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Aula_8_Propriedades mecanicas

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Academic year: 2021

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BC-1105: MATERIAIS E SUAS PROPRIEDADES

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC

Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas (CECS)

Prof. Dr. Sydney Santos

(2)

IMPORTÂNCIA

• Aplicações onde uma peça ou componente sofre solicitações mecânicas.

• Atender as exigências de serviço previstas.

POR QUÊ ESTUDAR?

• A determinação e/ou conhecimento das propriedades mecânicas é muito importante para a escolha do material para uma determinada aplicação, bem como para o projeto e fabricação do componente.

• As propriedades mecânicas definem o comportamento do material quando sujeitos à esforços mecânicos, pois estas estão relacionadas à capacidade do material de resistir ou transmitir estes esforços aplicados sem romper e sem se deformar de forma incontrolável.

(3)

PROPRIEDADES MECÂNICAS

Fatores: natureza da carga aplicada, duração da aplicação, condições ambientais.

Descrevem o comportamento do material sob carregamento mecânico (tração, compressão, flexão e cisalhamento).

Podem variar com a temperatura, tempo, nível de solicitação, condições climáticas, etc.

Medidas através de testes padrões normatizados.

(4)

PRINCIPAIS PROPRIEDADES MECÂNICAS • Resistência à Tração • Elasticidade • Ductilidade • Resistência ao impacto • Fluência • Fadiga • Dureza • Tenacidade

Cada uma dessas propriedades está associada à

habilidade do material de resistir aos esforços mecânicos e/ou de transmiti-los.

(5)

Como Determinar as Propriedades Mecânicas

dos Materiais?

• A determinação das propriedades mecânicas é feita através de ensaios mecânicos.

• Utiliza-se normalmente corpos de prova (amostra representativa do material) para o ensaio mecânico, já que por razões técnicas e econômicas não é praticável realizar o ensaio na própria peça, que seria o ideal.

• Geralmente, usa-se normas técnicas para o procedimento das medidas e confecção do corpo de prova para garantir que os resultados sejam comparáveis.

(6)

• Algumas propriedades mecânicas importantes são a resistência, a dureza, a ductilidade e a rigidez.

• O comportamento mecânico de um material reflete a relação entre a sua resposta (ou DEFORMAÇÃO) a uma carga (ou TENSÃO) que esteja sendo aplicada sobre um corpo fabricado deste material.

• As deformações podem ser ELÁSTICAS ou PLÁSTICAS.

Conceitos de Tensão e Deformação

• As DEFORMAÇÕES ELÁSTICAS não são permanentes, isto é, são deformações que desaparecem quando a tensão aplicada é retirada. Dito de outra forma, as deformações elásticas são reversíveis, sendo resultado da ação de forças conservativas.

• As DEFORMAÇÕES PLÁSTICAS são permanentes, isto é, permanecem após a tensão aplicada ser retirada. Deformações plásticas são irreversíveis, sendo acompanhadas por deslocamentos atômicos permanentes.

(7)

TRAÇÃO COMPRESSÃO CISALHAMENTO TORÇÃO

Conceitos de Tensão e Deformação

• As TENSÕES podem ser de TRAÇÃO, COMPRESSÃO, CISALHAMENTO ou

TORÇÃO.

• Note que a tensão e a pressão são grandezas fisicamente análogas, ambas tendo unidades de força dividida por área (no Sistema Internacional: Newton/metro2).

(8)

do d x y z Ao l0 l

Tensão - Deformação:

TRAÇÃO SIMPLES

• TRAÇÃO SIMPLES (TENSÃO UNIAXIAL): força aplicada sobre o

corpo é perpendicular as suas superfícies.

• Assumiremos que a reação à força de tração se distribui homogeneamente no sólido.

• TENSÃO DE ENGENHARIA σ

σ = F / Ao

• DEFORMAÇÃO DE ENGENHARIA

ε

• Na deformação por tração, normalmente ocorre:

9alongamento ao longo do eixo de aplicação da força; 9contração ao longo dos dois outros eixos.

Para Deformações Elásticas:

• COEFICIENTE DE POISSON ν:

ν = - (εx / ε) = - (εy / ε) onde εx = εy = (do - d) / do = ∆d / do .

• MÓDULO DE ELASTICIDADE (MÓDULO DE YOUNG ou MÓDULO DE RIGIDEZ)

σ = E .ε

Epolímeros ~ 1 GPa e Emetais e cerâmicas ~ 50 - 600 GPa

(9)

• CISALHAMENTO SIMPLES: força aplicada sobre o corpo é paralela a suas superfícies. • TENSÃO DE ENGENHARIA τ τ = F / Ao • DEFORMAÇÃO γ γ = tg θ • MÓDULO DE CISALHAMENTO G τ = G . γ

• Para materiais isotrópicos, no regime elástico, vale a relação:

E = 2G (1 + ν)

Para muitos metais: G ~ 0,4 E

(10)

Ensaio de Tração

• Os CORPOS DE PROVA utilizados nos ensaios de tração podem ter diferentes formas e dimensões.

• As medidas de TENSÃO são feitas com uma CÉLULA DE CARGA.

• As medidas de DEFORMAÇÃO são feitas com um EXTENSÔMETRO ou diretamente sobre o corpo de prova.

CORPO DE PROVA

MÁQUINA DE ENSAIO Corpo

(11)

.

P LRT LP

.

Eε LE TE N S ÃO ( σ ) εu 0,2% εT DEFORMAÇÃO (ε)

• O ponto Eε corresponde ao LIMITE DE ESCOAMENTO (LE), que será discutido mais adiante.

• O ponto M corresponde ao LIMITE DE RESISTÊNCIA A TRAÇÃO (LRT), que é a

tensão máxima atingida durante o ensaio.

• A deformação (εu) no ponto M corresponde ao máximo valor de ε com alongamento

uniforme. Deformações maiores que εu ocorrem com estricção (empescoçamento). • A fratura ocorre no ponto F. A deformação (εT) na fratura corresponde ao

alongamento total.

Comportamento representativo da curva

TENSÃO DE ENGENHARIA em função da DEFORMAÇÃO DE ENGENHARIA

obtida num ENSAIO DE TRAÇÃO de um corpo metálico.

σ = F / Ao

ε

= (l - lo) / lo = ∆l / lo

Curva Tensão - Deformação

• O ponto P corresponde ao LIMITE DE PROPORCIONALIDADE (LP); a

deformação a partir do ponto P é

(12)

LE

σ

ε

.

Eε

• Em uma escala atômica, a DEFORMAÇÃO ELÁSTICA macroscópica é manifestada como pequenas alterações no espaçamento interatômico e na extensão de ligações interatômicas.

• Para a maioria dos materiais metálicos, as deformações elásticas ocorrem até deformações de ~ 0,5%.

• Quando as deformações ultrapassam o limite de proporcionalidade, a relação entre a tensão e a deformação deixa de ser linear (lei de Hooke), produzindo-se deformação permanente, a chamada

DEFORMAÇÃO PLÁSTICA.

Curva Tensão - Deformação

• Na prática, muitas vezes, é difícil definir a posição do ponto P com precisão. Como conseqüência, geralmente se define uma TENSÃO LIMITE DE

ESCOAMENTO (LE) como sendo a

tensão necessária para se produzir uma pequena quantidade de deformação plástica. Por exemplo, o ponto Eε corresponde a uma deformação plástica de ε = 0,002 = 0,2%.

(13)

Quando o fenômeno de escoamento não é nítido, a tensão de escoamento é aquela necessária para promover uma deformação permanente de X%.

(14)

Deformação Elástica

Curva Tensão vs. Deformação

ε σ

coeficiente angular = módulo de elasticidade

• Define-se o MÓDULO DE ELASTICIDADE

como sendo o coeficiente angular da curva σvs. ε, na região linear da curva. Como a curva tem origem no ponto (0,0), σ = E.

ε

(Lei de Hooke) Átomos fortemente ligados Átomos fracamente ligados F r Força de Ligação vs. Distância Interatômica • O módulo de elasticidade é

proporcional ao valor da derivada dF/dr no ponto r = r0.

• O módulo de elasticidade representa uma medida da intensidade das forças de ligação interatômicas.

(15)

Alguns materiais são elásticos mas não têm uma relação linear entre tensão e deformação.

(16)

Curva Tensão - Deformação

Porcentagem de alongamento %

ε

T %ε T = l f − l0 l0 ⎛ ⎝ ⎜ ⎞ ⎠ ⎟ x100 Porcentagem de redução de área %RA

100 % x A A A RA O f O ⎟⎟ ⎠ ⎞ ⎜⎜ ⎝ ⎛ − = εT εP εE σ ε (deformação plástica total) (deformação elástica total) LE LRT εLE εLR

• LE, LRT e E representam habilidades do material de suportar cargas em diferentes condições.

ε

LE,

ε

E,

ε

LR,

ε

P, a resiliência e a tenacidade quantificam a habilidade do material

(17)

F Ao AN F l0 lN

Deformação de Engenharia e Deformação Real

• Suponha agora, que a variação do comprimento da amostra é feita em N passos de tal forma que:

ε = lN − l0 l0 . εR = l1− l0 l0 + l2 − l1 l1 +…+ lN − lN−1 lN−1 = li − li−1 li−1 i=1 N

.

Para N grande, podemos substituir a somatória por uma integral εR = dl l l0 lN

= ln lN l0 = ln(ε + 1).

• A DEFORMAÇÃO DE ENGENHARIA

ε

vale

• Consideremos uma amostra cilíndrica homogênea sujeita a uma tensão uniaxial ao longo do eixo do cilindro. A área inicial da seção transversal da amostra é A0 e seu comprimento é . Devido à aplicação da tensão, o comprimento da amostra

varia de l0 a e a área de A0 a AN.

lN

l0

e

ε

R é a denominada DEFORMAÇÃO REAL e a sua correlação com

ε

é apresentada na equação acima.

(18)

F Ao AN F l0 lN

• Para cada instante de tempo t, a TENSÃO REAL σR é definida como a força

aplicada (F) dividida pela área da seção transversal [A=A(t)] sobre a qual atua.

Tensão de Engenharia e Tensão Real

σR = F A

• A TENSÃO DE ENGENHARIA σ é dada por

σ = F A0 ∴ σR = F A0 A0 A = σ A0 A . A0l0 = A l ⇒ A0 A = ll0 = ε +1 ⇒ σR = σ(ε +1)

• Materiais sólidos são basicamente incompressíveis, portanto, seu volume é praticamente constante durante um ensaio de tração. Assim, se é o comprimento da amostra no instante de tempo t: l

(19)

Real

Engenharia

Tensão

Deformação

Curva Tensão Real - Deformação Real

σR = FA = σ(ε +1)

εR = ln lN l0

(20)

Recuperação Elástica e Encruamento

• O material com limite de escoamento σyoé

tracionado até D.

• Após descarregamento sofre RECUPERAÇÃO ELÁSTICA.

• Quando recarregado, por ter sofrido ENCRUAMENTO

apresenta limite de escoamento maior σyi

(21)

Materiais Dúcteis e Frágeis

Curva Tensão - Deformação

Curva Tensão - Deformação para o latão material frágil material dúctil σ ε TENACIDADE =

ÁREA SOB A CURVA =

Capacidade de absorver Energia sem fraturar

(22)

Propriedades de Tração de Alguns Metais

Yield strength : limite (ou tensão) de escoamento Tensile strength : limite de resistência a tração

(23)

Curvas de Tração de Materiais Frágeis

(Materiais Cerâmicos)

Alumina

Vidro

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Curvas de Tração de Materiais Poliméricos

Polímero frágil

Polímero Plástico (ductil)

Elastômero

(25)

Curvas de Tração de Materiais Poliméricos

Parcialmente Cristalinos

O limite de escoamento superior corresponde ao início da formação de pescoço (estricção). A tensão cai até o limite inferior de escoamento devido à diminuição da seção resistente.

Na região do pescoço, as cadeias moleculares se orientam, o que leva a um aumento localizado de resistência. Em conseqüência, a deformação plástica prossegue em uma região vizinha à do pescoço (de menor resistência), resultando em um aumento do comprimento do pescoço. A tensão de escoamento aumenta devido ao aumento da resistência do polímero (alinhamento de cadeias).

Nos metais, a deformação plástica se concentra no pescoço logo após a sua formação, levando rapidamente à

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Ferro

Acrílico

Efeito da Temperatura sobre as

Curvas Tensão - Deformação

Curvas Tensão - Deformação obtidas com o corpo de prova

mantido a diferentes temperaturas.

(27)

• O ensaio consiste na aplicação de uma carga conhecida através de um

penetrador de geometria conhecida e na medição da área da impressão produzida na superfície do corpo de prova.

• Ensaio de grande importância tecnológica (controle de qualidade)

• Dureza, ao contrário do limite de escoamento e da tenacidade à fratura, não é um parâmetro característico do material (depende da máquina, da carga, do tipo de penetrador

, etc…)

(28)

Dureza: resistência de um material à deformação (plástica e elástica) localizada.

Ensaios de Dureza

As primeiras medidas de dureza foram feitas comparando a capacidade dos diversos materiais de riscarem uns aos outros (Dureza Mohs).

(29)
(30)

Para a maioria dos aços:

Relação entre Dureza e Limite de Resistência a

Tração

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