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Debicagem por radiação infravermelha e debicagem holandesa em poedeiras leves

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CAMPUS DE CURITIBANOS

CENTRO DE CIÊNCIAS RURAIS CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

Thauany Maffini de Souza

DEBICAGEM POR RADIAÇÃO INFRAVERMELHA E DEBICAGEM HOLANDESA EM POEDEIRAS LEVES

Curitibanos 2020

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Thauany Maffini de Souza

DEBICAGEM POR RADIAÇÃO INFRAVERMELHA E DEBICAGEM HOLANDESA EM POEDEIRAS LEVES

Trabalho de Conclusão do Curso de Graduação em Medicina Veterinária, do Centro de Ciências Rurais da Universidade Federal de Santa Catarina como requisito para a obtenção do título de Bacharela em Medicina Veterinária.

Orientadora: Profª. Drª Aline Félix Schneider Bedin

Curitibanos 2020

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Thauany Maffini de Souza

DEBICAGEM POR RADIAÇÃO INFRAVERMELHA E DEBICAGEM HOLANDESA EM POEDEIRAS LEVES

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para obtenção do Título de Médico Veterinário e aprovado em sua forma final pelo curso de Medicina Veterinária.

Curitibanos, 21 de setembro de 2020.

___________________________________ Prof. Dr. Malcon Andrei Martinez-Pereira

Coordenador do Curso

Banca Examinadora:

___________________________________ Profª. Drª. Aline Félix Schneider Bedin

Orientadora

Universidade Federal de Santa Catarina

___________________________________ Prof. Dr. Álvaro Menin

Avaliador

Universidade Federal de Santa Catarina

___________________________________ Profª. Drª. Francielli Cordeiro Zimermann

Avaliadora

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Dedico, com todo meu amor, aos meu pais, Jair e Adriana!

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente aos meus pais, Jair de Souza e Adriana M. de Souza, por me ensinarem os verdadeiros valores da vida, por acreditarem e investirem nesse meu sonho de criança, sempre me incentivando a crescer cada vez mais. E que nos momentos de minha ausência dedicados ао estudo, principalmente em datas especiais, sеmprе fizeram entender quе о futuro é feito а partir dа constante dedicação nо presente.Vocês são meu maior exemplo!

Ao meu irmão, Hátran, por estar ao meu lado e trazer alegria aos meus dias. À minha irmã, Monique, que sempre se fez presente com suas mensagens de afeto. Aos meus avós, por todo carinho e incentivo oferecido durante minha trajetória. Sem vocês, nada seria possível!

À todos os animais que despertaram minha paixão pela medicina veterinária, em especial a minha filha de quatro patas, Tita, comigo desde sempre, demonstrando amor, amizade e lealdade incondicionais.

À todas as pessoas que conheci nessa etapa e partilharam momentos bons e inesquecíveis comigo. Principalmente a Sabrina Arruda, Morgana Grobe, Ananda Dresch, Natalia Martinazzo, Andreia Hausmann e Edivaldo Dognani, que se tornaram a minha família em Curitibanos durante a faculdade. Obrigada por todo apoio, amizade e companheirismo todos esses anos, vocês fizeram dessa etapa muito mais incrível do que poderia ter sido! Às minhas companheiras de apartamento, Raquel Ludwig, Manoela Rossi e Andressa Figueiredo, pela parceira do começo ao fim, desde os momentos de tensão até os de conforto, morar longe de casa não teria sido tão bom sem vocês! E às minhas amigas Mayara Costa e Tayara Machado, que mesmo de longe estiveram ao meu lado, me ajudando nas dificuldades e comemorando as conquistas.

Ao Guilherme Modena, por ser meu porto seguro, por toda paciência e carinho, por sempre estar ao meu lado, me apoiando e incentivando nos momentos que mais precisei, tornando meus dias mais leves. Obrigada por compartilhar a vida comigo e voar ao meu lado. Você é meu ponto de equilíbrio!!

À Universidade Federal de Santa Catarina, por ter sido meu segundo lar durante esses cinco anos e me proporcionar todo o necessário para me tornar uma Médica Veterinária. À todos os professores, que sempre deram o melhor de si para transmitir seus conhecimentos, em especial minha orientadora, Profª. Drª. Aline Félix Schneider Bedin, por quem eu tenho uma enorme admiração desde que cruzei seu caminho, obrigada por todos os ensinamentos, contribuições e paciência durante a realização do trabalho.

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À Granja Mantiqueira, pela oportunidade de estagiar na maior produtora de ovos da América do Sul, foi extremamente incrível! Obrigada pela recepção, pelos ensinamentos e pelas amizades conquistadas nesse período, todo o apoio foi essencial nessa fase, foi um prazer estagiar ao lado de excelentes profissionais.

E, por fim, a todos que de alguma forma contribuíram para que eu concluísse essa etapa tão importante!

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“A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original”

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RESUMO

A debicagem ou amputação parcial do bico da ave é uma prática comum e necessária na avicultura industrial brasileira. Tendo como principal objetivo inibir o canibalismo e consequentemente a mortalidade, além de favorecer o consumo de ração balanceada, uniformidade do lote e redução da quebra de ovos, melhorando o desempenho e as condições de bem-estar das aves durante a vida produtiva. Apesar de ser uma prática indispensável na indústria avícola ainda é um dos assuntos mais discutidos e contestados referente ao bem-estar animal. Diante disso, é necessário o estudo de métodos alternativos que sejam aceitáveis e, ao mesmo tempo, eficientes do ponto de vista produtivo. O objetivo deste estudo foi avaliar a influência da debicagem através do tratamento por radiação infravermelha e do método de debicagem holandesa, nas fases de cria e recria. As aves foram distribuídas nas baterias de gaiolas conforme o método utilizado, sendo aplicados três tipos de debicagem: aves com tratamento por radiação infravermelha com placa 24/23, radiação infravermelha com placa 23/23 e debicagem holandesa. As variáveis analisadas foram peso corporal das aves (g), uniformidade (%), crescimento do bico (mm) e calo de bico (no). De acordo com os resultados, as aves com debicagem por radiação infravermelha (24/23) obtiveram melhores valores para as variáveis analisadas, além disso, não necessitou de uma segunda debicagem, dessa forma, torna-se uma alternativa viável e garante um maior bem-estar às aves.

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ABSTRACT

The beak or partial amputation of the bird's beak is a common practice and requires Brazilian industrial agriculture. With the main objective of inhibiting cannibalism and consequently mortality, in addition to favoring the consumption of balanced feed, batch uniformity and reduction of egg breaks, better performance and welfare conditions of the birds during productive life. Despite being an indispensable practice in the agricultural industry, it is still one of the most discussed and contested issues related to animal welfare. Therefore, it is necessary to study alternative methods that are acceptable and, at the same time, efficient in the productive point of view. The aim of this study was to evaluate the influence of the debate through the treatment by infrared radiation and the Dutch beak method, in the breeding and rearing phases. As birds were distributed in the battery of cages, according to the type of beak, three types of beak were used: birds treated with infrared injection with plate 24/23, infrared radiation with plate 23/23 and Dutch. The analyzed variables were body weight of birds (g), uniformity (%), beak growth (mm) and beak callus (no). According to the results, birds with beak infrared radiation (24/23) obtained better values for the analyzed variables, in addition, it did not need a second beak, thus, it becomes a viable alternative and guarantees a greater welfare for the birds.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Classificação da intensidade de debicagem ... 16

Figura 2 - Distribuição das aves conforme a debicagem ... 24

Figura 3 - Mensuração do tamanho do bico ... 26

Figura 4 - Mensuração do tamanho do bico ... 26

Figura 5 - Ilustração do calo de bico ... 27

Figura 6 - Calo de bico em aves com 11 semanas de idade ... 34

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Peso médio das aves debicadas por RI 24/23, RI 23/23 e Holandesa ... 28 Gráfico 2 - Uniformidade das aves debicadas por RI 24/23, RI 23/23 e Holandesa ... 30 Gráfico 3 - Tamanho médio do bico das aves debicadas por RI 24/23, RI 23/23 e Holandesa 31 Gráfico 4 - Prevalência de calo de bico nas aves debicadas por RI 24/23, RI 23/23 e

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ... 13 1.1 JUSTIFICATIVA ... 14 1.2 OBJETIVOS ... 14 1.2.1 Objetivo geral... 14 1.2.2 Objetivos Específicos ... 14 2 DESENVOLVIMENTO ... 15

2.1 DEBICAGEM POR LÂMINA FRIA ... 16

2.2 DEBICAGEM CONVENCIONAL POR LÂMINA QUENTE ... 16

2.3 DEBICAGEM HOLANDESA OU EM “V” ... 17

2.4 DEBICAGEM POR TRATAMENTO DE RADIAÇÃO INFRAVERMELHA .. 18

2.5 DESGASTE NATURAL DA PONTA DO BICO ... 19

2.6 ESTUDOS COMPARATIVOS DOS DIFERENTES MÉTODOS DE DEBICAGEM ... 19

3 MATERIAL E MÉTODOS ... 23

3.1 VARIÁVEIS ANALISADAS ... 24

3.1.1 Peso corporal das aves (g) ... 24

3.1.2 Uniformidade do lote (%) ... 25 3.1.3 Crescimento do bico (mm) ... 25 3.1.4 Calo de bico (no) ... 27 4 RESULTADO E DISCUSSÃO ... 28 5 CONCLUSÃO ... 35 REFERÊNCIAS ... 36

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1 INTRODUÇÃO

A produção avícola encontra-se em constante crescimento, e na busca por altos índices produtivos nas linhagens de postura, o melhoramento genético, associado ao desenvolvimento nas áreas de nutrição, manejo, sanidade e ambiência, permitiram a criação intensiva de aves. Porém, as produções em larga escala trouxeram consigo não apenas características positivas de crescimento e alta produção, mas também, problemas relacionados ao bem-estar das aves, em função de alguns sistemas de criação e práticas de manejo (ROCHA et al., 2008).

No Brasil, as preocupações com o bem-estar animal crescem concomitantemente ao desenvolvimento sócio-econômico, o que tem levado a grandes reestruturações nesse setor, em função da mudança de perfil do mercado consumidor (ROCHA et al., 2008). Este segmento está cada vez mais preocupado com a qualidade do produto final e a segurança alimentar, levando-os a busca por informações sobre as metodologias adotadas durante a produção, principalmente aspectos relacionados a respeito ao meio ambiente e ao animal (MARCHANT-FORDE; CHENG, 2010; ROCHA et al., 2008).

Na criação de poedeiras comerciais, a debicagem e a criação de aves em gaiolas são os pontos mais contestados referentes ao bem-estar (ROCHA et al., 2008; SANTOS, 2014). A debicagem é uma prática comumente empregada na criação de poedeiras comerciais. Apesar da resistência a esta prática de manejo sob a perspectiva do bem-estar animal, faz-se necessário ressaltar que o objetivo principal é evitar o canibalismo e consequentemente a mortalidade e, além disso, reduz à quebra de ovos bicados, o arranque de penas e a refugagem, ainda, melhora o desempenho produtivo, a conversão alimentar, reduz a seletividade e o desperdício de ração e, aumenta a uniformidade do lote (ARAÚJO et al., 2005; CLOUTIER et al., 2000; MARCHANT-FORDE; CHENG, 2010).

Pesquisas, através de seleção genética, vem tentando reduzir o canibalismo, no entanto, o componente genético para redução deste comportamento é de difícil seleção (RODENBURG et al., 2003; SU et al., 2005). Além disso, aves debicadas sofrem menor estresse quando comparadas com aves que não foram debicadas, que sofrem com a agressividade de suas companheiras (STRUWE; GLEAVES; DOUGLAS, 1992). Desse modo, a forma mais eficiente de controle do canibalismo ainda é a debicagem (MAZZUCO, 2008). Diante disso, nos últimos anos, alguns métodos alternativos vêm sendo testados.

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14 1.1 JUSTIFICATIVA

O estudo dos diferentes métodos de debicagem é uma prática que se torna necessária não apenas por questões de produtividade, mas também para garantir o bem-estar das aves e consequentemente a qualidade do produto final.

Portanto, novos métodos de debicagem vêm sendo descritos com o intuito de reduzir o desconforto causado às aves, quando comparados ao método da debicagem convencional, sem, contudo, impactar os custos da produção (BARBOSA, 2019).

Dessa forma, destaca-se a importância de estudos direcionados para revisão e aperfeiçoamento das diferentes metodologias, com o intuito de estimular mais pesquisas e o desenvolvimento de novas técnicas que atendam às necessidades do mercado consumidor e, ainda sim, mantenham os atuais padrões produtivos obtidos pela avicultura industrial.

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo geral

O presente estudo tem por objetivo avaliar a debicagem através do tratamento por radiação infravermelha (RI) com dois protocolos (placa 24/23 e 23/23) e do método de debicagem holandesa (HL), sobre o desempenho zootécnico, tamanho do bico e a incidência de calos de bico em poedeiras leves, nas fases de cria e recria, através de análise descritiva.

1.2.2 Objetivos Específicos

1- Realizar uma análise descritiva quanto ao peso (g) e uniformidade (%) das aves debicadas por RI e debicagem HL.

2- Comparar o crescimento do bico (mm) entre as aves com debicagem por RI e com debicagem HL, com 11 semanas de idade.

3- Comparar o percentual de calo de bico (nº) entre as aves com debicagem por RI e com a debicagem HL, com 11 semanas de idade.

4- Realizar uma revisão literária sobre os diferentes métodos de debicagem utilizados em poedeira comerciais.

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2 DESENVOLVIMENTO

Um dos maiores problemas enfrentados pelos produtores de poedeiras comerciais é a incidência de canibalismo no plantel, uma vez que sua ocorrência se torna imprevisível, devido ao comportamento inato e de causas multifatoriais, como o ambiente, nutrição e os programas de luz (MAZZUCO, 2008; RIGO et al., 2017). Em virtude disso, a debicagem ou remoção e cauterização parcial da ponta do bico superior e inferior de poedeiras se torna o método mais eficiente nos sistemas produtivos (RIGO et al., 2017).

O resultado dessa agressividade das aves gera não somente perdas econômicas ao produtor, como também problemas relacionados ao bem-estar às aves. São exemplos, o estresse e refugagem, o aumento na incidência de ovos bicados, o arranque de penas que leva a problemas de mantença da temperatura corporal gerando um aumento no consumo alimentar, além de elevada taxa de mortalidade (ARAÚJO et al., 2005; LEESON; MORRISON, 1978). Já entre os benefícios obtidos com a realização da debicagem, estão a redução de todos os fatores citados anteriormente, e pode-se ressaltar ainda, a melhoria na eficiência alimentar, uma vez que a remoção de parte do bico impossibilita a seletividade de ingredientes, assim a ave consome a dieta de maneira uniforme e balanceada (VIEIRA FILHO, 2016).

O corte parcial do bico das aves é realizado por meio de equipamentos, chamados “debicadores” compostos de lâminas quentes ou por radiação infravermelha, podendo ser manuais ou automáticos (RIGO et al., 2017). Contudo, a debicagem é considerada uma operação de precisão, onde sempre deve-se buscar ao máximo possível o corte adequado, tamanho e formato ideal do bico, pois o estresse resultante do procedimento realizado com falhas, pode comprometer a saúde e o bem-estar do plantel de aves, além de afetar a produção inicial de ovos, se esta prática não for devidamente empregada (bicos desuniformes, necessidade de uma segunda debicagem) (ARAÚJO et al., 2005; RIGO et al., 2017).

O bico da ave é um órgão funcional, usado na manipulação de alimentos, exploração do ambiente e interação social (FREIRE; GLATZ; HINCH, 2008). Quando parte do bico é removida tem-se também a danificação de receptores sensíveis do bico (nervo trigêmeo) que provocam dor, podendo ser crônica ou aguda, com duração variável de acordo com o método utilizado (FAHEY; MARCHANT-FORDE; CHENG, 2007; GENTLE, 2011). Dessa forma, para realizar a debicagem, é necessário atentar-se a idade da ave, a temperatura da lâmina e a quantidade de tecido removido (Figura 1) ou de bico tratado (radiação infravermelha), pois são fatores que também vão levar a variação da percepção da dor na ave, podendo resultar na

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16 formação de calos, tornando a região sensível, dificultando a alimentação e anulando os efeitos benéficos da debicagem (FAHEY; MARCHANT-FORDE; CHENG, 2007; VIEIRA FILHO, 2016).

Figura 1 - Classificação da intensidade de debicagem

Fonte: Adaptado de Santos (2014)

Notas: (A) Bico intacto; (B) Leve: remove-se 1/3 da parte superior do bico e apenas a extremidade distal do bico inferior; (C) Moderada: remove-se 1/2 da parte superior do bico e 1/3 da parte inferior; (D) Severa: remove-se

2/3 da parte superior do bico e 1/2 da parte inferior do bico.

Diante disso, com o passar dos anos surgiram métodos alternativos de debicagem, na busca de atender o mercado consumidor, cada vez mais preocupado com o bem-estar animal, sem contudo, prejudicar os atuais níveis de produtividade da indústria avícola. Dentre essas estão a debicagem por lâmina fria, debicagem convencional por lâmina quente, debicagem holandesa, debicagem a laser, debicagem por radiação infravermelha e o desgaste natural da ponta do bico.

2.1 DEBICAGEM POR LÂMINA FRIA

A técnica de debicagem por lâmina fria (LF) não é de comum a utilização em escala industrial. Este método consiste no uso de uma tesoura afiada para realizar o corte de 1/3 do bico superior (ÁVILA; ROLL; CATALAN, 2008).

2.2 DEBICAGEM CONVENCIONAL POR LÂMINA QUENTE

A debicagem realizada por lâmina quente (LQ) é empregada há vários anos e é ainda a mais utilizada no Brasil (ABREU; MAZZUCO; SILVA, 2018; SANTOS, 2014). Esse método consiste em cortar e cauterizar o bico por meio de lâmina plana aquecida, porém as especificações quanto à metodologia empregada e a idade variam de acordo com a literatura e o guia de manejo das linhagens (DENNIS; CHENG, 2010; SANTOS, 2014).

Para realizar a debicagem recomendam-se utilizar debicador com lâmina bem aquecida (temperatura entre 550°C a 750ºC), onde, a primeira debicagem deve ocorrer entre o

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17 7º e o 10º dia de idade, havendo necessidade de uma segunda debicagem, entre a 10ª e 12ª semana de vida (ABREU; MAZZUCO; SILVA, 2018; SANTOS, 2014; VIEIRA FILHO, 2016).

A quantidade de tecido removido e a temperatura da lâmina são fatores que também vão variar em função da linhagem e das metodologias adotadas. A quantidade de tecido removido pode variar de leve a severa. Já no caso da temperatura, há relatos de que lâminas superaquecidas podem resultar na formação de bolhas no interior da boca e formação de neuromas ou calos no bico, que se tornam muito sensíveis ao contato, reduzindo assim, o consumo de alimento e desempenho das aves (VIEIRA FILHO, 2016).

Portanto, deve-se realizar o procedimento de forma correta, para que se evite o sangramento e o crescimento posterior do bico, possibilitando que a ave se recupere e volte ao consumo normal de alimento e água, fatores estes, que influenciam diretamente sobre a uniformidade do lote e no potencial produtivo da linhagem (VIEIRA FILHO, 2016).

2.3 DEBICAGEM HOLANDESA OU EM “V”

A debicagem holandesa (HL) ou em “V” é outra proposta de metodologia, porém ainda são escassas as pesquisas sobre a realização dessa debicagem. Nesse método é utilizado o debicador Verschuuren, em que se realiza o movimento de corte transversal do bico com uma lâmina em formato de “V”, no momento do procedimento é recomendável que a lâmina esteja aquecida a uma temperatura entre 750 a 800ºC, e deve ser realizado em aves entre 7 a 10 dias de idade (BUENO, 2017; OKA, 2016; RUSSO, 2018).

Esse corte é mais severo que o corte convencional por LQ, com tamanho preconizado do bico de 1,00 mm a partir do orifício nasal, e caso o corte seja realizado de maneira errônea, aumenta a chance de lesão no palato da ave dificultando o consumo e consequentemente, o desempenho da mesma (ÁVILA et al., 2011; OKA, 2016). Porém, não se faz necessário o emprego de uma segunda debicagem, o que pode ser benéfico do ponto de vista do bem-estar animal, uma vez que há retirada de um manejo que causa mais estresse e dor na ave, devido ao manuseio da equipe que realiza o procedimento e a idade da ave (BUENO, 2017; OKA, 2016).

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18 2.4 DEBICAGEM POR TRATAMENTO DE RADIAÇÃO INFRAVERMELHA

O tratamento de bico realizado por meio de radiação infravermelha (RI) é um método alternativo e menos agressivo que vem sendo estudado e testado para melhorar o bem-estar das aves (RUSSO, 2018). Embora este método seja utilizado desde 2002 nos Estados Unidos e países da União Europeia, esta tecnologia conhecida como Poultry Service Processor (PSP) foi recentemente introduzida no Brasil em meados de 2012 (NOVA-TECH® ENGINEERING, 2012 apud SANTOS, 2014).

Esta técnica é um processo automatizado e realizado no primeiro dia de vida da ave no incubatório. Ela consiste em realizar a exposição do bico das aves à ação de um foco de energia infravermelha de alta intensidade, que é utilizada para tratar o tecido córneo da ponta do bico. A ponta do bico torna-se flácida e irá cair em até duas semanas após a realização do tratamento (DENNIS; FAHEY; CHENG, 2009; GENTLE, 2011; RUSSO, 2018).

Por se tratar de um método automatizado, este oferece precisão no tratamento e uma debicagem mais uniforme. É um método que apresenta inúmeros benefícios, como ausência de cortes e sangramento que possam favorecer à infecções e inflamações, facilitando a recuperação da ave. Proporciona ainda, tempo para o animal adaptar-se à alteração de tamanho e forma do mesmo, gera menor estresse das aves e, também não são observadas alterações no consumo de ração, já que traz menor dano ao tecido do bico, melhorando assim seu bem-estar (ÁVILA; ROLL; CATALAN, 2008; MARCHANT-FORDE; CHENG, 2010; VIEIRA FILHO, 2016).

Outra característica interessante desta metodologia é que o processo permite a debicagem de um número elevado de aves, 4.000 aves/hora, quando comparado ao método de debicagem convencional por LQ, em que um profissional experiente consegue debicar em torno de 1.000 a 1.200 aves/hora (NOVA-TECH® ENGINEERING, 2012 apud SANTOS, 2014).

Ainda, o sistema infravermelho pode ser ajustado para usar várias configurações de placa e energia (DENNIS; CHENG, 2012) e, dependendo do protocolo de tratamento utilizado será necessária uma segunda debicagem, em torno de 70 dias de vida das aves (RUSSO, 2018).

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19 2.5 DESGASTE NATURAL DA PONTA DO BICO

O desgaste natural do bico é um dos métodos menos invasivos, e consiste na utilização de materiais abrasivos dentro dos comedouros, que promovem, com o decorrer do tempo, o desgaste do bico a cada vez que as aves se alimentam, buscando reproduzir o que acontece na natureza quando as aves bicam e ciscam o solo repetidamente em busca de alimento. Em média, os resultados mostraram uma redução de 1 mm em comparação com os bicos intactos (VAN de WEERD, 2006 apud ÁVILA; ROLL; CATALAN, 2008).

A ideia surgiu a partir de trabalhos de Tauson (1986), que objetivava atender normativas da União Europeia em relação à presença de dispositivos de desgaste de unhas em gaiolas para poedeiras. O bem-estar das aves é a principal vantagem do método, já que não ocorre o corte do bico e dispensa a necessidade direta de intervenção humana para realizar o manejo (ÁVILA; ROLL; CATALAN, 2008).

2.6 ESTUDOS COMPARATIVOS DOS DIFERENTES MÉTODOS DE DEBICAGEM

Nos últimos anos, diversas pesquisas vêm sendo realizadas com o objetivo de reduzir os efeitos negativos da debicagem, avaliando entre elas as variáveis: número de realizações, idade das aves submetidas ao processo, tamanho, tipo e formato do corte e seus impactos no desempenho produtivo, bem como no bem-estar das poedeiras. Sendo assim, a debicagem é um dos temas mais discutidos na atualidade (BARBOSA, 2019).

Oka (2016) avaliou a debicagem HL (realizada no oitavo dia de vida) comparativamente ao método por RI e LQ (debicadas no primeiro dia de vida e no oitavo dia de vida, respectivamente, sendo ambas redebicadas aos 70 dias de vida), na fase de cria e recria, através do desempenho zootécnico, e na fase de produção, por meio da qualidade dos ovos. Constatou que na fase de cria a debicagem por RI obteve melhores resultados para as variáveis de peso médio final, ganho de peso médio e ganho de peso médio diário. Já na fase de recria as aves debicadas por RI obtiveram melhores resultados no peso inicial. Todavia, aves com debicagem HL tiveram melhor peso médio final, ganho de peso médio e ganho de peso médio diário, e ainda, na fase de produção apresentaram melhores resultados para resistência e espessura da casca do ovo. Para as variáveis de mortalidade, canibalismo, viabilidade e uniformidade os três tratamentos mantiveram-se semelhantes.

Dennis, Fahey e Cheng (2009) compararam os métodos de debicagem por meio de LQ e RI, aplicados em poedeiras comerciais da linhagem Bovans White e mostraram que a

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20 metodologia utilizando RI reduziu os danos causados por agressividade e bicadas, proporcionando melhores condições de bem-estar, sem o comprometimento dos parâmetros produtivos. Ainda, Dennis e Cheng (2010), ao comparar a debicagem por LQ e RI, em aves da linhagem Bovans White, constataram que a debicagem por RI proporcionou redução da agressividade e melhores condições de empenamento, e ainda que, as aves tratadas pelo método de RI gastaram menos tempo se alimentando e apresentaram maior peso corporal, em comparação às aves debicadas por LQ. Este resultado é reflexo de melhor eficiência alimentar, em animais tratados por RI.

Em outro estudo, Dennis e Cheng (2012) avaliaram os efeitos de diferentes protocolos de debicagem por RI sob o bem-estar e na fisiologia das aves. Foram utilizados dois tamanhos de placas de proteção (27/23C, menos severo e 25/23C, mais severo) em três configurações de potência: alta (52), moderada (48) e baixa (44). Ainda foi comparado com aves debicadas por LQ. Constataram que as aves do protocolo 27/23C (48) foram as mais pesadas em todas as idades, e as aves aparadas com protocolos 25/23C apresentaram bicos mais curtos. O estudo forneceu evidências de que o comprimento da placa e a intensidade da luz infravermelha podem ser ajustados para aprimorar o comprimento do bico, bem como os parâmetros de produção e o bem-estar dos animais. Por fim, concluiu-se que o protocolo 27/23C (48) otimizou os parâmetros relevantes para a produção, além de reduzir a dor, desconforto ou causar alteração de comportamentos.

Vieira Filho et al. (2016) avaliaram o efeito da debicagem por LQ ou por RI, sobre os indicadores produtivos e de qualidade de ovos, em três linhagens de poedeiras (Lohmann LSL, Hy-line W36 e Lohmann Brown) na primeira semana de vida, e se uma segunda debicagem seria necessária na décima semana de idade. A debicagem por RI mostrou ser uma alternativa viável, em substituição à debicagem convencional por LQ, para as três linhagens avaliadas, proporcionando os mesmos resultados produtivos e de qualidade de ovos entre os tratamentos. Além disso, não houve necessidade da realização de uma segunda debicagem, a realização de uma única debicagem foi o suficiente para que não ocorresse o aumento na incidência de canibalismo. Entretanto, nas aves sem a segunda debicagem, foi observado um decréscimo de 8% na viabilidade à 63ª semana de idade.

Santos (2014) analisou os métodos de debicagem por RI e convencional por LQ, ambos com intensidades moderada e severa, em aves na fase de cria, recria e postura. Na fase de cria pode concluir que para ambos os tratamentos, a debicagem moderada apresentou melhores valores no consumo de ração e peso corporal. Na fase de recria constatou que a debicagem por RI promoveu resultados de desempenho às 16 semanas semelhantes aos

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21 obtidos com a debicagem por LQ, porém, a realização da segunda debicagem de forma severa comprometeu o desempenho do lote. Na fase de postura concluiu que não houve diferença significativa entre os dois métodos sob o desempenho produtivo e qualidade dos ovos quando as aves são submetidas a uma única debicagem.

Araújo et al. (2000) avaliaram o desempenho de frangas de postura da linhagem Isa Babcock submetidas a diferentes metodologias de debicagem por LQ (sem debicagem e com debicagem leve ou severa). Foram avaliados consumo de ração, ganho de peso, uniformidade e frequência de canibalismo. Os autores observaram que na fase de cria, as aves não debicadas apresentaram maior consumo de ração, maior frequência de canibalismo e maior desuniformidade. Já na fase de recria, as aves não debicadas apresentaram maior desperdício de ração e maior peso corporal, embora esse peso tenha sido inferior aos padrões da linhagem. E após a segunda debicagem, em ambos os métodos de debicagem, houve perda de peso devido ao baixo consumo de ração pós-debicagem, não havendo posteriormente ganho compensatório em relação às aves não debicadas.

Em outro estudo, Araújo et al. (2005), avaliando o efeito da debicagem leve, severa e da não debicagem sobre o desempenho de poedeiras, mostraram que não ocorreu influência da primeira debicagem sobre o peso médio, a conversão alimentar e a taxa de produção de ovos, contudo, havendo menor consumo de ração para as aves que tiveram debicagem severa. Sob os efeitos da segunda debicagem (leve e severa), houve uma diminuição no consumo de ração, sendo que as aves severamente debicadas ainda tiveram reflexos negativos sobre a conversão alimentar e taxa de postura. Já as aves que foram submetidas à debicagem leve apresentaram uma melhor produção de ovos e uma melhor conversão alimentar. Não houve diferença significativa na produção de ovos das aves severamente debicadas em comparação as não debicadas.

Oda et al. (2000) analisaram o desempenho entre duas linhagens de poedeiras comerciais debicadas por LQ em diferentes idades na fase de recria (primeira debicagem foi realizada no 8º dia de idade e a segunda na 8ª, 10ª, 12ª ou 14ª semana de idade) e, verificaram que os parâmetros produtivos foram mais influenciados pela linhagem do que pela idade de debicagem. Porém, independente da linhagem, a prática da debicagem melhorou a porcentagem de postura.

Baggio (2017) avaliou o desempenho e bem-estar de poedeiras submetidas a diferentes métodos de debicagem (sem debicar, por LQ e RI) em dois sistemas de criação (gaiola e piso). Foram avaliados o desempenho, qualidade de ovos, comportamento e variáveis fisiológicas. O autor observou que, na fase de recria, as aves sem debicar e

(23)

22 debicadas por LQ, apresentaram menor consumo de ração e melhor conversão alimentar. Concluiu que no sistema de criação em pisos as aves não precisam ser debicadas, já no sistema de gaiolas a debicagem é um manejo importante, evitando o estresse e bicagem de penas.

Em outro estudo Baggio et al. (2018) avaliaram a seletividade alimentar de poedeiras submetidas a diferentes métodos de debicagem (sem debicar, por LQ e RI) em dois sistemas de criação (piso e gaiola). Os autores concluíram que os métodos de debicagem avaliados não impediram a seleção de alimento pela ave. No entanto, na fase de recria a debicagem por LQ reduz mais a capacidade de seleção quando comparado a debicagem por RI. Já o sistema de criação em gaiolas influência e favorece a seleção de alimento na fase de recria e produção, quando comparada a criação em pisos.

Bastos-Leite et al. (2016) estudaram a influência dos diferentes níveis de debicagem, sobre o desempenho e qualidade dos ovos de poedeiras comerciais leves. Os tratamentos utilizados foram: aves não debicadas, aves debicadas a 7 mm, aves debicadas a 6 mm e aves debicadas a 5 mm, sendo essa distância tomada da narina ao bico. Os autores concluíram que as aves não debicadas obtiveram consumo de ração e mortalidade significativamente maiores. Já as variáveis de qualidade de ovos não foram influenciadas pelos tratamentos. Desse modo, as debicagens a 5, 6 ou 7 mm de distância da narina ao bico podem ser utilizadas em poedeiras leves sem causar prejuízos sobre o desempenho produtivo ou a qualidade dos ovos.

Angevaare et al. (2012), em seus estudos, avaliaram o efeito do cuidado materno e da debicagem por RI sob o desenvolvimento, desempenho e comportamento das aves. Os autores constataram que as aves com debicagem por RI apresentaram um impacto supressivo nos parâmetros de produção e na eficiência de bicar, quando comparadas as aves não debicadas. Por outro lado, este tipo de tratamento de bico não alterou o comportamento de sociabilidade, medo ou aprendizado das aves. Mertens et al. (2009) constataram que em lotes não debicados as taxas de mortalidade são consideravelmente mais elevadas quando comparados aos lotes debicados. Desta forma, a debicagem mostra-se efetiva na prevenção do canibalismo e mortalidade.

Diante disso, pode-se observar que há resultados contraditórios em relação a utilização da debicagem, e por isso devem ser analisados com cautela. Pois, mesmo tendo impacto sobre o bem-estar animal, é de extrema importância que se entenda o real motivo de sua aplicação, bem como os efeitos negativos em plantéis que não foram submetidos a esta prática (BARBOSA, 2019).

(24)

23

3 MATERIAL E MÉTODOS

A pesquisa foi realizada na Granja Mantiqueira na unidade da cidade de Primavera do Leste, Mato Grosso, onde os dados foram coletados e cedidos pelo setor de Cria e Recria.

O aviário em estudo, denominado “Recria 09”, é um aviário convencional de pressão positiva (ventiladores e nebulizadores), com dimensões de 135 m de comprimento por 15 m de largura. O aviário é equipado com gaiolas do tipo Zucami (74 cm x 60 cm), disposta verticalmente em cinco baterias de quatro pisos/andares. O programa de luz adotado foi de 23 horas na primeira semana de vida, reduzindo 1 hora por semana até chegar a 13 horas de luz por dia, na 11ª semana de idade, as quais foram mantidas até a 16 ª semana.

Há um silo com capacidade para 18 toneladas, abastecido sempre que necessário. Os comedouros são do tipo calha, onde o número de arraçoamentos é programados em horas de acordo com a idade e linhagem das aves, sendo realizado através de carrinhos automáticos. A ração é a base de milho, farelo de soja, calcário, farinha de carne e óleo vegetal. O fornecimento de ração totalizou em 514 toneladas, do 1o dia de vida até a 16ª semana de idade.

O abastecimento de água é por uma caixa d’água externa (capacidade para 1.000 litros), sendo distribuída em caixas d’água menores presente no interior do aviário, e os bebedouros são do tipo nipple, sendo três bebedouros por gaiola, com fornecimento ad libitum.

Foram alojadas 104.000 aves, com um dia de idade, nos dias 17 e 18 de dezembro de 2019, da linhagem Lohmann® White LSL-Lite. Essas aves foram divididas em dois grupos, os quais receberam diferentes métodos de debicagem, radiação infravermelha e holandês. Ainda, nas aves com debicagem por RI foram utilizados dois tamanhos de placas de proteção, sendo 24 ou 23 mm de comprimento por 23 mm de altura (24/23, moderado ou 23/23, severo), ambos com alta intensidade de luz infravermelha.

Para realização da pesquisa, as aves foram distribuídas nas baterias de gaiolas conforme o tipo de debicagem e protocolo utilizado. Nas baterias um e dois foram alojadas às aves debicadas por radiação infravermelha de placa 24/23 (moderada), na bateria três as aves debicadas por radiação infravermelha de placa 23/23 (severa), e na bateria quatro e cinco aquelas debicadas pelo método holandês (debicagem severa) (Figura 2).

(25)

24 Figura 2 - Distribuição das aves conforme a debicagem

Fonte: Elaborado pelo autor (2020)

Com as aves devidamente separadas, foram coletados dados de peso (g) e uniformidade (%), semanalmente, durante toda a fase de cria e recria, e com 11 semanas de idade foram avaliados o tamanho (mm) e calo de bico (no) nos diferentes métodos de debicagem.

Destaca-se que, por questões de organização e manejo da empresa, os dados coletados não permitiram a aplicação de testes estatísticos de comparação de médias, dessa forma, foram realizadas apenas análises descritivas dos dados.

3.1 VARIÁVEIS ANALISADAS

3.1.1 Peso corporal das aves (g)

Para pesagem das aves foi utilizado uma balança eletrônica da Weltech International Limited, modelo BW – 2050 Weigher, onde a aves são pesadas individualmente, sendo gerado automaticamente a média de peso corporal, a uniformidade e o coeficiente de variação.

As aves foram pesadas semanalmente da 1ª semana até a 16ª semana de idade, a pesagem foi realizada separadamente conforme o método de debicagem e a distribuição das gaiolas de pesagem padrão do setor de Cria e Recria. Para obtenção do o peso padrão da linhagem, foi consultado o Guia de Manejo Lohmann® LSL-Lite (2017).

Da primeira semana até a segunda semana de idade, as aves permaneceram alojadas somente na parte da frente do aviário, com 50 pintos por gaiola, dessa forma foram pesadas

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25 250 aves por semana nesse período, onde 100 possuíam debicagem pelo tratamento de RI placa 24/23, 50 pelo tratamento de RI placa 23/23 e 100 debicagem HL.

A partir da segunda semana as aves passam pelo processo de distribuição, onde são distribuídas para o fundo do aviário, permanecendo 16 aves por gaiola, assim, pesando-se 160 aves semanalmente, onde 64 possuíam debicagem pelo tratamento de RI placa 24/23, 32 pelo tratamento de RI placa 23/23 e 64 debicagem HL. Para avaliação final dos dados, os pesos médios foram agrupados a cada quatro semanas.

3.1.2 Uniformidade do lote (%)

A uniformidade de um lote é expressa como percentual de aves que se enquadra em uma determinada faixa (o ideal é de +/- 10%) em torno da média do peso corporal do lote. Quanto maior o número de aves dentro dessa faixa de peso, maior a uniformidade do lote, mais fácil é o manejo e menor a necessidade de uma subdivisão do lote (AVIAGEN, 2018). Calculado pela fórmula:

Uniformidade = nº de aves dentro ± 10% do peso médio X 100 nº total de aves da amostra

A partir do peso médio, calcula-se 10 % para mais e 10% para menos, sendo estes os limites superior e inferior do intervalo, respectivamente. Após, verifica-se a quantidade de aves que ficaram dentro do intervalo de ± 10% do peso médio corporal. O resultado deve ser dividido pelo número total de aves da amostra, transformado em percentual, e obtém-se a uniformidade.

No presente trabalho, o valor de uniformidade foi gerado automaticamente pela balança eletrônica e foram registrados em uma planilha, semanalmente, de acordo com a pesagem das aves. Para avaliação final dos dados, os valores de uniformidade foram agrupados a cada quatro semanas, conforme o peso médio das aves.

3.1.3 Crescimento do bico (mm)

Foi avaliado o tamanho do bico de 300 aves aleatórias (Figura 3), com 11 semanas de idade, sendo 100 aves de cada um dos diferentes métodos de debicagem, para então, estipular a média de crescimento do bico, uniformidade e o coeficiente de variação.

(27)

26 Figura 3 - Mensuração do tamanho do bico

Fonte: Elaborado pelo autor (2020)

Para mensurar o tamanho do bico, utilizou-se um paquímetro digital, posicionando a parte fixa do paquímetro na abertura nasal da ave, e a parte móvel na ponta do bico da ave (Figura 4), todos os valores foram registrados em milímetros.

Figura 4 - Mensuração do tamanho do bico

Fonte: Adaptado de Santos (2014)

A uniformidade do tamanho do bico foi calculada com base na fórmula utilizada para o cálculo da uniformidade do peso corporal, somente substituindo o peso médio por mm do bico (±10%), conforme fórmula descrita no item 3.1.2.

(28)

27

3.1.4 Calo de bico (no)

Das mesmas aves onde se aferiu o tamanho do bico, com 11 semanas de idade, foi realizada a contagem de calo de bico (Figura 5), separadamente para cada tipo de debicagem.

Figura 5 - Ilustração do calo de bico

(29)

28

4 RESULTADO E DISCUSSÃO

No Gráfico 1 encontram-se os dados para peso corporal médio das aves submetidas as diferentes debicagens, os dados para análise da curva de crescimento foram comparados a cada quatro semanas. No gráfico a linha contínua expressa o peso médio padrão da linhagem para a respectiva idade.

Gráfico 1 - Peso médio das aves debicadas por RI 24/23, RI 23/23 e Holandesa

Fonte: Elaborado pelo autor (2020)

Pode-se constatar que na 1ª e 5ª semana de idade (fase de cria) as aves obtiveram pesos semelhantes em ambos os tratamentos e ainda obtiveram peso médio acima do peso padrão da linhagem. Esses resultados diferem dos encontrados por Oka (2016), em que as aves debicadas por RI obtiveram valores maiores para as variáveis de ganho de peso médio, peso médio diário e peso médio final, comparativamente ao método de debicagem HL, que possivelmente foi causado pelo estresse devido ao procedimento severo da debicagem ao 8º dia de vida, o qual causou sensibilidade dolorosa no bico.

Já Vieira Filho (2016), ao comparar os efeitos da debicagem por LQ e RI, observou que durante o período de cria, nas duas primeiras semanas houve diferença no consumo de ração, onde possivelmente a debicagem por RI implicou em ligeira redução do consumo de ração até que a porção tratada do bico caísse totalmente. Mas a partir da segunda e terceira semanas de idade, a diferença de consumo entre as metodologias foi pouco evidente, de forma

85 342 664 957 1103 88 348 653 961 1083 79 342 647 905 1087 70 334 712 1010 1160 0 200 400 600 800 1000 1200 1 5 9 13 16 P es o M éd io (g) Idade (semanas)

Peso médio (g)

RI 24/23 RI 23/23 Holandesa Peso Padrão Linhagem

(30)

29 que, esses apresentaram consumo médio de ração semelhante, não ocasionando em redução do peso corporal ao final do período de cria (6ª semana de idade).

Na fase de recria (6-16 semanas), considerando a 9ª e 13ª semana de idade, pode-se dizer que as aves com debicagem por RI placa 24/23 e 23/23 obtiveram desempenho semelhantes entre elas, e superiores ao de debicagem HL, porém ambos os métodos tiveram queda de desempenho em relação ao peso padrão da linhagem. Já na 16ª as aves debicadas por RI placa 24/23 apresentaram peso levemente superior às demais, porém é importante destacar que o peso médio das aves, debicadas pelas três metodologias, foram muito próximos.

Nessa fase, Oka (2016) observou que a debicagem por RI proporcionou redução no ganho de peso médio e peso médio diário, refletindo no peso médio final, comparativamente à debicagem HL, porém provavelmente este fato ocorreu em consequência do estresse da segunda debicagem realizada aos 70 dias nas aves com debicagem por RI. Entretanto, a segunda debicagem não se aplicou no presente estudo, portanto não havendo a perda de peso dessas aves, condizendo com os resultados obtidos.

Em outro estudo, ao comparar a debicagem por RI e LQ, a análise de comportamento mostrou que as aves debicadas por RI passaram menos tempo se alimentando, no entanto, essas aves eram consistentemente mais pesadas que as aves debicadas por LQ, sugerindo que a debicagem por RI pode permitir um comportamento alimentar mais eficiente (DENNIS; CHENG, 2010).

Ainda sugere-se que a debicagem por RI aumenta a percepção sensorial em função de menor dano aos mecanorreceptores do bico, o que proporciona um consumo mais uniforme da dieta e consequentemente maior peso corporal (DENNIS; CHENG, 2010).

A uniformidade das aves debicadas a partir dos diferentes métodos de debicagem pode ser observada no Gráfico 2.

(31)

30 Gráfico 2 - Uniformidade das aves debicadas por RI 24/23, RI 23/23 e Holandesa

Fonte: Elaborado pelo autor (2020)

A uniformidade de um lote é tão importante quanto alcançar a meta média de peso corporal, pois indica o desenvolvimento normal do lote. Aves desuniformes apresentam dificuldade de alimentação correta tanto no período de crescimento quanto no da postura, isso reflete no início e extensão do pico de produção das aves e consequentemente na uniformidade dos ovos (VALBUENA, 2018). Dessa forma, quanto maior a uniformidade das aves, melhores os resultados produtivos (LARA, 2015). A intepretação da uniformidade pode ser visualizada no Quadro 1.

Quadro 1 - Interpretação dos resultados de uniformidade

Uniformidade Caracterização 90 - 100% Ótima 80 - 90% Muito boa 70 - 80% Boa 60 - 70% Regular < 60% Ruim

Fonte: Adaptado de Ávila, Albino e Saatkamp (2007)

Com o gráfico pode-se observar uma brusca queda na uniformidade das aves com debicagem da RI 23/23 na 9ª semana de idade, chegando a 65% de uniformidade (regular). Já as aves debicadas por RI 24/23 obtiveram com uma uniformidade “muito boa” a “ótima” durante todo o período, permanecendo sempre acima de 80%. As aves com debicagem HL

86 81 92 94 92 90 80 65 85 94 86 72 81 84 89 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 1 5 9 13 16 U ni fo rm id ad e (% ) Idade (semanas)

Uniformidade (%)

RI 24/23 RI 23/23 Holandesa

(32)

31 apresentaram uma uniformidade entre “boa” e “muito boa”. Contudo, no final, as aves debicadas por RI 23/23 recuperaram, e todos os tratamentos se equipararam, obtendo uniformidades acima de 80% (muito boa) e 90% (ótima).

Deve-se considerar ainda que a debicagem é um dos fatores que influenciam na uniformidade do lote e, que a debicagem por RI, por ser um processo automatizado, garante maior homogeneidade no corte do bico, garantindo um consumo semelhante entre as aves, o que ocorre diferentemente na debicagem HL, já que é um processo manual, passível de maior número de erros.

Portanto, garantir que os lotes possuam desenvolvimento dentro dos limites padrões de peso corporal da linhagem e, que alcancem uma uniformidade acima de 80% antes do início da postura é o ideal, para que as aves atinjam a maturidade sexual a uma idade fisiologicamente adequada, com maior pico de postura, maior uniformidade no tamanho dos ovos, além de um número maior de ovos/ave alojada e diminuição de problemas de prolapso (FERREIRA, 2019; PRADO; PRADO, 2012).

Dessa forma, a melhor forma de controlar o desenvolvimento corporal das aves é a pesagem semanal, manejo que é fundamental para verificar a manutenção da uniformidade dos lotes e, consequentemente, uma maior produtividade (PRADO; PRADO, 2012).

O Gráfico 3 compara a média de crescimento dos bicos, que foram mensurados na 11ª semana de idade.

Gráfico 3 - Tamanho médio do bico das aves debicadas por RI 24/23, RI 23/23 e Holandesa

Fonte: Elaborado pelo autor (2020) 10,54 8,86 7,79 RI 24/23 RI 23/23 Holandesa

Tamanho do bico (mm)

Média CV = 9,16% CV = 10,15% CV = 17,03%

(33)

32 Comparando-se as médias dos tratamentos obtidas para tamanho do bico (mm), com 11 semanas de idade, constata-se que as aves debicadas por RI placa 24/23 obtiveram maior crescimento de bico quando comparada as aves severamente debicadas (RI placa 23/23 e HL), o que condiz com a quantidade de tecido removido em cada uma das debicagens realizadas.

Resultados similares foram encontrados por Dennis, Cheng (2010) e Oka (2016), onde verificaram que as aves debicadas por RI apresentaram maior comprimento de bico, quando comparadas as aves com debicagem por LQ e HL.

Em relação à uniformidade do bico, a debicagem por RI 24/23 apresentou 72%, a debicagem por RI 23/23 obteve 69% e a debicagem HL 45% de uniformidade. Oka (2016) ao analisar o comprimento e uniformidade do bico, na fase de cria e recria, observou que a debicagem HL e a debicagem por LQ apresentaram valor de 82,14% indicando menor uniformidade em comparação a RI que apresentou 92,86% de uniformidade, corroborando com os achados neste estudo.

Destacam-se ainda, os valores do coeficiente de variação, sendo o mais alto para a debicagem HL, que por ser um método manual, o tamanho da apara do bico torna-se desuniforme, refletindo em diferenças no consumo de ração das aves e, consequentemente em seu desempenho zootécnico.

O tamanho do bico pode determinar a realização de uma segunda debicagem, o que normalmente ocorre nos lotes debicados por RI placa 24/23, dependo da intensidade da luz, o que não foi necessário nesse caso, pois se utilizou uma intensidade de luz infravermelha mais alta. E a debicagem severa objetiva descartar a realização de uma segunda debicagem, dessa forma, sem gerar mais um período de estresse, pelo manejo, e dor, pela idade da ave, fatores que podem levar a futura queda na produção.

No Gráfico 4 encontram-se os dados de prevalência de calo de bico entre os tratamentos.

(34)

33 Gráfico 4 - Prevalência de calo de bico nas aves debicadas por RI 24/23, RI 23/23 e

Holandesa

Fonte: Elaborado pelo autor (2020)

As aves debicadas por RI 23/23 apresentaram a maior quantidade de calos de bico, seguida das aves com debicagem HL. Portanto, considera-se que a prevalência de calos de bico foi maior nas debicagens realizadas de forma severa, sugerindo que a apara severa do bico, por causar maior dano ao tecido, leva a formação de calos de bicos, tornando a região sensível ao contato com instalações e equipamentos, dificultando assim a alimentação e anulando os efeitos benéficos da debicagem.

Isso se deve ao fato de que, durante a prática de debicagem há a remoção de receptores sensoriais do bico, onde o nervo trigêmeo acaba sendo danificado e com isso, ocorre à formação de calos ou neuromas na ponta do bico (Figura 6) como processo de cicatrização, proporcionando dor aguda ou crônica, que posteriormente tendem a regredir (HESTER; SHEA-MOORE, 2003; OKA, 2016).

6%

41%

15%

RI 24/23 RI 23/23 Holandesa

Prevalência de calo de bico (nº)

(35)

34 Figura 6 - Calo de bico em aves com 11 semanas de idade

Fonte: Elaborado pelo autor (2020)

Porém, a presença e permanência do calo de bico vão variar bastante entre as aves, em consequência de fatores como a idade, a quantidade de tecido removido e a temperatura da lâmina do debicador (CHENG, 2006; SANTOS, 2020). Especificamente, os métodos de debicagem severa podem levar a persistência desses neuromas com corpúsculos sensoriais e nociceptores que, consequentemente, apresentará atividade ectópica que gera descargas espontâneas e causará sensação dolorosa no local afetado (CRESPO; SHIVAPRASAD, 2013; GENTLE et al., 1997; KUENZEL, 2007).

Ainda, segundo Kuenzel (2007), a remoção de 50% ou menos do bico da ave pode impedir a formação de neuromas e permitir a regeneração do tecido queratinizado para evitar bicos deformados e, consequentemente, afetar positivamente a qualidade de vida das aves.

Portanto, vale ressaltar que, a debicagem é um processo que deve ser empregado de maneira correta, dado que, este manejo tem grande influência no consumo de ração, peso corporal, uniformidade do lote e produção de ovos. Além disso, não há nenhuma maneira de corrigir uma debicagem mal feita, inviabilizando a produção (SERRATOS, 1996 apud OKA, 2016).

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35

5 CONCLUSÃO

Pode-se concluir, de maneira geral, que não houve grande variação entre os diferentes métodos de debicagem, para peso corporal e uniformidade das aves. Quanto ao tamanho do bico, o método de debicagem por RI se mostrou com maior uniformidade. A prevalência de calo de bico foi maior nas aves debicadas de forma severa, o que pode impactar no desempenho zootécnico.

Dessa forma, o método de debicagem por RI, com nível de debicagem moderada (24/23) e alta intensidade de luz infravermelha, mostra-se uma alternativa viável, uma vez que, obteve melhores resultados de desempenho, não necessitou da segunda debicagem e ainda garantiu um maior bem-estar às aves. Porém, ainda devem ser realizados mais estudos para saber a influência dos diferentes métodos de debicagem sobre o desempenho das aves.

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36

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