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Legislação, Sumário TRABALHO JURISPRUDÊNCIA PREVIDÊNCIA SOCIAL FGTS ENFERMEIRO PECÚLIO PSICÓLOGO UNIDADES DO INSS REFORMA TRABALHISTA

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Sumário

TRABALHO ENFERMEIRO

Exercício da Profissão – Resolução 575 Cofen ...180

PSICÓLOGO Exercício da Profissão – Resolução 11 CFP...180

REFORMA TRABALHISTA Critérios para Aplicação – Despacho S/N MTb ...181

Critérios para Aplicação – Parecer 248 CONJUR-MTB-CGU-AGU...181

RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO Extinção por Acordo – Orientação...183

SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO Máquinas e Equipamentos – Portaria 326 MTb ...180

TRABALHO AOS DOMINGOS Funcionamento do Comércio – Decreto 29.723...181

PREVIDÊNCIA SOCIAL APOSENTADORIA Cálculo – Maio/2018 – Portaria 18 MF-SPREV...179

AUXÍLIO-DOENÇA Cálculo – Maio/2018 – Portaria 18 MF-SPREV...179

BENEFÍCIO Alteração das Normas – Instrução Normativa 96 INSS ...179

Pagamento em Atraso – Maio/2018 – Portaria 18 MF-SPREV...179

Restituição – Maio/2018 – Portaria 18 MF-SPREV...179

Revisão – Maio/2018 – Portaria 18 MF-SPREV...179

PECÚLIO Cálculo – Maio/2018 – Portaria 18 MF-SPREV...179

UNIDADES DO INSS Atendimento ao Público – Instrução Normativa 96 INSS ...179

JURISPRUDÊNCIA RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO A reversão da justa causa em juízo não impede a incidência da multa do artigo 477, § 8º, da CLT, uma vez que o empregador suprimiu unilateralmente o pagamento de verbas rescisórias...177

SALÁRIO O auxílio-alimentação não ostenta natureza salarial na hipótese em que o empregado também contribui para o seu custeio, mediante descontos salariais, ainda que em pequenos valores...177

FGTS GRRF – GUIA DE RECOLHIMENTO RESCISÓRIO DO FGTS Preenchimento – Orientação...183

MOVIMENTAÇÃO DA CONTA Extinção por Acordo – Orientação...183

Legislação,

ÚLTIMO DIÁRIO PESQUISADO

17/05/2018

ANO:52 – 2018 FECHAMENTO: 17/05/2018 EXPEDIÇÃO:20/05/2018 PÁGINAS: 184/177 FASCÍCULO Nº: 20

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TRABALHO

ORIENTAÇÃO

RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO Extinção Por Acordo

Entenda os procedimentos para rescindir o contrato de trabalho por acordo entre as partes

Com a edição da Lei 13.467/2017, conhecida como Lei da Reforma Trabalhista, que promoveu uma série de modificações na CLT – Consolidação das Leis do Trabalho, foi instituída uma nova modali- dade de rescisão chamada de rescisão do contrato de trabalho por acordo entre empregado e empregador.

Com a Reforma Trabalhista passa a ser permitido que empregados e empregadores definam, consensualmente, o término do contrato de trabalho.

Neste Comentário, analisaremos as regras a serem observadas pelo empregador que acordar com o seu empregado a rescisão do contrato de trabalho nesta nova modalidade.

1. RESCISÃO ANTES DA REFORMA

Antes da Reforma Trabalhista, ou seja, até 10-11-2017, a legislação trabalhista não disciplinava a modalidade de rescisão contratual por acordo entre empregador e empregado.

Para haver o encerramento do contrato de trabalho, ou o empregado pedia demissão, ou o empregador formalizava a dispensa imotivada do trabalhador, dentre outras hipóteses de rescisão.

2. RESCISÃO POR ACORDO MÚTUO

Desde 11-11-2017, de acordo com o artigo 484-A da CLT, na redação dada pela Lei da Reforma, o contrato de trabalho poderá ser extinto por acordo entre empregado e empregador, ou seja, por um consenso entre as partes.

A rescisão consensual deve ocorrer quando houver interesse de ambos (empregado e empregador), não sendo feita por imposição de qualquer uma das partes.

Vale lembrar que, se a iniciativa da rescisão do contrato de trabalho por acordo for da empresa, o empregado não pode se sentir pressio- nado a abrir mão dos seus direitos trabalhistas, pois, nesta hipótese, este poderá ingressar na Justiça do Trabalho para buscar reparação patrimonial.

Sendo assim, entendemos que essa nova modalidade de rescisão do contrato deve ser formalizada por escrito, relacionando detalha- damente as regras do término do contrato, inclusive constando a assinatura de testemunhas.

3. PARCELAS RESCISÓRIAS

Na rescisão do contrato de trabalho por acordo, serão devidas as seguintes verbas trabalhistas:

Ômetade:

a) do aviso-prévio, se indenizado; e

b) da indenização de 40% calculada sobre o saldo do FGTS.

Ôpagamento integral:

– das demais verbas trabalhistas.

3.1. AVISO-PRÉVIO INDENIZADO

O empregado terá direito à metade do total de dias do aviso-prévio indenizado, considerando, neste cálculo, os 3 dias a mais por tempo de serviço na empresa a que se refere a Lei 12.506/2011.

Assim sendo, por exemplo, se o empregado tem 6 anos completos de tempo de serviço, o direito ao aviso-prévio proporcional é de 48 dias.

Contudo, ocorrendo a rescisão do contrato de trabalho por acordo mútuo, o empregador pagará a metade desses dias, ou seja, apenas 24 dias de aviso-prévio indenizado.

3.1.1. Anotação na CTPS

Quando o aviso-prévio for indenizado, a data da saída a ser anotada na CTPS – Carteira de Trabalho e Previdência Social deve ser:

a) na página relativa ao “Contrato de Trabalho”, a do último dia da data projetada para o aviso-prévio indenizado; e

b) na página relativa às “Anotações Gerais”, a data do último dia efetivamente trabalhado.

3.2. AVISO-PRÉVIO TRABALHADO

No caso de haver acordo entre as partes para que o aviso-prévio seja trabalhado, compreendemos que o empregado deverá trabalhar todos os dias do aviso-prévio, inclusive os 3 dias adicionais por tempo de serviço na empresa a que se refere a Lei 12.506/2011.

3.2.1. Cumprimento Integral

É comum o questionamento se os dias adicionais relativos ao aviso-prévio proporcional ao tempo de serviço, na hipótese de traba- lhado, devem ser cumpridos com efetivo labor ou se devem ser inde- nizados.

Alguns sindicatos têm se posicionado no sentido de que os dias além do trigésimo devem ser indenizados.

Contudo, a Justiça do Trabalho entende que o aviso-prévio propor- cional ao tempo de serviço deve ser cumprido integralmente, con- forme demonstramos a seguir:

• “AVISO-PRÉVIO PROPORCIONAL – LIMITAÇÃO DO PERÍODO TRABALHO – IMPOSSIBILIDADE. A Lei nº 12.506/2011 regula- mentou o aviso-prévio proporcional e não faz qualquer distinção quando for trabalhado ou indenizado. Assim, não existe funda- mento legal para limitar – inciso II do artigo 5º da Constituição Federal – a prestação de serviços a trinta dias e obrigar a indeni- zação do período restante.” (TRT – 3ª Região – Recurso Ordinário 12.072-78.2013.5.03.0026 – Juiz Relator Desembargador Jales Va- ladão Cardoso – DeJT de 6-4-2016);

• “RECURSO DE REVISTA – LEI 12.506/2011 – AVISO-PRÉVIO PROPORCIONAL – ELASTECIMENTO DO PRAZO – INDENIZA- ÇÃO. Os empregados beneficiados com o aviso-prévio proporcional previsto na Lei nº 12.506/2011 devem trabalhar a totalidade dos dias apurados, não havendo que se falar em limitação do trabalho ao período de trinta dias previstos no artigo 487 da CLT com pagamento da indenização correspondente aos dias que sobejam. Precedentes.

Recurso de revista não conhecido.” (TST – 5ª Turma – Recurso de Revista 105900-89.2013.5. 17.0010 – Relator Desembargador Con- vocado Marcelo Lamego Pertence – DeJT de 7-8-2015).

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3.3. MULTA RESCISÓRIA DO FGTS

Na rescisão do contrato de trabalho por acordo, a empresa deposi- tará na conta vinculada do FGTS do empregado somente 20%

(metade da indenização de 40% do FGTS) do montante de todos os depósitos realizados durante a vigência do contrato de trabalho, atualizados monetariamente e acrescidos dos respectivos juros.

3.4. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL

Por meio da Lei Complementar 110/2001, foi instituída Contribuição Social devida pelos empregadores em caso de despedida de empre- gado sem justa causa, à alíquota de 10% sobre o montante de todos os depósitos devidos, referentes ao FGTS, durante a vigência do contrato de trabalho, acrescido das remunerações aplicáveis às contas vinculadas.

Na rescisão do contrato de trabalho por acordo entre empregado e empregador, não é devido o recolhimento de 10% da Contribuição Social para o FGTS.

4. DEMAIS VERBAS TRABALHISTAS

Na rescisão do contrato de trabalho por acordo, o empregado terá direito às demais verbas trabalhistas pagas integralmente, conside- rando seu direito adquirido, ou seja, saldo de salários, férias, venci- das e proporcionais, acrescidas de 1/3, salário-família, se for o caso, e 13º Salário proporcional.

4.1. PROJEÇÃO DO AVISO INDENIZADO

O período do aviso-prévio, mesmo indenizado, é considerado tempo de serviço para todos os efeitos legais.

No caso do aviso-prévio ser indenizado, considerando que na res- cisão do contrato de trabalho por acordo mútuo o empregado terá direito à metade dos dias do aviso-prévio, entendemos que a pro- jeção desse período nas verbas rescisórias deverá computar apenas a quantidade de dias efetivamente pagos ao empregado.

Tomando por base o exemplo do subitem 3.1, somente serão computados na projeção para pagamento dos avos de férias e de 13º Salário os 24 dias do aviso-prévio indenizado.

Para melhor ilustrar, bem como justificar este entendimento, po- demos nos debruçar no Manual de Orientação do eSocial para o Empregador Doméstico, divulgado, em novembro de 2017, no Portal do eSocial, que traz uma tabela denominada “Motivos de desliga- mento e verbas devidas”, que reproduzimos parcialmente a seguir:

Cód. Descrição 13º Salário Proporcional

Férias Proporcionais

Aviso-prévio Indenizado

(API)

13º Sal.

sobre API

Férias sobre API

33

Rescisão por acordo entre as partes (art. 484-A da CLT)

Sim Sim Metade Metade Metade

Contudo, como o assunto é controverso, tendo em vista que a Lei 12.506/2011, que não sofreu qualquer alteração, é específica quanto à concessão da quantidade de dias do aviso-prévio, e levando em consideração que o artigo 484-A da CLT trata exclusivamente do pagamento das verbas trabalhistas, a interpretação supracitada pode ser derrubada na Justiça do Trabalho, inclusive, caso o juízo adote o princípio in dubio pro operario, que tem por finalidade proteger a parte mais frágil na relação jurídica, que no caso é o traba- lhador.

Ainda cabe a análise, se o legislador teve a intenção de reduzir tão somente o aviso-prévio indenizado e a multa rescisória do FGTS, não se justificando reduzir por metade as parcelas proporcionais de férias e do 13º Salário, considerando a projeção do aviso-prévio indenizado, tendo em vista que foi explícito ao determinar que as demais verbas sejam devidas integralmente.

Além dos referidos questionamentos, é possível considerar a incons- titucionalidade do dispositivo que prevê o aviso-prévio indenizado pela metade (letra “a” do inciso I do artigo 484-A), uma vez que viola o inciso XXI do artigo 7º da Constituição Federal/88, que deixa claro que o aviso-prévio proporcional ao tempo de serviço deve ser de no mínimo 30 dias.

Sendo assim, recomendamos agir com cautela, bem como acompa- nhar periodicamente nossas publicações.

5. RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO

Na extinção do contrato de trabalho, o empregador deverá proceder à anotação na CTPS – Carteira de Trabalho e Previdência Social, comunicar a dispensa aos órgãos competentes e realizar o paga- mento das verbas rescisórias no prazo e na forma previstos a seguir.

5.1. PRAZO PARA PAGAMENTO DA RESCISÃO

O pagamento dos valores constantes do instrumento de rescisão ou recibo de quitação deverá ser efetuado até 10 dias contados a partir do término do contrato.

5.2. PRAZO PARA ENTREGA DOS DOCUMENTOS

Até 10 dias contados a partir do término do contrato, cabe ao empre- gador entregar ao empregado os documentos que comprovem a comunicação da extinção contratual aos órgãos competentes.

5.3. FORMA DE PAGAMENTO

O pagamento a que fizer jus o empregado será efetuado:

a) em dinheiro, depósito bancário ou cheque visado, conforme acordem as partes, ou

b) em dinheiro ou depósito bancário, quando o empregado for analfa- beto.

5.4. HOMOLOGAÇÃO

O § 1º do artigo 477 da CLT, que estabelecia que o pedido de demissão ou recibo de quitação de rescisão do contrato de trabalho, firmado por empregado com mais de 1 ano de serviço, só seria válido quando feito com a assistência do respectivo Sindicato ou perante a autoridade do MTb – Ministério do Trabalho, foi revogado a partir de 11-11-2017, com a vigência da Lei da Reforma Trabalhista.

Assim sendo, a quitação da rescisão do contrato de trabalho por acordo, com duração superior a 1 ano, ocorrida desde 11-11-2017, será válida quando feita no âmbito da própria empresa, indepen- dente de assistência do sindicato ou do MTb.

Ainda nesta linha de raciocínio, tendo em vista a revogação de outro dispositivo que determinava que o ato da assistência na rescisão contratual seria sem ônus para o trabalhador e empregador, depre- endemos que, caso as partes optem por obter a assistência do Sindi- cato, deverão estas custear o serviço prestado.

6. SAQUE DO FGTS

A extinção do contrato por acordo mútuo permite a movimentação da conta vinculada do trabalhador no FGTS, limitada até 80% do valor dos depósitos.

6.1. CÓDIGO DE SAQUE

O código de saque do FGTS a ser utilizado pelo empregador, para fins de comunicação de movimentação à Caixa, por meio do Conecti- vidade Social, é o 07 – Rescisão do Contrato de Trabalho por Acordo entre Trabalhador e Empregador – Formalizada a partir de 11-11-2017 – Lei 13.467/2017.

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6.1.1. Certificação Eletrônica

Vale lembrar que para o empregador comunicar a movimentação dos trabalhadores pela Rede Mundial de Computadores – Internet, por meio do canal eletrônico de relacionamento Conectividade So- cial, deve fazer uso de Certificação Eletrônica.

6.2. GRRF

O código de movimentação a ser informado na GRRF – Guia de Reco- lhimento Rescisório do FGTS, quando da rescisão do contrato de trabalho por acordo entre as partes, é o I5 – Rescisão de contrato por acordo entre empregado e empregador. Para todas as categorias.

6.3. TERMO DE RESCISÃO DO CONTRATO

O Campo 27 “Cód. Afastamento” do novo TRCT – Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho, na hipótese de rescisão do contrato de trabalho por acordo entre empregado e empregador, não deve ser preenchido, ou seja, o campo deve ficar em BRANCO.

6.3.1. Aviso-prévio Indenizado

No caso do aviso-prévio indenizado, no TRCT, tanto o Campo 25, “Data do aviso-prévio”, como o Campo 26, “Data de afastamento”, devem conter a mesma data, isto é, a do último dia efetivamente trabalhado.

6.4. DOCUMENTAÇÃO PARA SAQUE DO FGTS

O empregado cujo contrato de trabalho tenha sido rescindido por acordo mútuo, para saque do FGTS junto à Caixa, deverá apresentar a seguinte documentação:

a) original e cópia da CTPS das páginas folha de rosto/verso e do contrato de trabalho (para as rescisões formalizadas a partir de

11-11-2017), desde que o empregador tenha comunicado à Caixa a data/código de movimentação pelo Conectividade Social ou na GRRF;

b) documento de identificação do trabalhador ou diretor não empre- gado;

c) Cartão do Cidadão ou Cartão de Inscrição PIS/Pasep/NIT; ou d) inscrição de Contribuinte Individual junto ao INSS para o domés- tico não inscrito no PIS/Pasep.

7. SEGURO-DESEMPREGO

A extinção do contrato por acordo entre empregado e empregador não autoriza o ingresso no Programa de Seguro-Desemprego.

Sendo assim, o empregador não fornecerá o RSD – Requerimento do Seguro-Desemprego e a CD – Comunicação de Dispensa para o empregado.

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL:Lei Complementar 110, de 29-6-2001 – artigo 1º (Informativo 27/2001 e Portal COAD); Lei 8.036, de 11-5-90 – artigos 18 e 20 (Portal COAD); Lei 12.506, de 11-10-2011 (Fascículo 41/2011); Lei 13.467, de 13-7-2017 (Fascículo 29/2017 e Portal COAD); Decreto-Lei 5.452, de 1-5-43 – CLT – Consolidação das Leis do Trabalho – artigos 484-A, 477 e 487 (Portal COAD); Portaria 1.621 MTE, de 14-7-2010 (Fascículos 28 e 29/2010); Instrução Normativa 15 SRT, de 14-7-2010 (Fascículos 28 e 29/2010); Circular 787 Caixa, de 9-11-2017 – Manual de Movimentação da Conta Vinculada do FGTS (Fascículo 46/2017 e Portal COAD); Circular 806 Caixa, de 23-4-2018 – Manual de Recolhimentos Mensais e Resci- sórios ao FGTS – Versão 6 (Fascículo 18/2018 e Portal COAD).

DESPACHO S/N MTb, DE 14-5-2018 (DO-U DE 15-5-2018)

REFORMA TRABALHISTA Critérios para Aplicação

MTb aprova Parecer sobre aplicabilidade da Reforma Trabalhista aos contratos vigentes

O MTb – Ministério do Trabalho, por meio deste Ato, cuja ínte- gra encontra-se disponível no Portal COAD, aprova o Parecer 248 Conjur-MTb-CGU-AGU, de 14-5-2018, que analisa a aplicabilidade da Reforma Trabalhista, aprovada pela Lei 13.467, de 13-7-2017 (Fascículo 29/2017 e Portal COAD), aos contratos de trabalho em vigor, bem como a repercussão da perda da eficácia, em 23-4-2018, da Medida Provisória 808, de 14-11-2017 (Fascículo 46/2017), que ajustou pontos da Reforma Trabalhista e determinou, em seu artigo 2º, que o disposto na Lei 13.467/2017 se aplicava, na integralidade, aos contratos de trabalho vigentes.

O referido Parecer conclui que, mesmo com a perda da eficácia do artigo 2º da Medida Provisória 808/2017, a qual estabelecia de forma explícita, apenas a título de esclarecimento, a aplicabilidade imediata da Lei 13.467/2017 a todos os contratos de trabalho vigentes, isso não modifica o fato de que esta referida lei é aplicável de forma geral, abrangente e imediata a todos os contratos de trabalho regidos pela CLT – Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decre- to-Lei 5.452, de 1-5-43 (Portal COAD), inclusive, portanto, àqueles iniciados antes da vigência da referida lei e que continuaram em vigor após 11-11-2017, quando passou a ser aplicável a Lei 13.467/2017.

DECRETO 29.723, DE 11-5-2018

(DO-Salvador, Edição Extra, de 11-5-2018)

TRABALHO AOS DOMINGOS Funcionamento do Comércio

Prefeitura de Salvador autoriza o funcionamento do comércio aos domingos e feriados

A Prefeitura de Salvador, por meio do referido Ato, conside- rando o momento atual da economia, no qual o varejo espera a recu- peração de sua força após a severa crise enfrentada nos últimos

anos, inclusive para manutenção de postos de trabalho, autoriza o funcionamento do comércio varejista aos domingos e feriados, no período de 12-5 até 31-7-2018.

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PORTARIA 326 MTb, DE 14-5-2018 (DO-U DE 15-5-2018)

SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO Máquinas e Equipamentos

Alterada a norma que trata da Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos

MTb – Ministério do Trabalho, por meio do referido Ato, altera a NR – Norma Regulamentadora 12, aprovada pela Portaria 3.214 MTb, de 8-6-78 (Portal COAD), com redação dada pela Portaria 197 SIT-DSST, de 17-12-2010 (Fascículo 52/2010), para, entre outras normas, dispor sobre o transporte de cargas e materiais por meio de teleférico.

Dentre as novidades, destacamos:

– considera-se teleférico o transporte aéreo automatizado realizado por cabo e trilho de cargas em caçambas entre terminais automatizados de carga e descarga;

– é permitido o transporte de cargas em teleférico nas áreas internas e externas à edificação fabril, desde que não haja postos de trabalho sob o seu percurso, exceto os indispensáveis para sua inspeção e manutenção, que devem ser programadas e realizadas de acordo com a NR-12 e a NR-35 (Trabalho em Altura);

– no transporte de materiais por meio de teleférico dentro da unidade fabril, é permitida a circulação de pessoas, devendo ser adotadas medidas de segurança que garantam a não permanência de trabalhadores sob a carga;

– no transporte de materiais por meio de teleférico em área que não seja de propriedade ou domínio da empresa, ficam dispen- sadas as obrigações relacionadas a seguir, desde que garantida a sinalização de advertência e sem prejuízo da observância do dis- posto nas legislações pertinentes nas esferas federal, estadual e municipal:

a) durante o transporte de materiais suspensos, devem ser adotadas medidas de segurança visando garantir que não haja pessoas sob a carga;

b) as medidas de segurança previstas na letra “a” devem prio- rizar a existência de áreas exclusivas para a circulação de cargas suspensas devidamente delimitadas e sinalizadas;

c) somente em locais protegidos que ofereçam resistência e dimensões adequadas contra quedas de materiais é permitida a permanência e a circulação de pessoas sob os transportadores contínuos.

A íntegra da NR-12, com as devidas alterações, encontra-se disponível no Portal COAD – Menu LEGISLAÇÃO – Segurança e Medicina – Normas Regulamentadoras.

RESOLUÇÃO 11 CFP, DE 11-5-2018 (DO-U DE 14-5-2018)

PSICÓLOGO Exercício da Profissão

CFP regula a prestação de serviço por meio de tecnologia da informação e da comunicação

O CFP – Conselho Federal de Psicologia, através deste Ato, que regulamenta a prestação de serviços psicológicos realizados com o uso de tecnologias da informação e da comunicação, auto- riza que os processos de seleção de pessoal, bem como a super- visão técnica de psicólogos nos mais diversos contextos de atua- ção, sejam realizados por estes meios, desde que não firam as disposições do Código de Ética Profissional.

A prestação de serviços psicológicos referentes a esta nor- ma está condicionada à realização de um cadastro prévio junto ao CRP – Conselho Regional de Psicologia e sua autorização.

Os critérios de autorização serão disciplinados pelos CRPs – Conselhos Regionais de Psicologia, considerando os fatores

éticos, técnicos e administrativos sobre a adequabilidade do ser- viço.

O profissional deverá manter o cadastro atualizado anual- mente sob pena de o cadastro ser considerado irregular, podendo a autorização da prestação do serviço ser suspensa.

O profissional que mantiver serviços psicológicos por meios tecnológicos de comunicação a distância, sem o cadastramento no CRP, cometerá falta disciplinar.

Em quaisquer modalidades desses serviços, o psicólogo estará obrigado a especificar quais são os recursos tecnológicos utilizados para garantir o sigilo das informações e esclarecer o cliente sobre isso.

RESOLUÇÃO 575 COFEN, DE 11-5-2018 (DO-U DE 16-5-2018)

ENFERMEIRO Exercício da Profissão

Cofen especifica documentos para registro da especialização em Enfermagem

O Cofen – Conselho Federal de Enfermagem, por meio deste Ato, que revoga a Resolução 452 Cofen, de 15-1-2014 (Fascículo 05/2014), autoriza o registro do título de Especialista em Enferma- gem, inclusive na modalidade Residência em Enfermagem, com apresentação de declaração de conclusão e histórico escolar emiti- dos pela instituição de ensino formadora reconhecida pela autori- dade competente de ensino.

O registro feito com base em declaração de conclusão de curso de Especialista de Enfermagemlato sensu, inclusive Residên- cia de Enfermagem, e no histórico escolar, terá validade por 1 ano, podendo ser prorrogado por igual período mediante requerimento a ser apresentado no respectivo Coren – Conselho Regional de Enfer- magem. A não apresentação do certificado no referido prazo implica o cancelamento automático do registro da especialização.

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PREVIDÊNCIA SOCIAL

INSTRUÇÃO NORMATIVA 96 INSS, DE 14-5-2018 (DO-U DE 15-5-2018)

BENEFÍCIO Alteração das Normas

INSS altera norma de benefícios para dispor sobre o agendamento no Meu INSS

O INSS – Instituto Nacional do Seguro Social, por meio do Ato em referência, que entra em vigor a partir do dia 14-7-2018, altera a Instrução Normativa 77 INSS, de 21-1-2015 (Fascículo 03/2015 e Portal COAD), que estabelece rotinas para agilizar e uniformizar o reconhecimento de direitos dos segurados e beneficiários da Previ- dência Social, para dispor sobre a Central de Serviços Meu INSS, disponível na internet e em aplicativos de celulares, como principal canal para emissão de extrato e solicitação de serviços.

Sendo assim, o requerimento de benefícios e serviços deverá ser solicitado pelos canais de atendimento do INSS, tais como:

a) Portal do INSS: www.inss.gov.br;

b) Central de Teleatendimento 135;

c) Central de Serviços Meu INSS; e d) Unidades de Atendimento.

Os serviços e extratos disponíveis ao cidadão pela central de serviços Meu INSS, quando solicitados presencialmente nas Unida- des de Atendimento, passarão a ser realizados somente após reque- rimento prévio efetuado pelo cidadão, preferencialmente por meio

dos canais Remotos (Central 135, internet e outros), com definição de data e hora para atendimento da solicitação.

O cidadão que comparecer às Unidades de Atendimento será informado acerca da nova modalidade (Meu INSS), e serão adota- dos os seguintes procedimentos:

a) caso o cidadão não possua senha e cadastro no Meu INSS, o atendente, na triagem, emitirá senha do Meu INSS, e orientará o acesso pela central de serviços;

b) quando a solicitação do requerimento for por meio das Agências da Previdência Social de Teleatendimento (Central 135), será oferecido primeiramente o cadastro no Meu INSS; e

c) caso o cidadão não obtenha sucesso no cadastro do Meu INSS, ou não opte pelo seu cadastramento, o requerimento será efetuado por meio dos canais Remotos (Central 135, internet e outros).

A Instrução Normativa 96 INSS/2018 também ressalta que, quando da emissão da senha na Unidade de Atendimento, será oferecido ao cidadão material de orientação.

PORTARIA 18 MF-SPREV, DE 10-5-2018 (DO-U DE 11-5-2018)

APOSENTADORIA Cálculo

Divulgados os fatores de atualização para cálculo de benefício

O referido Ato estabelece, para o mês de maio/2018, os fatores de atualização dos salários de contribuição, para utilização nos cálculos dos seguintes benefícios:

Índice de Reajustamento Atualização

1,000000 – TR – Taxa Referencial do mês de abril/2018 – das contribuições vertidas de janeiro/67 a junho/75, para o cálculo do pecúlio (dupla cota);

– das contribuições vertidas a partir de agosto/91, para cálculo do pecúlio (novo).

1,003300 – TR do mês de abril/2018 mais juros – das contribuições vertidas de julho/75 a julho/91, para o cálculo do pecúlio (simples).

1,002100

– dos benefícios no âmbito de Acordos Internacionais;

– do salário de benefício, nos casos de aposentadoria e auxílio-doença;

– de benefícios pagos em atraso por responsabilidade da Previdência Social;

– de restituição de benefício recebido indevidamente;

– de revisão de benefício superior ao que vinha sendo pago.

As tabelas com os fatores de atualização, mês a mês, para apuração do salário de benefício e para pagamento de benefícios atrasados, encontram-se disponíveis no sítio http://www.previdencia.gov.br, página “Legislação”.

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JURISPRUDÊNCIA

AERONAUTA

– HORAS DE VOO – VALOR FIXO E PARTE VARIÁVEL DE COMISSÁRIO – DIFERENÇAS SALARIAIS

– O comissário percebe remuneração constituída de parte fixa – valor correspondente às 54 primeiras horas de voo – e parte variável – valor correspondente às horas excedentes às 54 primei- ras horas de voo. A parte variável – taxa horária – se destina a remunerar as horas de voo excedentes às 54 primeiras horas voadas. Nos termos do art. 23 da Lei nº 7.183/84, integram a jornada de trabalho do aeronauta o tempo de voo, de serviço em terra, de reserva e de 1/3 do sobreaviso. Logo, não se enxerga ilegalidade na conduta da reclamada em quitar juntos os valores devidos a esses títulos, prática ratificada por norma coletiva, não sendo devidas, portanto, diferenças de horas variáveis. (TRT-2ª R. – RO 257-45.2013.5.02.0048 – Rel. Des. Flávio Villani Macêdo – Publ.

em 20-2-2018) @161184

CONTRIBUIÇÃO SINDICAL

– AÇÃO DE COBRANÇA – INEXISTÊNCIA DE EMPREGADOS NÃO COMPROVADA

– A ação de cobrança da contribuição sindical prevista no artigo 578 da CLT, que é compulsória e devida por todos os membros da categoria, independentemente de filiação, condiciona-se à com- provação inequívoca da existência de empregados na empresa reclamada, de modo a que deles pudesse ter sido efetivado o respectivo desconto. Trazendo, o sindicato reclamante, tal prova ao processo, demonstrado está, o dever do empregador efetuar o reco- lhimento da referida contribuição e repassá-lo ao sindicato represen- tante da categoria do empregado. Apelo do sindicato autor a que se dá provimento. (TRT-2ª R. – RO 1392-47.2015.5.02.0008 – Relª Desª Rilma Aparecida Hemetério – Publ. em 20-2-2018) @161204

CERCEAMENTO DE DEFESA

– INDEFERIMENTO DE PRODUÇÃO DE PROVA TESTEMUNHAL – PROTESTO EM AUDIÊNCIA – DESNECESSIDADE DE INVOCAÇÃO DA NULIDADE NAS RAZÕES FINAIS

– A Consolidação das Leis do Trabalho tem previsão expressa no sentido de que as nulidades deverão ser arguidas no primeiro momento em que a parte tiver oportunidade de se manifestar em audiência ou nos autos – art. 795,caput, da CLT –, sob pena de preclusão. Todavia, o referido dispositivo não estabelece requisitos, tais como a necessidade de que a arguição de nulidade seja re- novada em razões finais, no encerramento da instrução. Tampou- co exige que a arguição de nulidade seja invocada mediante re- querimento específico, conforme consignado no acórdão regional.

Apenas dispõe que as nulidades serão declaradas mediante provocação das partes, desde que suscitadas na primeira opor- tunidade que elas tiverem para se insurgir nos autos. Na hipó- tese, o reclamante insurgiu-se contra a decisão no momento oportuno, na medida em que protestou em audiência. Logo, a alegação de cerceamento de defesa – inconformismo contra o indeferimento da produção de prova testemunhal – não está preclusa. Precedentes. Recurso de Revista conhecido e provido.

(TST – RR 1001527-41.2015.5.02.0461 – Rel. Min. Luiz Philippe Vieira de Mello Filho – Publ. em 9-3-2018) @161228

DANO MORAL

– EFEITOS NEGATIVOS IMPOSTOS À PES- SOA DO TRABALHADOR – NEXO CAUSAL – CONFIGU- RAÇÃO

– O dano moral ou extrapatrimonial é uma espécie de dano que, diferentemente do material, não pode ser ligado à ideia de resta- belecimento de uma situação anterior, pelo fato de haver heteroge- neidade entre a reparação, que se converte em patrimonial apenas de forma indireta, e a ofensa, que é de natureza puramente imaterial, ligada diretamente ao princípio da dignidade. A prova suficiente de ofensa a direitos da personalidade impõe a reparação do dano moral, como no caso do acidente de trabalho do qual resultam graves lesões ao trabalhador, devendo ser conferida efetiva prote- ção aos direitos que decorrem diretamente do princípio nuclear da dignidade da pessoa humana, observados os parâmetros da razoa- bilidade, universalidade e uniformidade na fixação doquantuminde- nizatório. (TRT-1ª R. – RO 1236-93.2010.5.01.0030 – Rel. Des.

Rogério Lucas Martins – Publ. em 7-3-2018) @161182

EXECUÇÃO DE SENTENÇA

– HABILITAÇÃO DO CRÉDITO NO PROCESSO DE INVENTÁRIO – FACULDADE DO CRE- DOR

– O art. 642,caput, do CPC, confere ao credor a faculdade de habilitar no juízo do inventário o seu crédito. Tratando-se de faculdade, não há que se falar em habilitação do crédito do autor no Juízo do Inventário, prosseguindo-se a execução nesta Justiça Trabalhista. (TRT-2ª R. – AP 23200-81.1993.5.02.0040 – Relª Desª Margoth Giacomazzi Martins – Publ. em 7-2-2018) @161194

FUNDO DE GARANTIA DO TEMPO DE SERVIÇO

– ACI- DENTE DE TRABALHO – INTERRUPÇÃO DO CONTRATO – DEPÓSITOS DEVIDOS

– Reconhecido o acidente de trabalho pelo INSS, devidos os depósitos do FGTS do período de afastamento do trabalho, na medida em que o contrato encontra-se interrompido. (TRT-1ª R. – RO 2164-93.2012.5.01.0282 – Rel. Des. Rogério Lucas Martins –

Publ. em 7-3-2018) @161176

HONORÁRIOS DE ADVOGADO

– LEI 13.467/2017 – IRRE- TROATIVIDADE

– Se o capítulo acessório da sentença, referente aos honorários sucumbenciais, foi prolatado antes da vigência da Lei nº 13.467/2017 e em consonância com a Lei nº 5.584/70, serão aplicadas as regras desse diploma legal, consubstanciada no item I da Súmula 219, com a redação dada pela Resolução 204/2016 do C. TST, até a ocorrência do trânsito em julgado. Por outro lado, nos casos de sentença proferida a partir do dia 11-11-2017, as normas da novel Lei nº 13.467/2017, que inseriu o art. 791-A da CLT, regerão a situa- ção concreta. (TRT-2ª R. – RO 1927-90.2014.5.02.0046 – Relª Desª Maria de Lourdes Antonio – Publ. em 6-3-2018) @161196

(8)

JORNADA DE TRABALHO

– INTERVALO INTRAJORNADA – CONCESSÃO PARCIAL – PAGAMENTO TOTAL DO PERÍO- DO CORRESPONDENTE

– Consoante o entendimento consagrado na Súmula nº 437, I, do TST, após a edição da Lei nº 8.923/94, a não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada, para repouso e alimen- tação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento total do período correspondente, e não apenas daquele suprimido, com acréscimo de, no mínimo, 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho. Acórdão regional que mantém a condena- ção da empregadora ao pagamento, como extra, da totalidade do intervalo intrajornada encontra-se em consonância com a jurispru- dência do Tribunal Superior do Trabalho, consubstanciada na Súmula nº 437, I, do TST. Recurso de Revista da Reclamada de que não se conhece. (TST – RR 148300-64.2012.5.17.0007 – Rel. Convocado Des. Altino Pedrozo dos Santos – Publ. em 9-3-2018) @161219

PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS

– CONDICIONAMENTO À VIGÊNCIA DO CONTRATO DE TRABALHO – NORMA CO- LETIVA – VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA ISONOMIA

– É devida a PLR proporcional, ainda que a norma coletiva condi- cione o seu recebimento aos empregados que estivessem em contrato em vigor na data da distribuição dos lucros, uma vez que fere o princípio da isonomia, além do que, o empregado contribuiu para o resultado positivo da empresa nos meses trabalhados. Aplicação da Súmula 451 do C.TST. (TRT-2ª R. – RO 2433-96.2014.5.02.0036 – Relª Desª Sonia Maria Forster do Amaral – Publ. em 19-2-2018) @161211

PENSÃO POR MORTE

– FILHA CAPAZ MAIOR DE 21 ANOS – UNIVERSITÁRIA – AUSÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL

– Por ausência de previsão legal, o dependente capaz, com- pletado 21 – vinte e um – anos de idade, deixa de fazer jus ao benefí- cio da pensão por morte, não lhe socorrendo o fato de estar cursando ensino superior. Em julgamento realizado pela 1ª Seção, através da sistemática dos recursos repetitivos, foi sedimentado o entendi- mento relativo à impossibilidade de extensão da pensão por morte aos filhos capazes maiores de 21 anos, em virtude da ausência de previsão legal – 1ª Seção, REsp. 1.369.832, Rel. Min. Arnaldo Este- ves Lima, DJe de 7-8-2013. Com relação aos honorários advocatí- cios, considerando a inversão da sucumbência e que a sentença recorrida foi proferida após 18 de março de 2016, já sob a vigência do CPC/2015, condeno a parte autora ao pagamento de honorários advocatícios, fixados em 10% – dez por cento – sobre o valor atuali- zado da causa, nos termos do art. 85,capute § 2º e § 3º, I, do CPC/2015, sendo certo que os referidos percentuais já incluem o trabalho adicional realizado em grau recursal. Fica, todavia, sus- pensa a exigibilidade em razão da gratuidade de Justiça deferida, nos termos do art. 98, § 3º, CPC. Apelação provida. (TRF-2ª R. – Ap.

Cív. 137-33.2018.4.02.9999 – Relª Desª Simone Schreiber – Publ.

em 26-3-2018) @161161

PRESCRIÇÃO

– PENALIDADE ADMINISTRATIVA – TERMO INICIAL

– O marco inicial da prescrição quinquenal tem início após o decurso do prazo estabelecido para o pagamento da obrigação, tendo em vista que até a referida data não é lícito à Fazenda Pública inscrever o crédito na dívida ativa, sem o que não pode reclamá-lo em Juízo. Agravo de Petição que se nega provimento. (TRT-2ª R. – AP 2196-53.2011.5.02.0073 – Rel. Des. Nelson Nazar – Publ. em

7-3-2018) @161205

PROVA

– DOCUMENTOS EM LÍNGUA ESTRANGEIRA – REQUISITOS PARA JUNTADA AO PROCESSO

– O documento redigido em língua estrangeira somente poderá ser juntado aos autos quando acompanhado de versão para a língua portuguesa tramitada por via diplomática ou pela autoridade central, ou firmada por tradutor juramentado. Inteligên- cia do art. 192, parágrafo único, do NCPC. (TRT-2ª R. – RO 1212-05.2015.5.02.0049 – Rel. Des. Sergio José Bueno Junqueira

Machado – Publ. em 8-2-2018) @161186

RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO

– JUSTA CAU- SA – REVERSÃO EM JUÍZO – MULTA DO ARTIGO 477, § 8º, DA CLT

– A legislação prevê o pagamento de diferentes parcelas a depender da modalidade do término contratual, havendo substancial diferença entre as verbas rescisórias devidas nas dispensas sem justa causa e por justa causa. No caso da justa causa, o trabalhador faz jus tão somente às parcelas porventura vencidas e ao saldo de salário, deixando de receber diversas verbas trabalhistas, como 13º salário e férias proporcionais e multa de 40% do FGTS. Assim, esta Corte Superior entende que a reversão da justa causa em juízo não impede a incidência da multa do art. 477, § 8º, da CLT, uma vez que o empregador suprimiu unilateralmente o pagamento de significativas verbas rescisórias, devendo arcar com as consequências da apli- cação equivocada da dispensa por justa causa. Precedente da SDI-1/TST. Recurso de Revista conhecido e provido. (TST – RR 1096-75.2015.5.02.0444 – Relª Minª Dora Maria da Costa – Publ. em

9-3-2018) @161221

RESPONSABILIDADE DO EMPREGADOR

– ACIDENTE DE TRABALHO – INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

– A responsabilidade por dano decorrente de acidente de trabalho, seja material ou moral, exige a demonstração da presença de culpa do empregador. Neste sentido, o artigo 7º, XXVIII, da Cons- tituição Federal. Não há como, portanto, contrariar expressa previ- são constitucional que, ao prever a possibilidade de indenização por acidente de trabalho, condiciona o cabimento desta à existência de dolo ou culpa do empregador. Contudo, esta não é a única hipótese de responsabilização civil. Em conformidade com o que dispõe o art.

927 do atual Código Civil, há obrigação de reparar o dano, indepen- dentemente de culpa, quando a atividade normalmente desenvol- vida pela autora do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. Restando comprovada a responsabilidade da empresa, deve ser condenada a pagar indenização por danos morais. Recurso da reclamada a que se nega provimento, no particu- lar. (TRT-1ª R. – RO 1371-09.2011.5.01.0471 – Rel. Des. Paulo Marcelo de Miranda Serrano – Publ. em 30-1-2018) @160743

SALÁRIO

– AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO – CUSTEIO PARCIAL PELO EMPREGADO – NATUREZA INDENIZATÓRIA

– A jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho palmilha no sentido de que o auxílio-alimentação não ostenta natu- reza salarial na hipótese em que o empregado também contribui para seu custeio, mediante descontos salariais, ainda que em pequenos valores. Se o TRT de origem, com base nos aspectos fáticos cons- tantes nos autos, conclui que o empregado participou do custeio do auxílio-alimentação, exsurge nítida a natureza indenizatória da van- tagem. Precedentes. Recurso de Revista da Reclamada conhecido e provido. (TST – RR 131699-83.2015.5.13.0008 – Rel. Convocado Des. Altino Pedrozo dos Santos – Publ. em 9-3-2018) @161137

Referências

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