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PRINCIPAIS DOENÇAS RELACIONADAS A RAÇA NEGRA: UMA REVISÃO BIBLIOGRAFICA

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PRINCIPAIS DOENÇAS RELACIONADAS A RAÇA NEGRA:

UMA REVISÃO BIBLIOGRAFICA

MAIN DISEASES RELATED TO THE BLACK RACE: A BIBLIOGRAPHIC REVIEW

LINHARES, Daniele Silva 1 MIRANDA, Michele Thiebaut 2

RESUMO

A doença na população negra é atribuída a partir dos agravos sofridos bem na época de sua vinda da África para o Brasil, habitat modo de sobrevivência advindos desde a época da escravidão. Diante do questionamento sobre a relação entre raça e doença, objetivou-se descrever as principais doenças com maior predisposição de ocorrência na raça negra. Observou-se que fatores históricos e sociais se entremeiam com fatores genéticos no desenvolvimento de doenças relacionadas como de maior agravo na raça negra.

Palavras-chave: Raça negra; Doença; Cultura.

Abstract

The disease in the black population is attributed from the injuries suffered and the time of his coming from Africa to Brazil, survival mode habitat arising from the time of slavery. Before the question about the relationship between race and disease aimed to describe the main diseases with greater predisposition to occur in blacks. It was observed that historical and social factors intertwine with genetic factors in the development of related diseases such as higher injury in blacks.

Keywords: black race; Disease; Culture.

1 Graduanda do Curso de Enfermagem – CUSC-ES, danixlins@gmail.com;

2 Professor orientador: Mestre em Saúde Mental, pela Universidade Federal do Rio do Janeiro, michelemiranda@saocamilo-es.br.

Centro Universitário São Camilo – Espírito Santo Cachoeiro de Itapemirim – ES, junho de 2015.

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1. INTRODUÇÃO

O propósito da pesquisa em questão é um dos principais questionamentos estabelecidos devido a conhecer melhor sobre a ancestralidade definidas pelas principais doenças relacionadas a raça negra pela origem, história e de traços como ancestralidade cultural e genética definidas ao longo da pesquisa para um conhecimento da saúde da população negra.

No entanto Gomes (2003) diz que as relações de poder e dominação foram formas de hierarquizar indivíduos, grupos e povos a partir da dominação atribuída.Suas propriedades biológicas foram capturadas e transformadas a partir da cultura. Esse processo, que também acontece com o sexo e a idade, apresenta variações de uma sociedade para outra. No caso do negro brasileiro, a classificação e a hierarquização racial hoje existentes, construídas na efervescência das relações sociais e no contexto da escravidão e do racismo, passaram a regular as relações entre negros e brancos como mais uma lógica desenvolvida no interior da nossa sociedade.

Uma vez constituídas, são introjetadas nos indivíduos negros e brancos pela cultura exclusivamente esse é também essencial ponto do questionamento da pesquisa por meio das diferenças é conflitos entre transição da cultura estabelecidas por meio da história vivida é passada para as próximas gerações, apresentada ou não por meio das principais doenças relacionadas a raça negra ou traços genéticos.

Segundo Lima (2003) a cultura negra também exigirá de nós um posicionamento sobre a questão racial é direcionará a um compromisso político explícito diante, cultura, históricas e políticas do nosso país. Que é muito importante para a sociedade entender que somos todos iguais (Ser Humano) independentemente de cor, raça ou credo. E devem ser tratados com respeito.

Contudo o objetivo da pesquisa é Descrever as principais doenças com maior predisposição de ocorrência na raça negra.

2. METODOLOGIA

O presente estudo é uma análise de revisão bibliográfica abordando as principais doenças relacionadas a raça negra, com levantamento de dados em

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revistas cientificas, análises bibliográficas em sites como: Google acadêmico, base de dados Scielo, Biblioteca virtual em saúde, Ministério da Saúde. Foram pesquisados um total de 24 artigos que convergiam com o objetivo da pesquisa no período de Março á Junho de 2015 proporcionando maior qualidade cientifica da pesquisa em questão.

3. DOENÇAS RELACIONADAS À RAÇA NEGRA

As Principais doenças que acometem a raça negra são:Anemia Falciforme e Doenças Falciformes, Deficiência de Glicose-6-Fosfato Desidrogenase, Hipertensão Arterial, Diabetes Mellitus, Síndromes Hipertensivas na Gravidez.

3.1 Anemia Falciforme e Doenças Falciformes

Trata-se da doença hereditária mais comum no Brasil, ocorrendo, predominantemente, entre afrodescendentes (CANÇADO; JESUS, 2007). A doença originou-se na África e foi trazida às Américas pela imigração forçada dos escravos.

No Brasil, distribui-se heterogeneamente, sendo mais frequente onde a proporção de antepassados negros da população é maior região nordeste. (ANVISA, 2002).

Oliveira(1999) apresenta um exemplo clássico da seleção natural de Darwin/Wallace, a anemia falciforme surgiu na África, em zonas endêmicas de malária, chegando ao Brasil e a toda a América via tráfico de escravos. Uma resposta da natureza preservou a espécie humana naquele habitat malárico pois pessoas com anemia falciforme não desenvolvem aquela doença.

Segundo Laguardia, (2006) em 1995 o Governo Federal instituiu o Grupo de Trabalho Interministerial para Valorização da População Negra (GTI) com o objetivo de propor e promover políticas governamentais relacionada a cidadania da população negra juntamente com a criação do Programa Nacional do Direitos Humanos neste mesmo ano o governo formaliza a raça como critério, definição e direcionamento das políticas públicas.

A anemia Falciforme é uma anemia hemolítica hereditária, caracterizada pela presença de células vermelhas com formato anormal (forma de foice), que são removidas da circulação e destruídas alteração de base nas células vermelhas é a presença de uma hemoglobina anormal que, quando desoxigenada, torna-se

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relativamente insolúvel, formando agregados que distorcem sua forma e impedem seu fluxo no interior dos vasos sanguíneos (SOUZA, 2014). Três características geneticamente determinadas têm importância na gravidade da evolução clínica: os níveis de hemoglobina fetal (HbF), a concomitância de alfa-talassemia e os haplótipos associados ao gene da HbS (ANVISA,2002).

Sua causa é uma mutação do gene da globina beta da hemoglobina, originando uma hemoglobina anormal, denominada hemoglobina S (HbS), que substitui a hemoglobina A (HbA) nos indivíduos afetados.

Cada molécula de hemoglobina normal do adulto (HbA) é formada por dois pares de cadeias de globina alfa (a) e dois pares de cadeias de globina beta (b), sendo que a estrutura das cadeias alfa e das cadeias beta é determinada por genes independentes. A mutação na anemia falciforme afeta o gene da globina beta. Sob determinadas condições, especialmente a desoxigenação, as moléculas desta hemoglobina (denominada HbS) podem sofrer polimerização, o que provoca uma deformidade e enrijecimento dos glóbulos vermelhos, afetando sua passagem pelos pequenos vasos e capilares. Como consequência, ocorrem fenômenos de oclusão de pequenos vasos, causando enfartes com lesões de órgãos diversos e episódios de dor. As hemácias deformadas e enrijecidas sobrevivem menos em circulação: sua destruição precoce é a principal causa da anemia nestas doenças. Em geral, os pais são portadores assintomáticos de um único gene anormal (heterozigotos), produzindo HbA e HbS (AS).

Cada um deles pode transmitir um gene afetado ou um gene normal para o filho; quando ambos transmitem o gene anormal, a criança recebe o gene da HbS em dose dupla (homozigoto SS). A denominação "anemia falciforme" é reservada para a forma da doença que ocorre nos homozigotos SS. Além disso, o gene da HbS pode combinar-se com outras anormalidades hereditárias das hemoglobinas, como hemoglobina C (HbC), hemoglobina D (HbD), betatalassemia, entre outros, gerando combinações que também são sintomáticas, denominadas, respectivamente, doença SC, doença SD, doença S/beta-talassemia. No conjunto, essas formas sintomáticas do gene da HbS, em homozigose ou em combinação, são conhecidas como doenças falciformes (BRASIL,2001p.14).

Devido ao encurtamento da vida média das hemácias, pacientes com doenças falciformes apresentam hemólise crônica que se manifesta por palidez, icterícia, elevação dos níveis de bilirrubina indireta, do urobilinogênio urinário e do número de reticulócito (ANVISA,2002). A introdução da hemoglobina S, responsável pela anemia falciforme no Brasil, deu-se através do tráfico de escravos de inúmeras tribos africanas, tráfico este iniciado em 1550 e suspenso oficialmente em 1850

iniciando o fluxo migratório que hoje é uma característica do nosso país(RUIZ,2007).

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A publicação pelo Ministério da Saúde, no ano de 2001, da Portaria nº 822 que incluiu as hemoglobinopatias, dentre elas a anemia falciforme, no Programa Nacional de Triagem Neonatal criou uma situação de impasse entre os especialistas e militantes do Movimento Negro. Para alguns especialistas, os benefícios dessa portaria resultariam da garantia de igualdade de acesso aos testes de triagem a todos os recém-nascidos brasileiros, independentemente da origem geográfica, raça e classe socioeconômicas, adequando essa triagem às características étnicas da população brasileira. (LAGUARDIA,2006)

Prevalência

A doença originou-se na África, estendeu-se para a Península Arábica, sul da Itália e Índia, chegando às Américas pela imigração forçada de cerca de 3 – 4 milhões de africanos trazidos ao país como escravos (BRASIL, 2001). As hemoglobinopatias constituem grupo de distúrbios hereditários que envolvem os genes responsáveis pela síntese da globina. Estima-se que 7% da população mundial tenha transtornos de hemoglobina, sendo o mais comum, a doença falciforme. Esta é a enfermidade hereditária mais comum no Brasil e no mundo.

Estima-se que a prevalência do traço falciforme esteja entre 2 e 8% e que o número de pessoas com anemia falciforme esteja entre 25.000 e 30.000 no Brasil. Devido à sua prevalência e importância clínica, a doença falciforme é problema de saúde pública em muitos países, inclusive no Brasil. Além disso, é doença crônica caracterizada pela variabilidade clínica entre pacientes e no mesmo paciente, com períodos de bem-estar intercalando-se com situações que requerem atendimento de urgência ou emergência. Trata-se de enfermidade que predomina na população negra que, devido a questões sociais e econômicas, carece de atenção à saúde mais equitativa (GOMES, 2014).

3.2 Deficiência de Glicose-6-Fosfato Desidrogenase

Segundo Brasil, (2001) é um defeito enzimático das hemácias que pode causar episódios de hemólise aguda, ou anemia hemolítica crônica, ou ainda ser assintomático. De fato, a maioria dos afetados são assintomáticos. A doença foi inicialmente descrita em negros norte-americanos que tomavam primaquina para tratamento ou profilaxia de malária.A deficiência de desidrogenase de 6-fosfato de

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glicose (G-6-PD) é a mais frequente das enzimopatias conhecidas, afetando cerca de 400 milhões de pessoas em todo o mundo.

As mais altas prevalências - frequências gênicas de 5% a 25% - são encontradas na África Tropical, Oriente Médio, China, Índia, em algumas áreas do Mediterrâneo e Papua Nova Guiné LUZZATO, MEHTA(1995) apud COMPRI; SAAD;

RAMALHO (2000 p. 1). Segundo Silva et.al (2006) A deficiência de G-6-PD mais frequente é a eritroenzimopatia, sendo devida principalmente a mutações pontuais no gene que se encontra no braço longo do cromossomo X. A G-6-PD É enzima citoplasmática amplamente distribuída entre quase todos os organismos e tecidos.

Nos seres humanos, apesar da ampla distribuição, é no metabolismo das hemácias que a G-6-PD exerce a sua função mais importante, ao atuar em uma das vias metabólicas utilizadas por estas células para obtenção de energia.

Na reação catalisada pela G-6-PD é produzido o fosfato reduzido de nicotinamida adenina dinucleotídeo (NADPH), substância redutora essencial à proteção das hemácias contra a ação de agentes oxidantes de origem endógena (peróxidos orgânicos) e exógena (drogas, alimentos e elementos atmosféricos).

Frente ao exposto, pode-se concluir que a atividade da G-6-PD é indispensável à manutenção da integridade das hemácias e que acentuada deficiência dessa enzima pode produzir sérias alterações metabólicas, sobretudo na presença de substâncias oxidantes.

A principal consequência dessas alterações metabólicas é a hemólise, determinada fundamentalmente pela precipitação da hemoglobina e formação de corpúsculos de Heinz, pela oxidação dos grupos tiol das enzimas citoplasmáticas e da membrana celular e, secundariamente, pela oxidação de lípides da membrana eritrocitária (BEUTLER 1983 apud COMPRI; SAAD; RAMALHO, 2000 p. 1).

3.3 Hipertensão Arterial

Oliveira (1999) aponta que na população negra, a hipertensão arterial aparece mais cedo, é mais grave e tende a ser mais complicada. Segundo Pires, Mussi (2012)

[...] pessoas de cor/raça negra parecem apresentar uma alteração hereditária na captação celular de sódio e cálcio, assim em seu transporte renal, o que pode acontecer é à presença de um gene economizador de sódio que leva ao influxo celular de sódio e ao fluxo celular de cálcio, o que facilita o aparecimento da hipertensão arterial sendo a mais frequente das doenças cardiovasculares.

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É também o principal fator de risco para as complicações mais comuns como acidente vascular cerebral e infarto agudo do miocárdio, além da doença renal crônica terminal.Na epidemiologia da HA (hipertensão arterial) chamaram de imediato a atenção as elevadas prevalências da doença em negros americanos incluída entre as mundialmente mais elevadas (20% a71%), fortemente associada ao sobrepeso ou obesidade, diabetes ou intolerância à glicose, estratos sociais mais baixos e baixa escolaridade, história familiar positiva para a doença, homens antes dos 50 e em mulheres a partir da menopausa, dieta rica em sal e pobre em cálcio, HAS isolada em idosos (BRASIL,2001). Além disso, Cruz e Lima (1999) apud CRUZ et al, (1996); CRUZ, (1993) p.3 apontam que

Se tratando da cor/raça negra brasileira, há ainda um importante destaque, que é a história social do negro, na escravidão, essa história pode ter facilitado a eclosão da hipertensão arterial, nas condições de escravização negra e a colonização mercantilista colocaram os africanos e seus descendentes brasileiros em frente a fatores de risco que não existiam em seu habitat natural. Sequestros, torturas, trabalhos forçados, miséria, angústia espiritual, ansiedade, medo, alteração no padrão social e desesperança provavelmente tenham contribuído para alterar a homeostase dos afro-brasileiros.

Prejudicando ainda mais a saúde dessa população.

Lima (2013) Os fatores de risco para a hipertensão arterial sistêmica são classificados em: modificável - ingestão excessiva de sal, gordura, bebida alcoólica, tabagismo e sedentarismo; e não modificável - idade, sexo, raça e história familiar.

Segundo Pessuto, Carvalho (1998) as complicações cardiovasculares da hipertensão arterial, atua diretamente na parede das artérias, podendo produzir lesões. Daí a importância do tratamento anti-hipertensivo na redução da morbidade e mortalidade cardiovasculares, principalmente na prevenção de acidentes vasculares, insuficiência cardíaca e renal.

Fornecem informações sobre o Bloch, Rodrigues, Fiszmam (2006) relatam que inquéritos populacionais perfil de saúde das populações e têm sido utilizados para este fim. Os fatores de risco para HA mais investigados – massa corporal (IMC), glicemia e nível sérico de lipídios – têm sido definidas direta ou indiretamente, por meio de perguntas, questionários e escalas para aferir hábitos como:

tabagismo, ingesta de bebidas alcoólicas ou atividade física.Tem como valores de pressão arterial sistólica > 160 mm Hg e diastólica > 95 mm Hg. A hipertensão

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limítrofe é aquela com valores sistólicos de 140 a 160 mm Hg e diastólicos de 90 a 95 mm Hg. A normotensão é a pressão arterial sistólica < 140 mm Hg e diastólica <

90 mm Hg7. PESSUTO; CARVALHO (1998)

Avaliação laboratorial complementar

Cardiovascular

• Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial

• Ecocardiograma

• Radiografia de tórax

• Teste de esforço (paciente com risco coronariano) Bioquímica

• HDL-colesterol (sempre que o colesterol total e a glicemia estiverem elevados)

• Triglicerídeos

• Ácido úrico

• Proteinúria de 24 horas

• Hematócrito e hemoglobina

• Cálcio

• TSH

Quadro1- Avaliação Laboratorial Complementar

Fonte: CONSENSO BRASILEIRO DE HIPERTENSÃO (1999)

Tratamento

De acordo com Sarquis et.al (1998) o tratamento não-farmacológico seria composto de: redução do peso; diminuição da ingesta de sódio; diminuição ou abandono do consumo de álcool; e atividade física programada, que são medidas com maior eficácia terapêutica; enquanto que a descontinuação do tabagismo, controle de dislipidemia, controle do diabetes mellitus, evitar drogas que potencialmente elevem a pressão arterial e suplementação de potássio, cálcio e magnésio; dietas vegetarianas ricas em fibras, medidas ante estresse são medidas ainda em fase avaliativa.

Em relação à pressão arterial: O tratamento medicamentoso visa a reduzir os níveis de pressão para valores inferiores a 140 mmHg de pressão sistólica e a 90 mmHg de pressão diastólica, respeitando-se as características individuais, a co-morbidade e a qualidade de vida dos pacientes. Reduções da pressão para níveis inferiores a 130/85

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mmHg podem ser úteis em situações específicas, como em pacientes com nefropatia proteinúrica e na prevenção de acidente vascular cerebral. Consenso Brasileiro de Hipertensão arterial, (1999 p. 24-25)

Assim como o CONSENSO BRASILEIRO DE HIPERTENSÃO (1999) é importante o tratamento medicamento, seguido do tratamento não farmacológico.

Segundo Serguis et.al (1998) para uma melhor qualidade de vida dos pacientes é redução dos fatores de risco proporcionando ainda mais o controle da hipertensão arterial.

3.4 Diabetes Mellitus

Segundo Brasil (2001) o diabetes mellitus é um distúrbio metabólico caracterizado por uma hiperglicemia crônica, decorrente da deficiência de insulina como da incapacidade da insulina exerce adequadamente seus efeitos, com combinação, em graus variáveis, dessas condições.

Pode ocorrer devido a defeitos na secreção ou na ação do hormônio insulina, que é produzido no pâncreas, pelas chamadas células beta. Após alguns anos de evolução a hiperglicemia crônica está associada ao dano, disfunção e falência de vários órgãos, especialmente olhos, rins, nervos, coração e vasos sanguíneos (GROSS et. al, 2002)

O diabetes pode se apresentar com sintomas característicos, como sede excessiva, poliúria, barramento da visão e perda de peso. Em algumas formas mais graves, pode ocorrer cetoacidose ou estado hiperosmolar não cetótico, que leva ao torpor, coma e, na ausência de tratamento adequado, à morte (BRASIL,2001)

Segundo Brito; Lopes; Araújo (2001) existe no Brasil uma grande mistura racial devido ao cruzamento dos índios nativos, e do colonizadores brancos europeus, negros e africanos, particularmente do oeste da África. Segundo Brasil (2001) entre complicações crônicas do diabetes comparado a população negra com a branca são limitados as informações existentes apontam maior frequência na população negra esse excesso tem atribuído maior número de hipertensos e controle metabólico inadequado. A retinopatia diabética é mais prevalente em negros diabéticos do que em brancos e a nefropatia diabética e quatro vezes mais frequente em negros porem a sobrevida de pacientes negros com doença renal

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terminal é maior do que em pacientes brancos, sendo assim a amputação de membros inferiores apresenta um excesso de 20% em pacientes negros em relação aos brancos devido a frequência de riscos cardiovascular sendo atribuída ao fato de atraso do diagnostico, atraso das complicações sendo atribuída a forma de morbidade e de incapacitações. Dados epidemiológicos sobre o impacto do diabetes na população negra sugere algumas necessidades, como:

1- identificação de fatores responsáveis pela maior frequência de diabetes tipo 2 nessa população, em vários países;

2- investigação das causas que expliquem os maiores coeficientes de morbidade e mortalidade por diabetes em negros;

3- conhecimento das razões para a maior prevalência de fatores de risco associados ao diabetes em negros;

4- aumento da conscientização da comunidade negra sobre a importância do diabetes mellitus como problema de saúde. Brasil (2001 p.67)

3.5 Síndromes Hipertensivas na Gravidez

Oliveira et.al (2006) descreve que o termo hipertensão induzida pela gestação refere-se ao aumento da pressão arterial que se manifesta apenas na gravidez. As síndromes hipertensivas gestacionais (SHG) caracterizam uma gestação de alto risco ocorrendo em 10 a 22% das gestantes, e estando a ela relacionadas as intercorrências clínicas materno-fetais (SOUZA, DUBIELA, JÚNIOR,2010).

Aguiar et. al (2010) explica que esta síndrome caracteriza-se por hipertensão arterial, acompanhada de proteinúrica e/ou edema, sendo estes chamados Síndrome Hipertensiva Específica da Gestação (SHEG). Considerando a SHEG como síndrome de grande relevância para as gestantes, por apresentar um número elevado de casos nas instituições obstétricas (AGUIAR et. al, 2010)

Segundo Neto; Souza; Amorim (2010) as síndromes hipertensivas na gestação merecem especial destaque no cenário da saúde pública mundial. Por representar a terceira causa de mortalidade materna no mundo e a primeira no Brasil. As mudanças que ocorrem no período gravídico são toleráveis pela maioria das mulheres, entretanto algumas desenvolveram intercorrências alterando o ciclo natural da gestação e passam a representar alto risco materno e fetal (SOUZA et. al 2011).

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Hipertensão arterial crônica Pré-eclâmpsia\ eclampsia

Hipertensão arterial crônica superposta por pré – eclâmpsia Hipertensão Gestacional

Quadro 2 – Classificação das formas de manifestação da hipertensão arterial na gravidez.

Fonte: PERAÇOLI, PARPINELLI (2005)

Segundo Peraçoli, Parpinelli, (2005) os tipos de hipertensão presentes na gravidez, merecem destaque nas manifestações específicas da gestação, isto é, a pré-eclâmpsia, que ocorre como forma isolada ou associada à hipertensão arterial crônica, e a hipertensão gestacional.

A pré-eclâmpsia, isolada ou superposta à hipertensão arterial crônica, está associada aos piores resultados, maternos e perinatais, das síndromes hipertensivas. Apré-eclâmpsia é caracterizada pela PA elevada (≥140/90mmHg) e proteinúrica > 300 mg/24 horas, após a 20ª semana de gestação. A eclâmpsia pode ocorrer durante o parto e perdurar até duas semanas depois. O parto pode representar a cura da doença da mãe, mas não do feto, que depende da sua maturação, gerando o dilema se o útero ou o berçário é o melhor local para o feto sobreviver. (SOUZA; JÚNIOR, 2014)

Efeitos da hipertensão Crônica sobre a mãe

Segundo BRASIL(2001) Há um considerável debate a respeito dos riscos maternos e fetais associados com a hipertensão crônica não complicada daquelas com pré-eclâmpsia sobreposta.

Segundo Souza, Dubiela, Júnior (2010) as gestantes podem apresentar alguns desses sintomas cefaleia, visão turva, dor abdominal, náuseas e vômito. A sua forma mais grave pode ser caracterizada pela presença de vasoespasmo ao exame de fundo de olho, ganho de peso acima de 400 g por semana e volume urinário inferior a 600 mL por dia (NETO, SOUZA, AMORIM,2010).

O descolamento prematuro de placenta, que pode causar hemorragia materna fatal, ocorre três vezes mais em mulheres com hipertensão crônica do que em normotensas. Algumas mulheres com hipertensão crônica secundária à doença

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renal ou colágenos e podem apresentar deterioração irreversível da função renal no curso da gravidez(BRASIL,2001).

Segundo Vettore et.al (2011) o feto também fica em situação de risco e sujeito a restrição de crescimento intrauterino, descolamento prematuro de placenta, sofrimento fetal, morte intraútero, baixo peso e prematuridade.

Fatores de Risco

Aguiar et.al (2010) destaca que os fatores de risco podem ser divididos em fatores intrínsecos ou obstétricos e fatores extrínsecos ou não obstétricos estes podendo se destacar o nível socioeconômico da gestante, constituição: física, raça, idade materna, hereditariedade, diabetes mellitus e hipertensão arterial, os fatores extrínsecos ou obstétricos englobam a paridade, a presença de mola hidatiforme, gravidez múltipla e polidrâmnio e isomunização Rh.

Pré eclampsia na população afro descendente

Brasil (2001) aponta que o conceito antigo da diferença de raças na prevalência da pré-eclâmpsia já não ocupa lugar em sua epidemiologia atual. A realidade é que a doença hipertensiva crônica é mais frequente na raça negra, o que é o único fator interveniente. Segundo Freire, Tedoldi, (2009) a doença hipertensiva crônica é a hipertensão que está presente antes da gravidez ou diagnosticada antes de 20 semanas de gestação. É considerada hipertensão quando a pressão arterial sistólica (PAS) é > 140 mmHg e/ou a pressão arterial diastólica (PAD) > 90 mmHg, medidas em duas ocasiões com 4 horas de intervalo. Tal diagnóstico é mais difícil de ser realizado em mulheres hipertensas sem diagnóstico prévio, pela presença do descenso fisiológico da pressão arterial (PA), que ocorre na primeira metade da gestação.

4. CONDIDERAÇÕES FINAIS

Os fatores de risco das referidas doenças podem ser relacionadas com fatores históricos, genéticos de acordo com a pesquisa, não podendo deixar de citar contexto político e social no desenvolvimento de agravos ou problema de saúde.

Desses fatores deve servir para elaboração de políticas públicas que atendam a

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demanda especifica, não para segregação racial dessas doenças de maior ocorrência na população negra é sim atribuir ao fato de que definições que permitam maior conhecimento específico para a melhor qualidade de vida dessa população, levando em conta que existem também outros povos que podem apresentar doenças de fator genético. Sendo assim não deve se desconsiderar que fatores ambientais é comportamentais podem estar relacionadas ao aparecimento destas doenças.

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5. BLIOGRAFIAS

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