podendo ser aplicado em diversas disciplinas.

Alunos L e M

O Winplot permite promover a “animação” dos gráficos, contribuindo para evitar simples memorizações, aumentando o senso crítico do aluno ao enxergar as particularidades dos gráficos de cada função, além disso favorece a construção do conhecimento. Este software faz desenhos de gráficos de duas e três dimensões (2D e 3D). Lembrando que a potencialidade deste software não é só nos uso de funções ensinadas no ensino básico, mas também para funções derivadas e outras, ensinadas no curso superior.

Fonte: Os autores (2017)

Neste quadro está exposto alguns comentários dos grupos sobre as potencialidades do uso dos softwares ou aplicativos escolhidos por eles. Podemos observar que a variedade de escolha foi grande, uma vez que tinham programas de geometria (GeoGebra, Régua e Compasso, SuperLogo e Winplot) e álgebra (f(x), GeoGebra e Maxima). Alguns programas podem ser classificados em ambos, pois possuem várias funcionalidades, como o Geogebra que

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7 além de ter sua função de geometria, possui a função de álgebra também. Outro ponto importante é a construção de gráficos em três dimensões, como no caso do software Winplot.

Esse exercício de pensar a funcionalidade do software ou aplicativo é importante para que o futuro professor conheça a ferramenta uma vez que, assim como Maturana e Varela (2009) afirma, “todo ato de conhecer faz surgir um mundo”, ou seja, permite que o professor seja capaz de operar sobre ela criando espaços de aprendizagem mais interativo na relação professor – aluno – ferramentas digitais.

Além de apresentar as funcionalidades das ferramentas digitais, os acadêmicos foram solicitados a escrever sobre suas potencialidades, os pontos negativos e como este auxiliou na construção do plano e nas atividades.

No Quadro 2 destacamos nas escritas dos alunos o que estes alunos pensam sobre o uso do software e aplicativo em sala de aula.

Quadro 2 – Análise dos Softwares e Aplicativos e seu uso em Sala de Aula6 (2017)

Alunos A, B e C

O objetivo da nossa aula consistiu em uma ferramenta que possa ajudar/tirar dúvidas dos alunos enquanto gráficos de funções exponenciais, observando o comportamento da curva do mesmo e os respectivos pontos, ouve uma necessidade em uma regência de uma ferramenta em que os alunos consegui- se ver os pontos maiores que 0 e menores que 1, então a adaptação poderia ser feita sempre se planejando bem para que não saia da visão de que é uma ferramenta e nada a mais.

E para finalizar termino dizendo que é uma ferramenta muito útil e que possivelmente estarei utilizando ela em minhas aulas (principalmente na parte de gráficos), e não somente este software mais como qualquer outro que venha para acrescentar na educação matemática.

Alunos D e E

O GeoGebra foi escolhido para trabalharmos no plano de aula executado com o objetivo de explorar e identificar os coeficientes das funções quadráticas através dos gráficos construídos no software. Utilizando-o nota-se que a explanação do assunto se torna mais acessível, pois com o próprio mouse podemos mover o gráfico como desejarmos. Durante a nossa atividade utilizamos o recurso controle deslizante, ferramenta do próprio software, o qual nos permite fazer alterações e movimentos no gráfico construído, alterando os valores dos coeficientes possibilitando a visualização dos alunos do comportamento da função num intervalo mostrado no gráfico para coeficientes menores, maiores e iguais a zero, agilizando o tempo que seria gasto desenhando todos os gráficos na lousa para mostrarmos aos alunos. Embora seja de grande eficiência a construção pelo software há ainda seus pontos negativos como, por exemplo, o uso inadequado, falta de preparação do professor e preparação na aula. Nessa atividade ao explorar as funções propostas como atividades poderíamos ter feito diferente. A sugestão seria que os alunos olhassem as funções no quadro e respondessem oralmente às indagações feitas pelos professores e após fariam a construção do gráfico no GeoGebra, sistematizando assim as tendências quanto aos coeficientes.

6 Os fragmentos apresentam a ortografia original dos alunos.

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Alunos F e G

Um dos seus pontos positivos é que em muitos casos, problemas que demorariam anos para serem resolvidos de forma manual podem ser resolvidos em questão de segundos com o software máxima 5.9.2. Além disso, em caso de erro, sua correção será mais rápida e simplesmente voltando a executar um código já escrito, mas convenientemente modificado para sanar a falha.

Os pontos negativos do software MAXIMA é que ele tenta tornar os resultados mais exatos possíveis, porém em alguns casos isso não é possível, pois o resultado é um tipo flutuante, por exemplo:

(%i1) log(10);

(%o1) log(10)

Porém se mesmo assim você deseja saber esse valor, basta você forçar o programa a retornar um ponto flutuante, assim:

(%i1) float (log (10));

(%o1) 2.302585092994046

Outro ponto negativo é que esse software trás apenas os resultados finais, não aparece os procedimentos de resolução dessa forma, o MAXIMA 5.9.2 é uma ferramenta para revisar os resultados que forem obtidos nas atividades proposta, com isso o objetivo da atividade elaborada é de utilizar o software como a ferramenta para investigação dos alunos no conteúdo de equação além de fazer o uso de novas tecnologias nas aulas.

Na perspectiva de futuras ações docentes é de fazer o uso do software Maxima 5.9.2 e outros softwares como os apresentados na matéria de informática na educação matemática, pois acreditamos que o conhecimento acontece de varias formas por isso é preciso fazer uso de novas tecnologias para que ocorra a aprendizagem de nossos alunos.

Alunos H e I

O aluno (ou o professor) pode testar suas conjecturas através de exemplos e contraexemplos que ele pode facilmente gerar. Uma vez feita a construção, pontos, retas e círculos podem ser deslocados na tela mantendo-se as relações geométricas (pertinência, paralelismo, etc.) previamente estabelecidas, permitindo assim que o aluno (ou o professor), ao invés de gastar o seu tempo com detalhes de construção repetitivos, se concentre na associação existente entre os objetos. Podem ser trabalhados ideias de círculo, circunferência, triângulos, formar geométricas em geral, um ponto positivo como o próprio nome do software diz “régua e compasso”, pode se construir todas as figuras que seria possível com régua e compasso só que com uma rapidez e precisão maior, porém tem suas limitações igual a régua e compasso comum o que é um ponto negativo já que estamos trabalhando com um software que foi criado para facilitar na construção de formas geométricas. Esse software pode ser trabalhado em sala de aula normalmente como seria com régua e compasso pode surgir dificuldades como haveria com a própria régua, como a falta de computadores para todos os alunos caso isso venha a acontecer o professor pode usá-lo apenas para fazer em sala onde os alunos apenas acompanhariam essa construção mesmo diante dessas eventuais dificuldades não é nada torne o uso desse software inutilizável dentro da sala de aula.

Alunos J e K

O programa SuperLogo tem uma importância muito grande, pois propicia ao aluno uma atividade interativa e descontraída que possibilita trabalhar de modo prático a estrutura do raciocínio. O logo é um programa gratuito e de fácil acesso, por isso é interessante apresentar o software nos anos iniciais como um recurso tecnológico para ensinar os primeiros conceitos de geometria.

A utilização do Logo requer muita atenção, é necessário tomar alguns cuidados com os “espaços” e dois pontos“:”. No momento em que o usuário insere os comandos para construir alguma imagem se ele errar qualquer comando é necessário apagar toda a construção e refazer novamente.

Alunos L e M

Este é um software gratuito, sendo isto uma das suas potencialidades, podendo então estar em todas as máquinas sem custo e alcançar

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9 o máximo de alunos. O uso do mesmo, pode acontecer ao ser trabalhado a

introdução de esboço de gráficos de funções, quaisquer tipos de funções.

Lembrando que a potencialidade deste software não é só nos uso de funções ensinadas no ensino básico, mas também para funções derivadas e outras, ensinadas no curso superior. Um dos poucos pontos negativos que o software apresenta é que não tem a função “desfazer”. O uso desta ferramenta pelo professor, nas suas aulas, possibilitará a atração da atenção dos seus alunos e a interatividade dos mesmos com o conteúdo apresentado. Acreditamos que sempre que, ao planejar a aula, faça o uso pedagógico dos softwares (não como uma novidade a ser apresentada para prender a atenção dos alunos) aumenta a potencialidade da absorção dos conteúdos, pelos alunos.

Fonte: Os autores (2017)

As ferramentas digitais para a formação desses alunos propiciou a vivência de experimentações e conhecimentos adquiridos enquanto faziam a disciplina, uma vez que novos conhecimentos trazem novas implicações a futura carreira docente, pois podemos perceber pela fala dos Alunos F e G que “o conhecimento acontece de varias formas por isso é preciso fazer uso de novas tecnologias para que ocorra a aprendizagem de nossos alunos.”, ao mesmo tempo que os alunos A, B e C indicam que o aplicativo “é uma ferramenta muito útil”, além disso, podemos notar que outros alunos atentam para a acessibilidade de explanação do conteúdo, tornando ágil o tempo, como na fala dos Alunos D e E: “Utilizando-o nota-se que a explanação do assunto se torna mais acessível, [...] possibilitando a visualização dos alunos [...], agilizando o tempo que seria gasto [...]”.

Os alunos destacam outros pontos positivos da relação das ferramentas digitais e seu uso, como expressam os Alunos J e K: “propicia ao aluno uma atividade interativa e descontraída que possibilita trabalhar de modo prático a estrutura do raciocínio” e, pelo discurso dos Alunos L e M onde eles citam a busca da “atração da atenção dos seus alunos e a interatividade dos mesmos com o conteúdo apresentado”, finalizando com o aumento da

“potencialidade da absorção dos conteúdos, pelos alunos.”. Por isso, concordamos que:

O computador não apenas parece capaz de realizar ações humanas (calcular, tomar decisões, ensinar), mas toda a atividade mediada por ele pressupõe o desenvolvimento de capacidades cognitivas e metacognitivas (resolução de problemas, planejamento, organização de tarefas, etc.). Deste ponto de vista, o estudo, a experimentação e a exploração da informação em qualquer área do currículo escolar, melhora imediatamente a motivação, o rendimento e as capacidades cognitivas dos alunos.

(SANCHO, 2006, p. 21)

Ademais, podemos notar por parte dos Alunos H e I uma preocupação com os pontos que interferem negativamente no uso das ferramentas digitais como “a falta de computadores para todos os alunos” e, a utilização inadequada dessas ferramentas para o

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ensino, pois como Orofino (2005, p. 118) destaca: “O uso das tecnologias de comunicação de modo dissociado do contexto ou fragmentado será instrumental. As tecnologias não são uma chave mágica que possam sozinhas transformar os processos de ensino e de aprendizagem” e os Alunos F e G comentam: “utilizar o software como a ferramenta para investigação dos alunos”, por isso é preciso atenção em sua utilização pois, “o conhecimento acontece de varias formas por isso é preciso fazer uso de novas tecnologias para que ocorra a aprendizagem de nossos alunos.”.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Estar no processo de formação inicial permite que os alunos possam entrar em contato com diferentes metodologias e acoplá-las a novos recursos que potencializem a sua prática pedagógica, como é o caso das ferramentas digitais abordadas nesse texto.

É perceptível que as tecnologias se diversificam a cada instante, impulsionadas pela demanda do mercado e junto com elas há uma constante necessidade de conhecê-las, uma vez que implicam diretamente no ato educativo, uma vez que as tecnologias adentram os espaços escolares com mais intensidade e os alunos tem cada vez mais acesso a estas, enquanto a formação está ainda enraizada em métodos que muitas vezes o aluno não acompanha mais.

Conforme cada fragmento dos alunos apresentado acima é perceptível que os mesmos querem utilizar essas ferramentas digitais em sua futura ação docente, porém ainda apontam seus pontos negativos, o que os assustam, principalmente quando precisam pensar atividades onde o uso dessas ferramentas tenham potencial pedagógico.

Neste ponto da formação, os futuros docentes precisam pensar nos momentos certos de usar as metodologias disponíveis e as ferramentas para potencializar o ensino e aprendizagem do seus futuros alunos. Embora as ferramentas digitais possuam pontos negativos as implicações que essas podem trazer positivamente são muitas, uma vez que as tecnologias digitais possuem grande potencial de construção de conhecimento.

Durante o processo de formação o futuro professor pouco entra em contato com a diversidade de tecnologias existentes, demandadas pelo mercado que está cada vez mais expansivo. Por esse motivo, a disciplina se atentou em buscar diversificadas ferramentas digitais para exploração dos grupos e apresentação aos colegas.

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11 Por fim, está em processo de produção um livro digital, outra tipo de ferramenta presente no cotidiano dos alunos, contemplando os planos de aula feitos juntamente com os resumos de cada grupo sobre os aplicativos e softwares e sua aplicação nos planos. Será disponibilizado via CD-Room para todas as escolas da rede pública e privada da cidade de Dourados, visando contemplar todos os professores e escolas, mesmo as que não possuem acesso à internet.

REFERÊNCIAS

BETTEGA, Maria Helena. A educação continuada na era digital. São Paulo: Cortez, 2004.

(Coleção questões da nossa época; v. 116).

BITTAR, Marilena. Informática na educação e formação de professores no Brasil. Série- Estudos-Periódico do Programa de Pós-Graduação em Educação da UCDB, n. 10, 2013 MATURANA, Humberto; VARELA, Francisco. A árvore do conhecimento: as bases biológicas da compreensão humana. 8. Ed. São Paulo: Palas Athena, 2010.

OROFINO, Maria Isabel. Mídias e educação escolar: pedagogia dos meios, participação e visibilidade. São Paulo: Cortez, 2005.

RODRIGUES, Sheyla Costa. Rede de conversação virtual: engendramento coletivo-singular na formação de professores. 2007. 150p. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2007.

SANCHO, Juana Maria. De Tecnologias da Informação e Comunicação a Recursos Educativos.

In: SANCHO, Juana María. et al. Tecnologias para Transformar a Educação. Porto Alegre:

Artmed, 2006.

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