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CLIMATÉRIO. CLIMATÉRIO Fase de transição entre o período reprodutivo e não reprodutivo da mulher CLIMATÉRIO CLIMATÉRIO 02/10/2011. Prof.

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CLIMATÉRIO

Prof. Stella Maia

CLIMATÉRIO

• O climatério é definido pela OMS como uma fase biológica da vida e não um processo patológico, que compreende a transição entre o período reprodutivo e o não reprodutivo da vida da mulher.

• A menopausa é um marco dessa fase, correspondendo ao último ciclo menstrual, somente reconhecida depois de passados 12 meses da sua ocorrência e acontece geralmente em torno dos 48 aos 50 anos de idade.

CLIMATÉRIO

• O climatério não é uma doença e sim uma fase natural da vida da mulher e muitas passam por ela sem queixas ou necessidade de medicamentos. Outras têm sintomas que variam na sua diversidade e intensidade.

• No entanto, em ambos os casos, é fundamental que haja, nessa fase da vida, um acompanhamento sistemático visando à promoção da saúde, o diagnóstico precoce, o tratamento imediato dos agravos e a prevenção de danos.

CLIMATÉRIO

• Fase de transição entre o período reprodutivo e não reprodutivo da mulher

Perimenopausa Menopausa Pós-menopausa Climatério

Pós- climatério

CLIMATÉRIO

Perimenopausa

• Modificações endocrinológicas, biológicas e clínicas

• Podem iniciar de 2 a 8 anos antes da menopausa

Menopausa

• Média de idade: 50 anos

• Final da função reprodutora

• Esgotamento folículos ovarianos

• Diminui produção estrogênio

CLIMATÉRIO

• Na perimenopausa, que pode ser definida como o período de tempo próximo da menopausa, as alterações hormonais tornam-se mais intensas, gerando um encurtamento ou alongamento dos ciclos, além daqueles considerados normais.

• A maior parte dos ciclos são anovulatórios, podendo gerar sangramentos irregulares.

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CLIMATÉRIO

• Finalmente a menopausa se instala quando há um esgotamento folicular ou insensibilidade dos receptores de gonadotrofinas nos folículos.

• O climatério compreende uma fase de transição caracterizada por flutuações hormonais que podem levar a irregularidades menstruais até chegar à amenorréia.

CLIMATÉRIO

• Clinicamente, os sinais e sintomas associados a essas mudanças podem se manifestar na dependência de diversos fatores, desde os níveis hormonais basais individuais, à resposta dos receptores, até a forma como a mulher vivencia estas mudanças.

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

• A maioria das mulheres apresenta algum tipo de sinal ou sintoma no climatério, que varia de leve a muito intenso na dependência de diversos fatores.

• Embora no Brasil, haja uma tendência pelas sociedades científicas em considerá-lo como uma endocrinopatia verdadeira, a Organização Mundial da Saúde (OMS), define o climatério como uma fase biológica da vida da mulher e não um processo patológico.

• Os sinais e sintomas clínicos do climatério ainda podem ser divididos em transitórios, representados pelas alterações do ciclo menstrual e pela sintomatologia mais aguda, e não transitórios, representados pelos fenômenos atróficos genitourinários, distúrbios no metabolismo lipídico e ósseo.

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Manifestações Clínicas Transitórias

• Existe uma ampla variação na frequência e intensidade com que as mulheres de diferentes grupos etários, étnicos raciais, níveis socioeconômicos e culturais relatam a ocorrência de sintomas associados ao climatério.

Manifestações Clínicas Transitórias

• São representados pelos clássicos sintomas neurovegetativos ou vasomotores como os fogachos, com ou sem sudorese e uma variedade de sintomas neuropsíquicos.

Podem aparecer de forma isolada, na mulher que ainda menstrua regularmente ou, como ocorre com mais frequência, quando iniciam as alterações do ciclo menstrual.

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Alterações Menstruais

• Durante a fase da transição menopausal, os ciclos menstruais apresentam variações na regularidade e nas características do fluxo.

• Inicialmente pode ocorrer uma tendência ao encurtamento gradativo da periodicidade, devido à maturação folicular acelerada e consequente ovulação precoce, o que pode ser seguido por uma fase lútea com baixa produção de progesterona e com fluxo menstrual diminuído ou aumentado.

Alterações Menstruais

• Após esta fase inicial comumente passam a ocorrer ciclos anovulatórios, iniciando-se o maior espaçamento entre as menstruações.

• Isto ocorre em consequência de uma persistência folicular longa, com produção irregular de estrogênios podendo levar a ciclos espaniomenorréicos (intervalo de 40 a 60 dias) e a períodos de amenorréia.

Alterações Menstruais

• Nesta fase o fluxo poderá apresentar aumento da duração e intensidade em consequência das alterações endometriais expressando as alterações hormonais, o que não deve descartar, sempre que necessário, a investigação do endométrio.

• O aumento dos níveis de FSH no início do ciclo e a diminuição da progesterona na fase lútea indicam a proximidade da menopausa.

Sintomas vasomotores

• Os fogachos ou “ondas de calor” constituem o sintoma mais comum nas mulheres, podendo ocorrer em qualquer fase do climatério.

• Manifestam-se como sensação transitória súbita e intensa de calor na pele, principalmente do tronco, pescoço e face que pode apresentar hiperemia, acompanhada na maioria das vezes de sudorese.

Sintomas vasomotores

• Sua intensidade varia muito, desde muito leves a intensos, ocorrendo esporadicamente ou várias vezes ao dia. A duração pode ser de alguns segundos a 30 minutos.

• A etiologia das ondas de calor é controversa, sendo atribuída na maioria dos estudos a alterações no centro termoregulador provocadas pelo hipoestrogenismo, levando a um aumento na noradrenalina.

Sintomas vasomotores

• Outros sintomas neurovegetativos encontrados frequentemente são os calafrios, a insônia ou sono agitado, vertigens, parestesias, diminuição da memória e fadiga, que muitas vezes são relacionados a etiologias diversas ao climatério.

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Sintomas neuropsíquicos

• Compreendem a labilidade emocional, ansiedade, nervosismo, irritabilidade, melancolia, baixa de autoestima, dificuldade para tomar decisões, tristeza e depressão.

• Esses sintomas podem apresentar-se isoladamente ou em conjunto em algum período do climatério em intensidade variável.

É importante salientar que estas manifestações podem ocorrer em qualquer outra fase da vida.

Sintomas neuropsíquicos

• Do ponto de vista biológico, os estrogênios podem desempenhar uma ação moduladora sobre os neurotransmissores cerebrais, especialmente a serotonina, relacionada ao humor.

• A diminuição do estrogênio poderia influenciar os níveis de serotonina, podendo relacionar-se a um aumento dos casos de depressão durante o climatério, em mulheres predispostas.

Disfunções Sexuais

• A maioria dos problemas relacionados à esfera sexual na peri ou após a menopausa se referem às alterações anátomo-funcionais deste período, a partir dos fenômenos de hipo ou atrofia no aparelho genitourinário.

• Entre as disfunções comportamentais, estão a diminuição da libido, da frequência e da resposta orgástica, relacionadas a questões psicossexuais e hormonais.

Distúrbios Metabólicos

ALTERAÇÕES NO METABOLISMO LIPÍDICO

• A condição do hipoestrogenismo pode influenciar a elevação dos níveis de colesterol e triglicérides, ocorrendo um aumento nas taxas de LDL e diminuição nas de HDL.

• Essa situação pode ser favorável à instalação de dislipidemia, aterosclerose, doença coronariana, infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral, que estão entre as principais causas de mortalidade nas mulheres.

Alterações no metabolismo ósseo

OSTEOPOROSE

• A osteoporose é definida como uma doença sistêmica progressiva que leva a uma desordem esquelética, caracterizada por força óssea comprometida, predispondo a um aumento do risco de fratura. Força óssea primariamente reflete integração entre densidade e qualidade óssea(NIH Consensus Conference, 2001).

OSTEOPOROSE

• A osteoporose é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a

“Epidemia Silenciosa do Século”, atualmente um problema de saúde pública no mundo inteiro devido ao aumento na expectativa de vida das populações.

• Afeta indivíduos de maior idade, de ambos os sexos, principalmente mulheres após a menopausa, que também apresentam mais fraturas.

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OSTEOPOROSE

FORMAÇÃO OSSEA

• Uma formação óssea adequada nas duas primeiras décadas de vida é fundamental para se evitar a osteoporose, sendo que o pico da massa óssea é atingido logo após o término do crescimento linear.

• A genética contribui com cerca de 70% para o pico de massa óssea, enquanto o restante fica por conta da ingestão de cálcio, exposição ao sol, prática de atividades físicas durante toda vida, especialmente durante a puberdade - aproximadamente 60% da massa óssea são formados durante o desenvolvimento puberal.

OSTEOPOROSE

FORMAÇÃO OSSEA

• Após a menarca, a taxa de aumento de massa óssea é desacelerada, no entanto uma formação mínima permanece em média até os 35 anos de idade.

• As mulheres no climatério podem apresentar uma diminuição acelerada da massa óssea após a última menstruação, a qual pode ser até 10 vezes maior do que a observada no período de pré-menopausa.

OSTEOPOROSE

ORGANIZAÇÃO DO ESQUELETO

• A osteoporose se desenvolve como decorrência de uma desordem de remodelação óssea. O esqueleto adulto é composto de 80% de osso cortical (compacto) e 20% trabecular (esponjoso).

• O colo femural tem 75% de osso cortical e a coluna lombar tem 66% de osso trabecular. O osso trabecular apresenta um metabolismo maior que o cortical.

• Estima-se que ao longo da vida, a mulher possa perder 35% do osso cortical e 50% do osso trabecular.

OPÇÕES TERAPÊUTICAS

• O climatério contempla algumas mudanças que podem ocorrer em maior ou menor intensidade, durante o período que acompanha a diminuição da função ovariana.

• Desta forma, a instituição de tratamento específico, como a terapêutica medicamentosa hormonal ou não hormonal e/ou terapias não medicamentosas podem ser necessárias quando bem indicadas.

OPÇÕES TERAPEUTICAS

• Apesar dos riscos, a hormonioterapia é ainda a escolha mais eficaz para o tratamento das manifestações clínicas, principalmente dos fogachos.

• Contudo, para mulheres que experimentaram efeitos adversos significativos, que não desejam o tratamento hormonal ou para as quais esta conduta é contra-indicada, há alternativas como os medicamentos não hormonais e outras formas de terapia não medicamentosa,

OPÇÕES TERAPÊUTICAS

• Qualquer que seja a abordagem terapêutica é essencial observar que a atenção integral à mulher no climatério inclui medidas gerais, orientação dietética e apoio psicológico.

• Neste contexto a mulher deve ser vista como protagonista de sua vida e a ela caberá, desde que devidamente informada e com apoio profissional, a opção de como vivenciar esta fase.

Referências

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